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Ano 11 Abril/2008 N o 132 No dia 1 o de Maio comemora-se também o dia de São José Operário, homenagem instituída pelo Papa Pio XII. São José é o modelo e padroeiro de todos os “Josés” que trabalham e, humildemente, dedicam-se as suas profissões. Uma história de lutas e conquistas primeira celebração de 1º de maio no Brasil, de que se tem registro, aconteceu em Santos, em 1895, por iniciativa do Centro Socialista, entida- de fundada por militantes políticos como Silvério Fontes, Sóter Araújo e Carlos Escobar. A data foi consolidada como o Dia dos Trabalhadores, em 1925, quando o presidente Artur Bernardes editou decreto instituindo-a como feriado nacional. Com Getúlio Vargas, o 1º de maio ganhou status de “Dia Oficial” do Trabalho”. Nessa data, ele anunciou as principais leis e iniciati- vas que atendiam às reivindica- ções dos trabalhadores, como a instituição e o reajuste anual do salário mínimo e a redução de jornada de trabalho para oito horas. Criou o Ministério do Trabalho, regulamentou o trabalho da mulher e do menor, promulgou a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), garantindo o direito a férias e aposentadoria. Com a ditadura militar de 1964 os sindicatos de traba- lhadores foram esvaziados, com a prisão e perda dos direitos políticos de lideranças trabalhistas em todo o País. O movimento sindical ressurgiu na segunda metade dos anos 70 com as manifestações dos metalúrgicos de São Bernardo do Campo. De 1978 a 1980, cerca de 2 milhões de trabalhadores pararam tempo- rariamente. No dia 1° de maio de 1980, por volta de 100 mil pessoas reuniram-se no Estádio da Vila Euclides, em São Bernardo do Campo, manifestando apoio ao líder sindical Luís Inácio Lula da Silva e aos diretores do Sindicato dos Metalúrgicos da cidade, presos durante uma greve. Origem A origem do Dia do Trabalhador está mais distante, no 1º de maio de 1886. Baixos salários e jornadas de trabalho que se estendiam até 17 horas diárias eram comuns nas indústrias da Europa e dos Estados Unidos, no final do século 18 e durante o século 19. Férias, descanso semanal e aposentadoria não existiam. Com as primeiras organizações, surgiram as campanhas e mobilizações, reivindicando maiores salários e redução da jornada de trabalho. Greves explodiram por todo o mundo industrializado. Chicago, um dos principais pólos industriais norte- americanos, também era um dos grandes centros sindi- cais. Em 1886, a cidade foi palco de uma intensa greve operária. No dia 1º de maio, os trabalhadores realizaram a última grande manifestação do período, sem que houvesse violenta repressão policial. Nos dias seguintes, a ação da Polícia foi dura. Centenas de pessoas de todas as idades morreram, milhares de trabalhadores foram presos, sedes de sindicatos incendiadas, criminosos pagos pelos patrões invadiram casas de trabalhadores, espancando- os e destruindo seus pertences. Os líderes do movimento foram condenados à morte na forca. Dois anos depois, em 1888, a Federação Americana de Tra- balho – AFL - marcava para o dia 1º de maio manifestações de protestos e reivindicações pela jornada de 8 horas. Em 1890, o 1º de maio foi comemorado em várias cidades européias e norte-americanas e, nesse mesmo ano, a Segunda Inter- nacional, associação mundial de trabalhadores socialistas, aprovou a fixação da data como Dia do Trabalhador. Nos dias atuais, a reflexão das lutas históricas pas- sadas torna-se essencialmente importante. Os tempos são difíceis para os trabalhadores, a nova revolução tecnológica criou maior instabilidade, o número de seres humanos capazes de trabalhar é crescente, porém para a nova ordem eles são descartáveis, o trabalho infantil é uma cruel realidade e, segundo as Nações Unidas, um milhão de crianças são lançadas no comércio sexual a cada ano. A vida é maravilhosa se não se tem medo dela. Charles Chaplin O UniGente registra, com pesar, o falecimento do conselheiro da SVSL, Francisco Martinez Perez Júnior, ocorrido dia 15 de abril.

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Boletim de divulgação da Sociedade Visconde de São Leopoldo, dirigido aos funcionários administrativos. Produzido pela Coordenadoria de Comunicação Social. Conselho Editorial: professores Marcelo Di Renzo e Maria Aparecida Esteves Martins e coordenadora de RH, Marilza Borges Augusto. Editor: Antonio Fernando C. Santos – MTb 10305/SP.

