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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA A RELAÇÃO CUSTO X BENEFÍCIO DE UM SGA EM UMA ORGANIZAÇÃO DE PEQUENO PORTE Por: Marlene Pereira de Araújo Lamim Orientador Prof. Maria Esther de Araújo Rio de Janeiro 2012

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · ISO 14023 Rotulagem Ambiental – Testes e Metodologia de Verificações ... Fonte: ABNT NBR ISO 14001:2004 . 14 1.1 - Educação

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A RELAÇÃO CUSTO X BENEFÍCIO DE UM SGA EM UMA

ORGANIZAÇÃO DE PEQUENO PORTE

Por: Marlene Pereira de Araújo Lamim

Orientador

Prof. Maria Esther de Araújo

Rio de Janeiro

2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A RELAÇÃO CUSTO X BENEFÍCIO DE UM SGA EM UMA

ORGANIZAÇÃO DE PEQUENO PORTE

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Gestão Ambiental.

Por: Marlene Pereira de Araújo Lamim.

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AGRADECIMENTOS

A Deus quem tem me sustentado. Ao

meu esposo Messias e aos meus filhos

Felipe e Pedro pela compreensão em

momentos de crises.

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DEDICATÓRIA

Ao meu marido Messias, a meus filhos

Felipe e Pedro, aos meus pais Do Carmo

e Francisco.

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RESUMO

Com a cobrança cada vez maior por parte da sociedade surge, nas

organizações, a necessidade de um sistema de gestão que analise, diminua,

corrija os impactos ambientais e que trabalhe de maneira preventiva; o Sistema

de Gestão Ambiental – SGA vem suprir esta necessidade. Desta forma este

estudo apresenta o SGA com ações práticas e rotineiras passando pela

educação ambiental, fator este que não pode deixar de compor um Sistema de

Gestão Ambiental eficaz.

As pequenas empresas, com características peculiares, apresentam

orçamento mais restrito e um quadro de funcionários menor, o que poderá

tornar inviável financeiramente a implantação de um SGA, nos moldes da ISO

14001. Porém percebe-se que o movimento ambiental veio para ficar e as

pequenas empresas precisam se adequar a este novo cenário. As empresas

que ainda não estão em condições de realizarem uma certificação poderão

fazer uso do SGA inserindo-o na estratégia da empresa, começando com

ações no nível estratégico até o nível operacional. Desta forma as pequenas

empresas que implantam um Sistema de Gestão Ambiental eficiente e eficaz

estarão demonstrando sua preocupação com a qualidade ambiental e

identificarão oportunidades de melhorias como a redução do desperdício, a

conquista de novos clientes e satisfação dos funcionários, como também

economia e retorno financeiro que é o objetivo fim de toda empresa.

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METODOLOGIA

A metodologia utilizada foi investigativa de revisão bibliográfica em

textos já publicados referentes à Gestão Ambiental.

A pesquisa foi realizada em sites do Google como o da Revista de

Administração Contemporânea e da Revista Eletrônica de Administração; na

norma da ABNT ISO 14001:2004; em livros de Administração, Gestão

Ambiental e Sustentabilidade e ainda em pesquisa realizada através de e-mail

a empresas certificadoras da ISO 14001.

As pesquisas em sites foram realizadas no período de janeiro de 2012 a

junho de 2012 e privilegiaram autores conhecidos que desenvolvem trabalhos

nessa área.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL – SGA 09

CAPÍTULO II - MICROS E PEQUENAS EMPRESAS BRASILEIRAS-MPEs 19

CAPÍTULO III – CUSTOS E BENEFÍCIOS DE UM SGA EM MPES 29

CONCLUSÃO 36

ANEXOS 38

BIBLIOGRAFIA 43

WEBGRAFIA 45

ÍNDICE 47

FOLHA DE AVALIAÇÃO

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INTRODUÇÃO

Gestão Ambiental ainda é um assunto desconhecido para alguns

empresários e tem se tornado uma questão a solucionar. Como implantar um

Sistema de Gestão Ambiental – SGA sem comprometer a receita da empresa,

ou seja, é viável a implantação de um SGA em uma empresa, mesmo sendo

esta de pequeno porte?

A importância da discussão em torno dos benefícios e custos da

implantação de um SGA, em empresas de pequeno porte, se apresenta

quando são observados os números: em 2004 das quase 6 milhões de

empresas no Brasil 99% eram de micro e pequenas empresas (Antonik, 2004),

portanto há necessidade de informar e incluir SGA neste meio.

Como alguns empresários não têm o conhecimento do assunto, eles têm

a idéia de que é um processo complexo, caro e portando longe do alcance

financeiro e até mesmo estrutural de sua empresa. Para mudar tal pensamento

faz-se necessário informar o que é um SGA, que ele precisa ser visto como

investimento e que pode ser inserido na estratégia da empresa com ações

práticas, rotineiras e com baixo custo, passando pela educação ambiental. Isto

muito se assemelha com a opinião de Antonik (2004) no que diz respeito à

gestão financeira: “Não são necessários sistemas poderosos e caros para a

administração financeira das pequenas e médias empresas. Soluções baratas,

disponíveis em planilhas eletrônicas, resolvem perfeitamente a questão.”

Talvez as soluções para um eficiente SGA não esteja em planilhas eletrônica,

mas estas poderão comprovar que ações do SGA podem trazer novos clientes,

satisfação aos funcionários e até mesmo economia.

Desta forma esclarece-se a viabilidade financeira da implantação de um

SGA em empresas de pequeno porte e que, ao contrário do pensamento

comum, SGA traz retorno financeiro que é o objetivo fim de toda empresa.

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CAPÍTULO I

SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL - SGA

Segundo diversos autores após a Revolução Industrial, no século XVIII,

agravou se o problema ambiental, com a evolução da industrialização e o

conseqüente aumento da capacidade de intervenção do homem na natureza.

Isto fica evidente quando se verifica a evolução da contaminação do ar, da

água e do solo em todo o planeta e pelo número crescente de desastres

ambientais com impactos cada vez maiores que têm levado o planeta a uma

devastação de seus ecossistemas e, consequentemente, a uma crise em

vários setores da sociedade, como o econômico, social e o educacional

(LEMES JÚNIOR; PISA, 2010, p.36; CANEDO, 2012; ANDREOLI, 2012) . A

questão ambiental tem sido tema na grande maioria dos eventos mundiais e a

partir de 1968, com o primeiro encontro mundial a demonstrar preocupação

com o meio ambiente - Conferência da Biosfera (Paris) – passou-se a ter

encontros específicos para tratar do assunto, tamanha a preocupação dos

ambientalistas, ecologistas, governantes, empresas e da sociedade em geral

que não querem continuar a poluir e serem conhecidas como inimigos da

sociedade.

Diante de tal preocupação foram criadas algumas normas objetivas que

orientam as organizações, como a série das normas da família ISO 14000.

Estas normas buscam a padronização de algumas ferramentas e ainda

estabelecem meios e sistemas para a administração ambiental. Destas normas

são passíveis de certificação as ISO 14001 e a ISO 14040.

Família de normas NBR ISO 14000

ISO 14001 Sistema de Gestão Ambiental (SGA) – Especificações

para a Implantação e Guia

ISO 14004 Sistema de Gestão Ambiental – Diretrizes Gerais

ISO 14010 Guias para Auditora Ambiental – Diretrizes Gerais

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ISO 14011 Diretrizes para Auditoria Ambiental e Procedimentos para

Auditorias

ISO 14012 Diretrizes para Auditoria Ambiental – Critérios de

Qualificações

ISO 14020 Rotulagem Ambiental – Princípios Básicos

ISO 14021 Rotulagem Ambiental – Termos e Definições

ISO 14022 Rotulagem Ambiental – Simbologia para Rótulos

ISO 14023 Rotulagem Ambiental – Testes e Metodologia de

Verificações

ISO 14024 Rotulagem Ambiental – Guia para Certificações com

Base em Análise Multicriterial

ISO 14031 Avaliação da Performance Ambiental

ISO 14032 Avaliação da Performance Ambiental dos Sistemas de

Operadores

ISO 14040 Análise do Ciclo de Vida – Princípios Gerais

ISO 14041 Análise do Ciclo de Vida - Inventário

ISO 14042 Análise do Ciclo de Vida – Análise dos Impactos

ISO 14043 Análise do Ciclo de Vida – Migração dos Impactos

Tabela 1: Família de normas NBR ISO 14000 Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT

Com a cobrança cada vez maior por parte da sociedade surge, nas

organizações, a necessidade de um sistema de gestão que analise, diminua,

corrija os impactos ambientais e que trabalhe de maneira preventiva. Com este

estudo tem se o intuito de mostrar que um Sistema de Gestão Ambiental –

SGA pode ser utilizado como um sistema básico, com ações rotineiras e

práticas e que desta forma seja um precursor e que prepare a organização

para a implantação de uma ISO da família 14000, como a ISO 14001 que

estabelece os requisitos necessários para a implantação de um Sistema de

Gestão Ambiental certificável. Para isto faz-se necessário compreender o que

é um Sistema de Gestão Ambiental e que o SGA não existe para cuidar do

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meio ambiente, mas para melhorar o desempenho ambiental e operacional da

empresa.

