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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE MEDICINA DEPARTAMENTO DE CIRURGIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM CIÊNCIAS MÉDICO-CIRÚRGICAS LUIZ GONZAGA DE MOURA JÚNIOR MODELO ACADÊMICO DE ENSINO TEÓRICO-PRÁTICO EM VÍDEO CIRURGIA, POR MEIO DE NOVO SIMULADOR REAL DE CAVIDADE ABDOMINAL FORTALEZA 2015

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE … · 2. Educação de ... parcial a obtenção do Grau de Doutor. Área de ... Curso Avançado de Endosuturas – Hands On, cujos residentes

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

FACULDADE DE MEDICINA

DEPARTAMENTO DE CIRURGIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM CIÊNCIAS

MÉDICO-CIRÚRGICAS

LUIZ GONZAGA DE MOURA JÚNIOR

MODELO ACADÊMICO DE ENSINO TEÓRICO-PRÁTICO EM VÍDEO CIRURGIA,

POR MEIO DE NOVO SIMULADOR REAL DE CAVIDADE ABDOMINAL

FORTALEZA

2015

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LUIZ GONZAGA DE MOURA JÚNIOR

MODELO ACADÊMICO DE ENSINO TEÓRICO-PRÁTICO EM VÍDEO CIRURGIA,

POR MEIO DE UM NOVO SIMULADOR REAL DE CAVIDADE ABDOMINAL

Tese apresentada ao Programa de Pós-

Graduação Stricto Sensu em Ciências Médico-

Cirúrgicas, da Faculdade de Medicina da

Universidade Federal do Ceará, como requisito

parcial para a obtenção do Grau de Doutor.

Área de concentração: Ciências Médico-

Cirúrgicas.

Orientador: Prof. Dr. Manoel Odorico de

Moraes Filho.

FORTALEZA

2015

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação

Universidade Federal do Ceará

Biblioteca de Ciências da Saúde

M887m Moura Júnior, Luiz Gonzaga de.

Modelo acadêmico de ensino teórico-prático em vídeo cirurgia, por meio de novo simulador

real de cavidade abdominal./ Luiz Gonzaga de Moura Júnior. – 2015.

200 f.: il. color., enc.; 30 cm.

Tese (doutorado) – Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Medicina, Departamento de

Cirurgia, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciências Médico-Cirurgicas, Doutorado

em Cirurgia, Fortaleza, 2015.

Área de Concentração: Ciências Médico-Cirurgicas.

Orientação: Prof. Dr. Manoel Odorico de Moraes Filho.

Co-Orientação: Prof. Dr. Paulo Roberto Leitão de Vasconcelos.

1. Laparoscopia. 2. Educação de Graduação em Medicina. 3. Desempenho Psicomotor. 4.

Simulação por Computador. 5. Técnicas de Sutura. 6. Procedimentos Cirúrgicos Minimamente

Invasivos I. Título.

CDD 617.02

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LUIZ GONZAGA DE MOURA JÚNIOR

MODELO ACADÊMICO DE ENSINO TEÓRICO-PRÁTICO EM VÍDEO CIRURGIA,

POR MEIO DE NOVO SIMULADOR REAL DE CAVIDADE ABDOMINAL

Tese apresentada ao Programa de Pós-

Graduação Stricto Sensu em Ciências Médico-

Cirúrgicas, da Faculdade de Medicina da

Universidade Federal do Ceará, como requisito

parcial a obtenção do Grau de Doutor. Área de

concentração: Ciência Médico-Cirúrgicas.

Aprovada em: 15/10/2015.

BANCA EXAMINADORA:

____________________________________________________

Prof. Dr. Manoel Odorico de Moraes Filho (Orientador)

Universidade Federal do Ceará (UFC)

____________________________________________________

Prof. Dr. Paulo Roberto Leitão de Vasconcelos (Co-Orientador)

Universidade Federal do Ceará (UFC)

____________________________________________________

Prof. Dr. Arthur Belarmino Garrido Júnior

Universidade de São Paulo (USP)

____________________________________________________

Prof. Dr. Josemberg Marins Campos

Universidade Federal do Pernambuco (UFPE)

____________________________________________________

Prof. Dr. José Huygens Parente Garcia

Universidade Federal do Ceará (UFC)

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Ao Deus, que ilumina o meu saber, com saúde,

para discernir os caminhos a trilhar, nesta vida

cheia de buscas e riscos, ao proporcionar

inteligência e dedicação capaz de semear o

campo fértil do aprendizado, do ensino e da

pesquisa e fazer germinar este trabalho

científico, dedico-Lhe.

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Aos meus pais, Luiz e Neuza Moura –

mensageiro de amor – exemplos de resistência,

perseverança, humildade, justiça e dignidade.

Ao imorredouro Luiz Gonzaga de Moura –

Luiz de Zeza, que há 13

anos estava na planície, torcendo pela

aprovação do meu mestrado, e agora, na cimo

da montanha, altivo, na vigília

continuada do aprendiz de doutorado, atento

às críticas da Banca Examinadora.

Aos seus filhos, irmãos meus, herdeiros

solidários, unidos e cúmplices destas virtudes:

Marlene, Luiz José, Fátima, Penha, Betânia,

Simone e João Batista.

À Márcia Sabiá, estimada camarada, que os

desígnios incompreensíveis de Deus retiraram-

lhe o fio da vida cedo demais do tear, sem que

tenha tecido a vida por inteiro, mas trançou e

traçou sua herança genética, para continuidade

da vida.

À Mayra, Renan, Nayanna e Régis Luiz,

pedaços inteiriços da minha vida, que me

ensinaram a difícil missão de ser pai, mãe,

irmão, amigo e professor.

À Joana, musa doirada

Porto seguro que me inspira e acata

Do olhar verde da esmeralda

Ancoradouro que me hipnotiza e encanta

À pequena e grande família Moura, da

matriarca Neuza, dita Mouraria, pelo

desprendimento e compreensão ao aceitar a

minha ausência temporária na rotina fraternal,

em busca de um objetivo grandioso.

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AGRADECIMENTOS

Ao PROF. MANOEL ODORICO DE MORAES FILHO, Professor Titular do

Departamento de Fisiologia e Farmacologia, orientador desta tese de doutorado, que acreditou

no modelo de ensino ministrado pelo autor, e entendeu que o mesmo poderia ser validado,

aplicado e replicado, a partir de uma base científica de dados e de teorias de aprendizado, na

plataforma curricular da graduação médica.

Ao PROF. PAULO ROBERTO LEITÃO DE VASCONCELOS, Professor Titular

do Departamento de Cirurgia e pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Cirurgia da

Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará, o qual foi meu orientador na

Dissertação de Mestrado e agora co-orientador deste estudo, cuja visão e estímulo científico

me norteou para avançar na qualificação Stricto Sensu e na sequencia pleitear o doutorado.

Ao PROF. ARTHUR BELARMINO GARRIDO JÚNIOR, Professor Associado

da Universidade de São Paulo, que, por seu pioneirismo, inigualável e vasta experiência,

divulgou, ensinou, consolidou e democratizou o tratamento cirúrgico da obesidade mórbida

no Brasil, e me estimulou a adentrar nesta área de atuação, via técnica operatória e pesquisa

científica. Integrou a Banca de Mestrado há 12 anos, e destarte, mais uma gentileza e distinta

honraria de aceitar o convite de participar da Banca Examinadora desta Tese.

Ao PROF. JOSEMBERG MARINS CAMPOS, Professor Titular da Universidade

Federal de Pernambuco, que acreditou em primeira hora, no Laboratório de Habilidades

Cirúrgicas como instrumento de ensino e implantou o modelo na Universidade onde leciona.

Os agradecimentos por divulgar e replicar o método, junto a Sociedade Brasileira de Cirurgia

Bariátrica e Metaboólica, além de aceitar o convite para participar da Banca Examinadora

deste trabalho científico.

Ao PROF. JOSÉ HUYGENS PARENTE GARCIA, Professor Titular do

Departamento de Cirurgia, companheiro de longas jornadas, desde o nascedouro, na

Maternidade São Francisco do Crato, passando pelo período de estágio acadêmico na Santa

Casa de Misericórdia de Fortaleza, indo para a preceptoria de cirurgia do Instituto José Frota,

e monitorando os meus primeiros procedimentos vídeo cirúrgicos (colecistectomia e

Fundoplicatura de Nissen), e que, além de competência como professor, pesquisador, tem no

transplante de fígado a vitrine científica do Ceará para o Brasil e o mundo. Os agradecimento

por aceitar o convite para abrilhantar com sua presença na Banca Examinadora desta

pesquisa.

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Ao PROF. MARCELO GURGEL, Professor Titular e do Coordenador do Curso

de Medicina da Universidade Estadual do Ceará (UECE), que acreditou no projeto de ensino,

permitiu a iniciação e a participação do Laboratório de Habilidades Cirúrgica como

instrumento de ensino teórico-prático na plataforma curricular das disciplinas de Clínica

Cirúrgica I e III e aos Coordenadores subsequentes CRISTINA DALLAGO, IVELISE

CANITO BRASIL, MOACIR CYMROT, que apoiaram e concordaram com a continuidade

do modelo de ensino.

Ao DR. VALDIR MENESES, Diretor Médico do Hospital Geral César Cals, que

cedeu espaço físico para a instalação, implantação, aparelhamento e oficialização do LHC

naquele hospital-escola, em parceria com a UECE, como objeto de ensino, pesquisa e

extensão, destinado a alunos, doutorandos de Medicina, Residentes de Cirurgia Geral e

Ginecologia e Cirurgiões do Corpo Clínico.

Aos coordenadores do Centro de Estudo e Apoio a Pesquisa (CEAP - HGCC),

JANEDSON BAIMA BEZERRA, ERNANI RODRIGUES XIMENES E MARIA

SOLANGE ARAÚJO PAIVA PINTO, que absorveram o LHC como uma bandeira

importante a ser hasteada no território do ensino, da pesquisa e da educação continuada.

Aos cirurgiões do HGCC, PAULO MARCOS LOPES, FRANCISCO NEY

LEMOS, ÉRCIO PRADO, RODRIGO BABADOPULOS (Cirurgia Geral) E MARINALDO

JEREISSATI (ginecologia), que associaram a função de Preceptores da Residência com a de

Monitores de Ensino, junto ao LHC.

Aos onze alunos monitores das disciplinas de Clínica Cirúrgica MEDUECE que

participaram efetivamente do projeto, iniciando-se como pesquisadores: PAULO ELIEZER

TEIXEIRA DE ARAÚJO JÚNIOR, HERMANO DOMINGOS DE QUEIROZ, ERISSON

BARBOSA DOS SANTOS, ALISSON VIEIRA DE ASSIS BRASILEIRO, BEATRIZ

BEZERRA DE MENEZES SERPA MAIA, DIANA RODRIGUES DE ARAÚJO,

FERNANDA DE OLIVEIRA ROCHA, JOÃO PEDRO CARLOS DE OLIVEIRA,

LEANDRO IGOR FERREIRA MAIA, MARCELLO DOS SANTOS MOTA, SILVIA

HELENA LEOPOLDINA CANDIDO DOS SANTOS.

Aos alunos da MEDUECE, das disciplinas de Clínica Cirúrgica I e III, do

semestre 2014.1 e aos alunos que já cumpriram estas disciplinas em 2013.1, 2012.1 e 2011.1,

que tiveram a sensibilidade de perceber a importância da pesquisa, atenderem

espontaneamente ao chamamento, participaram e contribuíram de forma efetiva para o

desenvolvimento da pesquisa. – Eu aprendi com estes alunos a ensinar e eles me ensinaram a

pesquisar.

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Ao PROF. LUIZ CLÁUDIO CHAVES, Professor Adjunto do Departamento de

Cirurgia da Universidade Federal do Pará, que implantou o Laboratório de Habilidades

Cirúrgicas no Hospital Ophir Loiola, e durante o I Congresso Norte de Cirurgia Bariátrica e

Metabólica (em julho de 2014), realizou o Curso Avançado de Endosuturas – Hands On, onde

cirurgiões inscritos, participaram da pesquisa, voluntariamente.

Ao PROF. MANOEL LAJES BRANCO, Professor Titular do Departamento de

Cirurgia da Universidade Federal do Maranhão, que implantou o Laboratório de Habilidades

Cirúrgicas no Hospital Universitário Presidente Dutra (agosto de 2014), e durante o evento

realizou-se o Curso Avançado de Endosuturas – Hands On, onde residentes de cirurgia e

urologia inscritos, participaram da pesquisa, voluntariamente.

Aos cirurgiões LUIZ ALFREDO NETTO GUTERRES SOARES JÚNIOR (in

memorian) e MANOEL FRANCISCO DA SILVA SANTOS, do Hospital do Câncer do

Maranhão Tarquínio Lopes Filho, de São Luís do Maranhão (agosto de 2014), onde foi

implantantado o Laboratório de Habilidades Cirúrgicas, e durante o evento realizou-se o

Curso Avançado de Endosuturas – Hands On, cujos residentes de cirurgia e urologia inscritos,

participaram da pesquisa, voluntariamente.

Ao Colégio Brasileiros de Cirurgiões – Capítulo do Ceará ( MESTRE LUSMAR

VERAS RODRIGUES), à Sociedade Brasileira de Cirurgia Laparoscópica – Regional do

Ceará ( PRESIDENTE SIDNEY PEARCE) e à Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e

Metabólica – Capítulo do Ceará (PRESIDENTE FRANCISCO NEY LEMOS), que em

conjunto, contribuíram para recrutar os cirurgiões associados. Estes atenderam, de pronto, ao

chamamento, desprendendo-se de suas atividades profissionais e se fizeram presentes ao

LHC, para avaliação crítica e realização das tarefa junto à pesquisa.

Aos professores e coordenadores da disciplina do Departamento de Cirurgia, pela

dedicação ao ministrar o curso deste doutorado, ampliando nossos conhecimentos com

ensinamentos de fundamental importância.

Aos professores doutores FRANCISCO VAGNALDO FECHINE JAMACARU,

LUSMAR VERAS E IVELISE CANITO BRASIL por aceitarem participar da Banca de

Qualificação e ao PROF. DR. MOACIR CIMROT, que além de outras contribuições neste

trabalho, concordou em atuar na suplência da Banca examinadora da Defesa da Tese, para

prevenir qualquer eventualidade. Quando, através do elevado senso crítico, muito

contribuíram para melhoria deste trabalho científico.

Ao acadêmico de Engenharia Elétrica e Engenharia Mecatrônica, RÉGIS LUIZ

SABIÁ DE MOURA, que absorveu e materializou o projeto, executou, pesquisou e promoveu

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evolução do simulador feito, no início, a partir de uma “imitação criativa”, passando por

várias etapas de "inovação incremental", até chegar ao atual estágio de “inovação

tecnológica”, tendo como produto final o simulador real de cavidade abdominal “EndoSuture

Trainning Box”. Instrumentalizou o LHC e contribuiu para a evolução no treinamento e no

ensino, além de disponibilizar permanente assistência técnica e manutenção dos instrumento

junto ao LHC, desde a sua implantação, e ao longo destes anos, culminando com a execução

desta tese.

Ao ARQUITETO JÚLIO BARREIRA, que projetou o modelo espacial do

simulador EndoSuture Trainer Box, garantido um design assemelhado ao torso humano, no

tamanho natural, cujo perfil foi validado e bem avaliado na pesquisa pelo cirurgiões.

À ODONTÓLOGA E MESTRANDA MAYRA SABIÁ DE MOURA, pela ajuda

incansável na busca de referências bibliográficas e na tradução para o inglês dos artigos

científicos, derivados desta tese, para publicação em periódicos científicos.

Ao PROF. DR. FRANCISCO VALGNALDO FECHINE JAMACARU, cujas

planilhas, análises e resultados estatísticos deram percepção científica maior, além de

credibilidade técnica na conclusão desta tese.

Aos companheiros de sala de aula, alunos mestrandos e doutorandos, que diante

do conflito da vida profissional com a vida acadêmica, conseguiram escalar todos os

empecilhos, transpor barreiras, em busca de alcançar o objetivo desejado, em especial ao

MESTRANDO RODRIGO FEITOSA BABADOPULOS e ao DOUTORANDO HEINE

FERREIRA MACHADO.

Ao reitor da UniChristus JOSÉ LIMA DA CARVALHO ROCHA, que acreditou

na proposta do Laboratório de Habilidades Cirúrgicas, instalou uma unidade na sua

instituição, abrindo caminho, através dos conceitos da simulação, para implantação do Curso

de Pós-graduação Lato Sensu de Cirurgia Minimamente Invasiva e do Mestrado Profissional

em Tecnologia em Cirurgia Minimamente Invasiva e Simulação Realística na Área de Saúde.

À JOHNSON & JOHNSON, que acreditou no modelo de treinamento e, em

parceria público-privada, contribuiu para divulgação e implantação do LHC junto a hospitais-

escolas de Fortaleza e outras capitais do Nordeste brasileiro. Além de ceder o simulador

clássico 3-DMed®, de seu uso exclusivo, para servir de controle na comparação para avaliação

e validação o simulador estudado, no Grupo III da pesquisa e, simultaneamente, doar

fomentos cirúrgicos para execução das tarefas da pesquisa.

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Ao NÚCLEO DO OBESO DE CEARÁ, que fez doações de materiais cirúrgicos e

instrumentos didáticos para o adequado funcionamento do LHC, antes, durante e depois da

pesquisa.

À BHIOSUPPLY que doou instrumentos cirúrgicos para a execução das tarefas

dos cirurgiões na pesquisa.

Às senhoras LUCIENE OLIVEIRA E MAGNA FIGUEIREDO

(DEPARTAMENTO DE CIRURGIA), ADELÂNIA ROQUE MARINHO

(DEPARTAMENTO DE FARMACOLOGIA), SOCORRO COSTA (COLÉGIO

BRASILEIRO DE CIRURGIÕES) pela competência, disponibilidade e eficiência na arte de

executar o ofício de secretarias polivalentes, junto a pós-graduação do Departamento de

Cirurgia, Departamento de Farmacologia e CBC – Capítulo do Ceará.

À DONA MAZÉ (MARIA JOSÉ DOS SANTOS) e DONA EFIGÊNIA (MARIA

EFIGÊNIA BARBOSA PRACIANO) pela dedicação ao LHC, tratando com zelo o material e

instrumental. Além de cuidar dos simuladores (com design de bonecos ou manequins ) como

se fossem suas crias de estimação.

A bibliotecária ELIENE MARIA VIEIRA DE MOURA, dotada da vasta

experiência na Normatização Técnica e Pesquisa Bibliográfica, facilitando sobremaneira a

confecção das etapas didáticas desta tese.

Às noites e madrugadas silenciosas, cúmplices e companheiras inspiradoras da

ousadia e perseverança no constructo desta tese, em busca de um lugar para compartilhar da

docência e da comunidade científica.

E, por termo, a todos que participaram da maior ou da melhor forma, o

permanente sentimento de gratidão por terem colaborado para tornar viável esta pesquisa

científica, que acredito, poderá contribuir para o ensino da graduação e pós-graduação da

medicina e quiçá, da pesquisa científica.

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“Não há moléstia da qual a Cirurgia não

consiga curar ou triunfar, nem órgão enfermo

que ela não possa remover. Há de se

reconhecer, porém, os limites impostos por

idéias avançadas e encontrar e aceitar a justa

medida entre o possível e o impossível, entre o

sonho e a realidade.”

(H. F. Hartmam)

“O modelo de ensino na plataforma curricular

da graduação médica, através da absorção dos

conceitos cirúrgicos na simulação realística

dentro do Laboratório de Habilidades

Cirúrgicas, dismitificou o paradigma de que a

vídeo cirurgia era uma área de atuação

reservada para poucos e privilegiados

cirurgiões.”

(A. J. Alexandre)

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RESUMO

Introdução - O aprendizado através da simulaçao realística, apresenta relevância e

importância cada vez maior no século da tecnologia e da informação, nas faculdades de

medicina, no ensino e treinamento em extensão de educação continuada, além de pesquisa,

para testar novas técnicas de uso potencial, contribuindo para a evolução da cirurgia. Objetivo

- Validar o modelo teórico-prático de ensino em vídeo cirurgia, aplicado junto aos

graduandos do Curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará, inserindo na

plataforma curricular, por meio de um novo simulador real de cavidade abdominal,

EndoSuture Trainning Box (ESTB), desenvolvido pelo autor, como instrumento de

aprendizado, treinamento, progressão de habilidade psicomotoras em vídeo cirurgia, para

consolidar a progressão e a manutenção da proficiência emvideo cirurgia.. Material e Método

- A pesquisa foi executada no ambiente do Laboratório de Habilidades Cirúrgicas (LHC), do

Hospital Geral Cesar Cals, hospital-escola terciário da rede pública da Secretaria de Saude do

Estado do Ceará - Brasil com material cirúrgico convencional e endoscópico, simuladores 3-

DMed® e ESTB, além de questionários em escala de Likert. Três grupos homogêneos

formados por alunos de disciplinas diferentes (GI - alunos do quinto semestre - disciplina de

Base da Técnica Cirúrgica; GII, alunos do sétimo semestre - disciplina de Clínica Cirúrgica:

e GIII alunos que cumpriram, previamente, as duas disciplinas), foram distribuídos para

executar tarefas de diferentes progressões de dificuldades para validar o modelo de ensino e o

quarto grupo (GIV, constituído por cirurgiões com vários níveis de proficiência, que executou

tarefas para avaliar e validar o perfil técnico e tecnológico do simulador ESTB e, conforme o

desempenho das tarefas, estes foram estratificados na Escala de Habilidades e Proficiência de

Sutura em Vídeo Cirurgia. Resultados Os resultados mostraram que o modelo teórico-prático

de ensino no LHC foi bem avaliado e validado como instrumento de aprendizado e pode

permanecer no contexto da plataforma curricular da graduação médica. A progressão da

habilidade do treinamento desde o nó manual, instrumental extra e intra-corpóreo foram

etapas vivenciadas nas aulas teórico-práticas da disciplina de clínica cirúrgica, junto ao LHC.

Discussão - A confecção do ponto cirúrgico foi componente importante no treinamento do

aluno, podendo ser metodizado e padronizado para a absorção dos conceitos de vídeo cirurgia

adquiridos na simulação realística, com segurança e depois transferido para a sala de

operação. Conclusão O modelo de ensino teórico-prático de cirurgia desenvolvido no LHC

foi validado como instrumento dentro da plataforma curricular da graduação de médica. O

simulador ESTB foi bem avaliado e validado pelos cirurgiões podendo ser inserido no

contexto do LHC, como instrumento de treinamento em cirurgia. A escala de Progressão de

Habilidades e Proficiência em Video Cirurgia pode servir para definir (pré-teste) a carga de

treinamento necessaria para atingir a proficiência em endo-sutura (póa-teste).

Palavras-chave: Laparoscopia. Educação de graduação em medicina. Desempenho

psicomotor. Simulação por computador. Técnicas de sutura. Procedimento cirúrgico

minimamente invasivo.

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ABSTRACT

Introduction -The Surgical Skills Laboratory has increasing its relevance and importance in

this century of technology and information, in medical schools, especially in the process of

teaching and learning, and in training activities of continuing education programs, beyond

research, testing new techniques and contributing to the evolution of surgery. ObjectiveThis

study aims to validate the theoretical and practical teaching model, applied with the medical

students, putting the EndoSuture Training Box (ESTB), developed by the author, into the

subjects program, as a learning and training tool, which stimulates the development of

psychomotor abilities in video surgery, to consolidate the progression skills until reach

satisfactory proficiency. Material and Method - This investigation was developed at the

Surgical Skills Laboratory, with conventional surgical and endoscopic material, simulators 3-

DMed® and EndoSuture Training Box, besides questionnaires in Likert scale scores. Three

homogeneous groups from different subjects, formed by students were distributed to perform

tasks with different levels of difficulty to evaluate and to validate this model of teaching. The

fourth group, formed by surgeons with different levels of proficient, executed tasks to

validates the technical and technological profile of the ESTB simulator. According to the

performance, they were stratified on Skills and Proficiency Suture Scale on Video Surgery.

Results - As main result, the theoretical and practical teaching model at the Surgical Skills

Laboratory was well evaluated and validated as a learning tool and can remain within the

curriculum of medical education platform. The progression of skill training steps from the

manual node to extra instrumental and intra-corporeal were experienced in the theoretical

practical lessons of the surgical clinic discipline, with the Surgical Skills Laboratory.

Discussion - The preparation of the surgical point was an important component in the

students training and can be systematized and standardized to the absorption of surgery video

concepts, acquired in realistic simulation with safety and then transferred to the operation

room.Conclusion - The model of theoretical and practical teaching of surgery developed at the

Surgical Skills Laboratory has been validated as a tool within the curriculum platform of the

medical degree. The ESTB real simulator was well evaluated and validated by surgeons,

accordingly, can be insert into the context of the Surgical Skills Laboratory, as a training tool

in surgery.

Keywords: Laparoscopy. Graduate medical education. Psycho-motor performance. Computer

simulation. Suture techniques. Minimally invasive surgical procedure.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Laboratório de Habilidades Cirúrgicas ............................................................ 48

Figura 2 Material e instrumental cirúrgico .................................................................... 49

Figura 3 Cronômetro digital ........................................................................................... 49

Figura 4 Balança digital de precisão (Pocket Scale) e Fita Métrica em Calha ................. 50

Figura 5 Projeto arquitetônico do simulador .................................................................. 52

Figura 6 Simulador de cavidade abdominal EndoSuture Training Box ......................... 53

Figura 7 Simulador 3-DMed® Clássico .......................................................................... 55

Figura 8 Aula teórica ...................................................................................................... 57

Figura 9 Confecção do nó manual, ajustado e clássico .................................................. 58

Figura 10 Confecção do nó ajustado instrumental extra-corpóreo ................................ 60

Figura 11 Sequencia da confecção do nó ajustado ........................................................... 61

Figura 12 Transferência de objetos .................................................................................. 64

Figura 13 Aula prática, explicação das tarefas ................................................................. 67

Figura 14 Endo-suturas no simulador EndoSuture Training Box e 3-DMed® ................. 68

Figura 15 Sequencia de movimentos na confecção do ponto manual ............................. 77

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 Tempo de amarria (Tarefa 1) ....................................................................... 76

Gráfico 2 Tempo de soltura (Tarefa 2) ........................................................................ 77

Gráfico 3 Comprimento do fio (Tarefa 3) ................................................................... 78

Gráfico 4 Peso do fio (Tarefa 4) .................................................................................. 79

Gráfico 5 Tempo de amarria do nó clássico, comparando gêneros (Tarefa 5) ............ 80

Gráfico 6 Tempo para a execução do ponto instrumental pelos alunos do Grupo I e

do Grupo II .................................................................................................. 80

Gráfico 7 Comparação do tempo de transferência de objetos com mão direita (ida e

volta) com a mão esquerda (ida e volta) ...................................................... 82

Gráfico 8 Progressão de habilidades entre os alunos do Grupo II, conforme a análise

do desempenho para a execução da tarefa de transferência de objetos ..... 83

Gráfico 9 Comparações entre os dois subgrupos em relação aos tempos obtidos com

as mãos direita e esquerda ........................................................................... 84

Gráfico 10 Tempo total, em segundos, para a execução da tarefa de transferência de

objetos, pelos alunos do Grupo II, conforme o gênero ................................ 86

Gráfico 11 Tempo total, para a execução da tarefa de transferência de objetos, pelos

alunos do Grupo II, estratificados conforme a mão dominante ................... 86

Gráfico 12 Tempo total, para a execução da tarefa de transferência de objetos, pelos

alunos do Grupo II, conforme a habilidade de jogar vídeo game ............... 87

Gráfico 13 Tempo total, para a execução da tarefa de transferência de objetos, pelos

alunos do Grupo II, estratificados conforme a habilidade de tocar

instrumentos musicais .................................................................................. 88

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Características dos participantes do Grupo I, constituído por alunos da

disciplina de Base da Técnica Cirúrgica ....................................................... 76

Tabela 2 Características dos participantes do Grupo II, constituído por alunos da

disciplina de Clínica Cirúrgica ...................................................................... 81

Tabela 3 Avaliação da progressão de habilidades, para a execução dos movimentos

de transferência de objetos, usando o simulador EndoSuture Training Box . 82

Tabela 4 Avaliação da progressão de habilidades entre os alunos do Grupo II,

conforme a análise do desempenho para a execução da tarefa de

transferência de objetos com as mãos direita e esquerda .............................. 84

Tabela 5 Características dos integrantes do Grupo III ................................................. 93

Tabela 6 Avaliação do método de aquisição de habilidades cirúrgicas pelos 49

alunos do Grupo III, que responderam a um questionário contendo 20

itens, cada item com escores variando de 1 a 5. Dados expressos como

frequência absoluta e relativa de cada escore ................................................ 93

Tabela 7 Proporção de respostas ótimo (escore 4) e excelente (escore 5) dadas pelos

49 avaliadores ao método de aquisição de habilidades cirúrgicas,

considerando cada item individualmente e a média de todos os itens do

questionário (global) ...................................................................................... 94

Tabela 8 Características dos participantes do Grupo IV, constituído por cirurgiões e

residentes de cirurgia ..................................................................................... 95

Tabela 9 Escala de Progressão de Habilidades e Proficiência de Suturas em Vídeo

Cirurgia .......................................................................................................... 96

Tabela 10 Avaliação da validade aparente do EndoSuture Trainning Box (ESTB) e do

simulador 3-DMed® clássico, realizada por 37 cirurgiões que responderam

a questionário contendo 10 itens, cada item com escores variando de 1 a 5.

Comparações entre os escores do ESTB e do simulador clássico foram

feitas pelo teste de Wilcoxon ......................................................................... 100

Tabela 11 Avaliação da validade aparente do simulador 3-DMed®

clássico, realizada

por 37 cirurgiões que responderam a questionário contendo 10 itens, cada

item com escores variando de 1 a 5. Dados expressos como frequência

absoluta e relativa de cada escore ................................................ 101

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Tabela 12 Avaliação da validade aparente do simulador EndoSuture Trainning Box,

realizada por 37 sujeitos que responderam a questionário contendo 10

itens, cada item com escores variando de 1 a 5. Dados expressos como

frequência absoluta e relativa de cada escore ................................................ 102

Tabela 13 Avaliação da validade aparente do EndoSuture Trainning Box (ESTB) e do

simulador 3-DMed® clássico, realizada por 37 cirurgiões que responderam

a questionário contendo 10 itens, cada item com escores variando de 1 a 5.

