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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENGENHARIA DE LORENA - EEL/USP RAFAEL AQUIYAMA DE OLIVEIRA QUALIFICAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE FORNECEDORES E PARCERIAS NA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA VETERINÁRIA Declaro que esta monografia foi revisada e encontra-se apta para avaliação e apresentação perante banca avaliadora. Data:____/____/2014. _________________________________________ Orientador: Prof. Dr. José Roberto Alves de Mattos Lorena - SP 2014

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - sistemas.eel.usp.brsistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2014/MIQ14036.pdf · 2.3 Utilização de sistemas ERP .....23 3. METODOLOGIA ... 3.1.1

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

ESCOLA DE ENGENHARIA DE LORENA - EEL/USP

RAFAEL AQUIYAMA DE OLIVEIRA

QUALIFICAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE FORNECEDORES E PARCERIAS NA

INDÚSTRIA FARMACÊUTICA VETERINÁRIA

Declaro que esta monografia foi revisada e encontra-se apta para avaliação e

apresentação perante banca avaliadora.

Data:____/____/2014.

_________________________________________ Orientador: Prof. Dr. José Roberto Alves de Mattos

Lorena - SP 2014

RAFAEL AQUIYAMA DE OLIVEIRA

Qualificação e desenvolvimento de fornecedores e parcerias na indústria

farmacêutica veterinária

Monografia apresentada à Escola de Engenharia de Lorena da Universidade de São Paulo como requisito parcial para obtenção do título de Engenheiro Industrial Químico.

Área de Concentração: Qualidade e Produtividade. Orientador: Prof. Dr. José Roberto Alves de Mattos

Lorena - SP 2014

Dedicatória

Aos meus pais, Carlos Alberto e Luciana Aquiyama, pelo exemplo de trabalho, bom

caráter, dedicação e honestidade. Muito obrigado pelo amor e, acima de tudo, a

amizade.

AGRADECIMENTOS

À minha tia Sônia, e à minha avó Cida, por todo incentivo e esforços não poupados

para a conclusão de mais esta etapa.

Ao meu querido avô, Albertino (in memorian) pelos ensinamentos quando criança.

Obrigado por cada momento ao seu lado.

Aos meus avós maternos, Mário e Helena, pelo apoio e exemplos de vida.

Aos companheiros de trabalho, Samira Santos e Carlos Escobar, pelo apoio,

ensinamentos e paciência durante minha primeira experiência profissional.

Ao amigo Tiago Miquelim, pelo companheirismo e dedicação ao passar seus

conhecimentos sobre Qualificação de Fornecedores e Garantia da Qualidade. De

grande ajuda para a conclusão desta monografia.

Ao Professor Dr. José Roberto Alves de Mattos, pela sua atenção e disponibilidade

demonstrada durante a orientação deste trabalho.

À todos os amigos e amigas que fizeram parte desta caminhada, incentivando,

ajudando e apoiando em cada momento.

À toda minha família, pela torcida e auxílio incondicional. Mesmo ausentes

fisicamente, sempre dando forças para seguir em frente.

“O que importa na vida não é o simples fato de ter vivido. A diferença que fizemos na

vida dos outros que vai determinar a importância da vida que conduzimos”

Nelson Mandela

RESUMO

OLIVEIRA, R. A. Qualificação e desenvolvimento de fornecedores e parcerias

na indústria farmacêutica veterinária. 2014. 52 f. Monografia - Escola de

Engenharia de Lorena, Universidade de São Paulo, Lorena, 2014.

Conforme previsto nas Boas Práticas de Fabricação (BPF) para as indústrias

farmacêuticas veterinárias, da Instrução Normativa nº 13 do Ministério da

Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), todo fornecedor de material

produtivo deve ser devidamente qualificado nos parâmetros de qualidade.

Usualmente, empresas deste setor utilizam de auditorias da qualidade para aprovar

ou desqualificar um fornecedor. No entanto, conforme observado em sistemas de

Planejamento de Recursos Empresariais (ERP), outros critérios devem ser levados

em consideração além da auditoria. Este trabalho apresenta uma proposta de

qualificação de fornecedores, que visa a avaliação de critérios como cumprimento

dos prazos e quantidades no recebimento, qualidade do material recebido e não

conformidades relacionadas aos serviços prestados. Estes critérios foram utilizados

dentro do Módulo de Avaliação de fornecedores do sistema ERP para as três

principais categorias de fornecedores (frascos de vidro, frascos de plástico e

distribuidor de xileno). O que proporcionou analise mais detalhada de seus serviços,

Alguns fornecedores de interesse comercial para a empresa, porém com problemas

na qualidade do material, sofreram investimentos da empresa para se desenvolver.

Outros fornecedores, bem classificados com a nota de auditoria da qualidade, se

mostraram com graves problemas em outros critérios. Ficando evidente que a antiga

sistemática mascara problemas com o fornecedor. A nova sistemática proporcionou

uma melhor visão do fornecedor como um todo, e mostrando quais as fragilidades

que devem ser desenvolvidas com o trabalho em parceria. O desenvolvimento de

uma sistemática robusta é de extrema importância para garantir a qualidade dos

produtos e reduzir os custos provenientes de uma cadeia de fornecimento não

confiável. Além disso, foi evidenciada redução significativa das não conformidades

relacionadas aos fornecedores após a aplicação do estudo em questão.

Palavras-chave: Qualificação de fornecedores. Planejamento de Recursos

Empresariais.

ABSTRACT

OLIVEIRA, R. A. Qualification and development of suppliers and partners in the

veterinary pharmaceutical industry. 2014. 52 f. Monografia - Escola de

Engenharia de Lorena, Universidade de São Paulo, Lorena, 2014.

As provided in the Good Manufacturing Practices (GMP) for veterinary

pharmaceutical industries, Normative Instruction No. 13 of the Ministry of Agriculture,

Livestock and Supply (MAPA), all vendors of productive material must be suitably

qualified in the quality parameters. Usually, companies in this sector use of quality

audits to approve or disqualify a supplier. However, as noted in Enterprise Resource

Planning systems (ERP), other criteria should be considered in addition to the audit.

This paper presents a proposal for supplier qualification, that have to aim at

assessing criteria such as meeting deadlines and quantities in receiving, quality of

material received and nonconformities related to the services provided. These criteria

were used in the Assessment Module suppliers of ERP system to the three main

categories of providers (glass bottles, plastic bottles and distributor of xylene). This

system provided more detailed analysis of their services. Some suppliers of

commercial interest to the company, but with problems in material quality,

experienced investment company to develop. Other vendors, ranked well with the

note of audit quality, it showed serious problems in other criteria. Became evident

that the old system of qualification masks problems with the supplier. The new

system provided a better view of the vendor as a whole, showing where the

weaknesses that must be developed to work in partnership. The development of a

robust systematic is very important to ensure the quality of products and reduce

costs from an unreliable supply chain. Moreover, it was evidenced a significant

reduction of non-conformities related to suppliers after applying the study.

Keywords: Supplier Qualification. Enterprise Resource Planning

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Alguns dos termos utilizados para descrever a gestão de diferentes

partes da cadeia de suprimentos. ........................................................ 177

Figura 2 - Tela inicial para consulta de Avaliação de Fornecedores .................... 311

Figura 3 - Inserindo código de ação ME62 ........................................................... 322

Figura 4 - Tela Exibir ............................................................................................ 333

Figura 5 - Notas critério automático: Remessa-IQr .............................................. 344

Figura 6 - Critério Qualidade-IQe ......................................................................... 366

Figura 7 - Inserindo código de ação ME61 ........................................................... 388

Figura 8 - Tela Atualizar ....................................................................................... 388

Figura 9 - Figura 10 – Chave de ponderação ......................................................... 399

Figura 10 - Critério IQs – Sistema de Gestão da Qualidade .................................... 40

Figura 11 - Critério Méritos (Análise RNC) ............................................................. 411

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Operações SAP e seus códigos .......................................................... 26

Tabela 2 - Critérios e subcritérios de qualidade ................................................... 30

Tabela 3 - Faixas de classificação de fornecedores ............................................. 30

Tabela 4 - Módulo: Avaliação de Fornecedores ................................................... 31

Tabela 5 - Avaliação de Fornecedores: Exibir ...................................................... 32

Tabela 6 - Pontuação para a pontualidade na entrega......................................... 34

Tabela 7 - Pontuação para a quantidade de entrega ........................................... 35

Tabela 8 - Avaliação de Fornecedores: Atualizar ................................................. 37

Tabela 9 - Classificação de fornecedores de frascos de vidro, com referência em

auditoria da qualidade (eSTARS). ........................................................ 43

Tabela 10 - Classificação de fornecedores de frascos de vidro, com referência em

critérios e subcritérios. ......................................................................... 44

Tabela 11 - Classificação final de fornecedores de frascos de vidro, com referência

na nova sistemática. ............................................................................. 44

