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PDE INTEGRA UEM COM EDUCAÇÃO BÁSICA BRINQUEDOS ARTESANAIS SE CONTRAPÕE A “INDÚSTRIA LÚDICA” APROVEITAMENTO DE RESÍDUOS NA PECUÁRIA LEITEIRA Universidade Estadual de Maringá Pró-Reitoria de Extensão e Cultura Ano I - Nº 1 - Jan/Fev/Mar/2009 Universidade Estadual de Maringá Pró-Reitoria de Extensão e Cultura Ano I - Nº 1 - Jan/Fev/Mar/2009 Universidade Estadual de Maringá Pró-Reitoria de Extensão e Cultura Ano I - Nº 2 - Abr/Mai/Jun/2009 3 SANCHES NETO FALA DA EXPERIÊNCIA DE DOIS MUNDOS 4e5 APROVEITAMENTO DE RESÍDUOS NA PECUÁRIA LEITEIRA 6e7 BRINQUEDOS ARTESANAIS SE CONTRAPÕE A “INDÚSTRIA LÚDICA” 8e9 PDE INTEGRA UEM COM EDUCAÇÃO BÁSICA VEM AÍ O 2º ACORDE

Universidade Estadual de Maringá Pró-Reitoria de Extensão e … · cio de 70. Muitos que aqui se fixa-ram vieram de diversas regiões do país em busca do sonho de uma nova vida

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PDE INTEGRA UEMCOM EDUCAÇÃO BÁSICA

BRINQUEDOS ARTESANAISSE CONTRAPÕE A“INDÚSTRIA LÚDICA”

APROVEITAMENTODE RESÍDUOS NAPECUÁRIA LEITEIRA

Universidade Estadual de MaringáPró-Reitoria de Extensão e CulturaAno I - Nº 1 - Jan/Fev/Mar/2009

Universidade Estadual de MaringáPró-Reitoria de Extensão e CulturaAno I - Nº 1 - Jan/Fev/Mar/2009

Universidade Estadual de MaringáPró-Reitoria de Extensão e CulturaAno I - Nº 2 - Abr/Mai/Jun/2009

3SANCHES NETOFALA DA EXPERIÊNCIA DEDOIS MUNDOS

4e5APROVEITAMENTODE RESÍDUOS NAPECUÁRIA LEITEIRA

6e7BRINQUEDOS ARTESANAISSE CONTRAPÕE A“INDÚSTRIA LÚDICA”

8e9PDE INTEGRA UEMCOM EDUCAÇÃO BÁSICA

VEM AÍ O 2º ACORDE

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Reitor: Décio SperandioVice-Reitor: Mário Luiz Neves de AzevedoPró-Reitora de Extensão e Cultura: Wânia Rezende SilvaDiretora de Extensão: Jane Maria RemorDiretor de Cultura: Rivail RolimAss. de Comunicação Social: Luiz Donadon LealJornalista Responsável: Paulo Pupim (Reg. 2.472).

Fotografia: Heitor Marcon, Antonio Carlos Locatellie Daura Camargo.Projeto Gráfico e Editoração: Luiz Carlos Altoé.Colaboradores: André Scarate, Sueli Nascimento,Caroline Rocha, Euci Gusmão, Marcos Teramoto,Enéias Ramos, Laércio Ferreira, Tereza ParizottoJornal da UEM - Edição Especial

contatos:www.pec.uem.br

email:[email protected]

fones: 44 3261 3880 44 3261 3790

Escola de Extensão inicia atividades A Diretoria de Extensão (DEX) está oferecendo, desde o mês de maio, cursos básicos em

várias áreas do conhecimento, atendendo às demandas da comunidade e permitindo o acessoao conhecimento científico de forma aplicada. Esta iniciativa é uma parceria da DEX com osdiversos centros e departamentos da Universidade.

O primeiro curso oferecido foi Noções Básicas de Contabilidade e Marketing e segundo adiretora de Extensão, Jane Remor “a comunidade respondeu às expectativas da DEX e paraa primeira edição houve 49 inscritos”. O curso foi ministrado pela administradora TatianeTanaka e pela professora Neusa Corte de Oliveira, além dos acadêmicos Rafael Montagnarie Murilo Scrivanti, da Unitrabalho / UEM.

