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Universidade Estadual de Londrina
NATALIA CARNEIRO
MEDIDA DA ATIVIDADE FÍSICA EM ESTUDOS NACIONAIS: REVISÃO DE LITERATURA
LONDRINA
2009
NATALIA CARNEIRO MEDIDA DA ATIVIDADE FÍSICA EM ESTUDOS NACIONAIS:
REVISÃO DE LITERATURA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Bacharelado em Educação Física do Centro de Educação Física e Esporte da Universidade Estadual de Londrina, como requisito parcial para sua conclusão. Orientador: Prof. Ms. Marcelo Romanzini
LONDRINA 2009
NATALIA CARNEIRO
MEDIDA DA ATIVIDADE FÍSICA EM ESTUDOS NACIONAIS: REVISÃO DE LITERATURA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Bacharelado em Educação Física do Centro de Educação Física e Esporte da Universidade Estadual de Londrina, como requisito parcial para sua conclusão.
COMISSÃO EXAMINADORA
____________________________________ Prof. Ms. Marcelo Romanzini
Universidade Estadual de Londrina
____________________________________ Prof. Dr. Enio Ricardo Vaz Ronque Universidade Estadual de Londrina
____________________________________ Prof. Ms. Mathias Roberto Loch
Universidade Estadual de Londrina
Londrina, _____de ___________de _____.
A Deus, aos meus pais e aos meus amigos.
AGRADECIMENTOS
Agradeço ao meu orientador não só pela constante orientação neste
trabalho, mas sobretudo pela sua amizade e paciência durante toda sua execução.
Aos professores por terem me ajudado a trilhar essa etapa
importante da minha vida e aos colegas pela força, vibração e apoio durante esta
jornada.
A minha familia pela confiança e compreenção durante mais essa
etapada da minha vida.
"Onde há fé, há amor, onde há amor, há paz,
onde há Deus, nada falta."
CARNEIRO, Natalia. Medida da Atividade Física em Estudos Nacionais: Revisão de Literatura. 2009. 40. Trabalho de Conclusão de Curso Educação Física Bacharel – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2009.
RESUMO A atividade física é um comportamento amplamente estudado e evidências apontam que a prática da mesma em níveis adequados está associada à redução no risco de morbi-mortalidade. Todavia, a medida da atividade física ainda é problemática apesar da existência de diversos instrumentos de medida. Nesse sentido, o presente estudo objetivou verificar quais são os instrumentos de medida da atividade física utilizados em estudos realizados no Brasil nos últimos dez anos. Uma revisão da literatura foi realizada em duas bases de dados (Scielo e Lilacs) com a utilização de descritores como “atividade física”, “inatividade física”, “estilo de vida”, “fisicamente ativo”, “sedentarismo”, “aptidão física”, “exercício físico” e “esforço físico”. Foram identificados 309 (Scielo) e 1739 (Lilacs) artigos na análise inicial. O processo de análise envolveu leitura do titulo, resumo e texto completo. Considerando os critérios de inclusão e exclusão foram selecionados um total de 70 manuscritos. Os manuscritos encontrados foram analisados a fim de verificar qual instrumento utilizado para a medida da atividade física, a terminologia empregada para a classificação do nível de atividade física e a população estudada. Verificou-se que o instrumento mais utilizado foi o questionário, sendo o IPAQ e os questionários elaborados pelos próprios pesquisadores as opções mais freqüentes. O registro recordatório proposto por Bouchard et al. foi bastante freqüente principalmente em estudos envolvendo população mais jovem. Finalmente, constatou-se que várias terminologias foram utilizadas para a classificação do nível de atividade física, evidenciando que não há uma padronização destes termos. Palavras-chave: Atividade física, instrumentos de medida, questionários, revisão.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Artigos envolvendo amostras de crianças e adolescentes
incluídos na revisão .................................................................................................. 22
Tabela 2 – Artigos envolvendo amostras de indivíduos adultos incluídos na
revisão ...................................................................................................................... 24
Tabela 3 – Tipo de instrumentos e terminlogias empregadas em estudos de
atividade física em crianças e adolescentes ............................................................ 26
Tabela 4 – Tipo de instrumentos e terminlogias empregadas em estudos de
atividade física em adultos ....................................................................................... 28
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10
2 OBJETIVO ............................................................................................................. 12 2.1 OBJETIVO GERAL ................................................................................................... 12
2.2 OBJETIVO ESPECIFÍCO ........................................................................................... 12
3 DESENVOLVIMENTO ........................................................................................... 13 3.1 CALORIMETRIA ...................................................................................................... 13
3.1.1 Calorimetria Direta ........................................................................................... 13
3.1.2 Calorimetria Indireta ......................................................................................... 14
3.2 ACELERÔMETRO .................................................................................................... 15
3.3 PEDÔMETRO.......................................................................................................... 15
3.4 OBSERVAÇÃO DIRETA ............................................................................................ 16
3.5 QUESTIONÁRIOS E REGISTRO RECORDATÓRIO ......................................................... 17
4 MÉTODOS ............................................................................................................. 19
5 RESULTADOS ....................................................................................................... 20
6 DISCUSSÃO .......................................................................................................... 30
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 33 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 34
10
1 INTRODUÇÃO
A literatura tem apresentado evidências sobre uma relação entre a
prática de atividade física regular e a diminuição dos índices de morbidade e
mortalidade (U.S. Departament of Health and Human Services, 1996 apud
ROMANZINI, 2006). Em um do estudo importante sobre este tema, Paffenbarger et
al. (1993) relataram que a prática de atividade física moderadamente vigorosa (≅ 4,5
MET´s) é independentemente associada à uma redução de 23% no risco de
mortalidade por todas as causas.