Tabela 12 - Classificação de fornecedores de frascos plásticos, com referência em

auditoria da qualidade (eSTARS). ........................................................ 45

Tabela 13 - Classificação de fornecedores de frascos plásticos, com referência em

critérios e subcritérios. ......................................................................... 45

Tabela 14 - Classificação final de fornecedores de frascos plásticos, com referência

na nova sistemática. ............................................................................. 46

Tabela 15 - Classificação de fornecedores distribuidores fracionadores de Xileno,

com referência em auditoria da qualidade (eSTARS). ......................... 47

Tabela 16 - Classificação de fornecedores de serviços, com referência em critérios e

subcritérios. .......................................................................................... 47

Tabela 17 - Classificação final de fornecedores distribuidores fracionadores de

Xileno, com referência na nova sistemática. ........................................ 48

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

BPF

EEL

EM

ERP

eSTARS

GMP

GQF

IN

JIT

MAPA

PQF

RNC

SAP

SCM

SGQ

USP

Boas Práticas de Fabricação

Escola de Engenharia de Lorena

Entrada de Material

Planejamento de Recursos Empresariais (Enterprise Resource Planning)

electronic Supplier Tracking and Reporting System. Sistema corporativo

de Qualificação de Fornecedores por meio de auditorias

Good Manufacturing Practice

Departamento de Gerenciamento da Qualidade de Fornecedores

Instrução Normativa

Just in time

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Pontuação de Qualificação de Fornecedor referente ao sistema da

qualidade avaliado durante uma auditoria

Relatório de Não Conformidade

Systems, Applications and Productions in data process. Sistema

corporativo de MRP

Supply Chain Management

Sistema de Garantia da Qualidade

Universidade de São Paulo

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 13

1.1 Contextualização .............................................................................................. 13

1.2 Objetivos .......................................................................................................... 14

1.2.1 Objetivo Geral ............................................................................................ 14

1.2.2 Objetivos Específicos ................................................................................. 14

1.3 Justificativa....................................................................................................... 14

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................... 16

2.1 Gestão da cadeia de suprimentos .................................................................... 16

2.2 Qualificação e desenvolvimento de fornecedores ............................................ 20

2.3 Utilização de sistemas ERP ............................................................................. 23

3. METODOLOGIA .................................................................................................... 25

3.1 Definições ........................................................................................................ 26

3.1.1 Módulo Avaliação de Fornecedores........................................................... 26

3.1.2 Descrição dos critérios principais............................................................... 27

3.1.2.1 Remessa – IQr: ................................................................................... 27

3.1.2.2 Qualidade - IQe: .................................................................................. 27

3.1.2.3 IQs - Índice de SGQ: ........................................................................... 28

3.1.2.4 Méritos (Relatório de Não Conformidade - RNC) ................................ 28

3.1.3 Subcritérios ................................................................................................ 28

3.1.4 Notas de desempenho automáticas........................................................... 28

3.1.5 Notas de desempenho manuais ................................................................ 29

3.1.6 Notas de desempenho (Nota Global) ......................................................... 29

3.1.6.1 Cálculo da nota de desempenho ......................................................... 29

3.1.6.2 Classificação de fornecedores ............................................................. 30

3.2 Procedimento operacional................................................................................ 31

3.2.1 Inicializando o SAP R/3 ............................................................................. 31

3.2.2 Avaliação de Fornecedores: Exibir ............................................................ 32

3.2.2.1 Critério automático: Remessa - IQr: .................................................... 33

3.2.2.1.1 Pontuação do subcritério de cumprimento de prazos:................... 34

3.2.2.1.2 Pontuação do subcritério de cumprimento de quantidade:............ 35

3.2.2.2 Critério automático: Qualidade – IQe................................................... 36

3.2.3 Avaliação de Fornecedores: Atualizar ....................................................... 37

3.2.2.3 Critério: IQs – Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ)...................... 40

3.2.2.4 Critério: Méritos (análise RNC) ............................................................ 41

3.2.3 Base de dados para notas de auditoria ..................................................... 42

4. RESULTADO E DISCUSSÃO ............................................................................... 43

4.1. Classificação de fornecedores de materiais de embalagem primária (frascos

de vidro) ................................................................................................................. 43

4.2 Classificação de fornecedores de materiais de embalagem primária (frascos de

plástico) .................................................................................................................. 45

4.3. Classificação de fornecedores distribuidores fracionadores de excipiente

(Xileno) ................................................................................................................... 47

5. CONCLUSÃO ........................................................................................................ 49

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 50

13

1. INTRODUÇÃO

1.1 Contextualização

As indústrias farmacêuticas veterinárias devem seguir algumas definições

regulatórias, que compreendem da sondagem, triagem e seleção para,

posteriormente, qualificar seus fornecedores.

Todo este processo é requerido para as indústrias farmacêuticas veterinárias

e faz parte de uma necessidade regulatória e estratégica. De modo que as

condições e definições para a qualificação dos fornecedores estão inclusas nas

Boas Práticas de Fabricação (BPF) da indústria farmacêutica veterinária, prevista na

Instrução Normativa nº 13 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,

de 03 de Outubro de 2003. Este documento estabelece que as matérias-primas e

materiais de acondicionamento, devem ser adquiridos somente de fornecedores

aprovados conforme parâmetros de qualidade. E, também, que a auditoria da

qualidade deve se estender a estes fornecedores.

Como prática de mercado, as empresas do segmento de fabricação de

medicamentos de saúde animal, avaliam apenas a pontuação observada na

auditoria para qualificar ou desqualificar os seus fornecedores.

As auditorias da qualidade consistem da visita de um auditor à planta de

fabricação do fornecedor. Que com base nas BPF, observa com olhar crítico,

evidências objetivas e não conformidades relevantes ao sistema da qualidade da

empresa. Resultando em uma avaliação de como a empresa fornecedora pratica e

mantém os conceitos de qualidade, sejam com fundamentos BPF ou também ISO

9001.

Como resultado desta análise, se obtém a Pontuação da Qualidade do

Fornecedor (PQF) e, deste modo o fornecedor adquire uma nota. Porém, outros

parâmetros além da auditoria, devem ser observados para a definição do Índice de

Qualidade do Fornecedor (IQF), que consiste da avaliação de desempenho geral do

fornecedor.

Para uma avaliação detalhada, torna-se necessária uma observação e

classificação de outros critérios que também se mostraram críticos quanto à

qualidade global do fornecedor. Como por exemplo: condições de entrega dos

14

materiais, não conformidades levantadas após o recebimento, se o material atende

às especificações, entre outros aspectos.

1.2 Objetivos

1.2.1 Objetivo Geral

O presente estudo tem por objetivo verificar os impactos na classificação e

qualificação de fornecedores, de modo a propor uma avaliação mais abrangente do

que a já utilizada por determinados laboratórios farmacêuticos veterinários. A

comparação entre a pontuação atual, com a pontuação proveniente da sistemática

proposta, proporcionará um melhor julgamento da confiabilidade do fornecedor, ou

seja, conhecê-lo em todos os aspectos relevantes e que impactam na qualidade do

produto final.

1.2.2 Objetivos Específicos

Proporcionar o estreitamento da parceria para desenvolvimento de

fornecedores que apresentam potencial de qualidade e serviços e são de interesse

comercial.

Observar quais as principais operações que apresentam deficiência e que

devem ser melhoradas em cada categoria de fornecedor.

Iniciar proposta de desenvolvimento de fornecedores que apresentam déficits

de operações ou serviços, a fim de melhorar a qualidade final do produto e diminuir

o número de não conformidades.

Detalhar as notas dos critérios de operações dos fornecedores, a fim de

verificar quais apresentam nível de qualidade realmente robusto e satisfatório.

1.3 Justificativa

Com o desenvolvimento dos mercados globais, foi possível observar

elementos que figuram as transformações realizadas pela globalização econômica.

A descentralização da produção e fabricação, que foi realocada para diferentes

mercados, a multiplicação e diversificação de produtos e serviços, o uso de novas

15

formas de gestão e tecnologias da informação e, principalmente, a transformação

nas formas de concorrência. Esta última que incentivou a criação de alianças

estratégicas que, por sua vez, forçaram o exercício de uma maior cooperação

interempresarial e assim garantir altos níveis de competitividade. Sendo assim, o

estabelecimento de redes de parcerias confiáveis se torna uma ferramenta

extremamente necessária. Um verdadeiro diferencial para os membros e,

consequentemente, para seus negócios.

Voltando o foco para a constante evolução nos serviços de tecnologia da

informação, é possível verificar o surgimento de modelos e sistemas matemáticos

que contribuem para o gerenciamento e planejamento dos processos operacionais

de uma organização. E, deste modo, otimizam os fluxos entre as áreas e favorecem

o dinamismo no ambiente de negócio.