De acordo com a Norma ABNT ISO 14001:2004 “Sistema de Gestão

Ambiental é a parte de um sistema de gestão de uma organização utilizada

para desenvolver e implementar sua política ambiental e para gerenciar seus

aspectos ambientais”. Para KRAEMER (2012) sistema de gestão ambiental

“pode ser definido como um conjunto de procedimentos para gerir ou

administrar uma organização, de forma a obter o melhor relacionamento com o

meio ambiente.” A autora ainda indica que o sistema precisa ser verificado para

saber se o programa proposto está funcionando como o previsto através da

análise crítica e periódica modificando o sistema, caso não esteja funcionando

como o planejado, procurando alternativas e buscando a melhoria contínua.

Nesta mesma linha de pensamento PADOIN, GOLDSMIDT, ROSA (1998)

apontam o sistema de gestão ambiental como uma estratégia que envolve a

empresa na conquista da qualidade ambiental, para atingir esta meta, ao

menor custo e de forma permanente. Estes autores ainda colocam que com a

estratégia do SGA os empresários têm condições de identificar oportunidades

de melhorias que diminuam os impactos de sua empresa sobre o meio

ambiente e ainda conquista de mercado e de lucratividade. Já para DIAS

(2009) Sistema de Gestão Ambiental é visto de forma macro:

O Sistema de Gestão Ambiental é o conjunto de responsabilidades organizacionais, procedimentos, processos e meios que se adotam para a implantação de uma política ambiental em determinada empresa ou unidade produtiva. Um SGA é a sistematização da gestão ambiental por uma organização determinada. É o método empregado para levar uma organização a atingir e manter-se em funcionamento de acordo com as normas estabelecidas, bem como para alcançar os objetivos definidos em sua política ambiental. (DIAS, 2009, p. 91)

Apresentado como um modelo por ANDRADE, TACHIZAWA E

CARVALHO que envolve princípios da qualidade:

Entendido como modelo de gestão ambiental o conjunto de decisões exercidas sob princípios de qualidade ambiental e ecológica

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preestabelecidos, com a finalidade de atingir e preservar um equilíbrio dinâmico entre objetivos, meios e atividades no âmbito da organização. (ANDRADE, TACHIZAWA E CARVALHO, 2002, p. 92)

O sistema de gestão ambiental segue um modelo que se baseia no

princípio de melhoria contínua, o PDCA, procedimento muito utilizado no

Sistema de Qualidade Total e quando a empresa busca atingir seus objetivos e

metas visando melhorar seu desempenho. Para a ISO 14001 o Planejar,

executar, verificar e agir é definido como:

• Planejar: Estabelecer os objetivos e processos necessários para atingir

os resultados em concordância com a política ambiental da organização.

• Executar: Implementar os processos.

• Verificar: Monitorar e medir os processos em conformidade com a

política ambiental, objetivos, metas, requisitos legais e outros, e relatar

os resultados.

• Agir: agir para continuamente melhorar o desempenho do sistema de

gestão ambiental.

A norma inclui o Comprometimento e Política que segundo REIS (2002,

p. 30) é de responsabilidade da alta administração e gerência.

Para assegurar sucesso, um passo preliminar par o desenvolvimento ou aperfeiçoamento de um SGA é a obtenção do comprometimento da alta administração da organização com a melhoria da gestão ambiental de suas atividades, produtos ou serviços. São cruciais o comprometimento e a liderança permanentes da alta administração. (REIS apud NBR ISO 14004).

Segundo a Norma ABNT ISO 14001:2004 a política Ambiental deverá:

a) Ser apropriada à natureza, escala e impactos ambientais de suas

atividades, produtos e serviços;

b) Incluir comprometimento com a melhoria continua e com a prevenção de

poluição;

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c) Incluir comprometimento em atender aos requisitos legais aplicáveis e

outros subscritos pela organização que se relacionem a seus aspectos

ambientais;

d) Fornecer uma estrutura para o estabelecimento e análise dos objetivos e

metas ambientais;

e) Ser documentada, implementada e mantida;

f) Ser comunicada a todos que trabalhem na organização ou que atuem

em seu nome;

g) Ser disponível para o público.

CICLO PDCA.

Figura 1: CICLO PDCA Fonte: ABNT NBR ISO 14001:2004

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1.1 - Educação Ambiental

Para que um SGA possa ter eficácia precisa ser difundido e conhecido

por todos na organização, algumas empresas usam até mesmo sua Missão

para propagar os conceitos de Gestão Ambiental. Entende-se que a ferramenta

fundamental para tornar o Sistema de Gestão Ambiental eficiente e eficaz é a

educação ambiental. De acordo com VIEIRA (2012) o objetivo da Educação

Ambiental – EA nas empresas é alcançar mudança nos funcionários desde o

presidente até ao funcionário de chão de fábrica, com relação ao uso

inteligente dos recursos naturais, redução de infrações ambientais, destinação

adequada dos rejeitos, entre outras questões. Para tanto todos os funcionários,

independente do trabalho que executa, deve ter conhecimento das questões

ambientais da empresa e de que como ele, em sua função, interage com estas

questões. Sendo assim a EA produz mudança de comportamento e de

atitudes em relação ao meio ambiente interno e externo à empresa. A

Educação Ambiental não é ensinada apenas nas escolas ela pode acontecer

também nas empresas, para tanto é preciso conhecer o que a lei diz sobre EA

e seus princípios básicos.

De acordo com a Lei 9.795, de 27 de abril de 1999 que dispõe sobre a

educação ambiental e institui a Política Nacional de Educação Ambiental, em

seu Art. 1º:

Entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. (Lei 9.795/99, Art.1º)

Os princípios básicos da Educação Ambiental são relacionados no Art.

4º da Política Nacional de Educação Ambiental:

I – o enfoque humanista, holístico, democrático e participativo; II – a concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando a interdependência entre o meio natural, o socioeconômico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade; III – o pluralismo de idéias e concepções pedagógicas, na perspectiva da inter, multi e transdisciplinalidade; IV – a vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais;

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V – a garantia de continuidade e permanência do processo educativo; VI – a permanente avaliação crítica do processo educativo; VII - a abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais, nacionais e globais; VIII – o reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade individual e cultural. (Lei 9.795/99, Art.4º)

Os princípios são as características essenciais sem as quais não é possível

descrever Educação Ambiental.

A Educação Ambiental pode ser no ensino formal ou não formal. Na Lei

de Política Nacional de Educação Ambiental são conceituados estes dois tipo:

Formal - Seção II, Art. 9º “Entende-se por educação ambiental na educação

escolar as desenvolvidas no âmbito das instituições de ensino públicas e

privadas (...).”

Não Formal - Seção III, Art. 13 “Entendem-se por educação ambiental não

formal as ações e práticas educativas voltadas à sensibilização da coletividade

sobre as questões ambientais e à sua organização e participação na defesa da

qualidade do meio ambiente." Desta forma as empresas que não possuem

universidades corporativas ou coisa do gênero, desenvolvem a educação

ambiental não formal.

Segundo ANDRADE, TACHIZAWA E TAKESHY (2002, p.168) a

empresa precisa adotar como política de recursos humanos a permanente

educação ambiental de seus funcionários, começando com o pessoal da alta

administração até a base da pirâmide organizacional, com os funcionários do

chão-de-fábrica. Desta forma haverá uma convergência entre as práticas de

todos os funcionários o que dará uma condição favorável à obtenção de maior

produtividade empresarial.

O educador ORR (1992) apud MESSINA (2010) cria o termo

Alfabetização Ecológica que deixa clara a necessidade de entender o meio em

que se vive e a responsabilidade de cada um em mantê-lo saudável:

“Alfabetização Ecológica tem como proposta uma educação pautada na

satisfação das necessidades humanas sem prejudicar as próximas gerações,

iniciando pela compreensão dos princípios básicos que regem a vida na Terra.”