Hallal et al. (2007) apresentaram a evolução da literatura em
epidemiologia da atividade física no Brasil e observaram que houve um aumento
relativamente grande no número de estudos sobre nível de atividade física,
principalmente após o ano de 2000, onde as publicações triplicaram em relação
àquelas observadas na década anterior (1990-1999). De acordo com este autor, em
nenhum momento a atividade fisica esteve tão presente na agenda da saúde pública
quanto no momento atual.
Conceitualmente, a atividade física é definida como qualquer
movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos que resultem em gasto
energético acima dos níveis de repouso (CASPERSEN et al., 1985). Embora
atividade física e gasto energético sejam conceitos relacionados não são sinônimos.
A atividade física é um comportamento que resulta em gasto energético, enquanto
este reflete o custo energético proveniente de determinada atividade física
(metabolismo voluntário), da manutenção das atividades vitais do organismo
(metabolismo basal), do processo de digestão, absorção e armazenamento do
alimento (efeito térmico dos alimentos) e da termogênese facultativa (GUEDES;
GUEDES, 2006).
Nesse sentido, destaca-se a existência de mais de 30 técnicas e
instrumentos diferentes capazes de estimar o nível de atividade física (MELANSON;
FREEDSON, 1996). Elas são aptas a medir características como: intensidade,
freqüência, duração, gasto energético entre outros. Cada um desses instrumentos
apresentam vantagens e desvantagens dependendo da população e da situação em
que são aplicados. Instrumentos que utilizam informações cedidas pelo próprio
avaliado como questionários, entrevistas, registros recordatórios e diários de
11
atividade são considerados de grande aplicabilidade apresentando um baixo custo a
pesquisa, porém os marcadores fisiológicos, sensores de movimentos e a
calorimetria são mais eficientes já que possuem medidas mais precisas, grande
aplicabilidade, mas um custo mais elevado.
Para Barros e Nahas (2003) as principais razões de se medir a
atividade física está na importância de: a) monitorar as tendências nos níveis de
atividade física da população; b) determinar a quantidade ou dose de atividade física
requerida para influenciar determinados parâmetros de saúde; c) determinar a
prevalência e distribuição dos níveis de atividade física nos diversos grupos
populacionais; d) identificar fatores biológicos, psicossociais e ambientais que
influenciam a atividade física das pessoas; e) avaliar a eficácia de programas que
visam promover a atividade física.
De acordo com as informações apresentadas, faz-se necessário o
interesse pela escolha de um método adequado para cada população, já que este é
um comportamento complexo e difícil de ser estimado com grande precisão
(BARROS; NAHAS, 2003). Com o crescimento da literatura nesta área e o alto
número de métodos para mensuração do nível de atividade física, é importante
identificar quais métodos vêm sendo mais empregados em estudos nacionais que
envolveram a medida da atividade física e qual a terminologia tem sido mais utilizada
nestes estudos.
O estudo tem o interesse em fazer uma revisão sistematica da
literatura e verificar a evolução da pesquisa, analisar os estudos sobre medida da
ativdade física e comportamento sedentário. Hallal et al. apresentam esses
interreses, porém diferente do nosso estudo ele se utiliza de um ponto de corte para
a amostra superior a 500 individuos outro estudo com objetivos parecidos é o do
Tassitano et al. que se diferencia por não ter restrição ao numero de individuos, mas
a sua população que era só adolescentes. A intenção do estudo diferente dos
estudos citados sobre a área está em ter uma maior abrangência, por não restringir
a amostra e a população, em saber o que veem sendo utilizado pelos pesquisadores
mesmo em pesquisas mais pequenas, saber se a evolução da pesquisa sobre o
assunto.
12
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Verificar quais os instrumentos de medida da atividade física mais
utilizados em estudos realizados no Brasil no período entre 2000 e 2008.
2.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS
Verificar quais os instrumentos de medida da atividade física mais
empregados nas seguintes populações:
a) Crianças e adolescentes;
b) Adultos.
Identificar quais os termos mais empregados para a classificação do
nível de atividade física nestes grupos populacionais.
13
3 DESENVOLVIMENTO
Existe diversos instrumentos para se mensurar o nível de atividade
física de um indivíduo, os quais podem ser classificados de acordo com Reis,
Petroski e Lopes (2000) como sendo aqueles que utilizam informações dadas pelos
sujeitos (questionários, entrevistas e diários) e como sendo aqueles que utilizam
marcadores fisiológicos ou sensores de movimento para mensurar objetivamente as
atividades em determinado período de tempo.
Classificam ainda como métodos laboratoriais, onde se possa
controlar o ambiente e métodos não laboratoriais onde não é necessário o controle
do ambiente (REIS; PETROSKI; LOPES, 2000). Os métodos laboratoriais
apresentam informações através da energia despendida do individuo durante a
atividade, a qual pode ser medida por meio da calorimetria (direta, indireta) que
envolvem procedimentos mais complexos e materiais sofisticados e dispendiosos.
Os métodos não-laboratoriais, por sua vez, proporcionam informações cedidas pelo
próprio avaliado como em questionários, entrevistas, registros recordatórios,
observação direta, e aqueles mais objetivos como acelerômetro, pedômetro e
freqüência cardíaca. São de fácil aplicabilidade e possuem um custo reduzido em
comparação com os metodos laboratoriais.
3.1 CALORIMETRIA
3.1.1 Calorimetria Direta
A calorimetria direta mede a quantidade de energia despendida
através da taxa de calor perdida pelo corpo para o ambiente. Com grande precisão,
ela quantifica o dispêndio de energia durante o repouso e atividade física por meio
da produção de calor, pois 40% da energia liberada durante o metabolismo da
glicose e das gorduras são utilizados para a produção de ATP, os 60% restantes são
convertidos em calor e por isso é uma maneira de se medir a taxa e a quantidade de
14
produção de energia (MCARDLE; KATCH; KATCH, 2003).