Como destaque, é reconhecido o uso de sistemas de planejamento de

recursos empresariais (ERP), que vem sendo amplamente utilizado para integrar

fluxos de informação dos materiais ao longo da totalidade da cadeia de

fornecimento. Garantido uma maior rastreabilidade de dados e possibilitando um

melhor desempenho de abastecimento interno e externo, conforme parcerias com os

membros da cadeia.

Ainda é nítido que a formação de um grupo eficaz e robusto de fornecedores

pode influenciar significativamente na redução de custos associados à cadeia de

fornecimento, garantido melhor produtividade e, consequentemente, melhor

lucratividade.

16

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Gestão da cadeia de suprimentos

Segundo (BALLOU, 2007), o primeiro conceito ligado a gerenciamento de

cadeia de suprimentos surgiu como sendo a logística. Muito utilizada em termos

militares, foi bastante desenvolvida durante meados da década de 40, durante a

Segunda Guerra Mundial. Onde tinha a função de possibilitar agilidade em

posicionamento de tropas e provisões de munição, por exemplo.

Pode-se ressaltar, também, a necessidade de aspectos logísticos desde a

construção das pirâmides do antigo Egito, passando pela colonização das Américas

pelos europeus, até as duas grandes guerras (FELLOUS, 2009). Em todos estes

grandes marcos históricos houveram grandes movimentações. Sejam de pessoas,

materiais, suprimentos, armamentos, entre outros. E que exigiam planejamento e

diferentes meios de transporte.

Assim como outras tecnologias desenvolvidas para fins militares, a logística

passou, com o decorrer dos anos, a ser importante ferramenta utilizada na área de

negócios (FELLOUS, 2009).

A formulação de aspectos logísticos, em canais de distribuição estruturados,

veio a incentivar estudos mais aprofundados na área, com o objetivo de entender e

desenvolver este conteúdo tão complexo. Que, por estar intimamente ligado às

questões empresariais, pôde estabelecer novos conceitos e obteve outra

denominação: Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos (Supply Chain

Management - SCM) (SCANDIUZZI, 2011).

Ao final dos anos 90, as empresas passaram a retardar a utilização de

operações verticais, ou seja, deixaram de cuidar de toda a cadeia. O que antes era

somente sua responsabilidade e abrangia desde a produção até a entrega ao

cliente, passou a ser atividade de empresas terceiras, ou seja, parceiros externos

foram incluídos na sua cadeia de suprimentos (SCANDIUZZI, 2011).

Segundo (LAMBERT, 1998), para entender de maneira clara as relações

contidas em uma cadeia de suprimentos, deve-se atentar para o fato de que a

cadeia não consiste somente em relações limitadas entre duas empresas, como por

exemplo: fornecedor e comprador. Mas sim, de uma cadeia robusta e bastante

17

abrangente, que pode ser descrita como uma rede de suprimentos. De modo que

existam diversas empresas e parcerias para cada tipo de operação necessária.

Esta relação fica bem evidenciada no fluxograma a seguir (Figura 2):

Figura 1 - Alguns dos termos utilizados para descrever a gestão de diferentes partes da cadeia de

suprimentos.

Fonte: (adaptado de SLACK; CHARNBERS; JOHNSTON, 2002 - PEREIRA, 2014)

A necessidade de se fornecer um produto ou serviço de qualidade

propulsiona o avanço tecnológico de tal forma que, apesar de facilitar o

relacionamento entre mercados por meio da tecnologia da informação, por exemplo,

também favorece o crescimento da concorrência a patamares muito elevados

(FURTADO, 2005).

Estes altos índices de concorrência são reflexos das necessidades de atender

um consumidor mais exigente, que tem este comportamento devido à elevação da

demanda de matérias-primas e diminuição do ciclo de vida dos produtos oferecidos.

Desta maneira, uma característica central da concorrência, na maioria dos setores, é

que as organizações são mutuamente dependentes: elas sentem consideravelmente

os efeitos dos deslocamentos tecnológicos das outras e tendem a reagir a eles.

Visando atender de maneira satisfatória, e tentando amenizar o elevado custo

produtivo, os administradores se veem obrigados a desenvolver uma cadeia de

suprimento de distribuição sólida e confiável, estabelecendo relacionamentos e

18

parcerias comerciais que apresentam um vínculo extremamente forte. Estes ganhos

na competitividade e, consequentemente, na qualidade dos produtos, são obtidos

trabalhando de maneira mais cooperativa e sincronizada com as melhores empresas

do plantel de fornecedores (MARQUES; ALCÂNTARA, 2004).

Fornecedor e empresa devem manter relações sólidas e estáveis,

contributivas e de longa duração, buscando a obtenção de benefícios competitivos

através da diminuição dos custos e da melhoria da qualidade ao longo de toda a

cadeia de suprimentos (ISATTO, et al, 1997).

Para (CROSBY, 1990), qualidade é a conformidade do produto com os

requisitos ou especificações estabelecidos. Um sistema da qualidade deve atuar

preventivamente contra os defeitos. Praticar o conceito de que ter qualidade é fazer

certo desde a primeira vez, significa manter um compromisso real com aquilo que

está sendo realizado.

Ainda segundo (MARQUES; ALCÂNTARA, 2004) esta rede de suprimentos é

responsável por todo e qualquer tipo de movimentação ligada aos produtos e

serviços, abrangendo desde fornecedores de matéria prima, fabricantes de produto

final propriamente dito e a logística distributiva, até o mercado consumidor final.

Cada elo ou elemento da cadeia é um agente decisivo que está envolvido

diretamente no bom funcionamento da rede, ou seja, o processo na sua essência é

totalmente interdependente. De modo que o desempenho individual de cada um

determina o sucesso do sistema como um todo. Esta gestão de agrupamento de

atividades individuais foi conceituada como a já conhecida: Gestão da Cadeia de

Suprimentos (SCM).

De acordo com (SCHAURICH, 2009), o fornecedor pode se situar em três

faixas de referência, que variam em função do grau de desenvolvimento da relação

entre o fornecedor e a empresa cliente. São elas:

Classe III - Fornecedor Normal;

Classe II - Fornecedor Integrado;

Classe I - Fornecedor Comaker (parceria nos negócios)

Para (KALNIN; BAGUINSKI; COSTA, 2008), o amadurecimento desta ideia,

de alcançar resultados positivos para ambas as empresas, promoveu um estudo de

abordagem de ações que visam orientar fornecedores considerados estratégicos. A

empresa cliente deve visar a estrutura organizacional do fornecedor em questão

19

como um todo e deste modo criar e manter relações com determinado grau de

competência. Esta parceria engloba um trabalho de auxílio mútuo e proporciona a

troca recíproca de informações relevantes, podendo ser feita em diferentes setores

de atividade, ou também, entre concorrentes da mesma área de atuação.

As relações que envolvem determinados níveis de planejamento, adjunto a

vantagens para as organizações envolvidas, comumente são chamadas de alianças

estratégicas. De modo que o ponto principal da necessidade de formação destas

alianças deseja somar habilidades e recursos em prol de um objetivo específico,

com olhar para o futuro. Tais laços de confiança, não necessariamente abordam

contratos legais de sociedade, mas também são tratados de maneira informal.

O vínculo entre duas ou mais empresas sempre cobiça um resultado

específico, podendo ou não ter prazos nitidamente definidos, contudo, as metas

devem ser notoriamente claras.

De acordo com (SLACK; CHARNBERS; JOHNSTON, 2002), os japoneses

desenvolveram o termo: Keiretsu, para denominar a rede de fornecedores de um

fabricante (geralmente de grande porte). Estes fornecedores recebem incentivos

financeiros e contratos de longo prazo. Em troca, devem proporcionar serviços de

altíssima qualidade, excelência, ou até mesmo de modo dedicado. Ou seja,

fornecendo somente para um único cliente. Atualmente, o Keiretsu vem sofrendo

duras críticas por mostrar que a relação pode ficar acomodada para ambas as

empresas, de modo a estagnar os processos de inovação e acarretando perdas no

sentido da concorrência.

Segundo (FURTADO, 2005), um dos fatores que influenciam diretamente na

Gestão de Cadeia de Suprimentos é o tipo de relacionamento adotado nas

negociações comerciais entre as partes. De modo que os objetivos devem ser

alcançados seguindo as projeções definidas para atingir as metas individuais.

Portanto, se as expectativas de uma empresa não forem atendidas de maneira

satisfatória, pode-se considerar que o modelo de relacionamento adotado não é o

ideal.

O modelo de gestão abordado pelas empresas, em relação aos seus

fornecedores vem, com o passar do tempo, influenciando diretamente seus fluxos

internos de cadeia de suprimentos. Com esta tendência de voltar os recursos

internos para o amadurecimento e aperfeiçoamento próprio, faz surgir um crescente

20

fascínio por busca de melhores parcerias com fornecedores e, também, por

terceirização.