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No Portal do Meio ambiente, BERNA coloca que as organizações, por

necessidade, estão cada vez mais comprometidas com a Educação Ambiental.

O autor desenvolveu um guia - Dez Mandamentos na Empresa - onde se

encontra atitudes que podem estar presentes nas organizações para a

melhoria do meio ambiente e serve como recurso pedagógico para as

organizações. Lembrando-se sempre que não há uma receita de bolo e que

cada empresa deverá criar seu próprio guia que atendam suas características.

Dentre as dicas estão: Estabelecer princípios ambientalistas; fazer investigação

de recursos e processos tendo como meta reduzir o uso de recursos e o

desperdício e estabelecer política de compras que priorize a compra de

produtos ambientalmente corretos.

1.2 - Sustentabilidade

De acordo com a BRUNDTLAND, em seu relatório Nosso Futuro

Comum “o desenvolvimento sustentável é aquele que visa que atende às

necessidades do presente, sem comprometer a possibilidade das gerações

futuras atenderem às suas próprias necessidades”. (LEMOS et al 2006, p. 1,

apud Nosso Futuro Comum). Porém os autores definem como extremamente

complexo conceituar desenvolvimento sustentável que envolve dimensões

ambiental, tecnológica, econômica, social, política e cultural e desta forma

“segmentos diferentes da sociedade tendem a interpretar esta definição

priorizando os seus próprios interesses,” (LEMOS et al, 2006, p.1)

Porém LEMES JÚNIOR E PISA (2010, p. 34) reduz estas dimensões ao

dizer que “A Sustentabilidade empresarial contempla três dimensões:

econômica, social e ambiental, denominadas por alguns autores ‘o tripé da

sustentabilidade’”.

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As Três Dimensões da Sustentabilidade

Figura 2: As Três Dimensões da Sustentabilidade Fonte: Elaborado pela autora

Para que haja eficiência nas três dimensões precisa ter visão integrada e

indissociável destas dimensões.

“Responsabilidade econômica: É a primeira responsabilidade da empresa para com o desenvolvimento do país, através da geração de emprego e renda à população, lucratividade, para que possa continuar existindo por longo período. Responsabilidade social: A empresa socialmente responsável é reconhecida pela sociedade onde está inserida por apresentar certas diferenças visíveis a todos por suas ações, não pelo que está inscrito em seu código de ética: • Autonomia para empregados. • Distribuição/participação nos lucros. • Tratamento igualitário, respeito à diversidade. • Parceria efetiva com clientes e fornecedores. • Desenvolvimento da comunidade local. • Conservação do meio ambiente. Responsabilidade Ambiental: Empreendimentos de todos os portes devem adotar a gestão ambiental com método de produção que preservem as fontes de matérias-primas, combatam rigorosamente o desperdício, e, também, assumir políticas internas de reciclagem e de controle e destinação correta de resíduos”. (LEMES JÚNIOR E PISA 2010, p. 34 e 35)

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O Instituo Ethos (2011) apresenta indicadores ambientais importantes a

serem observados pelas empresas para serem usados como ferramenta que

permite a auto avaliação da gestão ambiental:

• Compromisso com a Melhoria da Qualidade Ambiental

• Educação e Conscientização Ambiental

• Gerenciamento dos Impactos sobre o Meio Ambiente e do Ciclo de Vida

de Produtos e Serviços

• Sustentabilidade da Economia Florestal

• Minimização de Entradas e Saídas de Materiais

De acordo com o Instituto dentro destes indicadores estão itens como:

possuir iniciativas para o uso de fontes de energia renovável, manter ações de

controle da poluição causada por veículos próprios e de terceiros a seu serviço,

reduzir o consumo de água, redução da geração de resíduos sólidos e redução

da emissão de CO2, dentre outros.

Mesmo que a empresa não deseje, no momento, uma certificação, faz-

se necessário a tomada de ações objetivas que busquem minimizar os

impactos que todos os seres humanos, independente da atividade

desempenhada, causam ao meio ambiente. A conscientização do problema,

pela alta administração da organização, seria o primeiro passo. Após, faz-se

necessário à compreensão de que para uma organização tornar-se sustentável

precisa haver educação ambiental, que por sua vez é fator indispensável para

que o SGA seja eficaz.

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CAPÍTULO II

MICRO E PEQUENAS EMPRESAS - MPEs

As pequenas empresas são analisadas em conjunto com as micro

empresas devido à legislação, os autores FERREIRA; PIVETTI; ARAÚJO

(2007), ressaltam que não são todas as empresas que se enquadram como

micro ou pequenas empresas:

Firmas com participação no capital de pessoa física que resida no exterior ou de outra pessoa jurídica; pessoa física titular de firma mercantil individual ou sócia de outra empresa que goze de benefícios jurídicos com base na mesma lei – exceto se a participação for no máximo de até 10% do capital social de outra empresa e desde que a receita bruta anual global não supere os limites determinados pela legislação. (FERREIRA; PIVETTI; ARAÚJO, 2007, p.71)

Conforme a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, nº 123 de 14 de

dezembro de 2006, as microempresas são as que aufiram receita bruta igual

ou inferior a R$ 360.000,00 e de pequeno porte, as que aufiram, em cada ano-

calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 e igual ou inferior a R$

3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais). Antonik (2004) relata no site

da revista FAE BUSINESS, que no Brasil, das quase 6 milhões de empresas

que existiam no ano 2000, 99% são consideradas micro e pequenas. No setor

da indústria elas representam cerca de 18% do total de empresas, e no de

comércio por 45% e no de serviços por 37%.

PORTE INDÚSTRIA COMÉRCIO SERVIÇOS

TOTAL Nº % Nº % Nº %

Micro 939.267 17,8 2.414.662 45,8 1.923.389 36,4 5.277.308Pequena 48.314 19,7 88.941 36,2 108.203 44,1 245.458Média 9.856 33,3 5.724 19,4 13.999 47,3 29.579Grande 1.580 7 2.955 13,2 17.89 79,8 22.434TOTAL 999.017 17,9 2.512.272 45,1 2.063.490 37 5.574.779

Tabela 2: Números de Micro, Pequenas , Médias e Grandes empresas. Fonte: FAE BUSINESS, número 8, maio 2001

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Faz-se necessário entender como as MPEs surgem. Segundo

MAXIMIANO (2006, p. 20), no século XXI os empregos duradouros e a

probabilidade de carreira nas grandes empresas têm perdido espaço, isso tem

influenciado muitas pessoas a tentarem serem seus próprios patrões ao abrir

suas empresas, abrir empresas que em sua maioria se constitui por pequenas

e médias, desta forma, as MPEs são classificadas no Brasil de acordo com seu

faturamento e o numero de empregados. Além de não dominar o seu segmento

a pequena empresa é uma instituição independente operada pelos seus

proprietários. BATEMAN e SNELL (2009, p. 630) contrapõem relatando que

uma pequena empresa possui menos que 100 colaboradores.

De acordo com GOMES (2005, p.9), as micro e pequenas empresas -

MPEs apresentam como característica essencial a figura dos fundadores.

Começam pequenas como empreendimentos, mas surgem do mesmo modo

sob direção de uma pessoa ou pessoas, tendo um desafio ao mesmo tempo

profissional e pessoal. Ressalta-se que o empreendedorismo é uma das

características marcantes das MPEs. Empreendedorismo é definido por

OLIVEIRA (2008, p. 407) define como processo evolutivo e inovador da aptidão

e habilidade profissionais orientadas à maximização dos resultados das

organizações e a consolidação de novos projetos estrategicamente relevantes.

Desta forma entende-se como empreendedorismo um procedimento dinâmico,

inovador que corre riscos e é guiado para o crescimento.

A criação das MPEs não seria possível sem o empreendedor, que é a

pessoa que corre risco e procura segurar as chances que outros deixaram para

trás ou as observaram como problemas ou ameaças. No contexto empresarial,

o empreendedor inicia novos empreendimentos dando vida a novas idéias de

produtos ou serviços. (SCHRERMERHORN, 2007, p. 123).