Comparações entre os escores do ESTB e do simulador clássico foram

feitas pelo teste de Wilcoxon ......................................................................... 102

Tabela 14 Proporção de respostas ótimo (escore 4) e excelente (escore 5) dadas pelos

37 avaliadores ao simulador clássico e ao EndoSuture Trainning Box

(ESTB), considerando cada item individualmente e a média de todos os

itens do questionário (global) ........................................................................ 103

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ACGME Accreditation Concil on Graduate Medical Education

ADEPT Advanced Dundee Endoscopic Psychomotor Tester

AMS American College of Surgeons

APDS Association of Program Directors in Surgery

BGYRL Bypass Gástrico em Y de Roux laparoscópico

CBC Colégio Brasileiro de Cirurgiões

ESTB EndoSuture Training Box

EVA Etileno Acetato de Vinila

FCL Fundamento de Cirurgia Laparoscópica

HGCC Hospital Geral César Cals

ISCAD Imperial College Surgical Assessment Device

LHC Laboratório de Habilidades Cirúrgicas

MEDUECE Medicina da Universidade Estadual do Ceará

MISTELS Macgill Inanimate System for Training and Evaluation of Laparoscopic Skills

MITS Minimally Invasive Training Sistem

RV Realidade virtual

SBCBM Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica

SOBRACIL Sociedade Brasileira de Cirurgia Laparoscópica

STAC Structured Training and Assessement Curriculum

UECE Universidade Estadual do Ceará

VEST Virtual Endoscopic Surgery Trainer

VGE Experiência com Vídeo Game

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 20

1.1 Treinamento em Habilidades Cirúrgicas ........................................................... 22

1.2 Modelos de ensino e teorias do aprendizado ...................................................... 24

1.3 Laboratório de Habilidades Cirúrgicas .............................................................. 29

1.4 Nós, pontos, amarrias, suturas e endosuturas .................................................... 33

1.5 Conceito de vídeo cirurgia ................................................................................... 36

1.6 Simuladores de cavidade abdominal ................................................................... 39

2 OBJETIVOS .......................................................................................................... 45

2.1 Gerais ..................................................................................................................... 45

2.2 Específicos .............................................................................................................. 45

3 MATERIAL E MÉTODO .................................................................................... 46

3.1 Recrutamento ........................................................................................................ 46

3.2 Centro de execução dos procedimentos da pesquisa ......................................... 47

3.3 Simulador de cavidade abadominal EndoSuture Training Box ........................ 48

3.3.1 Detalhamento técnico e tecnológico dos simuladores de cavidade abdominal

Endo-Suture Training Box e Modelo 3-DMed®

Clássico .................................... 50

3.3.1.1 Características técnicas e tecnológicas do EndoSuture Training Box ................... 51

3.3.1.2 Características do modelo-controle simulador 3-DMed®

Clássico ........................ 55

3.4 Protocolo ................................................................................................................ 55

3.5 Grupos de estudo .................................................................................................. 56

3.6 Critérios de inclusão ............................................................................................. 56

3.7 Critérios de exclusão ............................................................................................. 56

3.8 Forma de randomização ....................................................................................... 57

3.9 Etapas de execução do modelo de ensino ............................................................ 57

3.10 Coleta e registro dos dados .................................................................................. 72

3.11 Padronização da coleta da amostragem para estudo de parâmetros em cada

grupo ...................................................................................................................... 72

4 ANÁLISE ESTATÍSTICA ................................................................................... 74

5 RESULTADOS ..................................................................................................... 75

5.1 Grupo I ................................................................................................................... 75

5.1.1 Tarefa 1 – Comparação do tempo médio de amarria para confeccionar o nó

clássico e nó ajustado ............................................................................................. 76

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5.1.2 Tarefa 2 – Comparação do tempo médio para desatar o nó (tempo de soltura)

entre o nó clássico e nó ajustado ........................................................................... 77

5.1.3 Tarefa 3 – Comparação do comprimento médio entre o nó clássico e nó

ajustado .................................................................................................................. 78

5.1.4 Tarefa 4 – Comparação do peso médio entre o nó clássico e nó ajustado .......... 78

5.1.5 Tarefa 5 – Comparação do tempo de execução do nó clássico entre os alunos

do sexo masculinos e feminino .............................................................................. 79

5.1.6 Tarefa 6 – Comparação do tempo de confecção do nó ajustado instrumental

entre o Grupo I e Grupo II .................................................................................... 80

5.2 Grupo II ................................................................................................................. 80

5.2.1 Tarefa 1 – Comparação da execução dos movimentos de transferência de

objetos com a mão direita e a mão esquerda no simulador Endo-Suture

Training Box .......................................................................................................... 81

5.2.2 Comparação do tempo de execução da transferência de objeto conforme o

gênero ..................................................................................................................... 85

5.2.3 Comparação do tempo de execução da tarefa de transferência de objetos

conforme a mão dominante ................................................................................... 86

5.2.4 Comparação do tempo de execução da tarefa de transferência de objetos

conforme o hábito de jogar vídeo game (gamer) ou não (no gamer) .................. 87

5.2.5 Comparação do tempo de execução da tarefa de transferência de objetos

conforme a habilidade ou não de tocar instrumentos musicais ........................... 88

5.3 Grupo III ............................................................................................................... 89

5.4 Grupo IV ................................................................................................................ 94

5.4.1 Comparação e Avaliação das respostas dos cirurgiões sobre o perfil técnico

dos simuladores ...................................................................................................... 96

6 DISCUSSÃO .......................................................................................................... 104

6.1 Considerações finais ............................................................................................. 127

7 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 131

REFERÊNCIAS .................................................................................................... 132

APÊNDICE A – SOLICITAÇÕES DE APRECIAÇÃO PARA

APROVAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA ................................................ 137

APÊNDICE B – DECLARAÇÃO DE CONCORDÂNCIA DOS

PESQUISADORES .............................................................................................. 139

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APÊNDICE C – PLATAFORMA BRASIL (PROJETO DE TESE DE

DOUTORADO) ..................................................................................................... 140

APÊNDICE D – TERMOS DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO (ALUNO E CIRURGIÃO) ................................................... 160

APÊNDICE E – QUESTIONÁRIO DO GRUPO III ........................................ 165

APÊNDICE F – QUESTIONÁRIO DO GRUPO IV ........................................ 170

APÊNDICE G – ATIVIDADES DE ENSINO, TREINAMENTO,

EDUCAÇÃO CONTINUADA RELACIONADAS COM AÇÕES DO

LABORATÓRIO DE HABILIDADES CIRÚRGICAS ................................... 174

ANEXO A – RESOLUÇÃO PARA CRIAÇÃO, TRAMITAÇÃO DE

PROJETOS E FUNCIONAMENTO DE LABORATÓRIOS .......................... 180

ANEXO B – REGIMENTO INTERNO DO LABORATÓRIO DE

HABILIDADES CIRÚRGICAS ......................................................................... 184

ANEXO C – CARTA DE ANUÊNCIA ............................................................... 195

ANEXO D – PROTOCOLO DE APROVAÇÃO DO PROJETO DE

PESQUISA DO COMITÊ DE ÉTICA DE PESQUISA DO HGCC ................ 196

ANEXO E - DEPÓSITO DE PEDIDO DE PATENTE DO SIMULADOR

REAL DE CAVIDADE ABDOMINAL ENDOSUTURE TRAINING BOX .... 199

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20

1 INTRODUÇÃO

A Constituição Federal de 1.988, em seu artigo 207 estabelece que “as

universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão, e

obedeçerão aos princípios de indissocialidade entre ensino, pesquisa e extensão, aplica-se a

instituições de pesquisa científica e tecnológica”. Porém, as universidades brasileiras, de um

modo geral, tem deficiência de laboratórios de cirurgia experimental, de habilidades

cirúrgicas e clínicas na graduação, quando, em contrapartida, há uma tendência mundial no

sentido de aparelhar os cursos de medicina com laboratórios, melhorando a condição do

ensino e minimizando a carência da condição curricular, com práticas obrigatórias de

treinamento pela simulação realística, além de compor elementos que favoreçam a pesquisa e

a educação continuada.

Há uma natural e gradativa dificuldade de acessar o paciente para aprendizado,

além de, fundamentos legais, éticos e técnicos se dirigem no sentido da evitar que a curva de

aprendizado se faça à custa do ser humano, até que o cirurgiões adquiram habilidade e

experiência para atingir proficiência, com risco mínimo de morbi-mortabilidade. O ensino e o

treinamento para aquisição de habilidades são componente fundamentais na graduação e pós-

graduação da educação cirúrgica.

As condições adequadas do Laboratório de Habilidades Cirúrgicas (LHC), com

ambiente de treinamento e ensino, promovem simulação realística dos espaços de um centro

cirúrgico, com bandejas de suturas, material e instrumental cirúrgicos, simuladores de

cavidade abdominal. Procura ser ambiente de trabalho tranquilo, silencioso, com a presença e

integração do aluno com o professor e monitor de ensino, acompanhando as atividades, pode

oferecer mais segurança na execução das tarefas e ajudar ao aluno a diminuir o tempo de

aprendizado. Pode despertar aptidão e incrementar o processo de decisão no sentido de se

especializar (ou não) numa área de atuação em cirurgia e, ainda, a prática da metodologia

científica pode estimular a testar a vocação do ensino ou da pesquisa. Na aula teórico-prática,

a possibilidade de treinar despreocupado na execução das tarefas, podendo errar, repetir o

treinamento até acertar, minimiza o impacto psicológico, o estresse, a insegurança e a

ansiedade do risco do erro e da iatrogenia em situação real da prática hospitalar.

O LHC familiariza o manuseio de materiais e instrumentais e os passos da

execução da técnica operatória. Ajuda a compreender o ambiente cirúrgico e como se

comportar na rotina da disciplina deste novo ambiente de trabalho. Na sua amplitude máxima,

pode ser utilizado de várias formas: como treinamento de manejo cirúrgico, em simuladores

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21

(aula prática), filmoteca, biblioteca, sala de estudos e reuniões para discutir casos clínicos,

além de ter função mista de ensino, pesquisa e extensão na educação continuada junto a

alunos, doutorandos, residentes e preceptores do corpo clínico do hospital ou da universidade.

O interesse pelo desenvolvimento desta temática de ensino médico de graduação,

metodização das técnicas em suturas e o treinamento vídeo cirúrgico com simuladores, juntos,

contribuiram para implantar o LHC na matriz curricular do Curso de Medicina da

Universidade Estadual do Ceará podendo acompanhar, par e passo, a tendência de ensino dos

grandes centros universitários.

No contexto do LHC, através de projeto arquitetônico, eletro-eletrônico e

webdesign, evolução e inovação tecnológica, a partir da experiência operatória e da

observação clínica adquirida em cursos e manejo dos vários outros modelos de simuladores,

presentes em congressos de cirurgia e em cursos extensivos de educação continuada, o autor

desenvolveu um simulador real de cavidade abdominal e denominado – EndoSuture Training

Box (ESTB), para atuar no treinamento em vídeo cirurgia. Atualmente, o simulador Endo-

Suture Training Box e os conceitos básicos de vídeo cirurgia são partes integrantes do

modelo de ensino no LHC, e de etapas da metodologia proposta neste estudo.

O Laboratório de Habilidades Cirúrgicas (LHC) apresenta relevância e

importância cada vez maior no século da tecnologia e da informação, nas faculdades de

medicina, tanto no ensino e aprendizado, quanto para treinamento em extensão de educação

continuada, além de pesquisa, para testar novas técnicas de uso potencial, contribuindo para a

evolução da cirurgia.

As várias teorias de ensino, se completam e podem ser aplicadas de forma

associada, e interativa utilizadas em diferentes aspectos do aprendizado, no exercício prático

das habilidades em cirurgia. A associação destas teorias universalizam a percepção do ensino

e aprendizado.

A aplicação das teorias educacionais nas disciplinas de clínica cirúrgica, através

da metodização das técnicas em suturas manuais e instrumentais, extra e intracorpóreas,

transferências de objetos, em estações progressivas, onde a absorção dos conceitos cirúrgicos

e a percepção-sensitivo motora, habilidades desenvolvidas por simulação e os resultados

baseados em evidencias e críticas positivas dos docentes e discentes surgiram como objetivo

desta tese para validar o modelo acadêmico de ensino teórico-prático na plataforma curricular

da graduação médica, desenvolvido pelo autor desde 2010, no ambiente do LHC, validar

simultaneamente o simulador EndoSuture Trainnig Box, como instrumento de treinamento.

Acompanhando a tendência científica do modelo de ensino dos grandes centros universitários,

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procuramdo mostrar que as habilidades cirúrgicas adquiridas no laboratório podem ser

transferidas com eficácia e segurança para a sala de operação, antes do residente assumir a

responsabilidade sobre o paciente.

1.1 Treinamento de Habilidades Cirúrgicas

O treinamento durante a graduação da educação médica deve, não somente ser

feito da teoria do conhecimento, mas também é essencial adquirir habilidades. Diversos

estudos tem demonstrado que o treinamento prático pode ser essencial. Entretanto, um

simples conceito para promover habilidade deve ser desenvolvido e evoluído. Russeler et al.

(2010) procuraram mostrar um programa de treinamento básico de habilidades cirúrgicas,

integrando a prática obrigatória com o curso de cirurgia, no laboratório de habilidades,

mostrando o papel do treinamento através da simulação. A evolução do programa de

treinamento foi excelente e os estudantes sentiram-se mais confortáveis e seguros com a

evolução da performance nas atividades de enfermaria e sala de operação. Portanto, a

estandardização do treinamento pode ajudar a promover habilidades cirúrgicas básicas para

todos os estudantes na graduação médica.

Segundo Skenderis, Rustum e Petrelli (1997), o treinamento clínico do médico e

do cirurgião envolve o professor, o estudante e o residente. A medicina envolve habilidades

clínicas lapidadas através da leitura de texto e revistas, experiência no diagnóstico e o

tratamento de miríades de doenças. A arte da medicina envolve a importante e necessária

habilidade na comunicação para um bom relacionamento médico-paciente. O terceiro aspecto

do treinamento, baseado na pesquisa científica, precisa ser estimulado. Em geral, os

programas de treinamento frequentemente não disponibilizam tempo para permitir a presença

de aluno e do residente no ambiente do laboratório de habilidades. Os programas devem

estabelecer tempo suficiente de treinamento para permitir a compreensão e o reconhecimento

da metodologia da prática cirúrgica, como base científica, antes do residente assumir a

responsabilidade clínica.

Conforme experiência e pesquisas de Paltner et al. (2011), o laboratório de

habilidades cirúrgica contribui com a residência de cirurgia com o treinamento de habilidade

exigida na cirurgia minimamente invasiva promovendo transferência do aprendizado para a

sala de operação. A simulação por si só empresta o melhor método para encurtar a curva de

aprendizado na cirurgia minimanente invasiva por permitir treinamento prático para adquirir

habilidade motora e necessária segurança estrutural no ambiente deste tipo de operação. É de

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significante importância trabalhar para validar o ensino através de simulação sistemática das

habilidades técnicas fora da sala de cirurgia, como próximo passo para integrar o treinamento

por simulação dentro da abrangência curricular. O objetivo deste estudo se reveste em

sintetizar as evidencias e teorias educacionais dentro da linha curricular no desenvolvimento

de habilidades técnicas, tanto no vasto contexto como especificamente na cirurgia

minimamente invasiva. As revisões fazem elevadas críticas aos aspectos positivos do treino

por simulação, como o efeito de promover o feedback, desenvolvimento e treinamento prático

da proficiência, oportunidade de praticar os mais variáveis níveis de dificuldades, e incluir no

meio do ensino o treinamento cognitivo e manual. Finalmente, é valida a existência do

treinamento em simulador laparoscópico e a realidade virtual integrando a estrutura de

trabalho, no contexto curricular.

A mudança de treinamento cirúrgico: em cem anos de tradição o ser humano

descobriu ser legal e ético os conceitos de segurança do paciente, a restrição de horas de

trabalho, o custo do tempo de sala de operação e as complicações. A simulação cirúrgicas e a

oferta de treinamento de habilidades como oportunidade de ensino, o nível elevado e

avançado da prática de habilidades cirúrgica na sala de operação foram desenvolvidos desde o

início, na tentativa de aumentar o tempo de vida do paciente. Segundo Roberts, Bell e Duffy,

(2006) o treinamento por simulação pode ser uma estratégia de força tarefa usando

instrumentos reais e equipamentos de vídeo são novas manobras de preparação para uso deste

fim. Vários sistemas tem demonstrado ter eficiência e eficácia para estabelecer habilidades.

Novíssimos sistemas, repletos de procedimentos de simulação, se adequaram para o

desenvolvimento e validação curricular. A “Acreditation Council of Graduate Medical

Education’s” (ACGME) tem proposto novos modelos de desenvolvimento e evolução nos

métodos de treinamento. Organizações cirúrgicas são chamadas para desenvolver manutenção

de habilidades, treinamento avançado de cirurgia, e credenciar cirurgiões tecnicamente

competentes. A simulação é um forma corrente que tem demonstrado melhorar a performance

cirúrgica do residente na sala de operação. O desenvolvimento e a metodização de

treinamento de forma permanente se tornou importante na agenda curricular, particularmente

na cirurgia minimamente invasiva. As inovações e o progresso das técnicas, as experiências

emprestadas dos campos da aviação podem ser promovidas e fundamentadas no próximo

século de treinamento cirúrgico, inserindo qualidade de produção. O desenvolvimento de

tecnologias e o caminho da prática de habilidades podem continuar a evoluir, para o beneficio

do médico e do paciente (ROBERTS; BELL; DUFFY, 2006).

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24

1.2 Modelos de ensino e teorias do aprendizado

O conceito de aprendizado, segundo Ferreira (2012), é tornar-se apto ou capaz,

mediante estudo, da observação ou da experiência, após tomar conhecimento, compreensão e

retenção na memória, de realizar alguma coisa, arte ou ofício, manual ou técnico. Enquanto a

habilidade, esta não se aprende, desenvolve-se através de resposta comportamental, na prática

estabelecida pela repetição frequente e continuada de movimentos que ampliam a agilidade, a

destreza, a precisão no manejo e na percepção sensitivo-motora. Após o treinamento

progressivo, a percepção sensitivo motora chega ao ponto máximo de aptidão, competência e

retenção de habilidade, dito plateau ou platô, quando se estabelece a proficiência.

As teorias educacionais, segundo Sadideen et al. (2012), podem ser aplicadas para

promover aprendizado efetivo no ensino de habilidades prática na educação cirúrgica

contemporânea. O ensino da prática de habilidades é o componente principal na graduação e

pós-graduação da educação cirúrgica. É crucial para otimizar o aprendizado corrente e os

modelos de ensino, particularmente no clima de diminuição da exposição clínica do paciente.

Ao explorar a revisão do papel da teoria da educação em promover efetivamente o

aprendizado e o ensino prático de habilidades, foram revisados publicações, livros textos, e o

recurso online do corpo nacional de pesquisa sobre diversos aspectos da educação cirúrgica.

Modelos e teorias associadas à educação e estágios de aprendizagem na habilidade

psicomotora foram incluídos no acompanhamento:

a) Teoria de Fitts and Posner – aprendizagem através da aquisição e retenção da

habilidade psico-motora, em três estágios sequenciais: cognitivo (exige

elevado nível de atenção), associativo (refinamento da habilidade e

aperfeiçoamento de determinado padrão para execução da tarefa, em busca de

precisão dos movimentos) e autônomo (o desempenho se diversifica, pode

realizar tarefas simultâneas, associadas). Progressivamente, a atenção deixa de

se centrar somente numa tarefa, pois o aluno já desenvolveu estratégias de

movimento mais adequadas para superar os obstáculos que possam impedir a

realização das tarefas.

b) Teoria de Ericsons – desenvolvimento da habilidade após prática repetida do

exercício e regular de reforço, com retenção dos conceitos psico-motores,

levando a condição de expertise, com nível máximo da proficiência (platô).

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25

c) Teoria de Vygotsky – O processo de aprendizagem, através da interação como

o meio, gera e promove o desenvolvimento e o desencadeamento sócio-

cognitivo de estruturas mentais superiores. Neste processo, o professor (que já

sabe) promove no aluno o estímulo e a potencialidade que ele tem para

aprender. Daí a importância da avaliação do professor assistente, de cuja

interação com o aluno, faz com que o conhecimento potencial a ser alcançado

passe a ser conhecimento real.

d) Teoria de Lave e Wenger – aprendizado desenvolve-se dentro da

“comunidade de prática”, através da interação e colaboração social como

componente crítico, incorporando convicções e comportamentos a serem

adquiridos. Ocorre aquisição gradual de conhecimentos e habilidades, à

medida que os novatos aprendem com os mais experientes no contexto das

atividades diárias.

e) Teoria de Boud, Schon e Endes – Modelo da Aprendizagem Experiencial,

que acontece somente quando novos conhecimentos são traduzidos em

diferentes comportamentos que sejam replicáveis. Remete à importância do

feedback na prática da curva de habilidades. Após a observação, ocorre

reflexão sobre o que vivenciou, iniciando a formação continua de conceitos

abstratos, onde as hipóteses são testadas e a seguir são implementadas.

O efetivo componente do aprendizado está na esperança de que mais técnicas de

ensino prático de habilidades sejam desenhadas como luz para a compreensão da nova teoria

educacional.

Diversos estudos tem mostrado o efeito positivo na curva de aprendizado a

melhora do aproveitamento das habilidades psicomotoras básicas na sala de operação após

treinamento em realidade virtual. É necessário encontrar tempo e recursos humanos para

treinar novos cirurgiões com nível adequado de proficiência. Oestergaard et al. (2012)

investigaram o impacto da presença do instrutor monitorando o aluno, no tempo, nas

repetições e na auto-percepção, potencial diferença de sexo, treinamento em videogames,

experiência prévia, quando da execução das tarefas complexas no treinamento das operações

do simulador de realidade virtual. Foram randomizados dois grupos com o nível de

proficiência predefinido quando conduzidos para realizar salpingectomia laparoscópica

usando o simulador de realidade virtual. Um grupo teve a presença do instrutor com

orientação estandardizada de 10 em 10 minutos. O outro grupo não teve feedback nem

orientação do instrutor. A instrução transoperatória mostrou resultado superior no

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desenvolvimento do tempo e performance cirúrgica, concluindo que a presença do instrutor é

necessária para elevar o nível de aprendizado e contribui com este vantajoso método de

treinamento na educação cirúrgica.

É necessário compreender os princípios do procedimento básico laparoscópico

antes do desenvolvimento e execução no paciente. Através de treinamento técnico e

instrumental com simuladores a habilidade tem sido melhor avaliada, melhorando a condição

do ensino e minimizando a carência da condição curricular. Entretanto, pouca investigação da

proficiência técnica comparando a curva de aprendizado no treinamento dentro e fora da sala

de operação (SO) tem sido realizada. Palter et al. (2013) desenvolveram estudo prospectivo

randomizado dos efeitos da proficiência com 20 cirurgiões em treinamento com o “Structured

Training and Assessement Curriculum” (STAC), comparando com residentes de treinamento

convencional. Estudou a curva básica de aprendizado, a proficiência do treinamento baseado

na realidade virtual, treinamento laparoscópico em simulador e participação na SO. Após

executarem as tarefas, todos os participantes realizaram cinco colecistectomias laparoscópicas

sequenciais. Depois, foi avaliada a diferença da performance técnica entre os grupos Os

participante do STAC promoveram transferência da curva de aprendizado na simulação dos

procedimentos laparoscópicos básicos realizados no laboratório para a sala de operação. Os

residentes treinados com o STAC mostraram habilidade e proficiência técnica superior na sala

de operação comparada com os residentes de treinamento convencional.

Dentro da cirurgia, diversas especialidades demandam técnicas avançadas de

habilidades, especialmente com as abordagens minimamente invasivas. Buckley et al. (2014)

recrutaram estudantes de medicina para avaliar as bases cirúrgicas de aptidão (visão espacial,

habilidade, percepção de profundidade, percepção psicomotora). Os alunos foram testados

consecutivamente usando o simulador ProMIS II até que estabaleca performance em sutura

laparoscópica. Baseados nos fundamentos de cirurgia laparoscópica observaram o

desempenho no manejo do simulador, pontuação acerto-erro. Após a execução das tarefas, os

alunos foram estratificados em dois grupos de desempenho: um com elevada aptidão,

adquirindo proficiência com a média de 7 tentativas (de 4 a 7 execuções) e outro grupo com

baixa aptidão, 30% de proficiência adquirida com a média de 14 tentativas (11 a 16

execuções), sendo que 40 % demonstraram melhora mas não evoluiu na proficiência e 30%

falharam no progresso. Concluindo que distintas curvas de aprendizado em sutura

laparoscópica podem ser mapeadas com base em fundamentos de habilidade. Elevada aptidão

é demonstrada precocemente ao completar a curva de aprendizagem. Existe uma proporção de

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alunos com baixa aptidão que são incapazes de alcançar proficiência apesar de repetir

tentativas de execução.

Para desenvolvimento e validação curricular é necessário compreender os

procedimentos básicos de laparoscopia. Através do simulador é possível validar as

habilidades técnicas como instrumento de ensino, para integrar e compensar esta carência

curricular. O efeito do treinamento e da habilidade da curva de aprendizado na sala de

operação (SO) e o efeito não-técnico de proficiência podem ser investigados. Palter et al.

(2013) realizaram um estudo prospectivo randomizado com um grupo de cirurgiões da

estrutura de treinamento de grade curricular convencional da residência e outro grupo

desenvolvendo no laboratório o aprendizado e a proficiência baseada na realidade virtual,

treinamento em simulador laparoscópico. Após completarem as tarefas, realizaram 5

colecistectomia laparoscópica sequencial, com participação na sala de operação. Concluiram

que os residentes que participaram do treinamento com simulador laparoscópico tiveram nível

de proficiência superior e habilidades não técnicas na sala de operação, comparados com os

residentes de treinamento convencional.

O feedback da retenção dos conceitos da percepção sensitivo-motora é feito

usualmente de forma verbal, às vezes, documental, após observação direta no treinamento

assistido. Farquharson et al. (2013) procuraram construir um mecanismo de feedback

reforçando o aprendizado durante a aquisição de habilidades cirúrgicas, utilizando o recurso

de assistência por vídeo, como modalidade efetiva de aumentar o feedback, em comparação

com feedback verbal padrão, somente. Realizaram estudo randomizado, prospectivo

comparando o feedback verbal associado ao vídeo com o feedback verbal padrão. Após

realizar procedimentos de habilidades cirúrgicas semelhantes, um grupo de participante

recordou a performance de execução verbal e com o vídeo e outro grupo somente com a

recordação verbal. No dia seguinte, realizaram as mesmas tarefas do dia anterior. O grupo que

fez revisão como o vídeo mostrou significante progresso, com escores máximos, comparados

com o grupo de feedback padrão, no domínio específico dos instrumentos, suturas manuais

com agulhas, acurácia nos movimentos e na execução das tarefas, mostrando que a adição do

vídeo pode ajudar no feedback para aquisição de habilidades cirúrgicas e pode ser

incorporado no currículo cirúrgico formal.

Smith, Torkington e Darzi (1999) afirmaram que o treinamento da habilidade

cirúrgica costuma ser artesanal como a base do aprendizado. Entretanto, a maioria do

aprendizado e treinamento é feito em casos reais. Nos anos mais recentes, ocorre uma

tendência de que o treinamento em laboratório de habilidades cirúrgicas possa ter sua

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participação inserida na base da aprendizagem. Os simuladores com realidade virtual e os

instrumentos cirúrgicos utilizados os laboratórios desenvolvem semelhante performance e

segurança cirúrgica na transferência de habilidades para a sala de cirurgia.

O objeto inanimado e a caixa de realidade virtual podem ajudar no treinamento e

desenvolvimento de habilidades laparoscópica. A ausência do tato e a resposta psicomotora

podem representar limitação quando se treina com realidade virtual. Madan e Frantzides

(2007) avaliaram a habilidade laparoscópica adquirida com o treinamento de realidade virtual,

comparando com treinamento em caixa com objeto inanimado, realizando exercícios

semelhantes em ambos os simuladores e não observaram diferenças em nenhum exercício.

Portanto, a aquisição de habilidades incorporada no treinamento de realidade virtual também

pode ter base curricular no treinamento do objeto inanimado na caixa de treinamento, e o

treinamento laboratorial pode incluir ambas as formas de simulação: a real e a inanimada.

A explosão de novos procedimentos cirúrgicos e tecnologias ampliaram a

importância de remodelar o ensino e o conceito no treinamento da educação cirúrgica. No

contexto da experiência educacional o currículo pode aumentar e flexibilizar os instrumentos

de avaliação educacional, aumentar e robustecer as solicitações de treinamento de habilidades

e fundamentar a necessidade de segurança e eficiência através do complexo sistema médico

de educação envolvendo o contexto atual. Kobayachi et al. (2011) desenvolveram um sistema

de treinamento cirúrgico em laparoscopia demonstrando efetividade e validade construtiva

com desenho de baixo custo. Com a prática, novos cirurgiões podem melhorar

significantemente sua performance, medidos por pontos derivados de habilidades com

instrumentos. Fizeram estudo prospectivo com componentes observacional e intervencional.

Em primeiro aspecto observacional compararam a performance de cirurgiões novatos com

experts. Depois compararam um grupo estático com preteste\posteste no desenho da amostra

simples com cinco tarefas no “Macgill Inanimate System for Training and Evaluation of

Laparoscopic Skills” (MISTELS): transferência de objetos, padrão de sutura, localização e

espaçamento dos pontos, nó cirúrgico intra e extracorpóreo. As tarefas foram avaliadas pela

acurácia e velocidade. Os cirurgiões experts tiveram uma pontuação significantemente

superior em todas as tarefas. Após quatro meses de treinamento os cirurgiões novatos

melhoraram a pontuação em três das cinco tarefas (transferência de objetos, padrão de sutura,

e nó cirúrgico extra-corpóreo) com performance assemelhada aos cirurgiões experts. O

treinamento laparoscópico instrumental pode ser desenvolvido com baixo custo com

significante melhora na performance e progressão na habilidade cirúrgica e validado com a

evolução do sistema de suporte laboratorial.

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A habilidade cirúrgica do residente é adquirida através da observação e

performance nos procedimentos da sala de operação. A evolução das habilidades tradicional

pode ser sujeitas a avaliações facultativas, através de técnicas pouco realizadas para validar o

aprendizado. Tarefas cirúrgicas especificas podem ser realizadas, tanto abertas como

laparoscópica, com o objetivo de ser digna de confiança na evolução em ambiente de

laboratório. Lentz et al. (2001) realizaram trabalho prospectivo para avaliar com pontuação a

credibilidade dos testes de habilidade cirúrgicas em ambiente de laboratório. Utilizaram 12

testes administrados a 36 residentes com tarefas em simulador laparoscópico usando câmeras

com “display”, tarefas incluindo passada de objetos, simulação de passada de intestino

delgado, coordenação olho-mão e destreza manual. Os resultados sugerem que as tarefas

realizadas no laboratório podem ajudar na habilidade cirúrgica do residente com muita

confiabilidade e validação das tarefas. Outros estudos serão realizados, usando animal de

laboratório, para expandir o modelo do laboratório como alternativa para ter acesso a

habilidades cirúrgicas.

O desenvolvimento do treinamento básico da realidade virtual laparoscópica no

currículo de novos cirurgiões laparoscópicos, para aquisição de habilidades e nível de

proficiência, é prioritário no aprendizado. Aggarwal et al. (2006) entenderam que técnicas de

habilidade em cirurgia laparoscópica baseada em competência é importante no currículo,

propiciado através de treinamento em laboratório de habilidades cirúrgicas. A implementação

deste programa é necessário como instrumento de ensino para validação da curva de

aprendizado e proficiência. Em estudo recrutraram cirurgiões com performance de elevada

experiência (mais de 100 colecistectomias) e jovens cirurgiões. Demonstraram diferença

significante entre os experts e os novices, com um platô do dobro do tempo nas execuções das

tarefas. O expert foi definido como marca de referencia (grupo controle) para pontuação e

validar os parâmetros em cada tarefa executada. O currículo baseado na competência do

treinamento para jovens cirurgiões laparoscópico está bem definido. Os treinamentos em

alunos pode ser inserido diretamente na prática curricular e servir para adquirir nível de

habilidades como pré-requisito prioritário para adentrar na sala de operação.

1.3 Laboratório de Habilidades Cirúrgicas

Em 1894, o presidente francês Marie-François \ Sadi Carnot não resistiu a uma

agressão, após ser golpeado por um assassino com arma branca, que atingiu a veia cava. Os

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cirurgiões que o atenderam não foram capazes de suturar o vaso sanguíneo. O acontecimento

instigou o cirurgião francês Alexis Carrel (1873-1944) a buscar aprimoramento e aprendeu a

dar pontos delicados com a mãe e a melhor bordadeira da França, madame Leroidier, de

Lyon. Praticou em papel e tecidos, usando agulhas finas, pontos de modo que este não podiam

ser vistos em nenhum dos lados. Desenvolveu técnicas de suturas de vasos sanguíneos, criou

instrumentos, agulhas e fios para evitar coagulação e técnicas assépticas para evitar infecção.

Em 1908, nos Estados Unidos, realizou transplante de rim num cachorro que viveu 17 meses.

Ganhou o prêmio Nobel de Medicina em 1912, “em reconhecimento ao seu trabalho sobre

sutura vascular e transplante de órgãos”. Seu pioneirismo desenvolveu técnicas de

microcirurgia utilizadas ainda hoje nos transplantes. Desenvolveu o primeiro laboratório de

ensino e pesquisa, em suturas, em método de tratar feridas de guerra e manter células vivas de

coração de embrião de galinha e multiplicá-las fora do corpo (ROONEY, 2013).

De acordo com Medeiros et al. (2012) o laboratório de cirurgia experimental foi

sempre importante e até indispensável nas faculdades de medicina durante a evolução da

cirurgia, tanto para testar novas técnicas cirúrgicas, novos materiais e medicamentos quanto

para treinamento e aprendizado. O caráter imprescindível do laboratório de cirurgia

experimental nas escolas médicas tem tido relevância cada vez maior no século da tecnologia

e da informação, pois é grande a velocidade com que surgem novos procedimentos,

equipamentos e materiais biocompatíveis para o uso potencial em cirurgia. O aparecimento da

cirurgia laparoscópica, da robótica, e outras tecnologias tornou cada vez mais obrigatória a

utilização de animais de laboratório para pesquisa. Para melhor conhecimento do mecanismo

fisiopatológica das doenças, empreender ensaios terapêuticos com novos fármacos, estudar

marcadores biológicos e avaliar novas técnicas com perspectiva de aplicabilidade na espécie

humana.No campo do treinamento, proporciona facilidade para aquisição de habilidades para

alunos de graduação, residência médica e pós-graduação stricto sensu. Não se justifica o uso

de paciente na chamada curva de aprendizado, à custa do ser humano, sujeito a alta

prevalência de morbi-mortalidade, até que o cirurgião adquira habilidade, experiência e

proficiência. A habilidade inicial deve ser adquirida nos laboratórios de cirurgia experimental,

em animais e simuladores. Tudo isto desencadeou ao longo da história, reflexões éticas,

técnicas, filosóficas e religiosas direcionadas para a pesquisa em animais vertebrados.