Esta técnica baseia-se no principio de conservação de energia. O
avaliado se posiciona no interior de uma câmara isotérmica hermeticamente fechada
estando em repouso ou em diferentes tipos de exercício físico como lhe for
determinado permanecendo durante todo o período de observação naquele
ambiente, em que o espaço precisa ser restrito e delimitado pelo tamanho.
Apesar de uma boa eficácia, este método apresenta um custo muito
elevado, dificuldade de reproduzir as atividades diária devido ao espaço,
necessidade de um tempo maior para a coleta das informações, o que limita sua
utilização em grande escala.
3.1.2 Calorimetria Indireta
A calorimetria indireta mede a produção de energia a partir das
trocas gasosas do organismo com o meio ambiente, onde diferentemente da
calorimetria direta que mede a produção de calor pelo corpo, é calculado a partir dos
equivalentes calóricos do oxigênio consumido e do gás carbônico produzido
(DIENER, 1997). Portanto analisa o quociente respiratório pela determinação da
capacidade de VO2 e pela produção do gás carbônico VCO2.
Existem equipamentos de circuito fechado, em que o indivíduo
respira continuamente o gás contido no espirômetro por meio do sistema de válvulas
direcionais e a redução no volume do gás contido no espirômetro no período do
exame permite determinar o consumo do oxigênio. Há também equipamentos de
circuito aberto onde ambos os extremos do sistema se comunicam com o ambiente,
o ar inspirado é mantido separado do ar expirado por meio de um sistema de
válvulas unidirecionais sendo que em ambos é necessário que o individuo respire
através de máscara (DIENER, 1997). Entretanto, mesmo apresentando medidas
fidedignas, observa-se a desvantagem de um alto custo operacional.
15
3.2 ACELERÔMETROS
Acelerômetros são sensores de movimentos portáteis que medem o
gasto energético através das variações de aceleração do corpo. O equipamento é
fixado na cintura do avaliado registrando assim os movimentos realizados por
membros e tronco. Sendo assim, o gasto energético do individuo pode ser calculado
por meio de equações e informações do avaliado (peso corporal, sexo, idade,
estatura) no próprio aparelho. Existe dois tipos de acelerômetros: uniaxiais e
triaxiais. Os acelerômetros uniaxiais medem a aceleração corporal somente no eixo
vertical enquantos que os triaxiais detectam a aceleração nos eixos ântero-posterior,
medial e lateral vertical (ILHA; SILVIA; PETROSKI, 2005).
As vantagens destes aparelhos incluem a possibilidade de ser
aplicado a uma grande faixa etária, o fato de ser compatível com as atividades
cotidianas, permitindo assim avaliar os sujeitos em condições reais da vida, a grande
capacidade de armazenamento de dados, a não existência de comandos que
possam ser manipulados externamente, a capacidade de avaliar a atividade durante
períodos de tempo específicos, tamanho e custo reduzidos, além de apresentarem
medidas mais precisas quando comparado aos questionários e pedômetros
(BARROS; NAHAS, 2003; ILHA; SILVIA; PETROSKl, 2005). Por outro lado, os
acelerômetros apresentam desvantagens como o fato de não mensurar
adequadamente atividades que envolvam muitos grupamentos musculares como
ciclismo, natação e musculação (BARROS; NAHAS, 2003; ILHA; SILVIA;
PETROSKl, 2005).
3.3 PEDÔMETRO
O pedômetro é um sensor de movimento uniaxial que grava os
passos em resposta a aceleração vertical do indivíduo. Este equipamento fornece
informações sobre a distância percorrida, o número de passos e o gasto energético.
Registros imprecisos podem resultar da localização do equipamento no corpo e a
diferença da tensão da mola entre os instrumentos. Apesar da imprecisão, esses
16
equipamentos podem diferenciar mudanças nos padrões de atividade física (REIS;
PETROSKI; LOPES, 2000).
Este método possui a vantagem de ter um baixo custo operacional,
registro de informações por um longo período de tempo e medidas de deslocamento
a pé com uma porção significativa da atividade física diária do individuo (GUEDES;
GUEDES, 2006). Porém estes aparelhos tendem a subestimar distâncias em
velocidades baixas e superestimar distâncias em caminhadas e corridas rápidas,
além de não oferecer informações sobre intensidade, freqüência ou duração além
disso não conseguem registrar exercícios isométricos ou que envolvam a
participação de membros superiores (GUEDES; GUEDES, 2006; MELANSON;
FREEDSON, 1996).
Entre diversos tipos de equipamentos o mais usado é o modelo
Yamax Digi-Walker sendo um dos mais vendidos. Métodos deste tipo são
amplamente utilizados em estudos com crianças, principalmente na fase pré-escolar
(BARROS; NAHAS, 2003).
3.4 OBSERVAÇÃO DIRETA
O método de observação direta consiste em observar em tempo real
o avaliado em sua atividade, por anotação de tudo que acontece ou por meio de
filmagens. É um método utilizado em contextos nos quais as atividades físicas são
realizadas por um período de tempo definido e espaços delimitados para observação
do avaliador, sendo considerado mais apropriado para avaliar crianças em idades
pré-escolares até idades escolar (7-13 anos). É uma técnica eficiente por fornecer
informações do tipo, intensidade e duração da atividade (BARROS; NAHAS, 2003).
Dentre as principais vantagens deste método está o fato do registro
das informações serem feitos imediatamente e não é necessária tanta cooperação
do avaliado. Entretanto existe a desvantagem que o avaliador pode provocar
mudanças no comportamento das crianças, além do grande gasto de tempo para se
coletar e analisar os dados, o que limita a utilização desta técnica em estudos com
um grande numero de indivíduos (BARROS; NAHAS, 2003).