Para (PRADO, 2011), além destes ganhos em aptidões internas, pode se

destacar outros pontos melhorados e provenientes da parceria, assim como:

diminuição de estoques, acesso a informações de modo mais rápido e eficiente,

transferência de tecnologias e know how, aumento das responsabilidades, entre

outros. Devem existir entre as partes, acordos estratégicos de maneira que garanta

a efetividade da cadeia de fornecimento, garantindo a elevada competitividade dos

membros. Deixando bem clara a necessidade e importância de uma gestão eficiente

no sentido de cadeia de suprimentos.

2.2 Qualificação e desenvolvimento de fornecedores

Ao longo das últimas décadas, a gestão corporativa vem passando por

inúmeras transformações. Com a globalização, a queda das barreiras comerciais de

diferentes produtos importados foi inevitável. Entretanto, existe um risco intrínseco

neste cenário de abertura, onde a facilidade de aquisição e os custos reduzidos

podem levar a obtenção de produtos com qualidade duvidosa (TORRES; SOUZA,

2010). Devido a essa possibilidade, o desenvolvimento de trabalhos de melhoria

contínua deve ser bem estruturado junto aos fornecedores da empresa.

Segundo (SANTIN; CAVALCANTI, 2004) muitos fornecedores abastecem as

empresas com mais da metade de toda sua produção, ou seja, mais da metade de

todo o valor das suas vendas. Paralelamente, contraindo também, todo este

montante de problemas de qualidade. Isso mostra o quanto é importante ter seu

fornecedor qualificado.

Algumas diretrizes intimamente ligadas à qualificação de fornecedores, e que

norteiam as indústrias farmacêuticas veterinárias, estão inclusas na Instrução

Normativa nº 13, de 03 de outubro de 2003, do Ministério da Agricultura Pecuária e

Abastecimento (MAPA): “O fabricante deve elaborar produtos veterinários de modo a

assegurar que os mesmos sejam adequados para o uso pretendido, estejam de

acordo com os requisitos de identidade, pureza e segurança, baseando-se nas

políticas da qualidade preestabelecidas.”

E, para alcançar estes objetivos, diz que:

21

“As matérias-primas somente devem ser adquiridas de fornecedores

aprovados e os mesmos devem constar, quando necessário, da ficha de

especificações. Quando possível, a aquisição deve ser feita diretamente do

produtor” (IN 13 – MAPA, 2003, p.10)

“Os materiais de embalagem somente devem ser adquiridos de fornecedores

aprovados e os mesmos devem constar, quando necessário, da ficha de

especificações” (IN 13 – MAPA, 2003, p.11)

“A auditoria da qualidade deverá se estender aos fornecedores e aos

contratados” (IN 13 – MAPA, 2003, p.16)

Usualmente, a indústria farmacêutica em geral, seja saúde humana ou

animal, realiza a qualificação de um fornecedor por meio de uma auditoria externa

de BPF, periodicamente realizada. No entanto, existe a necessidade de uma

avaliação muito mais detalhada e abrangente, envolvendo além do cumprimento das

BPF, a comprovação da qualidade total efetivamente exercida pelo fornecedor. Com

o objetivo de verificar a capacidade do fornecedor em manter e/ou implementar um

Sistema de Qualidade robusto e eficaz, compatível com o nível de qualidade

desejado para os produtos e serviços comprados. Além de identificar não-

conformidades relevantes nesse sistema, através da observação de evidências

objetivas. Estas não conformidades podem ser tratadas com um aperfeiçoamento ou

adequação do sistema, sejam implementando ações corretivas ou preventivas.

(MACEDO, 2002).

Para (SCHAURICH, 2009), qualificação é a evidência de autenticação de um

processo compreendido por diversas outras operações que já foram verificadas

individualmente. Além disso, é observada a capacidade de padronização de

fornecimento contínuo de produtos ou serviços de alta qualidade.

Já o desenvolvimento de prestadores de serviço e fornecedores é um

estímulo sistemático para cultivar e manter uma rede de fornecedores extremamente

competentes, que pode ser um grupo pequeno de fornecedores ou não. O cliente se

dedica no auxílio ao fornecedor, para que este obtenha as condições necessárias

para o fornecimento e prestação de serviço adequado. Fomenta-se um nível de

interação entre ambos, de tal forma que o esforço coletivo proporciona o alcance

desejado para a qualidade do produto. (MARTINS, 1993).

A decisão de uma fonte de suprimento deve ser embasada em três processos

de análise: seleção, avaliação e desenvolvimento de fornecedores. A seleção de

22

fornecedores é aplicada no evento de escolha de um fornecedor pelas razões

certas, conforme requisitos de relacionamento definidos para a situação. A avaliação

de um fornecedor pode ser observada como a manutenção da relação constituída

com o fornecedor, através da identificação de oportunidades de melhoria que forem

surgindo ao longo do tempo de relacionamento (FURTADO, 2005). Já o

desenvolvimento de fornecedores parte de interesses claros da empresa

compradora na inserção e manutenção de determinado fornecedor como

participante de sua cadeia. Por este motivo há um interesse em melhorar o

desempenho e as competências do fornecedor estabelecido (LEENDERS; FEARON,

1997).

Com referência na literatura, os critérios comumente utilizados são

quantitativos e qualitativos. Critérios quantitativos, como o preço, capacidade

produtiva e conformidade em qualidade são de mais fácil avaliação, sendo possível

observar-se através da medição clara e precisa para efeito de comparação entre

alternativas. Os critérios qualitativos como confiança e compatibilidade administrativa

carregam um grande fator de subjetividade na avaliação que depende fortemente do

julgamento pessoal do responsável pelo processo (FURTADO, 2005).

A qualificação de fornecedores é um requisito de Boas Práticas de Fabricação

(Good Manufacturing Practices). Sendo que a formação e manutenção de um

cadastro de fornecedores qualificados podem ser percebidas como um conjunto de

benefícios (SANTIN; CAVALCANTI, 2004):

A ausência de devoluções leva à diminuição dos atrasos no início dos

processos de fabricação;

Aumento da capacidade de negociação sobre os fornecedores;

Certificação do processo de inspeção nas normas internacionais de

qualidade.

Comparação precisa da qualidade entre seus fornecedores;

Conformidade com a legislação de BPF vigente;

Controle eficaz das não conformidades e ações corretivo-preventivas;

Identificação das fragilidades do sistema de qualidade dos fornecedores;

Melhoramento das relações e da comunicação com os fornecedores;

Melhoria da rotina de fabricação de um produto;

Redução das despesas com inspeção e retrabalho;

23

Verificar, com antecedência, não conformidades na cadeia suprimento, o que

poderia causar problemas internos e externos.

A avaliação dos potenciais fontes de suprimentos deve responder a respeito

da competência do fornecedor em atender satisfatoriamente os requisitos do

comprador no curto e longo prazo e, também, à motivação do fornecedor em atender

estes requisitos esperados no tempo de duração definido pelo tipo de

relacionamento a que as partes estão sujeitas. Caso o fornecedor não esteja

motivado para estabelecer um relacionamento com o cliente, não haverá sucesso

nos processos (LEENDERS; FEARON, 1997).

É necessário que o fornecedor busque continuamente seu aprimoramento em

atender as necessidades dos clientes, pois deste modo à qualificação de

fornecedores se torna uma mola propulsora para seu próprio beneficiamento

(SANTIN; CAVALCANTI, 2004).

2.3 Utilização de sistemas ERP

Integrar informações e padronizar processos são ferramentas indispensáveis

na busca de qualificação. Assim, abreviar processos, reduzir custos, burocracia

interna e retrabalho, além de elevar a produtividade, proporciona crescimento à

organização.

A utilização de um sistema informatizado que gerencia e armazena os

parâmetros avaliados em cada fornecedor é essencial, uma vez que fica inviável

aplicar metodologias que levem em consideração detalhes específicos tidos como

críticos ao processo. A avaliação de um fornecedor pode considerar vários critérios

principais e subcritérios contidos, sendo, portando, a complexidade de avaliação

diretamente relacionada aos itens avaliados. Algumas ferramentas de apoio

utilizadas na definição dos critérios principais de avaliação definidos neste trabalho

estão descritas a seguir (SCHAURICH, 2009):

Just In Time (JIT) - Dentro dos critérios principais que podem ser controlados

por um sistema ERP está o JIT, onde subcritérios de entrega são avaliados. A

aplicação do conceito de JIT como ferramenta, apresenta benefícios como:

redução de estoques, diminuição das falhas de entrega, diminuição do tempo de

espera, aumento da flexibilidade na produção, entre outros.

24

O Controle Estatístico de Processo (CEP), também é outro critério principal,

com visão na qualidade do material produtivo, que pode ser controlado dentro de

um sistema computadorizado.

Parcerias - O estabelecimento de parcerias com fornecedores pode ser

observado como outro critério principal, uma vez que praticando este conceito fica

diminuída a distância entre as partes.