Existem alternativas para determinar a utilização de animais, qualquer que seja a espécie e o

protocolo a ser seguido, são elas: replacement (substituição), reduction (redução) e refinement

(refinamento).

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a) Replacement (substituição) – substituir o modelo animal por métodos alternativos, que

podem ser: cultura de células e tecidos, sistemas inertes e simuladores. Este último pode

perfeitamente ser útil no treinamento inicial, de novas técnicas cirúrgicas como videocirurgia

e microcirurgia, bem como no ensino de técnicas operatórias para aluno de graduação e

residentes de cirurgia.

b) Reduction (redução) – do número de animais pode ser viabilizado através de várias

medidas observadas a seguir:

seleção racional do tamanho do grupo

estudo piloto para avaliar a viabilidade da pesquisa

verificar o poder de análise do método e dos testes estatísticos

escolha adequado do grupo controle

padronizar procedimentos para minimizar variabilidade

animais sadios e geneticamente semelhantes

minimizar a perda de animais

boa técnica operatória

cuidados pós-operatórios

c) Refinement (refinamento) – da técnica para reduzir a resposta inflamatória ao trauma, a

dor e o sofrimento.

Portanto, os animais devem ser utilizados dentro dos princípios éticos do Comitê

Institucional de Ética em Pesquisa com base na Declaração de Helsinque e no “Guideline for

the Care and use of Laboratory Animals”. USA, 1996 (National Institute of Health,

Washington DC: US Government Printing Office) .

De acordo com a proposta da “Accreditation Concil on Graduate Medical

Education” (ACGME), a reavalição da competência cirúrgica dos residentes a longo prazo

não foi bem adequada. A compreensão da implantação, através dos anos, é mandatória no

currículo do laboratório de habilidades e um componente integral no programa de treinamento

da residência de urologia. Hammond, Ketchum e Schwartz (2005) desenvolveram oito

práticas de laboratórios como modelos de treinamento: endoscopia básica, endoscopia

avançada, laparoscopia básica e avançada, ureteroscopia, cirurgia renal percutânea, urologia

usando o trato gastrointestinal e dissecção pélvica em cadáver. A evolução dos participante

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submetidos a todos as sessões de treinamento indicaram que a aquisição de habilidades

cirúrgicas foram facilitadas através da prática em laboratório. Observamos o incremento

progressivo da proficiência entre todos que participaram: estudantes e instrutores. Elevado

grau de satisfação com a fidelidade do modelo e o valor do ganho da experiência técnica. E

concluiram que é efetivo no currículo o laboratório de habilidades cirúrgicas para aquisição e

manutenção de habilidades com uma variedade de técnicas urológicas, incluindo

procedimento complexos endourológicos. O cuidado com a segurança do paciente é o

beneficio final e importante com a experiência adquirida através do treinamento, o baixo

estresse é desenvolvido nestas cirurgias repetidas, sob supervisão, sendo essencial para a

performance de habilidades técnicas. O modelo descrito é efetivo, com alta taxa de fidelidade

para o custo-beneficio, o treinamento básico no laboratório de habilidades cirúrgica deve ser

incorporado no programa de residência em urologia, com o objetivo de validação de acordo

com linha de competência da “Accreditation Council on Graduate Medical Education”

(ACGME).

A melhoras da habilidades cirúrgicas na Alemanha ocorria frequentemente e

somente com treinamento na sala de operação. Nos anos recentes, diversos centros tem

estabelecido que laboratórios de habilidades cirúrgicas são essenciais para a educação

cirúrgica, com o objetivo de promover o refinamento da habilidade cirúrgica para aplicação

clínica. Anos depois, diversas unidades de treinamentos foram instaladas por indústrias,

focadas em habilitar cirurgiões com potencial condição de utilizar produtos com demanda do

mercado através das respectiva companhia. Cursos de treinamentos selecionados eram

oferecidos a poucas clínicas. Atualmente, tornou-se necessária a presença de laboratório para

treinamento de habilidades cirúrgica de novos cirurgiões, que foram introduzidos no Hospital

Universitário de Marburg, a partir de 2005. Gerdes et al. (2006) estão convencidos que

laboratórios de habilidades cirúrgicas são imprescindíveis na plataforma curricular da

educação cirúrgica da Alemanha, para promover segurança ao paciente na sala de operação.

A educação, os princípios médico-legais e a necessidade de financiamento podem

tornar obrigatório o treinamento de habilidades cirúrgicas em um programa de residência em

cirurgia, como um método alternativo de ensino da sala de operação. De acordo com Kapadia

et al. (2007), estudos tem demonstrado que o uso de laboratórios de habilidades é efetivo e

aumenta a performance, entretanto, é pequeno o conhecimento em torno do fator facilitador

de laboratório de habilidades e da vantagem que o um simulador pode proporcionar, diante de

variados tamanhos e modelos. São variáveis também os tipos de formação curricular,

subespecialidades e rotinas do uso do laboratório e de sua administração. Há uma forte

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concordância que remete este laboratório de habilidade como componente necessário para

validar a educação de residência médica. Resultados também indicam a necessidade de

recrutamento de professores para o laboratório, com progressiva segurança e importância da

implementação do laboratório de habilidades como ferramenta curricular.

Agrawal et al. (2014) apresentou o papel do Laboratório de Habilidade Cirúrgica

no treinamento do residente de cirurgia para vencer a longa curva de aprendizado (entre 75 e

150 operações) com a performance e segurança na execução do bypass gástrico no tratamento

cirúrgico da obesidade. O programa de treinamento do residente passa pelo simulador

laparoscópico de realidade virtual, com repetição de movimentos, comparação de

performance, feedback da hapticidade com o movimento dos instrumentos, pontuação de

todas as etapas com o objetivo de medir a progressão da performance para avançar para a

etapa seguinte. O treinamento com modelo animal, principalmente com porcos, tem uma

aproximação mais real através dos movimentos cardíacos, da pulsação arterial, da respiração e

do sangramento, mas a legislação do Reino Unido não permite, porém, é aceito em outros

países da Europa. Como alternativa, podem ser utilizados órgãos destes animais (esôfago,

estômago, intestino delgado), usando os instrumentos cirúrgicos normais, laparoscópio,

câmera e monitores, permitindo dissecção anatômica, anastomoses, técnicas de

grampeamento e prática de endosutura de forma real, com transferência de habilidades para a

sala de operação.

Diversos estudos tem sido realizados para demonstrar transferência de habilidade

cirúrgico adquirida no simulador para o ambiente da sala de cirurgia. Youngblood et al.

(2005) compararam a efetividade de dois simuladores de cirurgia laparoscópica para avaliar a

transferência de habilidade adquirida no simulador para tarefas fechadas num animal de

laboratório, usando três grupos randomizados de estudantes voluntários, medindo o tempo e a

acurácia através de pontuação em três tarefas laparoscópicas: pegar e soltar objetos, passada

de alça, e clipar e cortar em porcos anestesiados. Observaram que alunos inexperientes

treinados na realidade virtual podem melhorar as tarefas feitas no modelo suíno comparada

com o treinamento em caixa tradicional. Podendo ser metodizada uma forma apropriada de

seleção e treinamento.

1.4 Nós, pontos, amarrias, suturas e endosuturas

O nó é o entrelaçamento feito na extremidade ou no meio de uma ou duas cordas,

linhas ou fios, a fim de encurtá-los, marcá-los ou uni-los. O ponto é a picada produzida com a

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agulha que transfixa o tecido, couro, plástico, pelo, para passar o fio de costura, da sutura, do

bordado, etc. É uma porção do fio firmada por nó, deixada numa estrutura, órgão ou tecido,

depois de se realizar a introdução e a retirada da agulha que o conduzia, a fim de produzir a

união dos tecidos. Pode-se ou não removê-lo, conforme a situação ou natureza do material

empregado (FERREIRA et al., 2012).

Mais do que a cauterização, método mais humano de estancar o sangramento era

fazer a ligadura (amarria) dos vasos sanguíneos. Não era fácil com o paciente se contorcendo

de dor. De acordo com Rooney (2013), a primeira menção de ligadura de vasos sanguíneos

para coibir sangramento foi feita por Celso, no século I. No século VII, Paulo de Egina

descreveu uma ligadura de veias varicosas, ante de removê-las. O cirurgião árabe Abulcasis,

por volta do ano l000, recomendava métodos de ligadura, com o fez Parré no século XVI.

Contudo, as ligaduras, muitas vezes geravam infecção e isto as tornava longe de ser seguras.

O método de torção das artérias foi acrescentado em 1829, pois o vaso torcido mantinha-se

efetivamente fechado.

Com a antissepsia e a anestesia tornou-se mais seguro fazer ligaduras. Sob

anestesia, o cirurgião tinha tempo de fazer ligadura dos vasos, antes de cortá-los,

minimizando a perda sanguínea durante as cirurgias, mas a cauterização continuou sendo

usada para vasos menores. Mais recentemente, a cauterização por ultrassom, corrente elétrica

ou laser produz pouco ou nenhum contato com a ferida.

Nas primeiras sociedades, não urbanizadas, usavam espinho, gomas e resinas

como sutura, ou união das feridas usando casca de árvores, folhas ou pergaminhos para

mantê-las fechadas. Embora as pessoas tenham usado agulhas por volta de 20000 anos,

somente foram usadas para sutura a partir de 3000 a.C., no Egito antigo. Os egípcios usavam

fibras de plantes, cabelo, lã e tendões de animais para suturar, e fios de prata para fechar

ferimentos. A sutura mais antiga preservada foi encontrada no estômago de uma múmia e data

de 1100 a.C., aproximadamente.

Os cirurgiões indianos também usavam cabelo, linho e cânhamo, mas

acrescentaram uma alternativa bizarra – as formigas de Bengala. Susruta (século VI a.C.)

descreveu um procedimento em que os cirurgiões usavam formigas da madeira para suturar

ferimentos internos quando estavam lidando com lesões abdominais. O cirurgião segurava a

borda do ferimento juntas, e então, aproximava uma formiga preta gigante de modo que ela

picasse ambos os lados. Então, ele partia o corpo da formiga, deixando a cabeça para segurar

os lábios da ferida. Os intestinos eram empurrados para dentro do abdome e a ferida externa

era suturada de forma convencional.

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Hipócrates (460-375 a.C.) e os gregos antigos usavam suturas de tendão de animal

para feridas externas e fios de ouro para sutura de osso.

As suturas feitas com intestino de animal foram descritas por Galeno (129-216

d.C.), embora tenha sido usadas por cirurgiões indianos, com as características de que, nas

lesões internas, eram absorvidas e desapareciam lentamente quando a feria cicatrizava.

Cirurgiões árabes como Rhazes (865-925) e Avicenus (980-1037) davam

descrição detalhada de técnicas de sutura para feridas abdominais, bem como, feridas de

músculos. Eles usavam agulhas curvas e retas feitas de osso ou bronze e seus materiais de

sutura incluíam corda, cânhamo, fibras de animais, tendões e pelos. Usavam algodão e seda

para ligadura de vasos. Os mesmos materiais foram usados na Europa depois da abertura das

escolas médicas, acrescentando tendões e pelos de camelo.

Joseph Lister foi o primeiro cirurgião a esterilizar fios de sutura. O cat-gut

carbólico tornou-se o primeiro material de sutura moderno em 1860, e ele introduziu o cat-gut

crômico como primeiro material de sutura desenvolvido especialmente para uso cirúrgico, em

1881.

A partir de 1930 surgiram os primeiros materiais de sutura sintéticos. No ano

seguinte veio a primeira sutura sintética absorvível, introduzida à base de álcool polivinil. Em

2002 o cat-gut foi abandonado, depois de ser usado por 2000 anos, em razão do perigo de

desenvolver a doença de Creutzfeldt-Jacob (doença da Vaca Louca).

De acordo com Topel et al. (1997) existem os seguintes tipos de suturas:

a) Interrompidas ou separadas - os nós são atados após a passagem dos fios e

cortados após cada amarria:

Sutura vertical em “U”, de Donatti – promove uma aposição completa e

precisa das bordas, com leve eversão após a confecção dos nós. Mostra

mínima alteração do suprimento sanguíneo, se colocada distante das bordas.

Pode ser usada com sutura de tensão aproximando as bordas e coaptando a

ferida. Como deixa bastante fio intratecidual pode promover reação

inflamatória mais significante.

Sutura horizontal em “U”, de Wolf - forma um quadrado perfeito com

ambas extremidade saindo pelo mesmo lado ou borda da ferida,

promovendo tensão moderada. Usado para reduzir espaço morto, podendo

promover cicatrização excessiva devida a eversão das bordas.

Sutura em “X” ou cruzada, de Sultan, mesmo sob tensão, não promove

alteração do suprimento sanguíneo .

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Sutura de tensão e aposição - faz um movimento em espiral, do tipo longe-

perto-perto-longe, o componente longe tira a tensão e o componente perto

faz a coaptação das bordas.

d) Contínuas – possui um nó inicial, o fio não é cortado, estendendo-se do ponto

de origem após várias passagens pelos tecidos, onde o fio é cortado após o nó

final, no extremo oposto da ferida.

Sutura continua simples, de Kurschner – executada com facilidade e rapidez

em tecidos subcutâneos (sepultados) e fáscia desde que não haja pontos de

tensão.

Sutura ancorada de Ford ou Reverdin – a cada passagem através do tecido, o

fio é unido ao ponto passado anteriormente, promovendo estabilidade sem

tensão.

Sutura de aposição seromucosa de Schmieden (contaminante) – usada em

anastomose intestinal, em plano único.

Sutura de aposição seromucosa de O’Conell (não-contaminante) – sutura

invaginante de anastomose intestinal, penetrando na paralela da borda, indo

somente até a submucosa, de forma horizontal.

Sutura em bolsa de tabaco – sutura invaginante, utilizada com frequência

para sepultar o coto apendicular, após apendicectomia, por apendicite aguda.

Conforme Leonardi et al. (2010), endo-nós, endo-suturas e endoanastomoses são

as mais difíceis manobras em vídeocirurgia. A execução segura ampliou e possibilitou o

desenvolvimento de indicação por esta via de acesso para que procedimentos de maior

complexidade sejam realizados.

1.5 Conceito de videocirurgia

A videolaparoscopia foi um marco que revolucionou a cirurgia moderna. Desde a

descrição da primeira intervenção laparoscópica, em 1987, em Lyon na França, as técnicas

cirúrgicas e os equipamentos laparoscópicos têm evoluído continuamente, de forma que,

atualmente, os cirurgiões podem acessar praticamente todos os órgãos do corpo humano com

câmeras e monitores de vídeo. Conforme Loukas et al. (2012), durante as décadas passadas a

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videocirurgia progrediu para padronização e uniformização, devido o crescimento do número

de cirurgia. É uma técnica cirúrgica minimamente invasiva, a partir da qual, por pequenas

incisões na pele e com colocações de trocartes (portais), são introduzidas as câmeras,

instrumentos cirúrgicos e de energia para dissecção, incisões e eletrocautérios (coagulação dos

vasos sanguíneos). Este tipo de intervenção tem como principais benefícios a redução da dor

devido a menor resposta inflamatória ao trauma, menor sangramento, risco de infecção

minimizado, uma vez que as estruturas anatômicas intracavitárias não são expostas ao

ambiente externo, tempo mais curto de recuperação pós-operatória, com menor tempo de

hospitalização e com melhor resultado estético, comparado com a cirurgia tradicional

laparotômica. Entretanto, as técnicas videoendoscópicas exigem treinamento mais prolongado

dos cirurgiões para a realização do mesmo procedimento. Até os médicos mais experientes

nas técnicas tradicionais necessitam de capacitação para transferir suas habilidades cirúrgicas

para a videocirurgia. Requer aquisição de habilidades psicomotoras que são diferentes

daquelas necessárias para a cirurgia aberta, por inúmeras razões, tais como: campo cirúrgico

limitado, efeito fulcrum (movimentos invertidos), tendo como ponto de apoio a alavanca da

parede abdominal, com ambidestria e resposta da força limitada, ausência de visão

tridimensional, percepção espacial de profundidade modificada (estereotaxia).

Novas estratégias de seleção e treinamento do médico estão emergindo. Estudos

prévios tem demonstrado a correlação entre a habilidade de visão espacial (estereotaxia) e a

memória do trabalho visual (retenção de conceitos psicomotores) na performance do

simulador cirúrgico. Schilickum et al. (2011) desenvolveram estudo que analisa com detalhes

a habilidade, que pode ser medida e associada no desempenho da performance em diferentes

execuções de tarefas. Onde avaliam a importância da habilidade visual espacial e a memória

espacial no trabalho nas várias tarefas executadas. Utilizou o teste MRT-A para habilidade

visual espacial e o programa de computador RoboMemo para memória do trabalho visual,

testes psicométrico de Likert para medir, pontuar e analisar a performance de três diferentes

cirurgias em simulador. O estudo mostrou que existem diferentes considerações no impacto

da habilidade visual na performance da realização das tarefas. Programas futuros de

treinamento cognitivos podem ser desenhados, testados e ajustados de acordo com níveis de

inteligência para executar tarefas cirúrgicas específicas.

As operações laparoscópicas tem mostrado um rápido progresso nos anos

recentes, e esta alternativa para o procedimento convencional da cirurgia abdominal tem

permitido a descrição de novos planos, espaços e referências anatômicas e resulta numa

ruptura artificial da “continuidade anatômica”. Jimenez e Aguilar (2009) acreditam que a

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magnificação de visão laparoscópica demonstra que esta profundidade anatômica necessita de

habilidade superior para exploração cirúrgica em relação a anatomia básica. Por isto, alcançar

os níveis de proficiência nas laparoscopias requer maior aprofundamento do conhecimento da

anatomia básica e adquirir outro conhecimentos dos planos anatômicos. Recorrer a tecnologia

atual com a facilidade de apresentação de videocirúrgicos na tela, pode mostrar detalhes de

interesse, a execução de tais vídeos eleva o valor material e educacional para o aprendizado.

Desta forma, a experiência cirúrgica no laboratório é um indispensável ambiente de trabalho

para o desenvolvimento de novas tecnologias, transmissões de conhecimento e progresso da

cirurgia.

Para desenvolver habilidades cirúrgicas endoscópicas é necessário incrementar na

prática do residente, inúmeras cirurgias através de treinamento com realidade virtual. O

treinamento deve ser focado principalmente na coordenação olho-mão e na aplicação e a

avaliação da quantidade correta da força nos movimentos. O método utilizado por Horeman et

al. (2012) no estudo para avaliar interação da força entre o tecido e o instrumento, é mostrado

em display através da representação visual da aplicação da força inserida na imagem da

câmera. A representação visual é informada continuamente através de direção que a força é

aplicada. Foi aplicado um sistema de treinamento onde mostra a performance através da

necessidade de direcionar feedback visual com a força no desenvolvimento da tarefa. O

sistema de treinamento da sensação de força mostra que a melhor possibilidade para

desenvolver objetivamente a habilidade do manejo tecidual se faz no ambiente de laboratório

com simulador. O tempo real de visualização da aplicação da força durante o treinamento

pode ser facilitado com a aquisição da habilidade do manejo tecidual e pode adquirir

proficiência no treinamento com simulação na curva de aprendizado. Outras tarefas podem ser

necessárias para determinar o feedback visão-força, aperfeiçoando os movimentos e

reduzindo a interação da força durante a cirurgia laparoscópica.

Durante as décadas passadas a videocirurgia se tornou uma técnica padronizada

devido o crescimento do número de cirurgia. Risco de infecção minimizado, redução da dor e

da resposta inflamatória ao trauma, tempo curto de reabilitação e resultados cosméticos

melhores são os benefícios maiores comparados com a cirurgia aberta. Entretanto, a vídeo

cirurgia requer aquisição de habilidades psicomotoras que são diferentes daquelas necessárias

para a cirurgia aberta, por inúmeras razões, tais como: campo cirúrgico limitado, efeito

fulcrum (movimentos invertidos), tendo como ponto de apoio a alavanca da parede

abdominal), resposta da força limitada, ausência de visão tridimensional, percepção espacial

de profundidade modificada (estereotaxia). A cirurgia minimamente invasiva é executada

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através de um feedback visual de duas dimensões com sensibilidade haptica (hapticidade).

Isto demandou os cirurgiões a se adaptar e se especializar no desenvolvimento de novas

habilidades psicomotoras. Estas habilidades podem ser aprendidas, desenvolvidas e mantidas

através de treinamento. O domínio da tecnologia pode ser através de treinamento físico e

virtual. Esta forma tende a ter elevado custo, causando impacto na expectativa acadêmica.

Entretanto, Martinez e Espinoza (2007) através de uma alternativa de baixo custo,

desenvolveu uma opção de feedback mão-visão para refinar e adquirir habilidade

psicomotora. Estabeleceu um protocolo de treinamento laparoscópico desenvolvido em

modelo desenhado numa caixa no formato assemelhado da cavidade abdominal, portátil e

oferece uma opção para ajudar a melhorar a habilidade cirúrgica, podendo estabelecer uma

relação próxima com perspectiva visual e funcional da cirurgia real. O feedback visual é

acionado com uma minicâmera colorida cuja posição e orientação é controlado por meio de

sistema magnético com 0 e 45 graus de opção ótica, com adequado iluminação e condições de

perspectiva visual similar ao campo real.

1.6 Simuladores de cavidade abdominal

O treinamento baseado em proficiência para garantir segurança e a habilidade

cirúrgica baseada na simulação tem recebido atenção significativa na videocirurgia, quase

desde a invenção da laparoscopia. Modelos de alta fidelidade com a anatomia do paciente são

empregados para o desenvolvimento psicomotor e a habilidade da visão espacial do lado de

fora (interface externa) da cirurgia. A educação cirúrgica baseada em simuladores perante os

alunos alcançam um nível adequado de proficiência para realizar a operação em tempo real no

paciente. Existem vários modelos de simuladores para treinamentos em videocirurgia,

conforme Loukas et al. (2012), com competência de resultados comprovada, os quais podem

ser categorizado em duas classes:

a) Caixa de treinamento de endossuturas - o treinamento em vídeo é um sistema

de realidade física, onde os cirurgiões aprendem em modelos inanimados

(silicone, esponjas de EVA) ou peças e órgãos de animais, empregando

equipamentos de vídeo cirurgia convencional, instrumentos e câmeras

endoscópicas. Este simulador oferece a vantagem da força real, desde que os

alunos interagem com objetos reais. Requer inicialmente a presença do

professor (monitor) de ensino, repetição do treinamento para manutenção dos

conceitos e resposta construtiva do aluno.

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b) Simuladores virtuais – no simulador virtual a performance é puramente virtual,

com instrumentos virtuais e o controle dos mecanismos de interface é integrado

através de sensores apropriados. Reproduz múltiplos cenários e plataformas

com vários procedimentos (ex. colecistectomia e fundoplicatura de Nissen),

incrementa habilidades psicomotas, percepção de profundidade e progressivo

nível de dificuldade. Porém, os simuladores virtuais são bastante criticados

pelo elevado custo e baixo retorno do investimento e não reproduz importantes

tarefas como sutura, a força do feedback e a visualização são simplificada

numa anastomose real.

Conforme a experiência de Melo et al. (2010), os antigos padrões de ensino do

cirurgião, estabelecido por William Haslted, no hospital John Hopkins, no final do século 19,

que preconizava um treinamento restrito à sala de cirurgia, não mais podem ser sustentados,

através da expressão:” - See one, do one, teach on.” No método tradicional a aprendizagem da

habilidade técnica não é capaz de reproduzir os conceitos laparoscópicos. Com o advento da

videocirurgia, a observação que o cirurgião necessita de um novo ambiente de trabalho e a

habilidade de se obter uma competência de manuseio instrumental prévio com o objetivo de

preservar a segurança do paciente a ser operado, fizeram a simulação cirúrgica ganhar um

destacado espaço no treinamento do cirurgião deste século. Pressões éticas, sociais e

econômicas demandam um treinamento metodizado, antes que o jovem cirurgião opere em

seu novo ambiente de trabalho. Esta simulação oferece a oportunidade de praticar em

ambiente similar ao da videocirurgia, utilizando-se de técnicas e procedimentos com as

restrições perceptivo-motoras a ela inerentes, reduzindo potenciais erros e danos. O

desempenho dos novos cirurgiões depende de sua potencialidade inatas, habilidades

previamente desenvolvidas e a motivação da aprendizagem com impacto positivo na retenção

de habilidades.

A expansão da laparoscopia e endoscopia cirúrgicas tem promovido aquisição de

novas habilidades cirúrgicas. Laguna, de Reijke e de la Rosette (2009) procuram identificar

quais modelos de aquisição de habilidades cirúrgicas e o papel da simulação nos programas

de treinamento correntes. O objetivo social, médico e tempo aplicado no trabalho são sempre

destinados a buscar a segurança do paciente, tendo como direção oferecer oportunidade de

treinamento e reduzir o tempo de utilização da sala de operação (SO). Sistematicamente, as

revisões mostram que, de “modelo para modelo”, existem evidencias de transferência de

habilidade do simulador de realidade virtual (RV) para a torre de vídeo, e a necessidade

natural de suplemento estandardizado de treinamento laparoscópico. A diversidade de

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modelos, integrados por vários tipos de treino no currículo cirúrgico podem fortalecer varias

possibilidades de retenção de habilidades. Para que a extensão da simulação possa se incluir

nos programas de treinamento cirúrgicos, o instrumento de aprendizado deve ter como

objetivo final adotar critérios baseados em desenvolvimento de proficiência.

Através da laparoscopia certamente o paciente recebe um beneficio considerável,

mas a cirurgia laparoscópica exige um conjunto diferente de habilidades comparado com a

cirurgia aberta, e o treinamento pode incrementar tempo cirúrgico na sala de operação,

diminuindo o risco para o paciente. Diversos programas de treinamento podem ser

desenvolvido para diminuir este prejuízo potencial. Torricelli et al. (2011) descreveram um

programa de treinamento laparoscópico para os residentes de urologia do Hospital das

Clínicas da Escola de Medicina de São Paulo, reportando os procedimentos urológicos

realizados no laboratório, para análise crítica da performance e do custo beneficio

relacionando as habilidades da laparoscopia avançada adquiridas no laboratório. O laboratório

de habilidade tem dois simuladores virtuais, três simuladores manuais e quatro sets de

videocirurgia para estudo em modelo porcino. Os residentes de cirurgia do primeiro ano

atuaram na classe de simuladores virtual e manual, e foram monitorados pelo residentes de

urologia nas atividades com set de laparoscopia. No segundo ano da residência, durante um

período de seis semanas, e quatro horas semanais, desenvolveram a performance em

procedimento com modelo porcino. Após o treinamento, cada residente de urologia foi

avaliado na performance de execução de 120 procedimentos cirúrgicos, num programa de dez

semanas. Os procedimentos realizados, mais comuns, foram nefrectomia (30%), sutura da

bexiga (30%), nefrectomia parcial (10%), pieloplastia (10%) e outros: adrenalectomia,

prostatectomia e retroperitoneoscopia. Este procedimentos são muito frequentes e causam

baixa morbidade. O laboratório de habilidade laparoscópica é um bom método para adquirir

proficiência técnica.

O treinamento laparoscópico é muito importante no cenário do currículo cirúrgico.

Laguna, de Reijke e de La Rosette (2006) avaliam uma maior percepção através do elevado

nível de informações e conhecimentos adquiridos no campo da laparoscopia urológica com

diminuição do potencial de risco, usando a simulação, para acreditação e seleção proposta nos

estágios de treinamento. Os simuladores físicos são amplamente validados com igualdades de

eficiência comparados com os simuladores de realidade virtual. Experiências com controle

randomizado mostram tranferência da habilidade de treinamento com realidade virtual para

colecistectomia. O modelo de treinamento em sutura vésico-ureteral foi desenvolvido para

integrar o programa de habilidades no laboratório. O programa foi construído para validar e

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diminuir a distância entre o principiante e o avançado cirurgião laparoscopista. Um esforço

silencioso foi desenvolvido para transformar o treinamento num instrumento apropriado para

acessar a competência e a proficiência. A inclusão do simulador no programa se evidencia

como melhor forma de obter a validação e a acreditação. A realidade virtual e física dos

simuladores tem mostrado ser eficiente a evolução da destreza e existe evidência positiva da

transferência da realidade virtual para a sala de operação, em colecistectomia. Muitos

modelos, entretanto, tem sido descritos na reconstrução urológica, mas a efetiva transferência

de habilidades para sala de operação, até agora não foi bem estabelecida, embora haja

progresso nos trabalhos do campo da urologia para validar tais evidências.

Palter et al. (2010) desenvolveram estudo com proposta de explorar a percepção

do residente, considerando quatro modelos correntes de ensino de sutura laparoscópica e a

avaliação correta da qualidade de treinamento em técnica avançada de cirurgia minimamente

invasiva, num centro de ensino acadêmico. O estudo incluiu 14 residentes sênior de cirurgia

geral (residente de 3 ao 5 ano), participando de um curso avançado de laparoscopia. Quatro

instrumento de treinamento foram utilizado no currículo do curso de Fundamento de Cirurgia

Laparoscópica (FCL): 1. modelo de sutura em caixa preta; 2. modelo de fundoplicatura de

Nissen; 3. tarefa de sutura em simulador de realidade virtual (RV) e 4. modelo porcino de

jejuno-jejunoanastomose. Todos os residentes foram questionados sobre os quatro modelos

individualmente com respeito a validade educacional através da Escala de Likert com escore

de 1 a 5. O estudo demonstrou que todos os residentes tinham experiência em colecistectomia

e apendicectomia, entretanto a experiência em laparoscopia avançada foi subótima para os

residentes sênior. O desenvolvimento do aprendizado de habilidade dos residentes teve

preferência usando modelo animal de ensino com realidade virtual. Isto pode ter implicação

quando for desenhar modelo de ensino em videocirurgia avançado na matriz curricular.

O bypass gástrico em Y de Roux laparoscópico (BGYRL) é uma técnica que

demanda muitas etapas operatórias, e exige uma longa curva de aprendizado. Aggarwarl et al.

(2007) desenvolveram um modelo de treinamento baseado em etapas para realizar tarefas na

execução do BGYRL, definindo os instrumentos para objetivar habilidades técnicas e

determinar a eficácia do procedimento. Mostraram vídeos de experts aos cirurgiões novatos

na performance do BGYRL, e usaram modelo porcino anestesiado, analisaram e definiram

tarefas apropriadas para desenvolver habilidades. Subsequentemente, realizaram

jejunojejunostomia usando intestino delgado de suíno em caixa de treinamento de vídeo.

Vinte e sete cirurgiões de níveis variados de experiência em cirurgia laparoscópica avançada

realizaram as tarefas. Analisaram os movimentos das mãos com pontuação baseada nos

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vídeos. Dezesseis cirurgiões inexperientes em BGYRL realizaram curso com treinamento

básico com repetições de tarefas na execução de jejujo-jejunostomia do inicio até o fim do

curso. O modelo de jejuno-jejuno anastomose foi executado por todos os cirurgiões com

tempos diferentes baseado no nível de experiência individual. Mostrando que o treinamento

em laboratório ajuda a adquirir habilidades para realizar cirurgias laparoscópicas avançadas.

Conforme experiência e pesquisas de Paltner et al. (2011), o laboratório de

habilidades cirúrgica contribui com a residência de cirurgia através do treinamento de

habilidade exigida na cirurgia minimante invasiva promovendo transferência do aprendizado

para a sala de operação. A simulação por si só empresta o melhor método para encurtar a

curva de aprendizado na cirurgia minimanente invasiva por permitir treinamento prático para

adquirir habilidade motora e necessária segurança estrutural no ambiente deste tipo de

operação. É de significante importância trabalhar para validar o ensino através da simulação

sistemática das habilidades técnicas fora da sala de cirurgia, como próximo passo para

integrar o treinamento por simulação dentro da abrangência curricular. O objetivo deste

estudo se reveste em sintetizar as evidencias e teorias educacionais dentro da linha curricular

no desenvolvimento de habilidades técnicas, tanto no vasto contexto como especificamente no

cirurgia minimamente invasiva. As revisões fazem elevadas críticas aos aspectos positivos do

treino por simulação, como o efeito de promover o feedback, desenvolvimento e treinamento

prático da proficiência, oportunidade de praticar os mais variáveis níveis de dificuldades, e

incluir no meio do ensino o treinamento cognitivo e manual. Finalmente, é valida a existência

do treinamento em simulador laparoscópico e a realidade virtual integrando a estrutura de

trabalho, no contexto curricular.