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Ano 11 Abril/2008 No 132

No dia 1o de Maio comemora-se também o dia de São José Operário, homenagem instituída pelo Papa Pio XII. São José é o modelo e padroeiro de todos os “Josés” que trabalham e, humildemente, dedicam-se as suas profissões.

Uma história de lutas e conquistasprimeira celebração de 1º de maio no Brasil, de que se tem registro, aconteceu em Santos, em 1895, por iniciativa do Centro Socialista, entida-

de fundada por militantes políticos como Silvério Fontes, Sóter Araújo e Carlos Escobar. A data foi consolidada como o Dia dos Trabalhadores, em 1925, quando o presidente Artur Bernardes editou decreto instituindo-a como feriado nacional. Com Getúlio Vargas, o 1º de maio ganhou status de “Dia Oficial” do Trabalho”.

Nessa data, ele anunciou as principais leis e iniciati-vas que atendiam às reivindica-ções dos trabalhadores, como a instituição e o reajuste anual do salário mínimo e a redução de jornada de trabalho para oito horas. Criou o Ministério do Trabalho, regulamentou o trabalho da mulher e do menor, promulgou a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), garantindo o direito a férias e aposentadoria.

Com a ditadura militar de 1964 os sindicatos de traba-lhadores foram esvaziados, com a prisão e perda dos direitos políticos de lideranças trabalhistas em todo o País. O movimento sindical ressurgiu na segunda metade dos anos 70 com as manifestações dos metalúrgicos de São Bernardo do Campo. De 1978 a 1980, cerca de 2 milhões de trabalhadores pararam tempo-rariamente. No dia 1° de maio de 1980, por volta de 100 mil pessoas reuniram-se no Estádio da Vila Euclides, em São Bernardo do Campo, manifestando apoio ao líder sindical Luís Inácio Lula da Silva e aos diretores do Sindicato dos Metalúrgicos da cidade, presos durante uma greve.

OrigemA origem do Dia do Trabalhador está mais distante,

no 1º de maio de 1886. Baixos salários e jornadas de trabalho que se estendiam até 17 horas diárias eram comuns nas indústrias da Europa e dos Estados Unidos,

no final do século 18 e durante o século 19. Férias, descanso semanal e aposentadoria não existiam. Com as primeiras organizações, surgiram as campanhas e mobilizações, reivindicando maiores salários e redução da jornada de trabalho. Greves explodiram por todo o mundo industrializado.

Chicago, um dos principais pólos industriais norte-americanos, também era um dos grandes centros sindi-cais. Em 1886, a cidade foi palco de uma intensa greve operária. No dia 1º de maio, os trabalhadores realizaram

a última grande manifestação do período, sem que houvesse violenta repressão policial. Nos dias seguintes, a ação da Polícia foi dura. Centenas de pessoas de todas as idades morreram, milhares de trabalhadores foram presos, sedes de sindicatos incendiadas, criminosos pagos pelos patrões invadiram casas de trabalhadores, espancando-os e destruindo seus pertences. Os líderes do movimento foram condenados à morte na forca.

Dois anos depois, em 1888, a Federação Americana de Tra-balho – AFL - marcava para o dia 1º de maio manifestações de protestos e reivindicações pela jornada de 8 horas. Em 1890, o 1º de maio foi comemorado em várias cidades européias e norte-americanas e, nesse mesmo ano, a Segunda Inter-nacional, associação mundial de trabalhadores socialistas,

aprovou a fixação da data como Dia do Trabalhador.Nos dias atuais, a reflexão das lutas históricas pas-

sadas torna-se essencialmente importante. Os tempos são difíceis para os trabalhadores, a nova revolução tecnológica criou maior instabilidade, o número de seres humanos capazes de trabalhar é crescente, porém para a nova ordem eles são descartáveis, o trabalho infantil é uma cruel realidade e, segundo as Nações Unidas, um milhão de crianças são lançadas no comércio sexual a cada ano.

A vida é maravilhosa se não se tem

medo dela.

Charles Chaplin

O UniGente registra, com pesar, o falecimento do conselheiro da SVSL, Francisco Martinez Perez Júnior, ocorrido dia 15 de abril.

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Teste do Mês

Teste AnteriorAlexandre

Ao jantar num restaurante do Centro do Rio de Janeiro, Machado de Assis observa na sua sopa um enorme fio de cabelo loiro. Chamou o garçom e, sem disfarçar o mau-humor, saiu-se com esta.– “Ouça aqui, rapaz: eu gosto muito de sopa e, principalmente, de cabelos loiros, mas separados, por favor”.