Auditoria de qualidade - Com o estabelecimento de critérios mínimos de

qualidade para o fornecedor (baseado em normas ou políticas de qualidade do

contratante), as auditorias da qualidade podem ser realizadas e, também,

consideradas como critério principal, sendo o objetivo deste processo a

comparação entre cenários e exigência de que o fornecedor atenda aos requisitos

de qualidade esperados pelo cliente.

O ERP pode ser definido como um sistema arquitetado para otimizar o fluxo

de informações entre as diversas áreas de uma companhia, de maneira a excluir

dados desnecessários ou duplicados, ou seja, distribuindo de forma racional e bem

estruturada (BRETERNITZ, 2004).

Um dos mais conhecidos e modernos sistemas de ERP, e que é muito

utilizado por grandes organizações multinacionais, devido sua confiabilidade, é o

software multi-modular SAP (Systems, Applications and Productions in data process)

R/3 (JESUS; OLIVEIRA, 2007), que será a plataforma de base de dados neste

estudo.

25

3. METODOLOGIA

Para os estudos realizados neste trabalho de conclusão de curso de

graduação em Engenharia Industrial Química, da Escola de Engenharia de Lorena,

foi utilizada a metodologia de pesquisa-ação.

Este modelo de pesquisa melhor se aplica na realização e condução deste

estudo, pois será avaliada a viabilidade de adoção de um novo sistema de

qualificação e classificação de fornecedores, que visa mudar e aperfeiçoar um

cenário já existente.

O fator estimulante para condução deste estudo foi o caráter de melhoria

contínua e a necessidade progressiva de estreitamento de relações de uma cadeia

de suprimentos composta pelos fornecedores, e uma corporação do ramo

farmacêutico veterinário. A partir daí, o departamento de qualificação de

fornecedores da empresa, designou a realização de um projeto para elaborar toda a

sistemática a ser seguida para este novo método de qualificação de fornecedores.

Este projeto está sob a responsabilidade compartilhada entre o Analista de

Qualificação de Fornecedores: Tiago Fernando Miquelim e, o estagiário de

Qualificação de Fornecedores: Rafael Aquiyama de Oliveira. Sendo que a

abordagem deste trabalho será utilizada por ambos nas respectivas monografias de

pós-graduação e graduação.

O plano de pesquisa visa, acima de tudo, avaliar de maneira global a robustez

de cada fornecedor quanto à confiabilidade em suas ações e no material fornecido.

Comparando a antiga sistemática de avaliação de fornecedores que observava e

pontuava o fornecedor somente com base em auditorias, com o projeto proposto

para avaliação multicritério. Este que considera os apontamentos das áreas de

Almoxarifado (cumprimento de prazos e de quantidades na entrega), Controle de

Qualidade (materiais dentro das especificações), e departamento de Gerenciamento

da Qualidade do Fornecedor (GQF), responsável pelas auditorias, controle de não

conformidades e demais serviços relacionados aos fornecedores. É necessário

ressaltar, também, que o critério auditoria, quando avaliado isoladamente, tem poder

de desqualificação do fornecedor. Uma vez que foi verificado pelo auditor

responsável, que a empresa não atende aos parâmetros de qualidade avaliados.

O campo de aplicação deste projeto abrange todas as categorias de

fornecedores existentes para a indústria farmacêutica veterinária em questão. Seja

26

de insumos, excipientes, ativos farmacêuticos, materiais de embalagem, materiais

gráficos, serviços, armazenamento, entre outros.

O sistema de ERP será utilizado como plataforma para obtenção dos dados a

serem analisados. Entre os softwares conhecidos, o que será utilizado é o SAP R/3,

que proporcionará todo o suporte necessário para a coleta de dados críticos e notas

julgadas pelas respectivas áreas da empresa (recebimento, controle de qualidade,

garantia da qualidade e departamento de qualificação de fornecedores).

A primeira etapa necessária para a estruturação do projeto foi a definição de

alguns termos e dos critérios e subcritérios de avaliação, assim como da sistemática

de cálculo das notas finais (notas globais) dos fornecedores. O segundo passo foi a

definição dos critérios de classificação dos fornecedores.

Estas resoluções foram avaliadas e fazem parte de um procedimento mestre

de qualificação de fornecedores da empresa veterinária, que também contempla

toda esta metodologia de como foram realizadas as pesquisas e análises de dados.

3.1 Definições

3.1.1 Módulo Avaliação de Fornecedores

O sistema SAP contém diversos módulos destinados a diferentes operações.

O módulo utilizado para este projeto é o módulo de Avaliação de Fornecedores e

pode ser encontrado seguindo os seguintes passos: Menu, Logística, Administração

de Materiais, Compras, Dados Mestres, Avaliação de Fornecedores.

É nesta unidade do software que serão coletadas todas as informações e

dados relevantes à sistemática de qualificação de fornecedores proposta. Dentro do

módulo de Avaliação de Fornecedores, cada tipo de operação realizada leva um

nome e um código de atalho. Conforme tabela 1.

Tabela 1 - Operações SAP e seus códigos

Operação Código Descrição da Operação

Atualizar ME61 Para atualiza as notas de um fornecedor (fazer uma nova avaliação).

Exibir ME62 Exibe avaliações de fornecedores que já foram realizadas (última avaliação).

Exibir lista Ranking

ME65 Exibe uma lista de fornecedores, que são classificados conforme pontuação decrescente.

27

Avaliação do Material / Grupo de Mercadorias.

ME6B Compara a pontuação das empresas que fornecem determinado material específico (empresas de mesma

categoria).

Fonte: Manual SAP, 2004.

Somente foram utilizadas as operações: Atualizar e Exibir, por serem de mais fácil

acesso e pelas demais operações proporcionarem dados além dos necessários, dificultando

a seleção.

3.1.2 Descrição dos critérios principais

Para o entendimento da sistemática de qualificação, é importante conhecer a

descrição dos principais critérios avaliados durante a classificação de fornecedores:

3.1.2.1 Remessa:

Critério avaliado no ato do recebimento do material, conforme determinações

da Área de Almoxarifado / Recebimento. Este critério leva em consideração os

subcritérios de prazo de entrega e quantidade do pedido de compra.

a. Cumprimento prazos - esse subcritério é utilizado para determinar se o

fornecedor cumpriu as datas de remessas especificadas, com precisão.

b. Cumprimento quantidades - esse subcritério é utilizado para determinar

se um fornecedor entregou a quantidade especificada no pedido.

Os desvios nas datas e na quantidade acarretarão em demérito neste critério.

3.1.2.2 Qualidade:

Esse critério é utilizado para avaliar a qualidade do material fornecido pelo

fornecedor. O controle de qualidade ocorre no momento da entrada de mercadorias

(EM), ou seja, logo após o recebimento. E é definido automaticamente baseado na

decisão de utilização do lote de controle de cada material, pelo departamento de

controle de qualidade, que aprova ou não o material.

28

3.1.2.3 Índice de SGQ (Sistema de Gestão da Qualidade):

Esse critério é utilizado para avaliar o sistema de garantia de qualidade

utilizado pelo fornecedor, classificando e pontuado através de auditoria realizada no

mesmo.

Após a realização do processo de auditoria, o fornecedor é demeritado

conforme os itens de não conformidade observados durante o processo, e recebe,

então uma nota de auditoria.

Nota1: Este criterio é seletivo e independente, sendo o fornecedor

desqualificado quando a nota de IQs alcançar 50 ou menos pontos.

Nota2: Um fornecedor “desqualificado” significa que este foi desabilitado para

estabelecer relações comerciais com a empresa veterinária.

3.1.2.4 Méritos (Relatório de Não Conformidade - RNC)

Análise RNC - Esse critério é utilizado para avaliar as não conformidades em

que o fornecedor foi relacionado. Esta análise é manual e baseada no número de

ocorrências e eventos e na gravidade das mesmas. Considera qualquer outro tipo de

não conformidade que não sejam as apontadas durante auditoria. Como por

exemplo: material foi recebido com sacaria molhada ou o tambor amaçado, entre

outros.

3.1.3 Subcritérios

Os subcritérios são as menores unidades para as quais poderão ser

atribuídas notas na avaliação de fornecedores. O sistema calcula uma nota para o

critério principal superior relevante baseado nas notas que um fornecedor recebe

para os vários subcritérios.

Existem dois tipos de subcritérios: Manual e Automático.

3.1.4 Notas de desempenho automáticas

Algumas notas são automaticamente lançadas no sistema SAP (os dados não

são inseridos manualmente). Para cada subcritério automático, existe um método de

29

determinação específico predefinido dentro do sistema. Esses métodos não podem

ser modificados pelo usuário.

As notas lançadas automaticamente são referentes aos critérios Qualidade -

IQe e Remessa - IQr.

3.1.5 Notas de desempenho manuais

Com esse método, inclui-se a nota do fornecedor em um subcritério no

sistema de avaliação de fornecedores, antes de executar uma avaliação. Após a

realização da entrada manual da nota, o sistema inclui esta pontuação no cálculo do

critério principal superior.