Feldman et al. (2009) estudaram os dados da curva de aprendizado, que embora

seja arbitrado como um exercício progressivo da experiência, isto não permite uma estimativa

precisa de quando a “curva do platô” ou o “nível de aprendizado” é adquirida. Realizaram

estudo com objetivo de descrever a simples curva de aprendizado nas tarefas fundamentais de

laparoscopia. Solicitaram que 60 alunos de medicina executassem a tarefa com 40 repetições

para validação de medidas através de pontuação. Observaram que os alunos que não tinham

interesse em seguir a especialidade cirúrgica tiveram baixa pontuação no aprendizado desde o

inicio até o final da tarefa, comparado com os alunos interessados em cirurgia e os indecisos

(ANOVA: P<0,5). Estes parâmetros permitiram fazer comparação dos alunos dos subgrupos

diferentes e podem ser úteis na intervenção de um desenho educacional adequado em relação

ao interesse e o estímulo em atingir o “platô de aprendizado” ou apenas atingir o “nível de

aprendizado”.

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Montagne et al. (2010) definiu a validação da confiança da tecnologia de

instrumento médico através de teste, avaliação e provas que incluem nos dados um quadro

que estuda o instrumento no conteúdo estrutural, performance, aplicação, contexto,

experimentação comparativa com outro instrumento, opinião de diferentes indivíduos ou

grupos para diferente impacto de evidencia de concretude, substantivo, estrutura,

generalidades, aspecto externo e utilidade prática.

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2 OBJETIVOS

2.1 Geral

Propor modelo acadêmico de ensino teórico-prático em video cirurgia, baseado

no Laboratório de Habilidades Cirúrgicas, que possa ser integrado ao ensino da matriz

curricular da graduação médica e propiciar a educação continuada e a pesquisa científica.

2.2 Específicos

1. Validar o modelo de aprendizado proposto por meio de avaliação do

desempenho, na aquisição de habilidade e retenção dos conceitos psico-motores básicos de

cirurgia e videocirurgia, através da simulação realística.

2. Comparar o novo simulador real de cavidade abdominal desenvolvido pelo

autor com modelo já aprovado e presente no ensino e na educação continuada, para avaliar e

validar como instrumento para treinamento em videocirurgia.

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3 MÉTODO

3.1 Recrutamento

O trabalho foi desenvolvido com alunos de Medicina da Universidade Estadual do

Ceará – UECE, em atividade cursando o primeiro semestre de 2014 (2014.1), das disciplinas

de Base da Técnica Cirúrgica (alunos do quinto semetre) e de Clinica Cirúrgica (alunos do

sétimo setestre): através de aulas teóricas transmitindo os conceitos básicos de cirurgia (nós

manuais e instrumentais) e videocirurgia (ambidestria, ergonomia, estereotaxia, hapticade,

efeito fulcrum) em aulas práticas no LHC, no Hospital Geral César Cals, no para retenção

dos conceitos psicomotores, no manejo de materiais e instrumentais. O trabalho envolveu

também alunos que já cumpriram as disciplinas de Base da Técnica Cirúrgica e alunos Clínica

Cirúrgica e estagiaram, à partir de 2011 até 2013, e de cirurgiões e médicos residentes

recrutados através das Sociedades Cirúrgicas.

Os alunos da Base da Técnica Cirúrgica e Clínica Cirúrgica foram informados

do projeto, após realizarem as aulas práticas do laboratório de habilidades e se sentirem aptos,

do ponto de vista técnicos, foram recrutados para participar da pesquisa. Os alunos e cirurgões

recrutados foram distribuídos em quatro grupos, com execução distintas de tarefas.

Grupo I – alunos matriculados nas disciplinas de Base da Técnica Cirúrgica

(turma com 35 alunos), compostos, de forma homogênea, por 30 alunos (85.7 % da turma).

Grupo II – alunos matriculados na disciplina de Clínica Cirúrgica (turma com 37

alunos), composto, de forma homogênea, por 32 alunos (86,5 % da turma).

Grupo III – alunos do curso de Medicina da UECE que já realizaram as

disciplinas Base da Técnica Cirúrgica e Clínica Cirúrgica, do oitavo ao decimo segundo

semetre, e estagiaram oficialmente no LHC em aulas práticas destas disciplinas, no período de

2011.1, 2012.1 e 2013.1, mas ainda não terminaram a graduação, composto por 49 alunos.

Grupo IV – heterogêneo no nível de proficiência cirúrgica, composto por 37

médicos, cirurgiões das várias áreas de atuação e residentes de cirurgia e urologia.

Sendo cirurgiões (Subgrupo de 25 membros) do Colégio Brasileiro de Cirurgiões

– CBC, Sociedade Brasileira de Cirurgia Laparoscópica – SOBRACIL, Sociedade Brasileira

de Cirurgia Bariátrica e Metabólica – SBCBM, de várias áreas de atuação, habilitados,

titulados e capacitados na execução de sutura vídeo cirúrgica.

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Congressistas (Subgrupo com 5 alunos) inscritos no I Congresso Norte de

Cirurgia Bariátrica e Metabólica da SBCBM em Belém- Pará 31 de julho a 02 de agosto de

2.014, após realizarem o Curso Avançado de Endosuturas e Endoanastomoses – Hands On.

Residentes de Cirurgia (Subgrupo com 7 alunos) do Hospital das Clínicas Getúlio

Vargas da Universidade Federal do Maranhão em agosto de 2.014 e do Hospital do Câncer

Tarquínio Lopes (São Luis), em agosto de 2.014, após participarem do Curso Avançado de

Endosuturas e Endoanastomoses, para instalação e implantação do Laboratório de Habilidades

Cirúrgicas daquelas unidade de ensino.

3.2 Centro de execução dos procedimentos da pesquisa

A pesquisa foi executada no Laboratório de Habilidades Cirúrgicas (LHC), um

instrumento de ensino e pesquisa do Hospital Geral César Cals (HGCC) de Fortaleza, um

hospital-escola de nível terciário da Secretaria da Saúde do Estado do Ceará, em parceria com

o Departamento de Cirurgia do curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará

(MEDUECE), com instalação própria, implantado e com atividade regular desde 2010, e

regulamentado através de portaria 14/2011, publicada no Diário Oficial do Estado do Ceará

em 01 de janeiro de 2011.

O Laboratório de Habilidades Cirúrgicas é um instrumento de ensino das

disciplinas de Base da Técnica Cirúrgica e da Clínica Cirúrgica, da Faculdade de Medicina

(MEDUECE) da Universidade Estadual do Ceará, em parceria com o Centro de Estudos e

Apoio à Pesquisa do Hospital Geral César Cals, com funcionamento em espaço e instalações

próprias, nas dependências deste hospital, um estabelecimento de saúde e de ensino que tem

como missão prestar assistência ao usuário do SUS, com excelência nos atendimentos

Materno-infantil, Clínico, Cirúrgico, Ensino e Pesquisa, situado na Av. do Imperador, número

545, Centro, Fortaleza – Ceará, CEP: 60.015.052.

Destina-se a atividades acadêmicas das Universidades conveniadas com a

Secretaria da Saúde da Saúde do Estado do Ceará, abrangendo atendimento aos alunos:

acadêmicos do curso de Graduação em medicina destas Universidades, internos, residentes e

médicos do corpo clínico, com atividades das disciplinas de que possuam práticas de Cirurgia,

propiciando treinamento teórico e prático de cirurgia convencional e vídeo cirurgia, utilizado

na integração da investigação e estudo para o desenvolvimento de técnicas e procedimentos

cirúrgicos, para que, a partir do estudo de forma metodológica, o aluno aproprie-se do

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conhecimento e desenvolva habilidades para o processo de operar, através de aulas teórico-

práticas com a simulação de procedimentos e cuidados de medicina cirúrgica.

Teve sua implantação oficial publicada no Diário Oficial do Estado do dia 01 de

agosto de 2011, na Portaria nº. 14/2011 (CEARÁ, 2011).

Figura 1 – Laboratório de Habilidades Cirúrgicas

Fonte: autor.

33..33 SSiimmuullaaddoorr ddee ccaavviiddaaddee aabbaaddoommiinnaall EEnnddooSSuuttuurree TTrraaiinniinngg BBooxx

Instrumentais e Material

Compõem, atualmente, as instalações do LABORATÓRIO DE HABILIDADES

CIRÚRGICAS:

a) Modelo simulador da Cavidade Abdominal – EndoSuture Training Box (5

unidades),

b) Monitor LCD de 52 polegadas, para aulas e apresentação de trabalhos,

c) Computador de 4 GB de memória RAM, 1 terabyte de HD com processador

Intel ®Core2Duo 2.8 GHz com teclado, mouse e estabilizador, acoplado a TV,

d) Set de vídeo cirurgia, com monitor, ótica de 30 graus, fonte de luz,

estabilizador.

e) Mesa cirúrgica.

f) Mesas para apoio dos simuladores e de bandejas de suturas extra-corpórea.

g) Porta agulhas de endosuturas, tesouras e pinças para treinamento de vídeo

cirurgia.

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Figura 2 – Material e instrumental cirúrgico

Fonte: autor.

h) Portal único, no treinamento do Single Port.

i) Porta agulhas, pinças, tesouras, afastadores, e instrumentos diversos, de

cirurgia convencional,

j) Descartáveis: grampeadoras, drenos, sondas, trocartes, luvas, fios de suturas

para treinamento continuado,

k) Argolas fixas na parede para uso de cordão de polipropileno para treinamento

de nós e amarrias manuais.

l) Material de consumo: luvas, fios cirúrgicos agulhados Ethibond® 2.0 e seda

2.0, (Ethicon®), gorros, máscaras, aventais.

m) Cronômetro Digital Profissional Vollo® Vl-510 C/ 10 Memórias, utilizado para

medir tempo de execução das tarefas dos alunos do grupo I, II e III.

Figura 3 – Cronometro digital

Fonte: autor.

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n) Mini Balança Digital (Pocket Scale®

) de alta precisão, MH-Series-200, modelo

estandarde , medida de peso (tare range) com capacidade de 0,01 gr até 200 gr,

auto calibrável, autoprogramável para desligamento automático em 30

segundos, de fabricação chinesa. Utilizada para pesagem dos fios de sutura nas

confecções do pontos

Figura 4 – Balança digital de precisão (Pocket Scale®) e Fita Métrica em Calha

Fonte: autor.

o) Fita métrica em calha de alumínio (FIGURA 4), de confecção artesanal, com

30 cm de comprimento, para medição dos fios utilizados nas confecções do

pontos.

3.3.1 Detalhamento técnico e tecnológico dos simuladores de cavidade abdominal Endo-

Suture Training Box e Modelo 3-DMed®

Clássico

O simulador de cavidade abdominal EndoSuture Training Box, desenvolvido pelo

autor, está inserido no contexto de treinamento do LHC e, através da pesquisa, busca a

validação da confiança tecnológica, conforme preconiza Montagne (2010), como instrumento

médico, no conteúdo estrutural, performance, aplicação, contexto, experimentação

comparativa como outro instrumento (simulador clássico 3-DMed®

) e opinião de cirurgiões

como diferentes experiências em endosuturas, em escore da escala de Likert

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3.3.1.1 Características técnicas e tecnológicas do EndoSuture Training Box

Trata-se de um manequim de fibra de vidro, adaptado com micro câmeras e

instrumental cirúrgico usado em laparoscopias, possibilita que os acadêmicos de medicina e

médicos residentes exercitem, num manejo o mais próximo possível da realidade, pontos e

nós cirúrgicos e outros procedimentos comuns às mais variadas operações (passada da alça,

transferência de objetos de compartimentos).

O projeto em desenvolvimento foi idealizado e criado há alguns anos (2004), a

partir de observação de outros modelos, passou por aperfeiçoamentos e avançou para um

padrão profissional. Sua montagem contou com a assessoria de arquitetura (Dr. Júlio

Barreira), designer gráfico e engenheiro eletrônico e mecatrônico (Dr. Régis Luiz Sabiá De

Moura), que garantiram ao simulador mais semelhança ao corpo humano e o suporte

tecnológico necessário, com ergonomia e esterotaxia (FIGURA 5).

O modelo pioneiro encontra-se instalado no Laboratório de Habilidades

Cirúrgicas do Hospital César Cals, em Fortaleza, e tem como público alvo o aluno de

medicina, os doutorandos, os residentes de Cirurgia e os cirurgiões em fase de

aperfeiçoamento e atuação em videocirurgia.

OO simulador de cavidade abadominal ESTB foi registrado no Instituto Nacional de

Propriedade Industrial (INPI), com Carta Patente e Registro – No. 1301198280; Pedido de

Invenção – 19.02.2013. É um desenho industrial como estrutura definida, aplicação prática e

direito de propriedade industrial. Tem destinação pública e privada, para instalação em

laboratório de habilidades cirúrgicas e para treinamento em vídeo cirurgia, através da

simulação.

A patente define propriedade e desenho industrial e a industrialização define

modelo de utilidade prática, configuração aplicada, eficácia, assistência técnica,

acessibilidade, em busca de refinamento, qualidade e custo operacional justo, sem carga

alfandegária e tributária de produtos importados. A inovação do modelo tem potencial de

acompanhar a evolução da tecnologia dos componentes elétricos e eletrônicos disponíveis no

mercado, na medida em que surgirem novos modelos de filmadoras, com imagem e zoom

aperfeiçoados, captação em três dimensões (3D), podendo ser adaptado no conjunto estrutural

do simulador, além de poder ser acoplado a set de vídeo cirurgia de duas e três dimensões e

transmitir imagem a distância, para aplicação didática de tele-aula.

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Figura 5 – Projeto arquitetônico do simulador

Fonte: Arquiteto Julio Barreira.

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Figura 6 – Simulador de cavidade

abdominal EndoSuture Training Box

Fonte: Acadêmico Regis Luiz Sabiá de Moura.

Manequim simulando um tronco humano com cavidade torácica e abdominal, e

profundidade, anteroposterior adequada para os movimentos operatórios, como se, a distancia

da parede do simulador tivesse um espaço correspondente ao criado pelo pneumoperitôneo,

até chegar a bandeja adaptada para realizar nós e suturas, na mesma profundidade das

estruturas abdominais em tática operatória – estomago, vesícula, intestinos, fígado, baço...

a) Móvel (console), para base de apoio do manequim de fibra de vidro, com

gaveta para guarda e proteção do monitor de TV, bandeja de sutura, porta-

agulhas, bandeja de sutura, tesoura e pinças de trabalho de vídeo-laparoscopia

de 35cm.

b) Monitor LCD de 22”, marca Samsung, com dispositivo de acoplagem na região

cervical do manequim, para visã,o frontal.

c) Minicâmera com zoom, fonte de luz, com visão iluminada por fitas de LED e

manejo externo com haste de 12mm de diâmetro e empunhadura através de um

dos portais.

d) Bandeja de sutura para receber artefatos (EVA siliconizado, neoderma -

polímero de plástico, elastômero termoplástico e cyber sky - pele cibernética),

no formato, espessura e consistência de órgãos humanos ocos (intestino

delgado, estômago...) e sólidos (rim, coração, útero...).

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e) Portais laparoscópicos, de borracha pulsônica siliconizada, acoplados no

hipogástrio anterior do manequim, em forma de disco, com eixo central

perfurado, em número de quatro, para acessar a cavidade através de trocartes

de 12mm (dois para os instrumentos da mão direita e esquerda do cirurgião, e

dois para o auxiliar manejar a câmera e os instrumentos de apoio), com

distância de 10 cm entre si, que permitem triangulação e convergência,

flexibilidade e ergonomia para os movimentos, assemelhados aos executados

na parede abdominal e torácica humana, para adequada execução das endo-

sutura, auxilio de movimentos e filmagem.

f) Teto ou janela laparoscópica epigástrica com testeira ou tampo móvel, discoide

de 15 x 15 cm2 com cantoneiras.

g) Acoplado, tem encaixe justo nas aduelas ou bordas do “parede abdominal” do

manequim, para execução plena do treinamento – movimentos invertidos,

estereotaxia e ergonomia, sob visão bidimensional

h) Quando removível, permite a visão direta (tridimensional) dos instrumentos na

etapa de exercícios de movimentos invertidos, ambidestria e e percepção de

profundidade.

i) Possibilita, o acesso à cavidade para posicionar e alimentar a bandeja de sutura;

remover lixo laparotômico – restos de fio cirúrgicos agulhados, EVA suturado;

fazer manutenção dos componentes – fios elétricos, lâmpadas de LED,

microcâmara.

j) Móvel estofado, recoberto em courvim, com 16 cm. de altura, 46 de largura e

65 de comprimento, serve de base de apoio, com gaveta almofadada, para

guarda e proteção dos componentes do conjunto, quando este não estiver em

manejo de treinamento: monitor de TV, empunhadura da microcâmara, bandeja

e fios de sutura, porta agulhas, tesoura e pinças de trabalho de

videolaparoscopia de 35cm.

k) Componentes eletroeletrônicos (lâmpada de LED fixadas no “peritôneo”

anterior do manequim, para iluminação e visibilidade satisfatórias da

filmagem, plug de controle da fiação elétrica embutida internamente, cabo de

imagem, estabilizador de corrente de energia, interruptor de luz, de câmera e de

TV, parafusos, solda, cola, etc).

l) Mala de proteção, almofadada e com rodízio para transporte do conjunto

EndoSuture Training Box.

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m) Material (lâmpada de LED, plug de controle da fiação elétrica interna, cabo de

imagem, interruptor de luz, câmera e TV, parafusos, solda, cola, etc).

3.3.1.2 Características do modelo-controle Simulador 3-DMed®

Clássico

O modelo 3-DMed®

Joystic Learning Throug Simulation é um modelo de

simulador completo, que não necessita de equipamentos de vídeo, simples de usar e

configurar. É fabricado em Franklin – Ohio, USA, é um sistema clássico (estandarde) de

treinamento minimamente invasivo (Minimally Invasive Training Sistem – MITS),

comercialmente utilizado, com recurso de uma câmera SimScop TM que amplia e gira, que

fornece ao usuário o controle da câmera e monitor de 10”. Apresenta seis portais

laparoscópicos intercambiáveis (5 e 10mm) e iluminação interior. A série T3 é projetada para

ser usado para uma só pessoa na estação de trabalho durante a sutura laparoscópica. Com

dimensões L 18,5” XW 12.5” XA9.5” (L 47 centímetros XW 32 centímetros XH 24,5

centímetros) Peso: 13 libras (6 kg). (3D-Med®, 2013).

Figura 7 – Simulador 3-DMed® Clássico

Fonte: autor.

3.4 Protocolo

O projeto de pesquisa foi enviado, analizado e aprovado pela Plataforma Brasil.

Em seguida, o protocolo foi analisado e aprovado pela Comissão de Ética e

Pesquisa da Universidade Federal do Ceará (instituição proponente da pesquisa) e teve

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Parecer Consubstanciado do Comitê de Ética e Pesquisa do Hospital Geral César Cals

(instituição onde foi executada a pesquisa). (CAAE: 32527014.5.3001.5041, Número do

Parecer 710.694, Data da Relatoria 04.07.2014, ANEXO D).

3.5 Grupos de estudo

Trata-se de um estudo prospectivo, randomizado, controlado e comparativo,

observacional, objetivo-subjetivo, distribuído de forma randomizada, em quatro grupos de

tarefas e um grupo de apoio de alunos, acadêmicos monitores.

Foram admitidos e incluídos no protocolo de pesquisa alunos de ambos os sexos,

maiores de 18 anos e menores de 65 anos, recrutados voluntariamente, após completo

conhecimento do projeto, concordaram em participar do estudo, de forma randomizada

(Linha de Código de Programa de Randomização – Sistem Pause), por ordem aleatória de

chegada ao LHC, o aluno do Grupo I, II, e IV, para saber por onde começar as tarefas. O

aluno do Grupo III respondeu quastionário qualitativo-quantitativo, com 20 perguntas e 5

respostas cada perguntas, através de escores da escala de Likert. Após autorização e

formalização da aceitação, assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido de

Pesquisa.

3.6 Critério de inclusão

a) Foram incluídos os alunos e cirurgiões que concordaram participar do projeto

de pesquisa e completaram integralmente todas as etapas e tarefas destinadas

ao seu grupo. Todos os recrutados cumpriram integralmente as tarefas

destinadas ao grupo, não houve desligamento de nenhum participante da

pesquisa.

3.7 Critérios de exclusão

Foram excluídos os alunos convocados:

b) Que não aceitaram ou não puderam participar do protocolo de pesquisa.

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3.8 Forma de randomização

Todos os alunos que concordaram participar da pesquisa sabiam que os riscos de

execução das tarefas eram mínimos, inerentes a atividade e manejo instrumental cirúrgico,

que estavam treinados para o manuseio destes instrumentos e que não entrariam em contato

com fluidos humanos. Que eles não saberiam por onde iniciar a execução das tarefas e seriam

randomizado (linha de código de Programa de Randomização – Sistem Pause), a partir da

ordem aleatória de chegada ao LHC.

3.9 Etapas de execução do modelo de ensino

GRUPO I

a) Aula teórica, terça-feira tarde, de 13:00 às 17:00h, no Campos da UECE.

Alunos da Base da Técnica Cirúrgica Clínica dentro da matriz curricular:

Conceitos de nós e suturas, amarrias, materiais, instrumentais e fios cirúrgicos.

Conceito de nó clássico e nó ajustado.

Sessão de vídeos cirúrgicos editados para serem reproduzidos na pesquisa.

Visita ao Laboratório de Habilidades Cirúrgicas.

Explicação das etapas do projeto aos alunos voluntários.

Figura 8 – Aula teórica

Fonte: autor.

b) Aulas práticas, sexta-feira, manhã, de 7:00 às 11:00h, no LHC.

Alunos da Base da Técnica Cirúrgica , turma média de 5 alunos, supervisionados

pelo professor e alunos-monitores:

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Nós manuais com cordões de fio transado de polipropileno, ancorados em

argolas fixas na parede do LHC e suturas instrumentais extra-corpóreas

executadas em bandejas de suturas, obedecendo aos Critérios de Halsted.

Repetição dos tempos de confecção dos nós, até sedimentação, metodização e

retenção dos conceitos de execução, em número médio de 40 atos.

c) Execução das tarefas do projeto, sábado, manhã, de 8:00 às 12:00h, no LHC.

Por ordem aleatória de chegada ao LHC o aluno foi randomizado (Linha de

Código de Programa de Randomização – Sistem Pause), para saber por onde começa as

tarefas, execução dos pontos, na sequencia nó clássico\nó ajustado (Grupo I.A), ou o inverso,

nó ajustado\nó clássico (Grupo I.B).

Figura 9 – Confecção do nó manual ajustado e clássico

Fonte: autor.

Treinamento para se familiarizar com o material e instrumental utilizados nas

tarefas, exercitar nós manual em argolas fixa na parede do LHC e nó instrumental extra-

corpóreo em bandeja de sutura, durante 10 minutos na execução de cada tipo de nós antes de

iniciar a validação dos pontos.

1. Confeccionar nós com cordão de polipropileno trançado, de cor branca, de 70 cm de

comprimento e 3 mm de diâmetro:

a) 6 pontos clássicos com 5 nós cada.

6 pontos ajustados com 5 nós cada.

O tempo de execução se iniciou quando o aluno posicionou o cordão entre os

dedos indicador e polegar na forma de pinça de apreensão. Terminou a contagem do tempo

quando apertou o último nó (quando este se ajustou ao penúltimo nó).

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b) Cortar cada ponto, após ser apreendido pelo porta-agulha, servindo de intermeio, num

espaço aproximado de 1 cm, entre o último nó e o secção com a tesoura de fio.

2. Desatar cada nó clássico e cada nó ajustado executado.

Anotar tempo de execução que se inicia quando o aluno posiciona o cordão entre

os dedos indicador e polegar na forma de pinça de apreensão. Termina a contagem do tempo

quando desata o último nó e cada extremidade do fio fica pinçado entre os dedos da mão

direita e esquerda.

Os nós ensinados no modelo de treinamento foram os nós ajustados (tie square)

ou nós verdadeiros, confeccionados com a configuração da Letra C e da Letra D,

3. Medir em centímetros cada fio que realizou os pontos, em fita métrica aposta em calha

metálica.

4. Medir em miligramas cada fio que realizou os pontos, em balança de precisão.

5. Execução de 6 (seis) pontos separados com 5 (cinco) nós ajustados cada um, em esponjas

de EVA e fio de poliglatina de 25 cm., cor violeta, trançado, sintético, absorvível, estéril,

(Vicryl - Ehicon®) 3.0, agulha cilíndrica 1\2, 3,5cm, gastrointestinal, em bandeja de sutura

extra-corpórea, de forma instrumental (porta-agulha, pinça de dissecção e tesoura

convencionais) (Figura 10).

a) Começa a contagem do tempo quando o aluno posiciona a agulha para penetrar no EVA

e termina quando corta o último nó.

b) Anotar tempo de execução.

6. Condicionar os fios em saco zipado específico, identificado com o número do aluno (Ex:

aluno 1, nó ajustado manual, nó clássico manual, nó instrumental) e colocar em pasta

específica para cada grupo e etapas. Para prova e documentação da amostra.

7. Assinar lista de presença.

Resumo da execução das tarefas do Grupo I

Grupo I – Nó clássico versus Nó ajustado

1. Tempo médio de confecção manual (amarria) de cada nó

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2. Tempo médio de soltura de cada nó

3. Comprimento médio de cada nó

4. Peso médio de cada nó

5. Comparação do tempo médio de execução do ponto instrumental entre os alunos do

Grupo I e II, para avaliar retenção de conceitos e progressão de habilidades

a) Ações do monitor junto ao Grupo I

Recrutar alunos da Clínica Cirúrgica I

Verificar na randomização por onde inicia as tarefas, se com o nó clássico ou o nó

ajustado.

Cronometrar tempos de amarria.

Cronometrar tempos de soltura de cada nó.

Medir com a fita métrica, em centímetros o tamanho do fio que foi usado na execução

do nó.

Pesar em balança de precisão, em gramas, cada fio utilizado na execução do nó.

Cronometrar tempo de execução do ponto instrumental.

Fazer perguntas demográficas ao aluno e preencher questionário.

Compilar e anotar dados em tabelas.

Conferir e cobrar assinatura do aluno na lista de presença e devolução do Termo de

Consentimento Livre e Informado.

Figura 10 – Confecção do nó ajustado

instrumental extra-corpóreo

Fonte: autor.

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Figura 11 – Sequencia da confecção do nó

ajustado

Isaac Rocha

TIE SQUARE

NÓ AJUSTADO

LETRA C – LETRA D

Fonte: Isaac Rocha.

GRUPO II

a) Aula Teórica- quinta-feira tarde, de 13:00 às 17:00h, no Campos da UECE

Alunos da Clínica Cirúrgica dentro da matriz curricular:

Conceitos básicos de vídeo cirurgia (ergonomia, estereotaxia, ambidestria,

movimentos invertidos, efeito fucral, hapticidade) em cirurgia minimamente

invasiva.

Recapitulando conceitos de nó clássico e nó ajustado, ensinados na disciplina

do semestre anterior (Base da Técnica Cirúrgica)

Sessão de vídeos cirúrgicos editados que serão reproduzidos na pesquisa.

Visita ao Laboratório de Habilidades Cirúrgicas.

Explicação das etapas do projeto aos alunos voluntários.

b) Aulas práticas no LHC, quarta-feira, tarde, de 13:00 as 17:00h, no LHC.

Para alunos da Clínica Cirúrgica , média de 5 alunos em dois turnos cada grupo,

supervisionados pelo professor e alunos-monitores:

Manejo vídeo-cirúrgico com transferência de objetos de um compartimento

para outro, no simulador de cavidade abdominal (em 3 dimensões – janela

laparoscópica e em 2 dimensões – portais laparoscópicos).

Manejo vídeo-cirúrgico com nós e suturas instrumentais endoscópicas em

bandeja de suturas extra-corpórea, em esponjas de EVA e fio de poliglatina,

cor violeta, trançado, sintético, absorvível, estéril, (Vicryl - Ehicon®

) 3.0,

agulha cilíndrica, 3,5cm, gastrointestinal

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Repetição em 40 atos, dos tempos de confecção dos nós e movimentos

laparoscópicos, até sedimentação, metodização e retenção dos conceitos.

c) Execução das tarefas do projeto, sábado, manhã, de 8:00 às 12:00h, no LHC.

Treinamento por 10 minutos para se familiarizar com o material e instrumental

utilizados nas tarefas, exercitar nó instrumental extra-corpóreo em bandeja de sutura e passada

de objetos de um compartimento para outro, no simulador de cavidade abdominal

EndoSuture Training Box, antes de iniciar a validação dos dados catalogados:

1. Execução de 6 (seis) pontos separados com 5 (cinco) nós ajustados cada um, de

forma instrumental extracorpórea (porta-agulha, pinça de dissecção e tesoura

convencionais) em EVA, na bandeja de sutura. Começa a contagem do tempo

quando o aluno posiciona a agulha para penetrar no EVA e termina quando corta o

último nó.

2. Randomização (linha de código de Programa de Randomização – Sistem Pause) na

ordem aleatória de chegada dos alunos, para saber por onde começa a execução das

transferência de objetos, se com a mão direita (Grupo II.A) ou mão esquerda (Grupo

II.B).

3. Obedecendo a randomização, o aluno trabalha com o simulador de cavidade

abdominal, EndoSuture Training Box, com visão tridimensional através da janela

laparoscópica, manejando endo-pinça de apreensão Endoclinch, realizando

transferência de objetos (12 unidades de esponja em cubos de aproximados 1 cm3)

de um compartimento para outro (cubas de vidro similares), da direita para a

esquerda (e vice-versa), com ambas as mãos (direita e esquerda) e nos dois sentidos

(horário e anti-horário), da direita para a esquerda (ahead hand) e de volta, esquerda

para a direita (back hand) (Figura 12).

Começa a contagem do tempo quando o aluno posiciona a pinça para apreender o

primeiro cubo de esponja e termina quando a pinça de apreensão solta o último cubo

na bandeja oposta.

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3.a. Grupo II.A - Manejo da mão direita:

Tempo 1. levar os objetos da cuba da direita para a outra cuba da esquerda

(ahead hand);

Tempo 2. trazer de volta (back hand) para a cuba que iniciou os movimentos.

3.b. Grupo II.B - Manejo da mão esquerda:

Tempo 3. levar os objetos da cuba da esquerda para outra cuba da direita (ahead

hand);

Tempo 4. trazer de volta ( back hand) para a cuba que iniciou os movimentos.

4. Assinar lista de presença e devolver Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

d) Ações do monitor junto ao Grupo II

Verificar na randomização por onde inicia as tarefas, se mão direita ou esquerda.

Cronometrar tempos de confecção dos nós instrumentais extra-corpóreos.

Cronometrar tempos de transferência de objetos de compartimentos no

simulador de cavidade

Fazer perguntas demográficas ao aluno e preencher questionário.

Compilar e anotar dados em tabelas.

Resumo da execução das tarefas do Grupo II

1. Comparação do tempo de execução da tarefa de transferência de objetos com a mão

direita versus a mão esquerda, de um compartimento para outro, no simulador de

cavidade abdominal EndoSuture Training Box.

2. Comparação do tempo de execução da tarefa de transferência, entre o sexo

masculino e o feminino.

3. Comparar o tempo médio de transferência da segunda tarefa entre o subgrupo II.A e

o subgrupo II.B para avaliar retenção de conceitos e progressão de habilidades

4. Comparação do tempo de execução da tarefa de transferência de objetos entre a

mão dominante (destros e esquerdos)

5. Inclusão nestes parâmetros a condição do aluno ser Gamer ou No-gamer.

6. Inclusão nestes parâmetros a condição do aluno tocar instrumentos musicais.

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Figura 12 – Transferência de objetos

Fonte: autor.

