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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
FACULDADE DE MEDICINA
DEPARTAMENTO DE CIRURGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM CIÊNCIAS
MÉDICO-CIRÚRGICAS
LUIZ GONZAGA DE MOURA JÚNIOR
MODELO ACADÊMICO DE ENSINO TEÓRICO-PRÁTICO EM VÍDEO CIRURGIA,
POR MEIO DE NOVO SIMULADOR REAL DE CAVIDADE ABDOMINAL
FORTALEZA
2015
LUIZ GONZAGA DE MOURA JÚNIOR
MODELO ACADÊMICO DE ENSINO TEÓRICO-PRÁTICO EM VÍDEO CIRURGIA,
POR MEIO DE UM NOVO SIMULADOR REAL DE CAVIDADE ABDOMINAL
Tese apresentada ao Programa de Pós-
Graduação Stricto Sensu em Ciências Médico-
Cirúrgicas, da Faculdade de Medicina da
Universidade Federal do Ceará, como requisito
parcial para a obtenção do Grau de Doutor.
Área de concentração: Ciências Médico-
Cirúrgicas.
Orientador: Prof. Dr. Manoel Odorico de
Moraes Filho.
FORTALEZA
2015
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
Universidade Federal do Ceará
Biblioteca de Ciências da Saúde
M887m Moura Júnior, Luiz Gonzaga de.
Modelo acadêmico de ensino teórico-prático em vídeo cirurgia, por meio de novo simulador
real de cavidade abdominal./ Luiz Gonzaga de Moura Júnior. – 2015.
200 f.: il. color., enc.; 30 cm.
Tese (doutorado) – Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Medicina, Departamento de
Cirurgia, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciências Médico-Cirurgicas, Doutorado
em Cirurgia, Fortaleza, 2015.
Área de Concentração: Ciências Médico-Cirurgicas.
Orientação: Prof. Dr. Manoel Odorico de Moraes Filho.
Co-Orientação: Prof. Dr. Paulo Roberto Leitão de Vasconcelos.
1. Laparoscopia. 2. Educação de Graduação em Medicina. 3. Desempenho Psicomotor. 4.
Simulação por Computador. 5. Técnicas de Sutura. 6. Procedimentos Cirúrgicos Minimamente
Invasivos I. Título.
CDD 617.02
LUIZ GONZAGA DE MOURA JÚNIOR
MODELO ACADÊMICO DE ENSINO TEÓRICO-PRÁTICO EM VÍDEO CIRURGIA,
POR MEIO DE NOVO SIMULADOR REAL DE CAVIDADE ABDOMINAL
Tese apresentada ao Programa de Pós-
Graduação Stricto Sensu em Ciências Médico-
Cirúrgicas, da Faculdade de Medicina da
Universidade Federal do Ceará, como requisito
parcial a obtenção do Grau de Doutor. Área de
concentração: Ciência Médico-Cirúrgicas.
Aprovada em: 15/10/2015.
BANCA EXAMINADORA:
____________________________________________________
Prof. Dr. Manoel Odorico de Moraes Filho (Orientador)
Universidade Federal do Ceará (UFC)
____________________________________________________
Prof. Dr. Paulo Roberto Leitão de Vasconcelos (Co-Orientador)
Universidade Federal do Ceará (UFC)
____________________________________________________
Prof. Dr. Arthur Belarmino Garrido Júnior
Universidade de São Paulo (USP)
____________________________________________________
Prof. Dr. Josemberg Marins Campos
Universidade Federal do Pernambuco (UFPE)
____________________________________________________
Prof. Dr. José Huygens Parente Garcia
Universidade Federal do Ceará (UFC)
Ao Deus, que ilumina o meu saber, com saúde,
para discernir os caminhos a trilhar, nesta vida
cheia de buscas e riscos, ao proporcionar
inteligência e dedicação capaz de semear o
campo fértil do aprendizado, do ensino e da
pesquisa e fazer germinar este trabalho
científico, dedico-Lhe.
Aos meus pais, Luiz e Neuza Moura –
mensageiro de amor – exemplos de resistência,
perseverança, humildade, justiça e dignidade.
Ao imorredouro Luiz Gonzaga de Moura –
Luiz de Zeza, que há 13
anos estava na planície, torcendo pela
aprovação do meu mestrado, e agora, na cimo
da montanha, altivo, na vigília
continuada do aprendiz de doutorado, atento
às críticas da Banca Examinadora.
Aos seus filhos, irmãos meus, herdeiros
solidários, unidos e cúmplices destas virtudes:
Marlene, Luiz José, Fátima, Penha, Betânia,
Simone e João Batista.
À Márcia Sabiá, estimada camarada, que os
desígnios incompreensíveis de Deus retiraram-
lhe o fio da vida cedo demais do tear, sem que
tenha tecido a vida por inteiro, mas trançou e
traçou sua herança genética, para continuidade
da vida.
À Mayra, Renan, Nayanna e Régis Luiz,
pedaços inteiriços da minha vida, que me
ensinaram a difícil missão de ser pai, mãe,
irmão, amigo e professor.
À Joana, musa doirada
Porto seguro que me inspira e acata
Do olhar verde da esmeralda
Ancoradouro que me hipnotiza e encanta
À pequena e grande família Moura, da
matriarca Neuza, dita Mouraria, pelo
desprendimento e compreensão ao aceitar a
minha ausência temporária na rotina fraternal,
em busca de um objetivo grandioso.
AGRADECIMENTOS
Ao PROF. MANOEL ODORICO DE MORAES FILHO, Professor Titular do
Departamento de Fisiologia e Farmacologia, orientador desta tese de doutorado, que acreditou
no modelo de ensino ministrado pelo autor, e entendeu que o mesmo poderia ser validado,
aplicado e replicado, a partir de uma base científica de dados e de teorias de aprendizado, na
plataforma curricular da graduação médica.
Ao PROF. PAULO ROBERTO LEITÃO DE VASCONCELOS, Professor Titular
do Departamento de Cirurgia e pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Cirurgia da
Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará, o qual foi meu orientador na
Dissertação de Mestrado e agora co-orientador deste estudo, cuja visão e estímulo científico
me norteou para avançar na qualificação Stricto Sensu e na sequencia pleitear o doutorado.
Ao PROF. ARTHUR BELARMINO GARRIDO JÚNIOR, Professor Associado
da Universidade de São Paulo, que, por seu pioneirismo, inigualável e vasta experiência,
divulgou, ensinou, consolidou e democratizou o tratamento cirúrgico da obesidade mórbida
no Brasil, e me estimulou a adentrar nesta área de atuação, via técnica operatória e pesquisa
científica. Integrou a Banca de Mestrado há 12 anos, e destarte, mais uma gentileza e distinta
honraria de aceitar o convite de participar da Banca Examinadora desta Tese.
Ao PROF. JOSEMBERG MARINS CAMPOS, Professor Titular da Universidade
Federal de Pernambuco, que acreditou em primeira hora, no Laboratório de Habilidades
Cirúrgicas como instrumento de ensino e implantou o modelo na Universidade onde leciona.
Os agradecimentos por divulgar e replicar o método, junto a Sociedade Brasileira de Cirurgia
Bariátrica e Metaboólica, além de aceitar o convite para participar da Banca Examinadora
deste trabalho científico.
Ao PROF. JOSÉ HUYGENS PARENTE GARCIA, Professor Titular do
Departamento de Cirurgia, companheiro de longas jornadas, desde o nascedouro, na
Maternidade São Francisco do Crato, passando pelo período de estágio acadêmico na Santa
Casa de Misericórdia de Fortaleza, indo para a preceptoria de cirurgia do Instituto José Frota,
e monitorando os meus primeiros procedimentos vídeo cirúrgicos (colecistectomia e
Fundoplicatura de Nissen), e que, além de competência como professor, pesquisador, tem no
transplante de fígado a vitrine científica do Ceará para o Brasil e o mundo. Os agradecimento
por aceitar o convite para abrilhantar com sua presença na Banca Examinadora desta
pesquisa.
Ao PROF. MARCELO GURGEL, Professor Titular e do Coordenador do Curso
de Medicina da Universidade Estadual do Ceará (UECE), que acreditou no projeto de ensino,
permitiu a iniciação e a participação do Laboratório de Habilidades Cirúrgica como
instrumento de ensino teórico-prático na plataforma curricular das disciplinas de Clínica
Cirúrgica I e III e aos Coordenadores subsequentes CRISTINA DALLAGO, IVELISE
CANITO BRASIL, MOACIR CYMROT, que apoiaram e concordaram com a continuidade
do modelo de ensino.
Ao DR. VALDIR MENESES, Diretor Médico do Hospital Geral César Cals, que
cedeu espaço físico para a instalação, implantação, aparelhamento e oficialização do LHC
naquele hospital-escola, em parceria com a UECE, como objeto de ensino, pesquisa e
extensão, destinado a alunos, doutorandos de Medicina, Residentes de Cirurgia Geral e
Ginecologia e Cirurgiões do Corpo Clínico.
Aos coordenadores do Centro de Estudo e Apoio a Pesquisa (CEAP - HGCC),
JANEDSON BAIMA BEZERRA, ERNANI RODRIGUES XIMENES E MARIA
SOLANGE ARAÚJO PAIVA PINTO, que absorveram o LHC como uma bandeira
importante a ser hasteada no território do ensino, da pesquisa e da educação continuada.
Aos cirurgiões do HGCC, PAULO MARCOS LOPES, FRANCISCO NEY
LEMOS, ÉRCIO PRADO, RODRIGO BABADOPULOS (Cirurgia Geral) E MARINALDO
JEREISSATI (ginecologia), que associaram a função de Preceptores da Residência com a de
Monitores de Ensino, junto ao LHC.
Aos onze alunos monitores das disciplinas de Clínica Cirúrgica MEDUECE que
participaram efetivamente do projeto, iniciando-se como pesquisadores: PAULO ELIEZER
TEIXEIRA DE ARAÚJO JÚNIOR, HERMANO DOMINGOS DE QUEIROZ, ERISSON
BARBOSA DOS SANTOS, ALISSON VIEIRA DE ASSIS BRASILEIRO, BEATRIZ
BEZERRA DE MENEZES SERPA MAIA, DIANA RODRIGUES DE ARAÚJO,
FERNANDA DE OLIVEIRA ROCHA, JOÃO PEDRO CARLOS DE OLIVEIRA,
LEANDRO IGOR FERREIRA MAIA, MARCELLO DOS SANTOS MOTA, SILVIA
HELENA LEOPOLDINA CANDIDO DOS SANTOS.
Aos alunos da MEDUECE, das disciplinas de Clínica Cirúrgica I e III, do
semestre 2014.1 e aos alunos que já cumpriram estas disciplinas em 2013.1, 2012.1 e 2011.1,
que tiveram a sensibilidade de perceber a importância da pesquisa, atenderem
espontaneamente ao chamamento, participaram e contribuíram de forma efetiva para o
desenvolvimento da pesquisa. – Eu aprendi com estes alunos a ensinar e eles me ensinaram a
pesquisar.
Ao PROF. LUIZ CLÁUDIO CHAVES, Professor Adjunto do Departamento de
Cirurgia da Universidade Federal do Pará, que implantou o Laboratório de Habilidades
Cirúrgicas no Hospital Ophir Loiola, e durante o I Congresso Norte de Cirurgia Bariátrica e
Metabólica (em julho de 2014), realizou o Curso Avançado de Endosuturas – Hands On, onde
cirurgiões inscritos, participaram da pesquisa, voluntariamente.
Ao PROF. MANOEL LAJES BRANCO, Professor Titular do Departamento de
Cirurgia da Universidade Federal do Maranhão, que implantou o Laboratório de Habilidades
Cirúrgicas no Hospital Universitário Presidente Dutra (agosto de 2014), e durante o evento
realizou-se o Curso Avançado de Endosuturas – Hands On, onde residentes de cirurgia e
urologia inscritos, participaram da pesquisa, voluntariamente.
Aos cirurgiões LUIZ ALFREDO NETTO GUTERRES SOARES JÚNIOR (in
memorian) e MANOEL FRANCISCO DA SILVA SANTOS, do Hospital do Câncer do
Maranhão Tarquínio Lopes Filho, de São Luís do Maranhão (agosto de 2014), onde foi
implantantado o Laboratório de Habilidades Cirúrgicas, e durante o evento realizou-se o
Curso Avançado de Endosuturas – Hands On, cujos residentes de cirurgia e urologia inscritos,
participaram da pesquisa, voluntariamente.
Ao Colégio Brasileiros de Cirurgiões – Capítulo do Ceará ( MESTRE LUSMAR
VERAS RODRIGUES), à Sociedade Brasileira de Cirurgia Laparoscópica – Regional do
Ceará ( PRESIDENTE SIDNEY PEARCE) e à Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e
Metabólica – Capítulo do Ceará (PRESIDENTE FRANCISCO NEY LEMOS), que em
conjunto, contribuíram para recrutar os cirurgiões associados. Estes atenderam, de pronto, ao
chamamento, desprendendo-se de suas atividades profissionais e se fizeram presentes ao
LHC, para avaliação crítica e realização das tarefa junto à pesquisa.
Aos professores e coordenadores da disciplina do Departamento de Cirurgia, pela
dedicação ao ministrar o curso deste doutorado, ampliando nossos conhecimentos com
ensinamentos de fundamental importância.
Aos professores doutores FRANCISCO VAGNALDO FECHINE JAMACARU,
LUSMAR VERAS E IVELISE CANITO BRASIL por aceitarem participar da Banca de
Qualificação e ao PROF. DR. MOACIR CIMROT, que além de outras contribuições neste
trabalho, concordou em atuar na suplência da Banca examinadora da Defesa da Tese, para
prevenir qualquer eventualidade. Quando, através do elevado senso crítico, muito
contribuíram para melhoria deste trabalho científico.
Ao acadêmico de Engenharia Elétrica e Engenharia Mecatrônica, RÉGIS LUIZ
SABIÁ DE MOURA, que absorveu e materializou o projeto, executou, pesquisou e promoveu
evolução do simulador feito, no início, a partir de uma “imitação criativa”, passando por
várias etapas de "inovação incremental", até chegar ao atual estágio de “inovação
tecnológica”, tendo como produto final o simulador real de cavidade abdominal “EndoSuture
Trainning Box”. Instrumentalizou o LHC e contribuiu para a evolução no treinamento e no
ensino, além de disponibilizar permanente assistência técnica e manutenção dos instrumento
junto ao LHC, desde a sua implantação, e ao longo destes anos, culminando com a execução
desta tese.
Ao ARQUITETO JÚLIO BARREIRA, que projetou o modelo espacial do
simulador EndoSuture Trainer Box, garantido um design assemelhado ao torso humano, no
tamanho natural, cujo perfil foi validado e bem avaliado na pesquisa pelo cirurgiões.
À ODONTÓLOGA E MESTRANDA MAYRA SABIÁ DE MOURA, pela ajuda
incansável na busca de referências bibliográficas e na tradução para o inglês dos artigos
científicos, derivados desta tese, para publicação em periódicos científicos.
Ao PROF. DR. FRANCISCO VALGNALDO FECHINE JAMACARU, cujas
planilhas, análises e resultados estatísticos deram percepção científica maior, além de
credibilidade técnica na conclusão desta tese.
Aos companheiros de sala de aula, alunos mestrandos e doutorandos, que diante
do conflito da vida profissional com a vida acadêmica, conseguiram escalar todos os
empecilhos, transpor barreiras, em busca de alcançar o objetivo desejado, em especial ao
MESTRANDO RODRIGO FEITOSA BABADOPULOS e ao DOUTORANDO HEINE
FERREIRA MACHADO.
Ao reitor da UniChristus JOSÉ LIMA DA CARVALHO ROCHA, que acreditou
na proposta do Laboratório de Habilidades Cirúrgicas, instalou uma unidade na sua
instituição, abrindo caminho, através dos conceitos da simulação, para implantação do Curso
de Pós-graduação Lato Sensu de Cirurgia Minimamente Invasiva e do Mestrado Profissional
em Tecnologia em Cirurgia Minimamente Invasiva e Simulação Realística na Área de Saúde.
À JOHNSON & JOHNSON, que acreditou no modelo de treinamento e, em
parceria público-privada, contribuiu para divulgação e implantação do LHC junto a hospitais-
escolas de Fortaleza e outras capitais do Nordeste brasileiro. Além de ceder o simulador
clássico 3-DMed®, de seu uso exclusivo, para servir de controle na comparação para avaliação
e validação o simulador estudado, no Grupo III da pesquisa e, simultaneamente, doar
fomentos cirúrgicos para execução das tarefas da pesquisa.
Ao NÚCLEO DO OBESO DE CEARÁ, que fez doações de materiais cirúrgicos e
instrumentos didáticos para o adequado funcionamento do LHC, antes, durante e depois da
pesquisa.
À BHIOSUPPLY que doou instrumentos cirúrgicos para a execução das tarefas
dos cirurgiões na pesquisa.
Às senhoras LUCIENE OLIVEIRA E MAGNA FIGUEIREDO
(DEPARTAMENTO DE CIRURGIA), ADELÂNIA ROQUE MARINHO
(DEPARTAMENTO DE FARMACOLOGIA), SOCORRO COSTA (COLÉGIO
BRASILEIRO DE CIRURGIÕES) pela competência, disponibilidade e eficiência na arte de
executar o ofício de secretarias polivalentes, junto a pós-graduação do Departamento de
Cirurgia, Departamento de Farmacologia e CBC – Capítulo do Ceará.
À DONA MAZÉ (MARIA JOSÉ DOS SANTOS) e DONA EFIGÊNIA (MARIA
EFIGÊNIA BARBOSA PRACIANO) pela dedicação ao LHC, tratando com zelo o material e
instrumental. Além de cuidar dos simuladores (com design de bonecos ou manequins ) como
se fossem suas crias de estimação.
A bibliotecária ELIENE MARIA VIEIRA DE MOURA, dotada da vasta
experiência na Normatização Técnica e Pesquisa Bibliográfica, facilitando sobremaneira a
confecção das etapas didáticas desta tese.
Às noites e madrugadas silenciosas, cúmplices e companheiras inspiradoras da
ousadia e perseverança no constructo desta tese, em busca de um lugar para compartilhar da
docência e da comunidade científica.
E, por termo, a todos que participaram da maior ou da melhor forma, o
permanente sentimento de gratidão por terem colaborado para tornar viável esta pesquisa
científica, que acredito, poderá contribuir para o ensino da graduação e pós-graduação da
medicina e quiçá, da pesquisa científica.
“Não há moléstia da qual a Cirurgia não
consiga curar ou triunfar, nem órgão enfermo
que ela não possa remover. Há de se
reconhecer, porém, os limites impostos por
idéias avançadas e encontrar e aceitar a justa
medida entre o possível e o impossível, entre o
sonho e a realidade.”
(H. F. Hartmam)
“O modelo de ensino na plataforma curricular
da graduação médica, através da absorção dos
conceitos cirúrgicos na simulação realística
dentro do Laboratório de Habilidades
Cirúrgicas, dismitificou o paradigma de que a
vídeo cirurgia era uma área de atuação
reservada para poucos e privilegiados
cirurgiões.”
(A. J. Alexandre)
RESUMO
Introdução - O aprendizado através da simulaçao realística, apresenta relevância e
importância cada vez maior no século da tecnologia e da informação, nas faculdades de
medicina, no ensino e treinamento em extensão de educação continuada, além de pesquisa,
para testar novas técnicas de uso potencial, contribuindo para a evolução da cirurgia. Objetivo
- Validar o modelo teórico-prático de ensino em vídeo cirurgia, aplicado junto aos
graduandos do Curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará, inserindo na
plataforma curricular, por meio de um novo simulador real de cavidade abdominal,
EndoSuture Trainning Box (ESTB), desenvolvido pelo autor, como instrumento de
aprendizado, treinamento, progressão de habilidade psicomotoras em vídeo cirurgia, para
consolidar a progressão e a manutenção da proficiência emvideo cirurgia.. Material e Método
- A pesquisa foi executada no ambiente do Laboratório de Habilidades Cirúrgicas (LHC), do
Hospital Geral Cesar Cals, hospital-escola terciário da rede pública da Secretaria de Saude do
Estado do Ceará - Brasil com material cirúrgico convencional e endoscópico, simuladores 3-
DMed® e ESTB, além de questionários em escala de Likert. Três grupos homogêneos
formados por alunos de disciplinas diferentes (GI - alunos do quinto semestre - disciplina de
Base da Técnica Cirúrgica; GII, alunos do sétimo semestre - disciplina de Clínica Cirúrgica:
e GIII alunos que cumpriram, previamente, as duas disciplinas), foram distribuídos para
executar tarefas de diferentes progressões de dificuldades para validar o modelo de ensino e o
quarto grupo (GIV, constituído por cirurgiões com vários níveis de proficiência, que executou
tarefas para avaliar e validar o perfil técnico e tecnológico do simulador ESTB e, conforme o
desempenho das tarefas, estes foram estratificados na Escala de Habilidades e Proficiência de
Sutura em Vídeo Cirurgia. Resultados Os resultados mostraram que o modelo teórico-prático
de ensino no LHC foi bem avaliado e validado como instrumento de aprendizado e pode
permanecer no contexto da plataforma curricular da graduação médica. A progressão da
habilidade do treinamento desde o nó manual, instrumental extra e intra-corpóreo foram
etapas vivenciadas nas aulas teórico-práticas da disciplina de clínica cirúrgica, junto ao LHC.
Discussão - A confecção do ponto cirúrgico foi componente importante no treinamento do
aluno, podendo ser metodizado e padronizado para a absorção dos conceitos de vídeo cirurgia
adquiridos na simulação realística, com segurança e depois transferido para a sala de
operação. Conclusão O modelo de ensino teórico-prático de cirurgia desenvolvido no LHC
foi validado como instrumento dentro da plataforma curricular da graduação de médica. O
simulador ESTB foi bem avaliado e validado pelos cirurgiões podendo ser inserido no
contexto do LHC, como instrumento de treinamento em cirurgia. A escala de Progressão de
Habilidades e Proficiência em Video Cirurgia pode servir para definir (pré-teste) a carga de
treinamento necessaria para atingir a proficiência em endo-sutura (póa-teste).
Palavras-chave: Laparoscopia. Educação de graduação em medicina. Desempenho
psicomotor. Simulação por computador. Técnicas de sutura. Procedimento cirúrgico
minimamente invasivo.
ABSTRACT
Introduction -The Surgical Skills Laboratory has increasing its relevance and importance in
this century of technology and information, in medical schools, especially in the process of
teaching and learning, and in training activities of continuing education programs, beyond
research, testing new techniques and contributing to the evolution of surgery. ObjectiveThis
study aims to validate the theoretical and practical teaching model, applied with the medical
students, putting the EndoSuture Training Box (ESTB), developed by the author, into the
subjects program, as a learning and training tool, which stimulates the development of
psychomotor abilities in video surgery, to consolidate the progression skills until reach
satisfactory proficiency. Material and Method - This investigation was developed at the
Surgical Skills Laboratory, with conventional surgical and endoscopic material, simulators 3-
DMed® and EndoSuture Training Box, besides questionnaires in Likert scale scores. Three
homogeneous groups from different subjects, formed by students were distributed to perform
tasks with different levels of difficulty to evaluate and to validate this model of teaching. The
fourth group, formed by surgeons with different levels of proficient, executed tasks to
validates the technical and technological profile of the ESTB simulator. According to the
performance, they were stratified on Skills and Proficiency Suture Scale on Video Surgery.
Results - As main result, the theoretical and practical teaching model at the Surgical Skills
Laboratory was well evaluated and validated as a learning tool and can remain within the
curriculum of medical education platform. The progression of skill training steps from the
manual node to extra instrumental and intra-corporeal were experienced in the theoretical
practical lessons of the surgical clinic discipline, with the Surgical Skills Laboratory.
Discussion - The preparation of the surgical point was an important component in the
students training and can be systematized and standardized to the absorption of surgery video
concepts, acquired in realistic simulation with safety and then transferred to the operation
room.Conclusion - The model of theoretical and practical teaching of surgery developed at the
Surgical Skills Laboratory has been validated as a tool within the curriculum platform of the
medical degree. The ESTB real simulator was well evaluated and validated by surgeons,
accordingly, can be insert into the context of the Surgical Skills Laboratory, as a training tool
in surgery.
Keywords: Laparoscopy. Graduate medical education. Psycho-motor performance. Computer
simulation. Suture techniques. Minimally invasive surgical procedure.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Laboratório de Habilidades Cirúrgicas ............................................................ 48
Figura 2 Material e instrumental cirúrgico .................................................................... 49
Figura 3 Cronômetro digital ........................................................................................... 49
Figura 4 Balança digital de precisão (Pocket Scale) e Fita Métrica em Calha ................. 50
Figura 5 Projeto arquitetônico do simulador .................................................................. 52
Figura 6 Simulador de cavidade abdominal EndoSuture Training Box ......................... 53
Figura 7 Simulador 3-DMed® Clássico .......................................................................... 55
Figura 8 Aula teórica ...................................................................................................... 57
Figura 9 Confecção do nó manual, ajustado e clássico .................................................. 58
Figura 10 Confecção do nó ajustado instrumental extra-corpóreo ................................ 60
Figura 11 Sequencia da confecção do nó ajustado ........................................................... 61
Figura 12 Transferência de objetos .................................................................................. 64
Figura 13 Aula prática, explicação das tarefas ................................................................. 67
Figura 14 Endo-suturas no simulador EndoSuture Training Box e 3-DMed® ................. 68
Figura 15 Sequencia de movimentos na confecção do ponto manual ............................. 77
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 Tempo de amarria (Tarefa 1) ....................................................................... 76
Gráfico 2 Tempo de soltura (Tarefa 2) ........................................................................ 77
Gráfico 3 Comprimento do fio (Tarefa 3) ................................................................... 78
Gráfico 4 Peso do fio (Tarefa 4) .................................................................................. 79
Gráfico 5 Tempo de amarria do nó clássico, comparando gêneros (Tarefa 5) ............ 80
Gráfico 6 Tempo para a execução do ponto instrumental pelos alunos do Grupo I e
do Grupo II .................................................................................................. 80
Gráfico 7 Comparação do tempo de transferência de objetos com mão direita (ida e
volta) com a mão esquerda (ida e volta) ...................................................... 82
Gráfico 8 Progressão de habilidades entre os alunos do Grupo II, conforme a análise
do desempenho para a execução da tarefa de transferência de objetos ..... 83
Gráfico 9 Comparações entre os dois subgrupos em relação aos tempos obtidos com
as mãos direita e esquerda ........................................................................... 84
Gráfico 10 Tempo total, em segundos, para a execução da tarefa de transferência de
objetos, pelos alunos do Grupo II, conforme o gênero ................................ 86
Gráfico 11 Tempo total, para a execução da tarefa de transferência de objetos, pelos
alunos do Grupo II, estratificados conforme a mão dominante ................... 86
Gráfico 12 Tempo total, para a execução da tarefa de transferência de objetos, pelos
alunos do Grupo II, conforme a habilidade de jogar vídeo game ............... 87
Gráfico 13 Tempo total, para a execução da tarefa de transferência de objetos, pelos
alunos do Grupo II, estratificados conforme a habilidade de tocar
instrumentos musicais .................................................................................. 88
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Características dos participantes do Grupo I, constituído por alunos da
disciplina de Base da Técnica Cirúrgica ....................................................... 76
Tabela 2 Características dos participantes do Grupo II, constituído por alunos da
disciplina de Clínica Cirúrgica ...................................................................... 81
Tabela 3 Avaliação da progressão de habilidades, para a execução dos movimentos
de transferência de objetos, usando o simulador EndoSuture Training Box . 82
Tabela 4 Avaliação da progressão de habilidades entre os alunos do Grupo II,
conforme a análise do desempenho para a execução da tarefa de
transferência de objetos com as mãos direita e esquerda .............................. 84
Tabela 5 Características dos integrantes do Grupo III ................................................. 93
Tabela 6 Avaliação do método de aquisição de habilidades cirúrgicas pelos 49
alunos do Grupo III, que responderam a um questionário contendo 20
itens, cada item com escores variando de 1 a 5. Dados expressos como
frequência absoluta e relativa de cada escore ................................................ 93
Tabela 7 Proporção de respostas ótimo (escore 4) e excelente (escore 5) dadas pelos
49 avaliadores ao método de aquisição de habilidades cirúrgicas,
considerando cada item individualmente e a média de todos os itens do
questionário (global) ...................................................................................... 94
Tabela 8 Características dos participantes do Grupo IV, constituído por cirurgiões e
residentes de cirurgia ..................................................................................... 95
Tabela 9 Escala de Progressão de Habilidades e Proficiência de Suturas em Vídeo
Cirurgia .......................................................................................................... 96
Tabela 10 Avaliação da validade aparente do EndoSuture Trainning Box (ESTB) e do
simulador 3-DMed® clássico, realizada por 37 cirurgiões que responderam
a questionário contendo 10 itens, cada item com escores variando de 1 a 5.
Comparações entre os escores do ESTB e do simulador clássico foram
feitas pelo teste de Wilcoxon ......................................................................... 100
Tabela 11 Avaliação da validade aparente do simulador 3-DMed®
clássico, realizada
por 37 cirurgiões que responderam a questionário contendo 10 itens, cada
item com escores variando de 1 a 5. Dados expressos como frequência
absoluta e relativa de cada escore ................................................ 101
Tabela 12 Avaliação da validade aparente do simulador EndoSuture Trainning Box,
realizada por 37 sujeitos que responderam a questionário contendo 10
itens, cada item com escores variando de 1 a 5. Dados expressos como
frequência absoluta e relativa de cada escore ................................................ 102
Tabela 13 Avaliação da validade aparente do EndoSuture Trainning Box (ESTB) e do
simulador 3-DMed® clássico, realizada por 37 cirurgiões que responderam
a questionário contendo 10 itens, cada item com escores variando de 1 a 5.
Comparações entre os escores do ESTB e do simulador clássico foram
feitas pelo teste de Wilcoxon ......................................................................... 102
Tabela 14 Proporção de respostas ótimo (escore 4) e excelente (escore 5) dadas pelos
37 avaliadores ao simulador clássico e ao EndoSuture Trainning Box
(ESTB), considerando cada item individualmente e a média de todos os
itens do questionário (global) ........................................................................ 103
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ACGME Accreditation Concil on Graduate Medical Education
ADEPT Advanced Dundee Endoscopic Psychomotor Tester
AMS American College of Surgeons
APDS Association of Program Directors in Surgery
BGYRL Bypass Gástrico em Y de Roux laparoscópico
CBC Colégio Brasileiro de Cirurgiões
ESTB EndoSuture Training Box
EVA Etileno Acetato de Vinila
FCL Fundamento de Cirurgia Laparoscópica
HGCC Hospital Geral César Cals
ISCAD Imperial College Surgical Assessment Device
LHC Laboratório de Habilidades Cirúrgicas
MEDUECE Medicina da Universidade Estadual do Ceará
MISTELS Macgill Inanimate System for Training and Evaluation of Laparoscopic Skills
MITS Minimally Invasive Training Sistem
RV Realidade virtual
SBCBM Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica
SOBRACIL Sociedade Brasileira de Cirurgia Laparoscópica
STAC Structured Training and Assessement Curriculum
UECE Universidade Estadual do Ceará
VEST Virtual Endoscopic Surgery Trainer
VGE Experiência com Vídeo Game
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 20
1.1 Treinamento em Habilidades Cirúrgicas ........................................................... 22
1.2 Modelos de ensino e teorias do aprendizado ...................................................... 24
1.3 Laboratório de Habilidades Cirúrgicas .............................................................. 29
1.4 Nós, pontos, amarrias, suturas e endosuturas .................................................... 33
1.5 Conceito de vídeo cirurgia ................................................................................... 36
1.6 Simuladores de cavidade abdominal ................................................................... 39
2 OBJETIVOS .......................................................................................................... 45
2.1 Gerais ..................................................................................................................... 45
2.2 Específicos .............................................................................................................. 45
3 MATERIAL E MÉTODO .................................................................................... 46
3.1 Recrutamento ........................................................................................................ 46
3.2 Centro de execução dos procedimentos da pesquisa ......................................... 47
3.3 Simulador de cavidade abadominal EndoSuture Training Box ........................ 48
3.3.1 Detalhamento técnico e tecnológico dos simuladores de cavidade abdominal
Endo-Suture Training Box e Modelo 3-DMed®
Clássico .................................... 50
3.3.1.1 Características técnicas e tecnológicas do EndoSuture Training Box ................... 51
3.3.1.2 Características do modelo-controle simulador 3-DMed®
Clássico ........................ 55
3.4 Protocolo ................................................................................................................ 55
3.5 Grupos de estudo .................................................................................................. 56
3.6 Critérios de inclusão ............................................................................................. 56
3.7 Critérios de exclusão ............................................................................................. 56
3.8 Forma de randomização ....................................................................................... 57
3.9 Etapas de execução do modelo de ensino ............................................................ 57
3.10 Coleta e registro dos dados .................................................................................. 72
3.11 Padronização da coleta da amostragem para estudo de parâmetros em cada
grupo ...................................................................................................................... 72
4 ANÁLISE ESTATÍSTICA ................................................................................... 74
5 RESULTADOS ..................................................................................................... 75
5.1 Grupo I ................................................................................................................... 75
5.1.1 Tarefa 1 – Comparação do tempo médio de amarria para confeccionar o nó
clássico e nó ajustado ............................................................................................. 76
5.1.2 Tarefa 2 – Comparação do tempo médio para desatar o nó (tempo de soltura)
entre o nó clássico e nó ajustado ........................................................................... 77
5.1.3 Tarefa 3 – Comparação do comprimento médio entre o nó clássico e nó
ajustado .................................................................................................................. 78
5.1.4 Tarefa 4 – Comparação do peso médio entre o nó clássico e nó ajustado .......... 78
5.1.5 Tarefa 5 – Comparação do tempo de execução do nó clássico entre os alunos
do sexo masculinos e feminino .............................................................................. 79
5.1.6 Tarefa 6 – Comparação do tempo de confecção do nó ajustado instrumental
entre o Grupo I e Grupo II .................................................................................... 80
5.2 Grupo II ................................................................................................................. 80
5.2.1 Tarefa 1 – Comparação da execução dos movimentos de transferência de
objetos com a mão direita e a mão esquerda no simulador Endo-Suture
Training Box .......................................................................................................... 81
5.2.2 Comparação do tempo de execução da transferência de objeto conforme o
gênero ..................................................................................................................... 85
5.2.3 Comparação do tempo de execução da tarefa de transferência de objetos
conforme a mão dominante ................................................................................... 86
5.2.4 Comparação do tempo de execução da tarefa de transferência de objetos
conforme o hábito de jogar vídeo game (gamer) ou não (no gamer) .................. 87
5.2.5 Comparação do tempo de execução da tarefa de transferência de objetos
conforme a habilidade ou não de tocar instrumentos musicais ........................... 88
5.3 Grupo III ............................................................................................................... 89
5.4 Grupo IV ................................................................................................................ 94
5.4.1 Comparação e Avaliação das respostas dos cirurgiões sobre o perfil técnico
dos simuladores ...................................................................................................... 96
6 DISCUSSÃO .......................................................................................................... 104
6.1 Considerações finais ............................................................................................. 127
7 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 131
REFERÊNCIAS .................................................................................................... 132
APÊNDICE A – SOLICITAÇÕES DE APRECIAÇÃO PARA
APROVAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA ................................................ 137
APÊNDICE B – DECLARAÇÃO DE CONCORDÂNCIA DOS
PESQUISADORES .............................................................................................. 139
APÊNDICE C – PLATAFORMA BRASIL (PROJETO DE TESE DE
DOUTORADO) ..................................................................................................... 140
APÊNDICE D – TERMOS DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO (ALUNO E CIRURGIÃO) ................................................... 160
APÊNDICE E – QUESTIONÁRIO DO GRUPO III ........................................ 165
APÊNDICE F – QUESTIONÁRIO DO GRUPO IV ........................................ 170
APÊNDICE G – ATIVIDADES DE ENSINO, TREINAMENTO,
EDUCAÇÃO CONTINUADA RELACIONADAS COM AÇÕES DO
LABORATÓRIO DE HABILIDADES CIRÚRGICAS ................................... 174
ANEXO A – RESOLUÇÃO PARA CRIAÇÃO, TRAMITAÇÃO DE
PROJETOS E FUNCIONAMENTO DE LABORATÓRIOS .......................... 180
ANEXO B – REGIMENTO INTERNO DO LABORATÓRIO DE
HABILIDADES CIRÚRGICAS ......................................................................... 184
ANEXO C – CARTA DE ANUÊNCIA ............................................................... 195
ANEXO D – PROTOCOLO DE APROVAÇÃO DO PROJETO DE
PESQUISA DO COMITÊ DE ÉTICA DE PESQUISA DO HGCC ................ 196
ANEXO E - DEPÓSITO DE PEDIDO DE PATENTE DO SIMULADOR
REAL DE CAVIDADE ABDOMINAL ENDOSUTURE TRAINING BOX .... 199
20
1 INTRODUÇÃO
A Constituição Federal de 1.988, em seu artigo 207 estabelece que “as
universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão, e
obedeçerão aos princípios de indissocialidade entre ensino, pesquisa e extensão, aplica-se a
instituições de pesquisa científica e tecnológica”. Porém, as universidades brasileiras, de um
modo geral, tem deficiência de laboratórios de cirurgia experimental, de habilidades
cirúrgicas e clínicas na graduação, quando, em contrapartida, há uma tendência mundial no
sentido de aparelhar os cursos de medicina com laboratórios, melhorando a condição do
ensino e minimizando a carência da condição curricular, com práticas obrigatórias de
treinamento pela simulação realística, além de compor elementos que favoreçam a pesquisa e
a educação continuada.
Há uma natural e gradativa dificuldade de acessar o paciente para aprendizado,
além de, fundamentos legais, éticos e técnicos se dirigem no sentido da evitar que a curva de
aprendizado se faça à custa do ser humano, até que o cirurgiões adquiram habilidade e
experiência para atingir proficiência, com risco mínimo de morbi-mortabilidade. O ensino e o
treinamento para aquisição de habilidades são componente fundamentais na graduação e pós-
graduação da educação cirúrgica.
As condições adequadas do Laboratório de Habilidades Cirúrgicas (LHC), com
ambiente de treinamento e ensino, promovem simulação realística dos espaços de um centro
cirúrgico, com bandejas de suturas, material e instrumental cirúrgicos, simuladores de
cavidade abdominal. Procura ser ambiente de trabalho tranquilo, silencioso, com a presença e
integração do aluno com o professor e monitor de ensino, acompanhando as atividades, pode
oferecer mais segurança na execução das tarefas e ajudar ao aluno a diminuir o tempo de
aprendizado. Pode despertar aptidão e incrementar o processo de decisão no sentido de se
especializar (ou não) numa área de atuação em cirurgia e, ainda, a prática da metodologia
científica pode estimular a testar a vocação do ensino ou da pesquisa. Na aula teórico-prática,
a possibilidade de treinar despreocupado na execução das tarefas, podendo errar, repetir o
treinamento até acertar, minimiza o impacto psicológico, o estresse, a insegurança e a
ansiedade do risco do erro e da iatrogenia em situação real da prática hospitalar.
O LHC familiariza o manuseio de materiais e instrumentais e os passos da
execução da técnica operatória. Ajuda a compreender o ambiente cirúrgico e como se
comportar na rotina da disciplina deste novo ambiente de trabalho. Na sua amplitude máxima,
pode ser utilizado de várias formas: como treinamento de manejo cirúrgico, em simuladores
21
(aula prática), filmoteca, biblioteca, sala de estudos e reuniões para discutir casos clínicos,
além de ter função mista de ensino, pesquisa e extensão na educação continuada junto a
alunos, doutorandos, residentes e preceptores do corpo clínico do hospital ou da universidade.
O interesse pelo desenvolvimento desta temática de ensino médico de graduação,
metodização das técnicas em suturas e o treinamento vídeo cirúrgico com simuladores, juntos,
contribuiram para implantar o LHC na matriz curricular do Curso de Medicina da
Universidade Estadual do Ceará podendo acompanhar, par e passo, a tendência de ensino dos
grandes centros universitários.
No contexto do LHC, através de projeto arquitetônico, eletro-eletrônico e
webdesign, evolução e inovação tecnológica, a partir da experiência operatória e da
observação clínica adquirida em cursos e manejo dos vários outros modelos de simuladores,
presentes em congressos de cirurgia e em cursos extensivos de educação continuada, o autor
desenvolveu um simulador real de cavidade abdominal e denominado – EndoSuture Training
Box (ESTB), para atuar no treinamento em vídeo cirurgia. Atualmente, o simulador Endo-
Suture Training Box e os conceitos básicos de vídeo cirurgia são partes integrantes do
modelo de ensino no LHC, e de etapas da metodologia proposta neste estudo.
O Laboratório de Habilidades Cirúrgicas (LHC) apresenta relevância e
importância cada vez maior no século da tecnologia e da informação, nas faculdades de
medicina, tanto no ensino e aprendizado, quanto para treinamento em extensão de educação
continuada, além de pesquisa, para testar novas técnicas de uso potencial, contribuindo para a
evolução da cirurgia.
As várias teorias de ensino, se completam e podem ser aplicadas de forma
associada, e interativa utilizadas em diferentes aspectos do aprendizado, no exercício prático
das habilidades em cirurgia. A associação destas teorias universalizam a percepção do ensino
e aprendizado.
A aplicação das teorias educacionais nas disciplinas de clínica cirúrgica, através
da metodização das técnicas em suturas manuais e instrumentais, extra e intracorpóreas,
transferências de objetos, em estações progressivas, onde a absorção dos conceitos cirúrgicos
e a percepção-sensitivo motora, habilidades desenvolvidas por simulação e os resultados
baseados em evidencias e críticas positivas dos docentes e discentes surgiram como objetivo
desta tese para validar o modelo acadêmico de ensino teórico-prático na plataforma curricular
da graduação médica, desenvolvido pelo autor desde 2010, no ambiente do LHC, validar
simultaneamente o simulador EndoSuture Trainnig Box, como instrumento de treinamento.
Acompanhando a tendência científica do modelo de ensino dos grandes centros universitários,
22
procuramdo mostrar que as habilidades cirúrgicas adquiridas no laboratório podem ser
transferidas com eficácia e segurança para a sala de operação, antes do residente assumir a
responsabilidade sobre o paciente.
1.1 Treinamento de Habilidades Cirúrgicas
O treinamento durante a graduação da educação médica deve, não somente ser
feito da teoria do conhecimento, mas também é essencial adquirir habilidades. Diversos
estudos tem demonstrado que o treinamento prático pode ser essencial. Entretanto, um
simples conceito para promover habilidade deve ser desenvolvido e evoluído. Russeler et al.
(2010) procuraram mostrar um programa de treinamento básico de habilidades cirúrgicas,
integrando a prática obrigatória com o curso de cirurgia, no laboratório de habilidades,
mostrando o papel do treinamento através da simulação. A evolução do programa de
treinamento foi excelente e os estudantes sentiram-se mais confortáveis e seguros com a
evolução da performance nas atividades de enfermaria e sala de operação. Portanto, a
estandardização do treinamento pode ajudar a promover habilidades cirúrgicas básicas para
todos os estudantes na graduação médica.
Segundo Skenderis, Rustum e Petrelli (1997), o treinamento clínico do médico e
do cirurgião envolve o professor, o estudante e o residente. A medicina envolve habilidades
clínicas lapidadas através da leitura de texto e revistas, experiência no diagnóstico e o
tratamento de miríades de doenças. A arte da medicina envolve a importante e necessária
habilidade na comunicação para um bom relacionamento médico-paciente. O terceiro aspecto
do treinamento, baseado na pesquisa científica, precisa ser estimulado. Em geral, os
programas de treinamento frequentemente não disponibilizam tempo para permitir a presença
de aluno e do residente no ambiente do laboratório de habilidades. Os programas devem
estabelecer tempo suficiente de treinamento para permitir a compreensão e o reconhecimento
da metodologia da prática cirúrgica, como base científica, antes do residente assumir a
responsabilidade clínica.
Conforme experiência e pesquisas de Paltner et al. (2011), o laboratório de
habilidades cirúrgica contribui com a residência de cirurgia com o treinamento de habilidade
exigida na cirurgia minimamente invasiva promovendo transferência do aprendizado para a
sala de operação. A simulação por si só empresta o melhor método para encurtar a curva de
aprendizado na cirurgia minimanente invasiva por permitir treinamento prático para adquirir
habilidade motora e necessária segurança estrutural no ambiente deste tipo de operação. É de
23
significante importância trabalhar para validar o ensino através de simulação sistemática das
habilidades técnicas fora da sala de cirurgia, como próximo passo para integrar o treinamento
por simulação dentro da abrangência curricular. O objetivo deste estudo se reveste em
sintetizar as evidencias e teorias educacionais dentro da linha curricular no desenvolvimento
de habilidades técnicas, tanto no vasto contexto como especificamente na cirurgia
minimamente invasiva. As revisões fazem elevadas críticas aos aspectos positivos do treino
por simulação, como o efeito de promover o feedback, desenvolvimento e treinamento prático
da proficiência, oportunidade de praticar os mais variáveis níveis de dificuldades, e incluir no
meio do ensino o treinamento cognitivo e manual. Finalmente, é valida a existência do
treinamento em simulador laparoscópico e a realidade virtual integrando a estrutura de
trabalho, no contexto curricular.
A mudança de treinamento cirúrgico: em cem anos de tradição o ser humano
descobriu ser legal e ético os conceitos de segurança do paciente, a restrição de horas de
trabalho, o custo do tempo de sala de operação e as complicações. A simulação cirúrgicas e a
oferta de treinamento de habilidades como oportunidade de ensino, o nível elevado e
avançado da prática de habilidades cirúrgica na sala de operação foram desenvolvidos desde o
início, na tentativa de aumentar o tempo de vida do paciente. Segundo Roberts, Bell e Duffy,
(2006) o treinamento por simulação pode ser uma estratégia de força tarefa usando
instrumentos reais e equipamentos de vídeo são novas manobras de preparação para uso deste
fim. Vários sistemas tem demonstrado ter eficiência e eficácia para estabelecer habilidades.
Novíssimos sistemas, repletos de procedimentos de simulação, se adequaram para o
desenvolvimento e validação curricular. A “Acreditation Council of Graduate Medical
Education’s” (ACGME) tem proposto novos modelos de desenvolvimento e evolução nos
métodos de treinamento. Organizações cirúrgicas são chamadas para desenvolver manutenção
de habilidades, treinamento avançado de cirurgia, e credenciar cirurgiões tecnicamente
competentes. A simulação é um forma corrente que tem demonstrado melhorar a performance
cirúrgica do residente na sala de operação. O desenvolvimento e a metodização de
treinamento de forma permanente se tornou importante na agenda curricular, particularmente
na cirurgia minimamente invasiva. As inovações e o progresso das técnicas, as experiências
emprestadas dos campos da aviação podem ser promovidas e fundamentadas no próximo
século de treinamento cirúrgico, inserindo qualidade de produção. O desenvolvimento de
tecnologias e o caminho da prática de habilidades podem continuar a evoluir, para o beneficio
do médico e do paciente (ROBERTS; BELL; DUFFY, 2006).
24
1.2 Modelos de ensino e teorias do aprendizado
O conceito de aprendizado, segundo Ferreira (2012), é tornar-se apto ou capaz,
mediante estudo, da observação ou da experiência, após tomar conhecimento, compreensão e
retenção na memória, de realizar alguma coisa, arte ou ofício, manual ou técnico. Enquanto a
habilidade, esta não se aprende, desenvolve-se através de resposta comportamental, na prática
estabelecida pela repetição frequente e continuada de movimentos que ampliam a agilidade, a
destreza, a precisão no manejo e na percepção sensitivo-motora. Após o treinamento
progressivo, a percepção sensitivo motora chega ao ponto máximo de aptidão, competência e
retenção de habilidade, dito plateau ou platô, quando se estabelece a proficiência.