O método não requer muita atualização, pois a nota é inserida no sistema

somente antes de executar uma avaliação. A abrangência desta atividade atende

aos seguintes critérios: IQs - Índice de SGQ e Méritos (Relatório de Não

Conformidade - RNC).

3.1.6 Notas de desempenho (Nota Global)

A definição de uma escala de notas foi necessária para comparar o

desempenho de um fornecedor com outro dentro da mesma categoria de

fornecimento.

A escala de notas utilizada para o critério de IQs - Índice de SGQ (notas de

auditoria) está no intervalo de 1 a 100 pontos. Então, para que a Nota Global possa

ser comparada com a nota antiga (Índice de SGQ), foi utilizada a mesma faixa de

pontuação. Deste modo, torna-se possível a comparação de uma Nota Global, que

abrange diversos critérios, com uma nota de auditoria (somente um critério).

3.1.6.1 Cálculo da nota de desempenho

A Nota Global representa a avaliação geral de um fornecedor. É uma

combinação das notas que o fornecedor obteve em todos os critérios principais.

Considerando os fatores de ponderação atribuídos na configuração (Tabela 2).

É possível comparar diferentes fornecedores com base nas notas globais,

sem gerar uma análise detalhada das avaliações.

30

As notas de critérios principais são calculadas com base nas notas dos

subcritérios em que esse critério foi subdividido.

Tabela 2 - Critérios e subcritérios de qualidade

Critério Principal Subcritério Ponderação

Qualidade-IQe Lotes EM 1

Remessa-IQr Cumprimento prazos

Cumprimento quantidades

1

IQs - Índice de SGQ Auditoria 1

Méritos (Relatório de Não Conformidade - RNC) Análise de RNC 1

Fonte: o próprio autor.

Tomando como referência a ponderação estabelecida entre os critérios

principais, chegamos ao seguinte modelo de cálculo para a nota final de

desempenho (Equação 1):

Nota de desempenho (Nota Global) = (IQe + IQr + SGQ + Mérito) / 4 ..(Equação 1)

3.1.6.2 Classificação de fornecedores

O critério de classificação de fornecedores em faixas de qualidade foi definido

conforme tabela abaixo:

Tabela 3 - Faixas de classificação de fornecedores

Classificação Faixa de

pontuação

A 90 - 100

B 70 - 89

C 50 - 69

DESQUALIFICADO < 50

Fonte: o próprio autor.

Nota: O critério de avaliação em faixas de classificação não foi alterado neste

trabalho, sendo o mesmo anteriormente utilizado quando o processo de qualificação

de fornecedores dispunha apenas da visão de auditoria de qualidade.

31

3.2 Procedimento operacional

3.2.1 Inicializando o SAP R/3

Primeiramente, deve-se iniciar o programa SAP R/3 e acessar o módulo de

Avaliação de Fornecedores.

Dentro do sistema SAP, pressiona-se o botão Menu SAP ou as teclas

(Ctrl+F11), e acompanha-se os passos a seguir:

Tabela 4 - Módulo: Avaliação de Fornecedores

Menu SAP Logística Administração de Materiais Compras Dados Mestres Avaliação de Fornecedores

Fonte: Manual SAP, 2004.

Conforme mostrado abaixo (Figura 3):

Figura 2 – Tela inicial para consulta de Avaliação de Fornecedores

Fonte: o próprio autor.

32

3.2.2 Avaliação de Fornecedores: Exibir

Esta operação é utilizada somente para visualizar as pontuações de nota

global, notas de critérios e notas de subcritérios; sem poder alterá-las.

Inicie a transação usando as etapas do menu (Tabela 5) ou digitando o código

de transação no espaço em branco ao lado do botão .

Tabela 5 - Avaliação de Fornecedores: Exibir

Menu Logística Administração de Materiais Compras Dados Mestres Avaliação de Fornecedores Exibir

Código de transação ME62

Fonte: Manual SAP, 2004.

A seguir, insere-se o código de Organização de Compras = 1000 (Org. Animal

Health) e código do fornecedor no SAP, conforme Figura 4.

Vamos tomar como exemplo a avaliação do fornecedor de código SAP n° 7.

Figura 3 - Inserindo código de ação ME62

Fonte: o próprio autor.

33

Clique em continuar ou aperte “enter”. A seguinte tela aparecerá:

Figura 4 - Tela Exibir

Fonte: o próprio autor.

É nesta exibição que se podem observar todos os dados relativos ao

fornecedor em questão, com exceção das notas de subcritérios.

3.2.2.1 Critério automático: Remessa - IQr:

O almoxarifado realiza a entrada de materiais de acordo com o procedimento

local da área. Conforme avaliações da área de recebimento são geradas as notas do

critério automático Remessa – IQr, com referência nos subcritérios de cumprimento

de prazos e quantidade.

Na tela Exibir (Figura 5) realiza-se duplo clique em cima da palavra

“Remessa-IQr” e a seguinte tela irá aparecer (Figura 6):

34

Figura 5 - Notas critério automático: Remessa-IQr

Fonte: o próprio autor.

A nota final deste critério obtida pelo fornecedor é a média entre o

cumprimento de prazos e o cumprimento de quantidade, conforme a seguinte

fórmula (Equação 2):

IQr = (cumprimento de prazos + cumprimento da quantidade) / 2.............(Equação 2)

3.2.2.1.1 Pontuação do subcritério de cumprimento de prazos:

O sistema considera apenas entradas de mercadorias referentes a pedidos,

programas de remessa e liberação do estoque bloqueado nos depósitos.

Tabela 6 - Pontuação para a pontualidade na entrega

Pontualidade Pontuação

>= 15 dias 1

(+) 11 dias 60

(+) 07 dias 70

(+) 02 dias 80

35

0 (na data prevista) 100

(-) 02 dias (adiantado) 80

(-) 07 dias 70

(-) 11 dias 60

<= 15 dias 1

Fonte: Manual SAP, 2004.

3.2.2.1.2 Pontuação do subcritério de cumprimento de quantidade:

A nota de um fornecedor é atualizada no arquivo de estatística quando um

pedido é encerrado. Um pedido é considerado encerrado em uma das seguintes

situações:

Embora a quantidade total da ordem não tenha sido fornecida, o comprador

indica que o fornecimento de um item do pedido está concluído ao definir o

código de Fornecimento concluído.

O comprador elimina um item do pedido por meio da definição do código de

eliminação.

A quantidade da entrada de mercadorias é igual ou maior do que a

quantidade do pedido.

Quando são recebidas mercadorias referentes a um pedido, o sistema verifica

se a quantidade recebida é igual à quantidade pedida. Se não for, o sistema

calcula a diferença e a converte em um desvio percentual por meio da

seguinte fórmula (Equação 3):

% de Quantidade divergente = [(quantidade EM - quantidade do pedido) /

quantidade do pedido] x 100 .......................................................(Equação 3)

Com o resultado da conta acima, observa-se na Tabela 7 qual pontuação no

subcritério cumprimento de quantidade o fornecedor irá ficar.

Tabela 7 - Pontuação para a quantidade de entrega

% de Quantidade divergente Pontuação

0<x<+10 100

> 11 1

0<x<-10 100

36

-10<x<-25 80

-25<x<-50 50

>-70% 30

Fonte: Manual SAP, 2004.

3.2.2.2 Critério automático: Qualidade – IQe

Os departamentos de Controle de Qualidade e de Controle de Embalagem e

Processo realizam análises, aprovação e reprovação dos materiais produtivos,

conforme procedimento local da área.

Após avaliação das áreas de controle de qualidade, o material é liberado para

utilização e sua nota é gerada no subcritério automático Lotes EM (Lotes Entrada de

Material).

Na tela Exibir (Figura 5) realiza-se duplo clique em cima da palavra

“Qualidade-IQe” e a seguinte tela irá aparecer (Figura 7):

Figura 6 - Critério Qualidade-IQe

Fonte: o próprio autor.

37

O critério Qualidade–IQe considera como pontuação a aprovação ou

reprovação de um material para um determinado fornecedor. Neste critério de

avaliação, o fornecedor é pontuado automaticamente após a aprovação ou

reprovação do material em avaliação.

A nota final deste critério obtida pelo fornecedor é a média entre recebimentos

de materiais produtivos aprovados ou reprovados, conforme a seguinte fórmula

(Equação 4):

IQe = [(entregas aprovadas - entregas reprovadas) x 100] / número de entregas

(Equação 4)

3.2.3 Avaliação de Fornecedores: Atualizar

Esta operação é utilizada para além de visualizar as pontuações de nota

automáticas, atualizar notas de critérios e notas de subcritérios de responsabilidade

do departamento de qualificação de fornecedores (GQF).

Uma atualização é sempre realizada após a finalização de uma auditoria.