Alguns instrumentos importantes utilizado para facilitar o registro das
17
informações das atividades são o Fargo Activity Time Sampling Survey (FATS), onde
as atividades realizadas são registradas a cada dez segundos, considerando oito
categorias de atividade física e três níveis de intensidade. Children's Activity Rating
Scale (CARS) prevê a anotação das atividades realizadas a cada um minuto e ele
apresenta uma escala de medida com cinco níveis de intensidade da menor para a
maior, onde: 1) ações sem deslocamento do corpo; 2) ações sem deslocamento do
corpo, com eventuais e discretos movimentos de membros e tronco; 3) ações com
deslocamento do corpo de um ponto ao outro; 4) ações com deslocamento do corpo
de um ponto a outro com intensidade moderada; 5) ações com deslocamento do
corpo de um ponto a outro com intensidade elevada. (BARROS; NAHAS, 2003).
No Behaviour of Eating and Physical Activity for Children´s Health
Evolution System (BEACHS), as observações são registradas a cada um minuto,
considerando cinco categorias de atividade física. Já o Activity Patterns and Energy
Expenditure (APEE) propõe o registro das informaçãoes a cada quinze segundos,
considerando cinco categoriasde atividade física (BARROS; NAHAS, 2003).
3.5 QUESTIONÁRIOS E REGISTROS RECORDATÓRIOS
Questionários, entrevistas e registros recordatórios são amplamente
utilizados possuindo um alto número de instrumentos que partem do pressuposto
que o individuo se recorde das atividades ocorridas em dias, semanas ou meses
anteriores. São instrumentos que recebem informações dos avaliados, sendo os
questionários auto-administrados e a entrevista preenchida pelo avaliador com base
nas respostas obtidas por telefone ou pessoalmente. Nos registros recordatórios, os
avaliados são orientados a anotar tudo o que ocorre no dia e partem do pressuposto
de que o sujeito se recorde das atividades realizadas em um determinado período
de tempo.
Questionários e registros recordatórios possuem alta aplicabilidade e
apresentam um baixo custo operacional. Entretanto, podem proporcionar dados com
pouca fidedignidade, visto que necessitam muito da cooperação dos avaliados, que
podem esquecer ou confundir alguma resposta diminuindo a qualidade das
informações coletadas.
Entre os questionários, um muito utilizado é o Questionário
18
Internacional de Atividade Física (IPAQ), que foi desenvolvido com o objetivo de
estimar o nível de atividade física de indivíduos de diferentes países. Guedes, Lopes
e Guedes (2005) apesar de não comparar este instrumento com o padrão ouro o
define como adequado para mensurar o nível de atividade física em atividades que
envolvam esforços físicos de moderado a vigoroso, porém não aconselham sua
utilização em adolescentes com menos de 14 anos por superestimar suas
atividades. Benedett et al. (2007) demonstraram que o instrumento tem um nível
excelente de reprodutibilidade para indivíduos adultos.
O registro recordatório ou diário de gasto energético são excelentes
para estudos que dispões de pouco apoio financeiro, porém necessitam de maior
especificidade e detalhes para serem completados, pois são respondidos por
períodos e não em um só momento o que faz com que o individuo dedique maior
disponibilidade de tempo para o estudo e muitas vezes isso pode ser até uma
limitação do instrumento, porque alguns podem acabar respondendo de forma não
real por não cumprirem os horários estipulados para preenchimento do registro
(GUEDES et al., 2001).
O instrumento de registro recordatório preconizado por Bouchard e
colaboradores, classifica as atividade do cotidiano em uma tabela descrita no próprio
relatório envolvendo nove categorias, onde os avaliados devem anotar as atividades
realizadas a cada 15 minutos, onde a categoria 1 representa as atividades de menor
custo calórico e a categoria 9 engloba atividades de mais elevado custo calórico.
São instrumentos de muita precisão em atividades de intensidade leve e moderada
quando comparados à atividades de intensidade vigorosa, porém necessitam da
grande colaboração e boa capacidade de julgamento para saberem diferenciar as
doses das atividades para se preencher o instrumento (BARROS; NAHAS, 2003).
19
4 MÉTODOS
Realizou-se um levantamento bibliográfico em bases de dados
eletrônicas com interesse de verificar quais os instrumentos mais empregados para
verificar o nível de atividade física. As bases consultadas foram Scientifc Eletronic
Library On-line (SciELo) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da
Saúde (LILACS).
Com interesse de restringir a busca utilizou-se na base de dados
Scielo e LILACS os descritores “sedentarismo”, “atividade física”, “inatividade física”,
“estilo de vida” e “fisicamente ativo”, para evitar um numero excessivo de artigos que
não fossem relacionados aos objetivos da presente pesquisa.
Na análise inicial na primeira base de dados (Scielo) foram
encontrados 218 artigos e na segunda base de dados (Lilacs) 1739. Os artigos
encontrados com estes descritores deveriam envolver algum instrumento para
verificar o nível de atividade física. Para tanto eles deveriam preencher os seguintes
critérios: a) publicação entre o ano de 2000 a 2008; b) dados coletados no Brasil; c)
utilizar um instrumento que verifique o nível de atividade física; d) artigo original de
pesquisas com seres humanos. Os artigos de revisão, tese e dissertações foram
excluídos.
Sendo assim realizou-se uma primeira triagem para identificar os
artigos interessados para a pesquisa, que consistiu em analise do titulo, resumo e
texto completo quando necessario. Após essa primeira triagem todos os artigos
foram obtidos na integra para uma análise mais criteriosa com a finalidade de
identificar qual a população estudada, faixa etária, terminologia usada para
classificação dos indivíduos e informações sobre o instrumento utilizado. As
informações relevantes obtidas com a análise, foram organizadas em um quadro,
para serem comparadas e analisadas posteriormente.