O curso Fabricação de Produtos de Limpeza teve 25 participantes que aprenderam aproduzir detergente, sabonete líquido, desinfetante e limpador multiuso. Foi ministrado pe-los professores, Keli Cristina Alvin Sobral, do curso de Tecnologia em Alimentos e VagnerRoberto Batistela, do curso de Tecnologia em Meio Ambiente, com a ajuda da servidoraTânia Mara Rizzato da Silva e da acadêmica de Tecnologia em Meio Ambiente, AndressaGiombelli Rosenberger. Aproveitamento de Customização de Roupas é o curso previsto parao mês de agosto e tem como objetivo o reaproveitamento de materiais para a criação deroupas novas a partir de peças usadas.

Todos são gratuitos e abertos às comunidades universitária e externa. Informações pe-los telefones 3261-3796 e 3261-3797 na Diretoria de Extensão.

Jane RemorDiretora de Extensão

Professora Mestre do Departa-mento de Educação Física da

Universidade Estadual deMaringá

Um Sebastião diverso e pluralAs atividades extensionistas desenvolvidas pela UEM apontam para uma relação cada

vez mais próxima da comunidade externa comprometida com o conhecimento inclusivo,transformador e sustentável.

Frente à complexidade da realidade social, a instituição tem procurado desenvolver suasações de forma interdisciplinar, dialógica, reflexiva, com conceitos e metodologias diferenciadas,buscando assim, atender aos desafios internos, locais e regionais.

Nesta edição, trazemos a fala carregada de sensibilidade e motivos, do escritor, professore gestor Miguel Sanches Neto. Gerar novas fontes de renda e combater o desperdício sãoprincípios essenciais contidos num projeto coordenado por Maria Magdalena Ribas. Comomotivar brincadeiras, abusar da criatividade, construir e compartilhar brinquedos,proporcionando questionamentos e reflexões sobre a família, a sociedade e o mercado é aproposta do projeto coordenado por Rogério Massarotto.

Quem canta, não somente seus males espanta como também pode ganhar prêmios,combater a solidão acadêmica e nos brindar com boa música. Vem aí o Segundo AcordeUniversitário, da Diretoria de Cultura.

Eles são muitos e de vários lugares, mas almejam uma formação educacionalcontextualizada e transformadora. São professores PDE. Alimentação saudável não é clichê,é uma possibilidade, essência do projeto Gaama, coordenado por José Ozinaldo de Sena. E anossa Escola de Extensão é analisada por José de Melo, da Associação do Jardim Catedral.Diverso e plural, o Sebastião se apresenta com a expectativa de informar, divulgar e trocaridéias com você , leitor.

Wânia Rezende SilvaPró-Reitora de Extensão e Cultura

Professora Doutora do Departa-mento de Ciências Sociais da Uni-

versidade Estadual de Maringá

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A Universidade como equalizadora de diferentes mundosA Universidade como equalizadora de diferentes mundosA Universidade como equalizadora de diferentes mundosA Universidade como equalizadora de diferentes mundosA Universidade como equalizadora de diferentes mundos

Miguel Sanches NetoPró-Reitor de Extensão eAssuntos Culturais - Uni-

versidade Estadual dePonta Grossa

A minha relação na Pró-Reitoria de Ex-tensão e Cultura da Universidade Es- tadual de Ponta Grossa com a comu-

nidade externa se confunde muito com a rela-ção da minha história de vida e com a litera-tura que desenvolvo. A minha vida hoje se con-figura a partir do conflito entre dois mundosdistintos, o da infância e juventude em umacomunidade rural e a vida adulta na acade-mia. Nasci e cresci no universo rural

paranaense dos fins dos anos 60 e iní-cio de 70. Muitos que aqui se fixa-ram vieram de diversas regiões dopaís em busca do sonho de uma novavida. Aqui no Paraná, estes sonhado-res derrubaram as matas, plantaramsuas lavouras, construíram famíliase criaram novas cidades. Dentre es-

tes estão os meus familiares.O princípio que norteava a existência das

novas comunidades rurais era o trabalho bra-çal. Acreditava-se que só se modificava a rea-lidade a partir do exercício de uma profissãosimples, geralmente ligada à agricultura. Di-gamos que o modelo de felicidade aestava as-sociado à idéia de obtenção de terras e ao au-mento da produção.