Segundo GOMES (2005, p.5), empreendedor não é o gerente ou diretor

da firma que dirige um negócio estabelecido, mas um líder que toma iniciativa

tem autoridade e faz previsão, já DOLABELA (1993) apud GOMES, (2005, p.3),

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afirma que empreendedor é a pessoa que se dedica à geração de riqueza, seja

na transformação de conhecimentos em produtos ou serviços, mas na geração

do próprio conhecimento ou na inovação. Indo mais além, SANTOS et al (2007,

p.64) dizem que os empreendedores na maior parte das vezes, os criadores de

suas empresas tendem a dominar todas as etapas decisórias da organização,

devido ao tamanho da mesma, o que pode influenciar o processo de

desenvolvimento e prática das estratégias das MPEs. Outro autor,

SCHERMERHORN (2007, p. 125) acrescenta que empreendedores possuem

características que lhes são peculiares como persistência, motivação,

capacidade de correr riscos, acreditam em si mesmos, querem ser seus

próprios patrões e são orientados pela paixão e pela ação. O mesmo afirma

que se deve levar em consideração as características do dirigente da MPEs,

pois a sua posição é que irá influenciar a postura estratégica de seu

proprietário.

OLIVEIRA (2008, p. 198) cita que para uma MPE conseguir um

crescimento em longo prazo deve haver uma melhora em seus processos e

produtos, funções e mercados através de uma inovação contínua. A teoria

salienta que a característica principal do espírito empreendedor é a inovação

baseada no conhecimento, não sendo bastante somente ter iniciativa, pois ela

pode até facilitar e impulsionar, mas não garantirá resultados satisfatórios.

Segundo LEMES JÚNIOR E PISA (2010, p.54), a experiência de vida é

uma das características do comportamento dos empreendedores. Derivadas

desta característica nascem às chamadas idéias decorrentes da experiência.

Estas idéias são aquelas que, devido à atividade profissional exercida, se

mostrarão úteis na implantação de novo negócio, essa experiência ajudará na

prevenção de erros e poupará tempo e recursos de aprendizagem.

Porém GOMES (2005, p.9), ressalta que novos empreendimentos não

fazem inovação, no entanto fazem a descoberta de um novo produtos ou

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serviço, novos métodos que melhorem o processo produtivo, novos métodos

de comercialização e aproximação dos produtos com os clientes.

Segundo SCHERMERHORN (2007, p. 137) às micro e pequenas

empresas são formadas inicialmente por empreendedores, estes fazem nascer

a empresa e cuidam dela nos primeiros estágios de vida, depois a liderança

precisa ser passada para uma liderança estratégica profissional. A liderança

estratégica profissional direciona a empresa á maturidade por isso surge à

necessidade de se planejar a sucessão de gestores. Da sucessão de gestores

dependerá a continuidade e sobrevivência do negócio.

2.1 - Competividade para as MPEs.

COSTA NETO, (2007, p. 87), orienta o que as empresas devem oferecer

para serem competitivas no mundo globalizado:

Diversas conceituações podem ser encontradas para a competitividade, mas, em essência, uma empresa é competitiva se conserva ou amplia a fatia de mercado para seus produtos ou serviços, estando apta a enfrentar a atuação dos seus concorrentes [...]. Para a empresa ser competitiva, deve poder oferecer seus produtos ou serviços com a qualidade esperada pelos clientes e com preços aceitáveis pelo mercado.

Entende-se por competitividade a aptidão de um sistema - país, setor

industrial, grupo de empresas - de atingir o sucesso em um determinado ramo

de negócio.

De acordo com FERRAZ; KUPFER; HAGUENAUER (1996) apud

BRITO; LOMBARDI (2007, p.11), competitividade é a habilidade da

organização de desenvolver e programar estratégias competitivas, capazes de

aumentar ou manter, de forma estável, uma posição sólida no mercado.

Segundo DIAS (2009, p.52) a competitividade de uma empresa depende de um

conjunto de fatores, variados e complexos, que se inter-relacionam e são

mutuamente dependentes, como: custos, qualidade dos produtos e serviços,

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nível de controle de qualidade, capital humano, tecnologia e capacidade de

inovação. Um fator que tem se destacado com relação à competitividade entre

empresas tem sido a gestão ambiental, devido aos benefícios que traz ao

processo produtivo e a outros fatores como a visibilidade positiva da marca.

Dentre as vantagens competitivas da gestão ambiental relatadas por

DIAS (2009, p.52), destaca-se:

• Com o cumprimento das exigências normativas, há melhora no

desempenho ambiental de uma empresa, abrindo-se a possibilidade

de maior inserção num mercado cada vez mais exigente em termos

ecológicos, com a melhoria da imagem junto a clientes e

comunidade;

• Com a redução do consumo de recursos energéticos, ocorre a

melhoria na gestão ambiental, com a consequente redução nos

custos de produção;

• Ao se reduzir ao mínimo a quantidade de material utilizar por produto,

há redução dos custos de matéria-prima e do consumo de recursos;

• Quando se utilizam materiais renováveis, empregando-se menos

energia pela facilidade de reciclagem, melhora-se a imagem da

organização;

• Com a otimização do uso do espaço nos meios de transporte, há

redução nesse tipo de gasto com a conseqüente diminuição do

consumo de gasolina, o que diminui a quantidade de gases no meio

ambiente.

Atualmente têm-se muitos ambientes hostis, que são classificados de

acordo com SANTOS et al (2007, p.63) como aqueles que apresentam

atividades econômicas precárias, acirrada competição, clima difícil e deficiência

de oportunidades de possível exploração. Em um ambiente de hostilidade, a

sobrevivência e o crescimento são grandes desafios para as empresas de

menor porte. Isso se deve a escassez de recursos e a relativa falta de

habilidade gerencial a que estão sujeitas.

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Neste contexto emerge a necessidade de ter uma vantagem competitiva,

que de acordo com PORTER (1999) apud CARVALHO NETO; MACHADO;

PEREIRA, (2006, p.3) corresponde a um beneficio importante, e de longo prazo

de uma organização sobre seus concorrentes. Para HITT; IRELAND;

HOSKISSON (2008, p. 79) vantagem competitiva é o quanto os concorrentes

conseguem copiar com êxito um bem, serviço ou processo de outra

organização. De acordo com COSTA NETO (2007, p. 34) as vantagens

competitivas são dadas através da preferência dos clientes, pelo baixo custo,

flexibilidade operacional e inovação de produtos e processos.

O objetivo de qualquer empresa segundo SHERMERHORN (2007, p.

193) não é somente a vantagem competitiva. A meta é sobreviver no mercado

e torna-se sustentável. Estes autores evidenciam que a vantagem competitiva

é um dos objetivos estratégicos das empresas a ser perseguido. E um SGA

eficiente pode ser uma vantagem competitiva.

2.2 - O Planejamento e sua Importância para as MPEs.

Segundo CASTEJON (2005, p. 10), o ato de planejar se baseia em

examinar as situações antes de executar as ações para conquistar resultados.

Seguindo a mesma linha de pensamento, SCHERMERHORN (2007, p. 171)

afirma que o planejamento é a maneira pelo qual as pessoas e as empresas

permanecem a frente da concorrência tornando-se melhores no que fazem.

Planejamento de acordo com SOBRAL E PECI (2007, p.132), “é a função

administrativa responsável pela definição dos objetivos da organização”. Outro

autor, COSTA NETO (2007, p. 64) descreve que “o planejamento deve decidir

sobre o que fazer, por que fazer e como fazer”. O planejamento não faz

menção a decisões futuras, ele é realizado no momento atual, seus resultados

é que se projetam no futuro (LACOMBE, 2009, p 69), portanto o planejamento

é feito voltado para o futuro, podendo ser um futuro distante ou um bem

próximo.

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De acordo com estes teóricos o planejamento é para todos, tanto para

empresas quanto para pessoas, e também é para tudo desde uma simples

tomada de decisão até para a criação de um empreendimento ou um projeto

maior.

Os administradores precisam planejar suas ações, independente do

nível hierárquico, sem planejamento as organizações andariam a deriva e sem

rumo. Nem sempre o planejamento é formalizado em documentos escritos. Em

organizações pequenas, é comum existir um tipo de planejamento informal,

este pode levar as mesmas a terem definições vagas de seus objetivos, porque

existe a perda de foco e a falta de senso de direção. Devido a isso “é

importante planejar de forma consistente para enfrentar as mudanças que

ocorrem nas diversas áreas da sociedade” (SOBRAL; PECI; 2007 p. 133).

Segundo COSTA NETO (2007, p. 187) o planejamento pode ser

considerado em três níveis: nível estratégico, tático e operacional. O nível

operacional consiste na execução das ações na rotina da empresa. O nível

Tático tem como objetivo melhorar o desempenho para aumentar a eficiência

nos processos da organização. O nível estratégico tem foco em dilemas

relevantes para empresa, de acordo com sua missão. Os resultados são as

políticas e diretrizes que determinam as demais atividades em médio e longo

prazo. Em relação a resultados em longo prazo surge então o interesse pelo

planejamento estratégico que para CASTEJON (2005, p.8), é decidir o que

fazer antes da concorrência, não apenas previsões, mas na tomada de

decisões que produzirão efeitos e conseqüências no futuro da organização.