20
5 RESULTADOS
A tabela 1 apresenta informações dos artigos encontrados na
revisão literária das publicações que tiveram como amostra crianças e adolescentes.
Foram encontrados um total de 28 artigos, entre estes 12 artigos foram publicados
entre o ano de 2006 a 2008, quase 50% dos estudos encontrados. O maior numeros
de artigos sobre o assunto se concentra na região sul do Brasil em torno de 14
publicações, que representam 50% deles. A Revista Brasileira de Medicina do
Esporte e a Revista Brasileira de Ciência e Movimento,são as revistas onde mais foi
localizado publicações com crianças e adolescentes. Nesta população verificou-se
que não é realizados muitos estudos com amostras em idades pré-escolares, já que
o o maior numero de artigos se utilizou de amostras com idades entre 12 e 19 anos.
A tabela 2 apresenta os dados encontrados sobre a população
adulta, localizou-se um total de 33 artigos, dos quais 21 são publicações entre o ano
de 2007 a 2008 que representam quase 80% dos estudos com esta população. Foi
localizado um maior número de artigos na região sul do país, 19 estudos no total
representando 57% das publicações com amostra desta população. A Revista de
Saúde Pública e nos Cadernos de Saúde Pública são os periódicos onde mais foi
localizado estudos com está amostra.
Na tabela 3 são apresentados os dados sobre os estudos com
crianças e adolescentes, contendo tipo de instrumento usado, nome do instrumento
e terminologia empregada. Entre os 28 artigos encontrados, verificamos que para
está populaçõ se utilizou-se mais os questionários e os registros recordatórios, entre
esses instrumentos os questionáros propostos pelos autores e o registro recordatório
de atividade física proposto por Bouchard e colaboradores são os mais usados em
pesquisas com está população.
Os dados sobre a população adulta na tabela 4 apresentam o tipo de
intrumento, o nome do instrumento e a terminologia empregada. O tipo de
instrumento mais utilizado para está população é o questionário, onde quase 100%
dos artigos se utlizaram de questionários. Dentre eles o IPAQ - Questionário
Internacional de Atividade Física foi usado em 19 dos 33 artigos pesquisados,
representando quase 58% das publicações.
Em meio aos termos que foram empregados para classificar o nível
21
de atividade física, verificamos uma grande variação de terminologias em ambas as
populações, sendo difícil verificar qual termilogias veem sendo mais empregada nos
estudos. Portanto entre estas variações indentificamos que o termo ativo, inativo e
sedentário é muito usado, porém acompanhado de uma grande numero de
variações como: suficientemente ativo, pouco ativo, mais ou menos ativo, etc.
22
Tabela 1. Artigos envolvendo amostras de crianças e adolescentes incluídos na revisão
Autor Ano Periódico Faixa Etária (anos)
Numero de Sujeitos
Local
Adami et al. 2008 Psicologia: Teoria e Pratica 242 14 Florianópolis - SC Alves et al. 2005 Revista Brasileira de Medicina do Esporte 170 10 - 19 Estado de Pernambuco
Arruda et al. 2007 Revista Brasileira de Antropometria e
Desempenho Humano 1024 10 - 17 Região Serrana de SC Barros et al. 2007 Revista de Saúde Materna e Infantil 69 7 - 10 Florianópolis - SC Baruki et al. 2006 Revista Brasileira de Medicina do Esporte 403 7 - 10 Corumbá - MS Bracco et al. 2006 Jornal de Pediatria 2519 7 - 10 São Paulo - SP
Farias et al. 2003 Revista Brasileira de Antropometria e
Desempenho Humano 1057 7 - 10 Porto Velho - RO Farias Junior et al. 2008 Revista Brasileira de Medicina do Esporte 2566 16,5 João Pessoa - PB Farias Junior et al. 2004 Revista Brasileira Ciência Movimento 1107 15 - 18 Florianópolis - SC Farias Junior et al. 2006 Revista Brasileira Ciência Movimento 1949 12 - 19 Florianópolis - SC
Fernandes et al. 2006 Revista Brasileira de Antropometria e
Desempenho Humano 60 10 - 14 Presidente Prudente - SP Giugliano et al 2004 Jornal de Pediatria 452 6 - 10 Brasília - DF Gomes et al. 2001 Cadernos de Saúde Pública 4331 12 - 17 Rio de Janeiro - RJ
Gonçalves et al. 2007 Revista Panamericana de Saúde Pública 4452 10 - 12 Pelotas - RS Guedes et al 2007 Revista Brasileira de Medicina do Esporte 452 15 - 18 Londrina - PR Guedes et al 2001 Revista Brasileira de Medicina do Esporte 281 15 - 18 Londrina - PR Guedes et al. 2005 Revista Brasileira de Medicina do Esporte 161 12 - 18 Londrina - PR Hallal et al. 2006 Cadernos de Saúde Pública 4700 10 - 12 Pelotas - RS
Jenovesi et al. 2004 Revista Brasileira Ciência Movimento 1434 7 - 9 São Paulo - SP Mascarenhas et al. 2005 Revista Brasileira de Medicina do Esporte 111 10 - 12 Curitiba - PR Oehlschaeger et al. 2004 Revista de Saúde Pública 960 15 - 18 Pelotas - RS