As teorias educacionais, segundo Sadideen et al. (2012), podem ser aplicadas para
promover aprendizado efetivo no ensino de habilidades prática na educação cirúrgica
contemporânea. O ensino da prática de habilidades é o componente principal na graduação e
pós-graduação da educação cirúrgica. É crucial para otimizar o aprendizado corrente e os
modelos de ensino, particularmente no clima de diminuição da exposição clínica do paciente.
Ao explorar a revisão do papel da teoria da educação em promover efetivamente o
aprendizado e o ensino prático de habilidades, foram revisados publicações, livros textos, e o
recurso online do corpo nacional de pesquisa sobre diversos aspectos da educação cirúrgica.
Modelos e teorias associadas à educação e estágios de aprendizagem na habilidade
psicomotora foram incluídos no acompanhamento:
a) Teoria de Fitts and Posner – aprendizagem através da aquisição e retenção da
habilidade psico-motora, em três estágios sequenciais: cognitivo (exige
elevado nível de atenção), associativo (refinamento da habilidade e
aperfeiçoamento de determinado padrão para execução da tarefa, em busca de
precisão dos movimentos) e autônomo (o desempenho se diversifica, pode
realizar tarefas simultâneas, associadas). Progressivamente, a atenção deixa de
se centrar somente numa tarefa, pois o aluno já desenvolveu estratégias de
movimento mais adequadas para superar os obstáculos que possam impedir a
realização das tarefas.
b) Teoria de Ericsons – desenvolvimento da habilidade após prática repetida do
exercício e regular de reforço, com retenção dos conceitos psico-motores,
levando a condição de expertise, com nível máximo da proficiência (platô).
25
c) Teoria de Vygotsky – O processo de aprendizagem, através da interação como
o meio, gera e promove o desenvolvimento e o desencadeamento sócio-
cognitivo de estruturas mentais superiores. Neste processo, o professor (que já
sabe) promove no aluno o estímulo e a potencialidade que ele tem para
aprender. Daí a importância da avaliação do professor assistente, de cuja
interação com o aluno, faz com que o conhecimento potencial a ser alcançado
passe a ser conhecimento real.
d) Teoria de Lave e Wenger – aprendizado desenvolve-se dentro da
“comunidade de prática”, através da interação e colaboração social como
componente crítico, incorporando convicções e comportamentos a serem
adquiridos. Ocorre aquisição gradual de conhecimentos e habilidades, à
medida que os novatos aprendem com os mais experientes no contexto das
atividades diárias.
e) Teoria de Boud, Schon e Endes – Modelo da Aprendizagem Experiencial,
que acontece somente quando novos conhecimentos são traduzidos em
diferentes comportamentos que sejam replicáveis. Remete à importância do
feedback na prática da curva de habilidades. Após a observação, ocorre
reflexão sobre o que vivenciou, iniciando a formação continua de conceitos
abstratos, onde as hipóteses são testadas e a seguir são implementadas.
O efetivo componente do aprendizado está na esperança de que mais técnicas de
ensino prático de habilidades sejam desenhadas como luz para a compreensão da nova teoria
educacional.
Diversos estudos tem mostrado o efeito positivo na curva de aprendizado a
melhora do aproveitamento das habilidades psicomotoras básicas na sala de operação após
treinamento em realidade virtual. É necessário encontrar tempo e recursos humanos para
treinar novos cirurgiões com nível adequado de proficiência. Oestergaard et al. (2012)
investigaram o impacto da presença do instrutor monitorando o aluno, no tempo, nas
repetições e na auto-percepção, potencial diferença de sexo, treinamento em videogames,
experiência prévia, quando da execução das tarefas complexas no treinamento das operações
do simulador de realidade virtual. Foram randomizados dois grupos com o nível de
proficiência predefinido quando conduzidos para realizar salpingectomia laparoscópica
usando o simulador de realidade virtual. Um grupo teve a presença do instrutor com
orientação estandardizada de 10 em 10 minutos. O outro grupo não teve feedback nem
orientação do instrutor. A instrução transoperatória mostrou resultado superior no
26
desenvolvimento do tempo e performance cirúrgica, concluindo que a presença do instrutor é
necessária para elevar o nível de aprendizado e contribui com este vantajoso método de
treinamento na educação cirúrgica.
É necessário compreender os princípios do procedimento básico laparoscópico
antes do desenvolvimento e execução no paciente. Através de treinamento técnico e
instrumental com simuladores a habilidade tem sido melhor avaliada, melhorando a condição
do ensino e minimizando a carência da condição curricular. Entretanto, pouca investigação da
proficiência técnica comparando a curva de aprendizado no treinamento dentro e fora da sala
de operação (SO) tem sido realizada. Palter et al. (2013) desenvolveram estudo prospectivo
randomizado dos efeitos da proficiência com 20 cirurgiões em treinamento com o “Structured
Training and Assessement Curriculum” (STAC), comparando com residentes de treinamento
convencional. Estudou a curva básica de aprendizado, a proficiência do treinamento baseado
na realidade virtual, treinamento laparoscópico em simulador e participação na SO. Após
executarem as tarefas, todos os participantes realizaram cinco colecistectomias laparoscópicas
sequenciais. Depois, foi avaliada a diferença da performance técnica entre os grupos Os
participante do STAC promoveram transferência da curva de aprendizado na simulação dos
procedimentos laparoscópicos básicos realizados no laboratório para a sala de operação. Os
residentes treinados com o STAC mostraram habilidade e proficiência técnica superior na sala
de operação comparada com os residentes de treinamento convencional.
Dentro da cirurgia, diversas especialidades demandam técnicas avançadas de
habilidades, especialmente com as abordagens minimamente invasivas. Buckley et al. (2014)
recrutaram estudantes de medicina para avaliar as bases cirúrgicas de aptidão (visão espacial,
habilidade, percepção de profundidade, percepção psicomotora). Os alunos foram testados
consecutivamente usando o simulador ProMIS II até que estabaleca performance em sutura
laparoscópica. Baseados nos fundamentos de cirurgia laparoscópica observaram o
desempenho no manejo do simulador, pontuação acerto-erro. Após a execução das tarefas, os
alunos foram estratificados em dois grupos de desempenho: um com elevada aptidão,
adquirindo proficiência com a média de 7 tentativas (de 4 a 7 execuções) e outro grupo com
baixa aptidão, 30% de proficiência adquirida com a média de 14 tentativas (11 a 16
execuções), sendo que 40 % demonstraram melhora mas não evoluiu na proficiência e 30%
falharam no progresso. Concluindo que distintas curvas de aprendizado em sutura
laparoscópica podem ser mapeadas com base em fundamentos de habilidade. Elevada aptidão
é demonstrada precocemente ao completar a curva de aprendizagem. Existe uma proporção de
27
alunos com baixa aptidão que são incapazes de alcançar proficiência apesar de repetir
tentativas de execução.
Para desenvolvimento e validação curricular é necessário compreender os
procedimentos básicos de laparoscopia. Através do simulador é possível validar as
habilidades técnicas como instrumento de ensino, para integrar e compensar esta carência
curricular. O efeito do treinamento e da habilidade da curva de aprendizado na sala de
operação (SO) e o efeito não-técnico de proficiência podem ser investigados. Palter et al.
(2013) realizaram um estudo prospectivo randomizado com um grupo de cirurgiões da
estrutura de treinamento de grade curricular convencional da residência e outro grupo
desenvolvendo no laboratório o aprendizado e a proficiência baseada na realidade virtual,
treinamento em simulador laparoscópico. Após completarem as tarefas, realizaram 5
colecistectomia laparoscópica sequencial, com participação na sala de operação. Concluiram
que os residentes que participaram do treinamento com simulador laparoscópico tiveram nível
de proficiência superior e habilidades não técnicas na sala de operação, comparados com os
residentes de treinamento convencional.
O feedback da retenção dos conceitos da percepção sensitivo-motora é feito
usualmente de forma verbal, às vezes, documental, após observação direta no treinamento
assistido. Farquharson et al. (2013) procuraram construir um mecanismo de feedback
reforçando o aprendizado durante a aquisição de habilidades cirúrgicas, utilizando o recurso
de assistência por vídeo, como modalidade efetiva de aumentar o feedback, em comparação
com feedback verbal padrão, somente. Realizaram estudo randomizado, prospectivo
comparando o feedback verbal associado ao vídeo com o feedback verbal padrão. Após
realizar procedimentos de habilidades cirúrgicas semelhantes, um grupo de participante
recordou a performance de execução verbal e com o vídeo e outro grupo somente com a
recordação verbal. No dia seguinte, realizaram as mesmas tarefas do dia anterior. O grupo que
fez revisão como o vídeo mostrou significante progresso, com escores máximos, comparados
com o grupo de feedback padrão, no domínio específico dos instrumentos, suturas manuais
com agulhas, acurácia nos movimentos e na execução das tarefas, mostrando que a adição do
vídeo pode ajudar no feedback para aquisição de habilidades cirúrgicas e pode ser
incorporado no currículo cirúrgico formal.
Smith, Torkington e Darzi (1999) afirmaram que o treinamento da habilidade
cirúrgica costuma ser artesanal como a base do aprendizado. Entretanto, a maioria do
aprendizado e treinamento é feito em casos reais. Nos anos mais recentes, ocorre uma
tendência de que o treinamento em laboratório de habilidades cirúrgicas possa ter sua
28
participação inserida na base da aprendizagem. Os simuladores com realidade virtual e os
instrumentos cirúrgicos utilizados os laboratórios desenvolvem semelhante performance e
segurança cirúrgica na transferência de habilidades para a sala de cirurgia.
O objeto inanimado e a caixa de realidade virtual podem ajudar no treinamento e
desenvolvimento de habilidades laparoscópica. A ausência do tato e a resposta psicomotora
podem representar limitação quando se treina com realidade virtual. Madan e Frantzides
(2007) avaliaram a habilidade laparoscópica adquirida com o treinamento de realidade virtual,
comparando com treinamento em caixa com objeto inanimado, realizando exercícios
semelhantes em ambos os simuladores e não observaram diferenças em nenhum exercício.
Portanto, a aquisição de habilidades incorporada no treinamento de realidade virtual também
pode ter base curricular no treinamento do objeto inanimado na caixa de treinamento, e o
treinamento laboratorial pode incluir ambas as formas de simulação: a real e a inanimada.
A explosão de novos procedimentos cirúrgicos e tecnologias ampliaram a
importância de remodelar o ensino e o conceito no treinamento da educação cirúrgica. No
contexto da experiência educacional o currículo pode aumentar e flexibilizar os instrumentos
de avaliação educacional, aumentar e robustecer as solicitações de treinamento de habilidades
e fundamentar a necessidade de segurança e eficiência através do complexo sistema médico
de educação envolvendo o contexto atual. Kobayachi et al. (2011) desenvolveram um sistema
de treinamento cirúrgico em laparoscopia demonstrando efetividade e validade construtiva
com desenho de baixo custo. Com a prática, novos cirurgiões podem melhorar
significantemente sua performance, medidos por pontos derivados de habilidades com
instrumentos. Fizeram estudo prospectivo com componentes observacional e intervencional.
Em primeiro aspecto observacional compararam a performance de cirurgiões novatos com
experts. Depois compararam um grupo estático com preteste\posteste no desenho da amostra
simples com cinco tarefas no “Macgill Inanimate System for Training and Evaluation of
Laparoscopic Skills” (MISTELS): transferência de objetos, padrão de sutura, localização e
espaçamento dos pontos, nó cirúrgico intra e extracorpóreo. As tarefas foram avaliadas pela
acurácia e velocidade. Os cirurgiões experts tiveram uma pontuação significantemente
superior em todas as tarefas. Após quatro meses de treinamento os cirurgiões novatos
melhoraram a pontuação em três das cinco tarefas (transferência de objetos, padrão de sutura,
e nó cirúrgico extra-corpóreo) com performance assemelhada aos cirurgiões experts. O
treinamento laparoscópico instrumental pode ser desenvolvido com baixo custo com
significante melhora na performance e progressão na habilidade cirúrgica e validado com a
evolução do sistema de suporte laboratorial.
29
A habilidade cirúrgica do residente é adquirida através da observação e
performance nos procedimentos da sala de operação. A evolução das habilidades tradicional
pode ser sujeitas a avaliações facultativas, através de técnicas pouco realizadas para validar o
aprendizado. Tarefas cirúrgicas especificas podem ser realizadas, tanto abertas como
laparoscópica, com o objetivo de ser digna de confiança na evolução em ambiente de
laboratório. Lentz et al. (2001) realizaram trabalho prospectivo para avaliar com pontuação a
credibilidade dos testes de habilidade cirúrgicas em ambiente de laboratório. Utilizaram 12
testes administrados a 36 residentes com tarefas em simulador laparoscópico usando câmeras
com “display”, tarefas incluindo passada de objetos, simulação de passada de intestino
delgado, coordenação olho-mão e destreza manual. Os resultados sugerem que as tarefas
realizadas no laboratório podem ajudar na habilidade cirúrgica do residente com muita
confiabilidade e validação das tarefas. Outros estudos serão realizados, usando animal de
laboratório, para expandir o modelo do laboratório como alternativa para ter acesso a
habilidades cirúrgicas.
O desenvolvimento do treinamento básico da realidade virtual laparoscópica no
currículo de novos cirurgiões laparoscópicos, para aquisição de habilidades e nível de
proficiência, é prioritário no aprendizado. Aggarwal et al. (2006) entenderam que técnicas de
habilidade em cirurgia laparoscópica baseada em competência é importante no currículo,
propiciado através de treinamento em laboratório de habilidades cirúrgicas. A implementação
deste programa é necessário como instrumento de ensino para validação da curva de
aprendizado e proficiência. Em estudo recrutraram cirurgiões com performance de elevada
experiência (mais de 100 colecistectomias) e jovens cirurgiões. Demonstraram diferença
significante entre os experts e os novices, com um platô do dobro do tempo nas execuções das
tarefas. O expert foi definido como marca de referencia (grupo controle) para pontuação e
validar os parâmetros em cada tarefa executada. O currículo baseado na competência do
treinamento para jovens cirurgiões laparoscópico está bem definido. Os treinamentos em
alunos pode ser inserido diretamente na prática curricular e servir para adquirir nível de
habilidades como pré-requisito prioritário para adentrar na sala de operação.
1.3 Laboratório de Habilidades Cirúrgicas
Em 1894, o presidente francês Marie-François \ Sadi Carnot não resistiu a uma
agressão, após ser golpeado por um assassino com arma branca, que atingiu a veia cava. Os
30
cirurgiões que o atenderam não foram capazes de suturar o vaso sanguíneo. O acontecimento
instigou o cirurgião francês Alexis Carrel (1873-1944) a buscar aprimoramento e aprendeu a
dar pontos delicados com a mãe e a melhor bordadeira da França, madame Leroidier, de
Lyon. Praticou em papel e tecidos, usando agulhas finas, pontos de modo que este não podiam
ser vistos em nenhum dos lados. Desenvolveu técnicas de suturas de vasos sanguíneos, criou
instrumentos, agulhas e fios para evitar coagulação e técnicas assépticas para evitar infecção.
Em 1908, nos Estados Unidos, realizou transplante de rim num cachorro que viveu 17 meses.
Ganhou o prêmio Nobel de Medicina em 1912, “em reconhecimento ao seu trabalho sobre
sutura vascular e transplante de órgãos”. Seu pioneirismo desenvolveu técnicas de
microcirurgia utilizadas ainda hoje nos transplantes. Desenvolveu o primeiro laboratório de
ensino e pesquisa, em suturas, em método de tratar feridas de guerra e manter células vivas de
coração de embrião de galinha e multiplicá-las fora do corpo (ROONEY, 2013).
De acordo com Medeiros et al. (2012) o laboratório de cirurgia experimental foi
sempre importante e até indispensável nas faculdades de medicina durante a evolução da
cirurgia, tanto para testar novas técnicas cirúrgicas, novos materiais e medicamentos quanto
para treinamento e aprendizado. O caráter imprescindível do laboratório de cirurgia
experimental nas escolas médicas tem tido relevância cada vez maior no século da tecnologia
e da informação, pois é grande a velocidade com que surgem novos procedimentos,
equipamentos e materiais biocompatíveis para o uso potencial em cirurgia. O aparecimento da
cirurgia laparoscópica, da robótica, e outras tecnologias tornou cada vez mais obrigatória a
utilização de animais de laboratório para pesquisa. Para melhor conhecimento do mecanismo
fisiopatológica das doenças, empreender ensaios terapêuticos com novos fármacos, estudar
marcadores biológicos e avaliar novas técnicas com perspectiva de aplicabilidade na espécie
humana.No campo do treinamento, proporciona facilidade para aquisição de habilidades para
alunos de graduação, residência médica e pós-graduação stricto sensu. Não se justifica o uso
de paciente na chamada curva de aprendizado, à custa do ser humano, sujeito a alta
prevalência de morbi-mortalidade, até que o cirurgião adquira habilidade, experiência e
proficiência. A habilidade inicial deve ser adquirida nos laboratórios de cirurgia experimental,
em animais e simuladores. Tudo isto desencadeou ao longo da história, reflexões éticas,
técnicas, filosóficas e religiosas direcionadas para a pesquisa em animais vertebrados.
Existem alternativas para determinar a utilização de animais, qualquer que seja a espécie e o
protocolo a ser seguido, são elas: replacement (substituição), reduction (redução) e refinement
(refinamento).
31
a) Replacement (substituição) – substituir o modelo animal por métodos alternativos, que
podem ser: cultura de células e tecidos, sistemas inertes e simuladores. Este último pode
perfeitamente ser útil no treinamento inicial, de novas técnicas cirúrgicas como videocirurgia
e microcirurgia, bem como no ensino de técnicas operatórias para aluno de graduação e
residentes de cirurgia.
b) Reduction (redução) – do número de animais pode ser viabilizado através de várias
medidas observadas a seguir:
seleção racional do tamanho do grupo
estudo piloto para avaliar a viabilidade da pesquisa
verificar o poder de análise do método e dos testes estatísticos
escolha adequado do grupo controle
padronizar procedimentos para minimizar variabilidade
animais sadios e geneticamente semelhantes
minimizar a perda de animais
boa técnica operatória
cuidados pós-operatórios
c) Refinement (refinamento) – da técnica para reduzir a resposta inflamatória ao trauma, a
dor e o sofrimento.
Portanto, os animais devem ser utilizados dentro dos princípios éticos do Comitê
Institucional de Ética em Pesquisa com base na Declaração de Helsinque e no “Guideline for
the Care and use of Laboratory Animals”. USA, 1996 (National Institute of Health,
Washington DC: US Government Printing Office) .
De acordo com a proposta da “Accreditation Concil on Graduate Medical
Education” (ACGME), a reavalição da competência cirúrgica dos residentes a longo prazo
não foi bem adequada. A compreensão da implantação, através dos anos, é mandatória no
currículo do laboratório de habilidades e um componente integral no programa de treinamento
da residência de urologia. Hammond, Ketchum e Schwartz (2005) desenvolveram oito
práticas de laboratórios como modelos de treinamento: endoscopia básica, endoscopia
avançada, laparoscopia básica e avançada, ureteroscopia, cirurgia renal percutânea, urologia
usando o trato gastrointestinal e dissecção pélvica em cadáver. A evolução dos participante
32
submetidos a todos as sessões de treinamento indicaram que a aquisição de habilidades
cirúrgicas foram facilitadas através da prática em laboratório. Observamos o incremento
progressivo da proficiência entre todos que participaram: estudantes e instrutores. Elevado
grau de satisfação com a fidelidade do modelo e o valor do ganho da experiência técnica. E
concluiram que é efetivo no currículo o laboratório de habilidades cirúrgicas para aquisição e
manutenção de habilidades com uma variedade de técnicas urológicas, incluindo
procedimento complexos endourológicos. O cuidado com a segurança do paciente é o
beneficio final e importante com a experiência adquirida através do treinamento, o baixo
estresse é desenvolvido nestas cirurgias repetidas, sob supervisão, sendo essencial para a
performance de habilidades técnicas. O modelo descrito é efetivo, com alta taxa de fidelidade
para o custo-beneficio, o treinamento básico no laboratório de habilidades cirúrgica deve ser
incorporado no programa de residência em urologia, com o objetivo de validação de acordo
com linha de competência da “Accreditation Council on Graduate Medical Education”
(ACGME).
A melhoras da habilidades cirúrgicas na Alemanha ocorria frequentemente e
somente com treinamento na sala de operação. Nos anos recentes, diversos centros tem
estabelecido que laboratórios de habilidades cirúrgicas são essenciais para a educação
cirúrgica, com o objetivo de promover o refinamento da habilidade cirúrgica para aplicação
clínica. Anos depois, diversas unidades de treinamentos foram instaladas por indústrias,
focadas em habilitar cirurgiões com potencial condição de utilizar produtos com demanda do
mercado através das respectiva companhia. Cursos de treinamentos selecionados eram
oferecidos a poucas clínicas. Atualmente, tornou-se necessária a presença de laboratório para
treinamento de habilidades cirúrgica de novos cirurgiões, que foram introduzidos no Hospital
Universitário de Marburg, a partir de 2005. Gerdes et al. (2006) estão convencidos que
laboratórios de habilidades cirúrgicas são imprescindíveis na plataforma curricular da
educação cirúrgica da Alemanha, para promover segurança ao paciente na sala de operação.
A educação, os princípios médico-legais e a necessidade de financiamento podem
tornar obrigatório o treinamento de habilidades cirúrgicas em um programa de residência em
cirurgia, como um método alternativo de ensino da sala de operação. De acordo com Kapadia
et al. (2007), estudos tem demonstrado que o uso de laboratórios de habilidades é efetivo e
aumenta a performance, entretanto, é pequeno o conhecimento em torno do fator facilitador
de laboratório de habilidades e da vantagem que o um simulador pode proporcionar, diante de
variados tamanhos e modelos. São variáveis também os tipos de formação curricular,
subespecialidades e rotinas do uso do laboratório e de sua administração. Há uma forte
33
concordância que remete este laboratório de habilidade como componente necessário para
validar a educação de residência médica. Resultados também indicam a necessidade de
recrutamento de professores para o laboratório, com progressiva segurança e importância da
implementação do laboratório de habilidades como ferramenta curricular.
Agrawal et al. (2014) apresentou o papel do Laboratório de Habilidade Cirúrgica
no treinamento do residente de cirurgia para vencer a longa curva de aprendizado (entre 75 e
150 operações) com a performance e segurança na execução do bypass gástrico no tratamento
cirúrgico da obesidade. O programa de treinamento do residente passa pelo simulador
laparoscópico de realidade virtual, com repetição de movimentos, comparação de
performance, feedback da hapticidade com o movimento dos instrumentos, pontuação de
todas as etapas com o objetivo de medir a progressão da performance para avançar para a
etapa seguinte. O treinamento com modelo animal, principalmente com porcos, tem uma
aproximação mais real através dos movimentos cardíacos, da pulsação arterial, da respiração e
do sangramento, mas a legislação do Reino Unido não permite, porém, é aceito em outros
países da Europa. Como alternativa, podem ser utilizados órgãos destes animais (esôfago,
estômago, intestino delgado), usando os instrumentos cirúrgicos normais, laparoscópio,
câmera e monitores, permitindo dissecção anatômica, anastomoses, técnicas de
grampeamento e prática de endosutura de forma real, com transferência de habilidades para a
sala de operação.
Diversos estudos tem sido realizados para demonstrar transferência de habilidade
cirúrgico adquirida no simulador para o ambiente da sala de cirurgia. Youngblood et al.
(2005) compararam a efetividade de dois simuladores de cirurgia laparoscópica para avaliar a
transferência de habilidade adquirida no simulador para tarefas fechadas num animal de
laboratório, usando três grupos randomizados de estudantes voluntários, medindo o tempo e a
acurácia através de pontuação em três tarefas laparoscópicas: pegar e soltar objetos, passada
de alça, e clipar e cortar em porcos anestesiados. Observaram que alunos inexperientes
treinados na realidade virtual podem melhorar as tarefas feitas no modelo suíno comparada
com o treinamento em caixa tradicional. Podendo ser metodizada uma forma apropriada de
seleção e treinamento.
1.4 Nós, pontos, amarrias, suturas e endosuturas
O nó é o entrelaçamento feito na extremidade ou no meio de uma ou duas cordas,
linhas ou fios, a fim de encurtá-los, marcá-los ou uni-los. O ponto é a picada produzida com a
34
agulha que transfixa o tecido, couro, plástico, pelo, para passar o fio de costura, da sutura, do
bordado, etc. É uma porção do fio firmada por nó, deixada numa estrutura, órgão ou tecido,
depois de se realizar a introdução e a retirada da agulha que o conduzia, a fim de produzir a
união dos tecidos. Pode-se ou não removê-lo, conforme a situação ou natureza do material
empregado (FERREIRA et al., 2012).
Mais do que a cauterização, método mais humano de estancar o sangramento era
fazer a ligadura (amarria) dos vasos sanguíneos. Não era fácil com o paciente se contorcendo
de dor. De acordo com Rooney (2013), a primeira menção de ligadura de vasos sanguíneos
para coibir sangramento foi feita por Celso, no século I. No século VII, Paulo de Egina
descreveu uma ligadura de veias varicosas, ante de removê-las. O cirurgião árabe Abulcasis,
por volta do ano l000, recomendava métodos de ligadura, com o fez Parré no século XVI.
Contudo, as ligaduras, muitas vezes geravam infecção e isto as tornava longe de ser seguras.
O método de torção das artérias foi acrescentado em 1829, pois o vaso torcido mantinha-se
efetivamente fechado.
Com a antissepsia e a anestesia tornou-se mais seguro fazer ligaduras. Sob
anestesia, o cirurgião tinha tempo de fazer ligadura dos vasos, antes de cortá-los,
minimizando a perda sanguínea durante as cirurgias, mas a cauterização continuou sendo
usada para vasos menores. Mais recentemente, a cauterização por ultrassom, corrente elétrica
ou laser produz pouco ou nenhum contato com a ferida.
Nas primeiras sociedades, não urbanizadas, usavam espinho, gomas e resinas
como sutura, ou união das feridas usando casca de árvores, folhas ou pergaminhos para
mantê-las fechadas. Embora as pessoas tenham usado agulhas por volta de 20000 anos,
somente foram usadas para sutura a partir de 3000 a.C., no Egito antigo. Os egípcios usavam
fibras de plantes, cabelo, lã e tendões de animais para suturar, e fios de prata para fechar
ferimentos. A sutura mais antiga preservada foi encontrada no estômago de uma múmia e data
de 1100 a.C., aproximadamente.
Os cirurgiões indianos também usavam cabelo, linho e cânhamo, mas
acrescentaram uma alternativa bizarra – as formigas de Bengala. Susruta (século VI a.C.)
descreveu um procedimento em que os cirurgiões usavam formigas da madeira para suturar
ferimentos internos quando estavam lidando com lesões abdominais. O cirurgião segurava a
borda do ferimento juntas, e então, aproximava uma formiga preta gigante de modo que ela
picasse ambos os lados. Então, ele partia o corpo da formiga, deixando a cabeça para segurar
os lábios da ferida. Os intestinos eram empurrados para dentro do abdome e a ferida externa
era suturada de forma convencional.
35
Hipócrates (460-375 a.C.) e os gregos antigos usavam suturas de tendão de animal
para feridas externas e fios de ouro para sutura de osso.
As suturas feitas com intestino de animal foram descritas por Galeno (129-216
d.C.), embora tenha sido usadas por cirurgiões indianos, com as características de que, nas
lesões internas, eram absorvidas e desapareciam lentamente quando a feria cicatrizava.
Cirurgiões árabes como Rhazes (865-925) e Avicenus (980-1037) davam
descrição detalhada de técnicas de sutura para feridas abdominais, bem como, feridas de
músculos. Eles usavam agulhas curvas e retas feitas de osso ou bronze e seus materiais de
sutura incluíam corda, cânhamo, fibras de animais, tendões e pelos. Usavam algodão e seda
para ligadura de vasos. Os mesmos materiais foram usados na Europa depois da abertura das
escolas médicas, acrescentando tendões e pelos de camelo.
Joseph Lister foi o primeiro cirurgião a esterilizar fios de sutura. O cat-gut
carbólico tornou-se o primeiro material de sutura moderno em 1860, e ele introduziu o cat-gut
crômico como primeiro material de sutura desenvolvido especialmente para uso cirúrgico, em
1881.
A partir de 1930 surgiram os primeiros materiais de sutura sintéticos. No ano
seguinte veio a primeira sutura sintética absorvível, introduzida à base de álcool polivinil. Em
2002 o cat-gut foi abandonado, depois de ser usado por 2000 anos, em razão do perigo de
desenvolver a doença de Creutzfeldt-Jacob (doença da Vaca Louca).
De acordo com Topel et al. (1997) existem os seguintes tipos de suturas:
a) Interrompidas ou separadas - os nós são atados após a passagem dos fios e
cortados após cada amarria:
Sutura vertical em “U”, de Donatti – promove uma aposição completa e
precisa das bordas, com leve eversão após a confecção dos nós. Mostra
mínima alteração do suprimento sanguíneo, se colocada distante das bordas.
Pode ser usada com sutura de tensão aproximando as bordas e coaptando a
ferida. Como deixa bastante fio intratecidual pode promover reação
inflamatória mais significante.
Sutura horizontal em “U”, de Wolf - forma um quadrado perfeito com
ambas extremidade saindo pelo mesmo lado ou borda da ferida,
promovendo tensão moderada. Usado para reduzir espaço morto, podendo
promover cicatrização excessiva devida a eversão das bordas.
Sutura em “X” ou cruzada, de Sultan, mesmo sob tensão, não promove
alteração do suprimento sanguíneo .
36
Sutura de tensão e aposição - faz um movimento em espiral, do tipo longe-
perto-perto-longe, o componente longe tira a tensão e o componente perto
faz a coaptação das bordas.
d) Contínuas – possui um nó inicial, o fio não é cortado, estendendo-se do ponto
de origem após várias passagens pelos tecidos, onde o fio é cortado após o nó
final, no extremo oposto da ferida.
Sutura continua simples, de Kurschner – executada com facilidade e rapidez
em tecidos subcutâneos (sepultados) e fáscia desde que não haja pontos de
tensão.
Sutura ancorada de Ford ou Reverdin – a cada passagem através do tecido, o
fio é unido ao ponto passado anteriormente, promovendo estabilidade sem
tensão.
Sutura de aposição seromucosa de Schmieden (contaminante) – usada em
anastomose intestinal, em plano único.
Sutura de aposição seromucosa de O’Conell (não-contaminante) – sutura
invaginante de anastomose intestinal, penetrando na paralela da borda, indo
somente até a submucosa, de forma horizontal.
Sutura em bolsa de tabaco – sutura invaginante, utilizada com frequência
para sepultar o coto apendicular, após apendicectomia, por apendicite aguda.
Conforme Leonardi et al. (2010), endo-nós, endo-suturas e endoanastomoses são
as mais difíceis manobras em vídeocirurgia. A execução segura ampliou e possibilitou o
desenvolvimento de indicação por esta via de acesso para que procedimentos de maior
complexidade sejam realizados.
1.5 Conceito de videocirurgia
A videolaparoscopia foi um marco que revolucionou a cirurgia moderna. Desde a
descrição da primeira intervenção laparoscópica, em 1987, em Lyon na França, as técnicas
cirúrgicas e os equipamentos laparoscópicos têm evoluído continuamente, de forma que,
atualmente, os cirurgiões podem acessar praticamente todos os órgãos do corpo humano com
câmeras e monitores de vídeo. Conforme Loukas et al. (2012), durante as décadas passadas a
37
videocirurgia progrediu para padronização e uniformização, devido o crescimento do número
de cirurgia. É uma técnica cirúrgica minimamente invasiva, a partir da qual, por pequenas
incisões na pele e com colocações de trocartes (portais), são introduzidas as câmeras,
instrumentos cirúrgicos e de energia para dissecção, incisões e eletrocautérios (coagulação dos
vasos sanguíneos). Este tipo de intervenção tem como principais benefícios a redução da dor
devido a menor resposta inflamatória ao trauma, menor sangramento, risco de infecção
minimizado, uma vez que as estruturas anatômicas intracavitárias não são expostas ao
ambiente externo, tempo mais curto de recuperação pós-operatória, com menor tempo de
hospitalização e com melhor resultado estético, comparado com a cirurgia tradicional
laparotômica. Entretanto, as técnicas videoendoscópicas exigem treinamento mais prolongado
dos cirurgiões para a realização do mesmo procedimento. Até os médicos mais experientes
nas técnicas tradicionais necessitam de capacitação para transferir suas habilidades cirúrgicas
para a videocirurgia. Requer aquisição de habilidades psicomotoras que são diferentes
daquelas necessárias para a cirurgia aberta, por inúmeras razões, tais como: campo cirúrgico
limitado, efeito fulcrum (movimentos invertidos), tendo como ponto de apoio a alavanca da
parede abdominal, com ambidestria e resposta da força limitada, ausência de visão
tridimensional, percepção espacial de profundidade modificada (estereotaxia).
Novas estratégias de seleção e treinamento do médico estão emergindo. Estudos
prévios tem demonstrado a correlação entre a habilidade de visão espacial (estereotaxia) e a
memória do trabalho visual (retenção de conceitos psicomotores) na performance do
simulador cirúrgico. Schilickum et al. (2011) desenvolveram estudo que analisa com detalhes
a habilidade, que pode ser medida e associada no desempenho da performance em diferentes
execuções de tarefas. Onde avaliam a importância da habilidade visual espacial e a memória
espacial no trabalho nas várias tarefas executadas. Utilizou o teste MRT-A para habilidade
visual espacial e o programa de computador RoboMemo para memória do trabalho visual,
testes psicométrico de Likert para medir, pontuar e analisar a performance de três diferentes
cirurgias em simulador. O estudo mostrou que existem diferentes considerações no impacto
da habilidade visual na performance da realização das tarefas. Programas futuros de
treinamento cognitivos podem ser desenhados, testados e ajustados de acordo com níveis de
inteligência para executar tarefas cirúrgicas específicas.
As operações laparoscópicas tem mostrado um rápido progresso nos anos
recentes, e esta alternativa para o procedimento convencional da cirurgia abdominal tem
permitido a descrição de novos planos, espaços e referências anatômicas e resulta numa
ruptura artificial da “continuidade anatômica”. Jimenez e Aguilar (2009) acreditam que a
38
magnificação de visão laparoscópica demonstra que esta profundidade anatômica necessita de
habilidade superior para exploração cirúrgica em relação a anatomia básica. Por isto, alcançar
os níveis de proficiência nas laparoscopias requer maior aprofundamento do conhecimento da
anatomia básica e adquirir outro conhecimentos dos planos anatômicos. Recorrer a tecnologia
atual com a facilidade de apresentação de videocirúrgicos na tela, pode mostrar detalhes de
interesse, a execução de tais vídeos eleva o valor material e educacional para o aprendizado.
Desta forma, a experiência cirúrgica no laboratório é um indispensável ambiente de trabalho
para o desenvolvimento de novas tecnologias, transmissões de conhecimento e progresso da
cirurgia.
Para desenvolver habilidades cirúrgicas endoscópicas é necessário incrementar na
prática do residente, inúmeras cirurgias através de treinamento com realidade virtual. O
treinamento deve ser focado principalmente na coordenação olho-mão e na aplicação e a
avaliação da quantidade correta da força nos movimentos. O método utilizado por Horeman et
al. (2012) no estudo para avaliar interação da força entre o tecido e o instrumento, é mostrado
em display através da representação visual da aplicação da força inserida na imagem da
câmera. A representação visual é informada continuamente através de direção que a força é
aplicada. Foi aplicado um sistema de treinamento onde mostra a performance através da
necessidade de direcionar feedback visual com a força no desenvolvimento da tarefa. O
sistema de treinamento da sensação de força mostra que a melhor possibilidade para
desenvolver objetivamente a habilidade do manejo tecidual se faz no ambiente de laboratório
com simulador. O tempo real de visualização da aplicação da força durante o treinamento
pode ser facilitado com a aquisição da habilidade do manejo tecidual e pode adquirir
proficiência no treinamento com simulação na curva de aprendizado. Outras tarefas podem ser
necessárias para determinar o feedback visão-força, aperfeiçoando os movimentos e
reduzindo a interação da força durante a cirurgia laparoscópica.
Durante as décadas passadas a videocirurgia se tornou uma técnica padronizada
devido o crescimento do número de cirurgia. Risco de infecção minimizado, redução da dor e
da resposta inflamatória ao trauma, tempo curto de reabilitação e resultados cosméticos
melhores são os benefícios maiores comparados com a cirurgia aberta. Entretanto, a vídeo
cirurgia requer aquisição de habilidades psicomotoras que são diferentes daquelas necessárias
para a cirurgia aberta, por inúmeras razões, tais como: campo cirúrgico limitado, efeito
fulcrum (movimentos invertidos), tendo como ponto de apoio a alavanca da parede
abdominal), resposta da força limitada, ausência de visão tridimensional, percepção espacial
de profundidade modificada (estereotaxia). A cirurgia minimamente invasiva é executada
39
através de um feedback visual de duas dimensões com sensibilidade haptica (hapticidade).
Isto demandou os cirurgiões a se adaptar e se especializar no desenvolvimento de novas
habilidades psicomotoras. Estas habilidades podem ser aprendidas, desenvolvidas e mantidas
através de treinamento. O domínio da tecnologia pode ser através de treinamento físico e
virtual. Esta forma tende a ter elevado custo, causando impacto na expectativa acadêmica.
Entretanto, Martinez e Espinoza (2007) através de uma alternativa de baixo custo,
desenvolveu uma opção de feedback mão-visão para refinar e adquirir habilidade
psicomotora. Estabeleceu um protocolo de treinamento laparoscópico desenvolvido em
modelo desenhado numa caixa no formato assemelhado da cavidade abdominal, portátil e
oferece uma opção para ajudar a melhorar a habilidade cirúrgica, podendo estabelecer uma
relação próxima com perspectiva visual e funcional da cirurgia real. O feedback visual é
acionado com uma minicâmera colorida cuja posição e orientação é controlado por meio de
sistema magnético com 0 e 45 graus de opção ótica, com adequado iluminação e condições de
perspectiva visual similar ao campo real.
1.6 Simuladores de cavidade abdominal
O treinamento baseado em proficiência para garantir segurança e a habilidade
cirúrgica baseada na simulação tem recebido atenção significativa na videocirurgia, quase
desde a invenção da laparoscopia. Modelos de alta fidelidade com a anatomia do paciente são
empregados para o desenvolvimento psicomotor e a habilidade da visão espacial do lado de
fora (interface externa) da cirurgia. A educação cirúrgica baseada em simuladores perante os
alunos alcançam um nível adequado de proficiência para realizar a operação em tempo real no
paciente. Existem vários modelos de simuladores para treinamentos em videocirurgia,
conforme Loukas et al. (2012), com competência de resultados comprovada, os quais podem
ser categorizado em duas classes:
a) Caixa de treinamento de endossuturas - o treinamento em vídeo é um sistema
de realidade física, onde os cirurgiões aprendem em modelos inanimados
(silicone, esponjas de EVA) ou peças e órgãos de animais, empregando
equipamentos de vídeo cirurgia convencional, instrumentos e câmeras
endoscópicas. Este simulador oferece a vantagem da força real, desde que os
alunos interagem com objetos reais. Requer inicialmente a presença do
professor (monitor) de ensino, repetição do treinamento para manutenção dos
conceitos e resposta construtiva do aluno.
40
b) Simuladores virtuais – no simulador virtual a performance é puramente virtual,
com instrumentos virtuais e o controle dos mecanismos de interface é integrado
através de sensores apropriados. Reproduz múltiplos cenários e plataformas
com vários procedimentos (ex. colecistectomia e fundoplicatura de Nissen),
incrementa habilidades psicomotas, percepção de profundidade e progressivo
nível de dificuldade. Porém, os simuladores virtuais são bastante criticados
pelo elevado custo e baixo retorno do investimento e não reproduz importantes
tarefas como sutura, a força do feedback e a visualização são simplificada
numa anastomose real.
Conforme a experiência de Melo et al. (2010), os antigos padrões de ensino do
cirurgião, estabelecido por William Haslted, no hospital John Hopkins, no final do século 19,
que preconizava um treinamento restrito à sala de cirurgia, não mais podem ser sustentados,
através da expressão:” - See one, do one, teach on.” No método tradicional a aprendizagem da
habilidade técnica não é capaz de reproduzir os conceitos laparoscópicos. Com o advento da
videocirurgia, a observação que o cirurgião necessita de um novo ambiente de trabalho e a
habilidade de se obter uma competência de manuseio instrumental prévio com o objetivo de
preservar a segurança do paciente a ser operado, fizeram a simulação cirúrgica ganhar um
destacado espaço no treinamento do cirurgião deste século. Pressões éticas, sociais e
econômicas demandam um treinamento metodizado, antes que o jovem cirurgião opere em
seu novo ambiente de trabalho. Esta simulação oferece a oportunidade de praticar em
ambiente similar ao da videocirurgia, utilizando-se de técnicas e procedimentos com as
restrições perceptivo-motoras a ela inerentes, reduzindo potenciais erros e danos. O
desempenho dos novos cirurgiões depende de sua potencialidade inatas, habilidades
previamente desenvolvidas e a motivação da aprendizagem com impacto positivo na retenção
de habilidades.
A expansão da laparoscopia e endoscopia cirúrgicas tem promovido aquisição de
novas habilidades cirúrgicas. Laguna, de Reijke e de la Rosette (2009) procuram identificar
quais modelos de aquisição de habilidades cirúrgicas e o papel da simulação nos programas
de treinamento correntes. O objetivo social, médico e tempo aplicado no trabalho são sempre
destinados a buscar a segurança do paciente, tendo como direção oferecer oportunidade de
treinamento e reduzir o tempo de utilização da sala de operação (SO). Sistematicamente, as
revisões mostram que, de “modelo para modelo”, existem evidencias de transferência de
habilidade do simulador de realidade virtual (RV) para a torre de vídeo, e a necessidade
natural de suplemento estandardizado de treinamento laparoscópico. A diversidade de
41
modelos, integrados por vários tipos de treino no currículo cirúrgico podem fortalecer varias
possibilidades de retenção de habilidades. Para que a extensão da simulação possa se incluir
nos programas de treinamento cirúrgicos, o instrumento de aprendizado deve ter como
objetivo final adotar critérios baseados em desenvolvimento de proficiência.
Através da laparoscopia certamente o paciente recebe um beneficio considerável,
mas a cirurgia laparoscópica exige um conjunto diferente de habilidades comparado com a
cirurgia aberta, e o treinamento pode incrementar tempo cirúrgico na sala de operação,
diminuindo o risco para o paciente. Diversos programas de treinamento podem ser
desenvolvido para diminuir este prejuízo potencial. Torricelli et al. (2011) descreveram um
programa de treinamento laparoscópico para os residentes de urologia do Hospital das
Clínicas da Escola de Medicina de São Paulo, reportando os procedimentos urológicos
realizados no laboratório, para análise crítica da performance e do custo beneficio
relacionando as habilidades da laparoscopia avançada adquiridas no laboratório. O laboratório
de habilidade tem dois simuladores virtuais, três simuladores manuais e quatro sets de
videocirurgia para estudo em modelo porcino. Os residentes de cirurgia do primeiro ano
atuaram na classe de simuladores virtual e manual, e foram monitorados pelo residentes de
urologia nas atividades com set de laparoscopia. No segundo ano da residência, durante um
período de seis semanas, e quatro horas semanais, desenvolveram a performance em
procedimento com modelo porcino. Após o treinamento, cada residente de urologia foi
avaliado na performance de execução de 120 procedimentos cirúrgicos, num programa de dez
semanas. Os procedimentos realizados, mais comuns, foram nefrectomia (30%), sutura da
bexiga (30%), nefrectomia parcial (10%), pieloplastia (10%) e outros: adrenalectomia,
prostatectomia e retroperitoneoscopia. Este procedimentos são muito frequentes e causam
baixa morbidade. O laboratório de habilidade laparoscópica é um bom método para adquirir
proficiência técnica.
O treinamento laparoscópico é muito importante no cenário do currículo cirúrgico.
Laguna, de Reijke e de La Rosette (2006) avaliam uma maior percepção através do elevado
nível de informações e conhecimentos adquiridos no campo da laparoscopia urológica com
diminuição do potencial de risco, usando a simulação, para acreditação e seleção proposta nos
estágios de treinamento. Os simuladores físicos são amplamente validados com igualdades de
eficiência comparados com os simuladores de realidade virtual. Experiências com controle
randomizado mostram tranferência da habilidade de treinamento com realidade virtual para
colecistectomia. O modelo de treinamento em sutura vésico-ureteral foi desenvolvido para
integrar o programa de habilidades no laboratório. O programa foi construído para validar e
42
diminuir a distância entre o principiante e o avançado cirurgião laparoscopista. Um esforço
silencioso foi desenvolvido para transformar o treinamento num instrumento apropriado para
acessar a competência e a proficiência. A inclusão do simulador no programa se evidencia
como melhor forma de obter a validação e a acreditação. A realidade virtual e física dos
simuladores tem mostrado ser eficiente a evolução da destreza e existe evidência positiva da
transferência da realidade virtual para a sala de operação, em colecistectomia. Muitos
modelos, entretanto, tem sido descritos na reconstrução urológica, mas a efetiva transferência
de habilidades para sala de operação, até agora não foi bem estabelecida, embora haja
progresso nos trabalhos do campo da urologia para validar tais evidências.
Palter et al. (2010) desenvolveram estudo com proposta de explorar a percepção
do residente, considerando quatro modelos correntes de ensino de sutura laparoscópica e a
avaliação correta da qualidade de treinamento em técnica avançada de cirurgia minimamente
invasiva, num centro de ensino acadêmico. O estudo incluiu 14 residentes sênior de cirurgia
geral (residente de 3 ao 5 ano), participando de um curso avançado de laparoscopia. Quatro
instrumento de treinamento foram utilizado no currículo do curso de Fundamento de Cirurgia
Laparoscópica (FCL): 1. modelo de sutura em caixa preta; 2. modelo de fundoplicatura de
Nissen; 3. tarefa de sutura em simulador de realidade virtual (RV) e 4. modelo porcino de
jejuno-jejunoanastomose. Todos os residentes foram questionados sobre os quatro modelos
individualmente com respeito a validade educacional através da Escala de Likert com escore
de 1 a 5. O estudo demonstrou que todos os residentes tinham experiência em colecistectomia
e apendicectomia, entretanto a experiência em laparoscopia avançada foi subótima para os
residentes sênior. O desenvolvimento do aprendizado de habilidade dos residentes teve
preferência usando modelo animal de ensino com realidade virtual. Isto pode ter implicação
quando for desenhar modelo de ensino em videocirurgia avançado na matriz curricular.
O bypass gástrico em Y de Roux laparoscópico (BGYRL) é uma técnica que
demanda muitas etapas operatórias, e exige uma longa curva de aprendizado. Aggarwarl et al.
(2007) desenvolveram um modelo de treinamento baseado em etapas para realizar tarefas na
execução do BGYRL, definindo os instrumentos para objetivar habilidades técnicas e
determinar a eficácia do procedimento. Mostraram vídeos de experts aos cirurgiões novatos
na performance do BGYRL, e usaram modelo porcino anestesiado, analisaram e definiram
tarefas apropriadas para desenvolver habilidades. Subsequentemente, realizaram
jejunojejunostomia usando intestino delgado de suíno em caixa de treinamento de vídeo.
Vinte e sete cirurgiões de níveis variados de experiência em cirurgia laparoscópica avançada
realizaram as tarefas. Analisaram os movimentos das mãos com pontuação baseada nos
43
vídeos. Dezesseis cirurgiões inexperientes em BGYRL realizaram curso com treinamento
básico com repetições de tarefas na execução de jejujo-jejunostomia do inicio até o fim do
curso. O modelo de jejuno-jejuno anastomose foi executado por todos os cirurgiões com
tempos diferentes baseado no nível de experiência individual. Mostrando que o treinamento
em laboratório ajuda a adquirir habilidades para realizar cirurgias laparoscópicas avançadas.