GRUPO III

O grupo foi composto por 49 alunos que já cursaram e concluíram as disciplinas

de Base da Técnica Cirúrgica e Clínica Cirúrgica , com o conteúdo de aulas práticas no LHC,

nos períodos de, 2011.1, 2012.1 e 2013.1, responderam questionário, via internet ou

presencial, com busca ativa dos alunos monitores sobre o perfil técnico e de ensino do

Laboratório de Habilidades Cirúrgicas, COM 20 (VINTE) QUESITOS.

a) Pesquisa de opinião

Pesquisa de opinião, através de resposta psicométrica (Escala de Likert), de

questionário qualitativo-quantitativo, objetivo-subjetivo, para medir o nível de concordância

ou não concordância à cada afirmação relacionada com o estágio prático no LHC.

O teste deste estudo se propôs determinar com rigor a validade de um instrumento

para medir a confiança do aluno no modelo de ensino médico apresentado. O aluno

demonstrou sua atitude de confiança (ou não), quando da sua passagem pelas disciplinas de

Base da Técnica Cirúrgica e Clínica Cirúrgica e no estágio de aula prática no Laboratório de

Habilidades Cirúrgica. Pode ter sido preditor de aceitação (ou rejeição) da modelo de ensino

proposto. O resultado do estudo avaliou se instrumento pode ser confiável, validado e o

Laboratório de Habilidade Cirúrgicas poderá ser aplicado e utilizado com instrumento de

ensino na matriz curricular da graduação do curso de Medicina.

Avaliar as respostas de 20 (vinte) perguntas formuladas sobre o perfil do LHC.

a) Não concordo totalmente........(1)

b) Não concordo parcialmente ....(2)

c) Indiferente............................... (3)

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d) Concordo parcialmente ...........(4)

e) Concordo totalmente............... (5)

1. O estágio regular na Base da Técnica Cirúrgica e Clínica Cirúrgica, com aulas práticas

no Laboratório de Habilidades Cirúrgicas (LHC) contribuiu para o desenvolvimento de

habilidades no procedimentos cirúrgicos, na atividade prática, no plantão da enfermaria,

na emergência ou na residência.

2. O ambiente de trabalho, tranquilo, silencioso, sem estresse e sem pressão psicológica

ofereceu condições adequadas de ensino-aprendizado.

3. A curva de aprendizado adquirida antecipadamente na simulação do LHC ajudou no

contato inicial com o paciente cirúrgico.

4. A metodologia aplicada com estações de complexidade progressivas (nó manual, nó

instrumental extracorpóreo, nó instrumental video-cirúrgico, transferência de objetos no

simulador) preencheu as expectativas para o aprendizado.

5. A presença do professor e do monitor de ensino acompanhando a execução das tarefas

ofereceu mais segurança e ajudou a diminuir o tempo de aprendizado.

6. Os conceitos cirúrgicos e a percepção-sensitivo motora adquiridos no LHC foram

transferidos para o exercício real junto ao paciente.

7. O ensino prático do conhecimento teórico em ambiente de trabalho tranquilo pode

representar mais rapidez na curva de aprendizado.

8. O LHC contribuiu para avaliar sua aptidão e a incrementar o processo de decisão em

seguir no sentido de se especializar (ou NÃO) numa área de atuação em cirurgia?

9. Após a aula teorico-prática das tarefas do LHC, a possibilidade de treinar despreocupado

com o erro, repetir o treinamento até acertar a tarefa, minimiza no aluno a ansiedade do

risco do erro e da iatrogenia no contato real com o paciente.

10. A simulação da situação real de trabalho, nó manual, sutura instrumental no LHC,

instrumentaliza o aluno para aquisição de destreza e agilidade na transferência destes

conceitos, e promove FEED-BACK positivo quando for executar os procedimentos e

técnicas na prática clínica, junto ao paciente.

11. O ambiente do LHC pode promover integração entre o professor, o monitor de ensino e o

aluno. Onde o treinamento ajuda a expandir o conhecimento científico e facilita a

aplicação das informações adquiridas na execução das técnicas operatórias na prática

profissional.

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12. Após passar na disciplina de Clínica Cirúrgica, o LHC pode despertar no aluno a aptidão

cirúrgica, estimular a prática da metodologia científica e testar a vocação do ensino como

monitor e professor.

13. O estágio prático regular na matriz curricular do LHC deve ser mantido nas disciplinas de

Base da Técnica Cirúrgica e Clínica Cirúrgica.

14. O treinamento com o simulador de cavidade abdominal ampliou seus conceitos

psicomotores de vídeo cirurgia: ergonomia (posicionamento adequado), ambidestria,

movimentos invertidos, visão tridimensional e estereotaxia (percepção de profundidade e

de localização espacial).

15. Ao participar de uma cirurgia por vídeo-laparoscopia no ambiente real, você percebeu

que os conceitos adquiridos no simulador do LHC ajudaram a desempenhar melhor sua

habilidade.

16. Se o seu treinamento inicial foi no laboratório, entende que NÃO deveria se iniciar

diretamente no paciente e baseado (a) no que aprendeu, poderia ter mais dificuldades para

adquirir as mesmas habilidade e proficiência cirúrgica em um curso de medicina sem

LHC na matriz curricular.

17. O LHC é instrumento de ensino para aprender, investigar, treinar as habilidade,

metodizar, reter, transferir e adaptar os conceitos cirúrgicos na prática clínica.

18. O LHC familiariza o manuseio de materiais e instrumentais e os passos da execução da

técnica operatória, a minimização do impacto psicológico e a insegurança do aluno

quando em situação real da prática hospitalar.

19. Ajuda a compreender o ambiente cirúrgico e como se comportar na rotina da disciplina

deste novo ambiente de trabalho.

20. O LHC pode ser utilizado de várias formas: como treinamento de manejo cirúrgico em

simuladores (aula prática), filmoteca, biblioteca, sala de estudos e reuniões para discutir

casos clínicos, além de ter função mista de ensino, pesquisa e extensão na educação

continuada junto a alunos, doutorandos, residentes e preceptores do corpo clínico do

hospital ou da universidade.

b) Ações do monitor no Grupo III

Encaminhar via e-mail o questionário com 20 quesitos e o Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido, para devolução com resposta e assinatura digital.

Busca ativa de alunos para recrutamento e participação da pesquisa, respondendo ao

questionário.

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Compilar as respostas para alimentar banco de dados.

Os resultados foram compilados em protocolo de pesquisa apropriado. para

comparação da amostras independentes entre si.

Resumo das ações do Grupo III

Responder questionário com 20 quesitos com cinco respostas, pela escala de

Likert, assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e devolver o questionário.

GRUPO IV

Alunos cirurgiões

Subgrupo 1. cirurgiões (25) com proficiência em endo-suturas.

Subgrupo 2. cirurgiões (4) inscritos no Curso Avançado de Endo-suturas e Endo-

anastomoses – Jornada Norte-Nordeste de Cirurgia Bariátrica e Metabólica – Belém – Pará –

31.07.14.

Subgrupo 3. Alunos residentes de cirurgia geral e urologia (7) do Hospital Universitário

Getúlio Vargas e Hospital do Câncer – São Luis – Maranhão – 19.08.14

Sessão de vídeos cirúrgicos editados que serão reproduzidos na pesquisa.

Visita ao Laboratório de Habilidades Cirúrgicas.

Explicação das etapas do projeto aos alunos voluntário

Figura 13 – Aula prática, explicação das tarefas

Fonte: autor.

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a) Execução das tarefas do projeto, sábado, manhã, de 8:00 às 12:00h

Treinamento com instrumentais videocirúrgicos no Simulador Clássico 3-DMed® e no

EndoSuture Trainning Box, para se familiarizar com os instrumentos e os dois

simuladores, de endonós e endosuturas.

Randomização (linha de código de Programa de Randomização – Sistem Pause) na

ordem de chegada dos alunos, para saber por onde começa a execução das tarefas, se

no simulador clássico (Grupo IV.A) ou no EndoSuture Training Box (Grupo IV.B).

Estudo aberto, randomizado, cruzado em duas sequencias: simulador referencia e e

simulador avaliado, para avaliar o desenvolvimento e características técnicas e

subsequente validação do simulador.

b) Caracteristica das tarefas e Instrumento de avaliação

Execução de 6 (seis) pontos separados com 5 (cinco) nós cada um, de acordo com

experiência pessoal na prática clínica diária, de forma instrumental intra-corpórea

(porta-agulha, pinça de apreensão – endoclinch e tesoura endoscópicas), na bandeja

de sutura. em esponjas de EVA e fio de poliglatina, cor violeta, trançado, sintético,

absorvível, estéril, (Vicryl - Ehicon®) 3.0, agulha cilíndrica, 3,5cm, gastrointestinal.

Começa a contagem do tempo quando o cirurgião posiciona a agulha para penetrar no

EVA e termina quando corta o último nó, indo no máximo até 18 (dezoito) minutos de

execução da tarefa em cada simulador.

Figura 14 – Endo-suturas no Simulador Endo-Suture Training Box e 3-DMed®

Fonte: autor.

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Anotação do nível de proficiência, com escores através da escala de Likert (6 pontos –

excelente; 5 pontos – ótimo; 4 pontos – bom; 3 pontos; 2 e 1pontos – péssimo) do total

de alunos e de cada um dos 3 subgrupos, através da comparação das tarefas executadas

dentro do tempo predeterminado (18 minutos), para este exercício, em cada simulador,

na confecção completa (ou não) dos pontos cirúrgicos endoscópicos.

c) Pesquisa de opinião

Pesquisa de opinião através de resposta psicométrica (Escala de Likert), de questionário

qualitativo-quantitativo, objetivo-subjetivo, para medir o nível de concordância ou não

concordância à afirmação, relacionado com a qualidade técnica do simulador de cavidade

abdominal clássico e o EndoSuture Training Box.

Após a execução da confecção dos pontos cirúrgicos nos dois simuladores de

cavidade abdominal, os cirurgiões deverão responder questionário sobre o perfil técnico,

desempenho e eficácia, COM 10 QUESITOS, comparando os dois simuladores Clássico e

EndoSuture Training Box:

CLÁSSICO ENDOSUTURE TRAINING BOX

a. Péssimo (1) a. Péssimo (1)

b. Regular (2) b. Regular (2)

c. Bom (3) c. Bom (3)

d. Ótimo (4) d. Ótimo (4)

e. Excelente (5) e. Excelente (5)

Pesquisa de opinião através de resposta psicométrica (Escala de Likert), de

questionário qualitativo-quantitativo, objetivo-subjetivo, para medir o nível de satisfação e

concordância à afirmação, relacionado com a qualidade técnica do simulador de cavidade

abdominal Clássico comparando com o simulador EndoSuture Training Box, tendo como

controle o imaginário de uma cirurgia laparoscópica (cirurgia de fundoplicatura de Nissen –

em set de vídeocirúrgico num paciente em sala da cirurgia.

Foram as seguintes questões relacionadas para avaliação:

1. Distribuição dos portais no simulador, para triangulação dos instrumentos.

2. Feedback da resistência (força aplicada nos instrumentos para movimentar a

alavanca dos portais na execução das tarefas) e a resiliência da borracha pulsônica

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com EVA siliconizado (retorno espontâneo dos portais ao local original após a

execução dos movimentos).

3. Adequação da triangulação dos portais, a introdução dos instrumentos através da

parede abdominal, e na percepção da profundidade da bandeja de sutura intra-

corpórea (estereotaxia).

4. Ergonomia de posicionamento (membros superiores do cirurgião x resistencia-

resiliência do simulador x posicionamento da bandeja de sutura x imagem do

monitor).

5. Efeito fulcrum (movimento invertido) em relação a visão real, a alavanca do portal

na parede do simulador, a interface cega, o movimento cirúrgico invertido e o

campo de visão virtual (imagem).

6. Visibilidade do campo operatório e qualidade da imagem monitor.

7. Design dos simuladores.

8. O simulador apresenta recurso técnico para incorporar o treinamento do cirurgião

auxiliar com a câmera e os instrumentos (número e posicionamento de portais).

9. Recurso estrutural do simulador para incorporar tecnologia no treinamento:

associar a TV de tamanho maior, set de videocirurgia com 2D e 3D, portal único.

10. Desempenho e eficácia do simulador como instrumento de ensino e treinamento e

retenção de habilidades para doutorandos, residentes de cirurgia e cirurgiões com

interesse de elevar a proficiência em videocirurgia.

d) Ações do monitor junto ao Grupo IV

Verificar na randomização por onde cirurgião inicia as tarefas, se no simulador

clássico ou no EndoSuture Training Box.

Fazer câmera na execução da tarefa do cirurgião.

Cronometrar tempos de execução da endosutura (no máximo 18min).

Entregar ao cirurgião questionário de 10 quesitos, para resposta após a execução da

tarefa.

Fazer perguntas demográficas ao cirurgião e preencher questionário.

Compilar e anotar dados em tabelas.

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71

Resumo das ações do Grupo IV

a) Estratificar os alunos cirurgiões conforme o tempo na execução dos procedimentos, e

através dos escores definir Escala de Progressão de Proficiência em Vídeo Cirurgia.

b) Comparar os tempos de execução das tarefas em cada simulador, Subgrupo IV.A - 3-

DMed® clássico e Subgrupo IV.B – EndoSuture Training Box.

c) Comparar o tempo médio de execução da segunda tarefa entre o Subgrupo IV.A e o

Subgrupo IV.B para avaliar retenção de conceitos e progressão de habilidades

d) Comparar as respostas às 10 (dez) perguntas formuladas sobre o perfil de cada simulador.

O teste deste estudo propôs determinar com rigor a validade de um instrumento

para medir a confiança do cirurgião na tecnologia médica apresentada. O cirurgião deveria

demonstrar sua atitude de confiança (ou não) na tecnologia para utilizar o simulador de

cavidade abdominal EndoSuture Training Box, comparar com outro instrumento em uso

regular em treinamento e cursos com cirurgiões e residentes de cirurgias (simulador de

cavidade abdominal Clássico 3-DMed) para avaliar competência, eficácia e semelhança.

Podendo ser preditor de aceitação (ou rejeição) da tecnologia proposta e, utilização (ou não)

como instrumento de ensino e treinamento no habilidades cirúrgicas.

A validade do instrumento poderia ser estabelecida com base no quadro:

utilização do simulador executando endosutura, avaliando suas qualidades técnicas e a

semelhança que estes simuladores apresentam quando comparadas com a cavidade abdominal

do paciente real e a possibilidade que este instrumento possa oferecer para transferir as

habilidades cirúrgicas adquiridas para a sala de operação.

AÇÕES DO GRUPO DE APOIO TÉCNICO (composto por 11 alunos monitores)

Visita ao Laboratório de Habilidades Cirúrgicas.

Compreensão e entendimento de todas as etapas de execução do projeto.

Familiarização com balança de precisão, cronômetros, fitas métricas, tabelas e fichas de

cada aluno, instrumentais convencionais e vídeo cirúrgicos.

Execução das tarefas de cada grupo (I, II, III e IV) em todas as etapas da pesquisa , através

de projeto piloto, para familiarização dos procedimentos.

Explicação das etapas do projeto e apoio aos alunos voluntários, antes destes iniciarem a

execução das tarefas.

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72

Coleta de dados após cada exercício executado, dos questionários preenchidos e receber o

Termos de Consentimento Livre e Esclarecido lido e assinados por cada aluno.

3.10 Coleta e registro dos dados

Foram estudados os seguintes parâmetros:

a) Sexo

b) Idade

c) Mão dominante: direita, esquerda

d) Habilidade com vídeo-game

e) Habilidade com instrumento musical

f) Especialidade (para alunos do Grupo III)

g) Tempos de execução de tarefas

h) Resposta aos questionários, através da Escala de Likert (para alunos do Grupo

III e do Grupo IV)

3.11 Padronização da coleta da amostragem para estudo de parâmetros em cada grupo

GRUPO I

1. Tempo de confecção (amarria) do nó clássico

2. Tempo de confecção (amarria) do nó ajustado

3. Tempo de soltura do nó clássico

4. Tempo de soltura do nó ajustado

5. Comprimento do nó clássico

6. Comprimento do nó ajustado

7. Peso do nó clássico

8. Peso do nó ajustado

9. Tempo de confecção do nó ajustado instrumental extra-corpóreo

10. Tempo de execução das duas tarefas randomizadas de cada subgrupo (Grupo I.A e

Grupo I.B)

GRUPO II

1. Tempo de transferência do objeto, da mão direita para a frente (ahead hand)

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73

2. Tempo de transferência do objeto, da mão direita para trás (back hand)

3. Tempo de transferência do objeto, da mão esquerda para a frente (ahead hand)

4. Tempo de transferência do objeto, da mão direita para trás (back hand)

5. Tempo de confecção do nó ajustado instrumental extra-corpóreo

GRUPO III

1. Tabulamento das 20 (vinte) respostas do questionário

GRUPO IV

Sub Grupo IV.A - Início no simulador clássico 3-DMed®

1. Tempo de execução da sutura no simulador clássico

2. Número de pontos executados no simulador clássico

Sub Grupo IV.B - Início no simulador EndoSuture Training Box

1. Tempo de execução da sutura no simulador EndoSuture Training Box

2. Número de pontos executados no simulador EndoSuture Training Box

3. Tabulamento das 10 (dez) respostas do questionário

Todos os dados dos quatro grupos foram registrados em ficha de protocolo

previamente elaborada e alimentado o banco de dados.

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74

4 ANÁLISE ESTATÍSTICA

As variáveis quantitativas, contínuas e discretas, foram inicialmente analisadas

pelo teste de Kolmogorov-Smirnov para verificar a normalidade da distribuição. Para a

estatística descritiva, calcularam-se a média e o desvio padrão (dados paramétricos) ou a

mediana, intervalo interquartil e valores mínimo e máximo (dados não paramétricos).

Comparações entre diferentes grupos ou estratos desses grupos foram feitas mediante o uso do

teste t para variáveis não emparelhadas (dados paramétricos) ou do teste de Mann-Whitney

(variáveis não paramétricas). Comparações dentro do mesmo grupo ou estrato foram

realizadas pelo teste t para dados emparelhados (dados paramétricos) ou do teste de Wilcoxon

(variáveis não paramétricas) (ARMITAGE; BERRY, 1994).

Variáveis qualitativas nominais foram expressas como frequência absoluta e

relativa.Variáveis qualitativas ordinais, por sua vez, foram expressas como mediana, intervalo

interquartil e valores mínimo e máximo e analisadas pelo teste de Mann-Whitney

(comparações entre grupos ou estratos) ou pelo teste de Wilcoxon (comparações dentro do

mesmo grupo ou estrato) (ARMITAGE; BERRY, 1994).

Em todas as análises, estabeleceu-se o nível de significância em 0,05 (5%), sendo

considerado como estatisticamente significante um valor P menor que 0,05. Os softwares

GraphPad Prism®

versão 5.00 para Windows®

(GraphPad®

Software, San Diego, California,

USA, 2007) e SPSS® versão 19.0 para Windows

® (Statistical Package for the Social Sciences,

SPSS Inc., Chicago, Illinois, USA, 2010) foram utilizados para a realização dos

procedimentos estatísticos. Os gráficos foram elaborados usando-se também o software

GraphPad Prism® versão 5.00.

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75

5 RESULTADOS

O tempo de execução teve como grupo controle o nó clássico (no Grupo I.A), a

mão direita (no Subgrupo II.A) e o simulador clássico (no subgrupo IV.A). Todas as

diferenças estatísticas aferidas em qualquer tempo e com todos os parâmetros, levaram em

conta, sempre, a comparação entre a execução do nó clássico como nó ajustado (Grupo I), a

ambidestria – mão direita com a mão esquerda (Grupo II), o simulador 3-DMed®

clássico

(controle) com o simulador EndoSuture Training Box (Grupo IV), a retenção de conceitos

psicomotores e a progressão de habilidades, as variantes qualitativas-quantitativas, subjetivas-

objetivas da escala de Likert (grupos III e IV). Cada parâmetro teve seus resultados expressos

em tabelas, em gráficos de coluna e em gráficos de linha, com análise, nos programas de

computação

5.1 Grupo I

O Grupo I tinha como característica ser constituído por alunos da disciplina de

Base da Técnica Cirúrgica, tinha 35 discentes matriculados, da MEDUECE, do semestre

2.014.1, destes, participaram do estudo 30 alunos (85,71%), sendo 12 do sexo feminino (40%)

e 18 do sexo masculino (60%), Com idade média de 22,63 ± 1,61 anos, sendo que 26 alunos

(86,67%) apresentaram a mão direita dominantes e 4 (13,33%) eram canhotos, 5 alunos

(16,67%) com exercícios regulares em vídeo-games (gamer) com prática rotineira de no

mínimo 3 horas por semana, e 10 alunos (33,33%) com habilidades musicais e manejo regular

com seus instrumentos.

Foi o primeiro contato oficial dos alunos com conceitos básicos de cirurgia,

portanto, inexperiente, e aprenderam de forma metodizada a executar pontos manuais e

instrumentais dentro do contexto da disciplina, nas aulas práticas do LHC.

Todos os alunos da disciplina de Base da Técnica Cirúrgica executaram as

tarefas do trabalho, que foram previamente ensinadas na aula prática da grade curricular

(TABELA 1). Todos os alunos recrutados executaram as tarefas propostas para o Grupo I,

ratificando o que que aprenderam na aula prática da disciplina.

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76

Tabela 1 – Características dos participantes do Grupo I, constituído por alunos

da disciplina de Base da Técnica Cirúrgica

Característica Grupo I

Tamanho da amostra 30

Idade (anos): média ± desvio padrão 22,63 ± 1,61

Gênero

Masculino

Feminino

18 (60,00%)

12 (40,00%)

Mão dominante

Direita

Esquerda

26 (86,67%)

4 (13,33%)

Fonte: dados da pesquisa analisados pelo médico e estatístico Prof. Dr. Vagnaldo Fechine.

5.1.1 Tarefa 1 – Comparação do tempo médio de amarria para confeccionar o nó clássico e

nó ajustado

O tempo de amarria (GRÁFICO 1) - Tarefa 1, em segundos, referente a confecção

dos nós clássico e ajustado executados pelos alunos do Grupo I. Dados expressos como média

e desvio padrão dos tempos dos 30 alunos. O teste t para dados emparelhados foi usado para

comparar os tempos relativos aos dois tipos de nós.

Gráfico 1 – Tempo de amarria (Tarefa 1)

Nó clássico Nó ajustado0

5

10

15

20

25

30

***

Tem

po

de a

marr

ia (

s)

Fonte: dados da pesquisa.

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77

Constatou-se que o tempo de amarria referente ao nó ajustado (20,47 ± 5,80 s) foi

significantemente maior (***P < 0,0001) que o relativo ao nó clássico (16,13 ± 4,74 s)

(Gráfico 1).

Figura 15 – Sequencia de movimentos na confecção do ponto manual

Fonte: autor.

5.1.2 Tarefa 2 – Comparação do tempo médio para desatar o nó (tempo de soltura) entre o

nó clássico e nó ajustado

O tempo de soltura (Tarefa 2), em segundos, referente a execução dos nós clássico

e ajustado executados pelos alunos do Grupo I. Dados expressos como média e desvio padrão

dos tempos dos 30 alunos. O teste t para dados emparelhados foi usado para comparar os

tempos relativos aos dois tipos de nós.

Gráfico 2 – Tempo de soltura (Tarefa 2)

Nó clássico Nó ajustado0

5

10

15

20*

Tem

po

de s

olt

ura

(s)

Fonte: dados da pesquisa.

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78

Constatou-se que o tempo de soltura referente ao nó ajustado (14,27 ± 4,05 s) foi

significantemente maior (*P = 0,0115) que o relativo ao nó clássico (12,53 ± 2,93 s)

(GRÁFICO 2).

5.1.3 Tarefa 3 – Comparação do comprimento médio entre o nó clássico e nó ajustado

O comprimento do fio em centímetros, relativo aos nós clássico e ajustado

executados pelos alunos do Grupo I. Dados expressos como média e desvio padrão dos

comprimentos verificados para os 30 alunos. O teste t para dados emparelhados foi usado para

comparar os comprimentos referentes aos dois tipos de nós.

Gráfico 3 – Comprimento do fio (Tarefa 3)

Nó clássico Nó ajustado0

5

10

15

20

25

Co

mp

rim

en

to d

o f

io (

cm

)

Fonte: dados da pesquisa.

O comprimento do fio dos nós clássico e ajustado foram semelhantes e não foi

constatada diferença estatisticamente significante (P = 0,8499) entre o comprimento relativo

ao nó ajustado (20,64 ± 2,79 cm) e aquele referente ao nó clássico (20,71 ± 2,21 cm). Todos

os alunos executaram as tarefas (Gráfico 3).

5.1.4 Tarefa 4 – Comparação do peso médio entre o nó clássico e nó ajustado

O peso do fio, em gramas, (Tarefa 4) relativo aos nós clássico e ajustado

executados pelos alunos do Grupo I. Dados expressos como média e desvio padrão dos pesos

verificados para os 30 alunos. O teste t para dados emparelhados foi usado para comparar os

pesos referentes aos dois tipos de nós.

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79

Gráfico 4 – Peso do fio (Tarefa 4)

Nó clássico Nó ajustado0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

Pse d

o f

io (

g)

Fonte: dados da pesquisa.

Não foi constatada diferença estatisticamente significante (P = 0,4667) entre o

peso relativo ao nó ajustado (0,83 ± 0,15 g) e aquele referente ao nó clássico (0,84 ± 0,12 g).

Todos os alunos executaram as tarefas (Gráfico 4).

5.1.5 Tarefa 5 – Comparação do tempo de execução do nó clássico entre os alunos do sexo

masculinos e feminino

O tempo de amarria, na terefa 5, comparando gêneros, em segundos, referente à

execução do nó clássico pelos alunos do Grupo I estratificados conforme o gênero.

Dados expressos como média e desvio padrão dos tempos de 18 homens e 12

mulheres. O teste t para variáveis não emparelhados foi usado para comparar os tempos

relativos aos dois estratos.

Gráfico 5 – Tempo de amarria do nó clássico,

comparando gêneros (Tarefa 5)

Masculino Feminino0

5

10

15

20

25

Tem

po

de a

marr

ia (

s)

Fonte: dados da pesquisa.

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80

Não foi constatada diferença estatisticamente significante (P = 0,4470) entre o

tempo de amarria referente aos homens (15,58 ± 4,02 s) e aquele relativo às mulheres (16,96 ±

5,67 s) (GRÁFICO 5).

5.1.6 Tarefa 6 – Comparação do tempo de confecção do nó ajustado instrumental entre o

Grupo I e Grupo II

O tempo para a execução do ponto instrumental pelos alunos do Grupo I e do

Grupo II foi expresso em minutos. Os dados correspondem à média e desvio padrão dos

tempos referentes a 30 alunos do Grupo I e 32 discentes do Grupo II. O teste t para variáveis

não emparelhadas foi usado para comparar os tempos relativos aos dois grupos.

Gráfico 6 – Tempo para a execução do ponto

instrumental pelos alunos do Grupo I e do Grupo II

Grupo 1 Grupo 20

3

6

9

12

15

Tem

po

do

po

nto

instr

um

en

tal

(min

)

Fonte: dados da pesquisa.

Não foi constatada diferença estatisticamente significante (P = 0,2088) entre o

tempo relativo ao Grupo II (7,55 ± 2,97 min) e aquele referente ao Grupo I (8,66 ± 3,89 min)

(GRÁFICO 6).

5.2 Grupo II

A Disciplina de Clínica Cirúrgica tinha 37 discentes matriculados, da

MEDUECE, do semestre 2.014.1, destes, participaram do estudos 32 alunos (86.48%), sendo

11 do sexo feminino (34,38%) e 21 do sexo masculino (65,62%), Com idade média de 23,25

± 1,55 anos, sendo que 28 alunos (87,50%) apresentaram a mão direita dominantes e 4

(12,50%) eram canhotos, 12 alunos (37,50%) com exercícios regulares em vídeo-games

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(gamer) com prática rotineira de no mínimo 3 horas por semana e 12 alunos (37,50%) com

habilidades musicais e manejo regular com seus instrumentos. Na disciplina de Base da

Técnica Cirúrgica aprenderam de forma metodizada a executar pontos manuais e

instrumentais dentro do contexto da disciplina. Mas, foi nesta disciplina que tiveram o

primeiro contato oficial dos alunos com conceitos básicos de vídeo cirurgia (ambidestria,

ergonomia, estereotaxia, movimentos invertidos, efeito fucral), portanto, aprenderam e

absorveram estes conceitos nas aulas práticas do LHC. Todos os alunos executaram as tarefas

do trabalho, que fora previamente ensinadas na aula prática da grade curricular (TABELA 2).

Tabela 2 – Características dos participantes do Grupo II, constituído por alunos

da disciplina de Clínica Cirúrgica

Característica Grupo II

Tamanho da amostra 32

Idade (anos): média ± desvio padrão 23,25 ± 1,55

Gênero

Masculino

Feminino

21 (65,62%)

11 (34,38%)

Mão dominante

Direita

Esquerda

28 (87,50%)

4 (12,50%)

Habilidade de jogar vídeo game Não Sim

21 (65,62%)

11 (34,38%)

Habilidade de tocar instrumento musical Não Sim

20 (62,50%)

12 (37,50%) Fonte: dados da pesquisa.

5.2.1 Tarefa 1 – Comparação da execução dos movimentos de transferência de objetos com

a mão direita e a mão esquerda no simulador EndoSuture Training Box

A avaliação da progressão de habilidades foi realizada entre os 32 alunos do

Grupo II mediante a análise do tempo, expresso em segundos, para a execução dos

movimentos de transferência de ida (T1) e volta (T2) com a mão direita e ida (T3) e volta

(T4) com a mão esquerda, de um compartimento para outro, usando o simulador EndoSuture

TrainingBox.

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Tabela 3 – Avaliação da progressão de habilidades, para a execução dos movimentos de

transferência de objetos, usando o simulador EndoSuture Training Box

Movimento de

transferência Mão direita

Média ± desvio padrão

Mão esquerda Média ± desvio padrão

Significância (teste t para dados

emparelhados)

Ida 29,20 ± 5,30 32,93 ± 6,40 P = 0,0085

Volta 26,98 ± 6,35 32,24 ± 7,30 P = 0,0005

Significância (teste t para dados

emparelhados)

P = 0,0336 P = 0,5484

Fonte: dados da pesquisa.

Todos os alunos executaram o movimento de transferência de objetos, 12 cubos

de esponjas de aproximadamente de 1cm3,

de um compartimento para outro, de ida e volta

com a mão direita e a mão esquerda, com endoclinch, no simulador de cavidade abdominal

EndoSuture Training Box, para execucar e desenvolver os conceitos básicos de vídeo cirurgia:

ergonomia, ambidestria, movimentos invertidos (efeito fucral), hapticidade, percepção de

profundidade (estereotaxia). O desempenho dos movimentos de transferência com a mão

direita tanto de ida (29,20 ± 5,30) com de volta (26,98 ± 6,35) foram mais rápidos que os

movimentos da mão esquerda, tanto de ida (32,93 ± 6,40) como de volta (32,24 ± 7,30), no

mesmo aluno, com significância estatística para o teste com dados emparelhados, com P =

0,0085, mão direita e esquerda na transferência de ida e P = 0,0005, mão direita e esquerda na

transferência de volta (TABELA 3).

Gráfico 7 – Comparação do tempo de transferência de objetos com mão

direita (ida e volta) com a mão esquerda (ida e volta)

0

10

20

30

40Mão direita

Mão esquerda

T1 T2 T3 T4

**

+

***

Tem

po

(s)

Fonte: dados da pesquisa.

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83

De acordo com o Gráfico 7, a avaliação da progressão de habilidades entre os

alunos do Grupo II mediante a análise do tempo, expresso em segundos, para a execução dos

movimentos de transferência de ida (T1) e volta (T2) com a mão direita e ida (T3) e volta

(T4) com a mão esquerda, usando o simulador EndoSuture Training Box. Os dados

corresponderam à média e desvio padrão dos tempos referentes aos 32 discentes do Grupo II.

O teste t para dados emparelhados foi usado para comparar tanto os tempos relativos à mesma

mão (T1 x T2 e T3 x T4), como os tempos referentes aos movimentos de ida e de volta

realizados com mãos diferentes (T1 x T3 e T2 x T4).

Constatou-se que o tempo relativo ao movimento de volta realizado com a mão

direita (T2) foi significantemente menor (+P = 0,0336) que o tempo do movimento de ida

executado com a mesma mão (T1).

Verificou-se, ainda, que os tempos referentes aos movimentos de ida (T3; **P =

0,0085) e de volta (T4; ***P = 0,0005) realizados com a mão esquerda foram

significantemente maiores que os tempos dos movimentos de ida (T1) e de volta (T2)

executados com a mão direita, respectivamente.