Neste universo agrário, eu, um jovem ide-alista, queria estudar. Não desejava para mimaquela herança que meus pais queriam medeixar. Em um primeiro momento fui muitocriticado por não aceitar a minha realidade.Inclusive, lembro-me do meu padastro dizen-do que não adiantava fugir do meu destino,eu terminaria meus dias com uma enxada nasmãos.

Contrariando todas as regras, resolvi ne-gar minha origem e lutar pelos meus sonhos.Fui estudar. Fiz graduação, mestrado e dou-torado. Quando estava com 35 anos, passei porum processo de auto-avaliação. Eu queria metornar um romancista, mas não tinha um tema

que pudesse me agradar. Entre as avaliaçõespessoais resolvi me dedicar à história da mi-nha vida. Neste momento fui colocado entremeu passado rural e aquele momento de es-critor em consolidação.

O romance acabou se tornando um re-torno ao meu passado. Uma espécie de auto-biografia. Com a obra Chove sobre a minhainfância, eu busco recuperar um pouco da-quele passado que vivenciei na roça e aquelecontado pelas pessoas. Minhas fontes, foramas informações dos meus pais, e de meus avós.Por meio das narrativas deles tentei recriaro cenário do Paraná naquela época.

O romance trata especificamente sobreo conflito entre os dois universos vividos pormim. São universos completamente diferen-tes. Ao mesmo tempo em que eu pude recu-perar todas as tragédias, tristezas e mágoasdaquela comunidade campesina, destaqueisuas qualidades, sonhos e paixões. O livro mepossibilitou dar voz a várias gerações de an-tepassados que reneguei na juventude.

Nesta perspectiva de valorização e con-flito dos mundos, faço um paralelo com a si-tuação das universidades hoje. A academiasempre foi vista como um grande templo deconhecimento letrado, mas sempre esteve fe-chada entorno de si mesma. Atualmente, pormeio das Pró-Reitorias de Extensão e Cultu-ra, as universidades do Paraná se abrem paraa comunidade externa. Há uma busca pelaaproximação entre os dois mundos, o externoe o acadêmico. Penso que esta aproximaçãode dois universos tão distantes e distintos vaigerar um crescimento não só para a comuni-dade, que vai usufruir do conhecimento cien-tífico, como para a universidade, que passa ater um papel humano e humanístico. Assimcomo o meu livro, é o reconhecimento dasnossas raízes, da nossa história, da nossavida.

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PROJETO DE RESÍDUOS Profa Dra Maria Magdalena Ferreira Ribas

O projeto do programa Universidade Sem Fronteiras, subpro–

grama Pecuária Leiteira, exe-cutado no município de BomSucesso sob minha coordena-ção teve como foco principalde trabalho capacitar peque-nos produtores de leite a fimde aperfeiçoar a produção pormeio de treinamentos, pales-

tras, visitas às propriedadese demonstrações práticas. Aequipe foi composta por pro-fissionais de Agronomia, En-genharia Agrícola, Engenha-ria de Alimentos e Tecnologiade Alimentos. Foram realiza-das visitas constantes às pe-quenas propriedades ruraiscaracterizadas como agricul-tura familiar, de Bom Suces-

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INCENTIVA O APROVEITAMENTO DO PROCESSAMENTO DE LEITE

* Coordenadora do Programa, Professora Doutora do Departamento de EngenhariaAgrícola, Câmpus do Arenito em Cidade Gaúcha – PR.