Conforme experiência e pesquisas de Paltner et al. (2011), o laboratório de
habilidades cirúrgica contribui com a residência de cirurgia através do treinamento de
habilidade exigida na cirurgia minimante invasiva promovendo transferência do aprendizado
para a sala de operação. A simulação por si só empresta o melhor método para encurtar a
curva de aprendizado na cirurgia minimanente invasiva por permitir treinamento prático para
adquirir habilidade motora e necessária segurança estrutural no ambiente deste tipo de
operação. É de significante importância trabalhar para validar o ensino através da simulação
sistemática das habilidades técnicas fora da sala de cirurgia, como próximo passo para
integrar o treinamento por simulação dentro da abrangência curricular. O objetivo deste
estudo se reveste em sintetizar as evidencias e teorias educacionais dentro da linha curricular
no desenvolvimento de habilidades técnicas, tanto no vasto contexto como especificamente no
cirurgia minimamente invasiva. As revisões fazem elevadas críticas aos aspectos positivos do
treino por simulação, como o efeito de promover o feedback, desenvolvimento e treinamento
prático da proficiência, oportunidade de praticar os mais variáveis níveis de dificuldades, e
incluir no meio do ensino o treinamento cognitivo e manual. Finalmente, é valida a existência
do treinamento em simulador laparoscópico e a realidade virtual integrando a estrutura de
trabalho, no contexto curricular.
Feldman et al. (2009) estudaram os dados da curva de aprendizado, que embora
seja arbitrado como um exercício progressivo da experiência, isto não permite uma estimativa
precisa de quando a “curva do platô” ou o “nível de aprendizado” é adquirida. Realizaram
estudo com objetivo de descrever a simples curva de aprendizado nas tarefas fundamentais de
laparoscopia. Solicitaram que 60 alunos de medicina executassem a tarefa com 40 repetições
para validação de medidas através de pontuação. Observaram que os alunos que não tinham
interesse em seguir a especialidade cirúrgica tiveram baixa pontuação no aprendizado desde o
inicio até o final da tarefa, comparado com os alunos interessados em cirurgia e os indecisos
(ANOVA: P<0,5). Estes parâmetros permitiram fazer comparação dos alunos dos subgrupos
diferentes e podem ser úteis na intervenção de um desenho educacional adequado em relação
ao interesse e o estímulo em atingir o “platô de aprendizado” ou apenas atingir o “nível de
aprendizado”.
44
Montagne et al. (2010) definiu a validação da confiança da tecnologia de
instrumento médico através de teste, avaliação e provas que incluem nos dados um quadro
que estuda o instrumento no conteúdo estrutural, performance, aplicação, contexto,
experimentação comparativa com outro instrumento, opinião de diferentes indivíduos ou
grupos para diferente impacto de evidencia de concretude, substantivo, estrutura,
generalidades, aspecto externo e utilidade prática.
45
2 OBJETIVOS
2.1 Geral
Propor modelo acadêmico de ensino teórico-prático em video cirurgia, baseado
no Laboratório de Habilidades Cirúrgicas, que possa ser integrado ao ensino da matriz
curricular da graduação médica e propiciar a educação continuada e a pesquisa científica.
2.2 Específicos
1. Validar o modelo de aprendizado proposto por meio de avaliação do
desempenho, na aquisição de habilidade e retenção dos conceitos psico-motores básicos de
cirurgia e videocirurgia, através da simulação realística.
2. Comparar o novo simulador real de cavidade abdominal desenvolvido pelo
autor com modelo já aprovado e presente no ensino e na educação continuada, para avaliar e
validar como instrumento para treinamento em videocirurgia.
46
3 MÉTODO
3.1 Recrutamento
O trabalho foi desenvolvido com alunos de Medicina da Universidade Estadual do
Ceará – UECE, em atividade cursando o primeiro semestre de 2014 (2014.1), das disciplinas
de Base da Técnica Cirúrgica (alunos do quinto semetre) e de Clinica Cirúrgica (alunos do
sétimo setestre): através de aulas teóricas transmitindo os conceitos básicos de cirurgia (nós
manuais e instrumentais) e videocirurgia (ambidestria, ergonomia, estereotaxia, hapticade,
efeito fulcrum) em aulas práticas no LHC, no Hospital Geral César Cals, no para retenção
dos conceitos psicomotores, no manejo de materiais e instrumentais. O trabalho envolveu
também alunos que já cumpriram as disciplinas de Base da Técnica Cirúrgica e alunos Clínica
Cirúrgica e estagiaram, à partir de 2011 até 2013, e de cirurgiões e médicos residentes
recrutados através das Sociedades Cirúrgicas.
Os alunos da Base da Técnica Cirúrgica e Clínica Cirúrgica foram informados
do projeto, após realizarem as aulas práticas do laboratório de habilidades e se sentirem aptos,
do ponto de vista técnicos, foram recrutados para participar da pesquisa. Os alunos e cirurgões
recrutados foram distribuídos em quatro grupos, com execução distintas de tarefas.
Grupo I – alunos matriculados nas disciplinas de Base da Técnica Cirúrgica
(turma com 35 alunos), compostos, de forma homogênea, por 30 alunos (85.7 % da turma).
Grupo II – alunos matriculados na disciplina de Clínica Cirúrgica (turma com 37
alunos), composto, de forma homogênea, por 32 alunos (86,5 % da turma).
Grupo III – alunos do curso de Medicina da UECE que já realizaram as
disciplinas Base da Técnica Cirúrgica e Clínica Cirúrgica, do oitavo ao decimo segundo
semetre, e estagiaram oficialmente no LHC em aulas práticas destas disciplinas, no período de
2011.1, 2012.1 e 2013.1, mas ainda não terminaram a graduação, composto por 49 alunos.
Grupo IV – heterogêneo no nível de proficiência cirúrgica, composto por 37
médicos, cirurgiões das várias áreas de atuação e residentes de cirurgia e urologia.
Sendo cirurgiões (Subgrupo de 25 membros) do Colégio Brasileiro de Cirurgiões
– CBC, Sociedade Brasileira de Cirurgia Laparoscópica – SOBRACIL, Sociedade Brasileira
de Cirurgia Bariátrica e Metabólica – SBCBM, de várias áreas de atuação, habilitados,
titulados e capacitados na execução de sutura vídeo cirúrgica.
47
Congressistas (Subgrupo com 5 alunos) inscritos no I Congresso Norte de
Cirurgia Bariátrica e Metabólica da SBCBM em Belém- Pará 31 de julho a 02 de agosto de
2.014, após realizarem o Curso Avançado de Endosuturas e Endoanastomoses – Hands On.
Residentes de Cirurgia (Subgrupo com 7 alunos) do Hospital das Clínicas Getúlio
Vargas da Universidade Federal do Maranhão em agosto de 2.014 e do Hospital do Câncer
Tarquínio Lopes (São Luis), em agosto de 2.014, após participarem do Curso Avançado de
Endosuturas e Endoanastomoses, para instalação e implantação do Laboratório de Habilidades
Cirúrgicas daquelas unidade de ensino.
3.2 Centro de execução dos procedimentos da pesquisa
A pesquisa foi executada no Laboratório de Habilidades Cirúrgicas (LHC), um
instrumento de ensino e pesquisa do Hospital Geral César Cals (HGCC) de Fortaleza, um
hospital-escola de nível terciário da Secretaria da Saúde do Estado do Ceará, em parceria com
o Departamento de Cirurgia do curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará
(MEDUECE), com instalação própria, implantado e com atividade regular desde 2010, e
regulamentado através de portaria 14/2011, publicada no Diário Oficial do Estado do Ceará
em 01 de janeiro de 2011.
O Laboratório de Habilidades Cirúrgicas é um instrumento de ensino das
disciplinas de Base da Técnica Cirúrgica e da Clínica Cirúrgica, da Faculdade de Medicina
(MEDUECE) da Universidade Estadual do Ceará, em parceria com o Centro de Estudos e
Apoio à Pesquisa do Hospital Geral César Cals, com funcionamento em espaço e instalações
próprias, nas dependências deste hospital, um estabelecimento de saúde e de ensino que tem
como missão prestar assistência ao usuário do SUS, com excelência nos atendimentos
Materno-infantil, Clínico, Cirúrgico, Ensino e Pesquisa, situado na Av. do Imperador, número
545, Centro, Fortaleza – Ceará, CEP: 60.015.052.
Destina-se a atividades acadêmicas das Universidades conveniadas com a
Secretaria da Saúde da Saúde do Estado do Ceará, abrangendo atendimento aos alunos:
acadêmicos do curso de Graduação em medicina destas Universidades, internos, residentes e
médicos do corpo clínico, com atividades das disciplinas de que possuam práticas de Cirurgia,
propiciando treinamento teórico e prático de cirurgia convencional e vídeo cirurgia, utilizado
na integração da investigação e estudo para o desenvolvimento de técnicas e procedimentos
cirúrgicos, para que, a partir do estudo de forma metodológica, o aluno aproprie-se do
48
conhecimento e desenvolva habilidades para o processo de operar, através de aulas teórico-
práticas com a simulação de procedimentos e cuidados de medicina cirúrgica.
Teve sua implantação oficial publicada no Diário Oficial do Estado do dia 01 de
agosto de 2011, na Portaria nº. 14/2011 (CEARÁ, 2011).
Figura 1 – Laboratório de Habilidades Cirúrgicas
Fonte: autor.
33..33 SSiimmuullaaddoorr ddee ccaavviiddaaddee aabbaaddoommiinnaall EEnnddooSSuuttuurree TTrraaiinniinngg BBooxx
Instrumentais e Material
Compõem, atualmente, as instalações do LABORATÓRIO DE HABILIDADES
CIRÚRGICAS:
a) Modelo simulador da Cavidade Abdominal – EndoSuture Training Box (5
unidades),
b) Monitor LCD de 52 polegadas, para aulas e apresentação de trabalhos,
c) Computador de 4 GB de memória RAM, 1 terabyte de HD com processador
Intel ®Core2Duo 2.8 GHz com teclado, mouse e estabilizador, acoplado a TV,
d) Set de vídeo cirurgia, com monitor, ótica de 30 graus, fonte de luz,
estabilizador.
e) Mesa cirúrgica.
f) Mesas para apoio dos simuladores e de bandejas de suturas extra-corpórea.
g) Porta agulhas de endosuturas, tesouras e pinças para treinamento de vídeo
cirurgia.
49
Figura 2 – Material e instrumental cirúrgico
Fonte: autor.
h) Portal único, no treinamento do Single Port.
i) Porta agulhas, pinças, tesouras, afastadores, e instrumentos diversos, de
cirurgia convencional,
j) Descartáveis: grampeadoras, drenos, sondas, trocartes, luvas, fios de suturas
para treinamento continuado,
k) Argolas fixas na parede para uso de cordão de polipropileno para treinamento
de nós e amarrias manuais.
l) Material de consumo: luvas, fios cirúrgicos agulhados Ethibond® 2.0 e seda
2.0, (Ethicon®), gorros, máscaras, aventais.
m) Cronômetro Digital Profissional Vollo® Vl-510 C/ 10 Memórias, utilizado para
medir tempo de execução das tarefas dos alunos do grupo I, II e III.
Figura 3 – Cronometro digital
Fonte: autor.
50
n) Mini Balança Digital (Pocket Scale®
) de alta precisão, MH-Series-200, modelo
estandarde , medida de peso (tare range) com capacidade de 0,01 gr até 200 gr,
auto calibrável, autoprogramável para desligamento automático em 30
segundos, de fabricação chinesa. Utilizada para pesagem dos fios de sutura nas
confecções do pontos
Figura 4 – Balança digital de precisão (Pocket Scale®) e Fita Métrica em Calha
Fonte: autor.
o) Fita métrica em calha de alumínio (FIGURA 4), de confecção artesanal, com
30 cm de comprimento, para medição dos fios utilizados nas confecções do
pontos.
3.3.1 Detalhamento técnico e tecnológico dos simuladores de cavidade abdominal Endo-
Suture Training Box e Modelo 3-DMed®
Clássico
O simulador de cavidade abdominal EndoSuture Training Box, desenvolvido pelo
autor, está inserido no contexto de treinamento do LHC e, através da pesquisa, busca a
validação da confiança tecnológica, conforme preconiza Montagne (2010), como instrumento
médico, no conteúdo estrutural, performance, aplicação, contexto, experimentação
comparativa como outro instrumento (simulador clássico 3-DMed®
) e opinião de cirurgiões
como diferentes experiências em endosuturas, em escore da escala de Likert
51
3.3.1.1 Características técnicas e tecnológicas do EndoSuture Training Box
Trata-se de um manequim de fibra de vidro, adaptado com micro câmeras e
instrumental cirúrgico usado em laparoscopias, possibilita que os acadêmicos de medicina e
médicos residentes exercitem, num manejo o mais próximo possível da realidade, pontos e
nós cirúrgicos e outros procedimentos comuns às mais variadas operações (passada da alça,
transferência de objetos de compartimentos).
O projeto em desenvolvimento foi idealizado e criado há alguns anos (2004), a
partir de observação de outros modelos, passou por aperfeiçoamentos e avançou para um
padrão profissional. Sua montagem contou com a assessoria de arquitetura (Dr. Júlio
Barreira), designer gráfico e engenheiro eletrônico e mecatrônico (Dr. Régis Luiz Sabiá De
Moura), que garantiram ao simulador mais semelhança ao corpo humano e o suporte
tecnológico necessário, com ergonomia e esterotaxia (FIGURA 5).
O modelo pioneiro encontra-se instalado no Laboratório de Habilidades
Cirúrgicas do Hospital César Cals, em Fortaleza, e tem como público alvo o aluno de
medicina, os doutorandos, os residentes de Cirurgia e os cirurgiões em fase de
aperfeiçoamento e atuação em videocirurgia.
OO simulador de cavidade abadominal ESTB foi registrado no Instituto Nacional de
Propriedade Industrial (INPI), com Carta Patente e Registro – No. 1301198280; Pedido de
Invenção – 19.02.2013. É um desenho industrial como estrutura definida, aplicação prática e
direito de propriedade industrial. Tem destinação pública e privada, para instalação em
laboratório de habilidades cirúrgicas e para treinamento em vídeo cirurgia, através da
simulação.
A patente define propriedade e desenho industrial e a industrialização define
modelo de utilidade prática, configuração aplicada, eficácia, assistência técnica,
acessibilidade, em busca de refinamento, qualidade e custo operacional justo, sem carga
alfandegária e tributária de produtos importados. A inovação do modelo tem potencial de
acompanhar a evolução da tecnologia dos componentes elétricos e eletrônicos disponíveis no
mercado, na medida em que surgirem novos modelos de filmadoras, com imagem e zoom
aperfeiçoados, captação em três dimensões (3D), podendo ser adaptado no conjunto estrutural
do simulador, além de poder ser acoplado a set de vídeo cirurgia de duas e três dimensões e
transmitir imagem a distância, para aplicação didática de tele-aula.
52
Figura 5 – Projeto arquitetônico do simulador
Fonte: Arquiteto Julio Barreira.
53
Figura 6 – Simulador de cavidade
abdominal EndoSuture Training Box
Fonte: Acadêmico Regis Luiz Sabiá de Moura.
Manequim simulando um tronco humano com cavidade torácica e abdominal, e
profundidade, anteroposterior adequada para os movimentos operatórios, como se, a distancia
da parede do simulador tivesse um espaço correspondente ao criado pelo pneumoperitôneo,
até chegar a bandeja adaptada para realizar nós e suturas, na mesma profundidade das
estruturas abdominais em tática operatória – estomago, vesícula, intestinos, fígado, baço...
a) Móvel (console), para base de apoio do manequim de fibra de vidro, com
gaveta para guarda e proteção do monitor de TV, bandeja de sutura, porta-
agulhas, bandeja de sutura, tesoura e pinças de trabalho de vídeo-laparoscopia
de 35cm.
b) Monitor LCD de 22”, marca Samsung, com dispositivo de acoplagem na região
cervical do manequim, para visã,o frontal.
c) Minicâmera com zoom, fonte de luz, com visão iluminada por fitas de LED e
manejo externo com haste de 12mm de diâmetro e empunhadura através de um
dos portais.
d) Bandeja de sutura para receber artefatos (EVA siliconizado, neoderma -
polímero de plástico, elastômero termoplástico e cyber sky - pele cibernética),
no formato, espessura e consistência de órgãos humanos ocos (intestino
delgado, estômago...) e sólidos (rim, coração, útero...).
54
e) Portais laparoscópicos, de borracha pulsônica siliconizada, acoplados no
hipogástrio anterior do manequim, em forma de disco, com eixo central
perfurado, em número de quatro, para acessar a cavidade através de trocartes
de 12mm (dois para os instrumentos da mão direita e esquerda do cirurgião, e
dois para o auxiliar manejar a câmera e os instrumentos de apoio), com
distância de 10 cm entre si, que permitem triangulação e convergência,
flexibilidade e ergonomia para os movimentos, assemelhados aos executados
na parede abdominal e torácica humana, para adequada execução das endo-
sutura, auxilio de movimentos e filmagem.
f) Teto ou janela laparoscópica epigástrica com testeira ou tampo móvel, discoide
de 15 x 15 cm2 com cantoneiras.
g) Acoplado, tem encaixe justo nas aduelas ou bordas do “parede abdominal” do
manequim, para execução plena do treinamento – movimentos invertidos,
estereotaxia e ergonomia, sob visão bidimensional
h) Quando removível, permite a visão direta (tridimensional) dos instrumentos na
etapa de exercícios de movimentos invertidos, ambidestria e e percepção de
profundidade.
i) Possibilita, o acesso à cavidade para posicionar e alimentar a bandeja de sutura;
remover lixo laparotômico – restos de fio cirúrgicos agulhados, EVA suturado;
fazer manutenção dos componentes – fios elétricos, lâmpadas de LED,
microcâmara.
j) Móvel estofado, recoberto em courvim, com 16 cm. de altura, 46 de largura e
65 de comprimento, serve de base de apoio, com gaveta almofadada, para
guarda e proteção dos componentes do conjunto, quando este não estiver em
manejo de treinamento: monitor de TV, empunhadura da microcâmara, bandeja
e fios de sutura, porta agulhas, tesoura e pinças de trabalho de
videolaparoscopia de 35cm.
k) Componentes eletroeletrônicos (lâmpada de LED fixadas no “peritôneo”
anterior do manequim, para iluminação e visibilidade satisfatórias da
filmagem, plug de controle da fiação elétrica embutida internamente, cabo de
imagem, estabilizador de corrente de energia, interruptor de luz, de câmera e de
TV, parafusos, solda, cola, etc).
l) Mala de proteção, almofadada e com rodízio para transporte do conjunto
EndoSuture Training Box.
55
m) Material (lâmpada de LED, plug de controle da fiação elétrica interna, cabo de
imagem, interruptor de luz, câmera e TV, parafusos, solda, cola, etc).
3.3.1.2 Características do modelo-controle Simulador 3-DMed®
Clássico
O modelo 3-DMed®
Joystic Learning Throug Simulation é um modelo de
simulador completo, que não necessita de equipamentos de vídeo, simples de usar e
configurar. É fabricado em Franklin – Ohio, USA, é um sistema clássico (estandarde) de
treinamento minimamente invasivo (Minimally Invasive Training Sistem – MITS),
comercialmente utilizado, com recurso de uma câmera SimScop TM que amplia e gira, que
fornece ao usuário o controle da câmera e monitor de 10”. Apresenta seis portais
laparoscópicos intercambiáveis (5 e 10mm) e iluminação interior. A série T3 é projetada para
ser usado para uma só pessoa na estação de trabalho durante a sutura laparoscópica. Com
dimensões L 18,5” XW 12.5” XA9.5” (L 47 centímetros XW 32 centímetros XH 24,5
centímetros) Peso: 13 libras (6 kg). (3D-Med®, 2013).
Figura 7 – Simulador 3-DMed® Clássico
Fonte: autor.
3.4 Protocolo
O projeto de pesquisa foi enviado, analizado e aprovado pela Plataforma Brasil.
Em seguida, o protocolo foi analisado e aprovado pela Comissão de Ética e
Pesquisa da Universidade Federal do Ceará (instituição proponente da pesquisa) e teve
56
Parecer Consubstanciado do Comitê de Ética e Pesquisa do Hospital Geral César Cals
(instituição onde foi executada a pesquisa). (CAAE: 32527014.5.3001.5041, Número do
Parecer 710.694, Data da Relatoria 04.07.2014, ANEXO D).
3.5 Grupos de estudo
Trata-se de um estudo prospectivo, randomizado, controlado e comparativo,
observacional, objetivo-subjetivo, distribuído de forma randomizada, em quatro grupos de
tarefas e um grupo de apoio de alunos, acadêmicos monitores.
Foram admitidos e incluídos no protocolo de pesquisa alunos de ambos os sexos,
maiores de 18 anos e menores de 65 anos, recrutados voluntariamente, após completo
conhecimento do projeto, concordaram em participar do estudo, de forma randomizada
(Linha de Código de Programa de Randomização – Sistem Pause), por ordem aleatória de
chegada ao LHC, o aluno do Grupo I, II, e IV, para saber por onde começar as tarefas. O
aluno do Grupo III respondeu quastionário qualitativo-quantitativo, com 20 perguntas e 5
respostas cada perguntas, através de escores da escala de Likert. Após autorização e
formalização da aceitação, assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido de
Pesquisa.
3.6 Critério de inclusão
a) Foram incluídos os alunos e cirurgiões que concordaram participar do projeto
de pesquisa e completaram integralmente todas as etapas e tarefas destinadas
ao seu grupo. Todos os recrutados cumpriram integralmente as tarefas
destinadas ao grupo, não houve desligamento de nenhum participante da
pesquisa.
3.7 Critérios de exclusão
Foram excluídos os alunos convocados:
b) Que não aceitaram ou não puderam participar do protocolo de pesquisa.
57
3.8 Forma de randomização
Todos os alunos que concordaram participar da pesquisa sabiam que os riscos de
execução das tarefas eram mínimos, inerentes a atividade e manejo instrumental cirúrgico,
que estavam treinados para o manuseio destes instrumentos e que não entrariam em contato
com fluidos humanos. Que eles não saberiam por onde iniciar a execução das tarefas e seriam
randomizado (linha de código de Programa de Randomização – Sistem Pause), a partir da
ordem aleatória de chegada ao LHC.
3.9 Etapas de execução do modelo de ensino
GRUPO I
a) Aula teórica, terça-feira tarde, de 13:00 às 17:00h, no Campos da UECE.
Alunos da Base da Técnica Cirúrgica Clínica dentro da matriz curricular:
Conceitos de nós e suturas, amarrias, materiais, instrumentais e fios cirúrgicos.
Conceito de nó clássico e nó ajustado.
Sessão de vídeos cirúrgicos editados para serem reproduzidos na pesquisa.
Visita ao Laboratório de Habilidades Cirúrgicas.
Explicação das etapas do projeto aos alunos voluntários.
Figura 8 – Aula teórica
Fonte: autor.
b) Aulas práticas, sexta-feira, manhã, de 7:00 às 11:00h, no LHC.
Alunos da Base da Técnica Cirúrgica , turma média de 5 alunos, supervisionados
pelo professor e alunos-monitores:
58
Nós manuais com cordões de fio transado de polipropileno, ancorados em
argolas fixas na parede do LHC e suturas instrumentais extra-corpóreas
executadas em bandejas de suturas, obedecendo aos Critérios de Halsted.
Repetição dos tempos de confecção dos nós, até sedimentação, metodização e
retenção dos conceitos de execução, em número médio de 40 atos.
c) Execução das tarefas do projeto, sábado, manhã, de 8:00 às 12:00h, no LHC.
Por ordem aleatória de chegada ao LHC o aluno foi randomizado (Linha de
Código de Programa de Randomização – Sistem Pause), para saber por onde começa as
tarefas, execução dos pontos, na sequencia nó clássico\nó ajustado (Grupo I.A), ou o inverso,
nó ajustado\nó clássico (Grupo I.B).
Figura 9 – Confecção do nó manual ajustado e clássico
Fonte: autor.
Treinamento para se familiarizar com o material e instrumental utilizados nas
tarefas, exercitar nós manual em argolas fixa na parede do LHC e nó instrumental extra-
corpóreo em bandeja de sutura, durante 10 minutos na execução de cada tipo de nós antes de
iniciar a validação dos pontos.
1. Confeccionar nós com cordão de polipropileno trançado, de cor branca, de 70 cm de
comprimento e 3 mm de diâmetro:
a) 6 pontos clássicos com 5 nós cada.
6 pontos ajustados com 5 nós cada.
O tempo de execução se iniciou quando o aluno posicionou o cordão entre os
dedos indicador e polegar na forma de pinça de apreensão. Terminou a contagem do tempo
quando apertou o último nó (quando este se ajustou ao penúltimo nó).
59
b) Cortar cada ponto, após ser apreendido pelo porta-agulha, servindo de intermeio, num
espaço aproximado de 1 cm, entre o último nó e o secção com a tesoura de fio.
2. Desatar cada nó clássico e cada nó ajustado executado.
Anotar tempo de execução que se inicia quando o aluno posiciona o cordão entre
os dedos indicador e polegar na forma de pinça de apreensão. Termina a contagem do tempo
quando desata o último nó e cada extremidade do fio fica pinçado entre os dedos da mão
direita e esquerda.
Os nós ensinados no modelo de treinamento foram os nós ajustados (tie square)
ou nós verdadeiros, confeccionados com a configuração da Letra C e da Letra D,
3. Medir em centímetros cada fio que realizou os pontos, em fita métrica aposta em calha
metálica.
4. Medir em miligramas cada fio que realizou os pontos, em balança de precisão.
5. Execução de 6 (seis) pontos separados com 5 (cinco) nós ajustados cada um, em esponjas
de EVA e fio de poliglatina de 25 cm., cor violeta, trançado, sintético, absorvível, estéril,
(Vicryl - Ehicon®) 3.0, agulha cilíndrica 1\2, 3,5cm, gastrointestinal, em bandeja de sutura
extra-corpórea, de forma instrumental (porta-agulha, pinça de dissecção e tesoura
convencionais) (Figura 10).
a) Começa a contagem do tempo quando o aluno posiciona a agulha para penetrar no EVA
e termina quando corta o último nó.
b) Anotar tempo de execução.
6. Condicionar os fios em saco zipado específico, identificado com o número do aluno (Ex:
aluno 1, nó ajustado manual, nó clássico manual, nó instrumental) e colocar em pasta
específica para cada grupo e etapas. Para prova e documentação da amostra.
7. Assinar lista de presença.
Resumo da execução das tarefas do Grupo I
Grupo I – Nó clássico versus Nó ajustado
1. Tempo médio de confecção manual (amarria) de cada nó
60
2. Tempo médio de soltura de cada nó
3. Comprimento médio de cada nó
4. Peso médio de cada nó
5. Comparação do tempo médio de execução do ponto instrumental entre os alunos do
Grupo I e II, para avaliar retenção de conceitos e progressão de habilidades
a) Ações do monitor junto ao Grupo I
Recrutar alunos da Clínica Cirúrgica I
Verificar na randomização por onde inicia as tarefas, se com o nó clássico ou o nó
ajustado.
Cronometrar tempos de amarria.
Cronometrar tempos de soltura de cada nó.
Medir com a fita métrica, em centímetros o tamanho do fio que foi usado na execução
do nó.
Pesar em balança de precisão, em gramas, cada fio utilizado na execução do nó.
Cronometrar tempo de execução do ponto instrumental.
Fazer perguntas demográficas ao aluno e preencher questionário.
Compilar e anotar dados em tabelas.
Conferir e cobrar assinatura do aluno na lista de presença e devolução do Termo de
Consentimento Livre e Informado.
Figura 10 – Confecção do nó ajustado
instrumental extra-corpóreo
Fonte: autor.
61
Figura 11 – Sequencia da confecção do nó
ajustado
Isaac Rocha
TIE SQUARE
NÓ AJUSTADO
LETRA C – LETRA D
Fonte: Isaac Rocha.
GRUPO II
a) Aula Teórica- quinta-feira tarde, de 13:00 às 17:00h, no Campos da UECE
Alunos da Clínica Cirúrgica dentro da matriz curricular:
Conceitos básicos de vídeo cirurgia (ergonomia, estereotaxia, ambidestria,
movimentos invertidos, efeito fucral, hapticidade) em cirurgia minimamente
invasiva.
Recapitulando conceitos de nó clássico e nó ajustado, ensinados na disciplina
do semestre anterior (Base da Técnica Cirúrgica)
Sessão de vídeos cirúrgicos editados que serão reproduzidos na pesquisa.
Visita ao Laboratório de Habilidades Cirúrgicas.
Explicação das etapas do projeto aos alunos voluntários.
b) Aulas práticas no LHC, quarta-feira, tarde, de 13:00 as 17:00h, no LHC.
Para alunos da Clínica Cirúrgica , média de 5 alunos em dois turnos cada grupo,
supervisionados pelo professor e alunos-monitores:
Manejo vídeo-cirúrgico com transferência de objetos de um compartimento
para outro, no simulador de cavidade abdominal (em 3 dimensões – janela
laparoscópica e em 2 dimensões – portais laparoscópicos).
Manejo vídeo-cirúrgico com nós e suturas instrumentais endoscópicas em
bandeja de suturas extra-corpórea, em esponjas de EVA e fio de poliglatina,
cor violeta, trançado, sintético, absorvível, estéril, (Vicryl - Ehicon®
) 3.0,
agulha cilíndrica, 3,5cm, gastrointestinal
62
Repetição em 40 atos, dos tempos de confecção dos nós e movimentos
laparoscópicos, até sedimentação, metodização e retenção dos conceitos.
c) Execução das tarefas do projeto, sábado, manhã, de 8:00 às 12:00h, no LHC.
Treinamento por 10 minutos para se familiarizar com o material e instrumental
utilizados nas tarefas, exercitar nó instrumental extra-corpóreo em bandeja de sutura e passada
de objetos de um compartimento para outro, no simulador de cavidade abdominal
EndoSuture Training Box, antes de iniciar a validação dos dados catalogados:
1. Execução de 6 (seis) pontos separados com 5 (cinco) nós ajustados cada um, de
forma instrumental extracorpórea (porta-agulha, pinça de dissecção e tesoura
convencionais) em EVA, na bandeja de sutura. Começa a contagem do tempo
quando o aluno posiciona a agulha para penetrar no EVA e termina quando corta o
último nó.
2. Randomização (linha de código de Programa de Randomização – Sistem Pause) na
ordem aleatória de chegada dos alunos, para saber por onde começa a execução das
transferência de objetos, se com a mão direita (Grupo II.A) ou mão esquerda (Grupo
II.B).
3. Obedecendo a randomização, o aluno trabalha com o simulador de cavidade
abdominal, EndoSuture Training Box, com visão tridimensional através da janela
laparoscópica, manejando endo-pinça de apreensão Endoclinch, realizando
transferência de objetos (12 unidades de esponja em cubos de aproximados 1 cm3)
de um compartimento para outro (cubas de vidro similares), da direita para a
esquerda (e vice-versa), com ambas as mãos (direita e esquerda) e nos dois sentidos
(horário e anti-horário), da direita para a esquerda (ahead hand) e de volta, esquerda
para a direita (back hand) (Figura 12).
Começa a contagem do tempo quando o aluno posiciona a pinça para apreender o
primeiro cubo de esponja e termina quando a pinça de apreensão solta o último cubo
na bandeja oposta.
63
3.a. Grupo II.A - Manejo da mão direita:
Tempo 1. levar os objetos da cuba da direita para a outra cuba da esquerda
(ahead hand);
Tempo 2. trazer de volta (back hand) para a cuba que iniciou os movimentos.
3.b. Grupo II.B - Manejo da mão esquerda:
Tempo 3. levar os objetos da cuba da esquerda para outra cuba da direita (ahead
hand);
Tempo 4. trazer de volta ( back hand) para a cuba que iniciou os movimentos.
4. Assinar lista de presença e devolver Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
d) Ações do monitor junto ao Grupo II
Verificar na randomização por onde inicia as tarefas, se mão direita ou esquerda.
Cronometrar tempos de confecção dos nós instrumentais extra-corpóreos.
Cronometrar tempos de transferência de objetos de compartimentos no
simulador de cavidade
Fazer perguntas demográficas ao aluno e preencher questionário.
Compilar e anotar dados em tabelas.
Resumo da execução das tarefas do Grupo II
1. Comparação do tempo de execução da tarefa de transferência de objetos com a mão
direita versus a mão esquerda, de um compartimento para outro, no simulador de
cavidade abdominal EndoSuture Training Box.
2. Comparação do tempo de execução da tarefa de transferência, entre o sexo
masculino e o feminino.
3. Comparar o tempo médio de transferência da segunda tarefa entre o subgrupo II.A e
o subgrupo II.B para avaliar retenção de conceitos e progressão de habilidades
4. Comparação do tempo de execução da tarefa de transferência de objetos entre a
mão dominante (destros e esquerdos)
5. Inclusão nestes parâmetros a condição do aluno ser Gamer ou No-gamer.
6. Inclusão nestes parâmetros a condição do aluno tocar instrumentos musicais.
64
Figura 12 – Transferência de objetos
Fonte: autor.
GRUPO III
O grupo foi composto por 49 alunos que já cursaram e concluíram as disciplinas
de Base da Técnica Cirúrgica e Clínica Cirúrgica , com o conteúdo de aulas práticas no LHC,
nos períodos de, 2011.1, 2012.1 e 2013.1, responderam questionário, via internet ou
presencial, com busca ativa dos alunos monitores sobre o perfil técnico e de ensino do
Laboratório de Habilidades Cirúrgicas, COM 20 (VINTE) QUESITOS.
a) Pesquisa de opinião
Pesquisa de opinião, através de resposta psicométrica (Escala de Likert), de
questionário qualitativo-quantitativo, objetivo-subjetivo, para medir o nível de concordância
ou não concordância à cada afirmação relacionada com o estágio prático no LHC.
O teste deste estudo se propôs determinar com rigor a validade de um instrumento
para medir a confiança do aluno no modelo de ensino médico apresentado. O aluno
demonstrou sua atitude de confiança (ou não), quando da sua passagem pelas disciplinas de
Base da Técnica Cirúrgica e Clínica Cirúrgica e no estágio de aula prática no Laboratório de
Habilidades Cirúrgica. Pode ter sido preditor de aceitação (ou rejeição) da modelo de ensino
proposto. O resultado do estudo avaliou se instrumento pode ser confiável, validado e o
Laboratório de Habilidade Cirúrgicas poderá ser aplicado e utilizado com instrumento de
ensino na matriz curricular da graduação do curso de Medicina.
Avaliar as respostas de 20 (vinte) perguntas formuladas sobre o perfil do LHC.
a) Não concordo totalmente........(1)
b) Não concordo parcialmente ....(2)
c) Indiferente............................... (3)
65
d) Concordo parcialmente ...........(4)
e) Concordo totalmente............... (5)
1. O estágio regular na Base da Técnica Cirúrgica e Clínica Cirúrgica, com aulas práticas
no Laboratório de Habilidades Cirúrgicas (LHC) contribuiu para o desenvolvimento de
habilidades no procedimentos cirúrgicos, na atividade prática, no plantão da enfermaria,
na emergência ou na residência.
2. O ambiente de trabalho, tranquilo, silencioso, sem estresse e sem pressão psicológica
ofereceu condições adequadas de ensino-aprendizado.
3. A curva de aprendizado adquirida antecipadamente na simulação do LHC ajudou no
contato inicial com o paciente cirúrgico.
4. A metodologia aplicada com estações de complexidade progressivas (nó manual, nó
instrumental extracorpóreo, nó instrumental video-cirúrgico, transferência de objetos no
simulador) preencheu as expectativas para o aprendizado.
5. A presença do professor e do monitor de ensino acompanhando a execução das tarefas
ofereceu mais segurança e ajudou a diminuir o tempo de aprendizado.
6. Os conceitos cirúrgicos e a percepção-sensitivo motora adquiridos no LHC foram
transferidos para o exercício real junto ao paciente.
7. O ensino prático do conhecimento teórico em ambiente de trabalho tranquilo pode
representar mais rapidez na curva de aprendizado.
8. O LHC contribuiu para avaliar sua aptidão e a incrementar o processo de decisão em
seguir no sentido de se especializar (ou NÃO) numa área de atuação em cirurgia?
9. Após a aula teorico-prática das tarefas do LHC, a possibilidade de treinar despreocupado
com o erro, repetir o treinamento até acertar a tarefa, minimiza no aluno a ansiedade do
risco do erro e da iatrogenia no contato real com o paciente.
10. A simulação da situação real de trabalho, nó manual, sutura instrumental no LHC,
instrumentaliza o aluno para aquisição de destreza e agilidade na transferência destes
conceitos, e promove FEED-BACK positivo quando for executar os procedimentos e
técnicas na prática clínica, junto ao paciente.
11. O ambiente do LHC pode promover integração entre o professor, o monitor de ensino e o
aluno. Onde o treinamento ajuda a expandir o conhecimento científico e facilita a
aplicação das informações adquiridas na execução das técnicas operatórias na prática
profissional.
66
12. Após passar na disciplina de Clínica Cirúrgica, o LHC pode despertar no aluno a aptidão
cirúrgica, estimular a prática da metodologia científica e testar a vocação do ensino como
monitor e professor.
13. O estágio prático regular na matriz curricular do LHC deve ser mantido nas disciplinas de
Base da Técnica Cirúrgica e Clínica Cirúrgica.
14. O treinamento com o simulador de cavidade abdominal ampliou seus conceitos
psicomotores de vídeo cirurgia: ergonomia (posicionamento adequado), ambidestria,
movimentos invertidos, visão tridimensional e estereotaxia (percepção de profundidade e
de localização espacial).
15. Ao participar de uma cirurgia por vídeo-laparoscopia no ambiente real, você percebeu
que os conceitos adquiridos no simulador do LHC ajudaram a desempenhar melhor sua
habilidade.
16. Se o seu treinamento inicial foi no laboratório, entende que NÃO deveria se iniciar
diretamente no paciente e baseado (a) no que aprendeu, poderia ter mais dificuldades para
adquirir as mesmas habilidade e proficiência cirúrgica em um curso de medicina sem
LHC na matriz curricular.
17. O LHC é instrumento de ensino para aprender, investigar, treinar as habilidade,
metodizar, reter, transferir e adaptar os conceitos cirúrgicos na prática clínica.
18. O LHC familiariza o manuseio de materiais e instrumentais e os passos da execução da
técnica operatória, a minimização do impacto psicológico e a insegurança do aluno
quando em situação real da prática hospitalar.
19. Ajuda a compreender o ambiente cirúrgico e como se comportar na rotina da disciplina
deste novo ambiente de trabalho.
20. O LHC pode ser utilizado de várias formas: como treinamento de manejo cirúrgico em
simuladores (aula prática), filmoteca, biblioteca, sala de estudos e reuniões para discutir
casos clínicos, além de ter função mista de ensino, pesquisa e extensão na educação
continuada junto a alunos, doutorandos, residentes e preceptores do corpo clínico do
hospital ou da universidade.
b) Ações do monitor no Grupo III
Encaminhar via e-mail o questionário com 20 quesitos e o Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido, para devolução com resposta e assinatura digital.
Busca ativa de alunos para recrutamento e participação da pesquisa, respondendo ao
questionário.
67
Compilar as respostas para alimentar banco de dados.
Os resultados foram compilados em protocolo de pesquisa apropriado. para
comparação da amostras independentes entre si.
Resumo das ações do Grupo III
Responder questionário com 20 quesitos com cinco respostas, pela escala de
Likert, assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e devolver o questionário.
GRUPO IV
Alunos cirurgiões
Subgrupo 1. cirurgiões (25) com proficiência em endo-suturas.
Subgrupo 2. cirurgiões (4) inscritos no Curso Avançado de Endo-suturas e Endo-
anastomoses – Jornada Norte-Nordeste de Cirurgia Bariátrica e Metabólica – Belém – Pará –
31.07.14.
Subgrupo 3. Alunos residentes de cirurgia geral e urologia (7) do Hospital Universitário
Getúlio Vargas e Hospital do Câncer – São Luis – Maranhão – 19.08.14
Sessão de vídeos cirúrgicos editados que serão reproduzidos na pesquisa.
Visita ao Laboratório de Habilidades Cirúrgicas.
Explicação das etapas do projeto aos alunos voluntário
Figura 13 – Aula prática, explicação das tarefas
Fonte: autor.
68
a) Execução das tarefas do projeto, sábado, manhã, de 8:00 às 12:00h
Treinamento com instrumentais videocirúrgicos no Simulador Clássico 3-DMed® e no
EndoSuture Trainning Box, para se familiarizar com os instrumentos e os dois
simuladores, de endonós e endosuturas.
Randomização (linha de código de Programa de Randomização – Sistem Pause) na
ordem de chegada dos alunos, para saber por onde começa a execução das tarefas, se
no simulador clássico (Grupo IV.A) ou no EndoSuture Training Box (Grupo IV.B).
Estudo aberto, randomizado, cruzado em duas sequencias: simulador referencia e e
simulador avaliado, para avaliar o desenvolvimento e características técnicas e
subsequente validação do simulador.
b) Caracteristica das tarefas e Instrumento de avaliação
Execução de 6 (seis) pontos separados com 5 (cinco) nós cada um, de acordo com
experiência pessoal na prática clínica diária, de forma instrumental intra-corpórea
(porta-agulha, pinça de apreensão – endoclinch e tesoura endoscópicas), na bandeja
de sutura. em esponjas de EVA e fio de poliglatina, cor violeta, trançado, sintético,
absorvível, estéril, (Vicryl - Ehicon®) 3.0, agulha cilíndrica, 3,5cm, gastrointestinal.
Começa a contagem do tempo quando o cirurgião posiciona a agulha para penetrar no
EVA e termina quando corta o último nó, indo no máximo até 18 (dezoito) minutos de
execução da tarefa em cada simulador.
Figura 14 – Endo-suturas no Simulador Endo-Suture Training Box e 3-DMed®
Fonte: autor.
69
Anotação do nível de proficiência, com escores através da escala de Likert (6 pontos –
excelente; 5 pontos – ótimo; 4 pontos – bom; 3 pontos; 2 e 1pontos – péssimo) do total
de alunos e de cada um dos 3 subgrupos, através da comparação das tarefas executadas
dentro do tempo predeterminado (18 minutos), para este exercício, em cada simulador,
na confecção completa (ou não) dos pontos cirúrgicos endoscópicos.
c) Pesquisa de opinião
Pesquisa de opinião através de resposta psicométrica (Escala de Likert), de questionário
qualitativo-quantitativo, objetivo-subjetivo, para medir o nível de concordância ou não
concordância à afirmação, relacionado com a qualidade técnica do simulador de cavidade
abdominal clássico e o EndoSuture Training Box.
Após a execução da confecção dos pontos cirúrgicos nos dois simuladores de
cavidade abdominal, os cirurgiões deverão responder questionário sobre o perfil técnico,
desempenho e eficácia, COM 10 QUESITOS, comparando os dois simuladores Clássico e
EndoSuture Training Box:
CLÁSSICO ENDOSUTURE TRAINING BOX
a. Péssimo (1) a. Péssimo (1)
b. Regular (2) b. Regular (2)
c. Bom (3) c. Bom (3)
d. Ótimo (4) d. Ótimo (4)
e. Excelente (5) e. Excelente (5)
Pesquisa de opinião através de resposta psicométrica (Escala de Likert), de
questionário qualitativo-quantitativo, objetivo-subjetivo, para medir o nível de satisfação e
concordância à afirmação, relacionado com a qualidade técnica do simulador de cavidade
abdominal Clássico comparando com o simulador EndoSuture Training Box, tendo como
controle o imaginário de uma cirurgia laparoscópica (cirurgia de fundoplicatura de Nissen –
em set de vídeocirúrgico num paciente em sala da cirurgia.
Foram as seguintes questões relacionadas para avaliação:
1. Distribuição dos portais no simulador, para triangulação dos instrumentos.
2. Feedback da resistência (força aplicada nos instrumentos para movimentar a
alavanca dos portais na execução das tarefas) e a resiliência da borracha pulsônica
70
com EVA siliconizado (retorno espontâneo dos portais ao local original após a
execução dos movimentos).
3. Adequação da triangulação dos portais, a introdução dos instrumentos através da
parede abdominal, e na percepção da profundidade da bandeja de sutura intra-
corpórea (estereotaxia).
4. Ergonomia de posicionamento (membros superiores do cirurgião x resistencia-
resiliência do simulador x posicionamento da bandeja de sutura x imagem do
monitor).
5. Efeito fulcrum (movimento invertido) em relação a visão real, a alavanca do portal
na parede do simulador, a interface cega, o movimento cirúrgico invertido e o
campo de visão virtual (imagem).
6. Visibilidade do campo operatório e qualidade da imagem monitor.
7. Design dos simuladores.
8. O simulador apresenta recurso técnico para incorporar o treinamento do cirurgião
auxiliar com a câmera e os instrumentos (número e posicionamento de portais).
9. Recurso estrutural do simulador para incorporar tecnologia no treinamento:
associar a TV de tamanho maior, set de videocirurgia com 2D e 3D, portal único.
10. Desempenho e eficácia do simulador como instrumento de ensino e treinamento e
retenção de habilidades para doutorandos, residentes de cirurgia e cirurgiões com
interesse de elevar a proficiência em videocirurgia.
d) Ações do monitor junto ao Grupo IV
Verificar na randomização por onde cirurgião inicia as tarefas, se no simulador
clássico ou no EndoSuture Training Box.
Fazer câmera na execução da tarefa do cirurgião.
Cronometrar tempos de execução da endosutura (no máximo 18min).
Entregar ao cirurgião questionário de 10 quesitos, para resposta após a execução da
tarefa.
Fazer perguntas demográficas ao cirurgião e preencher questionário.
Compilar e anotar dados em tabelas.
71
Resumo das ações do Grupo IV
a) Estratificar os alunos cirurgiões conforme o tempo na execução dos procedimentos, e
através dos escores definir Escala de Progressão de Proficiência em Vídeo Cirurgia.
b) Comparar os tempos de execução das tarefas em cada simulador, Subgrupo IV.A - 3-
DMed® clássico e Subgrupo IV.B – EndoSuture Training Box.
c) Comparar o tempo médio de execução da segunda tarefa entre o Subgrupo IV.A e o
Subgrupo IV.B para avaliar retenção de conceitos e progressão de habilidades
d) Comparar as respostas às 10 (dez) perguntas formuladas sobre o perfil de cada simulador.
O teste deste estudo propôs determinar com rigor a validade de um instrumento
para medir a confiança do cirurgião na tecnologia médica apresentada. O cirurgião deveria
demonstrar sua atitude de confiança (ou não) na tecnologia para utilizar o simulador de
cavidade abdominal EndoSuture Training Box, comparar com outro instrumento em uso
regular em treinamento e cursos com cirurgiões e residentes de cirurgias (simulador de
cavidade abdominal Clássico 3-DMed) para avaliar competência, eficácia e semelhança.
Podendo ser preditor de aceitação (ou rejeição) da tecnologia proposta e, utilização (ou não)
como instrumento de ensino e treinamento no habilidades cirúrgicas.
A validade do instrumento poderia ser estabelecida com base no quadro:
utilização do simulador executando endosutura, avaliando suas qualidades técnicas e a
semelhança que estes simuladores apresentam quando comparadas com a cavidade abdominal
do paciente real e a possibilidade que este instrumento possa oferecer para transferir as
habilidades cirúrgicas adquiridas para a sala de operação.
AÇÕES DO GRUPO DE APOIO TÉCNICO (composto por 11 alunos monitores)
Visita ao Laboratório de Habilidades Cirúrgicas.
Compreensão e entendimento de todas as etapas de execução do projeto.
Familiarização com balança de precisão, cronômetros, fitas métricas, tabelas e fichas de
cada aluno, instrumentais convencionais e vídeo cirúrgicos.
Execução das tarefas de cada grupo (I, II, III e IV) em todas as etapas da pesquisa , através
de projeto piloto, para familiarização dos procedimentos.