RIBEIRO (2009, p.8) salienta sobre a importância do planejamento

estratégico para as organizações:

Planejamento estratégico é o processo de elaboração da estratégia, projetando os objetivos e resultados esperados em longo prazo; considera a relação existente entre a empresa e seu ambiente e deve ser abrangente, envolvendo toda a empresa. A elaboração do planejamento envolve os processos de analise do ambiente e de organização. Geralmente, os altos executivos da empresa são os responsáveis por sua elaboração.

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Segundo ACKOFF (1976) e OLIVEIRA (1989) apud ANTONIALLI (2000,

p. 143), o planejamento estratégico se destaca porque é um processo de longo

prazo que trabalha com decisões duradouras e de difícil modificação. Estas

decisões têm como foco manter a atenção às decisões do mercado e da noção

de que os acontecimentos futuros poderão não seguir a linha que se deseja.

Desta maneira o planejamento busca oferecer a organização uma realidade de

eficiência, eficácia e efetividade na busca de uma posição no mercado que se

pretende atingir. (ANSOFF,1991 apud CASTEJON, 2005,p.11).

BATEMAN e SNELL (2009, p. 121), afirmam que o planejamento

estratégico é o grupo de ações para a tomada de decisão a respeito dos

objetivos e das estratégias. Seguindo a mesma linha de pensamento

MAXIMIANO (2006, p. 333) entende planejamento estratégico como o meio de

criar estratégias, ou seja, a interação pretendida da organização com seu

ambiente. O planejamento estratégico é importante para que a organização

possa se estabelecer no mercado, habilitando a responder questões como:

“Em que negócio estamos? Em que negócio devemos estar ou estaremos?

Quem são nossos clientes? Como podemos ou devemos atendê-los?

Queremos focar no negócio principal ou diversificar?” As respostas a essas

perguntas auxiliarão a criar estes objetivos que darão direção à empresa

(BATEMAN; SNELL, 2009, p. 576).

Para ANDRADE, TACHIZAWA E CARVALHO (2002, p.103) o

planejamento estratégico pode ser entendido como o conjunto de decisões

programadas previamente, relativas ao que deve ser feito na empresa à longo

prazo. Desta forma as estratégias devem direcionar a gestão das empresas.

Ainda segundo estes autores o planejamento estratégico ambiental é um

processo que tem o objetivo de dotar a empresa de um instrumento de gestão

estratégica, o plano estratégico ambiental, de longo prazo e serve de

orientação para a definição e o desenvolvimento dos planos de curto e médio

prazo.

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Os objetivos estratégicos são as metas principais ou resultados finais

relativos à sobrevivência, valor e crescimento da empresa à longo prazo

(BATEMAN; SNELL, 2009, p. 121). Da mesma forma MAXIMIANO (2006, p.

341), cita os objetivos estratégicos como os resultados que a organização

almeja alcançar. COSTA NETO (2007, p. 66) ressalta que existem autores, que

consideram ultrapassado a definição de planejamento estratégico, dando

preferência à gestão estratégica. Isso ocorre porque o planejamento

estratégico esta associado a decisões de médio ou longo prazo, e

considerando-se que na atualidade devido a globalização as decisões

importantes devem ser tomadas com rapidez e flexibilidade, o conceito de

planejamento estratégico se torna obsoleto.

Por outro lado, conclui-se que o planejamento estratégico é importante

para empresa sobreviver no mercado, pois SCHERMERHORN (2007, p. 131)

ressalta que um dos fatores que levam as MPEs ao fracasso é a falta de

planejamento, pois os empreendedores não definem a razão de ser da

empresa e suas metas, não há construção de estratégias bem como sua

utilização. Outros autores, FISCHMANN e ALMEIDA (1991) apud ANTONIALLI,

(2000, p.143), descrevem planejamento estratégico como recurso

administrativo que, através da análise do ambiente da empresa, define suas

oportunidade e ameaças dos pontos fortes e fracos.

De acordo com LÄNSILUOTO (2004) apud SOUZA; MELLO; PAIVA

JÚNIOR (2007, p. 48) “os dados do ambiente podem ser utilizados para estimar

o grau de dificuldade nas áreas de crescimento econômico e das previsões

organizacionais”. Um dos instrumentos utilizados para análise do ambiente é a

chamada análise SWOT que é definida por SANTOS et al (2007, p. 51), como

a análise das oportunidades e ameaças da empresa em face do estudo dos

fatores externos, sendo assim possível verificar os pontos fortes e fracos

organizacionais.

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Pode-se dizer que uma empresa não é uma ilha, não vive isolada, por

isto vê-se a importância de analisar o ambiente que a cerca, de sua adequação

ou não às condições ambientais dependerá sua sobrevivência ou extinção.

Desta forma ANDRADE, TACHIZAWA e CARVALHO (2002, p.40) conceitua

este tema:

Uma empresa ou uma organização, como um organismo vivo, é um agrupamento humano em interação, que, ao se relacionar entre si e com o meio externo por meio de sua estruturação interna de poder, faz uma construção social da realidade, que lhe propicia a sobrevivência como unidade, segundo os mesmos princípios pelos quais mutações são preservadas dentro de cadeias ecológicas do mundo vivo.

Desta forma entende-se que às Micro e Pequenas empresas tem grande

impacto na economia do país e, por consequência, no meio ambiente. Por se

tratar de organizações que tem gestores empreendedores, criativos e voltados

para a inovação, atender as leis ambientais e as expectativas da sociedade

poderá se tornar uma vantagem competitiva não difícil de alcançar.

Principalmente se for percebido pela alta direção que, disto poderá dependerá

a sobrevivência da organização e sua sustentabilidade. Para tanto um Sistema

de Gestão Ambiental será fundamental em seu planejamento estratégico,

analisando os ambientes da empresa – interno e externo - com suas

oportunidades e ameaças.

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CAPITULO III

CUSTOS E BENEFÍCIOS DE UM SGA EM MPEs

Para falar a respeito dos custos da implantação de um Sistema de

Gestão Ambiental faz-se necessário compreendermos as diferenças entre

custos, despesas e investimento. Segundo o Dicionário de Economia de

SELDON e PENNANCE (1983) Custo pode ser entendido como a quantia a ser

paga por um bem ou serviço. Despesas são gastos financeiros relativos à

manutenção da atividade da empresa e Investimento é a aplicação de dinheiro

para obter lucro futuro. Desta forma pode-se entender que a quantia

empregada na implantação e manutenção de um SGA pode ser considerada

custo ou investimento. Benefício é entendido como vantagem, proveito e

melhoramento.

3.1 - Custos de um SGA

De acordo com SANTOS E SEIFFERT (2006) em artigo publicado no

site da Universidade da Paraíba é difícil mensurar o valor a ser investido na

implantação da ISO 14001, porém percebem-se dois custos distintos: custos de

implantação e custos de processo.

Os custos de implantação são compostos basicamente pela contratação de uma consultoria (...). Estes custos são difíceis de mensurar e podem variar de 100 a 300 mil reais, dependendo do tamanho da empresa. É importante considerar que o processo de implantação da ISO 14001, não é necessariamente caro (Viterbo, 1998), isto dependerá fundamentalmente da natureza da organização e dos aspectos/impactos associados. Que pode, entretanto, atingir valores proibitivos em curto prazo. (SANTOS; SEIFFERT; 2006)

De acordo com a ISO TOP Consultoria, com relação à implantação de uma

ISO “O que é importante considerar no cálculo do investimento necessário é o

quanto a empresa precisa mudar, inclusive sobre aspectos culturais...” Para

REIS (2002, p. 26) o principal custo é o tempo utilizado pelos colaboradores da

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empresa na preparação e implantação do sistema, o tempo utilizado em

treinamento e quando for o caso a assistência de uma empresa de consultoria.