Onde se inclui as notas de Índice de SGQ e Méritos, gerando assim a Nota Global.

Inicia-se a transação usando as etapas do Menu (Tabela 8) ou digitando o

código de transação no espaço em branco ao lado do botão .

Tabela 8 - Avaliação de Fornecedores: Atualizar

Menu Logística Administração de Materiais Compras Dados Mestres Avaliação de Fornecedores Atualizar

Código de transação ME61

Fonte: Manual SAP, 2004.

A seguir, insere-se o código de Organização de Compras = 1000 (Org. Animal

Health) e código do fornecedor no SAP, conforme Figura 4.

Novamente, iremos tomar como exemplo a avaliação do fornecedor de código

SAP n° 7.

38

Figura 7 - Inserindo código de ação ME61

Fonte: o próprio autor.

Ao clicar em continuar ou apertar a tecla “enter”. A seguinte tela aparece:

Figura 8 - Tela Atualizar

Fonte: o próprio autor.

39

É possível reparar na Figura 9 que os campos dos critérios que podem ser

atualizados estão desbloqueados.

Ponderação de notas:

As notas que um fornecedor obtém nos critérios principais podem ser

ponderadas individualmente para refletir as diferenças na importância dos critérios.

Por meio dos fatores de ponderação, é possível aumentar ou reduzir a

importância destes determinados critérios.

Chave de ponderação:

Uma chave de ponderação é um identificador no qual os fatores de

ponderação para vários critérios principais podem ser agrupados e gravados.

A empresa farmacêutica veterinária em questão utiliza uma chave padrão: ZI -

Ponderação igual SP-XXXXX. Conforme tela abaixo:

Figura 9 - Chave de ponderação

Fonte: o próprio autor.

40

O departamento de Gerenciamento da Qualidade de Fornecedores (GQF)

calcula as notas de IQs - Índice de SGQ e de Méritos (análise RNC) e as insere no

sistema SAP, conforme procedimentos a seguir:

3.2.2.3 Critério: IQs – Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ)

A área de Gerenciamento da Qualidade do Fornecedor (GQF) é responsável

pela realização de auditorias de qualidade nos fornecedores para materiais

produtivos e serviços. Após a realização dos processos de auditoria, a nota gerada

para o fornecedor avaliado deve ser atualizada no sistema SAP R/3.

Para a obtenção da nota, o fornecedor é demeritado conforme os itens de não

conformidade observados, sendo então a nota final calculada da seguinte forma:

IQs = 100 – ∑ [(Ma)x5 + (Me)x1]........................................(Equação 5), sendo:

item não conforme maior (Ma) = 5 pontos;

item não conforme menor (Me) = 1 ponto.

Na tela Exibir (Figura 5) realiza-se duplo clique em cima da palavra “IQs –

Índice de SGQ” e a seguinte tela irá aparecer (Figura 11):

Figura 10 - Critério IQs – Sistema de Gestão da Qualidade

Fonte: o próprio autor.

41

Inserir a nota de auditoria nos campos Auditoria e Auto avaliação. Será

considerado a mesma nota no campo Auto avaliação, pois foi definido como sendo

um critério único (somente Auditoria). E, para que não haja desvios na nota, esta

deve ser repetida em ambos os campos.

A seguir, clique em Gravar (Ctrl + S). O sistema irá calcular a nova nota

de IQs - Índice de SGQ.

O critério de Sistema de Gestão da Qualidade é atualizado manualmente,

uma vez que depende diretamente da avaliação do fornecedor nos processos de

auditoria da qualidade.

3.2.2.4 Critério: Méritos (análise RNC)

A área de qualificação de fornecedores (GQF), também é responsável pela

atualização deste critério. Os fornecedores serão avaliados com referência em

problemas de qualidade em materiais fornecidos, bem como serviços realizados.

Caso um material fornecido apresente problema de qualidade, este será avaliado

conforme a severidade do defeito e os impactos causados no produto final.

Na tela Exibir (Figura 5) realiza-se duplo clique em cima da palavra “Méritos

(análise RNC)” e a seguinte tela irá aparecer (Figura 12):

Figura 11 - Critério Méritos (Análise RNC)

Fonte: o próprio autor.

42

Inserir a nota de Análise de RNC (relatórios de não conformidade). A

pontuação será definida conforme o número total de RNC´s abertas para o

fornecedor dentro do ano vigente.

A pontuação neste critério é definida conforme o número total de relatórios de

não conformidade abertos para o fornecedor dentro do ano vigente. Cada RNC será

pontuada da seguinte maneira:

05 pontos por evento menor;

10 por evento maior;

20 pontos por evento crítico.

Análise de RNC = 100 – ∑ [(N° evento menor x 5) + (N° evento maior x 10) +

(N° evento crítico x 20)]............................................................................. (Equação 6)

3.2.3 Base de dados para notas de auditoria

Como base de dados para a coleta das antigas notas de auditoria (PQF), foi

utilizado o sistema integrado global de cadastro de fornecedores da corporação.

Denominado: eSTARS (electronic Supplier Tracking and Reporting System).

43

4. RESULTADO E DISCUSSÃO

Após a implantação da sistemática proposta de qualificação de fornecedores,

que têm referência na observação dos critérios e subcritérios mencionados neste

trabalho, foi possível observar as alterações na classificação final de cada tipo de

fornecedor.

Para início do projeto e facilitar a observação das alterações, foram

escolhidas as principais categorias de fornecedores e que apresentam o maior

volume de compras. Estes fornecedores foram divididos por classe de material

fornecido.

As categorias escolhidas foram: fornecedores de materiais de embalagem

primária (frascos de vidro), fornecedores de materiais de embalagem primária

(frascos de plástico) e fornecedores distribuidores fracionadores de excipiente

(Xileno). Sendo que as demais classes ainda estão em processo de avaliação e

atualização.

4.1. Classificação de fornecedores de materiais de embalagem primária

(frascos de vidro)

Para avaliar a interferência da sistemática de qualificação e classificação de

fornecedores aplicada, foram encolhidos, neste caso, três fornecedores de frascos

de vidro (Fornecedor A, Fornecedor B e Fornecedor C).

Anteriormente, estes fornecedores eram qualificados com referência na nota

da auditoria de qualidade (Tabela 9).

Tabela 9 - Classificação de fornecedores de frascos de vidro, com referência em auditoria da

qualidade (eSTARS).

Fornecedor Fornecedor A Fornecedor B Fornecedor C

Nota 99 85 100

Classificação A B A

Fonte: o próprio autor.

Após a aplicação da sistemática definida neste trabalho, observaram-se as

seguintes interações no resultado final de classificação dos fornecedores:

44

Tabela 10 - Classificação de fornecedores de frascos de vidro, com referência em critérios e

subcritérios.

Fornecedor IQe (Controle de Qualidade)

IQr (Recebimento) IQs (Auditoria)

Méritos (RNC)

Prazos Quantidades Média

Fornecedor A 100 50 99 75 99 90

Fornecedor B 76 90 98 94 85 95

Fornecedor C 97 38 98 68 100 100

Fonte: o próprio autor.

Com os resultados de histórico coletados no sistema SAP R/3 (critérios e

subcritérios), observou-se uma nova classificação para os fornecedores de frasco de

vidro, conforme pode ser observado na Tabela 11:

Tabela 11 - Classificação final de fornecedores de frascos de vidro, com referência na nova

sistemática.

Fornecedor Fornecedor A Fornecedor B Fornecedor C

Nota 91 88 91

Classificação A B A

Fonte: o próprio autor.

O resultado observado na Tabela 11 mostra que o método aplicado para a

qualificação e classificação de fornecedores não interferiu no resultado final da

avaliação desta categoria. Mas, ao se avaliar a Tabela 10, observamos quais pontos

cada fornecedor tem deficiência. Itens que podem ser avaliados para possível

parceria de desenvolvimento do fornecedor.

Anteriormente à aplicação do método, os fornecedores A e C apresentavam

pontuação 99 e 100 (classificação A), respectivamente. E na nova sistemática

ambos apresentaram pontuação 91 (classificação A), ou seja, são ótimos

fornecedores e muito parecidos quando comparamos suas notas detalhadamente.

Ao analisar o Fornecedor B separadamente, observa-se que sua pontuação

está quase na faixa de classificação A, basta melhor ligeiramente seus serviços,

principalmente no critério Controle de Qualidade, onde apresenta pior índice. Com

base nestas notas e em contato com o departamento de Compras, foi verificado que

o fornecedor B é de grande interesse comercial, pois os custos de seus produtos

são muito mais baratos quando comparados com os Fornecedores A e C. Deste

modo, foi iniciado processo de desenvolvimento do fornecedor.

45

Entrando em contato com o Fornecedor B, foi descoberto que o motivo de

estarem com baixo índice no critério Controle de Qualidade estava relacionado ao

seu processo de fabricação, que requereria investimentos para modernização.