Explicação das etapas do projeto e apoio aos alunos voluntários, antes destes iniciarem a
execução das tarefas.
72
Coleta de dados após cada exercício executado, dos questionários preenchidos e receber o
Termos de Consentimento Livre e Esclarecido lido e assinados por cada aluno.
3.10 Coleta e registro dos dados
Foram estudados os seguintes parâmetros:
a) Sexo
b) Idade
c) Mão dominante: direita, esquerda
d) Habilidade com vídeo-game
e) Habilidade com instrumento musical
f) Especialidade (para alunos do Grupo III)
g) Tempos de execução de tarefas
h) Resposta aos questionários, através da Escala de Likert (para alunos do Grupo
III e do Grupo IV)
3.11 Padronização da coleta da amostragem para estudo de parâmetros em cada grupo
GRUPO I
1. Tempo de confecção (amarria) do nó clássico
2. Tempo de confecção (amarria) do nó ajustado
3. Tempo de soltura do nó clássico
4. Tempo de soltura do nó ajustado
5. Comprimento do nó clássico
6. Comprimento do nó ajustado
7. Peso do nó clássico
8. Peso do nó ajustado
9. Tempo de confecção do nó ajustado instrumental extra-corpóreo
10. Tempo de execução das duas tarefas randomizadas de cada subgrupo (Grupo I.A e
Grupo I.B)
GRUPO II
1. Tempo de transferência do objeto, da mão direita para a frente (ahead hand)
73
2. Tempo de transferência do objeto, da mão direita para trás (back hand)
3. Tempo de transferência do objeto, da mão esquerda para a frente (ahead hand)
4. Tempo de transferência do objeto, da mão direita para trás (back hand)
5. Tempo de confecção do nó ajustado instrumental extra-corpóreo
GRUPO III
1. Tabulamento das 20 (vinte) respostas do questionário
GRUPO IV
Sub Grupo IV.A - Início no simulador clássico 3-DMed®
1. Tempo de execução da sutura no simulador clássico
2. Número de pontos executados no simulador clássico
Sub Grupo IV.B - Início no simulador EndoSuture Training Box
1. Tempo de execução da sutura no simulador EndoSuture Training Box
2. Número de pontos executados no simulador EndoSuture Training Box
3. Tabulamento das 10 (dez) respostas do questionário
Todos os dados dos quatro grupos foram registrados em ficha de protocolo
previamente elaborada e alimentado o banco de dados.
74
4 ANÁLISE ESTATÍSTICA
As variáveis quantitativas, contínuas e discretas, foram inicialmente analisadas
pelo teste de Kolmogorov-Smirnov para verificar a normalidade da distribuição. Para a
estatística descritiva, calcularam-se a média e o desvio padrão (dados paramétricos) ou a
mediana, intervalo interquartil e valores mínimo e máximo (dados não paramétricos).
Comparações entre diferentes grupos ou estratos desses grupos foram feitas mediante o uso do
teste t para variáveis não emparelhadas (dados paramétricos) ou do teste de Mann-Whitney
(variáveis não paramétricas). Comparações dentro do mesmo grupo ou estrato foram
realizadas pelo teste t para dados emparelhados (dados paramétricos) ou do teste de Wilcoxon
(variáveis não paramétricas) (ARMITAGE; BERRY, 1994).
Variáveis qualitativas nominais foram expressas como frequência absoluta e
relativa.Variáveis qualitativas ordinais, por sua vez, foram expressas como mediana, intervalo
interquartil e valores mínimo e máximo e analisadas pelo teste de Mann-Whitney
(comparações entre grupos ou estratos) ou pelo teste de Wilcoxon (comparações dentro do
mesmo grupo ou estrato) (ARMITAGE; BERRY, 1994).
Em todas as análises, estabeleceu-se o nível de significância em 0,05 (5%), sendo
considerado como estatisticamente significante um valor P menor que 0,05. Os softwares
GraphPad Prism®
versão 5.00 para Windows®
(GraphPad®
Software, San Diego, California,
USA, 2007) e SPSS® versão 19.0 para Windows
® (Statistical Package for the Social Sciences,
SPSS Inc., Chicago, Illinois, USA, 2010) foram utilizados para a realização dos
procedimentos estatísticos. Os gráficos foram elaborados usando-se também o software
GraphPad Prism® versão 5.00.
75
5 RESULTADOS
O tempo de execução teve como grupo controle o nó clássico (no Grupo I.A), a
mão direita (no Subgrupo II.A) e o simulador clássico (no subgrupo IV.A). Todas as
diferenças estatísticas aferidas em qualquer tempo e com todos os parâmetros, levaram em
conta, sempre, a comparação entre a execução do nó clássico como nó ajustado (Grupo I), a
ambidestria – mão direita com a mão esquerda (Grupo II), o simulador 3-DMed®
clássico
(controle) com o simulador EndoSuture Training Box (Grupo IV), a retenção de conceitos
psicomotores e a progressão de habilidades, as variantes qualitativas-quantitativas, subjetivas-
objetivas da escala de Likert (grupos III e IV). Cada parâmetro teve seus resultados expressos
em tabelas, em gráficos de coluna e em gráficos de linha, com análise, nos programas de
computação
5.1 Grupo I
O Grupo I tinha como característica ser constituído por alunos da disciplina de
Base da Técnica Cirúrgica, tinha 35 discentes matriculados, da MEDUECE, do semestre
2.014.1, destes, participaram do estudo 30 alunos (85,71%), sendo 12 do sexo feminino (40%)
e 18 do sexo masculino (60%), Com idade média de 22,63 ± 1,61 anos, sendo que 26 alunos
(86,67%) apresentaram a mão direita dominantes e 4 (13,33%) eram canhotos, 5 alunos
(16,67%) com exercícios regulares em vídeo-games (gamer) com prática rotineira de no
mínimo 3 horas por semana, e 10 alunos (33,33%) com habilidades musicais e manejo regular
com seus instrumentos.
Foi o primeiro contato oficial dos alunos com conceitos básicos de cirurgia,
portanto, inexperiente, e aprenderam de forma metodizada a executar pontos manuais e
instrumentais dentro do contexto da disciplina, nas aulas práticas do LHC.
Todos os alunos da disciplina de Base da Técnica Cirúrgica executaram as
tarefas do trabalho, que foram previamente ensinadas na aula prática da grade curricular
(TABELA 1). Todos os alunos recrutados executaram as tarefas propostas para o Grupo I,
ratificando o que que aprenderam na aula prática da disciplina.
76
Tabela 1 – Características dos participantes do Grupo I, constituído por alunos
da disciplina de Base da Técnica Cirúrgica
Característica Grupo I
Tamanho da amostra 30
Idade (anos): média ± desvio padrão 22,63 ± 1,61
Gênero
Masculino
Feminino
18 (60,00%)
12 (40,00%)
Mão dominante
Direita
Esquerda
26 (86,67%)
4 (13,33%)
Fonte: dados da pesquisa analisados pelo médico e estatístico Prof. Dr. Vagnaldo Fechine.
5.1.1 Tarefa 1 – Comparação do tempo médio de amarria para confeccionar o nó clássico e
nó ajustado
O tempo de amarria (GRÁFICO 1) - Tarefa 1, em segundos, referente a confecção
dos nós clássico e ajustado executados pelos alunos do Grupo I. Dados expressos como média
e desvio padrão dos tempos dos 30 alunos. O teste t para dados emparelhados foi usado para
comparar os tempos relativos aos dois tipos de nós.
Gráfico 1 – Tempo de amarria (Tarefa 1)
Nó clássico Nó ajustado0
5
10
15
20
25
30
***
Tem
po
de a
marr
ia (
s)
Fonte: dados da pesquisa.
77
Constatou-se que o tempo de amarria referente ao nó ajustado (20,47 ± 5,80 s) foi
significantemente maior (***P < 0,0001) que o relativo ao nó clássico (16,13 ± 4,74 s)
(Gráfico 1).
Figura 15 – Sequencia de movimentos na confecção do ponto manual
Fonte: autor.
5.1.2 Tarefa 2 – Comparação do tempo médio para desatar o nó (tempo de soltura) entre o
nó clássico e nó ajustado
O tempo de soltura (Tarefa 2), em segundos, referente a execução dos nós clássico
e ajustado executados pelos alunos do Grupo I. Dados expressos como média e desvio padrão
dos tempos dos 30 alunos. O teste t para dados emparelhados foi usado para comparar os
tempos relativos aos dois tipos de nós.
Gráfico 2 – Tempo de soltura (Tarefa 2)
Nó clássico Nó ajustado0
5
10
15
20*
Tem
po
de s
olt
ura
(s)
Fonte: dados da pesquisa.
78
Constatou-se que o tempo de soltura referente ao nó ajustado (14,27 ± 4,05 s) foi
significantemente maior (*P = 0,0115) que o relativo ao nó clássico (12,53 ± 2,93 s)
(GRÁFICO 2).
5.1.3 Tarefa 3 – Comparação do comprimento médio entre o nó clássico e nó ajustado
O comprimento do fio em centímetros, relativo aos nós clássico e ajustado
executados pelos alunos do Grupo I. Dados expressos como média e desvio padrão dos
comprimentos verificados para os 30 alunos. O teste t para dados emparelhados foi usado para
comparar os comprimentos referentes aos dois tipos de nós.
Gráfico 3 – Comprimento do fio (Tarefa 3)
Nó clássico Nó ajustado0
5
10
15
20
25
Co
mp
rim
en
to d
o f
io (
cm
)
Fonte: dados da pesquisa.
O comprimento do fio dos nós clássico e ajustado foram semelhantes e não foi
constatada diferença estatisticamente significante (P = 0,8499) entre o comprimento relativo
ao nó ajustado (20,64 ± 2,79 cm) e aquele referente ao nó clássico (20,71 ± 2,21 cm). Todos
os alunos executaram as tarefas (Gráfico 3).
5.1.4 Tarefa 4 – Comparação do peso médio entre o nó clássico e nó ajustado
O peso do fio, em gramas, (Tarefa 4) relativo aos nós clássico e ajustado
executados pelos alunos do Grupo I. Dados expressos como média e desvio padrão dos pesos
verificados para os 30 alunos. O teste t para dados emparelhados foi usado para comparar os
pesos referentes aos dois tipos de nós.
79
Gráfico 4 – Peso do fio (Tarefa 4)
Nó clássico Nó ajustado0.0
0.2
0.4
0.6
0.8
1.0
Pse d
o f
io (
g)
Fonte: dados da pesquisa.
Não foi constatada diferença estatisticamente significante (P = 0,4667) entre o
peso relativo ao nó ajustado (0,83 ± 0,15 g) e aquele referente ao nó clássico (0,84 ± 0,12 g).
Todos os alunos executaram as tarefas (Gráfico 4).
5.1.5 Tarefa 5 – Comparação do tempo de execução do nó clássico entre os alunos do sexo
masculinos e feminino
O tempo de amarria, na terefa 5, comparando gêneros, em segundos, referente à
execução do nó clássico pelos alunos do Grupo I estratificados conforme o gênero.
Dados expressos como média e desvio padrão dos tempos de 18 homens e 12
mulheres. O teste t para variáveis não emparelhados foi usado para comparar os tempos
relativos aos dois estratos.
Gráfico 5 – Tempo de amarria do nó clássico,
comparando gêneros (Tarefa 5)
Masculino Feminino0
5
10
15
20
25
Tem
po
de a
marr
ia (
s)
Fonte: dados da pesquisa.
80
Não foi constatada diferença estatisticamente significante (P = 0,4470) entre o
tempo de amarria referente aos homens (15,58 ± 4,02 s) e aquele relativo às mulheres (16,96 ±
5,67 s) (GRÁFICO 5).
5.1.6 Tarefa 6 – Comparação do tempo de confecção do nó ajustado instrumental entre o
Grupo I e Grupo II
O tempo para a execução do ponto instrumental pelos alunos do Grupo I e do
Grupo II foi expresso em minutos. Os dados correspondem à média e desvio padrão dos
tempos referentes a 30 alunos do Grupo I e 32 discentes do Grupo II. O teste t para variáveis
não emparelhadas foi usado para comparar os tempos relativos aos dois grupos.
Gráfico 6 – Tempo para a execução do ponto
instrumental pelos alunos do Grupo I e do Grupo II
Grupo 1 Grupo 20
3
6
9
12
15
Tem
po
do
po
nto
instr
um
en
tal
(min
)
Fonte: dados da pesquisa.
Não foi constatada diferença estatisticamente significante (P = 0,2088) entre o
tempo relativo ao Grupo II (7,55 ± 2,97 min) e aquele referente ao Grupo I (8,66 ± 3,89 min)
(GRÁFICO 6).
5.2 Grupo II
A Disciplina de Clínica Cirúrgica tinha 37 discentes matriculados, da
MEDUECE, do semestre 2.014.1, destes, participaram do estudos 32 alunos (86.48%), sendo
11 do sexo feminino (34,38%) e 21 do sexo masculino (65,62%), Com idade média de 23,25
± 1,55 anos, sendo que 28 alunos (87,50%) apresentaram a mão direita dominantes e 4
(12,50%) eram canhotos, 12 alunos (37,50%) com exercícios regulares em vídeo-games
81
(gamer) com prática rotineira de no mínimo 3 horas por semana e 12 alunos (37,50%) com
habilidades musicais e manejo regular com seus instrumentos. Na disciplina de Base da
Técnica Cirúrgica aprenderam de forma metodizada a executar pontos manuais e
instrumentais dentro do contexto da disciplina. Mas, foi nesta disciplina que tiveram o
primeiro contato oficial dos alunos com conceitos básicos de vídeo cirurgia (ambidestria,
ergonomia, estereotaxia, movimentos invertidos, efeito fucral), portanto, aprenderam e
absorveram estes conceitos nas aulas práticas do LHC. Todos os alunos executaram as tarefas
do trabalho, que fora previamente ensinadas na aula prática da grade curricular (TABELA 2).
Tabela 2 – Características dos participantes do Grupo II, constituído por alunos
da disciplina de Clínica Cirúrgica
Característica Grupo II
Tamanho da amostra 32
Idade (anos): média ± desvio padrão 23,25 ± 1,55
Gênero
Masculino
Feminino
21 (65,62%)
11 (34,38%)
Mão dominante
Direita
Esquerda
28 (87,50%)
4 (12,50%)
Habilidade de jogar vídeo game Não Sim
21 (65,62%)
11 (34,38%)
Habilidade de tocar instrumento musical Não Sim
20 (62,50%)
12 (37,50%) Fonte: dados da pesquisa.
5.2.1 Tarefa 1 – Comparação da execução dos movimentos de transferência de objetos com
a mão direita e a mão esquerda no simulador EndoSuture Training Box
A avaliação da progressão de habilidades foi realizada entre os 32 alunos do
Grupo II mediante a análise do tempo, expresso em segundos, para a execução dos
movimentos de transferência de ida (T1) e volta (T2) com a mão direita e ida (T3) e volta
(T4) com a mão esquerda, de um compartimento para outro, usando o simulador EndoSuture
TrainingBox.
82
Tabela 3 – Avaliação da progressão de habilidades, para a execução dos movimentos de
transferência de objetos, usando o simulador EndoSuture Training Box
Movimento de
transferência Mão direita
Média ± desvio padrão
Mão esquerda Média ± desvio padrão
Significância (teste t para dados
emparelhados)
Ida 29,20 ± 5,30 32,93 ± 6,40 P = 0,0085
Volta 26,98 ± 6,35 32,24 ± 7,30 P = 0,0005
Significância (teste t para dados
emparelhados)
P = 0,0336 P = 0,5484
Fonte: dados da pesquisa.
Todos os alunos executaram o movimento de transferência de objetos, 12 cubos
de esponjas de aproximadamente de 1cm3,
de um compartimento para outro, de ida e volta
com a mão direita e a mão esquerda, com endoclinch, no simulador de cavidade abdominal
EndoSuture Training Box, para execucar e desenvolver os conceitos básicos de vídeo cirurgia:
ergonomia, ambidestria, movimentos invertidos (efeito fucral), hapticidade, percepção de
profundidade (estereotaxia). O desempenho dos movimentos de transferência com a mão
direita tanto de ida (29,20 ± 5,30) com de volta (26,98 ± 6,35) foram mais rápidos que os
movimentos da mão esquerda, tanto de ida (32,93 ± 6,40) como de volta (32,24 ± 7,30), no
mesmo aluno, com significância estatística para o teste com dados emparelhados, com P =
0,0085, mão direita e esquerda na transferência de ida e P = 0,0005, mão direita e esquerda na
transferência de volta (TABELA 3).
Gráfico 7 – Comparação do tempo de transferência de objetos com mão
direita (ida e volta) com a mão esquerda (ida e volta)
0
10
20
30
40Mão direita
Mão esquerda
T1 T2 T3 T4
**
+
***
Tem
po
(s)
Fonte: dados da pesquisa.
83
De acordo com o Gráfico 7, a avaliação da progressão de habilidades entre os
alunos do Grupo II mediante a análise do tempo, expresso em segundos, para a execução dos
movimentos de transferência de ida (T1) e volta (T2) com a mão direita e ida (T3) e volta
(T4) com a mão esquerda, usando o simulador EndoSuture Training Box. Os dados
corresponderam à média e desvio padrão dos tempos referentes aos 32 discentes do Grupo II.
O teste t para dados emparelhados foi usado para comparar tanto os tempos relativos à mesma
mão (T1 x T2 e T3 x T4), como os tempos referentes aos movimentos de ida e de volta
realizados com mãos diferentes (T1 x T3 e T2 x T4).
Constatou-se que o tempo relativo ao movimento de volta realizado com a mão
direita (T2) foi significantemente menor (+P = 0,0336) que o tempo do movimento de ida
executado com a mesma mão (T1).
Verificou-se, ainda, que os tempos referentes aos movimentos de ida (T3; **P =
0,0085) e de volta (T4; ***P = 0,0005) realizados com a mão esquerda foram
significantemente maiores que os tempos dos movimentos de ida (T1) e de volta (T2)
executados com a mão direita, respectivamente.
Gráfico 8 – Progressão de habilidades entre os alunos do
Grupo II, conforme a análise do desempenho para a execução
da tarefa de transferência de objetos
Mão direita Mão esquerda0
20
40
60
80 ***
Tem
po
(s)
Fonte: dados da pesquisa.
Avaliação da progressão de habilidades entre os alunos do Grupo II, conforme a
análise do desempenho para a execução da tarefa de transferência de objetos com as mãos
direita e esquerda, usando o simulador EndoSuture Training Box. Os dados correspondem à
média e desvio padrão dos tempos, expressos em segundos, referentes aos 32 discentes do
Grupo II. O teste t para dados emparelhados foi usado para comparar tanto os tempos
84
relativos às duas mãos. Constatou-se que o tempo relativo ao movimento realizado com a mão
esquerda (65,17 ± 65,17 s) foi significantemente maior (***P = 0,0002) que o tempo referente
ao movimento executado com a mão direita (56,17 ± 10,25 s) (GRÁFICO 8).
Tabela 4 – Avaliação da progressão de habilidades entre os alunos do Grupo II, conforme a
análise do desempenho para a execução da tarefa de transferência de objetos com as mãos
direita e esquerda
Movimento de
transferência Subgrupo 1 (n = 14) Média ± desvio padrão
Subgrupo 2 (n = 18) Média ± desvio padrão
Significância (teste t para dados não
emparelhados)
Mão direita 56,61 ± 7,75 55,84 ± 12,05 P = 0,8361
Mão esquerda 62,03 ± 10,96 67,62 ± 12,78 P = 0,2018
Significância (teste t para dados
emparelhados)
P = 0,1106 P = 0,0006
Fonte: dados da pesquisa.
Conforme a Tabela 4, a avaliação da progressão de habilidades entre os alunos do
Grupo II, conforme a análise do tempo, expresso em segundos, para a execução da tarefa de
transferência de objetos com as mãos direita e esquerda, usando o simulador EndoSuture
Training Box, estratificando-se os discentes em Subgrupo 1 (aqueles que começaram a tarefa
pela mão direita) e Subgrupo 2 (aqueles que começaram a tarefa pela mão esquerda).
Gráfico 9 – Comparações entre os dois subgrupos em relação aos
tempos obtidos com as mãos direita e esquerda
0
15
30
45
60
75
90Subgrupo 1
Subgrupo 2
MD ME ME MD
+++
Tem
po
(s)
Fonte: dados da pesquisa.
85
Avaliação da progressão de habilidades entre os alunos do Grupo II, conforme a
análise do desempenho para a execução da tarefa de transferência de objetos com as mãos
direita e esquerda, usando o simulador EndoSuture Training Box, estratificando-se os
discentes em Subgrupo 1 (aqueles que começaram a tarefa pela mão direita) e Subgrupo 2
(aqueles que começaram a tarefa pela mão esquerda). Os dados correspondem à média e
desvio padrão dos tempos, expressos em segundos, referentes a 14 alunos do Subgrupo 1 e 18
discentes do Subgrupo 2.
Comparações entre os dois subgrupos em relação aos tempos obtidos com as mãos
direita e esquerda foram feitas pelo teste t para dados não emparelhados. O teste t para dados
emparelhados foi usado para comparar os tempos relativos às mãos direita e esquerda dentro
do mesmo subgrupo. Constatou-se que, no Subgrupo 2, o tempo relativo ao movimento
realizado com a mão direita foi significantemente menor (***P = 0,0006) que o tempo
referente ao movimento executado com a mão esquerda (GRÁFICO 9).
5.2.2 Comparação do tempo de execução da transferência de objeto conforme o gênero
De acordo com o Gráfico 10, o tempo total, em segundos, para a execução da
tarefa de transferência de objetos, usando o simulador EndoSuture Training Box, pelos alunos
do Grupo II estratificados conforme o gênero. Dados expressos como média e desvio padrão
dos tempos de 21 homens e 11 mulheres. O teste t para variáveis não emparelhados foi usado
para comparar os tempos relativos aos dois gêneros.
Gráfico 10 – Tempo total, em segundos, para a execução da
tarefa de transferência de objetos, pelos alunos do Grupo II,
conforme o gênero
Masculino Feminino0
30
60
90
120
150 *
Tem
po
(s)
.
Fonte: dados da pesquisa.
86
Constatou-se que o tempo relativo às mulheres (131,68 ± 17,96 s) foi
significantemente maior (*P = 0,0227) que o referente aos homens (115,93 ± 17,43 s).
5.2.3 Comparação do tempo de execução da tarefa de transferência de objetos conforme a
mão dominante
Tempo total, em segundos, para a execução da tarefa de transferência de objetos,
usando o simulador EndoSuture Training Box, pelos alunos do Grupo II estratificados
conforme a mão dominante. Dados expressos como média e desvio padrão dos tempos de 28
destros e 4 canhotos. O teste t para variáveis não emparelhados foi usado para comparar os
tempos relativos aos dois estratos.
Gráfico 11 – Tempo total, para a execução da tarefa de
transferência de objetos, pelos alunos do Grupo II,
estratificados conforme a mão dominante
Destros Canhotos0
30
60
90
120
150
*
Tem
po
(s)
Fonte: dados da pesquisa.
Constatou-se que o tempo relativo aos canhotos (103,87 ± 12,60 s) foi
significantemente menor (*P = 0,0462) que o referente aos destros (123,84 ± 18,48 s)
(Gráfico 11).
Apesar do número de canhotos ser pequeno, 87,50%) apresentaram a mão direita
dominantes e 4 (12,50%) eram canhotos, mas o tempo relativo de execução das tarefas foi
menor que o tempo de execução dos destros. Denotando que os canhotos se adaptaram bem
ao manejo dos instrumentos confeccionados para os destros, e realizaram os movimentos de
transferência significantemente menor que os destros, portanto denotando ambidestria.
Há na população geral uma média de 10 a 15 % de canhotos. Esta amostragem foi
de 13,33%. Observou-se que a mão dominante esquerda executou a tarefa em maior tempo
87
(16,44 ± 4,92 s), que a mão direita dominante (16,09 ± 4,81 s), mas não houve diferença
estatística no desempenho das tarefas entre os destros (26 alunos - 86,67%) e os canhotos (4
alunos - 13,33%). Mesmo que os materiais e instrumentais seja confeccionados para os
destros, os sinistros conseguem adaptar-se ao mundo destro e conseguem desenvolver
habilidades assemelhada aos movimentos dos destros no desempenho das tarefas cirúrgicas.
5.2.4 Comparação do tempo de execução da tarefa de transferência de objetos conforme o
hábito de jogar vídeo gamer (gamer) ou não (no gamer)
Conforme o Gráfico 12, o tempo total, em segundos, para a execução da tarefa de
transferência de objetos, usando o simulador EndoSuture Training Box, pelos alunos do
Grupo II estratificados conforme a habilidade de jogar vídeo game. Dados expressos como
média e desvio padrão dos tempos de 21 não gamers e 11 gamers. O teste t para variáveis não
emparelhados foi usado para comparar os tempos relativos aos dois estratos.
Gráfico 12 – Tempo total, para a execução da tarefa de
transferência de objetos, pelos alunos do Grupo II conforme a
habilidade de jogar vídeo game
Não gamers Gamers0
30
60
90
120
150
Tem
po
(s)
Fonte: dados da pesquisa.
Não foi constatada diferença estatisticamente significante (P = 0,8222) entre o
tempo para a execução da tarefa referente aos não gamers (120,79 ± 19,32 s) e aquele relativo
aos gamers (122,41 ± 19,00 s).
88
5.2.5 Comparação do tempo de execução da tarefa de transferência de objetos conforme a
habilidade ou não de tocar instrumentos musicais
Tempo total, em segundos, para a execução da tarefa de transferência de objetos,
usando o simulador EndoSuture Training Box, pelos alunos do Grupo II estratificados
conforme a habilidade de tocar instrumentos musicais.
Dados expressos como média e desvio padrão dos tempos de 20 alunos que não
tocam instrumentos e 12 que tocam instrumentos. O teste t para variáveis não emparelhados
foi usado para comparar os tempos relativos aos dois estratos.
Gráfico 13 – Tempo total, para a execução da tarefa de transferência de objetos,
pelos alunos do Grupo II, estratificados conforme a habilidade de tocar
instrumentos musicais
0
30
60
90
120
150Não tocam instrumento
Tocam instrumento
Tem
po
(s)
Fonte: dados da pesquisa.
Não foi constatada diferença estatisticamente significante (P = 0,2210) entre o
tempo para a execução da tarefa referente aos que não tocam instrumentos (124,55 ± 17,78 s)
e aquele relativo aos que tocam instrumentos (116,00 ± 20,30 s) (Gráfico 13).
Não foi constatada diferença de significância estatística no tempo de execução
entre os alunos com habito de jogar regularmente vídeo game com aqueles que não jogam ou
o fazem de forma eventual.
Não foi constatada diferença de significância estatística no tempo de execução
entre os alunos com habito tocar instrumentos musicais regularmente com aqueles que não
tocam instrumentos musicais.Pelo menos na fase inicial de aprendizado e treinamento as duas
características de jogar videogames e tocar instrumentos musicais, que teoricamente podem
dar uma maior percepção espacial, não influenciaram no resultados do estudo comparativo.
89
5.3 Grupo III
Compuseram o grupo 49 alunos que já cursaram e concluíram as disciplinas de
Base da Técnica Cirúrgica e Clínica Cirúrgica, com o conteúdo de aulas práticas no LHC,
nos períodos de 2010.1, 2011.1, 2012.1 e 2013.1, com idade media de 24,78 anos, com
predominância do sexo masculino, 33 alunos (67,35%) sobre o sexo feminino, 16 alunos
(32,65%). Todos responderam questionário, via internet e por busca ativa dos alunos
monitores sobre o perfil técnico e de ensino do Laboratório de Habilidades Cirúrgicas, com 20
(vinte) quesitos.
Pesquisa de opinião, através de resposta psicométrica (Escala de Likert), de
questionário qualitativo-quantitativo, objetivo-subjetivo, para medir o nível de concordância
ou não concordância à cada afirmação relacionada com o estágio prático no LHC:
a) Não concordo totalmente........ (1)
b) Não concordo parcialmente ....(2)
c) Indiferente............................... (3)
d) Concordo parcialmente ...........(4)
e) Concordo totalmente............... (5)
O teste deste estudo se propôs a determinar com rigor a validade de um
instrumento para medir a confiança do aluno no modelo de ensino médico apresentado. O
aluno demonstrou sua atitude de confiança (ou não) quando da sua passagem pelas disciplinas
de Clínica Cirúrgica I e III e o estágio de aula prática no Laboratório de Habilidades
Cirúrgica. Pode ter sido preditor de aceitação (ou rejeição) da modelo de ensino proposto. O
resultado do estudo avaliou se o instrumento pode ser confiável, validado e o Laboratório de
Habilidade Cirúrgicas possa ser aplicado e utilizado na estrutura de ensino na matriz
curricular.
1. O estágio regular na Clínica Cirúrgica I e II, com aulas práticas no Laboratório de
Habilidades Cirúrgicas (LHC) contribuiu para o desenvolvimento de habilidades nos
procedimentos cirúrgicos, na atividade prática, no plantão da enfermaria, na emergência ou
na residência.
c) Concordo parcialmente ...........(4) -18 (36,73%)
d) Concordo totalmente............... (5) - 25 (51,02%)
90
2. O ambiente de trabalho, tranquilo, silencioso, sem estresse e sem pressão psicológica
ofereceram condições adequadas de ensino-aprendizado.
d. Concordo parcialmente ...........(4) - 4 (8,16%)
e. Concordo totalmente ............... (5) - 43 (87,76%)
3. A curva de aprendizado adquirida antecipadamente na simulação do LHC ajudou no
contato inicial com o paciente cirúrgico.
d. Concordo parcialmente ...........(4)- 14 (28,57%)
e. Concordo totalmente............... (5) -25 (51,02%)
4. A metodologia aplicada com estações de complexidade progressivas (nó manual, nó
instrumental extracorpóreo, nó instrumental video-cirúrgico, transferência de objetos no
simulador) preencheu as expectativas para o aprendizado.
d. Concordo parcialmente ...........(4) -15 (31,25%)
e. Concordo totalmente............... (5) - 26 (54,17%)
5. A presença do professor e do monitor de ensino acompanhando a execução das tarefas
ofereceu mais segurança e ajudou a diminuir o tempo de aprendizado.
d. Concordo parcialmente ...........(4) 8 (16,33%)
e. Concordo totalmente............... (5) 40 (81,63%)
6. Os conceitos cirúrgicos e a percepção-sensitivo motora adquiridos no LHC foram
transferidos para o exercício real junto ao paciente.
d. Concordo parcialmente ...........(4) 20 (40,82%)
e. Concordo totalmente............... (5) 25 (51,02%)
7. O ensino prático do conhecimento teórico em ambiente de trabalho tranquilo pode
representar mais rapidez na curva de aprendizado.
d. Concordo parcialmente ...........(4) 11 (22,45%)
e. Concordo totalmente............... (5) 38 (77,55%)
8. O LHC contribuiu para avaliar sua aptidão e a incrementar o processo de decisão em seguir
no sentido de se especializar (ou NÃO) numa área de atuação em cirurgia?
d. Concordo parcialmente ...........(4) 13 (26,53%)
e. Concordo totalmente............... (5) 22 (44,90%)
91
9. Após a aula teorico-prática das tarefas do LHC, a possibilidade de treinar despreocupado
com o erro, repetir o treinamento até acertar a tarefa, minimiza no aluno a ansiedades do
risco do erro e da iatrogenia no contato real com o paciente.
d. Concordo parcialmente ...........(4) 13 (26,53%)
e. Concordo totalmente............... (5) 34 (69,39%)
10. A simulação da situação real de trabalho, nó manual, sutura instrumental no LHC,
instrumentaliza o aluno para aquisição de destreza e agilidade na transferência destes
conceitos, e promove FEED-BACK positivo quando for executar os procedimentos e
técnicas no prática clínica, junto ao paciente.
d. Concordo parcialmente ...........(4) 14 (29,17%)
e. Concordo totalmente............... (5) 31 (64,58%)
11. O ambiente do LHC pode promover integração entre o professor, o monitor de ensino e o
aluno. Onde o treinamento ajuda a expandir o conhecimento científico e facilita a
aplicação das informações adquiridas na execução das técnicas operatórias na prática
profissional.
d. Concordo parcialmente ...........(4) 9 (18,37%)
e. Concordo totalmente............... (5) 38 (77,55%)
12. Após passar na disciplina de Clínica Cirúrgica, o LHC pode despertar no aluno a aptidão
cirúrgica, estimular a prática da metodologia científica e testar a vocação do ensino como
monitor e professor.
d. Concordo parcialmente ...........(4) 13 (26,53%)
e. Concordo totalmente............... (5) 28 (57,14%)
13. O estágio prático regular na matriz curricular do LHC deve ser mantido nas disciplinas de
Clínica Cirúrgica I e III.
d. Concordo parcialmente ...........(4) 4 (8,16%)
e. Concordo totalmente............... (5) 45 (91,84%)
14. O treinamento com o simulador de cavidade abdominal ampliou seus conceitos
psicomotores de vídeo cirurgia: ergonomia (posicionamento adequado), ambidestria,
movimentos invertidos, visão tridimensional e estereotaxia (percepção de profundidade e
de localização espacial).
d. Concordo parcialmente ...........(4) 6 (12,50%)
e. Concordo totalmente............... (5) 33 (68,75%)
92
15. Ao participar de uma cirurgia por vídeo-laparoscopia no ambiente real, você percebeu que
os conceitos adquiridos no simulador do LHC ajudaram a desempenhar melhor sua
habilidade.
d. Concordo parcialmente ...........(4) 9 (19,15%)
e. Concordo totalmente............... (5) 28 (59,57%)
16. Se o seu treinamento inicial foi no laboratório, entende que NÃO deveria se iniciar
diretamente no paciente e baseado (a) no que aprendeu, poderia ter mais dificuldades para
adquirir as mesmas habilidade e proficiência cirúrgica em um curso de medicina sem
LHC na matriz curricular.
d. Concordo parcialmente ...........(4) 8 (17,02%)
e. Concordo totalmente............... (5) 34 (72,34%)
17. O LHC é instrumento de ensino para aprender, investigar, treinar as habilidade, metodizar,
reter, transferir e adaptar os conceitos cirúrgicos na prática clínica.
d. Concordo parcialmente ...........(4) 7 (14,58%)
e. Concordo totalmente............... (5) 41 (85,42%)
18. O LHC familiariza o manuseio de materiais e instrumentais e os passos da execução da
técnica operatória, a minimização do impacto psicológico e a insegurança do aluno
quando em situação real da prática hospitalar.
d. Concordo parcialmente ...........(4) 15 (30,61%)
e. Concordo totalmente............... (5) 31 (63,27%)
19. Ajuda a compreender o ambiente cirúrgico e como se comportar na rotina da disciplina
deste novo ambiente de trabalho.
d. Concordo parcialmente ...........(4) 17 (34,69%)
e. Concordo totalmente............... (5) 27 (55,10%)
20. O LHC pode ser utilizado de várias formas: como treinamento de manejo cirúrgico em
simuladores (aula prática), filmoteca, biblioteca, sala de estudos e reuniões para discutir
casos clínicos, além de ter função mista de ensino, pesquisa e extensão na educação
continuada junto a alunos, doutorandos, residentes e preceptores do corpo clínico do
hospital ou da universidade.
d. Concordo parcialmente ...........(4) 9 (18,37%)
e. Concordo totalmente............... (5) 40 (81,63%)
93
Tabela 5 – Características dos integrantes do Grupo III
Característica Grupo III
Tamanho da amostra 49
Idade (anos): média ± desvio padrão 24,78 ± 0,71
Gênero
Masculino
Feminino
33 (67,35%)
16 (32,65%) Fonte: dados da pesquisa.
A amostra do Grupo III foi recrutada pela internet (ex-alunos, já graduados 2.011)
através dos endereços eletrônicos fornecidos pelo banco de dados de UECE e busca ativa, a
partir do Grupo de Apoio ( acadêmicos monitores de ensino) junto aos graduandos cumprindo
estágios de doutorandos (quinto e sextanistas) nos hospitais-escolas. Foi uma amostragem de
49 alunos com idade média e desvio padrão de 24,78 ± 0,71, predominância de participação
do sexo masculino (33 alunos – 67,35%) sobe o feminino (16 alunos – 32,65%) (Tabela 5).
Tabela 6 – Avaliação do método de aquisição de habilidades cirúrgicas pelos 49 alunos do
Grupo III, que responderam a um questionário contendo 20 itens, cada item com escores
variando de 1 a 5. Dados expressos como frequência absoluta e relativa de cada escore
Itens Escores
Total 1 2 3 4 5
1 1 (2,04%) 1 (2,04%) 4 (8,16%) 18 (36,73%) 25 (51,02%) 49 (100,00%)
2 1 (2,04%) 0 (0,00%) 1 (2,04%) 4 (8,16%) 43 (87,76%) 49 (100,00%)
3 1 (2,04%) 0 (0,00%) 9 (18,37%) 14 (28,57%) 25 (51,02%) 49 (100,00%)
4 0 (0,00%) 4 (8,33%) 3 (6,25%) 15 (31,25%) 26 (54,17%) 48 (100,00%)
5 0 (0,00%) 1 (2,04%) 0 (0,00%) 8 (16,33%) 40 (81,63%) 49 (100,00%)
6 2 (4,08%) 2 (4,08%) 0 (0,00%) 20 (40,82%) 25 (51,02%) 49 (100,00%)
7 0 (0,00%) 0 (0,00%) 0 (0,00%) 11 (22,45%) 38 (77,55%) 49 (100,00%)
8 2 (4,08%) 1 (2,04%) 11 (22,45%) 13 (26,53%) 22 (44,90%) 49 (100,00%)
9 1 (2,04%) 1 (2,04%) 0 (0,00%) 13 (26,53%) 34 (69,39%) 49 (100,00%)
10 0 (0,00%) 2 (4,17%) 1 (2,08%) 14 (29,17%) 31 (64,58%) 48 (100,00%)
11 0 (0,00%) 0 (0,00%) 2 (4,08%) 9 (18,37%) 38 (77,55%) 49 (100,00%)
12 2 (4,08%) 1 (2,04%) 5 (10,20%) 13 (26,53%) 28 (57,14%) 49 (100,00%)
13 0 (0,00%) 0 (0,00%) 0 (0,00%) 4 (8,16%) 45 (91,84%) 49 (100,00%)
14 2 (4,17%) 1 (2,08%) 6 (12,50%) 6 (12,50%) 33 (68,75%) 48 (100,00%)
15 0 (0,00%) 1 (2,13%) 9 (19,15%) 9 (19,15%) 28 (59,57%) 47 (100,00%)
16 0 (0,00%) 1 (2,13%) 4 (8,51%) 8 (17,02%) 34 (72,34%) 47 (100,00%)
17 0 (0,00%) 0 (0,00%) 0 (0,00%) 7 (14,58%) 41 (85,42%) 48 (100,00%)
18 1 (2,04%) 1 (2,04%) 1 (2,04%) 15 (30,61%) 31 (63,27%) 49 (100,00%)
19 1 (2,04%) 1 (2,04%) 3 (6,12%) 17 (34,69%) 27 (55,10%) 49 (100,00%)
20 0 (0,00%) 0 (0,00%) 0 (0,00%) 9 (18,37%) 40 (81,63%) 49 (100,00%)
Fonte: dados da pesquisa.
94
Tabela 7 – Proporção de respostas ótimo (escore 4) e excelente (escore 5) dadas pelos 49
avaliadores ao método de aquisição de habilidades cirúrgicas, considerando cada item
individualmente e a média de todos os itens do questionário (global)
Itens
Proporção de respostas:
concordo parcialmente (4)
e concordo totalmente(5)
Itens
Proporção de respostas:
concordo parcialmente (4) e
concordo totalmente(5)
1 87,75% 11 95,92%
2 95,92% 12 83,67%
3 79,59% 13 100,00%
4 85,42% 14 81,25%
5 97,96% 15 78,72%
6 91,84% 16 89,36%
7 100,00% 17 100,00%
8 71,43% 18 93,88%
9 95,92% 19 89,79%
10 93,75% 20 100,00%
Global 90,61%
Fonte: dados da pesquisa.
A avaliação do método de aquisição de habilidades cirúrgicas pelos 49 alunos do
Grupo III, que responderam a um questionário contendo 20 itens, cada item com escores
variando de 1 a 5. Tiveram os dados expressos como frequência absoluta e relativa de cada
escore, com avaliação satisfatória, com escore de 4 e 5 (concordo parcialmente e concordo
totalmente) em 90,61% dos alunos (TABELA 6, TABELA 7).
5.4 Grupo IV
Grupo compostos por 37 alunos cirurgiões, recrutados e estratificados em três
subgrupos:
Subgrupo com 25 alunos – membros das Sociedades Médicas (Colégio Brasileiro
de Cirurgiões (CBC), Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva e Robótica
(SOBRACIL), Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), de várias
áreas de atuação, habilitados, titulados e capacitados na execução de sutura vídeo cirúrgica.
Subgrupo com 5 alunos – congressistas inscritos no I Congresso Norte de Cirurgia
Bariátrica e Metabólica da SBCBM em Belém- Pará 31 de julho a 02 de agosto de 2.014, após
realizarem o Curso Avançado de Endosuturas e Endoanastomoses – Hands On.
Subgrupo com 7 alunos – residentes de cirurgia e urologia do Hospital das
Clínicas Getúlio Vargas da Universidade Federal do Maranhão em agosto de 2.014 (4 alunos)
95
e do Hospital do Câncer Tarquínio Lopes (São Luis), em agosto de 2.014(3 alunos) após
participarem do Curso Avançado de Endosuturas e Endoanastomoses, para instalação e
implantação do Laboratório de Habilidades Cirúrgicas daquelas unidade de ensino
(TABELA 8).
Tabela 8 – Características dos participantes do Grupo IV, constituído por
cirurgiões e residentes de cirurgia
Característica Grupo IV
Tamanho da amostra 37
Idade (anos): média ± desvio padrão 39,70 ± 11,33
Gênero
Masculino
Feminino
34 (91,89%)
3 (8,11%)
Mão dominante
Direita
Esquerda
35 (94,59%)
2 (5,41%)
Especialidade
Cirurgia geral
Cirurgia do aparelho digestivo
Cirurgia bariátrica
Cirurgia torácica
Cirurgia cardíaca
Cirurgia oncológica
Cirurgia pediátrica
Coloproctologia
Ginecologia
Urologia
Residente de cirurgia geral (R2)
Residente de urologia (R1)
13 (35,14%)
3 (8,11%)
2 (5,41%)
2 (5,41%)
1 (2,70%)
1 (2,70%)
1 (2,70%)
2 (5,41%)
3 (8,11%)
1 (2,70%)
6 (16,22%)
2 (5,41%)
Fonte: dados da pesquisa.
O Grupo IV foi um grupo heterogênio, composto por 37 cirurgiões de diferentes
níveis de habilidades e proficiência em endosutura, com predominância do sexo masculino
(34 – 91,89%) e 3 cirurgiãs (8,11%), com a mão direita dominante (34 – 91,89%) sobre a
esquerda (3 – 8,11%), de várias áreas de atuação cirúrgica, incluindo residentes de urologia e
cirurgia geral, e idade média de 37 anos, variando 28 a 65 anos (TABELA 9). Tiverão como
tarefa, executar de forma randomizada, no simulador 3-DMed® e no EndoSuture Training
Box, endosuturas para avaliar o perfil técnico e tecnológico dos dois simuladores (1.
Triangulação, 2. Resistência e resiliência, 3. Estereotaxia, 4. Ergonomia, 5. Movimento
invertido, 6. Visibilidade, 7. Design, 8. Treinamento, 9. Recursos tecnológicos, 10. Ensino) e
96
a seguir responderam 10 quesitos com escore de l a 5 (1.Insuficiente, 2. Regular, 3. Bom,
4.Ótimo, 5. Excelente) da escala de Likert
Tabela 9 – Escala de Progressão de Habilidades e Proficiência de Suturas em
Vídeo Cirurgia
Escala Número de cirurgiões (percentual)
1. Insuficiente (1, 2 ou 3 pontos) 6 (16.22%)
2. Regular (4 or 5 points) 3 (8.11%)
3. Bom (15 – 18 min) 14 (37.84%)
4. Ótimo (12 – 15 min) 9 (24.32%)
5. Excelente (< 12 min) 5 (13.51%)
Fonte: dados da pesquisa.
Os cirurgiões foram recrutados para avaliar a condição técnica e tecnológica dos
simuladores realizando endosuturas para pontuar as característica de cada instrumentos. No
entanto, o seu desempenho foi quantificado no tempo de execução das tarefas, a confecção de
6 pontos com 5 nós em cada simulador. Observou que poderiam ser estratificados quando ao
desempenho da execução, sendo possível qualificar a performance em Escala de Progressão
de Habilidades e Proficiência de Suturas em Vídeo Cirurgia (Tabela 6),
5.4.1 Comparação e avaliação das respostas dos cirurgiões sobre o perfil técnico dos
simuladores
Todos os cirurgiões após avaliarem o perfil técnico e tecnológico, responderam
pesquisa de opinião qualitativa-qualitativa, a dez perguntas com escores de 1 a 5 (a.
Insuficiente (1; b. Regular (2) ; c. Bom (3); d. Ótimo (4); e. Excelente) , da escala de Likert,
relativas aos dois simuladores.
1. Distribuição dos portais no simulador, para triangulação dos instrumentos.
CLÁSSICO ENDOSUTURE TRAINING BOX
c. Bom (3) d. Ótimo (4)
Observou-se uma melhor avaliação na distribuição dos portais para triangulação
dos instrumentos e execução das tarefas cirúrgicas, no simulador EndoSuture Training Box
com uma mediana de 4 (ótimo) e intervalo interquartil variando de 3 a 4; quando comparado
97
com o simulador 3-DMed® clássico com uma mediana de 3 (bom) e intervalo interquartil
variando de 2,5 a 4, com diferença de significância estatística (p< 0,0001).
2. Feedback da Resistência (força aplicada nos instrumentos para movimentar a alavancar dos
portais na execução das tarefas) com a Resiliência da borracha pulsônica (retorno espontâneo
dos portais ao local original após a execução dos movimentos).
CLÁSSICO ENDOSUTURE TRAINING BOX
a. Bom (3) d. Ótimo (4)
Observou-se uma melhor avaliação no feedback da resistência com a resiliência,
no retorno espontâneo dos portais ao local original após a execução dos movimentos no
manejo instrumentos e execução das tarefas cirúrgicas, no simulador EndoSuture Training
Box com uma mediana de 4 (ótimo) e intervalo interquartil variando de 3,00 a 5,00; quando
comparado com o simulador 3-DMed®
clássico com uma mediana de 3 (bom) e intervalo
interquartil variando de 2,00 a 4,00; com diferença de significância estatística com P =
0,0005.
3. Adequação da triangulação dos portais, no introdução dos instrumentos através da parede
abdominal, e na percepção da profundidade da bandeja de sutura intra-corpórea (estereotaxia).
CLÁSSICO ENDOSUTURE TRAINING BOX
c. Bom (3) c. Bom (3)
Observou-se uma avaliação semelhante na percepção da profundidade da bandeja
de sutura intra-corpórea (estereotaxia), no manejo instrumentos e execução das tarefas
cirúrgicas, tanto no simulador EndoSuture Training Box quanto no simulador 3-DMed®
clássico com uma mediana de 3 (bom) e intervalo interquartil variando de 3,00 a 4,00; sem
diferença de significância estatística com P = 0,1627.
4. Ergonomia de posicionamento (membros superiores do cirurgião x resistência-resiliência
do simulador x posicionamento da bandeja de sutura x imagem do monitor).
CLÁSSICO ENDOSUTURE TRAINING BOX
c.Bom (3) d.Ótimo (4)
98
Observou-se uma melhor avaliação na ergonomia de posicionamento e retorno
espontâneo dos portais ao local original após a execução dos movimentos no manejo
instrumentos e execução das tarefas cirúrgicas e na imagem transmitida pela câmera no
simulador EndoSuture Training Box com uma mediana de 4 (ótimo) e intervalo interquartil
variando de 3,00 a 4,00; quando comparado com o simulador 3-DMed® clsássico com uma
mediana de 3 (bom ) e intervalo interquartil variando de 2,00 a 3,50, com diferença de
significância estatística com P = 0,0042.