so – PR, por um período de16 meses. Essas visitas tive-ram o intuito de realizar o di-agnóstico detalhado da pro-dução leiteira instalada, ava-liar as condições de infraes–trutura, mão-de-obra e ascondições sanitárias, desde aordenha até o processamentodo leite. Cursos teórico-prá-ticos foram realizados in locosobre boas práticas dehigienização da ordenha eequipamentos, produção depastagem, produção de quei-jos e novos produtos feitoscom leite e com o subprodutolíquido da fabricação de quei-jo. Para monitorar as condi-ções higiênico-sanitárias deordenha dos produtores, an-tes e depois dos cursos minis-

trados, foram coletadas amos-tras de leite e análisesmicrobiológicas de coliformestotais, fecais, estafilococoscoagulase positiva (ECP) edetecção de Salmonella sppforam realizadas.

Outro ponto forte do pro-jeto foi o incentivo ao aprovei-tamento da água residuáriado processamento de queijono cultivo de alface e de ca-pim colonião para que os nu-trientes, antes desperdiçadosno meio ambiente, causandopoluição, fossem reciclados,refletindo em aumento deprodutividade dessas cultu-ras, além do produtor gastarmenos com fertilizantes quí-

micos. Os resultados forambastante satisfatórios, umavez que a produção de pasta-gem de uma propriedade ava-liada aumentou em 150%com a aplicação de soro deleite na quantidade de 900m3/ha a custo zero, que an-tes não era aproveitado. Aprodução de alface irrigadacom soro de leite proporcio-nou um aumento de renda dapropriedade em sete por cen-to, juntamente com a produ-ção de novos derivados do lei-te, como queijo, ricota, docede leite. Sendo assim, os re-sultados do projeto mostra-ram que, caso os produtoresnão tenham outra destinação

para o resíduo, a fertirrigaçãoem capim e na alface pode seruma boa alternativa.

Outra forma de aprovei-tamento energético da águaresiduária avaliada foi a pro-dução de biogás, combustívelgerado em biodigestores ru-rais. Um biodigestor do tipofiltro anaeróbio chegou a pro-duzir mais que 1 m3 de biogáspor dia com soro de leite, oequivalente a 8600 kcal ou0,007 m3 de eucalipto quetem um poder calorífico de 1,3x 106 kcal/ m3. Issocorresponderia a uma econo-mia de custos quanto o biogásfosse aproveitado dentro dapequena propriedade rural.

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Prof. Rogerio Massarotto de [email protected]

*Coordenado

O Laboratório de Pesquisasdo Lúdico, do Departa-mento de Educação Físi-ca, é composto de projetos

e grupos de estudos que investi-gam vários temas sociais que searticulam à cultura corporal.Um desses grupos, o Marxlutte,(Grupo de Estudos e PesquisasMarxistas – Lúdico, Trabalho,Tempo Livre e Educação), buscainvestigar a dimensão lúdica e

suas relações com os estudosmarxianos e marxistas, para se

produzir conhecimento científico esocializá-los, por meio da produção

de artigos, pesquisas e brinquedos

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or do Projeto e professor doutor do Departamento de Educação Física.(Footnotes) www.geocities.com/grupomarxlutte

zelas do sistema social vi-gente e os desequilíbrios so-ciais. São, portanto, brin-quedos que a indústria cul-tural não teria interesse emreproduzir.

O processo de constru-ção dos brinquedos artesa–nais contra-hegemônicos secaracteriza por ‘tempos deamadurecimento’, denomi-namos ‘momentos’. O pri-meiro momento é o acessoàs teorias críticas; o segun-do momento, são repassa-dos os critérios exigidos para a construção;o terceiro momento, é o processo de cons-trução manual, que pode durar semanasou meses e consiste em produzir, lentamen-te, a materialidade da idéia e, por fim, noquarto momento o brinquedo é levado aosbairros. Essa fase contempla, ainda, possí-veis reformu–lações no brin-quedo (regras ouestrutura) paraampliar o proces-so reflexivo. So-mente a partirdaí, o brinquedoé selecionado, de-finitivamente,

para os atendi-mentos à comu-nidade, sejamem mostras,eventos de ex-tensão ou cientí-ficos.