Gráfico 8 – Progressão de habilidades entre os alunos do

Grupo II, conforme a análise do desempenho para a execução

da tarefa de transferência de objetos

Mão direita Mão esquerda0

20

40

60

80 ***

Tem

po

(s)

Fonte: dados da pesquisa.

Avaliação da progressão de habilidades entre os alunos do Grupo II, conforme a

análise do desempenho para a execução da tarefa de transferência de objetos com as mãos

direita e esquerda, usando o simulador EndoSuture Training Box. Os dados correspondem à

média e desvio padrão dos tempos, expressos em segundos, referentes aos 32 discentes do

Grupo II. O teste t para dados emparelhados foi usado para comparar tanto os tempos

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84

relativos às duas mãos. Constatou-se que o tempo relativo ao movimento realizado com a mão

esquerda (65,17 ± 65,17 s) foi significantemente maior (***P = 0,0002) que o tempo referente

ao movimento executado com a mão direita (56,17 ± 10,25 s) (GRÁFICO 8).

Tabela 4 – Avaliação da progressão de habilidades entre os alunos do Grupo II, conforme a

análise do desempenho para a execução da tarefa de transferência de objetos com as mãos

direita e esquerda

Movimento de

transferência Subgrupo 1 (n = 14) Média ± desvio padrão

Subgrupo 2 (n = 18) Média ± desvio padrão

Significância (teste t para dados não

emparelhados)

Mão direita 56,61 ± 7,75 55,84 ± 12,05 P = 0,8361

Mão esquerda 62,03 ± 10,96 67,62 ± 12,78 P = 0,2018

Significância (teste t para dados

emparelhados)

P = 0,1106 P = 0,0006

Fonte: dados da pesquisa.

Conforme a Tabela 4, a avaliação da progressão de habilidades entre os alunos do

Grupo II, conforme a análise do tempo, expresso em segundos, para a execução da tarefa de

transferência de objetos com as mãos direita e esquerda, usando o simulador EndoSuture

Training Box, estratificando-se os discentes em Subgrupo 1 (aqueles que começaram a tarefa

pela mão direita) e Subgrupo 2 (aqueles que começaram a tarefa pela mão esquerda).

Gráfico 9 – Comparações entre os dois subgrupos em relação aos

tempos obtidos com as mãos direita e esquerda

0

15

30

45

60

75

90Subgrupo 1

Subgrupo 2

MD ME ME MD

+++

Tem

po

(s)

Fonte: dados da pesquisa.

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85

Avaliação da progressão de habilidades entre os alunos do Grupo II, conforme a

análise do desempenho para a execução da tarefa de transferência de objetos com as mãos

direita e esquerda, usando o simulador EndoSuture Training Box, estratificando-se os

discentes em Subgrupo 1 (aqueles que começaram a tarefa pela mão direita) e Subgrupo 2

(aqueles que começaram a tarefa pela mão esquerda). Os dados correspondem à média e

desvio padrão dos tempos, expressos em segundos, referentes a 14 alunos do Subgrupo 1 e 18

discentes do Subgrupo 2.

Comparações entre os dois subgrupos em relação aos tempos obtidos com as mãos

direita e esquerda foram feitas pelo teste t para dados não emparelhados. O teste t para dados

emparelhados foi usado para comparar os tempos relativos às mãos direita e esquerda dentro

do mesmo subgrupo. Constatou-se que, no Subgrupo 2, o tempo relativo ao movimento

realizado com a mão direita foi significantemente menor (***P = 0,0006) que o tempo

referente ao movimento executado com a mão esquerda (GRÁFICO 9).

5.2.2 Comparação do tempo de execução da transferência de objeto conforme o gênero

De acordo com o Gráfico 10, o tempo total, em segundos, para a execução da

tarefa de transferência de objetos, usando o simulador EndoSuture Training Box, pelos alunos

do Grupo II estratificados conforme o gênero. Dados expressos como média e desvio padrão

dos tempos de 21 homens e 11 mulheres. O teste t para variáveis não emparelhados foi usado

para comparar os tempos relativos aos dois gêneros.

Gráfico 10 – Tempo total, em segundos, para a execução da

tarefa de transferência de objetos, pelos alunos do Grupo II,

conforme o gênero

Masculino Feminino0

30

60

90

120

150 *

Tem

po

(s)

.

Fonte: dados da pesquisa.

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86

Constatou-se que o tempo relativo às mulheres (131,68 ± 17,96 s) foi

significantemente maior (*P = 0,0227) que o referente aos homens (115,93 ± 17,43 s).

5.2.3 Comparação do tempo de execução da tarefa de transferência de objetos conforme a

mão dominante

Tempo total, em segundos, para a execução da tarefa de transferência de objetos,

usando o simulador EndoSuture Training Box, pelos alunos do Grupo II estratificados

conforme a mão dominante. Dados expressos como média e desvio padrão dos tempos de 28

destros e 4 canhotos. O teste t para variáveis não emparelhados foi usado para comparar os

tempos relativos aos dois estratos.

Gráfico 11 – Tempo total, para a execução da tarefa de

transferência de objetos, pelos alunos do Grupo II,

estratificados conforme a mão dominante

Destros Canhotos0

30

60

90

120

150

*

Tem

po

(s)

Fonte: dados da pesquisa.

Constatou-se que o tempo relativo aos canhotos (103,87 ± 12,60 s) foi

significantemente menor (*P = 0,0462) que o referente aos destros (123,84 ± 18,48 s)

(Gráfico 11).

Apesar do número de canhotos ser pequeno, 87,50%) apresentaram a mão direita

dominantes e 4 (12,50%) eram canhotos, mas o tempo relativo de execução das tarefas foi

menor que o tempo de execução dos destros. Denotando que os canhotos se adaptaram bem

ao manejo dos instrumentos confeccionados para os destros, e realizaram os movimentos de

transferência significantemente menor que os destros, portanto denotando ambidestria.

Há na população geral uma média de 10 a 15 % de canhotos. Esta amostragem foi

de 13,33%. Observou-se que a mão dominante esquerda executou a tarefa em maior tempo

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(16,44 ± 4,92 s), que a mão direita dominante (16,09 ± 4,81 s), mas não houve diferença

estatística no desempenho das tarefas entre os destros (26 alunos - 86,67%) e os canhotos (4

alunos - 13,33%). Mesmo que os materiais e instrumentais seja confeccionados para os

destros, os sinistros conseguem adaptar-se ao mundo destro e conseguem desenvolver

habilidades assemelhada aos movimentos dos destros no desempenho das tarefas cirúrgicas.

5.2.4 Comparação do tempo de execução da tarefa de transferência de objetos conforme o

hábito de jogar vídeo gamer (gamer) ou não (no gamer)

Conforme o Gráfico 12, o tempo total, em segundos, para a execução da tarefa de

transferência de objetos, usando o simulador EndoSuture Training Box, pelos alunos do

Grupo II estratificados conforme a habilidade de jogar vídeo game. Dados expressos como

média e desvio padrão dos tempos de 21 não gamers e 11 gamers. O teste t para variáveis não

emparelhados foi usado para comparar os tempos relativos aos dois estratos.

Gráfico 12 – Tempo total, para a execução da tarefa de

transferência de objetos, pelos alunos do Grupo II conforme a

habilidade de jogar vídeo game

Não gamers Gamers0

30

60

90

120

150

Tem

po

(s)

Fonte: dados da pesquisa.

Não foi constatada diferença estatisticamente significante (P = 0,8222) entre o

tempo para a execução da tarefa referente aos não gamers (120,79 ± 19,32 s) e aquele relativo

aos gamers (122,41 ± 19,00 s).

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5.2.5 Comparação do tempo de execução da tarefa de transferência de objetos conforme a

habilidade ou não de tocar instrumentos musicais

Tempo total, em segundos, para a execução da tarefa de transferência de objetos,

usando o simulador EndoSuture Training Box, pelos alunos do Grupo II estratificados

conforme a habilidade de tocar instrumentos musicais.

Dados expressos como média e desvio padrão dos tempos de 20 alunos que não

tocam instrumentos e 12 que tocam instrumentos. O teste t para variáveis não emparelhados

foi usado para comparar os tempos relativos aos dois estratos.

Gráfico 13 – Tempo total, para a execução da tarefa de transferência de objetos,

pelos alunos do Grupo II, estratificados conforme a habilidade de tocar

instrumentos musicais

0

30

60

90

120

150Não tocam instrumento

Tocam instrumento

Tem

po

(s)

Fonte: dados da pesquisa.

Não foi constatada diferença estatisticamente significante (P = 0,2210) entre o

tempo para a execução da tarefa referente aos que não tocam instrumentos (124,55 ± 17,78 s)

e aquele relativo aos que tocam instrumentos (116,00 ± 20,30 s) (Gráfico 13).

Não foi constatada diferença de significância estatística no tempo de execução

entre os alunos com habito de jogar regularmente vídeo game com aqueles que não jogam ou

o fazem de forma eventual.

Não foi constatada diferença de significância estatística no tempo de execução

entre os alunos com habito tocar instrumentos musicais regularmente com aqueles que não

tocam instrumentos musicais.Pelo menos na fase inicial de aprendizado e treinamento as duas

características de jogar videogames e tocar instrumentos musicais, que teoricamente podem

dar uma maior percepção espacial, não influenciaram no resultados do estudo comparativo.

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89

5.3 Grupo III

Compuseram o grupo 49 alunos que já cursaram e concluíram as disciplinas de

Base da Técnica Cirúrgica e Clínica Cirúrgica, com o conteúdo de aulas práticas no LHC,

nos períodos de 2010.1, 2011.1, 2012.1 e 2013.1, com idade media de 24,78 anos, com

predominância do sexo masculino, 33 alunos (67,35%) sobre o sexo feminino, 16 alunos

(32,65%). Todos responderam questionário, via internet e por busca ativa dos alunos

monitores sobre o perfil técnico e de ensino do Laboratório de Habilidades Cirúrgicas, com 20

(vinte) quesitos.

Pesquisa de opinião, através de resposta psicométrica (Escala de Likert), de

questionário qualitativo-quantitativo, objetivo-subjetivo, para medir o nível de concordância

ou não concordância à cada afirmação relacionada com o estágio prático no LHC:

a) Não concordo totalmente........ (1)

b) Não concordo parcialmente ....(2)

c) Indiferente............................... (3)

d) Concordo parcialmente ...........(4)

e) Concordo totalmente............... (5)

O teste deste estudo se propôs a determinar com rigor a validade de um

instrumento para medir a confiança do aluno no modelo de ensino médico apresentado. O

aluno demonstrou sua atitude de confiança (ou não) quando da sua passagem pelas disciplinas

de Clínica Cirúrgica I e III e o estágio de aula prática no Laboratório de Habilidades

Cirúrgica. Pode ter sido preditor de aceitação (ou rejeição) da modelo de ensino proposto. O

resultado do estudo avaliou se o instrumento pode ser confiável, validado e o Laboratório de

Habilidade Cirúrgicas possa ser aplicado e utilizado na estrutura de ensino na matriz

curricular.

1. O estágio regular na Clínica Cirúrgica I e II, com aulas práticas no Laboratório de

Habilidades Cirúrgicas (LHC) contribuiu para o desenvolvimento de habilidades nos

procedimentos cirúrgicos, na atividade prática, no plantão da enfermaria, na emergência ou

na residência.

c) Concordo parcialmente ...........(4) -18 (36,73%)

d) Concordo totalmente............... (5) - 25 (51,02%)

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2. O ambiente de trabalho, tranquilo, silencioso, sem estresse e sem pressão psicológica

ofereceram condições adequadas de ensino-aprendizado.

d. Concordo parcialmente ...........(4) - 4 (8,16%)

e. Concordo totalmente ............... (5) - 43 (87,76%)

3. A curva de aprendizado adquirida antecipadamente na simulação do LHC ajudou no

contato inicial com o paciente cirúrgico.

d. Concordo parcialmente ...........(4)- 14 (28,57%)

e. Concordo totalmente............... (5) -25 (51,02%)

4. A metodologia aplicada com estações de complexidade progressivas (nó manual, nó

instrumental extracorpóreo, nó instrumental video-cirúrgico, transferência de objetos no

simulador) preencheu as expectativas para o aprendizado.

d. Concordo parcialmente ...........(4) -15 (31,25%)

e. Concordo totalmente............... (5) - 26 (54,17%)

5. A presença do professor e do monitor de ensino acompanhando a execução das tarefas

ofereceu mais segurança e ajudou a diminuir o tempo de aprendizado.

d. Concordo parcialmente ...........(4) 8 (16,33%)

e. Concordo totalmente............... (5) 40 (81,63%)

6. Os conceitos cirúrgicos e a percepção-sensitivo motora adquiridos no LHC foram

transferidos para o exercício real junto ao paciente.

d. Concordo parcialmente ...........(4) 20 (40,82%)

e. Concordo totalmente............... (5) 25 (51,02%)

7. O ensino prático do conhecimento teórico em ambiente de trabalho tranquilo pode

representar mais rapidez na curva de aprendizado.

d. Concordo parcialmente ...........(4) 11 (22,45%)

e. Concordo totalmente............... (5) 38 (77,55%)

8. O LHC contribuiu para avaliar sua aptidão e a incrementar o processo de decisão em seguir

no sentido de se especializar (ou NÃO) numa área de atuação em cirurgia?

d. Concordo parcialmente ...........(4) 13 (26,53%)

e. Concordo totalmente............... (5) 22 (44,90%)

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9. Após a aula teorico-prática das tarefas do LHC, a possibilidade de treinar despreocupado

com o erro, repetir o treinamento até acertar a tarefa, minimiza no aluno a ansiedades do

risco do erro e da iatrogenia no contato real com o paciente.

d. Concordo parcialmente ...........(4) 13 (26,53%)

e. Concordo totalmente............... (5) 34 (69,39%)

10. A simulação da situação real de trabalho, nó manual, sutura instrumental no LHC,

instrumentaliza o aluno para aquisição de destreza e agilidade na transferência destes

conceitos, e promove FEED-BACK positivo quando for executar os procedimentos e

técnicas no prática clínica, junto ao paciente.

d. Concordo parcialmente ...........(4) 14 (29,17%)

e. Concordo totalmente............... (5) 31 (64,58%)

11. O ambiente do LHC pode promover integração entre o professor, o monitor de ensino e o

aluno. Onde o treinamento ajuda a expandir o conhecimento científico e facilita a

aplicação das informações adquiridas na execução das técnicas operatórias na prática

profissional.

d. Concordo parcialmente ...........(4) 9 (18,37%)

e. Concordo totalmente............... (5) 38 (77,55%)

12. Após passar na disciplina de Clínica Cirúrgica, o LHC pode despertar no aluno a aptidão

cirúrgica, estimular a prática da metodologia científica e testar a vocação do ensino como

monitor e professor.

d. Concordo parcialmente ...........(4) 13 (26,53%)

e. Concordo totalmente............... (5) 28 (57,14%)

13. O estágio prático regular na matriz curricular do LHC deve ser mantido nas disciplinas de

Clínica Cirúrgica I e III.

d. Concordo parcialmente ...........(4) 4 (8,16%)

e. Concordo totalmente............... (5) 45 (91,84%)

14. O treinamento com o simulador de cavidade abdominal ampliou seus conceitos

psicomotores de vídeo cirurgia: ergonomia (posicionamento adequado), ambidestria,

movimentos invertidos, visão tridimensional e estereotaxia (percepção de profundidade e

de localização espacial).

d. Concordo parcialmente ...........(4) 6 (12,50%)

e. Concordo totalmente............... (5) 33 (68,75%)

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15. Ao participar de uma cirurgia por vídeo-laparoscopia no ambiente real, você percebeu que

os conceitos adquiridos no simulador do LHC ajudaram a desempenhar melhor sua

habilidade.

d. Concordo parcialmente ...........(4) 9 (19,15%)

e. Concordo totalmente............... (5) 28 (59,57%)

16. Se o seu treinamento inicial foi no laboratório, entende que NÃO deveria se iniciar

diretamente no paciente e baseado (a) no que aprendeu, poderia ter mais dificuldades para

adquirir as mesmas habilidade e proficiência cirúrgica em um curso de medicina sem

LHC na matriz curricular.

d. Concordo parcialmente ...........(4) 8 (17,02%)

e. Concordo totalmente............... (5) 34 (72,34%)

17. O LHC é instrumento de ensino para aprender, investigar, treinar as habilidade, metodizar,

reter, transferir e adaptar os conceitos cirúrgicos na prática clínica.

d. Concordo parcialmente ...........(4) 7 (14,58%)

e. Concordo totalmente............... (5) 41 (85,42%)

18. O LHC familiariza o manuseio de materiais e instrumentais e os passos da execução da

técnica operatória, a minimização do impacto psicológico e a insegurança do aluno

quando em situação real da prática hospitalar.

d. Concordo parcialmente ...........(4) 15 (30,61%)

e. Concordo totalmente............... (5) 31 (63,27%)

19. Ajuda a compreender o ambiente cirúrgico e como se comportar na rotina da disciplina

deste novo ambiente de trabalho.

d. Concordo parcialmente ...........(4) 17 (34,69%)

e. Concordo totalmente............... (5) 27 (55,10%)

20. O LHC pode ser utilizado de várias formas: como treinamento de manejo cirúrgico em

simuladores (aula prática), filmoteca, biblioteca, sala de estudos e reuniões para discutir

casos clínicos, além de ter função mista de ensino, pesquisa e extensão na educação

continuada junto a alunos, doutorandos, residentes e preceptores do corpo clínico do

hospital ou da universidade.

d. Concordo parcialmente ...........(4) 9 (18,37%)

e. Concordo totalmente............... (5) 40 (81,63%)

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Tabela 5 – Características dos integrantes do Grupo III

Característica Grupo III

Tamanho da amostra 49

Idade (anos): média ± desvio padrão 24,78 ± 0,71

Gênero

Masculino

Feminino

33 (67,35%)

16 (32,65%) Fonte: dados da pesquisa.

A amostra do Grupo III foi recrutada pela internet (ex-alunos, já graduados 2.011)

através dos endereços eletrônicos fornecidos pelo banco de dados de UECE e busca ativa, a

partir do Grupo de Apoio ( acadêmicos monitores de ensino) junto aos graduandos cumprindo

estágios de doutorandos (quinto e sextanistas) nos hospitais-escolas. Foi uma amostragem de

49 alunos com idade média e desvio padrão de 24,78 ± 0,71, predominância de participação

do sexo masculino (33 alunos – 67,35%) sobe o feminino (16 alunos – 32,65%) (Tabela 5).

Tabela 6 – Avaliação do método de aquisição de habilidades cirúrgicas pelos 49 alunos do

Grupo III, que responderam a um questionário contendo 20 itens, cada item com escores

variando de 1 a 5. Dados expressos como frequência absoluta e relativa de cada escore

Itens Escores

Total 1 2 3 4 5

1 1 (2,04%) 1 (2,04%) 4 (8,16%) 18 (36,73%) 25 (51,02%) 49 (100,00%)

2 1 (2,04%) 0 (0,00%) 1 (2,04%) 4 (8,16%) 43 (87,76%) 49 (100,00%)

3 1 (2,04%) 0 (0,00%) 9 (18,37%) 14 (28,57%) 25 (51,02%) 49 (100,00%)

4 0 (0,00%) 4 (8,33%) 3 (6,25%) 15 (31,25%) 26 (54,17%) 48 (100,00%)

5 0 (0,00%) 1 (2,04%) 0 (0,00%) 8 (16,33%) 40 (81,63%) 49 (100,00%)

6 2 (4,08%) 2 (4,08%) 0 (0,00%) 20 (40,82%) 25 (51,02%) 49 (100,00%)

7 0 (0,00%) 0 (0,00%) 0 (0,00%) 11 (22,45%) 38 (77,55%) 49 (100,00%)

8 2 (4,08%) 1 (2,04%) 11 (22,45%) 13 (26,53%) 22 (44,90%) 49 (100,00%)

9 1 (2,04%) 1 (2,04%) 0 (0,00%) 13 (26,53%) 34 (69,39%) 49 (100,00%)

10 0 (0,00%) 2 (4,17%) 1 (2,08%) 14 (29,17%) 31 (64,58%) 48 (100,00%)

11 0 (0,00%) 0 (0,00%) 2 (4,08%) 9 (18,37%) 38 (77,55%) 49 (100,00%)

12 2 (4,08%) 1 (2,04%) 5 (10,20%) 13 (26,53%) 28 (57,14%) 49 (100,00%)

13 0 (0,00%) 0 (0,00%) 0 (0,00%) 4 (8,16%) 45 (91,84%) 49 (100,00%)

14 2 (4,17%) 1 (2,08%) 6 (12,50%) 6 (12,50%) 33 (68,75%) 48 (100,00%)

15 0 (0,00%) 1 (2,13%) 9 (19,15%) 9 (19,15%) 28 (59,57%) 47 (100,00%)

16 0 (0,00%) 1 (2,13%) 4 (8,51%) 8 (17,02%) 34 (72,34%) 47 (100,00%)

17 0 (0,00%) 0 (0,00%) 0 (0,00%) 7 (14,58%) 41 (85,42%) 48 (100,00%)

18 1 (2,04%) 1 (2,04%) 1 (2,04%) 15 (30,61%) 31 (63,27%) 49 (100,00%)

19 1 (2,04%) 1 (2,04%) 3 (6,12%) 17 (34,69%) 27 (55,10%) 49 (100,00%)

20 0 (0,00%) 0 (0,00%) 0 (0,00%) 9 (18,37%) 40 (81,63%) 49 (100,00%)

Fonte: dados da pesquisa.

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Tabela 7 – Proporção de respostas ótimo (escore 4) e excelente (escore 5) dadas pelos 49

avaliadores ao método de aquisição de habilidades cirúrgicas, considerando cada item

individualmente e a média de todos os itens do questionário (global)

Itens

Proporção de respostas:

concordo parcialmente (4)

e concordo totalmente(5)

Itens

Proporção de respostas:

concordo parcialmente (4) e

concordo totalmente(5)

1 87,75% 11 95,92%

2 95,92% 12 83,67%

3 79,59% 13 100,00%

4 85,42% 14 81,25%

5 97,96% 15 78,72%

6 91,84% 16 89,36%

7 100,00% 17 100,00%

8 71,43% 18 93,88%

9 95,92% 19 89,79%

10 93,75% 20 100,00%

Global 90,61%

Fonte: dados da pesquisa.

A avaliação do método de aquisição de habilidades cirúrgicas pelos 49 alunos do

Grupo III, que responderam a um questionário contendo 20 itens, cada item com escores

variando de 1 a 5. Tiveram os dados expressos como frequência absoluta e relativa de cada

escore, com avaliação satisfatória, com escore de 4 e 5 (concordo parcialmente e concordo

totalmente) em 90,61% dos alunos (TABELA 6, TABELA 7).

5.4 Grupo IV

Grupo compostos por 37 alunos cirurgiões, recrutados e estratificados em três

subgrupos:

Subgrupo com 25 alunos – membros das Sociedades Médicas (Colégio Brasileiro

de Cirurgiões (CBC), Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva e Robótica

(SOBRACIL), Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), de várias

áreas de atuação, habilitados, titulados e capacitados na execução de sutura vídeo cirúrgica.

Subgrupo com 5 alunos – congressistas inscritos no I Congresso Norte de Cirurgia

Bariátrica e Metabólica da SBCBM em Belém- Pará 31 de julho a 02 de agosto de 2.014, após

realizarem o Curso Avançado de Endosuturas e Endoanastomoses – Hands On.

Subgrupo com 7 alunos – residentes de cirurgia e urologia do Hospital das

Clínicas Getúlio Vargas da Universidade Federal do Maranhão em agosto de 2.014 (4 alunos)

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e do Hospital do Câncer Tarquínio Lopes (São Luis), em agosto de 2.014(3 alunos) após

participarem do Curso Avançado de Endosuturas e Endoanastomoses, para instalação e

implantação do Laboratório de Habilidades Cirúrgicas daquelas unidade de ensino

(TABELA 8).

Tabela 8 – Características dos participantes do Grupo IV, constituído por

cirurgiões e residentes de cirurgia

Característica Grupo IV

Tamanho da amostra 37

Idade (anos): média ± desvio padrão 39,70 ± 11,33

Gênero

Masculino

Feminino

34 (91,89%)

3 (8,11%)

Mão dominante

Direita

Esquerda

35 (94,59%)

2 (5,41%)

Especialidade

Cirurgia geral

Cirurgia do aparelho digestivo

Cirurgia bariátrica

Cirurgia torácica

Cirurgia cardíaca

Cirurgia oncológica

Cirurgia pediátrica

Coloproctologia

Ginecologia

Urologia

Residente de cirurgia geral (R2)

Residente de urologia (R1)

13 (35,14%)

3 (8,11%)

2 (5,41%)

2 (5,41%)

1 (2,70%)

1 (2,70%)

1 (2,70%)

2 (5,41%)

3 (8,11%)

1 (2,70%)

6 (16,22%)

2 (5,41%)

Fonte: dados da pesquisa.

O Grupo IV foi um grupo heterogênio, composto por 37 cirurgiões de diferentes

níveis de habilidades e proficiência em endosutura, com predominância do sexo masculino

(34 – 91,89%) e 3 cirurgiãs (8,11%), com a mão direita dominante (34 – 91,89%) sobre a

esquerda (3 – 8,11%), de várias áreas de atuação cirúrgica, incluindo residentes de urologia e

cirurgia geral, e idade média de 37 anos, variando 28 a 65 anos (TABELA 9). Tiverão como

tarefa, executar de forma randomizada, no simulador 3-DMed® e no EndoSuture Training

Box, endosuturas para avaliar o perfil técnico e tecnológico dos dois simuladores (1.

Triangulação, 2. Resistência e resiliência, 3. Estereotaxia, 4. Ergonomia, 5. Movimento

invertido, 6. Visibilidade, 7. Design, 8. Treinamento, 9. Recursos tecnológicos, 10. Ensino) e

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96

a seguir responderam 10 quesitos com escore de l a 5 (1.Insuficiente, 2. Regular, 3. Bom,

4.Ótimo, 5. Excelente) da escala de Likert

Tabela 9 – Escala de Progressão de Habilidades e Proficiência de Suturas em

Vídeo Cirurgia

Escala Número de cirurgiões (percentual)

1. Insuficiente (1, 2 ou 3 pontos) 6 (16.22%)

2. Regular (4 or 5 points) 3 (8.11%)

3. Bom (15 – 18 min) 14 (37.84%)

4. Ótimo (12 – 15 min) 9 (24.32%)

5. Excelente (< 12 min) 5 (13.51%)

Fonte: dados da pesquisa.

Os cirurgiões foram recrutados para avaliar a condição técnica e tecnológica dos

simuladores realizando endosuturas para pontuar as característica de cada instrumentos. No

entanto, o seu desempenho foi quantificado no tempo de execução das tarefas, a confecção de

6 pontos com 5 nós em cada simulador. Observou que poderiam ser estratificados quando ao

desempenho da execução, sendo possível qualificar a performance em Escala de Progressão

de Habilidades e Proficiência de Suturas em Vídeo Cirurgia (Tabela 6),

5.4.1 Comparação e avaliação das respostas dos cirurgiões sobre o perfil técnico dos

simuladores

Todos os cirurgiões após avaliarem o perfil técnico e tecnológico, responderam

pesquisa de opinião qualitativa-qualitativa, a dez perguntas com escores de 1 a 5 (a.

Insuficiente (1; b. Regular (2) ; c. Bom (3); d. Ótimo (4); e. Excelente) , da escala de Likert,

relativas aos dois simuladores.

1. Distribuição dos portais no simulador, para triangulação dos instrumentos.

CLÁSSICO ENDOSUTURE TRAINING BOX

c. Bom (3) d. Ótimo (4)

Observou-se uma melhor avaliação na distribuição dos portais para triangulação

dos instrumentos e execução das tarefas cirúrgicas, no simulador EndoSuture Training Box

com uma mediana de 4 (ótimo) e intervalo interquartil variando de 3 a 4; quando comparado

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com o simulador 3-DMed® clássico com uma mediana de 3 (bom) e intervalo interquartil

variando de 2,5 a 4, com diferença de significância estatística (p< 0,0001).

2. Feedback da Resistência (força aplicada nos instrumentos para movimentar a alavancar dos

portais na execução das tarefas) com a Resiliência da borracha pulsônica (retorno espontâneo

dos portais ao local original após a execução dos movimentos).

CLÁSSICO ENDOSUTURE TRAINING BOX

a. Bom (3) d. Ótimo (4)

Observou-se uma melhor avaliação no feedback da resistência com a resiliência,

no retorno espontâneo dos portais ao local original após a execução dos movimentos no

manejo instrumentos e execução das tarefas cirúrgicas, no simulador EndoSuture Training

Box com uma mediana de 4 (ótimo) e intervalo interquartil variando de 3,00 a 5,00; quando

comparado com o simulador 3-DMed®

clássico com uma mediana de 3 (bom) e intervalo

interquartil variando de 2,00 a 4,00; com diferença de significância estatística com P =

0,0005.

3. Adequação da triangulação dos portais, no introdução dos instrumentos através da parede

abdominal, e na percepção da profundidade da bandeja de sutura intra-corpórea (estereotaxia).

CLÁSSICO ENDOSUTURE TRAINING BOX

c. Bom (3) c. Bom (3)

Observou-se uma avaliação semelhante na percepção da profundidade da bandeja

de sutura intra-corpórea (estereotaxia), no manejo instrumentos e execução das tarefas

cirúrgicas, tanto no simulador EndoSuture Training Box quanto no simulador 3-DMed®

clássico com uma mediana de 3 (bom) e intervalo interquartil variando de 3,00 a 4,00; sem

diferença de significância estatística com P = 0,1627.

4. Ergonomia de posicionamento (membros superiores do cirurgião x resistência-resiliência

do simulador x posicionamento da bandeja de sutura x imagem do monitor).

CLÁSSICO ENDOSUTURE TRAINING BOX

c.Bom (3) d.Ótimo (4)

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98

Observou-se uma melhor avaliação na ergonomia de posicionamento e retorno

espontâneo dos portais ao local original após a execução dos movimentos no manejo

instrumentos e execução das tarefas cirúrgicas e na imagem transmitida pela câmera no

simulador EndoSuture Training Box com uma mediana de 4 (ótimo) e intervalo interquartil

variando de 3,00 a 4,00; quando comparado com o simulador 3-DMed® clsássico com uma

mediana de 3 (bom ) e intervalo interquartil variando de 2,00 a 3,50, com diferença de

significância estatística com P = 0,0042.

5. Efeito fulcrum (movimento invertido) em relação a visão real, a alavanca do portal na

parede do simulador, a interface cega, o movimento cirúrgico invertido e o campo de visão

virtual (imagem).

CLÁSSICO ENDOSUTURE TRAINING BOX

c.Bom (3) c. Bom (3)

Observou-se uma avaliação semelhante no efeito fulcrum (movimentos

invertidos) após a execução dos movimentos no manejo dos instrumentos e execução das

tarefas cirúrgicas, tanto simulador EndoSuture Training Box quanto com o simulador 3-DMed

clássico com uma mediana de 3 (bom), porém, com uma distribuição do intervalo interquartil

variando de 3,00 e 4,00 no simulador EndoSuture Training Box; quando comparado com o

intervalo interquartil do simulador 3-DMed® clássico, variando de 2,50 a 4,00. Medianas

semelhantes, intervalos interquartis diferentes, no entanto, sem diferença de significância

estatística, com P = 0,1500.

6. Visibilidade do campo operatório e qualidade da imagem monitor.

CLÁSSICO ENDOSUTURE TRAINING BOX

c.Bom (3) c. Bom (3)

Observou-se uma avaliação semelhante na visibilidade do campo operatório e

qualidade da imagem monitor no feedback da resistência durante a execução dos movimentos

e no manejo instrumentos e execução das tarefas cirúrgicas, com uma mediana de 3 (bom),

quanto no intervalo interquartil variando de 3,00 a 4,00; tanto no simulador EndoSuture

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99

Training Box o simulador 3-DMed® clássico, sem diferença de significância estatística com P

= 0,0650.

7. Design dos simuladores.

CLÁSSICO ENDOSUTURE TRAINING BOX

b. Bom (3) d. Ótimo (4)

Observou-se uma melhor avaliação no design do simulador EndoSuture Training

Box com uma mediana de 4 (ótimo) e intervalo interquartil variando de 4,00 a 5,00; quando

comparado com o simulador 3-DMed®

clássico com uma mediana de 3 (bom) e intervalo

interquartil variando de 2,50 a 4,00, além de apresentar diferença de significância estatística

com P <0,0001.