5. Efeito fulcrum (movimento invertido) em relação a visão real, a alavanca do portal na
parede do simulador, a interface cega, o movimento cirúrgico invertido e o campo de visão
virtual (imagem).
CLÁSSICO ENDOSUTURE TRAINING BOX
c.Bom (3) c. Bom (3)
Observou-se uma avaliação semelhante no efeito fulcrum (movimentos
invertidos) após a execução dos movimentos no manejo dos instrumentos e execução das
tarefas cirúrgicas, tanto simulador EndoSuture Training Box quanto com o simulador 3-DMed
clássico com uma mediana de 3 (bom), porém, com uma distribuição do intervalo interquartil
variando de 3,00 e 4,00 no simulador EndoSuture Training Box; quando comparado com o
intervalo interquartil do simulador 3-DMed® clássico, variando de 2,50 a 4,00. Medianas
semelhantes, intervalos interquartis diferentes, no entanto, sem diferença de significância
estatística, com P = 0,1500.
6. Visibilidade do campo operatório e qualidade da imagem monitor.
CLÁSSICO ENDOSUTURE TRAINING BOX
c.Bom (3) c. Bom (3)
Observou-se uma avaliação semelhante na visibilidade do campo operatório e
qualidade da imagem monitor no feedback da resistência durante a execução dos movimentos
e no manejo instrumentos e execução das tarefas cirúrgicas, com uma mediana de 3 (bom),
quanto no intervalo interquartil variando de 3,00 a 4,00; tanto no simulador EndoSuture
99
Training Box o simulador 3-DMed® clássico, sem diferença de significância estatística com P
= 0,0650.
7. Design dos simuladores.
CLÁSSICO ENDOSUTURE TRAINING BOX
b. Bom (3) d. Ótimo (4)
Observou-se uma melhor avaliação no design do simulador EndoSuture Training
Box com uma mediana de 4 (ótimo) e intervalo interquartil variando de 4,00 a 5,00; quando
comparado com o simulador 3-DMed®
clássico com uma mediana de 3 (bom) e intervalo
interquartil variando de 2,50 a 4,00, além de apresentar diferença de significância estatística
com P <0,0001.
8. O simulador apresenta recurso técnico tecnológico para incorporar o treinamento do
cirurgião e do cirurgião auxiliar com a câmera e os instrumentos (número e posicionamento
de portais).
CLÁSSICO ENDOSUTURE TRAINING BOX
e) Bom (3) d. Ótimo (4)
Observou-se uma melhor avaliação no recurso técnico para incorporar o
treinamento na execução dos movimentos no manejo instrumentos e execução das tarefas
cirúrgicas, no simulador EndoSuture Training Box com uma mediana de 4 (ótimo) e intervalo
interquartil variando de 3,00 a 4,00; quando comparado com o simulador 3-DMed® clássico
com uma mediana de 3 (bom) e intervalo interquartil variando de 2,00 a 3,50 e apresentando
diferença de significância estatística com P < 0,0001.
9. Recurso estrutural do simulador para incorporar tecnologia no treinamento: associar a TV
de tamanho maior, set de videocirurgia com 2D e 3D, portal único.
CLÁSSICO ENDOSUTURE TRAINING BOX
c.Bom (3) d.Ótimo (4)
100
Observou-se uma melhor avaliação no recurso estrutural do simulador para
incorporar tecnologia no treinamento, após a execução dos movimentos eno manejo
instrumentos e execução das tarefas cirúrgicas, no simulador EndoSuture Training Box com
uma mediana de 4 (ótimo) e intervalo interquartil variando de 3,00 a 4,50; quando comparado
com o simulador 3-DMed® clássico com uma mediana de 3 (bom) e intervalo interquartil
variando de 2,00 a 3,5 e apresentando diferença de significância estatística com P < 0,0001.
10. Desempenho e eficácia do simulador como instrumento de ensino, treinamento e retenção
de habilidades para doutorandos, residentes de cirurgia e cirurgiões com interesse de elevar a
proficiência em videocirurgia.
CLÁSSICO ENDOSUTURE TRAINING BOX
c. Bom (3) d.Ótimo (4)
Observou-se uma melhor avaliação no desempenho e eficácia do simulador como
instrumento de ensino, treinamento e retenção de habilidades para residentes de cirurgia e
cirurgiões com interesse de elevar a proficiência em videocirurgia, no simulador EndoSuture
Training Box com uma mediana de 4 (ótimo) e intervalo interquartil variando de 4,00 a 5,00;
quando comparado com o simulador 3-DMed® clássico com uma mediana de 3 (bom) e
intervalo interquartil variando de 3,00 a 4,0 e apresentando diferença de significância
estatística com P < 0,0006.
Tabela 10 – Avaliação da validade aparente do EndoSuture Training Box (ESTB) e do
simulador 3-DMed® clássico, realizada por 37 cirurgiões que responderam a questionário
contendo 10 itens, cada item com escores variando de 1 a 5. Comparações entre os escores do
ESTB e do simulador clássico foram feitas pelo teste de Wilcoxon
Itens Simulador Clássico Endo-Suture Training Box Significância
(Teste de
Wilcoxon) Mediana
Intervalo
interquartil Mediana
Intervalo
interquartil
1 3,00 2,50 a 4,00 4,00 3,00 a 4,00 P = 0,0001
2 3,00 2,00 a 4,00 4,00 3,00 a 5,00 P = 0,0005
3 3,00 3,00 a 4,00 3,00 3,00 a 4,00 P = 0,1627
4 3,00 2,00 a 3,50 4,00 3,00 a 4,00 P = 0,0042
5 3,00 2,50 a 4,00 3,00 3,00 a 4,00 P = 0,1500
6 3,00 3,00 a 4,00 4,00 3,00 a 4,00 P = 0,0650
7 3,00 2,50 a 4,00 4,00 4,00 a 5,00 P < 0,0001
8 3,00 2,00 a 3,50 4,00 3,00 a 4,00 P < 0,0001
9 3,00 2,00 a 3,50 4,00 3,00 a 4,50 P < 0,0001
10 3,00 3,00 a 4,00 4,00 4,00 a 5,00 P = 0,0006
Fonte: dados da pesquisa.
101
Observou-se que, na avaliação da validade aparente do EndoSuture Training Box
(ESTB) realizada por 37 cirurgiões que responderam a questionário contendo 10 itens cada
item com escores variando de 1 a 5, na escala de Likert, este teve ótima avaliação na mediana,
intervalo interquartil e na diferença de significância estatística em 7 itens (1. Triangulação, 2.
Resistência e resiliência, , 4. Ergonomia, 7. Design, 8. Treinamento, 9. Recursos tecnológicos,
10. Ensino) todas superiores ao simulador 3-DMed® clássico, e semelhança em 3 itens com
boa avaliação (3. Estereotaxia, 5. Movimento invertido, 6. Visibilidade) (TABELA 10).
Tabela 11 – Avaliação da validade aparente do simulador 3-DMed®
clássico, realizada por 37
cirurgiões que responderam a questionário contendo 10 itens, cada item com escores variando
de 1 a 5. Dados expressos como frequência absoluta e relativa de cada escore
Itens Escores
Total 1 2 3 4 5
1 1 (2,70%) 8 (21,62%) 16 (43,24%) 10 (27,03%) 2 (5,41%) 37 (100,00%)
2 0 (0,00%) 12 (32,43%) 13 (35,14%) 8 (21,62%) 4 (10,81%) 37 (100,00%)
3 2 (5,41%) 5 (13,51%) 18 (48,65%) 10 (27,03%) 2 (5,41%) 37 (100,00%)
4 1 (2,70%) 10 (27,03%) 17 (45,95%) 5 (13,51%) 4 (10,81%) 37 (100,00%)
5 2 (5,41%) 7 (18,92%) 16 (43,24%) 10 (27,03%) 2 (5,41%) 37 (100,00%)
6 2 (5,41%) 5 (13,51%) 15 (40,54%) 12 (32,43%) 3 (8,11%) 37 (100,00%)
7 2 (5,41%) 7 (18,92%) 17 (45,95%) 9 (24,32%) 2 (5,41%) 37 (100,00%)
8 5 (13,51%) 6 (16,22%) 17 (45,95%) 7 (18,92%) 2 (5,41%) 37 (100,00%)
9 3 (8,11%) 14 (37,84%) 11 (29,73%) 8 (21,62%) 1 (2,70%) 37 (100,00%)
10 1 (2,70%) 2 (5,41%) 16 (43,24%) 11 (29,73%) 7 (18,92%) 37 (100,00%)
Fonte: dados da pesquisa.
A avaliação da validade aparente do simulador 3-DMed®
clássico, realizada por
37 cirurgiões após responderam a questionário contendo 10 itens, cada item com escores
variando de 1 a 5 nas escala de Likert, mostrou os dados expressos como frequência absoluta
e relativa de escore bom em 9 itens (1. Triangulação, 2. Resistência e resiliência, 3.
Estereotaxia, 4. Ergonomia, 5. Movimento invertido, 6. Visibilidade, 7. Design, 8.
Treinamento, 10. Ensino), e escore regular no item 9, este se referindo as condições técnicas
do simulador (TABELA 11).
102
Tabela 12 – Avaliação da validade aparente do simulador EndoSuture Training Box, realizada
por 37 sujeitos que responderam a questionário contendo 10 itens, cada item com escores
variando de 1 a 5. Dados expressos como frequência absoluta e relativa de cada escore
Itens Escores
Total 1 2 3 4 5
1 0 (0,00%) 1 (2,70%) 11 (29,73%) 18 (48,65%) 7 (18,92%) 37 (100,00%)
2 1 (2,70%) 0 (0,00%) 12 (32,43%) 14 (37,84%) 10 (27,03%) 37 (100,00%)
3 0 (0,00%) 5 (13,51%) 16 (43,24%) 12 (32,43%) 4 (10,81%) 37 (100,00%)
4 0 (0,00%) 5 (13,51%) 12 (32,43%) 14 (37,84%) 6 (16,22%) 37 (100,00%)
5 0 (0,00%) 6 (16,22%) 14 (37,84%) 14 (37,84%) 3 (8,11%) 37 (100,00%)
6 0 (0,00%) 7 (18,92%) 7 (18,92%) 15 (40,54%) 8 (21,62%) 37 (100,00%)
7 0 (0,00%) 1 (2,70%) 6 (16,22%) 18 (48,65%) 12 (32,43%) 37 (100,00%)
8 0 (0,00%) 0 (0,00%) 12 (32,43%) 18 (48,65%) 7 (18,92%) 37 (100,00%)
9 0 (0,00%) 1 (2,70%) 9 (24,32%) 18 (48,65%) 9 (24,32%) 37 (100,00%)
10 0 (0,00%) 1 (2,70%) 5 (13,51%) 17 (45,95%) 14 (37,84%) 37 (100,00%)
Fonte: dados da pesquisa.
A avaliação da validade aparente do simulador EndoSuture Training Box,
realizada por 37 cirurgiões após responderam a questionário contendo 10 itens, cada item com
escores variando de 1 a 5 nas escala de Likert, mostrou os dados expressos como frequência
absoluta e relativa de escore ótimo em 8 item (1. Triangulação, 2. Resistência e resiliência, 4.
Ergonomia, 6. Visibilidade, 7. Design, 8. Treinamento, 9. Recursos tecnológicos, 10. Ensino)
e escore bom em 2 itens (3. Estereotaxia, 5. Movimento invertido) (TABELA 12).
Tabela 13 – Avaliação da validade aparente do EndoSuture Training Box (ESTB) e do
simulador 3-DMed® clássico, realizada por 37 cirurgiões que responderam a questionário
contendo 10 itens, cada item com escores variando de 1 a 5. Comparações entre os escores do
ESTB e do simulador clássico foram feitas pelo teste de Wilcoxon
Itens Simulador Clássico EndoSuture Training Box
Quesito Mediana Qualitativo Mediana Qualitativo
1 3,00 Bom 4,00 Ótimo Triangulação
2 3,00 Bom 4,00 Ótimo Resistência
Resiliência
3 3,00 Bom 3,00 Bom Estereotaxia
4 3,00 Bom 4,00 Ótimo Ergonomia
5 3,00 Bom 3,00 Bom Movimento
Invertido
6 3,00 Bom 4,00 Ótimo Visibilidade
7 3,00 Bom 4,00 Ótimo Design
8 3,00 Bom 4,00 Ótimo Treinamento
9 3,00 Bom 4,00 Ótimo Recurso
Tecnológico
10 3,00 Bom 4,00 Ótimo Ensino
Fonte: dados da pesquisa.
103
A avaliação da validade aparente do simulador EndoSuture Training Box,
realizada por 37 cirurgiões após responderam a questionário contendo 10 itens, cada item com
escores variando de 1 a 5 nas escala de Likert, mostrou os dados expressos como frequência
absoluta e relativa de escore ótimo em 8 item (1. Triangulação, 2. Resistência e resiliência, 4.
Ergonomia, 6. Visibilidade, 7. Design, 8. Treinamento, 9. Recursos tecnológicos, 10. Ensino)
e escore bom em 2 itens (3. Estereotaxia, 5. Movimento invertido). Enquanto o simulador 3-
DMed® teve uma avaliação com escore bom em todos os itens (TABELA 13).
Tabela 14 – Proporção de respostas ótimo (escore 4) e excelente (escore 5) dadas pelos 37
avaliadores ao simulador clássico e ao EndoSuture Training Box (ESTB), considerando cada
item individualmente e a média de todos os itens do questionário (global)
Itens Proporção de respostas ótimo e excelente
Simulador clássico EndoSuture Training Box
1 32,44% 67,57%
2 32,43% 64,87%
3 32,44% 43,24%
4 24,32% 54,06%
5 32,44% 45,95%
6 40,54% 62,16%
7 29,73% 81,08%
8 24,33% 67,57%
9 24,32% 72,97%
10 48,65% 83,79%
Global 32,16% 64,33%
Fonte: dados da pesquisa.
A proporção de respostas ótimo (escore 4) e excelente (escore 5) dadas pelos 37
avaliadores ao simulador clássico 3-DMed®
e no EndoSuture Training Box, considerando
cada item individualmente e a média de todos os itens do questionário (global), realizada por
37 cirurgiões após responderam a questionário contendo 10 (1. Triangulação, 2. Resistência e
resiliência, 3. Estereotaxia, 4. Ergonomia, 5. Movimento invertido, 6. Visibilidade, 7. Design,
8. Treinamento, 9. Recursos tecnológicos, 10. Ensino), cada item com escores variando de 1 a
5 nas escala de Likert, mostrou os dados expressos como frequência absoluta e relativa de
escore ótimo e excelente em 64,33% para o EndoSuture Training Box, como o restante dos
ecores bom (35,57%). Enquanto o simulador 3-DMed® teve uma avaliação com escore ótimo
e excelente em 32,16% (TABELA 14).
104
6 DISCUSSÃO
Com os resultados da pesquisa e as análises estatística o detalhamento das
evidências encontradas nos 4 grupos estudados devem ser discutidas e comparadas as
evidências encontradas na literatura científica.
No Grupo I, o estudo comparativo entre o tempo de confecção (amarria) do nó
clássico e o nó ajustado (onde cada aluno executou 6 pontos com cinco nós cada) mostrou um
tempo médio menor de execução do nó clássico (16,13 ± 4,74 s) em relação ao tempo de
execução do nó ajustado (20,47 ± 5,80 s), com significância estatística. Fato esperado posto
que, para executar o nó ajustado exige-se realizar um movimento a mais com passada do fio
de uma mão para outra, para executar o nó. Pode-se esperar, porém, que na medida em que o
aluno padroniza a confecção do nó ajustado, este tempo tenderá e diminuir e se aproximar do
tempo do nó clássico. Todos os alunos executaram a tarefa, conforme ensinado na aula
teórica, num tempo médio aceito como normal para esta fase de aprendizado.
O estudo comparativo entre o tempo de execução para desatar (desmanche) o nó
clássico e o nó ajustado (cada aluno desatou os 6 pontos com cinco nós cada) mostrou um
tempo médio maior de execução do nó ajustado (14,27 ± 4,05 s) em relação ao tempo de
execução do nó clássico(12,53 ± 2,93 s), com significância estatística. Resultado esperado
posto que, diante de maior tempo para executar a soltura do nó, sugere que ele se torna mais
seguro e firme após a sua confecção, podendo promover maior eficácia e segurança na
amarria, além de, a configuração espacial, formatação, a contrução e a confecção do nó
ajustado define uma metodização e desenvolve ambidestria.
O estudo comparativo entre o comprimento do nó clássico e o nó ajustado (cada
fio foi medido em centímetro) mostrou um comprimento médio semelhante entre o nó
clássico (20,71 ± 2,21 cm) em relação ao comprimento médio do nó ajustado (20, 64 ± 2,79
cm). Não teve significância estatística entre o comprimento dos fios dos dois tipos de amarria.
Observou-se que o peso do fio no nó clássico (0,84 ± 0,12 g). foi semelhante que
o peso do fio nó ajustado (0,83 ± 0,15 g), sem significância estatística. Se o tamanho em
centímetro foi semelhante entre o nó clássico e nó ajustado, era esperado que o peso do fio
também fosse semlhante.
Apesar da semelhança dos achados do comprimento e do peso do fio entre os dois
tipos de nó, pode abrir caminho para estudo posterior, para avaliar resposta inflamatória, à
presença de quantidades de corpo estranho deixado por tipos de nós diferentes (clássico e
ajustado) e volume de fios incorporados na sutura. A configuração e a formatação espacial
105
diferentes, podem representar e desenvolver uma resposta inflamatório diferente diante da
presença do corpo estranho, quando numa sutura em tecido humano.
O nó ajustado mostra oferecer pouca resistência para deslizar e ser fácil de
apertar, demora mais tempo para desatar, ser mais difícil de afrouxar e desatar, portanto,
sugere que a amarria do nó ajustado é mais segura e eficaz que o nó clássico.
Além do que, estabelece uma metodização eficaz para sua construtidade: formatação espacial (letra C – letra D) e execução dos movimentos, define coordenação
sequencial na confecção do nó, favorece o desenvolvimento da ambidestria, pois estimula a
utilização de movimentos executados por ambas as mãos, e pode continuar sendo aplicado na
metodização de modelo de ensino.
O tempo de execução entre gêneros foi semelhante, entre os homens (15,58 ±
4,02 s) e as mulheres (16,96 ± 5,67 s), tanto no nó clássico e no nó ajustado (19,14 ± 4,70 s),
do que aquele relativo ao tempo de execução das mulheres (22,46 ± 6,87 s), não foi
constatada diferença significante. Alguns trabalhos relatam maior tempo de absorção dos
conceitos psicomotores da habilidade cirúrgica das mulheres ser mais lento do que os homens
e demanda mais tempo para executar a mesma tarefa que os homens, porém, quando elas
atingem a proficiência, apresentam melhor desempenho na execução das tarefas cirúrgicas.
Foi comparada a confecção de nó ajustado instrumental entre o Grupo I e o Grupo
II, pontos extra-corpóreos, em bandeja de sutura, o tempo de confecção de 6 pontos com 5 nós
ajustados em cada ponto, com tarefa executada por 67 alunos, sendo 30 alunos do Grupo I e
37 alunos do Grupo II. Observou-se que o Grupo II (7,55 ± 2,97 min) executou em tempo
sememlhante a confecção do nó ajustado comparado com o Grupo I (8,66 ± 3,89 min), onde
não foi constatada diferença estatisticamente significante. Após um ano da passada de uma
disciplina para outra (Base da Técnica Cirúrgica – (Grupo I) para Clínica Cirúrgica – Grupo
II), observou-se que os alunos do Grupo II, podem ter absorvido adequadamente o
aprendizado, retenção dos conceitos psicomotores na progressão da habilidade da confecção
do ponto instrumental com o nó ajustado, mantendo o o tempo de execução assemelhado.
Podem ter utilizado estes conceitos na transferência de habilidade do LHC para as aulas
práticas sob preceptoria de cirurgiões ou professor da disciplina, no plantão da emergência e
na sala de operação, no animalis nobilis.
Todos os alunos executaram as tarefas propostas, mostrando que absorveram os
conceitos psicomotores ensinados na sala de aula
106
As teorias educacionais, segundo Sadideen et al. (2012), foram aplicadas para
promover aprendizado efetivo no ensino de habilidades práticas na educação cirúrgica dos
alunos da Base da Técnica Cirúrgica – (Grupo I) para Clínica Cirúrgica – (Grupo II), no
LHC. O ensino da prática de habilidades foi componente principal na graduação e da
educação cirúrgica e visou a diminuição da exposição clínica do paciente.
Conforme aTeoria de Fitts and Posner – a aprendizagem se faz através da
aquisição e retenção da habilidade psico-motora - cognitivo, associativo e autônomo (o
desempenho se diversifica, pode realizar tarefas simultâneas, associadas). Progressivamente, o
aluno desenvolveu estratégias de movimento mais adequado, superou os obstáculos e
conseguiu realizar as tarefa ensinadas nas aulas teóricas e práticas.
Na Teoria de Ericsons os alunos desenvolveram a habilidade após prática
repetida (40 atos) do exercício e regular de reforço, com retenção dos conceitos psico-
motores.
Na execução da Teoria de Vygotsky houve, no processo de aprendizagem,
interação do aluno, com o monitor de ensino e o professor assistente promovendo no aluno o
estímulo e a potencialidade para ele aprender.
Ocorreu na Teoria de Lave e Wenger a aquisição gradual de conhecimentos e
habilidades, à medida que os novatos aprenderam com os mais experientes (monitores de
ensino e professores) no contexto das atividades práticas diárias
O feedback da Teoria de Boud, Schon e Endes praticou-se a curva de
habilidades vivenciado-se, após a observação dos professores e monitores de ensino, onde as
hipóteses seriam testadas e a seguir seriam implementadas e executadas por todos os alunos.
No Grupo II as evidências encontradas na pesquisa foram assemelhadas às
evidências encontradas na literatura científica.
Todos os alunos executaram o movimento de transferência de objetos, 12 cubos
de esponjas de aproximadamente 1cm3
de um compartimento para outro, de ida e volta com a
mão direita e a mão esquerda, com endoclinch, no simulador de cavidade abdominal
EndoSuture Training Box, para absorver e desenvolver os conceitos básicos de vídeo cirurgia:
ergonomia, ambidestria, movimentos invertidos (efeito fucral), hapticidade, percepção de
profundidade (estereotaxia).
Este foi o primeiro contato dos alunos com o novo ambiente de trabalho. Os
exercícios de vídeo cirurgia foram repetidos e aperfeiçoados, para absorção dos conceitos
psicomotores e progressão das habilidades cirúrgicas em vídeo cirurgia. Houve
predominância de eficácia de movimentos superiores com a mão direita, sobre a mão
107
esquerda, sendo reproduzido resultado esperado com a mão dominante em outras tarefas do
cotidiano.
Os movimentos com a mão direita em qualquer tarefa e em qualquer subgrupo
foram mais rápidos do que com a mão esquerda, no entanto, a segunda execução das tarefas
com a mão esquerda teve uma diminuição de tempo comparado com a primeira tarefa. Há
uma tendência de executar a segunda tarefa com tempo menor que a primeira tarefa, posto
que aumenta a familiarização com os instrumentos, a retenção de conceitos do novo ambiente
de trabalho.
O tempo de execução relativo às mulheres foi significantemente maior que o
referente aos homens na transferência de objetos. Estudos mostram que a absorção dos
conceitos de habilidade cirúrgica no sexo feminino são menores que no sexo masculino.
Porém, na progressão de habilidades, quando as mulheres atingem a proficiência, elas
executam as tarefas como mais exatidão e padronização.
O número de canhotos ser pequeno - 4alunos (12,50%), enquanto 28 (87,50%)
apresentaram a mão direita dominantes, porém tempo relativo de execução das tarefas foi
menor que o tempo de execução dos destros. Há na população geral uma média de 10 a 15 %
de canhotos. Esta amostragem foi de 13,33 %. Observou-se que a mão dominante esquerda
executou a tarefa em maior tempo (16,44 ± 4,92 s), que a mão direita (16,09 ± 4,81 s), mas
não houve diferença estatística no desempenho das tarefas entre os destros (28 alunos –
87,5%) e os canhotos (4 alunos – 12,5%). Denotando que os canhotos se adaptaram bem ao
manejo dos instrumentos confeccionados para os destros, e realizaram os movimentos de
transferência significantemente menor que os destros, portanto denotando ambidestria, ou
ambiesquerdia. Mesmo que os materiais e instrumentais sejam confeccionados para os
destros, os sinistros conseguem adaptar-se ao mundo destro e conseguem desenvolver
habilidades assemelhada aos movimentos dos destros no desempenho das tarefas cirúrgicas,
sugerindo ainda, que o perfil da mão dominante nas atividades extra-corpóreas continua
prevalecendo neste novo ambiente de trabalho.
Não foi constatada diferença de significância estatística no tempo de execução
entre os alunos com hábito de tocar instrumentos musicais regularmente com aqueles que não
tocam instrumentos musicais. Pelo menos na fase inicial de aprendizado e treinamento as duas
características de jogar videogames e tocar instrumentos musicais, que teoricamente podem
dar uma maior percepção espacial, não influenciaram no resultados do estudo comparativo.
O LHC mostrou-se capaz de proporcionar aos alunos, através de simuladores,
manejo o mais próximo possível da realidade de cavidade abdominal, com treinamento
108
adequado, sistematizado, orientado por professores e monitores de cirurgia, a técnica correta
de confecção de nós, pontos e suturas, manuseio de instrumental cirúrgico, pinças, tesouras e
porta agulhas. As estações progressiva em vídeo cirurgia, visão bidimensional com manejo
tridimensional (estereotaxia) e posicionamento dos trocartes para adequada triangulação dos
movimentos (ergonomia), além de explorar o potencial de sedimentação na ambidestria e
ambiesquerdia na confecção dos nós e suturas e a hapticidade, o toque, o movimento e a
percepção espacial da interface cega ajudaram aos alunos na habilidade e na retenção dos
conceitos psico-motores para sedimentação desta nova relação espacial e ambiente de
trabalho.
As teorias educacionais, segundo Sadideen et al. (2012), são componentes do
ensino da prática de habilidades na graduação e da educação cirúrgica no LHC, foram
aplicadas e promoveram aprendizado efetivo no ensino de habilidades prática na educação
cirúrgica do alunos da Clínica Cirúrgica I e III. O As tarefas sugeridas nas aulas teóricas
foram executadas aplicando de forma associada os conceitos e teorias do aprendizado, e
transferindo adaptando estes conceitos nas aulas práticas de cirurgia.
A aprendizagem da Teoria de Fitts and Posner através da aquisição e retenção da
habilidade psico-motora: cognitivo, associativo e autônomo, onde desempenho se diversifica,
pode realizar tarefas simultâneas, associadas. Progressivamente o aluno desenvolveu
estratégias de movimento mais adequados e superou os obstáculos e conseguiu realizar as
tarefa ensinadas nas aulas teóricas e práticas.
Na Teoria de Ericsons os alunos desenvolveram habilidade após prática repetida
(40 atos) do exercício e regular de reforço, com retenção dos conceitos psico-motores.
Houve na Teoria de Vygotsky, no processo de aprendizagem, interação do aluno,
com o monitor de ensino e o professor assistente promovendo no aluno o estímulo e a
potencialidade para ele aprender.
Ocorreu na Teoria de Lave e Wenger aquisição gradual de conhecimentos e
habilidades, à medida que os novatos aprenderam com os mais experientes (monitores de
ensino e professores) no contexto das atividades práticas diárias.
O feedback da Teoria de Boud, Schon e Endes na prática da curva de habilidades
foi vivenciado após a observação dos professores e monitores de ensino onde as hipóteses
foram testadas e a seguir são implementadas e executadas por todos os alunos (SADIDEEN;
KNEEBON, 2012).
Andreatta, Hillard e Krain (2010) avaliaram o impacto do fator estresse e o efeito
cognitivo psicomotor que ocorrem na execução das tarefas durante o treinamento básico no
109
simulador laparoscópico com estudantes da escola médica da Universidade de Michigan,
acompanhando a performance, a pressão sanguínea, os batimentos cardíacos em tempo real,
hábitos de assistir videotape, a ansiedade latente dos participante da pesquisa no pré e pós-
operatórios. O treinamento é mais efetivo quando ocorre no mais fiel contexto, pois pode estar
incluso o estresse clínico típico, porém o aprendizado no ambiente do simulador
laparoscópico pode ser benéfico. As condições maiores de estresse se mostraram presentes,
diante de uma baixa performance na execução das tarefas no simulador. As reações de
estresse foram mitigadas quando houve progresso na performance das tarefas no simulador.
Conclui que reações de estresse podem ser induzidas no ambiente do laboratório durante o
treinamento básico com o simulador. As alterações imposta no estresse no aprendizado
durante a execução das tarefas podem servir de suporte no manejo da aquisição de habilidade
e ter o impacto minimizado quando necessário no ambiente real da aplicação clínica. A
sequencia da curva de aprendizagem adquirida com habilidades técnicas e decisões na
execução clínica, acompanhada do estresse no manejo técnico, podem ser muito eficientes na
transferência para aplicação clínica do aprendizado com simulação no contexto no ensino
clínico.
A inteligência emocional e o estresse do estudante no desempenho das tarefas
cirúrgicas foram estudados por Arora et al. (2011), onde observaram que o manejo das
habilidades pode ter a performance comprometida por estresse, na sala de operação,
principalmente no aluno inexperiente em fase de treinamento. Pequeno é o conhecimento em
torno das diferenças individuais no manejo com o estresse. O estudo objetivou explorar o
relação entre o comportamento da Inteligência Emocional (IE) com medidas objetivas e
subjetivas no estudante de medicina diante da realização de tarefas cirúrgicas desconhecidas.
Foram realizadas tarefas desconhecidas no simulador laparoscópico no período de janeiro a
abril de 2008. Estresse subjetivo antes, durante (retrospectivamente) e após as tarefas foram
medidas com auto-resposta State-Trait Anxiety Inventory. Estresse objetivo foi medido usando
o monitoramento continuo do nível de batimento cardíaco. Os participantes também
responderam ao Trait Emocional Intelligence Questionnaire short form (TEIQue-SF). O
desempenho das tarefas foi pontuado, e o cruzamento dos escores foi correlacionado e
analisado. Estudantes com elevada característica de inteligência emocional responderam
melhor a experiência do estresse durante o cenários cirúrgico não familiar e também foram
mais efetivos para recuperar a calma quando comparados com os companheiros de baixa
característica de inteligência emocional. As implicações dos níveis de estresse e inteligência
110
emocional podem desenhar um efetivo papel no manejo do treinamento, ajudar o individuo
com potencial cirúrgico na aplicação e desenvolvimento seletivo da habilidade.
A Experiência com Vídeo Game (VGE) pode identificar os possíveis fatores
preditivos para habilidade cirúrgica. Os cirurgiões neófitos com previa VGE (considerados de
elevado nível de experiência os alunos com mais de 3h por semana jogando videogame)
podem adquirir novas habilidades cirúrgica mais rapidamente do que aqueles com pouca ou
nenhuma experiência. Shane et al. (2008) estudaram estes fatores preditivos formandos dois
grupos (Gamers e No Gamers) para treinar em duas tarefas diferentes em simuladores, com a
proficiência definida por pontos diante de critérios de acerto e erros na execução das duas
tarefas consecutivas. Quando estratificados em gênero, as mulheres no-gamers realizaram as
tarefas num tempo maior do que os homens no-gamer. No grupo gamer o desempenho foi
superior ao grupo no-gamer e semelhante o desempenho de ambos os sexos. Conclui o autor
que a prévia VGE teve o tempo encurtado para realizar as duas tarefas na validação da
proficiência de habilidades junto ao simulador cirúrgico. A possibilidade do VGE poder
melhorar as diferenças de gênero nos alunos sem experiência prévia e equilibrar o tempo
requerido para adquirir habilidades pode ser explorado com suplementação de treinamento.
Kanumuri et al. (2008) compararam grupos de alunos com treinamento básico de
laparoscopia e alunos com elevado nível de treinamento em computadores, por quatro
semanas com exercícios de repetição em suturas laparoscópica e observou performance muito
superior na execução das tarefas (94% versus 18%). A realidade virtual e o elevado nível de
treinamento em computador pode ser instrumento para aumentar a performance na complexa
habilidade de sutura intracorpórea e confecção do nó laparoscópico.
A educação musical tem efeito na habilidade da matemática e visão espacial.
Habilidade na visão espacial (estereotaxia) em significante efeito na performance da sutura
laparoscópica. Portanto, em princípio a experiência musical influencia na performance das
tarefas de sutura laparoscópica. Boyd et al. (2008) utilizaram modelo misto para medida
linear de repetição para avaliar a experiência musical prévia no tempo de realização das
tarefas de sutura. Quando associado com experiência em vídeo game, os participante com
VGE e experiência musical tiveram performance significantemente superior que todos os
outros alunos.
A Sociedade Americana Cirurgiões Endoscópico Gastrointestinal (SAGES)
desenvolveu um programa educacional de Fundamentos de Cirurgia Laparoscópica (FCL),
com componente de treinamento de habilidades manuais, componentes cognitivos e perfil de
aptidão em cirurgia laparoscópica. Tem como objetivo promover a prática cirúrgica junto ao
111
residente de cirurgia com oportunidades de aprendizagem de habilidades cirúrgica e obter
conhecimentos necessário na performance da cirurgia laparoscópica. Henao et al. (2013)
recrutaram vinte cirurgiões (dez gerais e dez residentes de cirurgia), para realizar sessões de
tele-estimulação com pontuação baseada no FCL com pré-teste e após completar o
treinamento por oito semanas feito um pós-teste. Observaram uma significante evolução entre
o pré e o pós-teste, evidenciando a efetiva evolução (progressão) na habilidades cirúrgica dos
participantes, garantindo a obtenção necessária da pontuação para ser aprovado nos
componentes práticos do programa FCL.
De acordo com Stefanidis et al. (2006), a complexidade da nova técnica de
videocirurgia, a necessidade de segurança do paciente e o tempo compreendido entre o
aprendizado e a proficiência tem aumentado, no ensino facultativo, a demanda de
produtividade na construção de treinamento formal de residentes em laboratório de
habilidade. Como resultado, múltiplos simuladores vêm sendo desenvolvidos e validados
como ferramenta educacional para treinamento dos residentes fora da sala de cirurgia. Avalia
que a aquisição de habilidades de operação laparoscópica no simulador pode ajudar a vencer a
curva de aprendizagem de um novo e complexo ambiente de trabalho, através da prática
repetitiva com segurança num ambiente sem risco, sem ameaças e pode causar melhora da
performance durante o encontro com o paciente. O currículo da simulação é baseado na busca
da proficiência. Tem provado eficiência e efetividade, a retenção dos conceitos são duráveis e
a transferência para a sala de operação traduzem a manutenção da habilidade. Porém, na
ausência de uso regular na prática clínica, a habilidade complexa pode decair, portanto, o
treinamento progressivo melhora substancialmente a performance e minimiza a perda de
habilidade. O currículo deveria incorporar educação baseada em instrução e demonstração em
vídeo tutorial apresenta impacto positivo para acelerar a aquisição da habilidade no
treinamento e a manutenção da proficiência.
As evidências encontradas na pesquisa, com os alunos do Grupo III, que ja
cumpriram as disciplina de Base da Técnica Cirúrgica, e Clínica Cirúrgica, vivenciadas pelo
Grupo I e Grupo II mostraram evidências sememlhantes àquelas encontradas na literatura
científica.
O teste deste estudo se propôs a determinar com rigor a validade de um
instrumento para medir a confiança do aluno no modelo de ensino médico apresentado. O
aluno demonstrou sua atitude de confiança quando da sua passagem pelas disciplinas de Base
da Técnica Cirúrgica, e Clínica Cirúrgica e o estágio de aula prática no Laboratório de
Habilidades Cirúrgica. O aprendizado e a habilidade adquirida, contribuiu para executar os
112
conceitos adquiridos nas atividades práticas do plantão na disciplina de Clínica Cirúrgica de
Urgência e Emergência, nas práticas oficiais dos plantões e de atividades voluntárias, além
das atividades de enfermaria e centro cirúrgico, quando no internato, como doutorando nos
estágios de Cirurgia e Ginecologia, contribuindo ainda para definir, de acordo com a aptidão e
a experiência vivenciada se iria seguir área de atuação cirúrgica. Foi preditor de aceitação da
modelo de ensino proposto. O resultado do estudo avaliou se instrumento pode ser confiável,
validado e o Laboratório de Habilidade Cirúrgicas possa ser aplicado e utilizado com
instrumento de ensino na matriz curricular.
Os alunos concordaram parcial ou totalmente 45 alunos (87,75%) de que o estágio
regular na Clínica Cirúrgica I e II, com aulas práticas no Laboratório de Habilidades
Cirúrgicas (LHC) contribuiu para o desenvolvimento de habilidades nos procedimentos
cirúrgicos, na atividade prática, no plantão da enfermaria, na emergência ou na residência.
Concordaram parcial ou totalmente 47 alunos (95,92%) de que o ambiente de
trabalho, tranquilo, silencioso, sem estresse e sem pressão psicológica ofereceram condições
adequadas de ensino-aprendizado.
Concordaram parcial ou totalmente 39 alunos (79,59%) de que a curva de
aprendizado adquirida antecipadamente na simulação do LHC ajudou no contato inicial com o
paciente cirúrgico.
Concordaram parcial ou totalmente 41 alunos (85,42%) de que o metodologia
aplicada com estações de complexidade progressivas (nó manual, nó instrumental
extracorpóreo, nó instrumental video-cirúrgico, transferência de objetos no simulador)
preencheu as expectativas para o aprendizado.
Concordaram parcial ou totalmente 48 alunos (97,96%) de que a presença do
professor e do monitor de ensino acompanhando a execução das tarefas ofereceu mais
segurança e ajudou a diminuir o tempo de aprendizado.
Concordaram parcial ou totalmente 45 alunos (87,75%) de que o conceitos
cirúrgicos e a percepção-sensitivo motora adquiridos no LHC foram transferidos para o
exercício real junto ao paciente.
Concordaram parcial ou totalmente 4 alunos (97,96%) de que o ensino prático do
conhecimento teórico em ambiente de trabalho tranquilo pode representar mais rapidez na
curva de aprendizado.
Concordaram parcial ou totalmente 35 alunos (71,14%) de que o LHC contribuiu
para avaliar sua aptidão e a incrementar o processo de decisão em seguir no sentido de se
especializar (ou NÃO) numa área de atuação em cirurgia.
113
Concordaram parcial ou totalmente 47 alunos (95,91%) de que após a aula
teorico-prática das tarefas do LHC, a possibilidade de treinar despreocupado com o erro,
repetir o treinamento até acertar a tarefa, minimiza no aluno a ansiedades do risco do erro e da
iatrogenia no contato real com o paciente.
Concordaram parcial ou totalmente 45 alunos (87,75%) de que a simulação da
situação real de trabalho, nó manual, sutura instrumental no LHC, instrumentaliza o aluno
para aquisição de destreza e agilidade na transferência destes conceitos, e promove FEED-
BACK positivo quando for executar os procedimentos e técnicas no prática clínica, junto ao
paciente.
Concordaram parcial ou totalmente 46 alunos (93,87%) de que o ambiente do
LHC pode promover integração entre o professor, o monitor de ensino e o aluno. Onde o
treinamento ajuda a expandir o conhecimento científico e facilita a aplicação das informações
adquiridas na execução das técnicas operatórias na prática profissional.
Concordaram parcial ou totalmente 41 alunos (83,67%) de que após passar na
disciplina de Clínica Cirúrgica, o LHC pode despertar no aluno a aptidão cirúrgica, estimular
a prática da metodologia científica e testar a vocação do ensino como monitor e professor. A
presença do aluno monitor de ensino no LHC já é uma iniciação ao ensino, pois passam por
um estágio de treinamento, onde se familiariam com a metodologia didática prática, técnicas e
competência para falar em público. A prática nas aulas, ensinando e treinando habilidades
podem despertar a aptdão para seguir na área de atuação cirúrgica ou na docência e quiçã na
pesquisa. O Grupo de Apoio formado por acadêmicos de medicina na condição de monitores
ensino, além do estagiarem nas aulas práticas curriculares, tiveram a oportunidade de
participar como pesquisadores no projeto e portanto, na iniciação científica.
Concordaram parcial (4 alunos – 8,16%) ou totalmente (45 alunos – 91,48%), ou
seja, a totalidade dos 49 alunos (100%), de que o estágio prático regular na matriz curricular
do LHC deve ser mantido nas disciplinas de Clínica Cirúrgica I e III.
Concordaram parcial ou totalmente 39 alunos (79,59%) de que o treinamento
com o simulador de cavidade abdominal ampliou seus conceitos psicomotores de vídeo
cirurgia: ergonomia (posicionamento adequado), ambidestria, movimentos invertidos, visão
tridimensional e estereotaxia (percepção de profundidade e de localização espacial). Os
conceitos de vídeo cirurgia, são amplos e exigem tempo bem maior do que o contato que os
alunos tiveram (duas aulas práticas) para absorver a percepção do novo ambiente de trabalho.
Concordaram parcial ou totalmente 37 alunos (75,51%) de que, ao participar de
uma cirurgia por vídeo-laparoscopia no ambiente real, perceberam que os conceitos
114
adquiridos no simulador do LHC ajudaram a desempenhar melhor sua habilidade. Os
conceitos de vídeo cirurgia, são amplos e exigem tempo bem maior do que o contato que os
alunos tiveram (duas aulas práticas) para absorver a percepção do novo ambiente de trabalho.
Além do que, no estágio regular da clínica cirúrgica, também foi pequeno o contato com
cirurgia vídeolaparoscópica, em tempo real, na sala de operações.
Concordaram parcial ou totalmente 42 alunos (85,71%) de que, se o seu
treinamento inicial foi no laboratório, entendendo que NÃO deveriam se iniciar diretamente
no paciente e baseado (a) no que aprendeu, e que poderia ter mais dificuldades para adquirir
as mesmas habilidade e proficiência cirúrgica em um curso de medicina sem LHC na matriz
curricular. Os alunos perceberam, na observação clínica de que os alunos do cursos de
medicina que não dispõe de LHC, tem mais dificuldade para iniciar-se nas tarefas cirúrgicas,
junto ao paciente, na enfermaria e na sala de operação.
Concordaram parcial ou totalmente 48 alunos (97,96%) de que O LHC é
instrumento de ensino para aprender, investigar, treinar as habilidade, metodizar, reter,
transferir e adaptar os conceitos cirúrgicos na prática clínica.
Concordaram parcial ou totalmente 46 alunos (93,87%) de que o LHC familiariza
o manuseio de materiais e instrumentais e os passos da execução da técnica operatória, a
minimização do impacto psicológico e a insegurança do aluno quando em situação real da
prática hospitalar.
Concordaram parcial ou totalmente 44 alunos (89,79%) de que o estágio prático
no LHC ajuda a compreender o ambiente cirúrgico e como se comportar na rotina da
disciplina deste novo ambiente de trabalho.
Concordaram parcial (9 alunos - 18,37%) ou totalmente (40 alunos - 81,63%), ou
seja, todos os 49 alunos (100%) entrevistados de que o LHC pode ser utilizado de várias
formas: como treinamento de manejo cirúrgico em simuladores (aula prática), filmoteca,
biblioteca, sala de estudos e reuniões para discutir casos clínicos, além de ter função mista de
ensino, pesquisa e extensão na educação continuada junto a alunos, doutorandos, residentes e
preceptores do corpo clínico do hospital ou da universidade.
Cada afirmação, por si, e o elevado nível de concordância global nas respostas
(90,61%) das 20 perguntas formuladas. sugerem que o LHC foi bem avaliado e pode
continuar sendo instrumento de ensino nas disciplinas Cirúrgicas I e III, da MEDUECE, e que
o aprendizado através da simulação consegue transferir os conceitos psicomotores para a sala
de operação.
115
O laboratório de cirurgia na graduação do estudante de medicina é benéfico e
ajuda a aperfeiçoar o processo de aprendizado no aspecto cognitivo de aquisição de
habilidades. Afirma Tapia-Jurado et al. (2012) que o laboratório é a introdução para diminuir
de forma significante o caminho do aprendizado e adquirir os conceitos básicos das ciência
médicas. Pode também ajudar ao estudante a conhecer os procedimentos na obtenção de
habilidades profissionais, além de promover o processo de interação entre o professor e o
aluno. A medicina trabalha com rapidez nas permuta entre a arte e a ciência. Este fator
compromete toda escola e faculdades para analisar o planejamento das ações no ensino. O
simulador oferece ao estudante confiança e habilidade e ajuda no tempo, nos recursos
financeiros, elimina até mesmo o fator ético da segurança na exposição do paciente.
Programas de multimídia podem ajudar na compreensão do contexto envolvendo a base
lógica da explanação escrita e a animação visual, acompanhando o problema clínico e fazendo
a demonstração no simulador. Todos os conhecimentos podem ser aplicados a favor do
paciente.
Segundo Yamaki et al. (2014), a Constituição Brasileira de 1988, em seu artigo
207 estabelece que “as universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa
e de gestão,e obedecerão aos princípios de indissocialidade entre ensino, pesquisa e extensão”
da educação continuada. Noções básicas de técnica operatória, treinamento de habilidades
cirúrgicas em modelos alternativos, pesquisas experimentais, possibilidades de iniciação
cientítica, predisposição ao ingresso na pesquisa e na vida acadêmica são algumas das
contribuições que um Laboratório de Cirurgia Experimental (LCE) pode ofercer à
universidade para alcançar os três preceitos básicos do desenvolvimento científico. Aliada a
estes conhecimentos básicos, pode proporcionar aos alunos treinamento manual de
procedimentos, manuseios de instrumentais, bem como o desenvolvimento da compreensão e
a aplicação dos métodos científicos por meio das oportunidades de ingresso de programas de
iniciação à pesquisa cientifica. O LCE promove ensinamento teórico-prático de diérese,
hemostasia, síntese, procedimentos de anestesia e analgesia em animais de pequeno porte,
além de abordar temas de ética e bioética em experimentação, conforme as normas dos
comitês fiscalizadores de experimentação animal. Os alunos monitores passam por
treinamento e são estimulados a aprender o conteúdo do ensino, principalmente, falar em
público e a percepção do método da técnicas de didática que facilitem o entendimento do
conteúdo para monitorarem os alunos sob a supervisão do staff e pesquisadores do
laboratório.
116
No Grupo IV seguem as evidências encontradas na pesquisa e as evidências
encontradas na literatura científica. O grupo de cirurgiões participaram do projeto para avaliar
a condição técnica e tecnologica dos simuladores com instrumento de ensino, através da
execução de suturas e resposta de questionário com escores na escala de Likert. Tinham como
tarefa realizar seis ponto com 5 nós cada (simulando a confecção de uma Fundoplicatura de
Nissen, com dois pontos no pilar diafragmático e quatro pontos no fundo gástrico), em um o
tempo de confecção dos pontos cirúrgicos até 18 minutos, comparando o simulador 3-DMed®
Clássico com o simulador EndoSuture Training Box. Porém, simultaneamente, foi possível
estratificar o desempenho do cirurgiões de acordo com a progressão de habilidades e no
tempo da confecção das suturas, desde a experiência básica mostrada pelos residentes até a
proficiência máxima executada por cirurgiões cuja rotina realizam endosuturas nos
procedimentos cirúrgicos.
O resultado da estratificação contribuiu para estabelecer uma Escala de
Progressão de Habilidades e Proficiencia em Sutura por Vídeo Cirurgia, que poderá ser
utilizada de forma efetiva, para avaliar o nível técnico de outros cirurgiões e dos alunos que
participarem de cursos de endosuturas e a necessidade que terão de treinar a mais para
adquirir habilidades para alcançar o platô de proficiência.