P o r t a n t o ,por meio dosb r i n q u e d o sartesanais, bus-camos articularo ensino, pesqui-sa e extensão,fortalecendo a

formação profissional em Educação Físi-ca/Lazer, por meio das intervenções pe-dagógicas críticas tanto na educação físi-ca escolar como na comunidade em ge-ral. Qualquer dúvida ou esclarecimento,por favor nos procure: www.geocities.com/grupomarxlutte.

artesanais. Esses últi-mos buscam provocar,nos sujeitos brincan–

tes, reflexões sobre a organicidade do sis-tema social vigente e de sua consequentebarbárie e, assim, nos movimentarmos àsuperação desta forma societal.

A construção dos brinquedosartesanais busca confrontar a realida-de social com as categorias teóricas queinvestigamos na Educação Física, numaconstante relação com a cultura corpo-ral. Propomos, portanto, ‘brincar de re-volução’, com o rigor científico e peda-gógico necessário, para ocorrer media-ções entre o brinquedo, o tema, o edu-cador e os sujeitos que brincam. Nessastentativas, o próprio processo de cons-trução de brinquedos se apresenta comomais um desafio, pois são produzidoscontrários à lógica da dominação, daapropriação do brincar e dos brinque-dos fabricados pela “indústria lúdica”.

Dessa forma, as criações se apresen-tam como brinquedos contra-hegemônicos, pois buscam refletir a re-alidade social contrária à vigente e,também, porque oferecem, por intermé-dio do brincar, uma lógica que nenhumoutro brinquedo industrial apresenta outem interesse em destacar, ou seja, evi-dencia elementos que denunciam as ma-

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PDE: Integração da UEM com a

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A Coordenadoria deApoio à Educação Bá- sica - CAE - tem par-

ticipado de um programa ino-vador de formação continua-da de professores das escolasestaduais do Paraná, denomi-nado Programa de Desenvol-vimento Educacional – PDE.

O Programa é desenvol-vido mediante convênio coma Secretaria de Estado da

Educação do Paraná (Seed) eSecretaria de Estado da Ci-ência, Tecnologia e EnsinoSuperior (Seti). Seis univer-sidades estaduais, seis facul-dades e duas universidadesfederais participam do Pro-grama. Por ano, ingressam2.400 professores. No primei-ro ano, os professores sãoafastados das atividades deensino para que possam de-

dicar-se integralmente aosestudos e pesquisas na uni-versidade. No segundo ano,os professores retornam àsescolas, mas continuam comafastamento de 25% para re-alizarem a atividade de inter-venção na prática escolar.

O tema de estudos e in-tervenção deve partir deproblemas e necessidadesderivadas da prática do pro-

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Marta Sueli de Faria Sforni1 Educação Básica

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fessor. Cada professor daeducação básica é orientado,pelo período de dois anos,por um docente da universi-dade, além de cumprir vári-as horas de cursos e partici-par de atividades gerais ofe-recidas pela universidade,tais como, seminários,simpósios, defesas de pós-graduação e palestras.

Mesmo afastados da ati-

vidade docente, os professo-res do PDE mantêm o con-tato com os demais profes-sores da rede de ensino via“Grupo de Trabalho emRede”, no qual ocorre a soci-alização de conteúdos rece-bidos nos cursos oferecidospelas universidades. O pro-grama atende, anualmente,de forma direta, 2.400 pro-fessores PDE, e, indireta-

mente, cerca de 80 mil pro-fessores da rede pública deensino, que participam dasdiscussões no grupo.

Atualmente a Universi-dade Estadual de Maringáatende o maior número deprofessores PDE do Estado,241 professores da turma de2008 e 558 professores da tur-ma de 2009. Esses professo-res são orientados por 180

professores da UEM.A efetiva integração en-

tre a educação básica e o cur-so superior tem oportunizadoa todos os envolvidos - profes-sores orientadores e professo-res PDE – um rico espaço deaprendizagem. Espera-se queessa experiência formativaresulte em melhoria da qua-lidade da prática pedagógicanos dois níveis de ensino.