Pires et al. 2004 Revista Brasileira Ciência Movimento 754 15 - 19 Florianópolis - SC Silva et al. 2000 Cadernos de Saúde Pública 325 14 - 15 Niterói - RJ
23
Tabela 1. Artigos envolvendo amostras de crianças e adolescentes incluídos na revisão (continuação)
Silva et al. 2003 Revista Brasileira Ciência Movimento 323 14 - 15 Niterói - RJ Silva et al. 2008 Revista Brasileira de Epidemiologia 5028 15 - 19 Estado de Santa Catarina
Teixeira et al. 2005 Revista Brasileira Ciência Movimento 34 11 Anápolis - GO
24
Tabela 2. Artigos envolvendo amostras de indivíduos adultos incluídos na revisão
Autor Ano Periódico Faixa Etária (anos)
Numero de Sujeitos
Local
Almeida et al. 2004 Revista Brasileira de Antropometria e
Desempenho humano 23 31,3 São José - SC Azevedo et al. 2008 Revista de Saúde Pública 4297 21 Pelotas - RS Azevedo et al. 2008 Revista de Saúde Pública 4296 >18 Pelotas - RS Azevedo et al. 2007 Revista de Saúde Pública 2577 20 - 59 Pelotas - RS Baretta et al. 2007 Cadernos de Saúde Pública 579 20 - 59 Joaçaba - SC Barros et al. 2001 Revista de Saúde Pública 4225 adultos Santa Catarina
Benedetti et al. 2008 Revista de Saúde Pública 875 76,6 Florianópolis - SC Benedetti et al. 2004 Revista Brasileira Ciência Movimento 41 67 Florianópolis - SC Benedetti et al. 2008 Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia 875 >65 Florianópolis - SC
Carvalhaes et al. 2008 Revista Brasileira de Epidemiologia 1410 > 18 Botucatu - SP Conte et al. 2008 Revista Brasileira de Medicina do Esporte 290 > 18 Campinas Costa et al. 2003 Cadernos de Saúde Pública 4030 >18 Rio de Janeiro - RJ Cunha et al. 2008 Revista Brasileira de Epidemiologia 2002 >18 Goiânia - GO Costa et al. 2005 Cadernos de Saúde Pública 900 20 - 69 Pelotas - RS
Domingues et al 2007 Revista de Saúde Pública 4471 > 18 Pelotas - RS Florindo et al. 2003 Cadernos de Saúde Pública 29 a 30 adultos São Paulo - SP
Glaner et al. 2007 Revista Brasileira de Antropometria e
Desempenho humano 105 >18 Brasília - DF
Guedes et al. 2007 Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e
Metabologia 361 20 - 60 Londrina - PR Hallal et al. 2005 Cadernos de Saúde Pública ??? 20 - 69 São Paulo -SP
Krause et al. 2007 Revista Brasileira de Medicina do Esporte 960 > 60 Curitiba - PR Marcondelli et al. 2008 Revista de Nutrição 281 > 18 Brasília - DF
Masson et al. 2005 Cadernos de Saúde Pública 1437 20 - 60 São Leopoldo - RS Mazo et al. 2007 Revista de Fisioterapia 1280 60 São Jose - SC
25
Tabela 2. Artigos envolvendo amostras de indivíduos adultos incluídos na revisão (continuição)
Monteiro et al. 2008 Revista de Saúde Pública 2024 >18 São Paulo -SP
Moura et al. 2008 Revista Brasileira de Epidemiologia 54369 adultos 26 Estados Brasileiro e
DF Oliveira et al. 2003 Revista da Escola de Enfermagem da USP 14 adultos São Paulo -SP
Oliveira et al. 2008 Revista Brasileira de Antropometria e
Desempenho humano 749 adultos São Paulo -SP Pitanga et al. 2005 Cadernos de Saúde Pública 2292 20 - 94 Salvador - BA
Rodrigues et al. 2008 Revista de Saúde Pública 871 >18 Gurupi - TO Siqueira et al. 2008 Cadernos de Saúde Pública 8063 30 Região Sul e Nordeste
Siqueira et al. 2004 Revista Brasileira de Antropometria e
Desempenho humano 320 37,11 Florianópolis / São José
- SC Zacaron et al. 2006 Revista Brasileira de Fisioterapia 15 65 - 80 Belo Horizonte - MG Zaitune et al. 2007 Cadernos de Saúde Pública 588 12 - 59 Estado de São Paulo
26
Tabela 3. Tipo de instrumentos e terminlogias empregadas em estudos de atividade física em crianças e adolescentes.
Autor Ano Faixa Etária (anos)
Numero de Sujeitos
Tipo de Instrumento
Nome do Instrumento
Terminologia
Adami et al. 2008 14 242 Questionário Pate et al. Pouco ativos e suficientemente
ativos Alves et al. 2005 10 - 19 170 Questionário MLTPAQ/ IPAQ Sedentários e fisicamente ativo
Arruda et al. 2007 10 - 17 1024 Registro
recordatório Bouchard et al.
adaptado Muito inativo, inativo,
moderadamente ativo, ativo Barros et al. 2007 7 - 10 69 Questionário DAFA Não informou Baruki et al. 2006 7 - 10 403 Questionário Sem especificações Não informou Bracco et al. 2006 7 - 10 2519 Questionário Do próprio autor Ativo, inativo
Farias et al. 2003 7 - 10 1057 Questionário La Rosa et al. 2001 Baixa atividade física e mais
atividade física
Farias Junior et al. 2008 16,5 2566 Diário de A.F Do próprio autor Fisicamente ativo e fisicamente
inativo
Farias Junior et al. 2004 15 - 18 1107 Registro
recordatório Bouchard et al.