Dois amigos foram visitar José Bonifácio, que estava doente. Chegando à casa, ficaram impres-sionados com a pobreza que viram, principalmente com os remendos do lençol que cobria a cama. José Bonifácio notou a situação embaraçosa e, com sua ironia peculiar, desfechou.

Por favor, não reparem nos “bordados” do lençol. A única coisa que os enfeia é a irregu-laridade dos desenhos.

Ao sair de um despacho com o presidente Costa e Silva, o ministro do Exército, general Lyra Tavares, cruza com um grupo de pessoas no corredor do palácio. Após cumprimentá-las, pergunta: “alguma novidade?” Uma delas responde: quem sabe das novidades é o senhor, general. E Lyra começa a contar as “novidades”, falando com entusiasmo, mas percebe que ninguém anota nada do que estava falando.

Intrigado, comenta: mas eu falo, falo e ninguém anota nada; não consigo entender jornalista que não anota as coisas.

E um dos membros do grupo, dispara esta: mas general, nós não somos jornalistas, so-mos a sua segurança particular.

Acertador

A história da ex-Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras registra a presença de 11 pro-fessores pioneiros que iniciaram as atividades da escola em 1955.

Desses, apenas um continua em atividade. Queremos saber seu nome e fornecemos uma pista: é mulher e coordena um órgão da univer-sidade.

Respostas devem ser enviadas para o CRH até o dia 15 de maio.

O teste da edição 131 queria saber que antigo professor havia assumido as funções de apresen-tador do programa Roda Viva, da TV Cultura, emis-sora da qual a UNISANTOS TV está afiliada.

E a resposta certa é Carlos Eduardo Lins da Silva, que durante alguns anos lecionou no curso de Jornalismo e, mais recentemente, atuou como ombudsman do jornal laboratório ENTREVISTA.

Entre os diver-sos acertadores, foi sor teado o cupom enviado pelo Hugo Humberto Silva Nas-cimento, do Setor de Audiovisual do Cam-pus Pompéia.

Na foto, ele rece-be seu prêmio do diretor do CCA, professor doutor Ouhydes João Augusto da Fonseca.

Machado de Assis

José Bonifácio

Gen. Lyra Tavares

Bruno

Juliana

Sonia

Ubirajara

Estamos recebendo mais cinco novos colegas,

com votos de boas-vindas e sucesso no desem-

penho de suas funções. São eles: Alexandre Gon-

çalves Neto e Bruno Gleberth Santos Figueiredo

(Ceite/Reitoria); Juliana Maria Hermes (Ceite/Cam-

pus Vila Mathias); Sonia Maria Sodré de Ferreira e

Ubirajara Cyrillo Francisco (Liceu Santista).

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Diagrama de Hommel identifica as características dos vários tipos de produtos químicos.

resíduos de produtos químicos utilizados nos diversos laboratórios do Complexo Educacional São Leopoldo já são descartados, dentro de

padrões éticos e ecológicos, com normas aceitas inter-nacionalmente. Em março, uma equipe de professores e funcionários participou de treinamento, no Campus Dom Idílio, realizado pela empresa Ambicamp. Eles

Universidade padroniza descarte de resíduos químicos

assistiram a uma palestra da diretora técnica da empresa Maria Luiza de Souza sobre “Gestão para a disposição de resíduos analíticos de laboratórios químicos”. Foram enfocados os procedimentos ade-quados no trato destes os resíduos. A parte prática aconteceu pela manhã, quando um furgão adaptado com bombas apropriadas recolheu o material disponi-bilizado, sobras de análises químicas, principalmente usadas nas aulas.

Coordenador do Ipeci, o professor Willy Bajer explicou sobre a formação do Comitê de Gestão de Resíduos e a destinação das sobras dos produtos químicos, tanto no instituto, quanto nos laboratórios da Universidade, do Liceu Santista e do Hexalab, um órgão parceiro. O professor Adilson Lima Marques, do Ipeci, e responsável químico perante o Conselho Regional, coordena o grupo, integrado por Gildo Eu-clides de Santana, técnico de Segurança do Trabalho no Complexo Educacional; professora Maria Luiza Domingues Villar, coordenadora geral dos laboratórios; Elza Tiemi Yamamura, do Hexalab, e o professor Willy Bajer.