Os tempos de execução inferiores dos pontos, menos de 3 pontos, mostrou fase
inicial do aprendizado (médicos residentes) ou de cirurgiões cuja especialidade exige pouca
necessidade de endo-suturas, tais como dissecções e ligaduras de estruturas (exemplo:
colecistectomias). Porém, absorveram os conceitos ensinados de endosutura, mas necessitam
de carga de repetição de treinamento para progressão de habilidade até atingir a proficiência
dos cirurgiões experientes, que tiveram excelente desempenho na execução das tarefas, haja
vista que, executam endosuturas de rotina nas suas atividadades cirúrgicas.
Este aprendizado realizado em laboratório pode oferecer ao cirurgião iniciante
metodização, habilidade, segurança e eficácia para quando for executar a técnica no paciente
(in vivo), uma vez que os endo-nós e as endo-suturas são o estágio mais avançado da
videoendoscopia, e o domínio destes movimentos permitirão aos alunos realizarem
procedimentos gradativamente mais complexos.
São inúmeros os tipos de nós descritos e utilizados na prática cirúrgica, porém
poucos podem ser utilizados em videocirurgia, devido as inerentes dificuldades da técnicas e
da limitação de movimentos: endoalça (nó de Roeder); nó extracorpóreo (nó de Brooks);
sutura intracorpórea continua e em pontos separados; sutura com nó pré-realizados (roldana
fixa); nó de Clark; nó interno deslizante (roldana deslizante); nó interno de Topel (1997).
117
Os nós ensinados no modelo de treinamento são os nós ajustados (tie square) ou
nós verdadeiros, confeccionados com a Letra C e a Letra D, com nó com roldana fixa,
preparado extracorpóreo (nó de Brooks), nó interno deslizante (roldana deslizante), sutura
intracorpórea continua e em pontos separados.
As evidencias encontradas nas tarefas foram respondidas em questionário
Observou-se uma melhor avaliação na distribuição dos portais para triangulação dos
instrumentos e execução das tarefas cirúrgicas, no simulador EndoSuture Training Box com
avaliação ótima. A distribuição dos portais é fixa no simulador do LHC, portanto, a mesma
para todos os usuários, quando no ser humano a distância varia de acordo com o biotipo do
paciente e a envergadura de cada cirurgião. O ideal nesta distribuição seria se o
posicionamento dos portais fosse individualizado, adequando em cada simulador o perfil
físico do cirurgião e a distância entre os portais, antes de iniciar a tarefa no instrumento de
treinamento.
Observou-se uma melhor avaliação no feedback da resistência, a força aplicada
nos instrumentos para movimentar a alavancar dos portais na execução das tarefas e a
resiliência da borracha pulsônica (retorno espontâneo dos portais ao local original após a
execução das tarefas cirúrgicas, no simulador EndoSuture Training Box com uma avaliação
ótima. A resistência e resiliência dos grometts dos portais poderá evoluir, na medida que os
matérias (EVA siliconizado, borracha pulsônica), e conseguir reproduzir efeitos semelhantes
da parede abdominal humana.
A adequação da triangulação dos portais, no introdução dos instrumentos através
da parede abdominal, e na percepção da profundidade da bandeja de sutura intra-corpórea
(estereotaxia) teve uma avaliação semelhante (bom) na percepção da profundidade da bandeja
de sutura intra-corpórea (estereotaxia), no manejo instrumentos e execução das tarefas
cirúrgicas, tanto no simulador EndoSuture Training Box quanto no simulador 3-DMed®
clássico. Esta avaliação da percepção de profundidade depende mais da incorporação dos
conceitos de vídeo cirurgia do que da qualidade técnica dos simuladores. Porém poderá ser
melhorada, no simulador EndoSuture Training Box, na medida em que a inovação e
tecnologia da imagem das câmeras melhorarem, que são atualmente de 00, e\ou forem
transmitidas de forma similar ao set de vídeo cirurgia, por câmeras de 300 e 45
0, ou câmeras
de três dimensões.
Observou-se uma melhor avaliação (ótima) na ergonomia de posicionamento
(membros superiores do cirurgião x resistência-resiliência do simulador x posicionamento da
bandeja de sutura x imagem do monitor). e retorno espontâneo dos portais ao local original
118
após a execução dos movimentos no manejo dos instrumentos e execução das tarefas
cirúrgicas e na imagem transmitida pela câmera no simulador EndoSuture Training Box. Esta
avaliação da ergonomia poderá ser melhor avaliada, na medida em que a inovação e
tecnologia da imagem das câmeras evoluam, a resistência e resiliência dos grometts dos
portais ficarem mais assemelhadas à parede abdominal humana e os objetos inanimados
reproduzirem mais fielmente as estruturas anatômicas humanas.
Observou-se uma avaliação semelhante (bom) no efeito fulcrum (movimento
invertido) em relação a visão real, a alavanca do portal na parede do simulador, a interface
cega, o movimento cirúrgico invertido e o campo de visão virtual (imagem), tanto simulador
EndoSuture Training Box quanto com o simulador 3-DMed® clássico. O desempenho da
percepção sensitivo-motora do efeito fulcrum (movimento invertido) cabe mais à progressão
da habilidade cirúrgica do aluno principiante que do perfil técnico do simulador, e poderá ser
melhor avaliado com regularidade de treinamento dos alunos residentes e cirurgiões
principiantes, até atingir o domínio espacial na progressão da habilidade para a proficiência.
Observou-se uma avaliação semelhante (boa) na visibilidade do campo operatório
e qualidade da imagem monitor, tanto no simulador EndoSuture Training Box o simulador
3-DMed®
clássico. A percepção de visibilidade e da qualidade da imagem poderá ser
melhorada, na medida em que a imagem das câmeras presentes no mercado evoluam,
atualmente disponíveis de 00. O simulador EndoSuture Training Box apresenta potencial para
acompanhar a evolução da inovação para que possam ser inseridas as novas tecnologia no
contexto do instrumento, inclusive pode ser conectado ao set de vídeo cirurgia bidimensional,
composto por câmeras de 300
e 450 , ou por sistema de câmeras de três dimensões.
Observou-se uma melhor avaliação (ótima) no design do simulador EndoSuture
Training Box. A apresentação do console, sugerindo tratar-se da anatomia de um tronco
humano (abdome e torax), aproxima-se da aparência real, onde o treinamento sugere ocorrer
dentro da cavidade abdominal, principalmente, quando os objetos de treinamento forem peças
anatômicas inanimadas ou reais.
Observou-se uma melhor avaliação (ótimo) no recurso técnico para incorporar o
treinamento do cirurgião e do cirurgião auxiliar com a câmera e os instrumentos (número e
posicionamento de portais), na execução dos movimentos e no manejo instrumentos e
execução das tarefas cirúrgicas, no simulador EndoSuture Training Box. A distribuição dos
portais em número de cinco, podendo proporcionar treinamento simultâneo com dois alunos –
um operando através de dois portais, e o auxiliar mostrando a imagem com a câmera por uma
119
das mãos e auxiliando com instrumentos com a outra, sugere a formação de uma equipe
cirúrgica atuando numa sala de operação.
Observou-se uma melhor avaliação (ótimo) no recurso estrutural do simulador
para incorporar tecnologia no treinamento: associar a TV de tamanho maior, set de
videocirurgia com 2D e 3D, portal único, após a execução dos movimentos e no manejo dos
instrumentos e execução das tarefas cirúrgicas, no simulador EndoSuture Training Box. O
simulador EndoSuture Training Box tem potencial para se adaptar a várias situações de
treinamento e ensino. Pode ser acoplada a Set de Vídeo, onde a imagem bidimensional ou em
três dimensões pode ser transmitida por com câmera de 30o e 45
o, que conseguem oferecer
imagem de alta definição e o aluno pode ter melhor performance no manejo dos instrumentos.
A partir destas imagens, a apresentação pode ser gravada ou transmitida à distância para tele-
aula ou tele-conferência Pode ser acoplado a múltiplos trocartes ou a portal único. Pode ser
acoplado a uma TV de tamanho maior (50’, 60’ ou 80’) que o original (22’) numa aula
teórico-prática, onde o monitor de ensino pode fazer demonstrações das tarefas cirúrgicas,
passadas de objetivo, endosuturas, apresentação de conceitos de vídeo cirurgia. À partir da
apresentação do preceptor, outros simuladores do LHC, podem ser acionados
simultaneamente e os alunos podem acompanhar par e passo, os movimentos e as tarefas
executadas pelo professor, e procurar reproduzir em tempo real, tais ensinamentos.
Observou-se uma melhor avaliação (ótimo) no desempenho e eficácia do
simulador como instrumento de treinamento e ensino, retenção de habilidades para
doutorandos, residentes de cirurgia e cirurgiões com interesse de elevar a proficiência em
videocirurgia, no simulador EndoSuture Training Box.
Como resumo das avaliações do EndoSuture Training Box, a distribuição dos portais no
simulador, para triangulação dos intrumentos foi avaliado com 4 (ótimo).
O Feedback da Resistência (força aplicada nos instrumentos para movimentar a
alavancar dos portais na execução das tarefas) com a Resiliência da borracha pulsônica –
retorno espontâneo dos portais ao local original após a execução dos movimentos recebeu
pontuação 4 (ótimo).
A adequação da triangulação dos portais, a introdução dos instrumentos através da
parede abdominal, e na percepção da profundidade da bandeja de sutura intra-corpórea
(estereotaxia) foi avaliado com 3 (bom).
A ergonomia de posicionamento (membros superiores do cirurgião x resistencia-
resiliência do simulador x posicionamento da bandeja de sutura x imagem do monitor).
recebeu pontuação 4 (ótimo).
120
O efeito fulcrum (movimento invertido) em relação a visão real, a alavanca do portal
na parede do simulador, a interface cega, o movimento cirúrgico invertido e o campo de visão
virtual (imagem) foi avaliado com pontuação 3 (bom).
A visibilidade do campo operatório e qualidade da imagem monitor foi vista com
pontuação 3 (bom).
O Design dos simuladores e a apresentação de recurso técnico para incorporar o
treinamento do cirurgião e do auxiliar com a câmera e os instrumentos (número e
posicionamento de portais) foram aavaliado com 4 (ótimo).
O recurso estrutural do simulador para incorporar tecnologia no treinamento:
associar a TV de tamanho maior, set de videocirurgia com 2D e 3D, portal único recebeu 4
(ótimo).
O desempenho e eficácia do simulador como instrumento de treinamento, ensino e
retenção de habilidades para doutorandos, residentes de cirurgia e cirurgiões com interesse de
elevar a proficiência em videocirurgia rebeceram uma pontuação 4 (ótimo)
Com considerações gerais, avaliação da validade aparente do simulador
EndoSuture Training Box, realizada por 37 alunos cirurgiões que responderam a questionário
contendo 10 itens, cada item com escores variando de 1 a 5, Tiveram dados expressos como
frequência absoluta e relativa de cada escore como ótimo (4) em 9 perguntas (90%) e apenas
1 escore bom (3) na quesito 3 .
A avaliação global dos cirurgiões do desempenho e da eficácia do simulador
EndoSuture Training Box com um mediana ótima (4) em 7 quesitos, e boa (3), em três
quesitos e a proporção de respostas ótimo (escore 4) e excelente (escore 5) dadas pelos 37
cirurgiões avaliadores ao simulador 3-DMed® clássico (32,16%) e ao EndoSuture Training
Box (64,33%), considerando cada item individualmente e a média global de todos os itens do
questionário, em nenhuma das comparações o EndoSuture Training Box foi inferior ao 3-
DMed® clássico, demonstram que o simulador EndoSuture Training Box tem recursos
técnico, para ser validado como instrumento de treinamento e pode compor a estrutura de
ensino do LHC. Dispõe ainda de potencial de inovação para acompanhar a evolução e o
edesenvolvimento tecnológico.
A videolaparoscopia foi um marco que revolucionou a cirurgia moderna. Desde a
descrição da primeira intervenção laparoscópica, em 1987, em Lyon na França, as técnicas
cirúrgicas e os equipamentos laparoscópicos têm evoluído continuamente, de forma que,
atualmente, os cirurgiões podem acessar praticamente todos os órgãos do corpo humano com
câmeras e monitores de vídeo. A videocirurgia é uma técnica minimamente invasiva, a partir
121
da qual, por pequenas incisões na pele e com colocações de trocartes (portais), são
introduzidas as câmeras, instrumentos cirúrgicos e de energia para dissecção, incisões e
eletrocauterios. Este tipo de intervenção tem como principais benefícios a menor resposta
inflamatória ao trauma, menor sangramento, redução da taxa de infecção (uma vez que as
estruturas anatômicas intracavitárias não são expostas ao ambiente externo por longos
períodos, como na cirurgia tradicional laparotômica, com recuperação pós-operatória mais
rápida, com menor tempo de hospitalização e com melhor efeito estético). Lehmann et al.
(2005) realizaram testes básicos de habilidades na percepção sensitivo-motoras com a
simulação cirúrgica endoscópica virtual, procurando mostrar que a retenção dos conceitos de
habilidades adquiridos no treinamento da realidade virtual pode ser transferidos para a
realidade física comparando a evolução das habilidades em set de treinamento. Para o
treinamento cirúrgico laparoscópico, novos métodos devem ser desenvolvidos com os
cirurgiões para prática inicial no ambiente de simulação antes do ambiente cirúrgico real com
o paciente. A Virtual Endoscopic Surgery Trainer (VEST) pode ser desenvolvida com
estrutura de projeto articulado, posto que o conhecimento das técnicas de simulação são
essenciais para superar as principais limitações de conceitos vídeo cirúrgicos para realizar a
comparação com o treinamento convencional. Foram utilizados aparelhos do sistema VEST e
Conventional Video Trainer (CVT). Os recrutados foram divididos em dois grupos, um de
iniciantes (novices) e outro de cirurgiões com proficiência (experts), para realizar treinamento
e tarefas básicas semelhantes, com transferência de habilidades de um simulador para outro,
dos VEST para o CVT e vice-versa. O estudo mostrou que o treinamento virtual
computadorizado com simulador, acoplado no CVT, reproduz resultados efetivos. As tarefas
controles mostraram que a curva de habilidades da realidade virtual do VEST são transferidas
para a realidade física do CVT. O fato dos cirurgiões experts mostrarem progressão rápida na
transferência de habilidades comparada com iniciante, demonstra que cirurgiões iniciantes
necessitam de anos de prática e treinamento básico de laparoscopia para desenvolver
habilidades e sair da curva de aprendizado
No entanto, as técnicas videoendoscópicas exigem treinamento mais prolongado
dos cirurgiões para a realização do mesmo procedimento. Segundo Leonardi et al. (2010), até
os médicos mais experientes nas técnicas tradicionais necessitam de capacitação para
transferir suas habilidades cirúrgicas para a videocirurgia. O aprendizado prático da cirurgia
envolve o conhecimento de materiais, instrumentais e fios cirúrgicos, visita ao ambiente
hospitalar, em especial salas de emergência e centro cirúrgico, devendo o aluno aprimorar-se
no manejo destes instrumentos, exercitando nós e suturas. Este aprendizado realizado em
122
laboratório oferece ao aluno metodização, habilidade, segurança e eficácia quando for
executar a técnica in vivo, nos aulas prática da cirurgia da grade curricular, aos residentes e
aos profissionais onde os nós, endo-suturas endoanastomoses são o estágio mais avançado da
videocirurgia, e o domínio destes movimentos permitiram ao aluno realizar procedimentos
complexos com hernioplastia hiatal, hemicolectomia, nefrectomia, gastrectomia, bypass
gástrico, colocação de válvula cardíaca, etc.
Dentro da cirurgia, segundo Buckley et al. (2014), a diversidade técnica da
especialidade demanda habilidades avançadas, especialmente envolvendo a cirurgia
minimamente invasiva. Dois grupos de 10 estudantes de medicina foram recrutados para
estudar atitudes básicas (habilidade da percepção espacial-visual, percepção de profundidade,
e a habilidade psicomotora). Todos os alunos foram testados consecutivamente utilizando o
simulador ProMIS III até alcançarem performance de proficiência em sutura laparoscópica.
Medidas de simulação, crítica aos erros de pontuação, observação estrutural, pontuação dos
níveis de habilidade técnica, e a gravação dos pontos, através dos Fundamentos de Cirurgia
Laparoscópica. O grupo A (high aptitude) atingiu elevando nível de proficiência após uma
média de 7 tentativas . No grupo B (low aptitude), 30 % dos alunos adquiriram proficiência
após a média de 14 tentativas. Ainda no grupo B, 40% demonstraram desenvolvimento, mas
não chegaram a alcançar proficiência, e 30% falharam na progressão. Concluindo, pois, que
distintas curvas de aprendizados para cirurgia laparoscópica podem ser mapeadas com base
nos fundamentos de habilidade e aptidão. A proporção de alunos com baixa aptidão
mostraram-se incapazes de alcançar proficiência apesar de repetições e tentativas.
A habilidade adquirida no treinamento em técnicas avançadas antes da
experiência na sala de operação pode ser benéfica para o cirurgião e o paciente. O estudantes
de medicina com treinamento exclusivamente no simulador podem adquirir performance em
sutura e confecção de nós laparoscópicos tão bem quanto os residente sênior de cirurgia. Van
Sickle, Ritter e Smith (2006) utilizaram treinamento em simulador com alunos de medicina
sem experiência prévia em sutura para realizar suturas e nós sucessivos intracorpóreas. E
residentes habilitados realizaram sutura em modelo porcino confeccionando (proficiência)
uma fundoplicatura de Nissen. Sendo estudada a performance de evolução de tempo,
manipulação na execução das suturas e total de erros nas tarefas. E concluiram que o
treinamento dos alunos pode avançar no aprendizado de habilidade em técnica laparoscópica
de sutura e confecção de nós usando exclusivamente simuladores. O alunos podem alcançar o
nível cirúrgico dos residentes, antecipadamente, durante o curso de medicina mas é necessário
um número similar de manipulação.
123
A educação cirúrgica tem obrigado a mudanças dramáticas nos programas de
residência nas várias especialidades, pois não existe uniformidade na prática do ensino, na
avaliação e na utilização do laboratório de habilidades. Segundo Scott e Dunnigton (2008) o
treinamento baseado na simulação vem ganhando significância no momento e pode ser
necessário para as residências no futuro próximo. Sob a responsabilidade do American
College of Surgeons (AMS) e a Association of Program Directors in Surgery (APDS) através
de uma força tarefa, desde 2007, está sendo formada para validar o Currículo da Habilidades
Cirúrgicas, com o objetivo de estabelecer um Currículo Nacional de Habilidades. São
estimulados credenciamentos de centros com plataformas de ensino para treinamento em
cirurgia minimamente invasiva, através de laboratório com simuladores O currículo está
sendo desenhado e estruturado com bastante critério por especialistas para treinamento de
residentes através de reprodução por simulação, com verificação de proficiência na
experiência cirúrgica. No futuro, estas estratégias baseada em simulação podem ser utilizada
como proposta para assegurar a credibilidade e a competência na prática cirúrgica.
Numerosos protocolos para treinamento laparoscópicas baseados em simuladores
tem provado a eficiência dos laboratórios de habilidades. Porém, é pequeno o conhecimento
em torno da uniformidade e as facilidades que podem promover. Korndorffer, Stefanidis e
Scott (2006) catalogaram e pesquisaram 253 programas de cirurgia geral nos Estados Unidos
e avaliou a prevalência, a utilização, os equipamentos, tipos de treinamento, supervisão e o
custo dos laboratórios de habilidades em funcionamento. Dos programas de cirurgia geral
pesquisados, 162 faziam treinamento completo em laboratórios de habilidades cirúrgicas
(64%). Oitenta e oito por cento dos responsáveis consideraram efetiva e progressiva a
performance na sala de operação, entretanto somente 55% tinham laboratórios de habilidades
na própria instituição. Dos 89 programas com laboratórios de habilidade implantados na
própria instituição, 99% usam equipamentos de vídeo treino, 46% tem equipamento de
realidade virtual para treinamento. Oitenta e oito por cento tinham programa básico de ensino,
usando variáveis tipos de tarefas. Em média os residentes treinavam 50 minutos por semanas.
O treinamento é mandatório em 55% e supervisionado em 73% dos serviços. A média do
custo de implantação do empreendimento foi de U$ 133.000. Concluindo que a grande
maioria dos programas consideravam importantes e necessária a presença do laboratório de
habilidades, 45% dos programas não tem semelhantes facilidades. Entretanto, existe uma
variabilidade significante de equipamentos e prática de treinamento na avaliação do currículo.
Estratégias são necessária para implementação e divulgação dos laboratórios de habilidades, e
124
estandardizar o desenvolvimento e uniformização das tarefas, da adoção e da validação
curricular para máxima acreditação na eficiência do treinamento e beneficio do educação.
A laparoscopia requer um conjunto de habilidade para realizar nós e suturas
intracorpóreas. O objetivo do estudo de Mereu et al. (2013) foi efetivar um curso de
treinamento especializado para técnicas de suturas laparoscópicas. O desenho do curso foi de
5 dias de treinamentos em habilidades de suturas com sessões de aula teórico-práticas em
pelve inanimada. O “Gladiator Rule” foi o método usado para ensinar suturas intracorpóreas,
treinando a ambidestria, mão direita-mão esquerda, dados do sentido de profundidade,
coordenação, destreza, força de tração e posicionamento. Do início ao fim do curso estes
dados foram compilados. Três evoluções práticas de performance para cada participante do
curso. Acompanhamento desde o início e das subsequentes aplicações de suturas
laparoscópicas intra-corpórea foram obtidas. Participaram 44 alunos: 33 homens, 11
mulheres. Ao final, os homens mostraram melhor coordenação, destreza de força de tração
que as mulheres. Mas não houve diferença de significância estatística em relação a idade,
sexo, cursos prévios, nível de treinamento (cirurgião ou residente) ou mão dominante. Vinte e
nove dos 40 alunos (72,5%) após o curso, continuaram aplicando sutura intracorpórea in vivo,
de forma regular. O presente estudo mostra ser útil um curso de sutura no ensino da técnica de
sutura laparoscópica. O “Gladiator Rule” ajuda a reproduzir a teoria no ensino da sutura
intracorpórea. O modelo em três estágio de treinamento permite que alunos apliquem sutura
laparoscópica in vivo.
Orzech et al. (1012) faz estudo de efetividade comparando dois tipos de
treinamentos com simulação (usando realidade virtual e em caixa de treinamento) no
desenvolvimento do ensino de sutura laparoscópica, superando a barreira da implementação
de programa de treinamento e mostrando a necessidade de conhecimento ganho com
treinamento relacionando custo e beneficio. Realizou estudo prospectivo simples cego
randomizado recrutando 24 residentes de cirurgia para treinamento de proficiência usando
simulação com realidade virtual (RV) e caixa de treinamento. Todos os residentes realizaram
suturas laparoscópica intracorpórea durante fundoplicatura de Nissen, no paciente em sala de
operação. Todos os casos operados foram gravados em vídeo e a proficiência técnica foi
avaliada usando dois instrumentos de validação. A performance na sala de operação de ambos
os grupos foi comparada com o treinamento convencional de residente acompanhados pelos
preceptores de cirurgia. A análise do custo do treinamento em caixa, treinamento em realidade
virtual e treinamento convencional da residência foram cruzados no Programa Canadian de
Perfomance Cirúrgica, avaliação global do tempo de sutura com pontuação e check-list das
125
tarefas. O desempenho global mostrou melhor desempenho no grupo de treinamento virtual
que no treinamento em caixa, na transferência de habilidades para a sala de operação. Porém,
o custo anual de treinamento dos residentes, foi $11,975.00 na caixa de treinamento, $
77,500.00 na realidade virtual e 17,380.00 no treinamento convencional da residência. Após 5
anos, o treinamento em caixa de simulação foi o que apresentou melhor custo beneficio e a
opção preferencial em todos os programas de residência. O treinamento com a simulação
virtual e na caixa de treinamento diminui significantemente a curva de aprendizado necessária
para aprender sutura laparoscópica. O treinamento com Realidade Virtual foi a modalidade
mais eficiente de treinamento, porém, o treinamento em caixa mostrou ser a opção de maior
custo beneficio.
Uma caixa de treinamento laparoscópico pode ser construída usando computador
e webcam para fornecer ao residente instrumento de treinamento prático em casa. Kiely,
Stephanson e Ross (2011) realizaram estudo para avaliar a qualidade de imagem de caixa de
laparoscopia de baixo custo construído utilizando cinco modelos diferentes de computadores
acoplados a webcam: A (High-definition USB®
2.0), B (Firewire, Mac LaptoP®) C ((High-
definition USB 2.0, Mac LaptoP®
), D (Standard USB, PC desktop), E (Firewire, PC desktop)
e F (Modelo TRCDO3 3-DMed®
), um sistema clássico (estandarde) de treinamento
minimamente invasivo (Minimally Invasive Training Sistem – MITS), comercialmente
utilizado com custo daaquisição de U$ 2,552 por unidade. Os residente do Departamento de
Obstetrícia e Ginecologia da Universidade de Calgary participaram em rodízio executando
tarefa de transferência de objeto nos seis modelos de simuladores, de forma randomizada.
Avaliaram, através da escala qualitativa-quantitativa de Likert (1 = pobre, 2 = aceitável, 3 =
bom, 4 = muito bom, e 5 = excelente), o nível da qualidade da imagem, do movimento dos
instrumentos em todas as caixas de treinamento e quais delas tinha qualidade suficiente de
imagem para servir de treinamento, Dois modelos de treinamento, caixa A (high-definition
USB® 2.0 webcam) e caixa B (Firewire webcam, Mac LaptoP
®), apresentaram alta definição
na qualidade da imagem comparados com o simulador clássico 3-DMed®, com custo
aproximado de $100 e $160 cada, sem incluir o computador e os instrumentos laparoscópicos.
A instalação e implantação de um Laboratório de Habilidades Cirúrgica, no
Brasil, desde o treinamento do modelo de ensino teórico-pratico, capacitação de preceptores e
monitores de cirurgia até a aquisição de materiais audiovisuais, incluindo 4 (quatro)
simuladores ESTB e e instrumentais vídeo cirúrgicos (porta-agulhas, pinças, tesouras) de
fabricação nacional terá custo operacional médio de U$ 15,000. Esta custo poderá triplicar se
126
a aquisição dos simuladores e instrumentais forem importados, por conta de impostos,
transporte, seguros e taxas aduaneiras.
Existem várias classificações de tipos de simuladores para a cirurgia endoscópica
na atualidade para treinamento de vídeo endoscopia, a saber:
Simuladores sem aquisição de imagem (Caixas abertas e Caixas com espelho).
Simuladores com equipamentos de aquisição de imagem (Caixas com laparoscópio
estandarde e Caixas com câmera de vídeo comercial).
Modelos de ensino como MISTELS (McGill Inanimate System for Training and
Evaluation of Laparoscopic Skills): Simulap®
e Laptrainer®
Modelos Analisadore de Movimentos:ISCAD (Imperial College Surgical
Assessment Device) e ADEPT (Advanced Dundee Endoscopic Psychomotor Tester)
Modelos Virtuais: MIST-VR®,
, LapSim Surgical Science Gothenburg,Xitact®,
LS500 Xitact Morges, Reaching Laparoscopic®,
,Trainer Rachin®, ProMIS
® e LapMentor
Imbionix®. (3)
Os modelos de simuladores e os laboratórios de habilidades podem ser
reproduzidos em vários centros médicos e universitários com proposta de ampliação desta
área de atuação, treinamento, habilitação, capacitação e ensino. Existe uma lacuna importante
da literatura científica na descrição e demonstração das diferentes técnicas de sutura em
videocirurgia. Existem muitas modalidades técnicas para a confecção de nós cirúrgicos em
videocirurgia. O seu conhecimento é importante para permitir ao cirurgião a escolha adequada
nas diferentes situações e estratégias cirúrgicas existentes. A sistematização técnica dos nós e
suturas em videocirurgia torna o procedimento mais fácil e seguro.(1).
Segundo Osvaldo Malafaia (informação verbal), os estudantes de Medicina
aprendem a dar nós e pontos manuais, além de suturas convencionais, porém não adquirem
nenhuma habilidade em vídeocirurgia na matriz curricular (ergonomia, estereotaxia,
ambidestria, percepção sensitivo-motora, hapticidade, interface real e virtual). Somente
absorvem estes conceitos quando adentram na residência de cirurgia geral, onde demanda
tempo e dedicação, tanto do preceptor quanto do médico residente para habilitar-se neste
mister. E mais ainda, o treinamento é feito no trans-operatório, em tempo real, prolongando o
tempo cirúrgico-anestesiológico do paciente, quando ambos, aluno e preceptor, poderiam
estar desprendendo energia e conhecimento em outra atividade didática ou de prática
operatória, se o aprendizado fosse prévio em simuladores, num laboratório de habilidades
cirúrgica, cuja presença seria fundamental em todo hospital escola.
127
6.1 Considerações finais
Os alunos dos Grupo I, a partir das aulas teóricas práticas da disciplina de Clínica
Cirúrgica I, tinham como objetivo aprender os conceitos básicos de cirurgia, conhecer
materiais e instrumentais e a executar confecção de nós cirúrgicos manuais e instrumentais.
Houve homogeneidade no tempo e todos os alunos executaram as tarefas propostas. A
acreditação e a validação do nó ajustado como sendo melhor de ensinar e confeccionar e
metodizar, foi testada comparando com o nó clássico, este utilizado na rotina cirúrgica, sem
uma proposta metológica. Da comparação surgiram as conclusões do Nó clássico versus Nó
ajustado.
O tempo médio de confecção manual (amarria) de nó clássico foi sememlahnte ao
nó ajustado, sem significância estatística. O nó ajustado exige movimentos a mais para sua
execução, com passada de fio de uma mão para outra, exercitando a ambidestria na execução.
Porém, como o tempo médio de soltura do nó clássico também foi menor que o tempo do nó
ajustado, é possível concluir que, se o nó clássico é mais rápido na sua soltura, tem menos
firmeza na sua amarria, sendo pois mais fácil de soltar, podendo ser menos seguro numa
sutura cirúrgica em tecido animal.
O comprimento e o peso médio do nó clássico e do nó ajustado foram
semelhantes. Apesar de, o comprimento, o peso e o volume serem semelhante, a
configuração espacial diferente, o trançado da amarria poderá deixar corpos estranhos
diferentes em tecido animal. Fato que pode abrir caminho para estudar resposta inflamatória
tecidual diferente aos dois tipos de nó, o clássico e o ajustado.
Por conclusão, o nó ajustado desliza fácil, aperta firme, tem eficácia, segurança na
amarria e dificuldade no desmanche, desenvolve ambidestria na sua confecção, tem
construtividade espacial: configuração, formatação e execução. Sua metodização promove
coordenação sequencial na confecção dos nós (Letra C – Letra D), portanto, pode continuar
sendo ensinado no LHC para adquirir habilidades.
A comparação do tempo médio de execução do ponto instrumental extra-
corpóreo com nó ajustado entre os alunos do Grupo I (Clínica Cirúrgica I) e Grupo II (Clínica
Cirúrgica III) teve como objetivo avaliar retenção de conceitos psicomotores, haja vista que, a
turma de alunos do Grupo II tem um ano a mais na graduação, podendo neste período de
tempo, ter modificado a retenção dos conceitos psicomotores da execução da tarefas:
regressão, manutenção ou progressão de habilidades. O resultado mostrou progressão da
habilidade com um tempo menor de execução dos pontos instrumentais, mesmo que sem
128
significância estatística, podendo levar a conclusão que o método de ensino foi eficaz no
aprendizado e a retenção dos conceitos psicomotores promoveram progressão da habilidade
cirúrgica.
Os alunos dos Grupo II, à partir das aulas teóricas práticas da disciplina de Clínica
Cirúrgica III, tinham como objetivo aprender os conceitos básicos de vídeo cirurgia
(ergonomia, estereotaxia, triangulação de movimentos, ambidestria, efeito fucral, e
movimentos invertidos), conhecer materiais e instrumentais de endo-cirurgia, executar
transferência de objetos de compartimentos, com passada de alça, confecção de nós cirúrgicos
instrumentais extra e intra-corpóreos. Houve homogeneidade no tempo e todos os alunos
executaram as tarefas propostas. Além de aprender estes novos conceitos de vídeo cirurgia e,
diante de um novo ambiente de trabalho, virgem de informações cerebrais, a pesquisa foi
buscar informaçãoes sobre ambidestria (ou mão dominante), gênero, e influência externa de
experiências em computador através de vídeo-games, habilidades na instrumentalização
musical, com fatores que poderiam interferir, no aprendizado, na aptidão e na habilidade
musical.
A comparação do tempo de execução da tarefa de transferência de objetos com a
mão direita versus a mão esquerda, de um compartimento para outro, no simulador de
cavidade abdominal EndoSuture Training Box, mostrou que a mão dominante nas atividades
normais extra-corpóreas continuam dominando as ações intra-corpóreas e que os canhotos
tem mais habilidade com a mão direita que os destros em relação à mão esquerda. Como o
meio externo é feito para os destros, o exercício continuado do canhoto para manejar os
instrumentos com esgonomia destra, levou os canhotos a se adaptarem e desenvolver mais
sinergia com a mão direita (ambidestria ou ambiesquerdia). Este fato abre caminho para
estudar se a repetição e o exercício regular com a mão esquerda na vídeo cirurgia poderá
favorecer a ambidestria neste novo ambiente de trabalho.
A comparação do tempo de execução da tarefa de transferência, entre os gêneros,
mostrou que o sexo masculino efetuou as tarefas em tempo menor que o feminino. Talvez por
que o sexo feminino tenha menor aptidão por esta área de atuação. No entanto, dados de
literatura apontam que o tempo de retenção dos conceitos cirúrgicos na mulheres são maiores
que os homens, mas ao alcançar a proficiência elas executam as mesmas manobras com mais
prudência e precisão.
A comparação do tempo médio de transferência da execução da segunda tarefa
entre o subgrupo II.A (que começoeu com a mão direita) e o subgrupo II.B (que começou
com a mão esquerda), mostrou que na ação do segunda etapa de transferência houve
129
diminuição do tempo, sugerindo que a retenção de conceitos, o treinamento com repetição das
ações e movimentos levam à progressão de habilidades.
A comparação da execução das tarefas dos alunos com exercício frequente em
commputadores, aplicando regularidade em jogos com mais de 3 horas semanais – os
gamers), mostrou mais rápida execução sem singnificância estatísticas, em relação aos no-
gamer Os trabalhos de literatura revelam maior percepção espacial em quem execercita
simulação por commputador, aptidão musical e em matemática.
O Grupo III formado por alunos que já cumpriram as disciplinas de Base da
Técnica Cirúrgica e da Clínica Cirúrgica, responderam a questionário com 20 quesitos em
escala de Likert (1.concordo totalmente, 2.concordo parcialmente, 3. indiferente, 4. discordo
parcialmente, 5. discordo toralmente), avaliaram e validaram o LHC como instrumento
adequado para desenvolver o modelo acadêmico teórico prático de ensino em cirurgia, dentro
da plataforma curricular da graduação em medicina.
O Grupo IV, formado por cirurgiões de várias áreas de atuação e diferentes níveis
de experiência em endo-suturas, desde residentes de cirurgia e urologia até profissionais com
atividade regular e continuada em vídeo cirurgia avançada com endo-suturas e
endoanastomoses. Tiveram como objetivo na pesquisa avaliar para validar as condições
técnicas e tecnológicas do simulador real de cavidade abdominal EndoSuture Training Box,
comparando com o simulador clássico 3-DMed®, utilizado em cursos de educação continuada
pelas sociedades cirúrgicas e disponível comercialmente no mercado. De forma randomizada
os 37 cirurgiões realizarão endosutura (6 pontos com 5 nós, simulando uma Fundoplicado de
Nissem – 2 pontos no pilar e 4 pontos no fundo gástrico), até no tempo máximo de 18
minutos. Foram estratificados de acordo com tempo do desempenho de execução da tarefa
em ESCALA DE PROGRESSÃO DE HABILIDADES E PROFICIÊNCIA DE SUTURAS
EM VÍDEO CIRURGIA. Esta escala definiu, através da avaliação da progressão de
habilidades o perfil técnino dos cirurgiões estudados e mostrou que as melhores
performances das tarefas foram relacionadas com a maior expeciência prática dos cirurgiões
na execução de endosuturas, podendo ser utilizada como pré-teste e pós-teste em treinamento
de endosuturas de alunos nas disciplinas cirúrgicas e em cursos de educação continuada junto
aos residentes e jovens e jovens cirurgiões
Estudos posteriores poderão ajudar a delinear a carga de treinamento (em pré-
teste e pós-teste) necessário para adquirir habilidade progressiva de proficiência e transferir
estes conceitos para a sala de operação, aumentando a eficácia, a segurança, a experiência
acumulada e minimizando os riscos de morbi-mortabilidade cirúrgica junto ao paciente..
130
Responderam a um questionário de 10 quesitos, na escala de Likert, onde
avaliaram e validaram o simulador EndoSuture Training Box com condições técnicas e
tecnológica de serem instrumento de ensino no contexto do Laboratório de Habilidades
Cirúrgicas.
O simulador real de cavidade abdominal EndoSuture Training Box foi bem
avaliado pelos cirurgiões e mostrou que pode ser validado como instrumento de treinamento
no contexto do Laboratório de Habilidades Cirúrgicas, proporcionando, através da simulação
realística, absorção dos conceitos psicomotores teórico-prático prévios para habilitar-se em
vídeo cirurgia, diminuindo a curva de aprendizado, antes de executar atividade prática in vivo
(curva de adaptação). Apresenta constructo e perfil de manter-se atualizado, acompanhando as
mudanças inovadoras da tecnologia.
O Grupo de Apoio, composto por 11 acadêmicos de medicina, monitores das
disciplinas de Base da Técnica Cirúrgica e da Clínica Cirúrgica, tiveram papel fundamental
em todas as etapas da execução do método, na coleta de dados, no recrutamento de alunos, no
auxílio com câmera aos cirurgiões, aprenderam ao longo do desenvolvimento do trabalho, e
iniciaram-se na condição de pesquisadores, fato que poderá ajudá-los na decisão de seguir em
área de atuação cirúrgica, na docência e na pesquisa científica.
131
7 CONCLUSÃO
1. O modelo acadêmico teórico-prático de ensino em vídeo cirurgia foi bem
avaliado, sendo validado e podendo continuar integrando o contexto da plataforma curricular
da graduação médica, junto as disciplinas de cirurgia.
2. O Laboratório de Habilidades Cirúrgicas, é composto de elementos capazes de
atuar no ensino, na educação médica continuada, além de ser campo fértil na pesquisa
científica.
3. O simulador real de cavidade abdomonal EndoSuture Training Box foi bem
avaliado e mostra-se como instrumento validado para treinamento em vídeo cirurgia.
4. A Escala de Progressão de Habilidades e Proficiência em Sutura por Vídeo
Cirurgia poderá ser utilizada para avaliar, em pré-teste e pós-teste, o nível técnico de
cirurgiões e dos alunos que participarem de aprendizado em endosuturas e ajudar a definir a
carga de treinamento que terão de executar para adquirir habilidades até alcançar o platô de
proficiência.
132
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2005.
137
APÊNDICE A – SOLICITAÇÕES DE APRECIAÇÃO PARA APROVAÇÃO DO
PROJETO DE PESQUISA
138
Solicitação de Apreciação para Aprovação do Projeto de Pesquisa
Ilmo. Sr Antônio Luiz.
Coordenador do Comitê de Ética e Pesquisa do HGC
Encaminho a Vossa Senhoria o Projeto de Pesquisa intitulado: Laboratório de Habilidades Cirúrgicas: modelo acadêmico teórico-prático de ensino em
cirurgia, para submeter a apreciação do COMEPE.
Nestes Termos
P. Deferimento
139
APÊNDICE B – DECLARAÇÃO DE CONCORDÂNCIA DOS PESQUISADORES
140
APÊNDICE C – PLATAFORMA BRASIL (PROJETO DE TESE DE DOUTORADO)
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
FACULDADE DE MEDICINA
DEPARTAMENTO DE CIRURGIA
LABORATÓRIO DE HABILIDADES CIRÚRGICAS:
MODELO ACADÊMICO TEÓRICO-PRÁTICO DE ENSINO EM
CIRURGIA
Projeto de Tese de Doutorado
Orientador: Prof. Dr. Manoel Odorico de Moraes Filho
Doutorando: Luiz Gonzaga de Moura Júnior
Fortaleza – Ceará
2015
141
1. TÍTULO DA PESQUISA:
LABORATÓRIO DE HABILIDADES CIRÚRGICAS: MODELO
ACADÊMICO DE ENSINO TEÓRICO-PRÁTICO EM CIRURGIA
2. PESQUISADOR RESPONSÁVEL
Luiz Gonzaga de Moura Júnior
3. ÚLTIMA MODIFICAÇÃO:
4. TIPO DE SUBMISSÃO:
Área temática: educação de graduação em medicina
Área do conhecimento – Grande área: Ciência da Saúde
5. PALAVRAS CHAVES: laparoscopia, educação de graduação em
medicina, desempenho psicomotor, simulação por computador, técnicas
de sutura.
6. SITUAÇÃO DA PESQUISA
7. ENVOLVE SERES HUMANOS: Sim
8. MODELO: Simplificado
9. PESQUISADOR PRINCIPAL
Luiz Gonzaga de Moura Júnior - CPF 119.508.973-20
Nome Social: Luiz Moura - Telefone: (85) 3246.10.31
Email: [email protected]
10. INSTUIÇÃO PROPONENTE:
A. Universidade Federal do Ceará – Departamento de
Cirurgia - Submissão do doutorado.
Rua Coronel Nunes de Melo, 1127, Fone (85) 3366-83.44
B. Universidade Estadual do Ceará – Curso de
Medicina – Clínicas Cirúrgicas I e III – matriz
curricular onde os alunos serão recrutados para
serem submetidos à pesquisa
Avenida Paranjana, Itaperi, Fone (85) 3101.87.93
C. Hospital Geral César Cals – Centro de Estudos e
Apoio a Pesquisa - CEAP - Laboratório de
Habilidades Cirúrgicas - local onde será realizada a
pesquisa Fone (85) 3101.53.54
11. O ESTUDO É INTERNACIONAL: Não
12. DESENHO DO ESTUDO
13. APOIO FINANCEIRO: recurso próprio
142
DETALHAMENTO DO ESTUDO
A. RESUMO
Há uma tendência em tornar imprescindível a presença do laboratório
nas escolas médicas, pela relevância cada vez maior no século da tecnologia, da
informação e da evolução cirúrgica, pois é grande a velocidade com que surgem
novos procedimentos, equipamentos, materiais biocompatíveis, e medicamentos
para o uso potencial em cirurgia. A simulação em laboratório é indispensável,
para acompanhar esta evolução e testar as novas técnicas cirúrgicas, materiais e
instrumentos, quanto para desenvolvimento de habilidades. O treinamento no
simulador pode ajudar a vencer a curva de aprendizagem de um novo e
complexo ambiente de trabalho, através da prática repetitiva com segurança,
eficácia nas manobras, sem riscos, sem ameaças e pode causar melhora da
performance durante o encontro com o paciente na sala de operação.
O projeto será um estudo prospectivo, randomizado, longitudinal
observacional, para avaliar e validar modelo teórico-prático de ensino em
cirurgia, presente na matriz curricular das disciplinas de Cirurgia Geral I e III do
Curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará desde 2010.
Desenvolvido com alunos do curso de medicina e cirurgiões recrutados, com
níveis diferentes de habilidades, distribuídos em quatro grupo, onde serão
executadas todas as etapas do ensino, desde a teoria em sala de aula,
apresentação de vídeos cirúrgicos, indo para a prática do aprendizado, numa
sequencia evolutiva de complexidade das estações de treinamento. Execução de
tarefas com repetições de movimentos, metodização, progressão de habilidades
em nós, suturas manuais e instrumentais, em simulação extracorpórea e caixas
de treinamento intracorpóreo de cavidade abdominal, no ambiente do
laboratório, para que a retenção dos conceitos possam ser transferidos com
proficiência para sala de operação na prática clínica diária. Será estudado o
simulador de cavidade abdominal – EndoSuture Training Box desenvolvido pelo
autor, com potencial efetividade, validade construtiva, inovação tecnológica e
desenho de baixo custo, podendo servir como instrumento de ensino em
videocirurgias no contexto do Laboratório de Habilidades Cirúrgicas (LHC).
143
B. HIPÓTESE
O Laboratório de Habilidades Cirúrgicas (LHC) pode funcionar de
forma que o aluno tenha a possibilidade de executar técnicas,
adquirindo conhecimentos práticos para posterior execução em campo
de estágio supervisionado. Pode permitir manusear equipamentos,
adquirir destreza manual, experimentar, testar, sobretudo corrigir-se
para posterior prática em campo de estágio: aprender, treinar,
metodizar e habilitar-se. Pode favorecer o desenvolvimento de
habilidades específicas, no intuito de capacitar os alunos para a prática
hospitalar, com o aperfeiçoamento de técnicas e procedimentos,
levando-o a manusear materiais e a familiarizar-se com os passos da
execução. Poderá auxiliar no processo da assimilação de técnicas
específicas que serão desenvolvidas junto aos pacientes, além de criar
oportunidade de rever técnicas e procedimentos. O efeito positivo na
curva de aprendizado após treinamento em realidade virtual poderá
ajudar a melhorar o aproveitamento das habilidades psicomotoras
básica e minimizar o impacto psicológico do aluno, quando em
situação real antes de iniciar a prática hospitalar na sala de operação.
Ao realizar a integração do professor, do instrutor e o monitor de
ensino com o aluno que utiliza este espaço pode despertar a vocação
docente, bem como a prática científica. e ajudar a tomar a decisão de
seguir a área de atuação cirúrgica ao observar suas aptidões com o
manejo de instrumental e o desenvolvimento da técnica e tática
operatória ainda num ambiente de simulação. Através da simulação é
possível validar as habilidades técnicas como instrumento de ensino, e
o LHC poderá integrar a matriz curricular ausente e carente na maioria
dos cursos de Medicina.
C. OBJETIVO PRIMÁRIO
2.1 Gerais: Desenvolver em graduandos de medicina, habilidades psicomotoras
cirúrgicas, utilizando o laboratório de habilidades cirúrgicas, como ferramenta
educacional.
Proporcionar ao aluno de Medicina, modelo teórico-prático de ensino, através
do manejo de nós cirúrgicos manuais, suturas instrumentais convencionais e
vídeocirúrgicas, para que o aprendizado progressivo e a retenção de habilidades
psicomotoras aconteçam em ambiente adequado de trabalho (laboratório de
habilidades cirúrgicas), a educação cirúrgica alcance níveis seguros de
proficiência e promova retenção dos conceitos para transferência das habilidades
cirúrgicas na execução dos tempos operatórios no paciente real (animalis
nobilis). E mostrar que o LHC pode ser uma ferramenta de ensino dentro da
144
matriz curricular, ser utilizado no campo da pesquisa e extensiva a cirurgiões na
educação continuada para consolidar a manutenção da proficiência.
Específicos:
Habilitar o graduando de medicina na confecção de nós, pontos e suturas
cirúrgicas manual e instrumental em ambiente adequado de ensino.
Avaliar o grau de satisfação do aluno com relação a ferramenta
educacional utilizada;
Analisar o desenvolvimento de habilidade cirúrgica;
Habilitar o aluno, após a absorção, sedimentação e retenção dos conceitos de
vídeocirurgia (ergonomia, estereotaxia, ambidestria, movimentos invertidos,
hapticidade), a executar a técnica correta da confecção de endonós e
endossuturas, manuseio de instrumental cirúrgicos numa sequencia progressiva
de várias estações, através de simuladores de cavidade abdominal, o manejo o
mais próximo possível da realidade, com treinamento metodizado, adequado,
sistematizado, orientado por professores e monitores de cirurgia.