*Coordenadora de Apoio à Educação Básica, coordenadora do Programa de Desenvolvimento Educacio-nal e professora doutora do Departamento de Teoria e Prática da Educação.

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UM ACORDE PARA A CIDADE CANÇÃO

ACORDE UNIVERSITÁRIO, dito assim leva-nos a duas in-terpretações: uma é de que seja este um dos sentidos da Uni- versidade, manter-se sempre acordada para os acontecimen-

tos. Outro sentido é o musical. Acorde Musical por universitários,sejam eles docentes, discentes ou funcionários.

Na década de 60, os festivais mostravam toda a efervescênciacultural das universidades, prática extinta talvez por questões ide-ológicas ou interesses comerciais; o fato é que a produção culturalde qualidade nos câmpus ficou esquecida, entrou somente para osanais da história. Os festivais que oportunizam essa valiosa mani-festação e divulgação de talentos são espaços propícios para queessa cultura volte a aflorar da maneira mais prazerosa e naturalpossível.

O Festival Universitário de Música Popular Brasileira deMaringá é um desses espaços, comprovado pelo nível das músicasque participaram da primeira edição, registradas em CD, e tam-bém pela expressiva participação do público que superlotou a Ofi-cina de Teatro da UEM.

Inspirado em parte nos antigos festivais, nas quais a partici-pação da comunidade universitária era comum em composições querelatavam e combatiam os acontecimentos da época, mostrando todasua rebeldia em canções libertárias e tentando mudar o mundo pormeio da arte, o Acorde surge como resgate desta lacuna, proporcio-nando parcerias musicais entre os segmentos dessa comunidade.

O caráter competitivo não inibiu o congraçamento entre osparticipantes. Alunos, professores e funcionários de instituições,distintas, com sede em Maringá, partilharam acompanhamentosna busca de uma melhor qualidade sonora. Durante o evento, oproibido era proibir a inspiração musical, que foi, para quemvivenciou o festival, momentos de grande satisfação. O objetivo foialcançado.

Agora, no 2º Acorde Universitário, com eliminatórias marcadaspara os dias 13 e 14 de agosto, às 20h30 e, a final, no dia 15 às 20horas, veremos o resultado dessa efervescência, na atualidade.

As inscrições podem ser feitas via internet, www.uem.br/acordeuniversitario2 e [email protected].

Os prêmios melhoraram, mas o prêmio maior é constatar quea iniciativa da UEM se propaga, uma vez que acontecerá na UELem novembro, um festival nos mesmos moldes do Acorde Universi-tário. Lá como aqui, eles também apostam nesse resgate.

*Coordenador do Festival Universitário de MPB de Maringá

Enéias Ramos de Oliveira*

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CURSOS E EVENTOS DE EXTENSÃOAgroecologia, umaalternativa à vida.

Autores: Fernando Rodrigues [email protected] Teruhiko [email protected] Fernando Pialarissi [email protected]

CENTRO DE CIÊNCIASHUMANAS, LETRAS E AR-TES

Curso de Extensão:Teoria histórico-culturale possibilidades de inter-venções pedagógicas naescolaPúblico-alvo: Estudan-tes de graduação e pós-graduação participantesdos projetos de pesquisae extensão do Laborató-rio de Arqueologia,etnologia e etno-histó-ria/CCH-UEMQuando: 29 a 31/07/2009Inscrições: de 01 a 15/07/2009 no Laboratóriode Arqueologia, Etnolo–gia e Etno-história/CCH-UEMOnde: Universidade Es-tadual de Maringá, Blo-co G45Informações: (44)3261-4670

DEPARTAMENTO DEAGRONOMIA

Curso de Extensão: VCurso Internacional deCooperativismo e De-senvolvimento RuralPúblico-alvo: Acadê-micos de Graduação,Pós-Graduação e Comu-nidade.Quando: 10/08/2009 a26/08/2009Inscrições: de 26 a 30/06/2009 – on lineOnde: Universidade Es-tadual de Maringá – Au-ditório Ney MarquesInformações: (44)3261-8921