“A Universidade achou por bem institucionalizar os procedimentos para a disposição dos resíduos químicos, de acordo com normas aceitas internacio-nalmente. Dessa forma, nós entramos num patamar mais elevado, que nos proporciona contribuir, para o

nosso nível de ensino, com mais pontos de qualidade”, afirma o professor Willy, esclarecendo que, “operacio-nalmente, há um plano de ação, em que a Ambicamp, faz a coleta sistemática e mensal dos resíduos, acu-mulados em vasilhames próprios, para incineração em uma estação de queima, de alta temperatura”. Esta medida foi adotada, pela posição da UniSantos de trabalhar segundo o próprio mercado e organismos de fomento, como a Fapesp e o CNPq, que exigem a obediência aos princípios éticos e ecológicos, dentro dos projetos de pesquisas cientificas solicitados.

Segundo o professor Willy, anteriormente, havia um estoque que passava de 5 anos, numa prática que começou com a retenção do material, de forma dispersa pelos laboratórios. Agora, os resíduos estão organizados adequa-damente e sob a respon-sabilidade da empresa Ambicamp. O comitê também vai fiscali-zar o cumprimen-to das normas e padrões e atuará na conscientização dos alunos sobre a importância desse trabalho.

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UniGente – órgão de divulgação da Sociedade Visconde de São, dirigido aos funcionários administrativos. Produzido pela Coordenadoria de Comunicação Social. Conselho Editorial: professores Marcelo Di Renzo e Maria Aparecida Esteves Martins e coordenadora de RH, Marilza Borges Augusto. Editor: Antonio Fernando C. Santos – MTb 10305/SP. Fotos desta edição: Alberto Ferreira; Luciana Lousada Ferreira Coutinho. Produção Gráfica: Matiz Comunicação. Impressão: Gráfica Everest. Endereço: Rua Euclides da Cunha, 241.

Informativo UniSantos chega à edição número 277, a primeira deste ano, de “cara nova”, mostrando reforma gráfica, outro tipo de papel

e aumento do número de páginas para dezesseis, incluindo um caderno especial, que mostrará um assunto de destaque em cada edição.

O jornal também incluiu o Católica no seu nome, estratégia mercadológica que vem sendo introduzi-da na marca da instituição, passando a se chamar Informativo Católica UniSantos.

O destaque da edição é a inauguração da Sala de Ações, empreendimento da universidade em parceria com a TBC – Agentes Autônomos de Investimentos. Os intercâmbios culturais com instituições estrangei-ras, a inauguração da cátedra Sérgio Vieira de Mello e o trabalho desenvolvido na Clínica de Fisioterapia também mereceram destaque.

O Caderno Especial é dedicado aos calouros, com uma série de matérias informativas com vista à inte-gração dos alunos que estão chegando este ano.

O Informativo Católica UniSantos é produzido pelo Assessoria de Imprensa, editado pelos jornalistas Robnaldo Salgado e Agenilson Santana. Colaboram Raphael Diegues Pimentel e Matheus Tagé.

Informativo de “cara nova”

Por que o número 7 é tão presente no dia-a-dia das pessoas?

Desde a Antigüidade, muitos significados foram atribuídos aos números. Os estudiosos relacionavam os números a eventos, datas e conceitos religiosos. O número 7 era considerado sagrado porque su-postamente representava o número de planetas. Os seguidores de Pitágoras consideravam o sete imagem e modelo da ordem divina e harmonia. Daí os dias da semana; os pecados capitais, as notas musicais, entre outros.

Qual é o colégio mais antigo do Bra-sil?

É o Pedro II, fundado no Rio de Janeiro em 1837 e ainda em funcionamento. O segundo é o Liceu de Goiás, de 1846.

Qual era a diferença entre piratas e corsários?

Os piratas atacavam por conta própria e os cor-sários agiam em nome de um rei, dividindo o saque com o rei.

Qual é a diferença entre jumento, je-gue, burro e asno?

Jumento, asno e jegue são sinônimos para o mesmo animal, da espécie equus asinus. Já o burro e sua fêmea, a mula, são animais resultantes de cruzamentos entre animais com número de cromos-somos diferentes, o jumento e a égua. Há ainda outra variação, o bardoto, produto do cruzamento de cavalo e jumenta.

O que quer dizer o termo sic que costumamos ler em algumas matérias jornalísticas?

A origem é do Latim e significa assim, dessa forma. Quer dizer que, por mais estranho que possa parecer a declaração de alguém foi dita daquela forma.

Está circulando pela Internet a edição virtual do Guia dos Curiosos – O Livro das perguntas e respostas. Em 109 páginas são explicadas mais de 600 curiosidades. Nesta edição e nas próximas vamos transcrever algu-mas delas. Os conceitos e informações são de responsabilidade dos editores da publicação.