D. PROPOSTA METODOLÓGICA
O trabalho será desenvolvido com alunos de Medicina, matriculados nas
disciplinas de Clínica Cirúrgica I e Clínica Cirúrgica III, turmas com o máximo
de 40 alunos, em atividade cursando o primeiro semestre de 2014 (2014.1), da
Universidade Estadual do Ceará – UECE.
Alunos do curso de Medicina da UECE que já realizaram as disciplinas
Clínica Cirúrgica I e III e estagiaram oficialmente no LHC em aulas práticas
destas disciplinas.
Cirurgiões membros das Sociedades Médicas, habilitados, titulados e
capacitados na execução de sutura vídeo-cirúrgica (Colégio Brasileiro de
Cirurgiões – CBC, Sociedade Brasileira de Cirurgia Laparoscópica -
SOBRACIL, Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica –
SBCBM).
Congressistas inscritos no I Congresso Norte de Cirurgia Bariátrica e
Metabólica da SBCBM em Belém- Pará 31 de julho a 02 de agosto de 2.014,
após realizarem o Curso Avançado de Endosuturas e Endoanastomoses.
Residentes de Cirurgia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal
do Maranhão, após participarem do Curso Avançado de Endosuturas e
Endoanastomoses, para instalação do Laboratório de Habilidades Cirúrgicas
daquela unidade de ensino.
Alunos monitores de ensino que já estagiaram no LHC para auxiliar e dar
suporte técnico na execução do projeto.
145
Recrutados voluntariamente, após completo conhecimento do projeto e
formalização da aceitação através do Termo de Consentimento Esclarecido e
Informado, concordando participar das várias etapas da pesquisa. Tendo como
Critério de Exclusão aqueles que se recusarem de participar do projeto ou
abandonarem o projeto em andamento, ou se recusarem a cumprir todas as
etapas do método de pesquisa ou não conseguirem executar integralmente as
tarefas propostas.
CENTRO DE EXECUÇÃO DA PESQUISA
O LHC é um instrumento de ensino do Hospital Geral César Cals (HGCC) de
Fortaleza, em parceria com o Departamento de Cirurgia do curso de Medicina
da Universidade Estadual do Ceará (MEDUECE), com instalação própria,
implantado e com atividade regular desde 2010, e regulamentado através de
portaria 14|2011. (Publicada no Diário Oficial de 01.08.2011).
Destina-se a atividades acadêmicas das Universidades conveniadas com a
Secretaria da Saúde da Saúde do Estado do Ceará, abrangendo atendimento aos
alunos: acadêmicos do curso de Graduação em medicina das Universidades,
internos, residentes e médicos do corpo clínico, com atividades das disciplinas
de que possuam práticas de Medicina, propiciando treinamento teórico e prático
de cirurgia convencional e vídeocirurgia, utilizado na integração da investigação
e estudo para o desenvolvimento de técnicas e procedimentos cirúrgicos, para
que, a partir do estudo de forma metodológica, o aluno aproprie-se do
conhecimento e desenvolva habilidades para o processo de operar, através de
aulas teórico-práticas com a simulação de procedimentos e cuidados de
medicina cirúrgica.
Tem com público alvo os alunos:
Acadêmicos do curso de Graduação em medicina das Universidades
conveniadas;
Doutorandos do internato de cirurgia e ginecologia do HGCC;
Residentes de cirurgia, ginecologia, urologia e outras áreas de atuação
em cirurgia do HGCC e de outros hospitais escolas .
Cirurgiões de várias áreas de atuação do corpo clínico e de outros
hospitais públicos;
Sociedades e entidades médicas para promoção oficial de cursos
vinculados a eventos científicos e de educação continuada (jornadas,
simpósios e congressos).
Mestrado profissional multidisciplinar em parceria com a UFC, UECE,
UNICHRITUS (projeto em fase de aprovação junto a CAPS).
Pesquisas clínicas no campo da cirurgia e da simulação.
146
Destina-se conforme os objetivos.
I- Ao ensino: aulas práticas das disciplinas da matriz curricular de cursos de
graduação, lato sensu, ou pós-graduação acadêmica, stricto sensu.
II- À pesquisa: produção de conhecimento novo, vinculado ou não a
programas acadêmicos de pós-graduação, stricto sensu.
III- À extensão: experiências de aplicação prática do conhecimento já
dominado, na educação continuada para manutenção e retenção das
habilidades.
IV- Função mista: destinado em proporções semelhantes às três
possibilidades de atividades: ensino, pesquisa e extensão.
Propiciar aos alunos acadêmicos, doutorandos, residentes, e médicos do Corpo
Clínico o ensino prático do conhecimento teórico, simulando situações reais de
trabalho. Instrumentalizar os alunos para a aquisição de habilidade, destreza e
agilidade nos procedimentos e técnicas a serem executados, capacitando-os para
a prática profissional.
Apresenta modelo pedagógico de ensino metodizado por todos monitores e
professores para obter o melhor resultado final no aprendizado do aluno.
Treinar e orientar aos alunos para uso adequado de material e instrumental,
evitando dano e desperdício e prevenindo acidentes envolvendo materiais
perfurocortantes ou fluído orgânico, utilizando adequadamente os EPI
(Equipamentos de Proteção Individual) fornecido pela Instituição, obedecendo
as normas de segurança.
Padronização do modelo de ensino, após treinamento progressivo para retenção
de habilidades até atingir o platô da proficiência básica e avançada.
147
ETAPAS DE EXECUÇÃO DO MODELO DE ENSINO
1. Aula teórica a. Grupo I - alunos da Clínica Cirúrgica I dentro da matriz curricular:
. Conceitos de nós e suturas, materiais, instrumentais e fios cirúrgicos.
. Conceito de nó clássico e nó ajustado.
. Sessão de vídeos cirúrgicos editados que serão reproduzidos na
pesquisa.
. Visita ao Laboratório de Habilidades Cirúrgicas.
. Explicação das etapas do projeto aos alunos voluntários.
b. Grupo II - alunos da Clínica Cirúrgica III dentro da matriz curricular:
. Conceitos básicos de vídeo cirurgia (ergonomia, estereotaxia,
ambidestria, movimentos invertidos, efeito fucral, hapticidade) em
cirurgia minimamente invasiva.
. Recapitulando conceitos de nó clássico e nó ajustado, ensinados na
disciplina do semestre anterior (Clínica Cirúrgica I)
. Sessão de vídeos cirúrgicos editados que serão reproduzidos na pesquisa.
. Visita ao Laboratório de Habilidades Cirúrgicas.
. Explicação das etapas do projeto aos alunos voluntários.
c. Grupo III – Alunos que já cursaram as disciplinas de Clínica Cirúrgica I
e III com o conteúdo de aulas práticas no LHC, no período de 2010,
2011, 2012 e 21013.
. Pesquisa de opinião através de resposta psicométrica (Escala de
Likert), de questionário qualitativo-quantitativo, objetivo-subjetivo, para
medir o nível de concordância ou não concordância à afirmação,
relacionado com o estágio prático no LHC.
d. Grupo IV - Subgrupo 1. Alunos cirurgiões com proficiência endo-
suturas
Subgrupo 2. Alunos cirurgiões do Curso Avançado de Endo-suturas e
Endo-anastomoses – Jornada Norte-Nordeste de Cirurgia Bariátrica e
Metabólica - Belém- Pará - 31.07.14.
Subgrupo 3. Alunos residentes de cirurgia geral do Hospital
Universitário XXXXX – São Luis – Maranhão – 19.08.14
. Sessão de vídeos cirúrgicos editados que serão reproduzidos na
pesquisa.
.Visita ao Laboratório de Habilidades Cirúrgicas.
. Explicação das etapas do projeto aos alunos voluntários.
148
. Avaliação do nível de proficiência do total de alunos e de cada um dos 3
subgrupos, através das tarefas executadas dentro do tempo predeterminado para
este exercício, em cada simulador).
. Pesquisa de opinião através de resposta psicométrica (Escala de Likertin), de
questionário qualitativo-quantitativo, objetivo-subjetivo, para medir o nível de
concordância ou não concordância à afirmação, relacionado com a qualidade
técnica do simulador de cavidade abdominal clássico e o EndoSuture Training
Box.
e. Grupo de apoio técnico - alunos monitores
.Visita ao Laboratório de Habilidades Cirúrgicas.
. Explicação das etapas do projeto e o apoio aos alunos voluntários.
. Coleta de dados após cada exercício, dos questionário executado e dos Termos
de Consentimento Livre e Esclarecido assinados por cada aluno.
2. Aulas práticas no LHC dentro da matriz curricular
a. Sexta-feira, manhã, de 7:00 as 11:00h
Para alunos da Clínica Cirúrgica I, turma média de 5 alunos,
supervisionados pelo professor e alunos-monitores:
. Nós manuais com cordões de fio transado de polipropileno, ancorados
em argolas fixas na parede do LHC e suturas instrumentais extra-
corpóreas executadas em bandejas de suturas.
. Repetição dos tempos de confecção dos nós, até sedimentação e
retenção dos conceitos da execução.
b. Quarta-feira, tarde, de 13:00 as 17:00h
Para alunos da Clínica Cirúrgica III, turma média de 5 alunos,
supervisionados pelo professor e alunos-monitores:
. Nós e suturas instrumentais convencionais em bandeja de suturas, em
esponjas de EVA e fio de seda 2.0; endo-laparoscópicas, e transferência
de objetos de um compartimento para outro, no simulador de cavidade
abdominal (em 3 dimensões – janela laparoscópica e em 2 dimensões –
portais laparoscópicos).
. Repetição dos tempos de confecção dos nós e movimentos
laparoscópicos, até sedimentação e retenção dos conceitos.
149
c. Sábado, manhã, tempo de 1 hora
Para aluno do Grupo I ( Clínica Cirúrgica I)
Treinamento com nós manual em argolas e nó instrumental extra-corpóreo em
bandeja de sutura.
Para aluno do Grupo II (Clínica Cirúrgica III)
Treinamento com nó instrumental extra-corpóreo, em bandeja de sutura e
treinamento de movimentos invertidos e ambidestria no simulador EndoSuture
Training Box.
Para os alunos cirurgiões
. Treinamento com instrumentais videocirúrgicos no simulador clássico e no
EndoSuture Training Box, para se familiarizar com os dois simuladores, de
endonós e endosuturas.
Para alunos que já concluíram as disciplina Clínica Cirúrgica I e III
. Responder via internet, pesquisa de opinião, através de resposta
psicométrica ( pontuação através da Escala de Likert), questionário (20
quesitos) qualitativo-quantitativo, objetivo-subjetivo, para medir o nível
de concordância ou não concordância à afirmação, relacionado com o
estágio prático no LHC.
Para alunos monitores:
. Explicação das etapas do projeto e o apoio aos alunos voluntários na execução
correta dos exercícios.
. Execução de todas as etapas, através de projeto piloto, para familiarização dos
procedimentos.
. Coleta de dados após cada exercício executado.
. Familiarização com balança de precisão, cronômetros, fitas métricas, tabelas e
fichas de cada aluno.
EXECUÇÃO DAS ETAPAS NO LHC
Trabalho realizado nos dias de sábado, de 8:00 as 12:00, no semestre
2014.1, após aulas práticas da matriz curricular, nas duas semanas
imediatamente anteriores e até terminar a participação de todos os alunos
voluntários.
150
GRUPO I - Alunos da Clínica Cirúrgica I
Randomização (linha de código de Programa de Randomização – Sistem
Pause) na ordem de chegada, para saber por onde começa a execução dos
pontos, na sequencia nó ajustado\nó clássico, ou o inverso nó clássico\nó
ajustado.
Treinar 10 minutos na execução de cada tipo de nós antes de iniciar a
validação dos pontos.
Realizar nós com cordão de polipropileno transado, de cor branca, de 70 cm de
comprimento e 3 mm de diâmetro:
a) 6 pontos clássicos com 5 nós cada
6 pontos ajustados com 5 nós cada
Anotar tempo de execução, que se inicia quando o aluno posiciona o cordão
entre os dedos indicador e polegar na forma de pinça de apreensão. Termina a
contagem do tempo quando aperta o último nó (quando este se ajusta ao
penúltimo nó).
b) Cortar cada ponto a 1 cm do último nó, com lâmina de bisturi ou tesoura de
fio
c) Desatar cada o nó clássico e o nó ajustado executado.
Anotar tempo de execução que se inicia quando o aluno posiciona o
cordão entre os dedos indicador e polegar na forma de pinça de
apreensão. Termina a contagem do tempo quando desata o último nó e
cada extremidade do fio fica pinçado entre os dedos da mão direita e
esquerda.
d) Medir e pesar cada fio que realizou os pontos
e) Execução de 6 (seis) pontos separados com 5 (cinco) nós ajustados cada um,
com ethibond 2.0, agulhado, de forma instrumental em bandeja cirúrgica
extra-corpórea (porta-agulha, pinça de dissecção e tesoura convencionais) em
EVA, na bandeja de sutura. Começa a contagem do tempo quando o aluno
posiciona a agulha para penetrar no EVA e termina quando corta o último nó.
f) Anotar tempo de execução.
g) Condicionar os fios em saco zipado específico, identificado com o número do
aluno (aluno 1, nó ajustado manual, nó clássico manuale nó instrumental) e
colocar em pasta especifica para cada grupo e etapas.
h) Assinar lista de presença.
151
Aluno-monitor:
Cronometrar tempos de amarria.
Cronometrar tempos para desatar cada nó.
Medir com a fita métrica, em centímetros o tamanho do fio que foi usado na
execução do nó.
Pesar em balança de precisão, em gramas, cada fio utilizado na execução do
nó.
Cronometrar tempo de execução do ponto instrumental.
Compilar e anotar dados em tabelas.
Receber o TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
assinado (TERMO DE AUTORIZAÇÃO - cirurgião) e o questionário
respondido pelo cirurgião.
GRUPO II - Alunos da Clínica Cirúrgica III
Treinar 10 minutos na execução de cada tipo de nós e passada de objetos antes
de iniciar a validação dos dados catalogados
1. Execução de 6 (seis) pontos separados com 5 (cinco) nós ajustados
cada um, de forma instrumental extracorpórea (porta-agulha, pinça de
dissecção e tesoura convencionais) em EVA, na bandeja de sutura.
Começa a contagem do tempo quando o aluno posiciona a agulha para
penetrar no EVA e termina quando corta o último nó.
2. Randomização (linha de código de Programa de Randomização –
Sistem Pause) na ordem de chegada dos alunos, para saber por onde
começa a execução das transferência de objetos, se com a mão direita
ou mão esquerda.
3. Obedecendo a randomização, trabalhar com o simulador de cavidade
abdominal, EndoSuture Training Box, com visão tridimensional através
da janela laparoscópica, manejando endo-pinça de apreensão Maryland,
realizando transferência de objetos (12 unidades de esponja em cubo de
aproximados cm3) de um compartimento (cuba de vidro) esquerdo para
outro compartimento similar direito, com ambas as mãos (direita
eesquerda) e nos dois sentidos da direita para a esquerda (ahead) e de
volta, esquerda para a direita ( the back). Começa a contagem do tempo
quando o aluno posiciona a pinça para apreender o primeiro cubo de
esponja e termina quando a pinça de apreensão solta o último cubo na
bandeja oposta.
152
2.a. Mão direita: tempo 1. levar os objetos da cuba da direita para a outra
cuba da esquerda (ahead);
tempo 2. trazer de volta (the back) para a cuba que iniciou os movimentos.
2.b Mão esquerda: tempo 3. levar os objetos da cuba da esquerda para
outra cuba da direita (ahead);
tempo 4. trazer de volta (the back) para a cuba que iniciou os movimentos.
4. Assinar lista de presença.
Aluno monitor - Cronometrar e anotar os tempos de amarria dos nós
executados e os quatro tempos de execução de passadas de objetos com ambas
as mãos. Compilar dados e receber o TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE
E ESCLARECIDO assinado (TERMO DE AUTORIZAÇÃO - aluno) .
GRUPO III - Alunos que cumpriram as disciplinas de Clínica Cirúrgica I e III e
estagiaram nas aulas práticas do LHC, no período entre 2010.1 e 2013.1
Responder questionário quantitativo-qualitativo, com 20 QUESITOS. Pesquisa
de opinião através de resposta psicométrica (Escala de Likertin), de questionário
qualitativo-quantitativo, objetivo-subjetivo, para medir o nível de concordância
ou não concordância à afirmação, sobre o perfil do LHC com instrumento de
ensino e aprendizado, via internet.
Aluno monitor - compilar e anotar dados respondidos no questionário e receber
o TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO assinado
(TERMO DE AUTORIZAÇÃO - aluno) e o questionário respondido pelo aluno.
GRUPO IV- Cirurgiões
Treinar 10 minutos na execução da sutura em cada simulador antes de iniciar a
validação dos dados catalogados.
1. Execução na ordem de chegada dos alunos, de forma randomizada (linha de
código de Programa de Randomização – Sistem Pause), nos simuladores de
cavidade abdominal EndoSuture Training Box – Simulador Clássico ou o
inverso Simulador Clássico - EndoSuture Training Box, de 6 (seis) pontos
separados com 5 (cinco) nós cada um, conforme sua habilidade na prática
clínica diária, de forma instrumental laparoscópica (porta-agulha, contra-
porta-agulha, pinças de apreensão, tesoura) com fio de Ethibon 2.0 em
esponja de EVA, auxiliado na câmera e no corte do fio de sutura pelo
monitor de ensino.
153
A contagem do tempo de execução se inicia quando o porta-agulha começa a
penetrar do fio agulhado na esponja EVA e termina quando corta o último nó
com a tesoura do fio ou quando completar os quarenta minutos. O tempo de
execução se encerra quando o aluno terminar a tarefa, indo no máximo até
trinta e seis (36) minutos de exercício de endo-suturas, dezoito (18) minutos
para cada simulador, com uma média de três (3) minutos para cada ponto. O
aluno monitor descreve, então, o tempo de encerramento e o número de
pontos que foi executado da tarefa proposta em cada simulador.
Responder questionário com 10 QUESITOS, pesquisa de opinião através de
resposta psicométrica (pontuação através da Escala de Likertin), qualitativo-
quantitativo, objetivo-subjetivo, para medir o nível de concordância ou não
concordância à afirmação, relacionado ao perfil técnico, comparando os dois
simuladores de cavidade abdominal, o clássico e o EndoSuture Training Box
Assinar lista de presença.
Aluno monitor - Cronometrar e anotar os tempos de amarria dos nós
executados em cada simulador: EndoSuture Training Box e simulador Clássico.
Auxiliar a execução dos nós com a câmera do simulador. Compilar dados e
receber o TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
assinado (TERMO DE AUTORIZAÇÃO - cirurgião) e o questionário
respondido pelo cirurgião.
DESCONFORTOS E RISCOS ESPERADOS: o desconforto em geral é
mínimo, apesar de, os alunos utilizarem instrumentais cirúrgicos e material
perfuro-cortantes, não ter contato direto com lâminas e agulhas, pois serão
manuseados de forma técnica adequada para não ocorre acidentes. Não
haverá manejo de fluidos ou secreções.
1. BENEFÍCIOS QUE PODERÃO SER OBTIDOS: ampliar as habilidades
cirúrgicas através do treinamento em laboratório, sedimentar os conceitos de
cirurgia e somente depois transferir a proficiência para a sala de operação.
2. PROCEDIMENTOS ALTERNATIVOS QUE POSSAM SER
VANTAJOSOS PARA O PACIENTE: treinar em humanos, monitorados por
professores de cirurgia e preceptores em hospitais de urgência e emergência e
sala de operação com cirurgia eletiva.
COLETA DE DADOS
Cada parâmetro das tarefas executada terá seus dados compilados em gráficos
de linha, gráficos de coluna e tabelas para análise, nos programas de computação
do sistema Excel, Word for Windows e SPSS for Windows.
154
A coleta de dados quantitativos ocorrerá, no Grupo I. através de
cronometragem do tempo de confecção dos nós instrumental extra-corpóreo e
manual (clássico e ajustado), do tempo de desatar o nó manual, da metragem do
comprimento dos fios trançados de sutura e do peso em gramas dos fios que
executaram o nó manual. No Grupo II será através da cronometragem do tempo
de execução dos nós instrumental extracorpóreo e do tempo de passada dos
objetos de um compartimento para outro, na bandeja do simulador. No Grupo
III, a coleta dos dados qualitativos-quantitativos ocorrerá a partir das respostas
de questionário, (20 quesitos) sobre o perfil do LHC. No Grupo IV será através
da cronometragem do tempo de execução dos nós instrumental intra-corpóreo,
no simulador clássico e EndoSuture Training Box, além da avaliação das
respostas qualitativas-quantitativas dos cirurgiões ao questionário (10 quesitos),
sobre o perfil dos dois simuladores. O período de coleta será entre junho e
setembro de 2014, todos os sábados no período da manhã.
Os dados quantitativos coletados serão anotados imediatamente após a execução
das tarefas de cada aluno dos grupos I, II e III, através da confecção dos nós e
suturas. Os dados qualitativos serão compilados imediatamente após a resposta
do questionário destinado a cada aluno dos grupos III e IV.
ASPECTOS ÉTICOS
Os aspectos éticos serão respeitados e todo participante do estudo será
esclarecido sobre a pesquisa e será disponibilizado para os mesmo um termo de
consentimento pós-esclarecido (vide ANEXO).
A pesquisa será submetida ao Comitê de Ética e Pesquisa da instituição onde
será realizada a trabalho com alunos no Laboratório de Habilidades Cirúrgicas.
A pesquisa será submetida à Plataforma Brasil para ser avaliada sob as
conformidades das normas que regulamentam a pesquisa envolvendo seres
humanos de acordo com a resolução no 466\12 do Conselho Nacional de Saúde.
METODOLOGIA DE ANÁLISE DE DADOS Serão estudados os seguintes parâmetros:
Parâmetros demográficos - Sexo, idade, mão dominante (destreza ou sinistria), habilidades
manuais com videogame e instrumentos musicais, experiência prévia com videocirurgia,
aptidão para seguir especialidades cirúrgicas.
Grupo I - Serão comparados os tempo de execução dos pontos cirúrgicos de forma
manual, clássicos e ajustados (confecção e desatamento de cada nó), peso e comprimento
dos fios de polipropileno trançado. Será realizado ponto com nó ajustado instrumental em
bandeja extra-corpórea, para comparar o tempo de execução com o nó instrumental
executado nos Grupos I e II e avaliar retenção, perda ou manutenção de habilidade de um
ano para outro.
Grupo II - Serão confrontados com o Grupo I, os tempos de execução dos
pontos cirúrgicos ajustados, com fio agulhado e nós instrumentais nas vias de
acesso convencional, em bandeja de sutura extracorpórea. Para avaliar
retenção, perda ou manutenção dos conceitos de habilidade de um ano para
outro. Será comparado o tempo de execução da passada (transferência) de
155
cubos de esponja da um compartimento para outro, com a mão direita (ahead
hand e back hand) e esquerda (ahead hand e back hand), por vídeo cirurgia,
em compartimento intracorpóreo – com visão tridimensional, através da
janela laparoscópica, no simuladores de cavidades abdominal EndoSuture
Training Box. Serão avaliadas as diferenças entre as mão direita e esquerda
dos mesmos os alunos, o gênero (masculino e feminino), a diferença entre
alunos com a mão dominante (direita e esquerda), e a habilidade de gamer
(com mais de três horas de treinamento por semana) e no-gamer (com menos
de três horas de treinamento por semana).
Grupo III- Será comparado tempo de execução dos pontos cirúrgicos nos dois
simuladores de cavidade abdominal, o clássico e o EndoSuture Training Box.
Será comparado o nível de proficiência dos sub-grupos na execução das
tarefas e feito questionário qualitativo-quantitativo, objetivo-subjetivo (10
quesitos), com pontuação através da Escala de Likert, para transformá-los em
dados quantitativos e medir o nível de concordância ou não concordância à
afirmação, o nível de confiança relacionado ao perfil técnico dos dois
simuladores, para validar como instrumento do Laboratório de Habilidades
Cirúrgicas e ferramenta de ensino para a matriz curricular (vide em
ANEXOS).
Grupo IV - será analisado o papel do Laboratório de Habilidades Cirúrgicas
através de questionário qualitativo-quantitativo, objetivo-subjetivo (20
quesitos), com pontuação através da Escala de Likert, para transformá-los em
dados quantitativos e medir o nível de concordância ou não concordância à
afirmação, para validar como ferramenta de ensino para a matriz curricular
(vide em ANEXOS).
Análise estatística
Os resultados serão compilados em protocolo de pesquisa apropriado. Expressando a
Média + E.P.M. (Erro Padrão da Média) e testes não paramétricos de significância
estatística de Mann-Whitney, para comparação de amostras independentes do Grupo I de
nó clássico e nó ajustado, tendo o nó clássico como grupo controle. Compara o nó
ajustado instrumental convencional entre o Grupo I e Grupo II. No Grupo II avaliar
ambidestria e estereotaxia da transferência de objeto de um compartimento para outro, no
simulador de cavidade abdominal, sob visão tridimensional, comparando sexo, mão
dominante, habilidade em vídeo game. Grupo III do perfil do LHC com instrumento de
ensino. Grupo IV será avaliada a qualidade técnica dos simuladores de cavidade
abdominal, tendo o simulador clássico com controle. Interessando, ainda, a análise dos
dados compilados pelo teste de variáveis não relacionadas de significância estatística de
Friedman, nas variáveis comuns dos grupos e comparados entre si (grupo I, de nó clássico
versus de nó ajustado, grupo I versus II de nó ajustado instrumental e grupo IV da
qualidade técnica do simulador clássico e simulador EndoSuture Training Box),
Sempre obedecendo aos níveis de significância estatística de p<0,05. Cada parâmetro
tendo seus resultados expressos em tabelas, em gráficos de coluna e em gráficos de linha,
com análise, nos programas de computação Word 6.0 for Windows 98 e SPSS 7.5 for
Windows (SIEGEL, 1975; AYRES, 2000).
156
CRONOGRAMA DA EXECUÇÃO DO PROJETO
Etapas \ Meses AGO
2013
SET
2013
OUT
2013
NOV
2013
DEZ
2013
JAN
2014
FEV
2014
MAR
2014
ABR
2014
MAI
2014
JUN
2014
JUL
2014
AGO
2014
SET
2014
OUT
2014
NOV
2014
DEZ
2014
Levantamento
bibliográfico X X X X X X X X X X X
X
Elaboração do
projeto X X X X X X X X
Apresentação do
projeto X
Apresentação do
Comitê de Ética X
Coleta de Dados X X
X
Análise de Dados
X
X
Elaboração do
Relatório Final
X
Apresentação de
Artigo
X
Envio de Artigo
para Revista
X
157
ORÇAMENTO
Especificações Quantidade Unidade (R$) Valor (R$)
Cópias do termo de consentimento
e roteiro de entrevista 240 0,20 48,00
Resma de papel tamanho A4 04 15,00 60,00
Passagens de ônibus 64 3,50 224,00
Cartucho tinta preta 02 49,00 98,00
Fios de polipropileno trançado 400 m 0,10 40,00
Diversos - - 142,00
Luvas de procedimento * 240 doação -
Lâminas de bisturi* 40 doação -
Fios de sutura*** 160 doação -
Instrumental de Videocirurgia
(kit cirúrgico) 01 doação -
Simulador Clássico*** 01 doação -
Simulador EndoSuture Training
Box**** 01 doação -
TOTAL: 612,00
OBS: * Doador de insumos ( luvas e lâminas de bisturi) - HGCC
** Doador do kit de instrumentos videocirúrgicos (porta-agulha, contra-porta-agulha, pinça de
apreensão e tesouras) - BhioSuplyy (regime de comodato ao laboratório de habilidades cirúrgicas)
*** Doador do Simulador Clássico - Johnson & Johnson (regime de comodato ao laboratório de
habilidades cirúrgicas). Doador dos fios de sutura Ethibond, 2.0, agulhado para tarefa dos Grupos II e
IV.
**** Doador do Simulador Endo-Suture Trainer Box - Núcleo do Obeso do Ceará (regime de
comodato ao laboratório de habilidades
158
E. DESFECHO
F. TAMANHO DA AMOSTRA
Grupo I – Alunos regularmente matriculados na Clínica Cirúrgica I =
35 alunos – participaram da pesquisa 30 alunos
Grupo II – Alunos regularmente matriculados na Clínica Cirúrgica III
= 37 alunos - participaram da pesquisa 32 alunos
Grupo III – Cirurgiões = 37
Grupo IV – Alunos que já cursaram regularmente as disciplinas de
Clinica Cirúrgica I e III (2011,2112 e 2113 = 40 x 4= 120 alunos) -
alunos que participaram da pesquisa 49
Grupo de Apoio – alunos monitores - 11
TOTAL = 159 alunos
14. DATA DO PRIMEIRO RECRUTAMENTO: 01 de julho
15. PAIS DO RECRUTAMENTO: Brasil
16. NÚMERO DE PARTICIPANTES DA PESQUISA ( informar o
numero de indivíduos abordados pessoalmente ou que sofrerão algum tipo
de intervenção neste Centro de Pesquisa) = 240 alunos
DIVISÃO DOS GRUPOS
Intervenções realizadas, detalhamento:
GRUPO I
GRUPO II
GRUPO III
GRUPO IV
Haverá outras fontes secundárias de dados (prontuário, dados
demográficos, etc.) -NÃO
17. HAVERÁ RETENÇÃO DE AMOSTRA PARA ARQUIVAR EM
BANCO: Sim.
18.
CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO Coleta e registro dos dados
CONCLUSÃO ( DESFECHO)
A implantação do laboratório de habilidades cirúrgicas na matriz
curricular poderá proporcionar ao aluno de um Curso de Medicina conhecimento
teórico-prático prévio, diminuindo a curva de aprendizado, antes deste iniciar-se
159
na atividade prática in vivo, estimulando-os a se iniciarem na metodologia da
técnica e do trabalho científico,
O treinamento e busca da proficiência em endossuturas podem ser
necessários na formação do residente de cirurgia, na manutenção e retenção da
habilidade nos plantões e em cirurgias eletivas da prática clínica diária e na
educação continuada.
A opção do simulador de cavidade abdominal Endo-Suture Trainer Box,
pode ser uma ferramenta importante no contexto do LHC, contribuindo para
ampliação e manutenção dos conceitos vídeocirúrgicos do residente antes
adentrar na prática clínica.
O simulador de cavidade abdominal EndoSuture Training Box pode
apresentar continuada inovação tecnológica, oferecendo opção de qualidade de
custo justo na implantação e instalação de um LHC.
O LHC poderá ser presença regulamentada em Cursos de Medicina e
hospital escola com residência de Cirurgia e ser campo fértil para pesquisa em
Mestrado e Doutorado em Cirurgia e no campo da simulação e da inovação
tecnológica.
Os cursos de treinamento, conhecimento teórico-prático e manejo deste
instrumental terão sequencia no Laboratório de Habilidades Cirúrgicas do
hospital onde o cirurgião está domiciliado. O aprendizado e metodização serão
aplicados na sua atividade na prática diária em centros cirúrgico nos
procedimentos de médio e grande porte, executando os exercícios de
endossutura, previamente a uma operação planejada, ou quando estiver de
plantão, em momento de calmaria, sem comprometer o tempo operatório com
ensinamentos, posto que, tal etapa já foi cumprida no laboratório, contudo, O
simulador (Endo-Suture Trainer Box) estará em permanente disposição dos
alunos em treinamento.
Término: dia-31, mês – Agostos, ano - 2015
O estudo é multicêntrico: Não
Propõe dispensa do TCLE: não
19. BIBLIOGRAFIA – VIDE INTRODUÇÃO
20. ORÇAMENTO FINANCEIRO: UPLOAD DE DOCUMENTOS: Tipos
de documentos, tamanho, nome
21. ANEXAR FOLHA DE ROSTO
22. FINALIZAR:
23. SIGILO DO PROJETO: NÃO
160
APÊNDICE D – TERMOS DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
(ALUNO E CIRURGIÃO)
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
I. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO ALUNO SUBMETIDO À
PESQUISA
1.NOME DO ALUNO_________________________________________
CURSO MEDICINA UECE - CLINICA CIRURGICA I
DOCUMENTO DE IDENTIDADE ________________TIPO___________
SEXO: MASCULINO ( ) FEMININO ( )
MÃO DOMINANTE: DIR ( ), ESQ ( ) AMBIDESTRO ( )
GAMER ( ) 3 ou mais horas\semana, NO GAMER ( )
INSTRUMENTO MUSICAL: ___________________________(citar)
DATA DE NASCIMENTO______/_______/________
ENDEREÇO_______________________________NÚMERO__________
APTO___________BAIRRO________________CIDADE_____________
TELEFONE __________________ CEL_______________________
II. DADOS SOBRE A PESQUISA CIENTÍFICA
1. TÍTULO DO PROTOCOLO DE PESQUISA: Laboratório de Habilidades
Cirúrgicas: Modelo de ensino acadêmico teórico-prático de cirurgia
2. PESQUISADOR: Luiz Gonzaga de Moura Júnior.
CARGO OU FUNÇÃO: Pós-graduando, inscrição no Conselho Regional de
Medicina - CREMEC: 3225.
UNIDADE DO HC-UFC: Departamento de Cirurgia
3. AVALIAÇÃO DO RISCO DA PESQUISA:
SEM RISCO______ RISCO MÍNIMO____X____ RISCO BAIXO_____
RISCO MÉDIO______ RISCO ELEVADO_______
4. DURAÇÃO DA PESQUISA: 4 meses
III. REGISTRO DAS EXPLICAÇÕES DO PESQUISADOR AO
PACIENTE OU SEU REPRESENTANTE LEGAL SOBRE A PESQUISA,
CONSIGNANDO:
3. JUSTIFICATIVA DO OBJETIVO DA PESQUISA: O objetivo do estudo é
desenvolver em graduandos de medicina, habilidades psicomotoras
161
cirúrgicas, utilizando o laboratório de habilidades cirúrgicas, como
ferramenta educacional
4. PROCEDIMENTOS QUE SERÃO UTILIZADOS E PROPÓSITOS:
Aulas teóricas dentro da matriz curricular, treinamento de suturas manual,
instrumental convencional e laparoscópica em simuladores de cavidade
abdominal em ambiente de laboratório de habilidades cirúrgicas
IV. ESCLARECIMENTOS DADOS PELO PESQUISADOR SOBRE AS
GARANTIAS DO PACIENTE SUBMETIDO À PESQUISA
Solicitamos que leia atentamente as informações que seguem e
pergunte o que desejar para obter todos os esclarecimentos necessários para
decidir conscientemente sobre a sua participação (ou a do paciente sob sua
responsabilidade nesse estudo). Então, se de acordo, assine a autorização na
última folha.
1. Acesso a qualquer tempo, às informações sobre procedimentos, riscos e
benefícios relacionados à pesquisa, inclusive para dirimir eventuais dúvidas.
Observe que todas as medidas, procedimentos cirúrgicos serão os mesmos
realizados na aula prática da clínica cirúrgica. O que haverá de diferente será
randomizada (sorteada) das realização das tarefas propostas no projeto.
2. Liberdade de retirar seu consentimento a qualquer momento e de deixar de
participar do estudo, sem explicação e sem que isto traga prejuízo à
continuidade do ensino curricular.
3. Salvaguarda de confidencialidade, sigilo e privacidade.
4. Liberdade do aluno ou do responsável pelo mesmo, de desistir ou
interromper a participação neste estudo, sem a necessidade de qualquer
explicação e sem que isto venha a interferir no ensinamento desta instituição.
5. Caso seja verificada pelos profissionais assistentes ou pelo pesquisador,
qualquer alteração que possa comprometer a saúde devido aos procedimentos
ou equipamentos usados, o mesmo será excluído do protocolo de pesquisa.
6. Disponibilidade de assistência no Hospital Geral César Cals, por eventuais
danos à saúde, decorrentes da pesquisa ou de complicações inerentes as
tarefas executadas. Quando de alguma intercorrência, estarão habilitados ao
atendimento e imediato contato com o responsável por este estudo clínico.
7. A pesquisa, em principio, não implicará em eventuais danos à saúde,.
8. Não haverá qualquer forma de ressarcimento de despesas, haja vista que não
acarretará em qualquer prejuízo financeiro ao aluno devido à pesquisa.
9. Fica o responsável por esta pesquisa, abaixo identificado, encarregado de
informar ou esclarecer, em relação ao progresso da mesma, em qualquer
tempo, conforme solicitação do paciente ou de seu responsável.
10. Poderá o aluno ou seu responsável comunicar-se com a Secretaria da
Comissão de Ética em Pesquisa do Hospital Geral César Cals, para
apresentar recursos ou reclamações em relação ao estudo clínico.
162
V. INFORMAÇÕES DE NOMES, ENDEREÇOS E TELEFONES DOS
RESPONSÁVEIS PELO ACOMPANHAMENTO DA PESQUISA PARA
CONTATO EM CASO DE INTERCORRÊNCIAS CLÍNICAS E
REAÇÕES ADVERSAS.
Luiz Gonzaga de Moura Júnior
Residência: Rua Joaquim Nabuco ,2r0 - apto. 1200
Meireles, Fortaleza - CE
Fones: (085). 3246.5431 / 9984.34.43.
Consultório: Av. Antônio Sales, l540
Joaquim Távora, Fortaleza - CE
Fones: (085) 3246.10.31
VI. OBSERVAÇÕES COMPLEMENTARES
Os alunos submeter-se-ão à rotina básica da disciplina e as tarefas
estabelecidas para serem executados no laboratório, previamente, foram
informados dos riscos e benefícios do projeto proposto e orientados sobre todos
os detalhes do estudo que concordaram participar.
163
(TERMO DE AUTORIZAÇÃO - ALUNO)
Declaro que após convenientemente esclarecido pelo pesquisador e ter
entendido o que me foi explicado, consinto em participar do presente Protocolo
de Pesquisa. Laboratório de Habilidades Cirúrgicas: modelo acadêmico de ensino
teórico-prático em cirurgia.
O abaixo assinado _________________________________________________
nome
______ anos, R.G. número _____________________, residente e domiciliado à
idade identidade/órgão emissor
endereço – número – bairro – cidade – estado - telefone
Recebido 2a
via
Assinatura do aluno.
Assinatura do pesquisador
Fortaleza, _______de ______________de 20______.
164
(TERMO DE AUTORIZAÇÃO - CIRURGIÃO)
Declaro que após convenientemente esclarecido pelo pesquisador e ter
entendido o que me foi explicado, consinto em participar do presente Protocolo
de Pesquisa. Laboratório de Habilidades Cirúrgicas: modelo acadêmico de ensino
teórico-prático em cirurgia.
O abaixo assinado _________________________________________________
nome
______ anos, R.G. número _____________________, residente e domiciliado à
idade identidade/órgão emissor
endereço – número – bairro – cidade – estado - telefone
Recebido 2a
via
Assinatura do Cirurgião
Assinatura do pesquisador
Fortaleza, _______de ______________de 2014_
165
APÊNDICE E – QUESTIONÁRIO DO GRUPO III
QUESTIONÁRIO DO GRUPO III
LABORATÓRIO DE HABILIDADES CIRÚRGICA
Os alunos que já concluirão as disciplinas de Clínica Cirúrgica nos períodos de
2010.1, 2011.1, 2012.1 e 2013.1, deverão responder questionário, via internet,
sobre o perfil técnico e de ensino do Laboratório de Habilidades Cirúrgicas,
COM 20 (VINTE) QUESITOS. Pesquisa de opinião através de resposta
psicométrica (Escala de Likert), de questionário qualitativo-quantitativo,
objetivo-subjetivo, para medir o nível de concordância ou não concordância à
cada afirmação.
O teste deste estudo propõe determinar com rigor a validade de um instrumento
para medir a confiança do aluno no modelo de ensino médico apresentado. O
aluno deverá demonstrar sua atitude de confiança (ou não) quando da sua
passagem pelas disciplinas de Clinica Cirurgia I e III e o estágio de aula prática
no Laboratório de Habilidades Cirúrgica. Pode ser preditor de aceitação (ou
rejeição) da modelo de ensino proposto. O resultado do estudo avalia se
instrumento pode ser confiável, validado e o Laboratório de Habilidade
Cirúrgicas possa ser aplicado e utilizado com instrumento de ensino na matriz
curricular.
1. O estágio regular na Clínica Cirúrgica I e II, com aulas práticas no
Laboratório de Habilidades Cirúrgicas (LHC) contribuiu para o
desenvolvimento de habilidades no procedimentos cirúrgicos, na atividade
prática, no plantão da enfermaria, na emergência ou na residência.
a. Não concordo totalmente........ (1)
b. Não concordo parcialmente ....(2)
c. Indiferente............................... (3)
d. Concordo parcialmente ...........(4)
e. Concordo totalmente............... (5)
2. O ambiente de trabalho, tranquilo, silencioso, sem estresse e sem pressão
psicológica ofereceram condições adequadas de ensino-aprendizado.
a. Não concordo totalmente ........ (1)
b. Não concordo parcialmente ....(2)
c. Indiferente............................... (3)
d. Concordo parcialmente ...........(4)
e. Concordo totalmente ............... (5)
166
3. A curva de aprendizado adquirida antecipadamente na simulação do LHC
ajudou no contato inicial com o paciente cirúrgico.
a. Não concordo totalmente........ (1)
b. Não concordo parcialmente ....(2)
c. Indiferente............................... (3)
d. Concordo parcialmente ...........(4)
e. Concordo totalmente............... (5)
4. A metodologia aplicada com estações de complexidade progressivas (nó
manual, nó instrumental extracorpóreo, nó instrumental video-cirúrgico,
transferência de objetos no simulador) preencheu as expectativas para o
aprendizado.
a. Não concordo totalmente........ (1)
b. Não concordo parcialmente ....(2)
c. Indiferente............................... (3)
d. Concordo parcialmente ...........(4)
e. Concordo totalmente............... (5)
5. A presença do professor e do monitor de ensino acompanhando a execução
das tarefas ofereceu mais segurança e ajudou a diminuir o tempo de
aprendizado.
a. Não concordo totalmente........ (1)
b. Não concordo parcialmente ....(2)
c. Indiferente............................... (3)
d. Concordo parcialmente ...........(4)
e. Concordo totalmente............... (5)
1. Os conceitos cirúrgicos e a percepção-sensitivo motora adquiridos no LHC
foram transferidos para o exercício real junto ao paciente.
a.Não concordo totalmente........ (1)
b.Não concordo parcialmente ....(2)
c.Indiferente............................... (3)
d.Concordo parcialmente ...........(4)
e.Concordo totalmente............... (5)
7. O ensino prático do conhecimento teórico em ambiente de trabalho tranquilo
pode representar mais rapidez na curva de aprendizado.
a.Não concordo totalmente........ (1)
b.Não concordo parcialmente ....(2)
c.Indiferente............................... (3)
d.Concordo parcialmente ...........(4)
e.Concordo totalmente............... (5)
167
8. O LHC contribuiu para avaliar sua aptidão e a incrementar o processo de
decisão em seguir no sentido de se especializar (ou NÃO) numa área de atuação
em cirurgia?
a.Não concordo totalmente........ (1)
b.Não concordo parcialmente ....(2)
c.Indiferente............................... (3)
d.Concordo parcialmente ...........(4)
e.Concordo totalmente............... (5)
9. Após a aula teorico-prática das tarefas do LHC, a possibilidade de treinar
despreocupado com o erro, repetir o treinamento até acertar a tarefa, minimiza
no aluno a ansiedades do risco do erro e da iatrogenia no contato real com o
paciente.
a.Não concordo totalmente........ (1)
b.Não concordo parcialmente ....(2)
c.Indiferente............................... (3)
d.Concordo parcialmente ...........(4)
e.Concordo totalmente............... (5)
10. A simulação da situação real de trabalho, nó manual, sutura instrumental no
LHC, instrumentaliza o aluno para aquisição de destreza e agilidade na
transferência destes conceitos, e promove FEED-BACK positivo quando for
executar os procedimentos e técnicas no prática clínica, junto ao paciente.
a.Não concordo totalmente........ (1)
b.Não concordo parcialmente ....(2)
c.Indiferente............................... (3)
d.Concordo parcialmente ...........(4)
e.Concordo totalmente............... (5)
11. O ambiente do LHC pode promover integração entre o professor, o monitor
de ensino e o aluno. Onde o treinamento ajuda a expandir o conhecimento
científico e facilita a aplicação das informações adquiridas na execução das
técnicas operatórias na prática profissional.
a.Não concordo totalmente........ (1)
b.Não concordo parcialmente ....(2)
c.Indiferente............................... (3)
d.Concordo parcialmente ...........(4)
e.Concordo totalmente............... (5)
12. Após passar na disciplina de Clínica Cirúrgica, o LHC pode despertar no
aluno a aptidão cirúrgica, estimular a prática da metodologia científica e testar a
vocação do ensino como monitor e professor.
a.Não concordo totalmente........ (1)
168
b.Não concordo parcialmente ....(2)
c.Indiferente............................... (3)
d.Concordo parcialmente ...........(4)
e.Concordo totalmente............... (5)
13. O estágio prático regular na matriz curricular do LHC deve ser mantido nas
disciplinas de Clínica Cirúrgica I e III.
a.Não concordo totalmente........ (1)
b.Não concordo parcialmente ....(2)
c.Indiferente............................... (3)
d.Concordo parcialmente ...........(4)
e.Concordo totalmente............... (5)
14. O treinamento com o simulador de cavidade abdominal ampliou seus
conceitos psicomotores de vídeo cirurgia: ergonomia (posicionamento
adequado), ambidestria, movimentos invertidos, visão tridimensional e
estereotaxia (percepção de profundidade e de localização espacial).
a.Não concordo totalmente........ (1)
b.Não concordo parcialmente ....(2)
c.Indiferente............................... (3)
d.Concordo parcialmente ...........(4)
e.Concordo totalmente............... (5)
15. Ao participar de uma cirurgia por vídeo-laparoscopia no ambiente real, você
percebeu que os conceitos adquiridos no simulador do LHC ajudaram a
desempenhar melhor sua habilidade.
a.Não concordo totalmente........ (1)
b.Não concordo parcialmente ....(2)
c.Indiferente............................... (3)
d.Concordo parcialmente ...........(4)
e.Concordo totalmente............... (5)
16. Se o seu treinamento inicial foi no laboratório, entende que NÃO deveria se
iniciar diretamente no paciente e baseado (a) no que aprendeu, poderia ter mais
dificuldades para adquirir as mesmas habilidade e proficiência cirúrgica em um
curso de medicina sem LHC na matriz curricular.
a.Não concordo totalmente........ (1)
b.Não concordo parcialmente ....(2)
c.Indiferente............................... (3)
d.Concordo parcialmente ...........(4)
e.Concordo totalmente............... (5)
169
17. O LHC é instrumento de ensino para aprender, investigar, treinar as
habilidade, metodizar, reter, transferir e adaptar os conceitos cirúrgicos na
prática clínica.
a.Não concordo totalmente........ (1)
b.Não concordo parcialmente ....(2)
c.Indiferente............................... (3)
d.Concordo parcialmente ...........(4)
e.Concordo totalmente............... (5)
18. O LHC familiariza o manuseio de materiais e instrumentais e os passos da
execução da técnica operatória, a minimização do impacto psicológico e a
insegurança do aluno quando em situação real da prática hospitalar.
a.Não concordo totalmente........ (1)
b.Não concordo parcialmente ....(2)
c.Indiferente............................... (3)
d.Concordo parcialmente ...........(4)
e.Concordo totalmente............... (5)
19. Ajuda a compreender o ambiente cirúrgico e como se comportar na rotina da
disciplina deste novo ambiente de trabalho.
a.Não concordo totalmente........ (1)
b.Não concordo parcialmente ....(2)
c.Indiferente............................... (3)
d.Concordo parcialmente ...........(4)
e.Concordo totalmente............... (5)
20. O LHC pode ser utilizado de várias formas: como treinamento de manejo
cirúrgico em simuladores (aula prática), filmoteca, biblioteca, sala de estudos e
reuniões para discutir casos clínicos, além de ter função mista de ensino,
pesquisa e extensão na educação continuada junto a alunos, doutorandos,
residentes e preceptores do corpo clínico do hospital ou da universidade.
a.Não concordo totalmente........ (1)
b.Não concordo parcialmente ....(2)
c.Indiferente............................... (3)
d.Concordo parcialmente ...........(4)
e.Concordo totalmente............... (5)
170
APÊNDICE F – QUESTIONÁRIO DO GRUPO IV
QUESTIONÁRIO DO GRUPO IV
SIMULADOR DE CAVIDADE ABDOMINAL
Após a execução da confecção dos pontos cirúrgicos nos dois simuladores de
cavidade abdominal, os cirurgiões deverão responder questionário sobre o perfil
técnico, desempenho e eficácia, COM 10 QUESITOS, comparando os dois
simuladores Clássico e EndoSuture Training Box. Pesquisa de opinião através
de resposta psicométrica (Escala de Likert), de questionário qualitativo-
quantitativo, objetivo-subjetivo, para medir o nível de satisfação e concordância
à afirmação, relacionado com a qualidade técnica do simulador de cavidade
abdominal Clássico comparando com o simulador EndoSuture Training Box,
tendo como controle o imaginário de uma cirurgia laparoscópica (cirurgia de
Nissen – fundoplicatura gástrica em set de vídeocirúrgico num paciente em sala
da cirurgia.