8. O simulador apresenta recurso técnico tecnológico para incorporar o treinamento do

cirurgião e do cirurgião auxiliar com a câmera e os instrumentos (número e posicionamento

de portais).

CLÁSSICO ENDOSUTURE TRAINING BOX

e) Bom (3) d. Ótimo (4)

Observou-se uma melhor avaliação no recurso técnico para incorporar o

treinamento na execução dos movimentos no manejo instrumentos e execução das tarefas

cirúrgicas, no simulador EndoSuture Training Box com uma mediana de 4 (ótimo) e intervalo

interquartil variando de 3,00 a 4,00; quando comparado com o simulador 3-DMed® clássico

com uma mediana de 3 (bom) e intervalo interquartil variando de 2,00 a 3,50 e apresentando

diferença de significância estatística com P < 0,0001.

9. Recurso estrutural do simulador para incorporar tecnologia no treinamento: associar a TV

de tamanho maior, set de videocirurgia com 2D e 3D, portal único.

CLÁSSICO ENDOSUTURE TRAINING BOX

c.Bom (3) d.Ótimo (4)

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Observou-se uma melhor avaliação no recurso estrutural do simulador para

incorporar tecnologia no treinamento, após a execução dos movimentos eno manejo

instrumentos e execução das tarefas cirúrgicas, no simulador EndoSuture Training Box com

uma mediana de 4 (ótimo) e intervalo interquartil variando de 3,00 a 4,50; quando comparado

com o simulador 3-DMed® clássico com uma mediana de 3 (bom) e intervalo interquartil

variando de 2,00 a 3,5 e apresentando diferença de significância estatística com P < 0,0001.

10. Desempenho e eficácia do simulador como instrumento de ensino, treinamento e retenção

de habilidades para doutorandos, residentes de cirurgia e cirurgiões com interesse de elevar a

proficiência em videocirurgia.

CLÁSSICO ENDOSUTURE TRAINING BOX

c. Bom (3) d.Ótimo (4)

Observou-se uma melhor avaliação no desempenho e eficácia do simulador como

instrumento de ensino, treinamento e retenção de habilidades para residentes de cirurgia e

cirurgiões com interesse de elevar a proficiência em videocirurgia, no simulador EndoSuture

Training Box com uma mediana de 4 (ótimo) e intervalo interquartil variando de 4,00 a 5,00;

quando comparado com o simulador 3-DMed® clássico com uma mediana de 3 (bom) e

intervalo interquartil variando de 3,00 a 4,0 e apresentando diferença de significância

estatística com P < 0,0006.

Tabela 10 – Avaliação da validade aparente do EndoSuture Training Box (ESTB) e do

simulador 3-DMed® clássico, realizada por 37 cirurgiões que responderam a questionário

contendo 10 itens, cada item com escores variando de 1 a 5. Comparações entre os escores do

ESTB e do simulador clássico foram feitas pelo teste de Wilcoxon

Itens Simulador Clássico Endo-Suture Training Box Significância

(Teste de

Wilcoxon) Mediana

Intervalo

interquartil Mediana

Intervalo

interquartil

1 3,00 2,50 a 4,00 4,00 3,00 a 4,00 P = 0,0001

2 3,00 2,00 a 4,00 4,00 3,00 a 5,00 P = 0,0005

3 3,00 3,00 a 4,00 3,00 3,00 a 4,00 P = 0,1627

4 3,00 2,00 a 3,50 4,00 3,00 a 4,00 P = 0,0042

5 3,00 2,50 a 4,00 3,00 3,00 a 4,00 P = 0,1500

6 3,00 3,00 a 4,00 4,00 3,00 a 4,00 P = 0,0650

7 3,00 2,50 a 4,00 4,00 4,00 a 5,00 P < 0,0001

8 3,00 2,00 a 3,50 4,00 3,00 a 4,00 P < 0,0001

9 3,00 2,00 a 3,50 4,00 3,00 a 4,50 P < 0,0001

10 3,00 3,00 a 4,00 4,00 4,00 a 5,00 P = 0,0006

Fonte: dados da pesquisa.

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Observou-se que, na avaliação da validade aparente do EndoSuture Training Box

(ESTB) realizada por 37 cirurgiões que responderam a questionário contendo 10 itens cada

item com escores variando de 1 a 5, na escala de Likert, este teve ótima avaliação na mediana,

intervalo interquartil e na diferença de significância estatística em 7 itens (1. Triangulação, 2.

Resistência e resiliência, , 4. Ergonomia, 7. Design, 8. Treinamento, 9. Recursos tecnológicos,

10. Ensino) todas superiores ao simulador 3-DMed® clássico, e semelhança em 3 itens com

boa avaliação (3. Estereotaxia, 5. Movimento invertido, 6. Visibilidade) (TABELA 10).

Tabela 11 – Avaliação da validade aparente do simulador 3-DMed®

clássico, realizada por 37

cirurgiões que responderam a questionário contendo 10 itens, cada item com escores variando

de 1 a 5. Dados expressos como frequência absoluta e relativa de cada escore

Itens Escores

Total 1 2 3 4 5

1 1 (2,70%) 8 (21,62%) 16 (43,24%) 10 (27,03%) 2 (5,41%) 37 (100,00%)

2 0 (0,00%) 12 (32,43%) 13 (35,14%) 8 (21,62%) 4 (10,81%) 37 (100,00%)

3 2 (5,41%) 5 (13,51%) 18 (48,65%) 10 (27,03%) 2 (5,41%) 37 (100,00%)

4 1 (2,70%) 10 (27,03%) 17 (45,95%) 5 (13,51%) 4 (10,81%) 37 (100,00%)

5 2 (5,41%) 7 (18,92%) 16 (43,24%) 10 (27,03%) 2 (5,41%) 37 (100,00%)

6 2 (5,41%) 5 (13,51%) 15 (40,54%) 12 (32,43%) 3 (8,11%) 37 (100,00%)

7 2 (5,41%) 7 (18,92%) 17 (45,95%) 9 (24,32%) 2 (5,41%) 37 (100,00%)

8 5 (13,51%) 6 (16,22%) 17 (45,95%) 7 (18,92%) 2 (5,41%) 37 (100,00%)

9 3 (8,11%) 14 (37,84%) 11 (29,73%) 8 (21,62%) 1 (2,70%) 37 (100,00%)

10 1 (2,70%) 2 (5,41%) 16 (43,24%) 11 (29,73%) 7 (18,92%) 37 (100,00%)

Fonte: dados da pesquisa.

A avaliação da validade aparente do simulador 3-DMed®

clássico, realizada por

37 cirurgiões após responderam a questionário contendo 10 itens, cada item com escores

variando de 1 a 5 nas escala de Likert, mostrou os dados expressos como frequência absoluta

e relativa de escore bom em 9 itens (1. Triangulação, 2. Resistência e resiliência, 3.

Estereotaxia, 4. Ergonomia, 5. Movimento invertido, 6. Visibilidade, 7. Design, 8.

Treinamento, 10. Ensino), e escore regular no item 9, este se referindo as condições técnicas

do simulador (TABELA 11).

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Tabela 12 – Avaliação da validade aparente do simulador EndoSuture Training Box, realizada

por 37 sujeitos que responderam a questionário contendo 10 itens, cada item com escores

variando de 1 a 5. Dados expressos como frequência absoluta e relativa de cada escore

Itens Escores

Total 1 2 3 4 5

1 0 (0,00%) 1 (2,70%) 11 (29,73%) 18 (48,65%) 7 (18,92%) 37 (100,00%)

2 1 (2,70%) 0 (0,00%) 12 (32,43%) 14 (37,84%) 10 (27,03%) 37 (100,00%)

3 0 (0,00%) 5 (13,51%) 16 (43,24%) 12 (32,43%) 4 (10,81%) 37 (100,00%)

4 0 (0,00%) 5 (13,51%) 12 (32,43%) 14 (37,84%) 6 (16,22%) 37 (100,00%)

5 0 (0,00%) 6 (16,22%) 14 (37,84%) 14 (37,84%) 3 (8,11%) 37 (100,00%)

6 0 (0,00%) 7 (18,92%) 7 (18,92%) 15 (40,54%) 8 (21,62%) 37 (100,00%)

7 0 (0,00%) 1 (2,70%) 6 (16,22%) 18 (48,65%) 12 (32,43%) 37 (100,00%)

8 0 (0,00%) 0 (0,00%) 12 (32,43%) 18 (48,65%) 7 (18,92%) 37 (100,00%)

9 0 (0,00%) 1 (2,70%) 9 (24,32%) 18 (48,65%) 9 (24,32%) 37 (100,00%)

10 0 (0,00%) 1 (2,70%) 5 (13,51%) 17 (45,95%) 14 (37,84%) 37 (100,00%)

Fonte: dados da pesquisa.

A avaliação da validade aparente do simulador EndoSuture Training Box,

realizada por 37 cirurgiões após responderam a questionário contendo 10 itens, cada item com

escores variando de 1 a 5 nas escala de Likert, mostrou os dados expressos como frequência

absoluta e relativa de escore ótimo em 8 item (1. Triangulação, 2. Resistência e resiliência, 4.

Ergonomia, 6. Visibilidade, 7. Design, 8. Treinamento, 9. Recursos tecnológicos, 10. Ensino)

e escore bom em 2 itens (3. Estereotaxia, 5. Movimento invertido) (TABELA 12).

Tabela 13 – Avaliação da validade aparente do EndoSuture Training Box (ESTB) e do

simulador 3-DMed® clássico, realizada por 37 cirurgiões que responderam a questionário

contendo 10 itens, cada item com escores variando de 1 a 5. Comparações entre os escores do

ESTB e do simulador clássico foram feitas pelo teste de Wilcoxon

Itens Simulador Clássico EndoSuture Training Box

Quesito Mediana Qualitativo Mediana Qualitativo

1 3,00 Bom 4,00 Ótimo Triangulação

2 3,00 Bom 4,00 Ótimo Resistência

Resiliência

3 3,00 Bom 3,00 Bom Estereotaxia

4 3,00 Bom 4,00 Ótimo Ergonomia

5 3,00 Bom 3,00 Bom Movimento

Invertido

6 3,00 Bom 4,00 Ótimo Visibilidade

7 3,00 Bom 4,00 Ótimo Design

8 3,00 Bom 4,00 Ótimo Treinamento

9 3,00 Bom 4,00 Ótimo Recurso

Tecnológico

10 3,00 Bom 4,00 Ótimo Ensino

Fonte: dados da pesquisa.

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A avaliação da validade aparente do simulador EndoSuture Training Box,

realizada por 37 cirurgiões após responderam a questionário contendo 10 itens, cada item com

escores variando de 1 a 5 nas escala de Likert, mostrou os dados expressos como frequência

absoluta e relativa de escore ótimo em 8 item (1. Triangulação, 2. Resistência e resiliência, 4.

Ergonomia, 6. Visibilidade, 7. Design, 8. Treinamento, 9. Recursos tecnológicos, 10. Ensino)

e escore bom em 2 itens (3. Estereotaxia, 5. Movimento invertido). Enquanto o simulador 3-

DMed® teve uma avaliação com escore bom em todos os itens (TABELA 13).

Tabela 14 – Proporção de respostas ótimo (escore 4) e excelente (escore 5) dadas pelos 37

avaliadores ao simulador clássico e ao EndoSuture Training Box (ESTB), considerando cada

item individualmente e a média de todos os itens do questionário (global)

Itens Proporção de respostas ótimo e excelente

Simulador clássico EndoSuture Training Box

1 32,44% 67,57%

2 32,43% 64,87%

3 32,44% 43,24%

4 24,32% 54,06%

5 32,44% 45,95%

6 40,54% 62,16%

7 29,73% 81,08%

8 24,33% 67,57%

9 24,32% 72,97%

10 48,65% 83,79%

Global 32,16% 64,33%

Fonte: dados da pesquisa.

A proporção de respostas ótimo (escore 4) e excelente (escore 5) dadas pelos 37

avaliadores ao simulador clássico 3-DMed®

e no EndoSuture Training Box, considerando

cada item individualmente e a média de todos os itens do questionário (global), realizada por

37 cirurgiões após responderam a questionário contendo 10 (1. Triangulação, 2. Resistência e

resiliência, 3. Estereotaxia, 4. Ergonomia, 5. Movimento invertido, 6. Visibilidade, 7. Design,

8. Treinamento, 9. Recursos tecnológicos, 10. Ensino), cada item com escores variando de 1 a

5 nas escala de Likert, mostrou os dados expressos como frequência absoluta e relativa de

escore ótimo e excelente em 64,33% para o EndoSuture Training Box, como o restante dos

ecores bom (35,57%). Enquanto o simulador 3-DMed® teve uma avaliação com escore ótimo

e excelente em 32,16% (TABELA 14).

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104

6 DISCUSSÃO

Com os resultados da pesquisa e as análises estatística o detalhamento das

evidências encontradas nos 4 grupos estudados devem ser discutidas e comparadas as

evidências encontradas na literatura científica.

No Grupo I, o estudo comparativo entre o tempo de confecção (amarria) do nó

clássico e o nó ajustado (onde cada aluno executou 6 pontos com cinco nós cada) mostrou um

tempo médio menor de execução do nó clássico (16,13 ± 4,74 s) em relação ao tempo de

execução do nó ajustado (20,47 ± 5,80 s), com significância estatística. Fato esperado posto

que, para executar o nó ajustado exige-se realizar um movimento a mais com passada do fio

de uma mão para outra, para executar o nó. Pode-se esperar, porém, que na medida em que o

aluno padroniza a confecção do nó ajustado, este tempo tenderá e diminuir e se aproximar do

tempo do nó clássico. Todos os alunos executaram a tarefa, conforme ensinado na aula

teórica, num tempo médio aceito como normal para esta fase de aprendizado.

O estudo comparativo entre o tempo de execução para desatar (desmanche) o nó

clássico e o nó ajustado (cada aluno desatou os 6 pontos com cinco nós cada) mostrou um

tempo médio maior de execução do nó ajustado (14,27 ± 4,05 s) em relação ao tempo de

execução do nó clássico(12,53 ± 2,93 s), com significância estatística. Resultado esperado

posto que, diante de maior tempo para executar a soltura do nó, sugere que ele se torna mais

seguro e firme após a sua confecção, podendo promover maior eficácia e segurança na

amarria, além de, a configuração espacial, formatação, a contrução e a confecção do nó

ajustado define uma metodização e desenvolve ambidestria.

O estudo comparativo entre o comprimento do nó clássico e o nó ajustado (cada

fio foi medido em centímetro) mostrou um comprimento médio semelhante entre o nó

clássico (20,71 ± 2,21 cm) em relação ao comprimento médio do nó ajustado (20, 64 ± 2,79

cm). Não teve significância estatística entre o comprimento dos fios dos dois tipos de amarria.

Observou-se que o peso do fio no nó clássico (0,84 ± 0,12 g). foi semelhante que

o peso do fio nó ajustado (0,83 ± 0,15 g), sem significância estatística. Se o tamanho em

centímetro foi semelhante entre o nó clássico e nó ajustado, era esperado que o peso do fio

também fosse semlhante.

Apesar da semelhança dos achados do comprimento e do peso do fio entre os dois

tipos de nó, pode abrir caminho para estudo posterior, para avaliar resposta inflamatória, à

presença de quantidades de corpo estranho deixado por tipos de nós diferentes (clássico e

ajustado) e volume de fios incorporados na sutura. A configuração e a formatação espacial

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105

diferentes, podem representar e desenvolver uma resposta inflamatório diferente diante da

presença do corpo estranho, quando numa sutura em tecido humano.

O nó ajustado mostra oferecer pouca resistência para deslizar e ser fácil de

apertar, demora mais tempo para desatar, ser mais difícil de afrouxar e desatar, portanto,

sugere que a amarria do nó ajustado é mais segura e eficaz que o nó clássico.

Além do que, estabelece uma metodização eficaz para sua construtidade: formatação espacial (letra C – letra D) e execução dos movimentos, define coordenação

sequencial na confecção do nó, favorece o desenvolvimento da ambidestria, pois estimula a

utilização de movimentos executados por ambas as mãos, e pode continuar sendo aplicado na

metodização de modelo de ensino.

O tempo de execução entre gêneros foi semelhante, entre os homens (15,58 ±

4,02 s) e as mulheres (16,96 ± 5,67 s), tanto no nó clássico e no nó ajustado (19,14 ± 4,70 s),

do que aquele relativo ao tempo de execução das mulheres (22,46 ± 6,87 s), não foi

constatada diferença significante. Alguns trabalhos relatam maior tempo de absorção dos

conceitos psicomotores da habilidade cirúrgica das mulheres ser mais lento do que os homens

e demanda mais tempo para executar a mesma tarefa que os homens, porém, quando elas

atingem a proficiência, apresentam melhor desempenho na execução das tarefas cirúrgicas.

Foi comparada a confecção de nó ajustado instrumental entre o Grupo I e o Grupo

II, pontos extra-corpóreos, em bandeja de sutura, o tempo de confecção de 6 pontos com 5 nós

ajustados em cada ponto, com tarefa executada por 67 alunos, sendo 30 alunos do Grupo I e

37 alunos do Grupo II. Observou-se que o Grupo II (7,55 ± 2,97 min) executou em tempo

sememlhante a confecção do nó ajustado comparado com o Grupo I (8,66 ± 3,89 min), onde

não foi constatada diferença estatisticamente significante. Após um ano da passada de uma

disciplina para outra (Base da Técnica Cirúrgica – (Grupo I) para Clínica Cirúrgica – Grupo

II), observou-se que os alunos do Grupo II, podem ter absorvido adequadamente o

aprendizado, retenção dos conceitos psicomotores na progressão da habilidade da confecção

do ponto instrumental com o nó ajustado, mantendo o o tempo de execução assemelhado.

Podem ter utilizado estes conceitos na transferência de habilidade do LHC para as aulas

práticas sob preceptoria de cirurgiões ou professor da disciplina, no plantão da emergência e

na sala de operação, no animalis nobilis.

Todos os alunos executaram as tarefas propostas, mostrando que absorveram os

conceitos psicomotores ensinados na sala de aula

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106

As teorias educacionais, segundo Sadideen et al. (2012), foram aplicadas para

promover aprendizado efetivo no ensino de habilidades práticas na educação cirúrgica dos

alunos da Base da Técnica Cirúrgica – (Grupo I) para Clínica Cirúrgica – (Grupo II), no

LHC. O ensino da prática de habilidades foi componente principal na graduação e da

educação cirúrgica e visou a diminuição da exposição clínica do paciente.

Conforme aTeoria de Fitts and Posner – a aprendizagem se faz através da

aquisição e retenção da habilidade psico-motora - cognitivo, associativo e autônomo (o

desempenho se diversifica, pode realizar tarefas simultâneas, associadas). Progressivamente, o

aluno desenvolveu estratégias de movimento mais adequado, superou os obstáculos e

conseguiu realizar as tarefa ensinadas nas aulas teóricas e práticas.

Na Teoria de Ericsons os alunos desenvolveram a habilidade após prática

repetida (40 atos) do exercício e regular de reforço, com retenção dos conceitos psico-

motores.

Na execução da Teoria de Vygotsky houve, no processo de aprendizagem,

interação do aluno, com o monitor de ensino e o professor assistente promovendo no aluno o

estímulo e a potencialidade para ele aprender.

Ocorreu na Teoria de Lave e Wenger a aquisição gradual de conhecimentos e

habilidades, à medida que os novatos aprenderam com os mais experientes (monitores de

ensino e professores) no contexto das atividades práticas diárias

O feedback da Teoria de Boud, Schon e Endes praticou-se a curva de

habilidades vivenciado-se, após a observação dos professores e monitores de ensino, onde as

hipóteses seriam testadas e a seguir seriam implementadas e executadas por todos os alunos.

No Grupo II as evidências encontradas na pesquisa foram assemelhadas às

evidências encontradas na literatura científica.

Todos os alunos executaram o movimento de transferência de objetos, 12 cubos

de esponjas de aproximadamente 1cm3

de um compartimento para outro, de ida e volta com a

mão direita e a mão esquerda, com endoclinch, no simulador de cavidade abdominal

EndoSuture Training Box, para absorver e desenvolver os conceitos básicos de vídeo cirurgia:

ergonomia, ambidestria, movimentos invertidos (efeito fucral), hapticidade, percepção de

profundidade (estereotaxia).

Este foi o primeiro contato dos alunos com o novo ambiente de trabalho. Os

exercícios de vídeo cirurgia foram repetidos e aperfeiçoados, para absorção dos conceitos

psicomotores e progressão das habilidades cirúrgicas em vídeo cirurgia. Houve

predominância de eficácia de movimentos superiores com a mão direita, sobre a mão

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esquerda, sendo reproduzido resultado esperado com a mão dominante em outras tarefas do

cotidiano.

Os movimentos com a mão direita em qualquer tarefa e em qualquer subgrupo

foram mais rápidos do que com a mão esquerda, no entanto, a segunda execução das tarefas

com a mão esquerda teve uma diminuição de tempo comparado com a primeira tarefa. Há

uma tendência de executar a segunda tarefa com tempo menor que a primeira tarefa, posto

que aumenta a familiarização com os instrumentos, a retenção de conceitos do novo ambiente

de trabalho.

O tempo de execução relativo às mulheres foi significantemente maior que o

referente aos homens na transferência de objetos. Estudos mostram que a absorção dos

conceitos de habilidade cirúrgica no sexo feminino são menores que no sexo masculino.

Porém, na progressão de habilidades, quando as mulheres atingem a proficiência, elas

executam as tarefas como mais exatidão e padronização.

O número de canhotos ser pequeno - 4alunos (12,50%), enquanto 28 (87,50%)

apresentaram a mão direita dominantes, porém tempo relativo de execução das tarefas foi

menor que o tempo de execução dos destros. Há na população geral uma média de 10 a 15 %

de canhotos. Esta amostragem foi de 13,33 %. Observou-se que a mão dominante esquerda

executou a tarefa em maior tempo (16,44 ± 4,92 s), que a mão direita (16,09 ± 4,81 s), mas

não houve diferença estatística no desempenho das tarefas entre os destros (28 alunos –

87,5%) e os canhotos (4 alunos – 12,5%). Denotando que os canhotos se adaptaram bem ao

manejo dos instrumentos confeccionados para os destros, e realizaram os movimentos de

transferência significantemente menor que os destros, portanto denotando ambidestria, ou

ambiesquerdia. Mesmo que os materiais e instrumentais sejam confeccionados para os

destros, os sinistros conseguem adaptar-se ao mundo destro e conseguem desenvolver

habilidades assemelhada aos movimentos dos destros no desempenho das tarefas cirúrgicas,

sugerindo ainda, que o perfil da mão dominante nas atividades extra-corpóreas continua

prevalecendo neste novo ambiente de trabalho.

Não foi constatada diferença de significância estatística no tempo de execução

entre os alunos com hábito de tocar instrumentos musicais regularmente com aqueles que não

tocam instrumentos musicais. Pelo menos na fase inicial de aprendizado e treinamento as duas

características de jogar videogames e tocar instrumentos musicais, que teoricamente podem

dar uma maior percepção espacial, não influenciaram no resultados do estudo comparativo.

O LHC mostrou-se capaz de proporcionar aos alunos, através de simuladores,

manejo o mais próximo possível da realidade de cavidade abdominal, com treinamento

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adequado, sistematizado, orientado por professores e monitores de cirurgia, a técnica correta

de confecção de nós, pontos e suturas, manuseio de instrumental cirúrgico, pinças, tesouras e

porta agulhas. As estações progressiva em vídeo cirurgia, visão bidimensional com manejo

tridimensional (estereotaxia) e posicionamento dos trocartes para adequada triangulação dos

movimentos (ergonomia), além de explorar o potencial de sedimentação na ambidestria e

ambiesquerdia na confecção dos nós e suturas e a hapticidade, o toque, o movimento e a

percepção espacial da interface cega ajudaram aos alunos na habilidade e na retenção dos

conceitos psico-motores para sedimentação desta nova relação espacial e ambiente de

trabalho.

As teorias educacionais, segundo Sadideen et al. (2012), são componentes do

ensino da prática de habilidades na graduação e da educação cirúrgica no LHC, foram

aplicadas e promoveram aprendizado efetivo no ensino de habilidades prática na educação

cirúrgica do alunos da Clínica Cirúrgica I e III. O As tarefas sugeridas nas aulas teóricas

foram executadas aplicando de forma associada os conceitos e teorias do aprendizado, e

transferindo adaptando estes conceitos nas aulas práticas de cirurgia.

A aprendizagem da Teoria de Fitts and Posner através da aquisição e retenção da

habilidade psico-motora: cognitivo, associativo e autônomo, onde desempenho se diversifica,

pode realizar tarefas simultâneas, associadas. Progressivamente o aluno desenvolveu

estratégias de movimento mais adequados e superou os obstáculos e conseguiu realizar as

tarefa ensinadas nas aulas teóricas e práticas.

Na Teoria de Ericsons os alunos desenvolveram habilidade após prática repetida

(40 atos) do exercício e regular de reforço, com retenção dos conceitos psico-motores.

Houve na Teoria de Vygotsky, no processo de aprendizagem, interação do aluno,

com o monitor de ensino e o professor assistente promovendo no aluno o estímulo e a

potencialidade para ele aprender.

Ocorreu na Teoria de Lave e Wenger aquisição gradual de conhecimentos e

habilidades, à medida que os novatos aprenderam com os mais experientes (monitores de

ensino e professores) no contexto das atividades práticas diárias.

O feedback da Teoria de Boud, Schon e Endes na prática da curva de habilidades

foi vivenciado após a observação dos professores e monitores de ensino onde as hipóteses

foram testadas e a seguir são implementadas e executadas por todos os alunos (SADIDEEN;

KNEEBON, 2012).

Andreatta, Hillard e Krain (2010) avaliaram o impacto do fator estresse e o efeito

cognitivo psicomotor que ocorrem na execução das tarefas durante o treinamento básico no

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simulador laparoscópico com estudantes da escola médica da Universidade de Michigan,

acompanhando a performance, a pressão sanguínea, os batimentos cardíacos em tempo real,

hábitos de assistir videotape, a ansiedade latente dos participante da pesquisa no pré e pós-

operatórios. O treinamento é mais efetivo quando ocorre no mais fiel contexto, pois pode estar

incluso o estresse clínico típico, porém o aprendizado no ambiente do simulador

laparoscópico pode ser benéfico. As condições maiores de estresse se mostraram presentes,

diante de uma baixa performance na execução das tarefas no simulador. As reações de

estresse foram mitigadas quando houve progresso na performance das tarefas no simulador.

Conclui que reações de estresse podem ser induzidas no ambiente do laboratório durante o

treinamento básico com o simulador. As alterações imposta no estresse no aprendizado

durante a execução das tarefas podem servir de suporte no manejo da aquisição de habilidade

e ter o impacto minimizado quando necessário no ambiente real da aplicação clínica. A

sequencia da curva de aprendizagem adquirida com habilidades técnicas e decisões na

execução clínica, acompanhada do estresse no manejo técnico, podem ser muito eficientes na

transferência para aplicação clínica do aprendizado com simulação no contexto no ensino

clínico.

A inteligência emocional e o estresse do estudante no desempenho das tarefas

cirúrgicas foram estudados por Arora et al. (2011), onde observaram que o manejo das

habilidades pode ter a performance comprometida por estresse, na sala de operação,

principalmente no aluno inexperiente em fase de treinamento. Pequeno é o conhecimento em

torno das diferenças individuais no manejo com o estresse. O estudo objetivou explorar o

relação entre o comportamento da Inteligência Emocional (IE) com medidas objetivas e

subjetivas no estudante de medicina diante da realização de tarefas cirúrgicas desconhecidas.

Foram realizadas tarefas desconhecidas no simulador laparoscópico no período de janeiro a

abril de 2008. Estresse subjetivo antes, durante (retrospectivamente) e após as tarefas foram

medidas com auto-resposta State-Trait Anxiety Inventory. Estresse objetivo foi medido usando

o monitoramento continuo do nível de batimento cardíaco. Os participantes também

responderam ao Trait Emocional Intelligence Questionnaire short form (TEIQue-SF). O

desempenho das tarefas foi pontuado, e o cruzamento dos escores foi correlacionado e

analisado. Estudantes com elevada característica de inteligência emocional responderam

melhor a experiência do estresse durante o cenários cirúrgico não familiar e também foram

mais efetivos para recuperar a calma quando comparados com os companheiros de baixa

característica de inteligência emocional. As implicações dos níveis de estresse e inteligência

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emocional podem desenhar um efetivo papel no manejo do treinamento, ajudar o individuo

com potencial cirúrgico na aplicação e desenvolvimento seletivo da habilidade.

A Experiência com Vídeo Game (VGE) pode identificar os possíveis fatores

preditivos para habilidade cirúrgica. Os cirurgiões neófitos com previa VGE (considerados de

elevado nível de experiência os alunos com mais de 3h por semana jogando videogame)

podem adquirir novas habilidades cirúrgica mais rapidamente do que aqueles com pouca ou

nenhuma experiência. Shane et al. (2008) estudaram estes fatores preditivos formandos dois

grupos (Gamers e No Gamers) para treinar em duas tarefas diferentes em simuladores, com a

proficiência definida por pontos diante de critérios de acerto e erros na execução das duas

tarefas consecutivas. Quando estratificados em gênero, as mulheres no-gamers realizaram as

tarefas num tempo maior do que os homens no-gamer. No grupo gamer o desempenho foi

superior ao grupo no-gamer e semelhante o desempenho de ambos os sexos. Conclui o autor

que a prévia VGE teve o tempo encurtado para realizar as duas tarefas na validação da

proficiência de habilidades junto ao simulador cirúrgico. A possibilidade do VGE poder

melhorar as diferenças de gênero nos alunos sem experiência prévia e equilibrar o tempo

requerido para adquirir habilidades pode ser explorado com suplementação de treinamento.

Kanumuri et al. (2008) compararam grupos de alunos com treinamento básico de

laparoscopia e alunos com elevado nível de treinamento em computadores, por quatro

semanas com exercícios de repetição em suturas laparoscópica e observou performance muito

superior na execução das tarefas (94% versus 18%). A realidade virtual e o elevado nível de

treinamento em computador pode ser instrumento para aumentar a performance na complexa

habilidade de sutura intracorpórea e confecção do nó laparoscópico.

A educação musical tem efeito na habilidade da matemática e visão espacial.

Habilidade na visão espacial (estereotaxia) em significante efeito na performance da sutura

laparoscópica. Portanto, em princípio a experiência musical influencia na performance das

tarefas de sutura laparoscópica. Boyd et al. (2008) utilizaram modelo misto para medida

linear de repetição para avaliar a experiência musical prévia no tempo de realização das

tarefas de sutura. Quando associado com experiência em vídeo game, os participante com

VGE e experiência musical tiveram performance significantemente superior que todos os

outros alunos.

A Sociedade Americana Cirurgiões Endoscópico Gastrointestinal (SAGES)

desenvolveu um programa educacional de Fundamentos de Cirurgia Laparoscópica (FCL),

com componente de treinamento de habilidades manuais, componentes cognitivos e perfil de

aptidão em cirurgia laparoscópica. Tem como objetivo promover a prática cirúrgica junto ao

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residente de cirurgia com oportunidades de aprendizagem de habilidades cirúrgica e obter

conhecimentos necessário na performance da cirurgia laparoscópica. Henao et al. (2013)

recrutaram vinte cirurgiões (dez gerais e dez residentes de cirurgia), para realizar sessões de

tele-estimulação com pontuação baseada no FCL com pré-teste e após completar o

treinamento por oito semanas feito um pós-teste. Observaram uma significante evolução entre

o pré e o pós-teste, evidenciando a efetiva evolução (progressão) na habilidades cirúrgica dos

participantes, garantindo a obtenção necessária da pontuação para ser aprovado nos

componentes práticos do programa FCL.

De acordo com Stefanidis et al. (2006), a complexidade da nova técnica de

videocirurgia, a necessidade de segurança do paciente e o tempo compreendido entre o

aprendizado e a proficiência tem aumentado, no ensino facultativo, a demanda de

produtividade na construção de treinamento formal de residentes em laboratório de

habilidade. Como resultado, múltiplos simuladores vêm sendo desenvolvidos e validados

como ferramenta educacional para treinamento dos residentes fora da sala de cirurgia. Avalia

que a aquisição de habilidades de operação laparoscópica no simulador pode ajudar a vencer a

curva de aprendizagem de um novo e complexo ambiente de trabalho, através da prática

repetitiva com segurança num ambiente sem risco, sem ameaças e pode causar melhora da

performance durante o encontro com o paciente. O currículo da simulação é baseado na busca

da proficiência. Tem provado eficiência e efetividade, a retenção dos conceitos são duráveis e

a transferência para a sala de operação traduzem a manutenção da habilidade. Porém, na

ausência de uso regular na prática clínica, a habilidade complexa pode decair, portanto, o

treinamento progressivo melhora substancialmente a performance e minimiza a perda de

habilidade. O currículo deveria incorporar educação baseada em instrução e demonstração em

vídeo tutorial apresenta impacto positivo para acelerar a aquisição da habilidade no

treinamento e a manutenção da proficiência.