Nesta mesma linha de pensamento DIAS (2009) coloca que as pequenas

empresas têm dificuldades na implantação de um sistema de gestão ambiental

por causa da necessidade de dispor de parte dos recursos humanos e

financeiros á sua implantação. Estas empresas não possuem funcionários

técnicos que possam se dedicar a manutenção de um SGA. Porém ele observa

que quando as pequenas empresas trabalham com grandes clientes elas

precisam se adequar ao que o mercado exige:

Quando pequenas empresas estão vinculadas a grandes clientes que exigem de seus fornecedores um SGA, ou são empresas voltadas para exportação em determinados setores, a implantação de um sistema de gestão sustentável pode ser necessária para a continuidade dos negócios, e aí a decisão de sua implantação deve se basear nas vantagens e desvantagens que advirão de sua adoção. Deve-se levar em conta que a cada dia torna-se cada vez maior a exigência da adoção de sistemas de gestão sustentáveis, por parte dos consumidores, das instituições públicas e do mercado internacional, em particular aquele vinculado aos países desenvolvidos. (DIAS, 2009, p.91)

Desta forma, serve a orientação do site da revista Pequenas Empresas

& Grandes Negócios, quando Camargo coloca que no caso das pequenas

empresas o consultor se torna mais necessário e pode se encontrar bons

profissionais por, em média, oitenta reais à hora. Vale destacar que o preço

cobrado por uma certificadora, para empresas de pequeno porte é de em

média R$ 12.000,00 e que este oscila em função do tamanho da empresa e do

escopo do projeto, conforme pesquisa realiza com dois laboratórios

certificadores da ISO 14001. Portanto estes valores, consultoria e certificadora,

devem fazer parte dos custos de implantação.

Sendo assim, dependendo das características da empresa e levando em

consideração os custos de implantação e de processo, a curto prazo a

implantação da ISO 14001 poderá ser vista como inviável, contudo deverá ser

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analisado com visão de futuro e pensando na imagem que a empresa quer

transmitir:

As dificuldades apresentadas pelas organizações em particularizar os itens de custos associados à implantação de um SGA, denotam sua dificuldade em inserir a gestão ambiental com um item importante de planejamento estratégico o qual deve estar previsto em seu planejamento anual de investimento. (SANTOS E SEIFFERT; 2006)

Mesmo a empresa, principalmente se tratando de pequenas e médias,

que não tem condição de arcar financeiramente com a implantação da ISO

14001 em virtude de seu orçamento restrito, precisa tomar ações que

demonstre seu interesse em cuidar e preservar o ambiente em que está

inserida. Para empresa com baixo impacto ambiental, tais ações podem ser

práticas e rotineiras, dependendo do ramo de atividade da empresa, podem ser

de fácil aplicação e de baixo custo. Como, por exemplo, uma livraria “onde a

preocupação deverá ser apenas com a coleta seletiva do lixo, otimização dos

recursos utilizados, como energia e a conscientização do pessoal, onde tudo

deve ser documentado, implementado, monitorado e revisado” (BARBOSA et

al; 1996).

3.2 - Benefícios do SGA

A gestão ambiental pode ser aplicada em empresas de qualquer

tamanho e de qualquer setor, porque toda empresa pode reduzir o consumo de

energia, de água, pode fazer uso de produtos recicláveis, adotando como

vasilhames os recipientes adequados para recolhimento (DIAS, 2009, p.90)

Com relação às vantagens do sistema de gestão ambiental ANDREOLI

(2012) relata a diminuição de custos que são reduzidos pela eliminação dos

desperdícios, racionalização de recursos humanos, físicos e financeiros. O

autor ainda descreve como vantagens do SGA a diminuição de riscos, a

melhoria organizacional e a criação de um diferencial competitivo.

A implementação de um SGA constitui uma ferramenta para que o empresário identifique oportunidades de melhoria que reduzam os

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impactos das atividades de sua empresa sobre o meio ambiente, orientando de forma otimizada os investimentos para implementação de uma política ambiental eficaz, capaz de gerar novas receitas e oportunidades de negócio. (ANDREOLI; 2012, p.65)

Com relação à imagem da empresa DIAS (2009, p.91) coloca que a gestão

ambiental é uma ferramenta para a empresa melhorar sua imagem no

mercado, o que tem ficado cada dia mais concreto por causa do aumento da

consciência ambiental dos consumidores, e isto é uma das vantagens

competitivas que o SGA oferece. Desta mesma forma, SANTOS e SEIFFERT

(2006) colocam que a certificação interfere na imagem da empresa percebida

pelos clientes:

Por fim, a certificação vem interferir diretamente na imagem da empresa, evidenciando uma postura adequada da organização em relação ao meio ambiente, atendendo a consumidores com opinião cada vez mais rígida em preferir produtos ambientalmente corretos. (SANTOS E SEIFFERT; 2006)

Entende-se que a imagem da empresa é a forma como o cliente enxerga

a marca, é a percepção de valor atribuída a um bem intangível. Sendo assim,

melhorar a imagem da marca é o mesmo que investir em Marketing e

Propaganda, ou seja, é possível utilizar o Sistema de Gestão Ambiental

também para conquistar novos clientes e fidelizar antigos clientes.

De acordo com vários autores o sistema de gestão ambiental acabou

por se tornar mais que uma obrigação imposta por leis e exigida pela

sociedade, tornou-se uma alavanca que impulsiona para o crescimento, desta

mesma forma ANDRADE, TACHIZAWA E CARVALHO (2002. P. 63) colocam

que os resultados econômicos dependem cada vez mais de decisões que

levam em conta que:

a) não há conflito entre a lucratividade e a questão ambiental;

b) o movimento ambientalista cresce em escala mundial;

c) clientes e comunidades em geral passam a valorizar cada vez mais a

proteção do meio ambiente;

d) a demanda e, portanto, o faturamento das empresas passa a sofrer cada

vez mais pressões e a depender diretamente o comportamento de

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consumidores que enfatizarão suas preferências por produtos e

organizações ecologicamente corretas.

Para REIS (2002, p.26) os benefícios da implantação do Sistema de Gestão

Ambiental envolve o cumprimento da legislação ambiental, cada vez mais

rígida e, portanto um fator a ser cada vez mais observado pelas empresas. O

autor ainda destaca como consequencias benéficas da implantação do SGA:

a) Demonstra aos clientes o comprometimento com a gestão ambiental;

b) Mantém ou melhora as relações com a comunidade e público em geral;

c) Facilita o acesso a novos investimentos;

d) Obtém diminuição dos custos de seguro;

e) Melhora a imagem da empresa;

f) Melhora o controle de custos;

g) Diminui o custo via redução de desperdício de fatores produtivos;

h) Reduz e/ou elimina os impactos ambientais

i) Reduz o número de auditorias dos clientes.

Entende-se que a Gestão Ambiental exige a participação dos clientes como

também da comunidade na qual a empresa está inserida. Desta forma

ANDRADE, TACHIZAWA e CARVALHO (2002 p. 19) colocam que em uma

pesquisa realizada observou-se, na prática, a economia anual de um hotel que

resolveu adotar ações que reduziu seus impactos ambientais:

a) Reciclagem (caixas de papelão, vasilhames de vidro, latas e metal,

papel de escritório, jornais, listas telefônicas, desperdício de alimento):

R$ 2.877,00;

b) Redução de uso de energia ao trocar lâmpadas incandescentes por

compactas fluorescentes: R$ 6.341,00;

c) Redução dos custos de trabalho, lâmpadas fluorescentes tem a

durabilidade maior que as incandescentes: Sem valor estimado;

d) Orientar aos funcionários para desligar os aparelhos e lâmpadas fora de

uso: sem valor estimado;

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e) Redução do consumo de água com a substituição nos banheiros das

descargas por outras mais econômicas e dos chuveiros por outros de

grande eficiência: RS 9.822,00;

f) Oferecer aos hóspedes a opção de reutilização de suas tolhas e lençóis,

caso se hospedarem por mais de um dia: R$ 4.000,00

Nesta pesquisa constatou-se que as pequenas economias são tão

importantes quantos as grandes e que todos podem contribuir com o SGA,

independente da função ou posição (cliente, funcionário, parceiros...).

“O efeito cumulativo do envolvimento de muitos pequenos atores implica uma redução que não pode ser quantificada, mas deve ser significante.” (ANDRADE, TACHIZAWA E CARVALHO; 2002 p. 20)

Pode-se destacar também como benefícios do SGA a redução de diversos

riscos como custos de remediação, multas, processos na justiça, acidentes

ambientais, barreias a exportação de seus produtos, perda de competitividade

e ainda prejuízo à imagem organizacional.

Sendo assim, verifica-se que os custos para a implantação da ISO 14001,

podem ser vistos como investimento. Estes custos não são fáceis de mensurar,

pois depende muito das características da empresa e em que estágio

ambiental ela se encontra. Devido aos vários benefícios da implantação e da

efetiva manutenção do Sistema de Gestão Ambiental fica clara a necessidade

das organizações não terem apenas visão do presente, mas principalmente de

futuro.