adaptado Insuficientemente ativos e ativos
Farias Junior et al. 2006 12 - 19 1949 Registro
recordatório Bouchard et al. Fisicamente ativos e fisicamente
inativos Fernandes et al. 2006 10 - 14 60 Questionário IPAQ versão curta Alta, moderada e leve
Giugliano et al 2004 6 -10 452 Registro
recordatório Sallis et al. Adaptado Não informou Gomes et al. 2001 12 - 17 4331 Questionário Do próprio autor Atividade leve, moderada e pesada
Gonçalves et al. 2007 10 - 12 4452 Entrevista Do próprio autor Sedentarismo
Guedes et al 2007 15 - 18 452 Registro
recordatório Bouchard et al. Não informou
Guedes et al 2001 15 - 18 281 Registro
recordatório Bouchard et al. Ativos e moderadamente ativo
Guedes et al. 2005 12 - 18 161
Registro recordatório
/Questionário IPAQ / Bouchard et
al. Mais ativo e menos ativo
27
Tabela 3. Tipo de instrumentos e terminlogias empregadas em estudos de atividade física em crianças e adolescentes
(continuação)
Hallal et al. 2006 10 - 12 4700 Questionário Do próprio autor Inativo, sedentarismo e ativo
Jenovesi et al. 2004 7 - 9 1434 Questionário Elaborado para o
estudo - UNIFESP Mais ativo e menos ativo
Mascarenhas et al. 2005 10 - 12 111 Registro
recordatório Bouchard et al. Não informou Oehlschaeger et
al. 2004 15 - 18 960 Questionário Sem especificações Sedentário
Pires et al. 2004 15 - 19 754 Registro
recordatório 3-DPAR/recordatório
de 3 dias Leve, moderado, intenso e muito
intenso
Silva et al. 2000 14 - 15 325 Questionário PAQ-C/Crocker et al. Sedentário, moderadamente ativo e
ativo
Silva et al. 2003 14 - 15 323 Questionário PAQ-C
Muito sedentário, sedentário, moderadamente ativo, ativo e muito
ativo
Silva et al. 2008 15 - 19 5028 Questionário COMPAC Suficientemente ativo, ativo e pouco
ativo
Teixeira et al. 2005 11 34 Freqüência Cardíaca Polar Vantage XL
Baixa intensidade, intensidade moderada e alta
28
Tabela 4. Tipo de instrumentos e terminlogias empregadas em estudos de atividade física em adultos
Autor Ano Faixa Etária (anos)
Numero de Sujeitos
Tipo de Instrumento
Nome do Instrumento
Terminologia
Almeida et al. 2004 31,3 23 Entrevista IPAQ + 3 questões do
autor Não informou Azevedo et al. 2008 21 4297 Questionário IPAQ versão longa Sedentários, não sedentários
Azevedo et al. 2008 >18 4296 Questionário IPAQ Moderado vigoroso e
sedentarismo
Azevedo et al. 2007 20 - 59 2577 Questionário IPAQ Suficientemente ativo e insuficientemente ativo
Baretta et al. 2007 20 - 59 579 Questionário IPAQ versão curta Insuficientemente ativo,
suficientemente ativo e muito ativo Barros et al. 2001 adultos 4225 Questionário IPAQ Inativo, pouco ativo e ativo
Benedetti et al. 2008 76,6 875 Questionário IPAQ versão longa Sedentários, não sedentários
Benedetti et al. 2004 67 41
Registro recordatório / Questionário
IPAQ/ Bouchard et al. DAF/ Pedômetro
Menos ativo, moderadamente ativo e mais ativo
Benedetti et al. 2008 >65 875 Questionário IPAQ Sedentário, ativo e
moderadamente Carvalhaes et al. 2008 > 18 1410 Questionário Simtel Sedentario
Conte et al. 2008 > 18 290 Questionário Caspersen & Merritt Fisicamente inativo, ativo irregular,
ativo regular Costa et al. 2003 >18 4030 Questionário Do próprio autor Inatividade física Cunha et al. 2008 >18 2002 Questionário Vigitel Ativo, inativo, sedentário Costa et al. 2005 20 - 69 900 Questionário Sem especificações Inatividade física
Domingues et al 2007 > 18 4471 Questionário Do próprio autor Ativos, pouco ativos Florindo et al. 2003 adultos 29 a 30 Questionário Baecke et al. Não informou
Glaner et al. 2007 >18 105 Questionário IPAQ curto - QAFH Sedentário, pouco ativo, muito
ativo, moderadamente ativo
Guedes et al. 2007 20 - 60 361 Questionário IPAQ Muito ativo, ativo, irregularmente
ativo e sedentário
29
Tabela 4. Tipo de instrumentos e terminologias empregadas em estudos de atividade física em adultos (continuação)
Hallal et al. 2005 20 - 69 60 a 70% da população Questionário IPAQ
Sedentário, irregularmente ativo, moderadamente ativo e ativo
Krause et al. 2007 > 60 960 Questionário MBQOA Voorrips et al.
Não participantes em atividades, baixa atividade, moderada
atividade e elevada atividade.
Marcondelli et al. 2008 > 18 281 Questionário Do próprio autor Sedentário, baixa atividade, ativo,
muito ativo
Masson et al. 2005 20 - 60 1437 Questionário Agita Brasil - adaptado Ativa, insuficientemente ativa e
sedentária
Mazo et al. 2007 60 1280 Questionário IPAQ versão longa
adaptado Pouco ativo, muito ativo
Monteiro et al. 2008 >18 2024 Entrevista VIGITEL -
Recordatório de 24hs Suficientemente ativos e inativos
Moura et al. 2008 adultos 54369 Entrevista Vigitel Suficientemente ativo,
sedentarismo e inatividade física Oliveira et al. 2003 adultos 14 Questionário Matsudo adaptado Não informou
Oliveira et al. 2008 adultos 749 Questionário Autor c/ base no
ACSM Ativo, insuficientemente ativo e
inativo
Pitanga et al. 2005 20 - 94 2292 Entrevista Do próprio autor Leve, moderada, intensa e não
tem
Rodrigues et al. 2008 >18 871 Questionário IPAQ Sedentário, insuficientemente
ativo, ativo, muito ativo, Siqueira et al. 2008 30 8063 Questionário IPAQ Sedentarismo
Siqueira et al. 2004 37,11 320 Entrevista IPAQ Inatividade física, ativo e mais
ativo Zacaron et al. 2006 65 - 80 15 Entrevista ACSM Ativo e sedentário
Zaitune et al. 2007 12 - 59 588 Entrevista Sem especificações Excelente, muito bom, boa, ruim e
muito ruim
30
6 DISCUSSÃO
Considerando os estudos sobre o nível de atividade física é evidente
o aumento nas publicações nos últimos anos. De acordo com isso a pesquisa teve
como objetivo identificar entre estudos nacionais qual instrumento de medida da
atividade física vem sendo utilizado. Foram identificados 70 artigos de
pesquisadores nacionais publicados nas bases de dados eletrônicas consultadas,
sendo 31 com amostra de crianças e adolescentes e 39 com adultos, nos anos de
2000 a 2009.