PROGRAMA DE PÓS-GRA-DUAÇÃO EM CIÊNCIASSOCIAIS

Evento de Extensão:Seminário de Teoria Po-lítica: Democracia eRepublicanismoPúblico-alvo: Pesqui-sadores, docentes e aca-dêmicos interessadosem teoria política e/oufilosofia políticaQuando: 23 e 24/09/2009Inscrições: 01 a 14/09/2009 no Bloco G-34, sala005Onde: na UniversidadeEstadual de MaringáInformações: (44)3305-6091

DEPARTAMENTO DE LE-TRAS

Evento de Extensão:XI Jornada de EstudosFranceses e I jornada In-ternacional de EstudosFrancesesPúblico-alvo: Professo-res participantes de pro-jetos de pesquisa, ensi-no e extensão; alunos depós-graduação, envolvi-dos ou não com gruposde pesquisa, projetos depesquisa, ensino e ex-tensão; alunos de gradu-ação envolvidos ou nãocom grupos de pesquisa,projetos de pesquisa,ensino e extensão.Quando: 11 a 13/11/2009Inscrições: 27/08 a 07/10/2009 no Departa-mento de LetrasOnde: Universidade Es-tadual de Maringá – An-fiteatro Ney Marques eAuditório do LAAPInformações: (44)3261-4889

Há 25 anos, com a iniciativa da professora doutora SueliSato e apoio de alunos, iniciaram-se as atividades do Gru-po de Agricultura Alternativa de Maringá, cujo nome foi

alterado em 2006 para Grupo de Agroecologia de Maringá –Gaama. Vinculado ao Núcleo de Agroecologia e DesenvolvimentoSustentável (Eden) da Universidade Estadual de Maringá, e ten-do como orientador o professor doutor José Ozinaldo Alves de Sena,o Gaama desenvolve atividades em Pesquisa, Ensino e Extensãoem agricultura orgânica.

Dentro da agroecologia existem diversas vertentes sobre osdiferentes métodos de produção alternativos ao modelo convenci-onal. Este último é que segue a revolução verde. Entre as alter-nativas, há a agricultura orgânica que o grupo vem adotando aolongo dos anos.

No sistema orgânico não é utilizado fertilizantes sintéticos eagrotóxicos para a lavoura e nem reguladores de crescimento eaditivos para a alimentação animal. Ao invés disso, usa-se fertili-zantes naturais e para controlar as doenças e insetos, extratosvegetais, caldas e controle biológico. Em animais usa-sefitoterápicos e homeopatia além da busca do bem-estar animal,visando assim, à segurança alimentar e à produção de alimentosde qualidade, sem venenos e produtos prejudiciais ao agricultor econsumidor, e que busquem a sustentabilidade social, ambientale econômica.

Com isso, as atividades desenvolvidas pelo grupo semprebuscam os princípios da agricultura orgânica. Na Fazenda Expe-rimental de Iguatemi, o Gaama possui uma área de aproximada-mente seis hectares destinados à implantação de experimentos edesenvolvimento das demais atividades, tendo culturas como ada videira, maracujazeiro, pupunheira, adubos verdes e a áreade horta.

O Gaama participa de diversas outras atividades envolven-do a comunidade interna e externa da Universidade, como: UEMnos Bairros, no qual o papel principal do grupo é divulgar umaalimentação saudável pela adição de produtos orgânicos à mesa;Paraná em Ação; Fazendinha da Emater na Expoingá; Calouradade Agronomia e participação em congressos. O grupo ainda pro-move palestras, debates, cursos e viagens temáticas.

Todos os integrantes, além de estarem envolvidos com o gru-po, participam de projetos como: Universidade Sem Fronteiras,Ceraup, Redifira, PET, PIBIC/CNPq, entre outros projetos depesquisa, ensino e extensão vinculados à UEM.

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Entrevistado:José Hiláriode Melo –

Presidente daAssociação deMoradores do

JardimCatedral.

Entrevista concedida aNair Beatris L. Silva, bolsista de

extensão.