A administração, com vários atores interagindo entre si com o objetivo de

reduzir o impacto ambiental, pode ser considerada como administração com

consciência ecológica que entrelaçada a características estratégicas e a

princípios traz vários benefícios para a empresa, como os listados na tabela a

abaixo:

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ADMINSTRAÇÃO COM CONSCIÊNCIA ECOLÓGICA SEIS BENEFÍCIOS

1. sobrevivência humana 2. consenso público

3. oportunidade de mercado 4. redução de risco

5. redução de custos 6. integridade pessoal

SEIS PRINCÍPIOS ESSENCIAIS PARA O SUCESSO A LONGO PRAZO DE UMA EMPRESA

1. qualidade 2. criatividade 3. humanidade 4. lucratividade 5. continuidade

6. lealdade TRÊS CARACTERÍSTICAS DAS ESTRATÉGIAS

1. inovação 2. cooperação

3. comunicação Tabela 3: ADMINSTRAÇÃO COM CONSCIÊNCIA ECOLÓGICA Fonte: Andrade, Tachizawa e Carvalho (2002). Elaboração própria.

De toda forma, as empresas que não possuem condições de ter um SGA

nos moldes da ISO 14001, devido a seu orçamento restrito, podem implantar

ações que demonstrem e verdadeiramente retratem a preocupação que a

empresa tem com o ambiente.

Percebe-se que a imagem da empresa aparece como um dos mais

importantes benefícios a ser observado, destaca-se também a redução de

custos e desperdício, de consumo de energia e água bem como o ganho com a

reciclagem e ainda a redução de riscos de acidentes ambientais.

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CONCLUSÃO

Há algum tempo a sociedade tem se preocupado com o ambiente,

porém faltavam caminhos que mostrassem por onde seguir. As normas da

família da ISO 14000 vêem responder a esta questão dando ferramentas para

orientação, principalmente a ISO 14001 que estabelece os requisitos

necessários para a implantação de um Sistema de Gestão Ambiental

certificável. O Sistema de Gestão Ambiental - SGA é o meio pelo qual a

empresa, reunindo responsabilidades, procedimentos e processos implanta sua

política ambiental. Para que o SGA seja eficiente e eficaz precisa ser entendido

por todos na organização, desde o topo da pirâmide organizacional até a sua

base e para isto pode-se usar a Educação Ambiental. Com a Educação

ambiental cria-se “discípulos”, que iram difundir as idéias e pôr em prática. Os

funcionários precisam ser vistos como parte integrante do sistema e assim

valorizados, não se compreende uma empresa com um SGA implantado com

funcionários insatisfeitos porque a base da sustentabilidade é a

Responsabilidade social, economia e ambiental, estas responsabilidades

precisam andar em consonância.

O custo com a implantação da ISO 14001 pode ser visto como um

investimento, inclusive na imagem da empresa, com retorno financeiro a ser

esperado para longo prazo. Porém algumas empresas devido a seu

faturamento, como no caso das Micro e Pequenas Empresas, poderão não ter

condições financeiras de arcar com este custo. Estas MPEs são na maioria

criadas por pessoas inovadoras e empreendedoras, sendo assim não terão

dificuldades em demonstrar a sociedade sua preocupação ambiental tomando

ações que integrem seu planejamento estratégico e que além de reduzir custos

e melhorar processos conquiste novos clientes, aumentado sua fatia de

mercado. O fato é que estas empresas não podem permanecer à margem

deste processo, porque ele veio para ficar e o quanto antes as MPEs se

adequarem as leis e exigências da sociedade elas perpetuarão seu negócio e

prolongarão seu tempo de vida.

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Por fim, entende-se que o SGA precisa ser adequado a empresa e

poderá servir como um caminho para se chegar aos moldes da ISO 14001 e,

apesar de compreender os vários benefícios e necessidade de mercado, não

se prega aqui a implantação da ISO 14001 a qualquer custo. Fala-se aqui em

uma resposta as necessidades das MPEs e da sociedade. Desta forma conclui-

se que a implantação de um Sistema de Gestão Ambiental em uma Micro e

Pequena Empresa é viável e até mesmo lucrativo, porém as ações a serem

tomadas são muito específicas e depende das características de cada

empresa, sendo assim difícil de mensurar.

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ANEXOS

Anexo 1 >> Os dez mandamentos ambientais na empresa.

Anexo 2 >> Respostas de pesquisa realizada através de e-mail a laboratórios

certificadores de ISO 14001.

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ANEXO 1

OS DEZ MANDAMENTOS AMBIENTAIS NA EMPRESA Por Vilmar Sidnei Demamam Berna http://www.portaldomeioambiente.org.br/especial/empresa.asp

Nossa espécie tem usado mais a capacidade de modificar o meio ambiente para piorar as coisas que para melhorar. Agora precisamos fazer o contrário, para nossa própria sobrevivência. Reveja seu dia-a-dia e tome as atitudes ecológicas que julgar mais corretas e adequadas. Não espere que alguém venha fazer isso por você. Faça você mesmo. 1 - Estabeleça princípios ambientalistas - Estabeleça compromissos, padrões ambientais que incluam metas possíveis de serem alcançadas. 2 - Faça uma investigação de recursos e processos Verifique os recursos utilizados e o resíduo gerado. Confira se há desperdício de matéria-prima e até mesmo de esforço humano. A meta será encontrar meios para reduzir o uso de recursos e o desperdício. 3 - Estabeleça uma política ecológica de compras Priorize a compra de produtos ambientalmente corretos. Existem certos produtos que não se degradam na natureza. Procure certificar-se, ao comprar estes produtos, de que são biodegradáveis. Procure por produtos que sejam mais duráveis, de melhor qualidade, recicláveis ou que possam ser reutilizáveis. Evite produtos descartáveis não reciclados como canetas, utensílios para consumo de alimentos, copos de papel, etc. 4 - Incentive seus colegas - Fale com todos a sua volta sobre a importância de agirem de forma ambientalmente correta. Sugira e participe de programas de incentivo como a nomeação periódica de um 'campeão ambiental' para aqueles que se destacam na busca de formas alternativas de combate ao desperdício e práticas poluentes. 5 - Não Desperdice - Ajude a implantar e participe da coleta seletiva de lixo. Você estará contribuindo para poupar os recursos naturais, aumentar a vida útil dos depósitos de lixo, diminuir a poluição. Investigue desperdício com energia e água. Localize e repare os vazamentos de torneiras. Desligue lâmpadas e equipamentos quando não estiver utilizando. Mantenha os filtros do sistema de ar-condicionado e ventilação sempre limpos para evitar desperdício de energia elétrica. Use os dois lados do papel, prefira o e-mail ao invés de imprimir cópias e guarde seus documentos em disquetes, substituindo o uso do papel ao máximo. Promova o uso de transporte alternativo ou solidário, como planejar um rodízio de automóveis para que as pessoas viajem juntas ou para que usem bicicletas, transporte público ou mesmo caminhem para o trabalho. Considere o trabalho à distância, quando apropriado, permitindo que

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funcionários trabalhem em suas casas pelo menos um dia na semana utilizando correio eletrônico, linhas extras de telefone e outras tecnologias de baixo custo para permitir que os funcionários se comuniquem de suas residências com o trabalho. 6 - Evite Poluir Seu Meio Ambiente - Faça uma avaliação criteriosa e identifique as possibilidades de diminuir o uso de produtos tóxicos. Converse com fornecedores sobre alternativas para a substituição de solventes, tintas e outros produtos tóxicos. Faça um plano de descarte, incluindo até o que não aparenta ser prejudicial como pilhas e baterias, cartuchos de tintas de impressoras, etc. Faça a regulagem do motor dos veículos regularmente e mantenha a pressão dos pneus nos níveis recomendáveis. Assegure-se que o óleo dos veículos está sendo descartado da maneira correta pelos mecânicos. 7 – Evite riscos - Verifique cuidadosamente todas as possibilidades de riscos de acidentes ambientais e tome a iniciativa ou participe do esforço para minimizar seus efeitos. Não espere acontecer um problema para só aí se preparar para resolver. Participe de treinamentos e da preparação para emergências. 8 - Anote seus resultados - Registre cuidadosamente suas metas ambientais e os resultados alcançados. Isso ajuda não só que você se mantenha estimulado como permite avaliar as vantagens das medidas ambientais adotadas. 9 – Comunique-se - No caso de problemas que possam prejudicar seu vizinho ou outras pessoas, tome a iniciativa de informar em tempo hábil para que possam minimizar prejuízos. Busque manter uma atitude de diálogo com o outro. 10 - Arranje tempo para o trabalho voluntário - Não adianta você ficar só estudando e conhecendo mais sobre a natureza. É preciso combinar estudo e reflexão com ação. Considere a possibilidade de dedicar uma parte do seu tempo, habilidade e talento para o trabalho voluntário ambiental a fim de fazer a diferença dando uma contribuição concreta e efetiva para a melhoria da vida do planeta. Você pode, por exemplo, cuidar de uma árvore, organizar e participar de mutirões ecológicos de limpeza e recuperação de ecossistemas e áreas de preservação degradados, resgatar e recuperar animais atingidos por acidentes ecológicos ou mesmo abandonados na rua, redigir um projeto que permita obter recursos para a manutenção de um parque ou mesmo para viabilizar uma solução para problema ambiental, fazer palestras em escolas, etc. (BERNA)

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ANEXO 2

RESPOSTAS DE PESQUISA REALIZADA ATRAVÉS DE E-MAIL COM

LABORATÓRIOS CERTIFICADORES DA ISO 14001.