Visando o desenvolvimento do fornecedor, a empresa veterinária estuda a

possibilidade de estabelecer contrato comercial e de qualidade, onde o fornecedor

teria que investir e se modernizar para assegurar o mínimo de qualidade necessária.

E a organização estabelecer um contrato exclusivo, de longo período, na compra da

matéria prima.

4.2 Classificação de fornecedores de materiais de embalagem primária

(frascos de plástico)

Para avaliar a interferência da sistemática de qualificação e classificação de

fornecedores aplicada, foram encolhidos, neste caso, quatro fornecedores de

frascos de plástico (Fornecedor D, Fornecedor E, Fornecedor F e Fornecedor G).

Anteriormente, estes fornecedores eram qualificados com referência na nota

da auditoria de qualidade (Tabela 12).

Tabela 12 - Classificação de fornecedores de frascos plásticos, com referência em auditoria

da qualidade (eSTARS).

Fornecedor Fornecedor D Fornecedor E Fornecedor F Fornecedor G

Nota 75 90 75 75

Classificação B A B B

Fonte: o próprio autor.

Após a aplicação da sistemática definida neste trabalho, observaram-se as

seguintes interações no resultado final de classificação dos fornecedores:

Tabela 13 - Classificação de fornecedores de frascos plásticos, com referência em critérios e

subcritérios.

Fornecedor IQe (Controle de Qualidade)

IQr (Recebimento) IQs (Auditoria)

Méritos (RNC)

Prazos Quantidades

Média

Fornecedor D 97 55 100 78 75 80

Fornecedor E 100 34 70 52 90 65

Fornecedor F 100 52 100 76 75 100

FornecedorG 99 44 100 72 75 100

Fonte: o próprio autor.

46

Com os resultados de histórico coletados no sistema SAP R/3 (critérios e

subcritérios), observou-se uma nova classificação para os fornecedores de frascos

de plástico, conforme pode ser observado na Tabela 14:

Tabela 14 - Classificação final de fornecedores de frascos plásticos, com referência na nova

sistemática.

Fornecedor Fornecedor D Fornecedor E Fornecedor F Fornecedor G

Nota 83 77 88 87

Classificação B B B B

Fonte: o próprio autor.

Os resultados observados nas Tabelas 12 e 14 mostram que o método

aplicado para a classificação de fornecedores interfere no resultado final da

avaliação.

Anteriormente à aplicação do método, os fornecedores D, F e G dispunham

de 75 pontos cada, estando estes classificados como fornecedor nível B, sendo que

após a aplicação do método proposto, estes fornecedores permaneceram na mesma

faixa.

O resultado da aplicação de critérios e subcritérios de avaliação mostrou que

todos os fornecedores estão presentes na mesma faixa de classificação (faixa B).

Apesar disto, ao avaliarmos minuciosamente cada nota de subcritério do fornecedor

E, observamos que apesar de ter a melhor nota de auditoria (IQs = 90 pontos),

apresenta grandes problemas nos subcritérios: Recebimento e Méritos, onde obteve

os piores índices. O que refletiu diretamente na Nota Global e obteve o pior

desempenho (nota = 77 pontos). Deste modo fica evidente que a antiga sistemática

mascara problemas do fornecedor.

O departamento de qualificação de fornecedores fez uma análise crítica do

fornecedor E, e decidiu desqualificá-lo. Pois, o número de não conformidades

(critério: Mérito) deste fornecedor era muito grande e apresentava histórico bastante

recorrente. Fatores que para serem tratados requerem bastante dedicação do

departamento, mesmo assim o histórico mostrou que o fornecedor não estava

colaborando com as ações de melhoria propostas.

47

Conforme contato com o departamento de compras, o fornecedor E não

apresentava atrativo comercial que estimulasse qualquer iniciativa de

desenvolvimento ou estreitamento de parceria.

4.3. Classificação de fornecedores distribuidores fracionadores de

excipiente (Xileno)

O material Xileno (solvente orgânico) é um dos materiais excipiente mais

importante em volume de compra, por este motivo foi escolhido para avaliação. Este

material é comprado de fornecedores distribuidores, que realizam o fracionamento

do material para tambor e entregam para a indústria em apresentações de 200 kg.

Observando os resultados de classificação dos fornecedores em questão,

com referência em auditoria de qualidade, é possível verificar que ambos os três

estão enquadrados na faixa de classificação B (Tabela 15).

Tabela 15 - Classificação de fornecedores distribuidores fracionadores de Xileno, com

referência em auditoria da qualidade (eSTARS).

Fornecedor Fornecedor H Fornecedor I Fornecedor J

Nota 81 90 89

Classificação B A B

Fonte: o próprio autor.

A aplicação da sistemática proposta neste trabalho mostra uma avaliação

com referência em critérios e subcritérios de qualidade, conforme descrito na Tabela

16:

Tabela 16 - Classificação de fornecedores de serviços, com referência em critérios e

subcritérios.

Fornecedor IQe (Controle de

Qualidade)

IQr (Recebimento) IQs (Auditoria)

Méritos (RNC)

Prazos Quantidades Média

Fornecedor H

100 74 49 62 81 90

Fornecedor I 100 69 97 83 90 90

Fornecedor J 100 80 100 90 89 100

Fonte: o próprio autor.

48

Com os resultados de histórico coletados no sistema SAP R/3 (critérios e

subcritérios), observou-se uma nova classificação para os fornecedores

distribuidores fracionadores de Xileno, conforme pode ser observado na Tabela 17:

Tabela 17 - Classificação final de fornecedores distribuidores fracionadores de Xileno, com

referência na nova sistemática.

Fornecedor Fornecedor H Fornecedor I Fornecedor J

Nota 83 91 95

Classificação B A A

Fonte: o próprio autor.

Com o resultado observado na Tabela 16 é possível observar a mudança na

classificação do fornecedor J, quando aplicamos o método. Observando os

resultados apresentados na Tabela 15 com os referenciados na Tabela 17, verifica-

se que os fornecedores H e I não sofreram alteração em sua classificação, bem

como a pontuação não foi alterada de forma significativa. Já o fornecedor J

ascendeu um nível de classificação, passando de fornecedor B para fornecedor A.

Além de se mostrar melhor do que I, que está na mesma classificação, por ter

melhores notas nos critérios de Recebimento e de Méritos.

Foi observada nota baixa no subcritério Quantidades do fornecedor H, que

causou curiosidade. Ao verificar junto ao departamento responsável pelo

recebimento, foi observado que a entrega foi realizada de maneira incompleta, ou

seja, material em menor quantidade quando comparado com o pedido. Foi

evidenciado, também, que este fornecedor H sempre causava este tipo de

irregularidade, completando o pedido de maneira atrasada. Esta situação foi

passada ao departamento de Compras que avaliando a situação concordou em

desqualificar o fornecedor, pois existem concorrentes melhores classificados,

mesmo que com preços ligeiramente superiores.

As decisões de desqualificação de fornecedores estão de acordo com

métricas da organização que visam à redução do número de fornecedores, de modo

que se torne um processo mais enxuto e com melhor nível de qualidade associado.

49

5. CONCLUSÃO

Após a implantação do método de qualificação e classificação de

fornecedores utilizando o sistema SAP R/3, observou-se um ganho significativo na

robustez desta sistemática, uma vez que são utilizadas cinco variáveis diferentes e

não somente uma variável, como ocorria com o método anterior.

Dentro de cada variável, foi possível abrir a visão geral de cada operação

realizada pelo fornecedor. Deste modo, tornou-se possível tratar certa não

conformidade diretamente na raiz do problema, de maneira bastante pontual. Como

por exemplo, a qualidade do frasco de vidro fornecido.

O trabalho de desenvolvimento de parcerias sólidas proporcionou um

aumento na qualidade dos serviços prestados pelos fornecedores nas três

categorias estudadas. Fatores evidenciados com a diminuição do número das não

conformidades destes fornecedores.

O trabalho em conjunto com o departamento de compras se tornou mais

eficiente. O detalhamento das notas em critérios e subcritérios, proporcionou

argumentos para desqualificar ou investir no fornecedor, através de contratos de

parceria, contratos comerciais e de qualidade.

A redução do quadro total de fornecedores proporcionou redução de gastos e

gerou economia de recursos para a organização veterinária. Gastos estes

relacionados á diminuição de números de auditorias (custos com viagens,

hospedagem, taxi, alimentação, entre outros.) e, também, do número de não

conformidades (desativação de fornecedores com baixos índices do critério mérito).

Em geral, a nova sistemática se apresenta bastante eficiente no suporte para a

criação de uma cadeia de suprimento realmente confiável.

Como forma de melhoria contínua do sistema de qualidade, recomenda-se

que futuramente seja iniciado um novo trabalho com foco em SLA – Service Level

Agreement, com o objetivo de definir fornecedores parceiros do negócio, partindo da

seleção do grupo de fornecedores classificados dentro da sistemática definida neste

trabalho.

50

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