O teste deste estudo propõe determinar com rigor a validade de um instrumento
para medir a confiança do cirurgião na tecnologia médica apresentada. O
cirurgião deverá demonstrar sua atitude de confiança (ou não) para utilizar o
simulador de cavidade abdominal EndoSuture Training Box, comparar com
outro instrumento em uso regular em treinamento e cursos com cirurgiões e
residentes de cirurgias (simulador de cavidade abdominal Clássico) para avaliar
competência, eficácia e semelhança. Pode ser preditor de aceitação (ou rejeição)
da tecnologia proposta e, utilização (ou não) como instrumento de ensino e
treinamento de habilidades cirúrgicas.
A validade do instrumento pode ser estabelecida com base no quadro: utilização
dos simulador executando endosutura, avaliando suas qualidades técnicas e a
semelhança que estes simuladores apresentam quando comparadas com a
cavidade abdominal do paciente real e a possibilidade que este instrumento
possa oferece para transferir as habilidades cirúrgicas adquiridas para a sala de
operação.
O resultado do estudo avalia se instrumento pode ser confiável e a tecnologia
aplicada mereça a confiança do médico e possa ser utilizada no laboratório de
habilidade com instrumento de ensino.
1. Distribuição dos portais no simulador, para triangulação dos
intrumentos.
CLÁSSICO ENDOSUTURE TRAINING BOX
a. Péssimo (1) a. Péssimo (1)
b. Regular (2) b. Regular (2)
c. Bom (3) c. Bom (3)
171
d. Ótimo (4) d. Ótimo (4)
e. Excelente (5) e. Excelente (5)
2. Feedback da Resistência (força aplicada nos instrumentos para
movimentar a alavancar dos portais na execução das tarefas) com a
Resiliência da borracha pulsônica – retorno espontâneo dos portais ao
local original após a execução dos movimentos.
CLÁSSICO ENDOSUTURE TRAINING BOX
a.Péssimo (1) a. Péssimo (1)
b.Regular (2) b. Regular (2)
c.Bom (3) c. Bom (3)
d.Ótimo (4) d. Ótimo (4)
e.Excelente (5) e. Excelente (5)
3. Adequação da triangulação dos portais, no introdução dos
instrumentos através da parede abdominal, e na percepção da
profundidade da bandeja de sutura intra-corpórea (estereotaxia).
CLÁSSICO ENDO-SUTURE TRAINER BOX
a.Péssimo (1) a. Péssimo (1)
b.Regular (2) b. Regular (2)
c.Bom (3) c. Bom (3)
d.Ótimo (4) d. Ótimo (4)
e.Excelente (5) e. Excelente (5)
4. Ergonomia de posicionamento (membros superiores do cirurgião x
resistencia-resiliência do simulador x posicionamento da bandeja de
sutura x imagem do monitor).
CLÁSSICO ENDOSUTURE TRAINING BOX
a.Péssimo (1) a. Péssimo (1)
b.Regular (2) b. Regular (2)
c.Bom (3) c. Bom (3)
d.Ótimo (4) d. Ótimo (4)
e.Excelente (5) e. Excelente (5)
5. Efeito fulcrum (movimento invertido) em relação a visão real, a
alavanca do portal na parede do simulador, a interface cega, o
movimento cirúrgico invertido e o campo de visão virtual (imagem).
CLÁSSICO ENDOSUTURE TRAINING BOX
a.Péssimo (1) a. Péssimo (1)
b.Regular (2) b. Regular (2)
172
c.Bom (3) c. Bom (3)
d.Ótimo (4) d. Ótimo (4)
e.Excelente (5) e. Excelente (5)
6. Visibilidade do campo operatório e qualidade da imagem monitor.
CLÁSSICO ENDOSUTURE TRAINING BOX
a.Péssimo (1) a. Péssimo (1)
b.Regular (2) b. Regular (2)
c.Bom (3) c. Bom (3)
d.Ótimo (4) d. Ótimo (4)
e.Excelente (5) e. Excelente (5)
7. Designer dos simuladores.
CLÁSSICO ENDOSUTURE TRAINING BOX
a.Péssimo (1) a. Péssimo (1)
b.Regular (2) b. Regular (2)
c.Bom (3) c. Bom (3)
d.Ótimo (4) d. Ótimo (4)
e.Excelente (5) e. Excelente (5)
8. O simulador apresenta recurso técnico para incorporar o treinamento
do cirurgião auxiliar com a câmera e os instrumentos (número e
posicionamento de portais).
CLÁSSICO ENDOSUTURE TRAINING BOX
a.Péssimo (1) a. Péssimo (1)
b.Regular (2) b. Regular (2)
c.Bom (3) c. Bom (3)
d.Ótimo (4) d. Ótimo (4)
e.Excelente (5) e. Excelente (5)
9. Recurso estrutural do simulador para incorporar tecnologia no
treinamento: associar a TV de tamanho maior, set de videocirurgia
com 2D e 3D, portal único.
CLÁSSICO ENDOSUTURE TRAINING BOX
a.Péssimo (1) a. Péssimo (1)
b.Regular (2) b. Regular (2)
c.Bom (3) c. Bom (3)
d.Ótimo (4) d. Ótimo (4)
e.Excelente (5) e. Excelente (5)
173
10. Desempenho e eficácia do simulador como instrumento de
treinamento e retenção de habilidades para doutorandos, residentes de
cirurgia e cirurgiões com interesse de elevar a proficiência em
videocirurgia.
CLÁSSICO ENDOSUTURE TRAINING BOX
a.Péssimo (1) a. Péssimo (1)
b.Regular (2) b. Regular (2)
c.Bom (3) c. Bom (3)
d.Ótimo (4) d. Ótimo (4)
e.Excelente (5) e. Excelente (5)
174
APÊNDICE G – ATIVIDADES DE ENSINO, TREINAMENTO, EDUCAÇÃO
CONTINUADA RELACIONADAS COM AÇÕES DO LABORATÓRIO DE
HABILIDADES CIRÚRGICAS
a. INSTALAÇÃO DO LABORATÓRIO DE HABILIDADES CIRÚRGICAS E
IMPLANTAÇÃO DO MODELO DE ENSINO TEÓRICO PRÁTICO EM
CIRURGIA
1. Universidade Estadual do Ceará (UECE) e Hospital Geral César Cals -2008.
2. Complexo Cirúrgico Jean Bittar, Hospital Ophir Loyola (Belém - Pará) -2012.
3. Hospital do Cancer de Mato Grosso (Cuiaba –Mato Grosso) - 2012
4. Departamento de Cirurgia da Universidade Federal do Pará (UFPa) – 2013.
5. Hospital Geral de Fortaleza - 2013.
6. Instituto Dr. José Frota - 2013
7. Departamento de Cirurgia da Universidade Federal de Pernambuco
Universidade - 2.014
8. Departamento de Cirurgia da Universidade Federal do Maranhão - 2014
9. Hospital do Câncer São Luís do Maranhão – 2014
10. Universidade Christus (UNICHRISTUS) - 2014
b. IMPLANTAÇÃO DO MODELO DE ENSINO TEÓRICO-PRÁTICO EM
CIRURGIA DO LABORATÓRIO DE HABILIDADES CIRÚRGICAS NA
PLATAFORMA DO PROGRAMAS DE RESIDÈNCIA MÉDICA
1. Hospital Geral César Cals - 2010
2. Complexo Cirúrgico Jean Bittar, Hospital Ophir Loyola - 2012
3. Hospital do Câncer de Mato Grosso (Cuiabá –Mato Grosso) - 2012
4. Departamento de Cirurgia da Universidade Federal do Pará (UFPa) – 2013
5. Departamento de Cirurgia da Universidade Federal do Ceará -2013
6. Hospital Geral de Fortaleza - 2013
7. Instituto Dr. José Frota – 2013
8. Departamento de Cirurgia da Universidade Federal de Pernambuco
Universidade -2014
9. Departamento de Cirurgia da Universidade Federal do Maranhão - 2014
10. Hospital do Câncer - São Luís do Maranhão - 2014
c. CURSOS DE EDUCAÇÃO CONTINUADA SOCIETÁRIA, REALIZADOS
APLICANDO O MODELO DE ENSINO TEÓRICO-PRÁTICO EM
CIRURGIA DO LABORATÓRIO DE HABILIDADES CIRÚRGICAS:
175
1. I CURSO DE ENDO-SUTURAS E ENDO-ANASTOMOSES EM
CIRURGIA LAPAROSCÓPICA - II Jornada Cearense de Cirurgia Bariátrica e
Metabólica - 2006 - SBCBM - Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e
Metabólica- Capítulo do Ceará. Hospital Monte Klinikum. Fortaleza Ceará.
2. II CURSO DE ENDO-SUTURAS E ENDO-ANASTOMOSES EM
CIRURGIA LAPAROSCÓPICA -. III Jornada Cearense de Video Cirurgia –
2007 – Sobracil (Sociedade Brasileira de Cirurgia Laparoscópica - Capítulo do
Ceará), Colegío Brasileiro de Cirurgiões – Cap. do Ceará, SBCBM - Sociedade
Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica- Capítulo do Ceará. Hospital
Regional UNIMED – Fortaleza – Ceará. Professor convidado: Dr. Elias
Amado (SP) – SBCBM
3. III CURSO DE ENDO-SUTURAS E ENDO-ANASTOMOSES EM
CIRURGIA LAPAROSCÓPICA -. II Congresso Regional de Cirurgia - 2008 –
Setor II do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (Ceará, Maranhão e Piaui)
4. IV CURSO DE ENDO-SUTURAS E ENDO-ANASTOMOSES EM
CIRURGIA LAPAROSCÓPICA - 2.009 - Congresso de Associação Médica
Cearense – Hospital São José - Juazeiro do Norte – CE.
5. V CURSO DE ENDO-SUTURAS E ENDO-ANASTOMOSES EM
CIRURGIA LAPAROSCÓPICA - IV Jornada Cearense de Vídeo Cirurgia –
2010 – Sobracil (Sociedade Brasileira de Cirurgia Laparoscópica - Capítulo do
Ceará), Colégio Brasileiro de Cirurgiões – Cap. do Ceará, SBCBM - Sociedade
Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica- Capítulo do Ceará. Hospital
Regional UNIMED – Fortaleza – Ceará. Professor convidado: Dr. Thomaz
Szego – SBCB
6. VI CURSO DE ENDO-SUTURAS E ENDO-ANASTOMOSES EM
CIRURGIA LAPAROSCÓPICA - 2.010 – Sobracil (Sociedade Brasileira de
Cirurgia Laparoscópica - Capítulo do Ceará), Colégio Brasileiro de Cirurgiões
– Cap. do Ceará SBCBM - Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e
Metabólica- Capítulo do Ceará, Hospital São Francisco – Sobral
7. VII CURSO DE ENDO-SUTURAS E ENDO-ANASTOMOSES EM
CIRURGIA LAPAROSCÓPICA 2012 – Hospital do Câncer de Mato Grosso -
Cuiabá – Mato Grosso
176
8. CURSO AVANÇADO DE ENDOSUTURAS E ENDOANASTOMOSES –
JORNADA SOBRACIL – 2013 – Laboratório de Habilidades Cirurgicas –
HGCC – Fortaleza - Ce
9. CURSO AVANÇADO DE ENDOSUTURAS – HANDS ON – XV
CONGRESSO BRASILEIRO DE CIRURGIA BARIÁTRICA E
METABÓLICA – BRASÍLIA-DF – 2013
10. CURSO PRÁTICO DE ENDOSUTURAS – HANDS ON - I CONGRESSO
NORTE DE CIRURGIA BARIÁTRICA E METABÓLICA – BELÉM- PARÁ
– 31 DE JULHO DE 2014
11. CURSO AVANÇADO DE ENDOSUTURAS EM VÍDEO CIRURGIA –
Hands On -12º. Congresso Brasileiro de Vídeocirurgia – SOBRACIL e Society
Robotic Surgery -2014 - 24 A 27 setembro – Centro Sul – Florianopólis
12. CURSO DE ENDOSUTURAS E ENDOANASTOMOSES - Hands On
Universidade Federal de Pernambuco - Departamento de Cirurgia Recife – 24
de outubro de 2014.
13. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU DE CIRURGIA
MINIMAMENTE INVASIVA – UNICHRISTUS – SOBRACIL- CBC -
Campus UniChristus Setembro2014 - Julho 2015 –
d.CURSOS DE EDUCAÇÃO CONTINUADA, DA PROGRAMAÇÃO DA
RESIDÊNCIA MÉDICA DE CIRURGIA, REALIZADO APLICANDO O
MODELO DE ENSINO TEÓRICO-PRÁTICO EM CIRURGIA DO
LABORATÓRIO DE HABILIDADES CIRÚRGICAS:
1. I CURSO DE ENDO-SUTURAS E ENDOANASTOMOSES EM
CIRURGIA LAPAROSCÓPICA PARA RESIDENTES DE
CIRURGIA GERAL E GINECOLOGIA – II Jornada de Saúde do
Hospital Geral César Cals – 80 ANOS - 2008 – Centro de Estudos e
Pesquisa (CEAP)
2. II CURSO DE ENDO-SUTURAS E ENDOANASTOMOSES EM
CIRURGIA LAPAROSCÓPICA PARA RESIDENTES DE
CIRURGIA GERAL E GINECOLOGIA - IV Jornada de Saúde do
177
Hospital Geral César Cals – 80 ANOS-HGCC - 2012 – Centro de
Estudos e Apoio a Pesquisa (CEAP).
3. CURSO DE ENDOSUTURAS PARA RESIDÊNCIA DE
GINECOLOGIA – Hospital Geral de Fortaleza - 2012.
4. CURSO DE CONCEITOS BÁSICOS DE CIRURGIA – LIGA DE
CIRURGIA DA MEDUECE– LABORATÓRIO DE HABILIDADES
CIRÚRGICAS – HGCC - 2013.
5. CURSO PRÁTICO DE TREINAMENTO DE HABILIDADES EM
VIDEOLAPAROSCOPIA – HAND’S ON – Hospital Ophir Loiola –
Laboratório de Habilidades Cirúrgicas- 2012 – Belém – Pará.
6. CURSO PRÁTICO DE TREINAMENTO DE HABILIDADES EM
VÍDEO CIRURGIA – HAND’S ON – Instituto Dr. José Frota – 2013 –
Laboratório de Habilidades Cirúrgicas IJF – Centro de Estudos –
Fortaleza Ceará.
7. CURSO PRÁTICO DE TREINAMENTO DE HABILIDADES EM
VIDEOCIRURGIA – HAND’S ON – Hospital Getúlio Vargas –
Departamento de Cirurgia- Universidade Federal do Maranhão -
Laboratório de Habilidades Cirúrgicas- 2014 – São Luis- Maranhão.
8. CURSO PRÁTICO DE TREINAMENTO DE HABILIDADES EM
VIDEOCIRURGIA – HAND’S ON – Hospital do Câncer do Maranhão
- Laboratório de Habilidades Cirúrgicas- 2014 – São Luis- Maranhão.
e.CONFERÊNCIA EM JORNADAS E CONGRESSOS, CURSOS DE
EDUCAÇÃO CONTINUADA, SOBRE O TEMA LABORATÓRIO DE
HABILIDADES CIRÚRGICAS: MODELO ACADÊMICO TEÓRICO-
PRÁTICO DE ENSINO EM CIRURGIA
1. MODELO DE TREINAMENTO EM ENDO-SUTURAS E
ENDO-ANASTOMOSES EM CIRURGIA
LAPAROSCÓPICA. I Simpósio Latinoamericano da
Internacional Federation for Surgery of Obesity . 2005 – Foz do
Iguaçu – Paraná –Brasil.
178
2. MODELO DE TREINAMENTO EM ENDO-SUTURAS E
ENDO-ANASTOMOSES EM CIRURGIA BARIÁTRICA
LAPAROSCÓPICA. IX Congresso Brasileiro de Cirurgia
Bariátrica e Metabólica – 2007 – Curitiba – Brasil
3. MODELO DE TREINAMENTO EM ENDO-SUTURAS E
ENDO-ANASTOMOSES EM CIRURGIA
LAPAROSCÓPICA. IV Jornada Cearense de Video Cirurgia –
2008 – Sobracil (Sociedade Brasileira de Cirurgia
Laparoscópica - Capítulo do Ceará), SBCBM - Sociedade
Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica- Capítulo do
Ceará
4. MODELO DE TREINAMENTO EM ENDO-SUTURAS E
ENDO-ANASTOMOSES EM CIRURGIA BARIÁTRICA
LAPAROSCÓPICA. II Congresso Regional de Cirurgia - 2008
– Setor II do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (Ceará, Maranhão
e Piauí)
5. MODELO DE TREINAMENTO EM ENDO-SUTURAS E
ENDO-ANASTOMOSES EM CIRURGIA BARIÁTRICA
LAPAROSCÓPICA – III Jornada de Saúde do Hospital Geral
César Cals – 80 ANOS - 2008 – Centro de Estudos e Pesquisa
(CEAP)
6. JORNADA CEARENSE DE VÍDEO LAPARAROSCOPIA -
SOBRACIL - 2012 – FORTALEZA – CE
SIMPÓSIO: LABORATÓRIO DE HABILIDADES CIRÚRGICAS:
Modelo de Treinamento em Vídeo Cirurgia -
Presidente – Dr. Francisco Ney Lemos - Presidente da Sociedade Brasileira
de Cirurgia Bariátrica e Metabólica – Capítulo do Ceará
Moderadores – Dr. Arruda Bastos (Ce) – Secretário da Saúde do
Estado do Ceará
Dr. Almino Ramos (SP ) - Presidente da Sociedade Brasileira
de Cirurgia Bariátrica e Metabólica
STATUS ATUAL E PERSPECTIVA
Implantação e Modelo de Atuação: Luiz Moura (HGCC – UECE -Ce)
Ensino: Luiz Cláudio Chaves (UEPA – HOL - Pa)
Pesquisa: Manoel Odoricode Moraes Filho (UFC - Ce)
Extensão: Josemberg Campos (UFP - Pe)
179
9. SURGICAL SKILLS LABORATORY: RESIDENT TRAINING
MODEL IN BARIATRIC SURGERY - V CONGRESO
INTERNATIONAL FEDERATION FOR THE SURGERY OF
OBESITY - CONGRESO LATINOAMERICANO DE
CIRUGIA BARIÁTRICA Y METABÓLICA - CUSCO 2013
10. LABORATÓRIO DE HABILIDADES CIRÚRGICA - Modelo de
Treinamento em Vídeo Cirurgia - XV CONGRESSO BRASILEIRO
DE CIRURGIA BARIÁTRICA E METABÓLICA – BRASÍLIA-DF –
2013
11. ENSINO E TREINAMENTO EM VÍDEO CIRURGIA – I Jornada
Norte de Cirurgia Bariátrica e Metabólica Belém – Pará, 01 de Agosto
de 2014
12. XIV CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRADPEC E I FÓRUM
DE PESQUISA EM CIRURGIA TRANSLACIONAL – Sociedade
Brasileira de Pesquisa Experimental em Cirurgia (SOBRADPEC) e
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - São Paulo - 2014
13. TREINAMENTO E SIMULAÇÃO EM VIDEOCIRURGIA -
CONGRESSO SETORIAL DO CBC - CAPÍTULO DO AMAZONAS
–Manaus – Amazonas - 2014
180
ANEXO A – RESOLUÇÃO PARA CRIAÇÃO, TRAMITAÇÃO DE PROJETOS E
FUNCIONAMENTO DE LABORATÓRIOS
Governo do Estado do Ceará Secretaria da Ciência Tecnologia e Educação Superior
Universidade Estadual do Ceará – UECE Secretaria dos Órgãos de Deliberação Coletiva – SODC
RESOLUÇÃO Nº 708/CONSU de 22 de dezembro de 2009.
DEFINE E ESTABELECE AS CONDIÇÕES PARA CRIAÇÃO, TRAMITAÇÃO DE PROJETO E
FUNCIONAMENTO DE LABORATÓRIOS. O REITOR DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – UECE, no uso de suas atribuições estatutárias e regimentais, tendo em vista o que deliberou o Conselho Universitário – CONSU em sua reunião de 22 de dezembro de 2009, na forma do Artigo 4º, letra i, do Regimento Geral da UECE, considerando a necessidade de operacionalização do que prevê o art. 39, inciso „o‟, e o Art. 50 do mesmo Regimento Geral, RESOLVE:
Art. 1o Definir e estabelecer as condições para criação, tramitação de projeto e funcionamento de laboratórios. Art. 2o Laboratórios constituem unidades acadêmicas integrantes dos Centros, Faculdades ou Institutos Superiores, articuladas a um ou mais de um colegiado de
curso de graduação e/ou a um ou mais de um programa acadêmico de pós-graduação
stricto sensu. Parágrafo Único. Os laboratórios resultam em demanda de pessoal qualificado, ocupação de espaço físico adequado e em utilização de equipamentos e de
material de consumo. Art. 3o Os laboratórios distinguem-se, conforme seus objetivos, em: I - de ensino – quando são exclusiva ou dominantemente destinados a aulas práticas de disciplinas da matriz curricular dos cursos de graduação ou pós-
graduação acadêmica stricto sensu dos grandes campos de atuação da UECE. II - de pesquisa – quando são exclusiva ou dominantemente destinados à produção de conhecimento novo, vinculados ou não a programas acadêmicos de
pósgraduação stricto sensu. III - de extensão – quando são exclusiva ou dominantemente destinados às experiências de aplicação prática de conhecimentos já dominados, nas áreas
sociais, tecnológicas, econômicas, políticas, culturais e/ou artísticas.
2 IV - misto – quando são destinados, em proporções semelhantes, às atividades de
181
ensino e de pesquisa, de ensino e de extensão, de pesquisa e de extensão ou às três
possibilidades. Art. 4o Os laboratórios organizam-se, conforme sua lógica dominante de atuação, em torno de: I - um ou mais professores da UECE, um deles assumindo a responsabilidade de coordenação; II - alunos de graduação e/ou de programa acadêmico de pós-graduação stricto sensu; III - técnicos de laboratório; IV - professores de instituições parceiras; V - um plano anual de atividades, elaborado por seus membros antes do início do 1º semestre letivo de cada ano e apresentado à direção do Centro, Faculdade ou
Instituto Superior do qual sejam integrantes; VI - um plano trimestral de solicitação de equipamentos e itens de manutenção e de consumo, apresentado à direção do Centro, Faculdade ou Instituto Superior do
qual sejam integrantes; VII - um relatório anual, elaborado pela coordenação ao final do 2o semestre letivo de cada ano e encaminhado à direção do Centro, Faculdade ou Instituto Superior
do qual sejam integrantes. Parágrafo Único. Os incisos III e IV são os únicos de caráter opcional, sendo os outros obrigatórios e cumulativos. Art. 5o A coordenação de laboratório tem natureza dominantemente técnica, resultante da identificação entre objetivo e linhas de atuação do laboratório com
setor de estudo e linha de atuação ou disciplina de professor participante de seu quadro. I - No caso de laboratório de pesquisa ou misto envolvendo pesquisa, vinculado a programa acadêmico de pós-graduação stricto sensu, a titulação de doutor é indispensável ao coordenador. II - No caso de laboratório de ensino, de extensão, de pesquisa ou misto não vinculado a programa acadêmico de pós-graduação stricto sensu, a titulação de
doutor pode ser substituída pela de mestre. III - A cada início de gestão de Diretor de Centro, Faculdade ou Instituto Superior, a equipe do laboratório é consultada, indica o nome tecnicamente mais adequado e
o Diretor baixa Portaria designando o coordenador pelo mandato de dois anos, considerando o que prevê o art. 39, inciso „o‟, e o Art. 50 do Regimento Geral da
UECE. IV - Mudanças de coordenação, durante o mandato, por motivo de impedimento, alteração de interesse, exoneração, aposentadoria ou qualquer outro motivo,
resultará em repetição do procedimento de escolha, com nova Portaria para o tempo que
finalize aquele mandato iniciado.
3 V - A Portaria de Coordenador de Laboratório, sob responsabilidade do Diretor de Centro, Faculdade ou Instituto Superior do qual o laboratório seja integrante,
constitui documento hábil a compor o Plano de Atividade Docente do coordenador. Parágrafo Único. Dada a natureza da função, não há limite para a renovação de um mesmo professor no exercício da função.
182
Art. 6o A criação de laboratório segue a seguinte tramitação: I - Atendendo à solicitação de coordenador(es) de curso(s) de graduação, coordenador(es) de programa(s) acadêmico(s) de pós-graduação stricto sensu ou
de membro(s) do(s) colegiado(s) de curso(s) de graduação ou de programa(s)
acadêmico(s) de pós-graduação stricto sensu, o Diretor de Centro, Faculdade ou Instituto
Superior constitui comissão para elaborar, seguindo o modelo no Anexo I desta Resolução,
projeto acadêmico, regimento interno e projeto físico do laboratório pretendido. II - A proposta de criação de laboratório é registrada no Protocolo Geral da UECE e encaminhada para análise e aprovação no Conselho de Centro, Faculdade ou
Instituto Superior do proponente que reunir as condições para posterior designação à coordenação do laboratório. III - Após análise e aprovação no Conselho, o processo segue para registro na Pró-Reitoria afim à natureza do laboratório: Se tiver por objetivo exclusivo ou
dominante o ensino de graduação, a instância de registro é a Pró-Reitoria de Graduação-
PROGRAD; se tiver por objetivo exclusivo ou dominante a extensão, a instância de registro é a
Pró- Reitoria de Extensão-PROEX; se tiver por objetivo exclusivo ou dominante o ensino
de pós-graduação ou a pesquisa ou se for misto envolvendo a pesquisa, a instância de registro é a Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa-PROPGPq. IV- Após registro na Pró-Reitoria afim, o processo seguirá para análise e aprovação no Conselho Universitário-CONSU, onde receberá Resolução de
criação. V - A criação de laboratório não inclui a aprovação dos projetos específicos que serão executados em seu âmbito, pois cada projeto de ensino, pesquisa ou
extensão realizará tramitação própria conforme as normas que regem cada matéria
específica. Art. 7o Os laboratórios já anteriormente constituídos deverão ter sua homologação encaminhada ao CONSU pela direção do Centro, Faculdade ou Instituto Superior. Art. 8o Os casos omissos serão resolvidos pelo CONSU. Art. 9o Esta Resolução entrará em vigor na data da sua assinatura, revogadas a disposições em contrário. I
REITORIA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ, em Fortaleza, 22 de dezembro de 2009.
Prof. Francisco de Assis Moura Araripe Reitor
4 Res. Nº 708-CONSU
183
ANEXO ÚNICO PROJETO DE CRIAÇÃO DE LABORATÓRIO 1. Título: Projeto de criação do “Laboratório ________________________________” 2. Vinculação: O Laboratório ________________________________ será vinculado ao Centro de Ciências da Saúde da UECE. 3. Apresentação: O Laboratório ______________________________________irá atender:
As atividades didáticas (teóricas e práticas) das disciplinas: (descrever)
As atividades de pesquisa: (descrever)
As atividades de extensão: (descrever)
E outras: (descrever) 4. Composição da Equipe Técnica: Docentes: Discentes: Técnicos de laboratório: Parceiros: 5. Beneficiários: Diretos: Indiretos: 6. Histórico do Processo: 5 7. Justificativa: 8. Objetivos: 9. Estratégia de implantação: 10. Ações a serem desenvolvidas: 11. Necessidades para a criação e implantação do laboratório: I - Concessão de espaço que possa abrigar a seguinte infraestrutura física: II - Outras: 12. Recursos materiais disponíveis para a criação do laboratório: 13. Regimento do laboratório:
184
ANEXO B – REGIMENTO INTERNO DO LABORATÓRIO DE HABILIDADES
CIRÚRGICAS
LABORATÓRIO DE HABILIDADES
CIRÚRGICAS
R E G I M E N T O I N T E R N O
Fortaleza – 2013
185
REGIMENTO INTERNO DO LABORATÓRIO DE HABILIDADES
CIRÚRGICAS
Capítulo I
Da Apresentação
Art. 1°. O LABORATÓRIO DE HABILIDADES CIRÚRGICAS do Hospital Geral Dr.
César Cals de Oliveira tem seu funcionamento em espaço próprio nas dependências deste
Hospital, situado na Av. Imperador, nº 545, Centro, Fortaleza – Ceará, CEP: 60.015.052. Esta
por sua vez registrada no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ – 07.954.571-0039/87
pertencente e mantida pela SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DO CEARÁ, é um
estabelecimento de saúde e de ensino que tem como missão, prestar assistência ao usuário do
SUS, com excelência nos atendimentos Materno-infantil, Clínico, Cirúrgico, Ensino e
Pesquisa.
1.1 PORTARIA (publicada no Diário Oficial de 01.08.2011).
Art. 2°. O LABORATÓRIO DE HABILIDADES CIRURGICAS, dispõe de instalação
própria, localizada no endereço supra mencionado e comuns com os Centro de Estudos e
Aperfeiçoamento – CEAP/HGCCO
186
PARÁGRAFO ÚNICO: Compõem, atualmente, as instalações do LABORATÓRIO DE
HABILIDADES CIRÚRGICAS:
n) Modelo simulador da Cavidade Abdominal – EndoSuture CD Box – 6 (unidades),
doados em regime de comodato à UECE, FM, Clínica Cirúrgica, I e III, pela Ethicon
ENDOSURGERY, composto de manequim (6 – SEIS): 3 com TV’S de LCD
Samsung de 22 polegadas, mini câmera com zoom, equipados com fontes chaveadas
de energia, (1) hum para treinamento com visão direta (estereotaxia), 2 (dois) para
treinamento com set de vídeo cirurgia 1 (UM) no próprio LHC e outro destinado ao
Centro Cirúrgico para treinamento dos residentes e cirurgiões em regime de plantão).
o) TV LCD de 52 polegadas, para aulas e apresentação de trabalhos, doado pelo Núcleo
do Obeso do Ceará, ao LHC.
p) Computador de 4 GB de memória RAM, 1 terabyte de HD com processador Intel
Core2Duo 2.8 GHz com teclado, mouse e estabilizador, acoplado a TV, doado pelo
Núcleo do Obeso do Ceará, em regime de comodato, ao LHC.
q) Set de vídeo cirurgia, com monitor, ótica de 30 graus, fonte de luz, estabilizador,
doado pela equipe de cirurgiões do HGCC, ao LHC.
r) Manequins artesenais 6 (seis) com 3 (três) filmadoras e 3 (três) TV CCE, analógicas,
doados em regime de comodato à UECE, FM, Clínica Cirúrgica I e III, pela Ethicon
Endosurgery.
s) Ar condicionado – 02 (duas) unidades – uma unidade originada no HGCC e uma
unidade doada pelo Núcleo do Obeso do Ceará, em regime de comodato, ao LHC.
t) Mesa cirúrgica 1 (uma) originada do HGCC.
u) Mesas 4 (quatro) de fibras de plástico, para apoio dos manequins e de suturas, doados
em regime de comodato à UECE, FM, Clínica Cirúrgica I e III, pela Ethicon
EndoSurgery
v) Porta agulhas 4 (quatro) de endosuturas: 3 originadas do CC HGCC e 1 (hum) doado
pelo Núcleo do Obeso do Ceará, em regime de comodato, ao LHC.
w) Tesouras 4 (quatro) e pinças descartáveis 10 (dez) para reuso, no treinamento, doados
em regime de comodato à UECE, FM, Clínica Cirúrgica I e III, pela Ethicon
EndoSurgery
x) Pinças descartáveis 3 (três) e portal único, descartáveis para reuso, no treinamento do
Single Port, doadas pela Covidiem, em regime de comodato ao LHC.
187
y) Porta agulhas, pinças, tesouras, afastadores, e instrumentos diversos, de cirurgia
convencional, diversos, originados do HGCC (porta jóias de Dona Mazé)
z) Cadeiras com braço de apoio 8 (oito) originados do HGCC
aa) Descartáveis: grampeadoras, drenos, sondas, trocartes, luvas, fios de suturas para
treinamento continuado, originados no HGCC.
Art. 3°. O LABORATÓRIO DE HABILIDADES CIRÚRGICAS TEM AS SEGUINTES
FINALIDADES:
a) Atividades acadêmicas das Universidades conveniadas com a Secretaria da Saúde da
Saúde do Estado do Ceará, tais como: UECE, UFC, UNICHRISTUS, UNIFOR, e
outras oficialmente conveniadas, abrangendo atendimento aos alunos: acadêmicos do
curso de Graduação em medicina das Universidades, internos, residentes e médicos do
corpo clínico.
b) O uso do laboratório é para fim de atividades das disciplinas de que possuam práticas
de Medicina, sendo vedada a sua utilização para outras finalidades. Propiciar
treinamento teórico e prático de cirurgia convencional e vídeo-cirurgia.
c) O Laboratório de Habilidades Cirúrgicas é utilizado na integração da investigação e
estudo para o desenvolvimento de técnicas e procedimentos cirúrgicos, para que, a
partir do estudo de forma metodológica, o aluno aproprie-se do conhecimento e
desenvolva habilidades para o processo de operar, através de aulas teórico-práticas
com a simulação de procedimentos e cuidados de medicina cirúrgica.
d) O laboratório funciona de forma que o aluno, tem a possibilidade de executar técnicas,
adquirindo conhecimentos práticos para posterior execução em campo de estágio
supervisionado. O Laboratório permite ao aluno manusear equipamentos, adquirir
destreza manual, experimentar, testar, sobretudo corrigir-se para posterior prática em
campo de estágio: aprender, treinar, metodizar e habilitar-se.
e) Favorecer o desenvolvimento de habilidades específicas, no intuito de capacitar os
alunos para a prática hospitalar, com o aperfeiçoamento de técnicas e procedimentos,
levando-o a manusear materiais e a familiarizar-se com os passos da execução.
f) Auxiliar o aluno no processo da assimilação de técnicas específicas que serão
desenvolvidas junto aos pacientes
g) Dar aos alunos a oportunidade de rever técnicas e procedimentos, antes de iniciar a
prática hospitalar.
188
h) Minimizar o impacto psicológico do aluno quando em situação real na prática
hospitalar.
i) Realizar a integração de monitores e alunos que utilizam este espaço.
j) Despertar nos alunos – monitores a vocação docente, bem como a prática científica.
k) Público alvo: alunos:
Acadêmicos do curso de Graduação em medicina das Universidades conveniadas;
Doutorandos do internato de cirurgia e ginecologia do HGCC;
Residentes de cirurgia, ginecologia, urologia e outras áreas de atuação em cirurgia
do HGCC;
Residentes de outros hospitais escolas que solicitarem por ofício ao HGCC/CEAP
a utilização do LHC;
Cirurgiões de várias áreas de atuação do corpo clínico e de outros hospitais
públicos;
Sociedades e entidades médicas para promoção oficial de cursos vinculados a
eventos científicos e de educação continuada (jornadas, simpósios e congressos);
Mestrado profissional para cirurgiões em parceria com a UFC, UECE,
UNICHRITUS, UNIFOR e outras Universidades conveniadas.
Pesquisas clínicas no campo da vídeo-cirurgia.
Capítulo II
Da Organização
Art. 4° É constituída por Comissão composta por um coordenador e monitores para fortalecer
o desenvolvimento das atividades práticas do LABORATÓRIO DE HABILIDADES
CIRÚRGICAS.
§1° Essa Comissão é composta por coordenador e monitores indicados pela Direção Geral do
HGCC.
Coordenador: cargo de confiança do CEAP e Direção do HGCC. Como critério de
indicação ou nomeação devendo ser um dos monitores médicos em exercício no
LHC, com incentivo financeiro, semelhante aos dos preceptores.
Monitores médicos: cirurgião do corpo clínico, preceptor de cirurgia e ginecologia,
professor de clínica cirúrgica e/ou ginecológica em exercício no HGCC, com
189
experiência teórico-prática em vídeo-cirurgia e afinidade de ensino, e
disponibilidade de carga horária para o exercício.
Monitores residentes e doutorandos: Compreende estágio de pró-ensino e pró-
extensão da residência de cirurgia e ginecologia, e internato no HGCC, não
remunerado, não empregatício, com período da monitoria de 1 (hum) ano, não
renovável. Após divulgação em edital interno, inscrição no CEAP, seleção por
prova teórico-prática e avaliação curricular, com duas vagas para os pós-graduados
(residentes de cirurgia e/ou ginecologia) e duas para os graduandos (doutorandos).
Capítulo III
Dos Objetivos
Art. 5° Destinar-se conforme os objetivos.
V- De ensino: destinado a aulas práticas das disciplinas da matriz curricular de cursos de
graduação, lato sensu, ou pós-graduação acadêmica, stricto sensu.
VI- De pesquisa: destinado à produção de conhecimento novo, vinculado ou não a
programa acadêmicos de pós-graduação, stricto sensu.
VII- De extensão: destinado às experiências de aplicação prática do conhecimento já
dominado.
VIII- Misto: destinado em proporções semelhantes às três possibilidades de atividades:
ensino, pesquisa e extensão.
Art. 6° Propiciar aos acadêmicos, doutorandos, residentes, e médicos do Corpo Clínico o
ensino prático do conhecimento teórico, simulando situações reais de trabalho.
Instrumentalizar os alunos para a aquisição de habilidade, destreza e agilidade nos
procedimentos e técnicas a serem executados, capacitando-os para a prática profissional.
Capítulo IV
Do Funcionamento
Art. 7° O Laboratório permanecerá aberto para as aulas práticas previamente agendadas. Caso
o aluno necessite do mesmo para estudo, deverá agendar com os monitores e professores de
prática.
§1° O Laboratório funciona em horário regular de segunda a sexta-feira das 08:00 as 12:00
horas, das 13:00 as 17:00 horas. A realização de cursos acontecerão à noite entre 19: 00 as
190
23:00 horas aos sábados das 08:00 as 12:00 horas, e das 13:00 às 17:00 horas, para não
conflitar com os horários normais de funcionamento.
§2° Será permitido o uso do laboratório pelos alunos com prévia autorização dos monitores ou
professores.
§3° Os materiais de uso do laboratório somente serão fornecidos no interior do mesmo, não
sendo permitido o empréstimo ou venda destes.
§4° O laboratório funcionará em todo período letivo, de janeiro a janeiro.
PARÁGRAFO ÚNICO: Todos os materiais utilizados nas Práticas deverão ser deixados sobre
a mesa para que os mesmos sejam guardados pelo responsável pelo laboratório.
Capítulo V
Dos Discentes
Art. 8° Será permitida a presença de alunos no laboratório com a autorização do professor e
monitor, durante o horário normal para atividades de ensino;
Art. 9° Os alunos, durante a estada no laboratório só poderão manusear materiais e
equipamentos após orientação oferecida pelo professor e com sua expressa permissão.
Art. 10º Os alunos deverão apresentar-se trajados com uniforme adequado (jalecos), com
identificação pessoal (crachá) e institucional;
Art. 11º O comportamento do aluno durante as atividades no laboratório deve assemelhar-se
ao do Centro Cirúrgico, usando uniformes adequados, evitando uso de adereços e acessórios,
tais como pulseiras, anéis, colares e brincos.
Art. 12º Não será permitido aos alunos fazerem refeições ou permanecerem com alimentos
dentro do ambulatório.
Art. 13º Não será permitido aos alunos executarem atividades alheias às orientadas pelo
professor;
Art. 14º Os alunos deverão zelar pelos materiais e equipamentos do laboratório, utilizando-os
conforme orientação do professor, evitando seu desperdício;
Art. 15º O aluno que manusear equipamentos e materiais de forma inadequada e sem
autorização do professor será responsabilizado caso ocorra dano ao mesmo;
Art. 16º Cabe aos alunos manter o laboratório em ordem após o término das atividades;
§1° No final do semestre letivo, cada aluno deve realizar um relatório das atividades
desenvolvidas no laboratório de acordo com a padronização do Modelo de Ensino e Avaliação
191
do Treinamento da instituição (anexo IV), ou na forma de protocolos desenvolvidos durante
as aulas práticas.
Capítulo VI
Dos Docentes
Art. 17º O modelo pedagógico de ensino deverá ser metodizado por todos monitores e
professores para obter o melhor resultado final no aprendizado do aluno.
Art 18º Caberá ao professor ou monitor agendar previamente suas práticas no prazo mínimo
de 24 horas, para que possa ser organizado o material necessário.
Art. 19º Não será permitido ao professor ou monitor, fornecer a chave do laboratório aos
alunos ou permitir que estes permaneçam no recinto sem a presença de funcionários do setor;
Art. 20º O professor deverá explicar ainda em sala de aula de que forma serão desenvolvidas
as atividades no laboratório, para diminuir a ansiedade dos alunos e evitar tumulto e
desordem;
Art. 21º O professor não deverá permitir ao aluno que desenvolva tarefa de forma diferente da
que foi orientada ou atividade que não tenha sido solicitada;
Art. 22º O professor não deverá permitir a entrada de alunos no laboratório que não estejam
devidamente uniformizados.
Art. 23º O professor deve instruir os alunos a manter o laboratório em ordem durante e após
término das atividades;
Art. 24º O professor deverá orientar os alunos sobre a segregação e descarte correto do lixo
produzido durante a aula;
Parágrafo Único: Em caso de acidentes envolvendo materiais perfuro-cortante ou fluído
orgânico, o professor deve tomar as condutas pertinentes.
Art. 25º O professor que utilizar o laboratório deverá registrar as atividades em livro ata do
laboratório, o tipo de atividade realizada e os materiais de consumo utilizados para que seja
providenciada a sua reposição;
Art. 26º O professor deve zelar pelos materiais e equipamentos do Laboratório, orientando aos
alunos seu uso correto, evitando dano e desperdício.
Art. 27º Qualquer dano aos materiais e equipamentos do laboratório deverá ser comunicado
imediatamente ao funcionário responsável para as devidas providências.
Art. 28º Compete ainda ao professor cumprir e fazer cumprir este regulamento.
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Capítulo VII
Dos Funcionários e Monitores
Art. 29º Compete aos Funcionários:
I - Utilizar adequadamente os EPI (Equipamentos de Proteção Individual) fornecido pela
Instituição;
II - Manter o Laboratório limpo, obedecendo a disposição dos móveis, equipamentos e
materiais, organizados pelos professores;
III - Recolher de maneira correta e segura o lixo gerado após as atividades do laboratório para
o reservatório temporário de lixo;
IV - Comunicar a Coordenação qualquer anormalidade dentro do laboratório.
V - Não fornecer a chave e nem permitir a presença de alunos dentro do ambulatório sem a
autorização do professor e sem a presença do funcionário e fora do horário estabelecido.
VI - Não permitir que funcionários de outros setores que não tenham relação com o
laboratório permaneçam durante as atividades de aula prática para não interferir no
rendimento do aluno.
VII - Manter o Laboratório trancado após a limpeza;
Art. 30º Compete aos Monitores:
§1° Todo horário de treinamento deverá ser agendado junto ao CEAP e a Coordenação do
Laboratório conforme ANEXO I.
I – Deverão ser divulgados os horários de aula prática e os monitores responsáveis;
II - Zelar pela ordem e manutenção do laboratório;
III – Cumprir e fazer cumprir este regulamento.
IV – O horário da atividade prática do monitor médico está incluído no seu horário normal de
trabalho junto a Instituição de origem.
V – O horário da atividade prática do monitor acadêmico, doutorando ou residente é de 04
(quatro) horas semanais, por 12 meses, com frequência comprovada. NÃO está incluído no
seu horário regular do estágio discente, posto que, trata-se de uma atividade de pró-ensino e
pró-extensão, podendo, no entanto, ser autorizado oficialmente pelo superior hierárquico
executá-lo dentro da sua carga horária normal de atividades.
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Capítulo VIII
Das Doações e Aquisições
Art 31º – O LHC poderá receber doações de materiais e instrumentais de instituições públicas
e privadas com o tempo de vigência estabelecido, conforme o Termo de Cessão de Uso,
(anexo I e II).
Art 32º – O uso de material de consumo e o desgaste de material permanente, durante a
realização de cursos por outras instituições públicas e privadas, deverão ser repostos pelas
instituições beneficiadas na forma de doação de materiais de consumo e instrumentais
cirúrgicos, previamente formalizados e acordados com o CEAP.
Capítulo IX
Das Disposições Finais e Transitórias
Art. 33º – Todos os docentes, discentes, técnicos administrativos, e demais prestadores de
serviços devem obrigatoriamente obedecer as normas de segurança do LABORATÓRIO DE
HABILIDADES CIRÚRGICAS.
Art. 34º – Este regulamento deverá ser de conhecimento de todos os professores, monitores,
alunos e funcionários que freqüentem e trabalhem no LHC.
Parágrafo único – Após ciência deste regulamento, os alunos devem assinar termo de
conhecimento sobre estas normas, o qual será arquivado no Centro de Estudos e
Aperfeiçoamento e Pesquisa– CEAP/HGCCO.
O tempo do exercício ou atividade regular no LHC, do coordenador, do monitor, do aluno
será formalizado com certificado competente, emitido pelo CEAP.
Art 35º – Um plano trimestral de solicitação de equipamentos e itens de manutenção e
consumo deverão ser apresentados ao CEAP. A reposição de materiais de consumo,
instrumentais cirúrgicos e materiais permanentes e manutenção dos mesmos são de
competência do CEAP/HGCCO.
Art. 36º – Os casos omissos a este regulamento serão julgados, em primeira instância pela
Coordenação do LABORATÓRIO DE HABILIDADES CIRÚRGICAS, e coordenação do
CEAP e Direção Médica.
Art. 37º – Mudanças de Coordenação durante o mandato, por motivo de impedimento,
alteração de interesse, exoneração, aposentadoria ou qualquer outro motivo resultará no
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procedimento de escolha, com nova portaria , para o tempo que finalize aquela mandato
inicial.
Art. 38º – O presente regulamento poderá ser alterado a qualquer tempo, por solicitação da
Coordenação do laboratório, Centro de Estudos e Aperfeiçoamento – CEAP/HGCCO, ou
Direção Geral do HGCCO.
Art. 39º - Quaisquer alterações que forem efetuadas e trouxerem alguma implicação de caráter
acadêmico,somente entrarão em vigor no semestre letivo seguinte, ressalvadas as leis em
vigor.
Art. 40º – O presente regulamento entra em vigor na data de sua publicação.
Fortaleza – CE, 03 de abril de 2013.
ANTÔNIO ELIEZER ARRAIS MOTA FILHO
DIRETOR GERAL DO HGCCO
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ANEXO C – CARTA DE ANUÊNCIA
196
ANEXO D – PROTOCOLO DE APROVAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA DO
COMITÊ DE ÉTICA DE PESQUISA DO HGCC
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198
199
ANEXO E – DEPÓSITO DE PEDIDO DE PATENTE DO SIMULADOR REAL DE
CAVIDADE ABDOMINAL ENDOSUTURE TRAINING BOX