PESQUISA Remetente: "Marlene Pereria de Araujo Lamim" <[email protected]> Data: 06/06/2012 15:50 (38 minutos atrás) Assunto: ORÇAMENTO Para: "Marlene Pereria de Araujo Lamim" <[email protected]> Prezados, Faço uma pós-graduação em Gestão Ambiental e na minha monografia estou falando sobre custos e benefícios de um SGA. Cabe em minha mono colocar, mesmo que por média, o custo da implantação da ISO 14001, em uma pequena e média empresa, como por exemplo um mini mercado. Vocês poderiam me ajudar com isto?? -- Marlene Lamim Resposta 1: laboratório TECPAR Em 8 de junho de 2012 17:37, Arthur Eduardo Pereira de Souza <[email protected]> escreveu: Prezada Marlene, boa tarde!! Os critérios para formação de preço p/ uma certificação SGA são abrangentes e seguem determinadas literaturas estabelecidas pelos organismos acreditadores, no caso do Brasil, o Inmetro. A título de estimativa, presumo que o escopo de seu mini mercado seja comercialização de produtos alimentícios, higiene e etc.... Desta forma os custos podem ser considerados prelinarmente da seguinte forma: - Auditoria Inicial de Certificação (fases 1 e 2) - R$ 6.000,00 - 1 Auditoria de Supervisão - R$ 3.000,00 - 2 Auditoria de Supervisão - R$ 3.000,00 Total - R$ 12.000,00

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Os valores acima são estimados para um ciclo de 3 anos e não estão previstas as despesas com alimentação, hospedagem e deslocamento da equipe auditora, bem como os custos com a implantação do SGA. Bons estudos e boa sorte em seu TCC. TecparCert Resposta 2: ABS Group Services do Brasil Ltda Enc: ORÇAMENTO - Marlene Lamim Entradax [email protected] 11 jun (9 dias atrás) Bom dia Marlene, Sou o representante de vendas que irá lhe atender para este levantamento de valores da certificação Ambiental. Para o dimensionamento de uma proposta para ISO 14001, levamos em consideração dois aspectos principais: 1- Atividade da empresa - grau do impacto ambiental que representa - Complexidade 2-Porte da empresa - número de colaboradores. Desta forma solicito que me informe estas duas características da empresa que está estudando. Para seu conhecimento, estou emviando uma tabela que mostra o dimensionamento que temos que seguir para uma certificação ISO 14001. Qualquer dúvida favor contatar-me. Atenciosamente, ABS Group Services do Brasil Ltda http://www.abs-qe.com

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BIBLIOGRAFIA CITADA

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas - NBR ISO 14001:2004 Sistema de Gestão Ambiental: Requisitos com orientações para uso. ANDRADE, Rui Otávio Bernardes de; TACHIZAWA, Takeshy; CARVALHO, Ana Barreiros de. Gestão ambiental: estratégico aplicado ao desenvolvimento sustentável, 2ª Ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2002. BATEMAM, Thomas S; SNELL, Scott A. Administração: novo cenário competitivo. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009. COSTA NETO, Pedro Luiz de Oliveira Costa. Qualidade e competência nas decisões. São Paulo: Blücher, 2007. DIAS, Reinaldo. GESTÃO AMBIENTAL: responsabilidade social e sustentabilidade, São Paulo: Atlas, 2009. FERREIRA, Orlando; PIVETTI, André; ARAÙJO, Luisa. Abra uma loja para o sucesso: os segredos dos vencedores. 2. ed. Rio de Janeiro: Bom Texto, 2007. HITT, Michael A; IRELAND, R. Duane; HOSKISSON, Robert E. Administração estratégica. [tradução All Tasks]. 2. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2008. LACOMBE, Francisco José Masset. Teoria geral da administração. São Paulo: Saraiva, 2009. LEMES JÚNIOR, Antonio Barbosa; PISA, Beatriz Jackiu. Administrando micro e pequenas empresas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. LEMOS, Haroldo Matos; et al. Sustentabilidade das organizações brasileiras. Niterói: ABEPRO, 2006. MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Teoria geral da administração: da revolução urbana à revolução digital. São Paulo: Atlas, 2006. OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Teoria geral da administração: uma abordagem prática. São Paulo: Atlas, 2008. OLIVEIRA, José Antônio Puppim de. Empresas na sociedade: sustentabilidade e responsabilidade social. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. RIBEIRO, Antonio de Lima. Teorias da administração. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

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REIS, Luis Filipe Sanches de Sousa Dias. Gestão ambiental em pequenas e médias empresas. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002.

SCHERMERHORN, John R. Jr. Administração. 8º Ed. Rio de Janeiro: LTC, 2007. SOBRAL, Filipe; PECI, Alketa. Administração: teoria e prática no contexto brasileiro. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008.

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WEBGRAFIA

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ANTONIK, Luiz. A administração financeira de pequenas e médias empresas. <URL: http://www.fae.edu/publicacoes/fae_business.asp#8_1 > data de acesso: 18/01/2012. Lei complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. <URL: www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp123.htm> data de acesso: 29/03/2012. Lei 9.795, de 27 de abril de 1999. Política Nacional de Educação Ambiental <URL: www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm> data de acesso: 29/03/2012. VIEIRA, Lênia. O papel da Educação Ambiental em Empresas. <URL: http://www.ietec.com.br/site/techoje/categoria/detalhe_artigo/136,> data de acesso: 10/05/2012. BERNA, Vilmar. Os 10 Mandamentos Ambientais na Empresa . <URL: http://www.portaldomeioambiente.org.br/especial/empresa.asp,> data de acesso: 10/05/2012. INSTITUTO ETHOS. <URL: http://www.ethos.org.br/docs/conceitos_praticas/indicadores/download/> data de acesso: 15/05/2012.

CANEDO, Anélia. Sistema de Gestão Ambiental nas empresas. <URL: http://www.cenedcursos.com.br/sistema-de-gestao-ambiental-nas-empresas.html> data de acesso 18/05/2012. ANDREOLI, Cleverson. Gestão Ambiental. <URL: www.fae.edu/publicacoes/pdf/empresarial/6.pdf> data de acesso: 18/05/2012. BARBOSA, Ceres et al. Uma proposta de modelo de análise dos custos de implementação da norma ISO 14001. <URL: www.ecoeco.org.br/conteudo/publicacoes/encontros/i_en/.../2.pdf> data de acesso: 01/06/2012. CAMARGO, Heloisa. Como Obter as Certificações ISO 9001, ISO 14001, OHSAS 18001 e ABNT 16001. <URL http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0,EMI161127-17195,00-como+obter+As+certificacoes+ISO+ISO+OHSAS+E+ABNT.html> data de acesso: 01/06/2012. Isotop Consultoria. <URL: htt://www.isotop.com.br/geral.asp?acao+faq&codigo13> data de acesso: 06/06/2012. ISO online. Porque obter a certificação ISO 14001.<URL: htt://isoonline.com.br/como-funciona/ISO-14001/custos-e-tempo-do-processo-de-certificação-iso-14001> data de acesso: 06/06/2012.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I - SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL - SGA 9

1.1 - Educação Ambiental 14

1.2 - Sustentabilidade 16

CAPÍTULO II – MICRO E PEQUENAS EMPRESAS - MPEs 19

2.1 – Competitividade para as MPEs 22

2.2 – O Planejamento e sua Importância para as MPEs 24

CAPITULO III – CUSTOS E BENEFÍCIOS DE UM SGA EM MPEs 29

3.1 – Custos de um SGA 29

3.2 – Benefícios de um SGA 31

CONCLUSÃO 36

ANEXOS 38

BIBLIOGRAFIA CITADA 43

WEBGRAFIA 45

ÍNDICE 47