Apesar do crescimento da literatura sobre o nível de atividade física
a divergência entre as regiões e estados do país causa preocupação já que isso
vem sendo identificado há algum tempo. Localizamos na pesquisa um maior numero
de artigos na região sul e sudeste. Por outro lado, quase não foram encontradas
publicações com amostras na região norte do Brasil. Hallal et al. (2007) encontraram
situação parecida e indicaram que a carência de dados das demais localidades pode
ser prejudicial já que os dados podem variar com a localização geográfica
interferindo nas pesquisas de forma negativa.
Pesquisadores vêm buscando avaliar atividade física em caráter
populacional, necessitando de métodos acessíveis, de baixo custo e de fácil
aplicação. De acordo com pesquisas anteriores, o presente estudo aponta que entre
os instrumentos descritos os mais usados são questionários e registros
recordatórios. Apesar de serem métodos acessíveis e de baixo custo, são subjetivos
e apresentam margem de erro maior do que métodos objetivos, como acelerômetro
e pedômetro (HALLAL et al., 2007; TASSITANO et al. 2007).
O IPAQ e o registro recordatório de atividade física proposto por
Bouchard et al. foram os mais utilizados nas pesquisas. O IPAQ é um questionário
de fácil aplicação em grandes grupos, baixo custo, é considerado um instrumento
representativo para avaliação da atividade física habitual em estudos de natureza
epidemiológica. Entretanto não é um instrumento indicado para crianças com idades
menores que quatorze anos, por apresentar validade inadequada nesta população
(GUEDES et al., 2005). O registro recordatório de atividade física é um método
acessível, de baixo custo e de fácil aplicação, porém necessita de grande
31
colaboração da amostra, porque parte do princípio que o sujeito relembre as
atividades realizadas.
Apesar dos estudos envolvendo amostras de crianças e
adolescentes e/ou adultos utilizarem em sua maioria instrumentos como IPAQ e o
registro recordatório proposto por Bouchard e colaboradores, verificou-se também
um grande número de questionários formulados pelos próprios autores da pesquisa.
Quando um instrumento é formulado faz-se necessário que o mesmo seja submetido
a um processo de validação para assegurar a qualidade das informações que serão
coletadas, grande parte dos estudos não apresenta estas informações, podendo
geram certa desconfiança nos dados apresentados.
Nos estudos com crianças e adolescentes poucas pesquisas
utilizam-se de grupos populacionais com idades abaixo de dez anos. Mensurar com
precisão os níveis de atividade física de crianças representa um aspecto de grande
importância, porque pode estar favorecendo o conhecimento sobre os padrões de
atividade física e um melhor entendimento com relação à saúde, podendo ajudar a
determinar a dose de atividade física adequada para o desenvolvimento,
crescimento e até a prevenção de doenças. Considerando a importância de oferecer
experiências prazerosas de pratica de atividade física, sendo que a atividade física
na infância e adolescência deterninam parte dos níveis de atividade física na idade
adulta (BARROS, NAHAS, 2003; OEHLSCHAEGER et al., 2004).
Entre os estudos encontrados na pesquisa verificam-se diferentes
terminologias empregadas para interpretação dos resultados, isso se deve ao fato
de existir uma grande quantidade de instrumentos para verificar esses parâmetros,
através do tempo gasto em atividades de lazer, comportamento sedentário, gasto
energético em atividades domesticas, diárias (ALVES et al. 2005). Entre os 70
artigos encontrados a maior parte se utiliza do termo ativo e sedentário, porém com
grandes variações. O trabalho nos mostra que ainda não se tem uma padronização
entre as terminologias usadas sendo difícil a comparação entre os estudos.
Alguns aspectos importantes devem ser considerados no presente
estudo. Não teve um ponto de corte para o tamanho da amostra que entrariam na
pesquisa, por isso a grande quantidade de artigos encontrados influenciando nos
instrumentos de mais utilizados na pesquisa devido a abrangência da amostra. Outro
dado importante é que utilizamos apenas dois bancos de dados, pesquisadores
brasileiros com publicações em outros países e outras revistas do meio foram
32
deixados de fora da pesquisa. Entretanto o estudo nos mostra que a pesquisa no
Brasil permanece com muita variação entre as terminologias usadas e que a
utilização de instrumentos objetivos ainda é pouco utilizada.
33
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante dos resultados encontrados observamos que o instrumento
de atividade física mais utilizado nos estudos realizados no Brasil são os
questionários e os registros recordatórios. Entre eles os questionários produzidos
pelos próprios autores e o registro recordatório proposto por Bouchard e
colaboradores são os mais utilizados na população de crianças e adolescentes e o
questionário internacional de atividade física - IPAQ é o instrumento mais
empregado nos estudos com população adulta.
Recomenda-se pela utilização de instrumentos mais objetivos, por
apresentarem medidas mais precisas ou até a combinação de instrumentos objetivos
e subjetivos para maior precisão na medida. De acordo com as terminologias
observou-se o uso de diferentes termos para classificar o nível de atividade física,
sugere-se uma maior discussão já que existe varias formas de classificar dificultando
a comparação entre os estudos.
34
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