O que o senhor acha dainiciativa da UEM de cri-ar a Escola de Extensão?Acho que foi uma iniciativamuito boa, pois visa ajudar acomunidade. Eu já conheciaalgumas ações da UEM e aEscola de Extensão permiteque a comunidade tenha umacesso maior à Universidade.A UEM tem sido pioneira nes-sas questões, pois tem busca-do um contato com a comuni-dade que não se vê em outrasinstituições.

Como soube do curso ofe-recido pela Escola de Ex-tensão da UEM?Eu soube pelo Laércio, funci-onário da Pró-Reitoria de Ex-tensão e Cultura - PEC. Ali-ás, a UEM sempre mantémcontato com a comunidade ecom os presidentes de bairros,e isso é muito importante,pois valoriza o nosso trabalho.Assim que o Laércio me ligoue me contou sobre o curso, jácomecei a divulgá-lo na comu-nidade e percebi uma grandeaceitação por parte de todosos moradores.

Quais eram suas expecta-tivas em relação ao curso?Eu achava que o curso seriadiferente e estava receoso,pois não sabia se os morado-res iriam se interessar peloassunto. Mas fui surpreendi-do pela capacidade dos profis-sionais que ministraram oscursos. Todos gostaram mui-to do assunto e puderam per-ceber a utilidade do temapara suas vidas, para suas ro-tinas de trabalho. Pudemos

perceber que muitas coisas abor-dadas pelos ministrantes eramvivenciadas nos nossos trabalhos,mas nós não tínhamos a noção te-órica disso. Por isso, o curso supe-rou minhas expectativas.

O senhor acredita que o as-sunto “Noções de contabilida-de e marketing” atende às ne-cessidades da comunidadeem geral?Com certeza sim, posso citar umamigo do bairro, que é micro-em-presário, comentou que toda a con-tabilidade de sua empresa é feitapor um escritório e, por isso, elenão tinha nenhum conhecimentosobre o assunto; mas, agora, eleconsegue ver a importância da con-tabilidade para sua empresa.

Como o senhor acha que aUEM poderia ter um acessomaior às demandas da comu-nidade para a criação de no-vos cursos?Eu acredito que a UEM já conse-gue ter um contato com as neces-sidades da comunidade, pois jádesenvolve trabalhos nos bairros.Acho que cursos no molde desseprimeiro ajudam na capacitaçãodos moradores, o que é de extre-ma importância. A UEM foi fan-tástica nessa iniciativa e esperoque ainda mais cursos sejam ofe-recidos.

O senhor tem alguma suges-tão para melhorias na Escolade Extensão?Uma coisa que poderia ajudar noacesso da comunidade aos cursosseria transferir os cursos para osbairros, em vez de fazê-los nocâmpus da UEM. Poderíamosreunir bairros vizinhos e ofere-

cer uma estrutura para que osministrantes fossem até nós, poisacredito que assim, o número departicipantes seria muito maior.

Gostaria que o senhor noscontasse um pouco de sua ex-periência de trabalho conjun-to com a UEM.Já participei do UEM nos Bair-ros duas vezes e foram experiên-cias muito boas. No nosso primei-ro evento, houve grande partici-pação da comunidade. No segun-do, infelizmente, houve uma chu-va muito forte, que acabou atra-palhando as atividades. Mas oseventos foram muito bem aceitospelos moradores e, inclusive, elesdizem que gostariam que acon-tecesse mais vezes. Soube que oUEM nos Bairros tem tido umarepercussão muito boa e que ou-tras cidades já demonstraraminteresse em receber esse traba-lho, como a cidade de Foz doIguaçu. A realização do UEM nosBairros é uma atitude louvávelda Universidade, pois todosaprendem muito com os eventos,além das ações sociais que sãopromovidas, que ajudam no de-senvolvimento da comunidade.

O senhor acredita que a UEMpode fazer mais pela comuni-dade em geral?Acredito que a UEM já faz mui-to. Todos os profissionais da Uni-versidade que participam doseventos são muito dedicados edesenvolvem seus trabalhos demaneira excelente. Nossa comu-nidade sempre foi muito bematendida pela UEM e sempre queprecisamos a Universidade semostra disponível, sempre deportas abertas para nos atender.