As evidências encontradas na pesquisa, com os alunos do Grupo III, que ja

cumpriram as disciplina de Base da Técnica Cirúrgica, e Clínica Cirúrgica, vivenciadas pelo

Grupo I e Grupo II mostraram evidências sememlhantes àquelas encontradas na literatura

científica.

O teste deste estudo se propôs a determinar com rigor a validade de um

instrumento para medir a confiança do aluno no modelo de ensino médico apresentado. O

aluno demonstrou sua atitude de confiança quando da sua passagem pelas disciplinas de Base

da Técnica Cirúrgica, e Clínica Cirúrgica e o estágio de aula prática no Laboratório de

Habilidades Cirúrgica. O aprendizado e a habilidade adquirida, contribuiu para executar os

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conceitos adquiridos nas atividades práticas do plantão na disciplina de Clínica Cirúrgica de

Urgência e Emergência, nas práticas oficiais dos plantões e de atividades voluntárias, além

das atividades de enfermaria e centro cirúrgico, quando no internato, como doutorando nos

estágios de Cirurgia e Ginecologia, contribuindo ainda para definir, de acordo com a aptidão e

a experiência vivenciada se iria seguir área de atuação cirúrgica. Foi preditor de aceitação da

modelo de ensino proposto. O resultado do estudo avaliou se instrumento pode ser confiável,

validado e o Laboratório de Habilidade Cirúrgicas possa ser aplicado e utilizado com

instrumento de ensino na matriz curricular.

Os alunos concordaram parcial ou totalmente 45 alunos (87,75%) de que o estágio

regular na Clínica Cirúrgica I e II, com aulas práticas no Laboratório de Habilidades

Cirúrgicas (LHC) contribuiu para o desenvolvimento de habilidades nos procedimentos

cirúrgicos, na atividade prática, no plantão da enfermaria, na emergência ou na residência.

Concordaram parcial ou totalmente 47 alunos (95,92%) de que o ambiente de

trabalho, tranquilo, silencioso, sem estresse e sem pressão psicológica ofereceram condições

adequadas de ensino-aprendizado.

Concordaram parcial ou totalmente 39 alunos (79,59%) de que a curva de

aprendizado adquirida antecipadamente na simulação do LHC ajudou no contato inicial com o

paciente cirúrgico.

Concordaram parcial ou totalmente 41 alunos (85,42%) de que o metodologia

aplicada com estações de complexidade progressivas (nó manual, nó instrumental

extracorpóreo, nó instrumental video-cirúrgico, transferência de objetos no simulador)

preencheu as expectativas para o aprendizado.

Concordaram parcial ou totalmente 48 alunos (97,96%) de que a presença do

professor e do monitor de ensino acompanhando a execução das tarefas ofereceu mais

segurança e ajudou a diminuir o tempo de aprendizado.

Concordaram parcial ou totalmente 45 alunos (87,75%) de que o conceitos

cirúrgicos e a percepção-sensitivo motora adquiridos no LHC foram transferidos para o

exercício real junto ao paciente.

Concordaram parcial ou totalmente 4 alunos (97,96%) de que o ensino prático do

conhecimento teórico em ambiente de trabalho tranquilo pode representar mais rapidez na

curva de aprendizado.

Concordaram parcial ou totalmente 35 alunos (71,14%) de que o LHC contribuiu

para avaliar sua aptidão e a incrementar o processo de decisão em seguir no sentido de se

especializar (ou NÃO) numa área de atuação em cirurgia.

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Concordaram parcial ou totalmente 47 alunos (95,91%) de que após a aula

teorico-prática das tarefas do LHC, a possibilidade de treinar despreocupado com o erro,

repetir o treinamento até acertar a tarefa, minimiza no aluno a ansiedades do risco do erro e da

iatrogenia no contato real com o paciente.

Concordaram parcial ou totalmente 45 alunos (87,75%) de que a simulação da

situação real de trabalho, nó manual, sutura instrumental no LHC, instrumentaliza o aluno

para aquisição de destreza e agilidade na transferência destes conceitos, e promove FEED-

BACK positivo quando for executar os procedimentos e técnicas no prática clínica, junto ao

paciente.

Concordaram parcial ou totalmente 46 alunos (93,87%) de que o ambiente do

LHC pode promover integração entre o professor, o monitor de ensino e o aluno. Onde o

treinamento ajuda a expandir o conhecimento científico e facilita a aplicação das informações

adquiridas na execução das técnicas operatórias na prática profissional.

Concordaram parcial ou totalmente 41 alunos (83,67%) de que após passar na

disciplina de Clínica Cirúrgica, o LHC pode despertar no aluno a aptidão cirúrgica, estimular

a prática da metodologia científica e testar a vocação do ensino como monitor e professor. A

presença do aluno monitor de ensino no LHC já é uma iniciação ao ensino, pois passam por

um estágio de treinamento, onde se familiariam com a metodologia didática prática, técnicas e

competência para falar em público. A prática nas aulas, ensinando e treinando habilidades

podem despertar a aptdão para seguir na área de atuação cirúrgica ou na docência e quiçã na

pesquisa. O Grupo de Apoio formado por acadêmicos de medicina na condição de monitores

ensino, além do estagiarem nas aulas práticas curriculares, tiveram a oportunidade de

participar como pesquisadores no projeto e portanto, na iniciação científica.

Concordaram parcial (4 alunos – 8,16%) ou totalmente (45 alunos – 91,48%), ou

seja, a totalidade dos 49 alunos (100%), de que o estágio prático regular na matriz curricular

do LHC deve ser mantido nas disciplinas de Clínica Cirúrgica I e III.

Concordaram parcial ou totalmente 39 alunos (79,59%) de que o treinamento

com o simulador de cavidade abdominal ampliou seus conceitos psicomotores de vídeo

cirurgia: ergonomia (posicionamento adequado), ambidestria, movimentos invertidos, visão

tridimensional e estereotaxia (percepção de profundidade e de localização espacial). Os

conceitos de vídeo cirurgia, são amplos e exigem tempo bem maior do que o contato que os

alunos tiveram (duas aulas práticas) para absorver a percepção do novo ambiente de trabalho.

Concordaram parcial ou totalmente 37 alunos (75,51%) de que, ao participar de

uma cirurgia por vídeo-laparoscopia no ambiente real, perceberam que os conceitos

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adquiridos no simulador do LHC ajudaram a desempenhar melhor sua habilidade. Os

conceitos de vídeo cirurgia, são amplos e exigem tempo bem maior do que o contato que os

alunos tiveram (duas aulas práticas) para absorver a percepção do novo ambiente de trabalho.

Além do que, no estágio regular da clínica cirúrgica, também foi pequeno o contato com

cirurgia vídeolaparoscópica, em tempo real, na sala de operações.

Concordaram parcial ou totalmente 42 alunos (85,71%) de que, se o seu

treinamento inicial foi no laboratório, entendendo que NÃO deveriam se iniciar diretamente

no paciente e baseado (a) no que aprendeu, e que poderia ter mais dificuldades para adquirir

as mesmas habilidade e proficiência cirúrgica em um curso de medicina sem LHC na matriz

curricular. Os alunos perceberam, na observação clínica de que os alunos do cursos de

medicina que não dispõe de LHC, tem mais dificuldade para iniciar-se nas tarefas cirúrgicas,

junto ao paciente, na enfermaria e na sala de operação.

Concordaram parcial ou totalmente 48 alunos (97,96%) de que O LHC é

instrumento de ensino para aprender, investigar, treinar as habilidade, metodizar, reter,

transferir e adaptar os conceitos cirúrgicos na prática clínica.

Concordaram parcial ou totalmente 46 alunos (93,87%) de que o LHC familiariza

o manuseio de materiais e instrumentais e os passos da execução da técnica operatória, a

minimização do impacto psicológico e a insegurança do aluno quando em situação real da

prática hospitalar.

Concordaram parcial ou totalmente 44 alunos (89,79%) de que o estágio prático

no LHC ajuda a compreender o ambiente cirúrgico e como se comportar na rotina da

disciplina deste novo ambiente de trabalho.

Concordaram parcial (9 alunos - 18,37%) ou totalmente (40 alunos - 81,63%), ou

seja, todos os 49 alunos (100%) entrevistados de que o LHC pode ser utilizado de várias

formas: como treinamento de manejo cirúrgico em simuladores (aula prática), filmoteca,

biblioteca, sala de estudos e reuniões para discutir casos clínicos, além de ter função mista de

ensino, pesquisa e extensão na educação continuada junto a alunos, doutorandos, residentes e

preceptores do corpo clínico do hospital ou da universidade.

Cada afirmação, por si, e o elevado nível de concordância global nas respostas

(90,61%) das 20 perguntas formuladas. sugerem que o LHC foi bem avaliado e pode

continuar sendo instrumento de ensino nas disciplinas Cirúrgicas I e III, da MEDUECE, e que

o aprendizado através da simulação consegue transferir os conceitos psicomotores para a sala

de operação.

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O laboratório de cirurgia na graduação do estudante de medicina é benéfico e

ajuda a aperfeiçoar o processo de aprendizado no aspecto cognitivo de aquisição de

habilidades. Afirma Tapia-Jurado et al. (2012) que o laboratório é a introdução para diminuir

de forma significante o caminho do aprendizado e adquirir os conceitos básicos das ciência

médicas. Pode também ajudar ao estudante a conhecer os procedimentos na obtenção de

habilidades profissionais, além de promover o processo de interação entre o professor e o

aluno. A medicina trabalha com rapidez nas permuta entre a arte e a ciência. Este fator

compromete toda escola e faculdades para analisar o planejamento das ações no ensino. O

simulador oferece ao estudante confiança e habilidade e ajuda no tempo, nos recursos

financeiros, elimina até mesmo o fator ético da segurança na exposição do paciente.

Programas de multimídia podem ajudar na compreensão do contexto envolvendo a base

lógica da explanação escrita e a animação visual, acompanhando o problema clínico e fazendo

a demonstração no simulador. Todos os conhecimentos podem ser aplicados a favor do

paciente.

Segundo Yamaki et al. (2014), a Constituição Brasileira de 1988, em seu artigo

207 estabelece que “as universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa

e de gestão,e obedecerão aos princípios de indissocialidade entre ensino, pesquisa e extensão”

da educação continuada. Noções básicas de técnica operatória, treinamento de habilidades

cirúrgicas em modelos alternativos, pesquisas experimentais, possibilidades de iniciação

cientítica, predisposição ao ingresso na pesquisa e na vida acadêmica são algumas das

contribuições que um Laboratório de Cirurgia Experimental (LCE) pode ofercer à

universidade para alcançar os três preceitos básicos do desenvolvimento científico. Aliada a

estes conhecimentos básicos, pode proporcionar aos alunos treinamento manual de

procedimentos, manuseios de instrumentais, bem como o desenvolvimento da compreensão e

a aplicação dos métodos científicos por meio das oportunidades de ingresso de programas de

iniciação à pesquisa cientifica. O LCE promove ensinamento teórico-prático de diérese,

hemostasia, síntese, procedimentos de anestesia e analgesia em animais de pequeno porte,

além de abordar temas de ética e bioética em experimentação, conforme as normas dos

comitês fiscalizadores de experimentação animal. Os alunos monitores passam por

treinamento e são estimulados a aprender o conteúdo do ensino, principalmente, falar em

público e a percepção do método da técnicas de didática que facilitem o entendimento do

conteúdo para monitorarem os alunos sob a supervisão do staff e pesquisadores do

laboratório.

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No Grupo IV seguem as evidências encontradas na pesquisa e as evidências

encontradas na literatura científica. O grupo de cirurgiões participaram do projeto para avaliar

a condição técnica e tecnologica dos simuladores com instrumento de ensino, através da

execução de suturas e resposta de questionário com escores na escala de Likert. Tinham como

tarefa realizar seis ponto com 5 nós cada (simulando a confecção de uma Fundoplicatura de

Nissen, com dois pontos no pilar diafragmático e quatro pontos no fundo gástrico), em um o

tempo de confecção dos pontos cirúrgicos até 18 minutos, comparando o simulador 3-DMed®

Clássico com o simulador EndoSuture Training Box. Porém, simultaneamente, foi possível

estratificar o desempenho do cirurgiões de acordo com a progressão de habilidades e no

tempo da confecção das suturas, desde a experiência básica mostrada pelos residentes até a

proficiência máxima executada por cirurgiões cuja rotina realizam endosuturas nos

procedimentos cirúrgicos.

O resultado da estratificação contribuiu para estabelecer uma Escala de

Progressão de Habilidades e Proficiencia em Sutura por Vídeo Cirurgia, que poderá ser

utilizada de forma efetiva, para avaliar o nível técnico de outros cirurgiões e dos alunos que

participarem de cursos de endosuturas e a necessidade que terão de treinar a mais para

adquirir habilidades para alcançar o platô de proficiência.

Os tempos de execução inferiores dos pontos, menos de 3 pontos, mostrou fase

inicial do aprendizado (médicos residentes) ou de cirurgiões cuja especialidade exige pouca

necessidade de endo-suturas, tais como dissecções e ligaduras de estruturas (exemplo:

colecistectomias). Porém, absorveram os conceitos ensinados de endosutura, mas necessitam

de carga de repetição de treinamento para progressão de habilidade até atingir a proficiência

dos cirurgiões experientes, que tiveram excelente desempenho na execução das tarefas, haja

vista que, executam endosuturas de rotina nas suas atividadades cirúrgicas.

Este aprendizado realizado em laboratório pode oferecer ao cirurgião iniciante

metodização, habilidade, segurança e eficácia para quando for executar a técnica no paciente

(in vivo), uma vez que os endo-nós e as endo-suturas são o estágio mais avançado da

videoendoscopia, e o domínio destes movimentos permitirão aos alunos realizarem

procedimentos gradativamente mais complexos.

São inúmeros os tipos de nós descritos e utilizados na prática cirúrgica, porém

poucos podem ser utilizados em videocirurgia, devido as inerentes dificuldades da técnicas e

da limitação de movimentos: endoalça (nó de Roeder); nó extracorpóreo (nó de Brooks);

sutura intracorpórea continua e em pontos separados; sutura com nó pré-realizados (roldana

fixa); nó de Clark; nó interno deslizante (roldana deslizante); nó interno de Topel (1997).

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Os nós ensinados no modelo de treinamento são os nós ajustados (tie square) ou

nós verdadeiros, confeccionados com a Letra C e a Letra D, com nó com roldana fixa,

preparado extracorpóreo (nó de Brooks), nó interno deslizante (roldana deslizante), sutura

intracorpórea continua e em pontos separados.

As evidencias encontradas nas tarefas foram respondidas em questionário

Observou-se uma melhor avaliação na distribuição dos portais para triangulação dos

instrumentos e execução das tarefas cirúrgicas, no simulador EndoSuture Training Box com

avaliação ótima. A distribuição dos portais é fixa no simulador do LHC, portanto, a mesma

para todos os usuários, quando no ser humano a distância varia de acordo com o biotipo do

paciente e a envergadura de cada cirurgião. O ideal nesta distribuição seria se o

posicionamento dos portais fosse individualizado, adequando em cada simulador o perfil

físico do cirurgião e a distância entre os portais, antes de iniciar a tarefa no instrumento de

treinamento.

Observou-se uma melhor avaliação no feedback da resistência, a força aplicada

nos instrumentos para movimentar a alavancar dos portais na execução das tarefas e a

resiliência da borracha pulsônica (retorno espontâneo dos portais ao local original após a

execução das tarefas cirúrgicas, no simulador EndoSuture Training Box com uma avaliação

ótima. A resistência e resiliência dos grometts dos portais poderá evoluir, na medida que os

matérias (EVA siliconizado, borracha pulsônica), e conseguir reproduzir efeitos semelhantes

da parede abdominal humana.

A adequação da triangulação dos portais, no introdução dos instrumentos através

da parede abdominal, e na percepção da profundidade da bandeja de sutura intra-corpórea

(estereotaxia) teve uma avaliação semelhante (bom) na percepção da profundidade da bandeja

de sutura intra-corpórea (estereotaxia), no manejo instrumentos e execução das tarefas

cirúrgicas, tanto no simulador EndoSuture Training Box quanto no simulador 3-DMed®

clássico. Esta avaliação da percepção de profundidade depende mais da incorporação dos

conceitos de vídeo cirurgia do que da qualidade técnica dos simuladores. Porém poderá ser

melhorada, no simulador EndoSuture Training Box, na medida em que a inovação e

tecnologia da imagem das câmeras melhorarem, que são atualmente de 00, e\ou forem

transmitidas de forma similar ao set de vídeo cirurgia, por câmeras de 300 e 45

0, ou câmeras

de três dimensões.

Observou-se uma melhor avaliação (ótima) na ergonomia de posicionamento

(membros superiores do cirurgião x resistência-resiliência do simulador x posicionamento da

bandeja de sutura x imagem do monitor). e retorno espontâneo dos portais ao local original

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após a execução dos movimentos no manejo dos instrumentos e execução das tarefas

cirúrgicas e na imagem transmitida pela câmera no simulador EndoSuture Training Box. Esta

avaliação da ergonomia poderá ser melhor avaliada, na medida em que a inovação e

tecnologia da imagem das câmeras evoluam, a resistência e resiliência dos grometts dos

portais ficarem mais assemelhadas à parede abdominal humana e os objetos inanimados

reproduzirem mais fielmente as estruturas anatômicas humanas.

Observou-se uma avaliação semelhante (bom) no efeito fulcrum (movimento

invertido) em relação a visão real, a alavanca do portal na parede do simulador, a interface

cega, o movimento cirúrgico invertido e o campo de visão virtual (imagem), tanto simulador

EndoSuture Training Box quanto com o simulador 3-DMed® clássico. O desempenho da

percepção sensitivo-motora do efeito fulcrum (movimento invertido) cabe mais à progressão

da habilidade cirúrgica do aluno principiante que do perfil técnico do simulador, e poderá ser

melhor avaliado com regularidade de treinamento dos alunos residentes e cirurgiões

principiantes, até atingir o domínio espacial na progressão da habilidade para a proficiência.

Observou-se uma avaliação semelhante (boa) na visibilidade do campo operatório

e qualidade da imagem monitor, tanto no simulador EndoSuture Training Box o simulador

3-DMed®

clássico. A percepção de visibilidade e da qualidade da imagem poderá ser

melhorada, na medida em que a imagem das câmeras presentes no mercado evoluam,

atualmente disponíveis de 00. O simulador EndoSuture Training Box apresenta potencial para

acompanhar a evolução da inovação para que possam ser inseridas as novas tecnologia no

contexto do instrumento, inclusive pode ser conectado ao set de vídeo cirurgia bidimensional,

composto por câmeras de 300

e 450 , ou por sistema de câmeras de três dimensões.

Observou-se uma melhor avaliação (ótima) no design do simulador EndoSuture

Training Box. A apresentação do console, sugerindo tratar-se da anatomia de um tronco

humano (abdome e torax), aproxima-se da aparência real, onde o treinamento sugere ocorrer

dentro da cavidade abdominal, principalmente, quando os objetos de treinamento forem peças

anatômicas inanimadas ou reais.

Observou-se uma melhor avaliação (ótimo) no recurso técnico para incorporar o

treinamento do cirurgião e do cirurgião auxiliar com a câmera e os instrumentos (número e

posicionamento de portais), na execução dos movimentos e no manejo instrumentos e

execução das tarefas cirúrgicas, no simulador EndoSuture Training Box. A distribuição dos

portais em número de cinco, podendo proporcionar treinamento simultâneo com dois alunos –

um operando através de dois portais, e o auxiliar mostrando a imagem com a câmera por uma

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das mãos e auxiliando com instrumentos com a outra, sugere a formação de uma equipe

cirúrgica atuando numa sala de operação.

Observou-se uma melhor avaliação (ótimo) no recurso estrutural do simulador

para incorporar tecnologia no treinamento: associar a TV de tamanho maior, set de

videocirurgia com 2D e 3D, portal único, após a execução dos movimentos e no manejo dos

instrumentos e execução das tarefas cirúrgicas, no simulador EndoSuture Training Box. O

simulador EndoSuture Training Box tem potencial para se adaptar a várias situações de

treinamento e ensino. Pode ser acoplada a Set de Vídeo, onde a imagem bidimensional ou em

três dimensões pode ser transmitida por com câmera de 30o e 45

o, que conseguem oferecer

imagem de alta definição e o aluno pode ter melhor performance no manejo dos instrumentos.

A partir destas imagens, a apresentação pode ser gravada ou transmitida à distância para tele-

aula ou tele-conferência Pode ser acoplado a múltiplos trocartes ou a portal único. Pode ser

acoplado a uma TV de tamanho maior (50’, 60’ ou 80’) que o original (22’) numa aula

teórico-prática, onde o monitor de ensino pode fazer demonstrações das tarefas cirúrgicas,

passadas de objetivo, endosuturas, apresentação de conceitos de vídeo cirurgia. À partir da

apresentação do preceptor, outros simuladores do LHC, podem ser acionados

simultaneamente e os alunos podem acompanhar par e passo, os movimentos e as tarefas

executadas pelo professor, e procurar reproduzir em tempo real, tais ensinamentos.

Observou-se uma melhor avaliação (ótimo) no desempenho e eficácia do

simulador como instrumento de treinamento e ensino, retenção de habilidades para

doutorandos, residentes de cirurgia e cirurgiões com interesse de elevar a proficiência em

videocirurgia, no simulador EndoSuture Training Box.

Como resumo das avaliações do EndoSuture Training Box, a distribuição dos portais no

simulador, para triangulação dos intrumentos foi avaliado com 4 (ótimo).

O Feedback da Resistência (força aplicada nos instrumentos para movimentar a

alavancar dos portais na execução das tarefas) com a Resiliência da borracha pulsônica –

retorno espontâneo dos portais ao local original após a execução dos movimentos recebeu

pontuação 4 (ótimo).

A adequação da triangulação dos portais, a introdução dos instrumentos através da

parede abdominal, e na percepção da profundidade da bandeja de sutura intra-corpórea

(estereotaxia) foi avaliado com 3 (bom).

A ergonomia de posicionamento (membros superiores do cirurgião x resistencia-

resiliência do simulador x posicionamento da bandeja de sutura x imagem do monitor).

recebeu pontuação 4 (ótimo).

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O efeito fulcrum (movimento invertido) em relação a visão real, a alavanca do portal

na parede do simulador, a interface cega, o movimento cirúrgico invertido e o campo de visão

virtual (imagem) foi avaliado com pontuação 3 (bom).

A visibilidade do campo operatório e qualidade da imagem monitor foi vista com

pontuação 3 (bom).

O Design dos simuladores e a apresentação de recurso técnico para incorporar o

treinamento do cirurgião e do auxiliar com a câmera e os instrumentos (número e

posicionamento de portais) foram aavaliado com 4 (ótimo).

O recurso estrutural do simulador para incorporar tecnologia no treinamento:

associar a TV de tamanho maior, set de videocirurgia com 2D e 3D, portal único recebeu 4

(ótimo).

O desempenho e eficácia do simulador como instrumento de treinamento, ensino e

retenção de habilidades para doutorandos, residentes de cirurgia e cirurgiões com interesse de

elevar a proficiência em videocirurgia rebeceram uma pontuação 4 (ótimo)

Com considerações gerais, avaliação da validade aparente do simulador

EndoSuture Training Box, realizada por 37 alunos cirurgiões que responderam a questionário

contendo 10 itens, cada item com escores variando de 1 a 5, Tiveram dados expressos como

frequência absoluta e relativa de cada escore como ótimo (4) em 9 perguntas (90%) e apenas

1 escore bom (3) na quesito 3 .

A avaliação global dos cirurgiões do desempenho e da eficácia do simulador

EndoSuture Training Box com um mediana ótima (4) em 7 quesitos, e boa (3), em três

quesitos e a proporção de respostas ótimo (escore 4) e excelente (escore 5) dadas pelos 37

cirurgiões avaliadores ao simulador 3-DMed® clássico (32,16%) e ao EndoSuture Training

Box (64,33%), considerando cada item individualmente e a média global de todos os itens do

questionário, em nenhuma das comparações o EndoSuture Training Box foi inferior ao 3-

DMed® clássico, demonstram que o simulador EndoSuture Training Box tem recursos

técnico, para ser validado como instrumento de treinamento e pode compor a estrutura de

ensino do LHC. Dispõe ainda de potencial de inovação para acompanhar a evolução e o

edesenvolvimento tecnológico.

A videolaparoscopia foi um marco que revolucionou a cirurgia moderna. Desde a

descrição da primeira intervenção laparoscópica, em 1987, em Lyon na França, as técnicas

cirúrgicas e os equipamentos laparoscópicos têm evoluído continuamente, de forma que,

atualmente, os cirurgiões podem acessar praticamente todos os órgãos do corpo humano com

câmeras e monitores de vídeo. A videocirurgia é uma técnica minimamente invasiva, a partir

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da qual, por pequenas incisões na pele e com colocações de trocartes (portais), são

introduzidas as câmeras, instrumentos cirúrgicos e de energia para dissecção, incisões e

eletrocauterios. Este tipo de intervenção tem como principais benefícios a menor resposta

inflamatória ao trauma, menor sangramento, redução da taxa de infecção (uma vez que as

estruturas anatômicas intracavitárias não são expostas ao ambiente externo por longos

períodos, como na cirurgia tradicional laparotômica, com recuperação pós-operatória mais

rápida, com menor tempo de hospitalização e com melhor efeito estético). Lehmann et al.

(2005) realizaram testes básicos de habilidades na percepção sensitivo-motoras com a

simulação cirúrgica endoscópica virtual, procurando mostrar que a retenção dos conceitos de

habilidades adquiridos no treinamento da realidade virtual pode ser transferidos para a

realidade física comparando a evolução das habilidades em set de treinamento. Para o

treinamento cirúrgico laparoscópico, novos métodos devem ser desenvolvidos com os

cirurgiões para prática inicial no ambiente de simulação antes do ambiente cirúrgico real com

o paciente. A Virtual Endoscopic Surgery Trainer (VEST) pode ser desenvolvida com

estrutura de projeto articulado, posto que o conhecimento das técnicas de simulação são

essenciais para superar as principais limitações de conceitos vídeo cirúrgicos para realizar a

comparação com o treinamento convencional. Foram utilizados aparelhos do sistema VEST e

Conventional Video Trainer (CVT). Os recrutados foram divididos em dois grupos, um de

iniciantes (novices) e outro de cirurgiões com proficiência (experts), para realizar treinamento

e tarefas básicas semelhantes, com transferência de habilidades de um simulador para outro,

dos VEST para o CVT e vice-versa. O estudo mostrou que o treinamento virtual

computadorizado com simulador, acoplado no CVT, reproduz resultados efetivos. As tarefas

controles mostraram que a curva de habilidades da realidade virtual do VEST são transferidas

para a realidade física do CVT. O fato dos cirurgiões experts mostrarem progressão rápida na

transferência de habilidades comparada com iniciante, demonstra que cirurgiões iniciantes

necessitam de anos de prática e treinamento básico de laparoscopia para desenvolver

habilidades e sair da curva de aprendizado

No entanto, as técnicas videoendoscópicas exigem treinamento mais prolongado

dos cirurgiões para a realização do mesmo procedimento. Segundo Leonardi et al. (2010), até

os médicos mais experientes nas técnicas tradicionais necessitam de capacitação para

transferir suas habilidades cirúrgicas para a videocirurgia. O aprendizado prático da cirurgia

envolve o conhecimento de materiais, instrumentais e fios cirúrgicos, visita ao ambiente

hospitalar, em especial salas de emergência e centro cirúrgico, devendo o aluno aprimorar-se

no manejo destes instrumentos, exercitando nós e suturas. Este aprendizado realizado em

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laboratório oferece ao aluno metodização, habilidade, segurança e eficácia quando for

executar a técnica in vivo, nos aulas prática da cirurgia da grade curricular, aos residentes e

aos profissionais onde os nós, endo-suturas endoanastomoses são o estágio mais avançado da

videocirurgia, e o domínio destes movimentos permitiram ao aluno realizar procedimentos

complexos com hernioplastia hiatal, hemicolectomia, nefrectomia, gastrectomia, bypass

gástrico, colocação de válvula cardíaca, etc.

Dentro da cirurgia, segundo Buckley et al. (2014), a diversidade técnica da

especialidade demanda habilidades avançadas, especialmente envolvendo a cirurgia

minimamente invasiva. Dois grupos de 10 estudantes de medicina foram recrutados para

estudar atitudes básicas (habilidade da percepção espacial-visual, percepção de profundidade,

e a habilidade psicomotora). Todos os alunos foram testados consecutivamente utilizando o

simulador ProMIS III até alcançarem performance de proficiência em sutura laparoscópica.

Medidas de simulação, crítica aos erros de pontuação, observação estrutural, pontuação dos

níveis de habilidade técnica, e a gravação dos pontos, através dos Fundamentos de Cirurgia

Laparoscópica. O grupo A (high aptitude) atingiu elevando nível de proficiência após uma

média de 7 tentativas . No grupo B (low aptitude), 30 % dos alunos adquiriram proficiência

após a média de 14 tentativas. Ainda no grupo B, 40% demonstraram desenvolvimento, mas

não chegaram a alcançar proficiência, e 30% falharam na progressão. Concluindo, pois, que

distintas curvas de aprendizados para cirurgia laparoscópica podem ser mapeadas com base

nos fundamentos de habilidade e aptidão. A proporção de alunos com baixa aptidão

mostraram-se incapazes de alcançar proficiência apesar de repetições e tentativas.

A habilidade adquirida no treinamento em técnicas avançadas antes da

experiência na sala de operação pode ser benéfica para o cirurgião e o paciente. O estudantes

de medicina com treinamento exclusivamente no simulador podem adquirir performance em

sutura e confecção de nós laparoscópicos tão bem quanto os residente sênior de cirurgia. Van

Sickle, Ritter e Smith (2006) utilizaram treinamento em simulador com alunos de medicina

sem experiência prévia em sutura para realizar suturas e nós sucessivos intracorpóreas. E

residentes habilitados realizaram sutura em modelo porcino confeccionando (proficiência)

uma fundoplicatura de Nissen. Sendo estudada a performance de evolução de tempo,

manipulação na execução das suturas e total de erros nas tarefas. E concluiram que o

treinamento dos alunos pode avançar no aprendizado de habilidade em técnica laparoscópica

de sutura e confecção de nós usando exclusivamente simuladores. O alunos podem alcançar o

nível cirúrgico dos residentes, antecipadamente, durante o curso de medicina mas é necessário

um número similar de manipulação.

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A educação cirúrgica tem obrigado a mudanças dramáticas nos programas de

residência nas várias especialidades, pois não existe uniformidade na prática do ensino, na

avaliação e na utilização do laboratório de habilidades. Segundo Scott e Dunnigton (2008) o

treinamento baseado na simulação vem ganhando significância no momento e pode ser

necessário para as residências no futuro próximo. Sob a responsabilidade do American

College of Surgeons (AMS) e a Association of Program Directors in Surgery (APDS) através

de uma força tarefa, desde 2007, está sendo formada para validar o Currículo da Habilidades

Cirúrgicas, com o objetivo de estabelecer um Currículo Nacional de Habilidades. São

estimulados credenciamentos de centros com plataformas de ensino para treinamento em

cirurgia minimamente invasiva, através de laboratório com simuladores O currículo está

sendo desenhado e estruturado com bastante critério por especialistas para treinamento de

residentes através de reprodução por simulação, com verificação de proficiência na

experiência cirúrgica. No futuro, estas estratégias baseada em simulação podem ser utilizada

como proposta para assegurar a credibilidade e a competência na prática cirúrgica.

Numerosos protocolos para treinamento laparoscópicas baseados em simuladores

tem provado a eficiência dos laboratórios de habilidades. Porém, é pequeno o conhecimento

em torno da uniformidade e as facilidades que podem promover. Korndorffer, Stefanidis e

Scott (2006) catalogaram e pesquisaram 253 programas de cirurgia geral nos Estados Unidos

e avaliou a prevalência, a utilização, os equipamentos, tipos de treinamento, supervisão e o

custo dos laboratórios de habilidades em funcionamento. Dos programas de cirurgia geral

pesquisados, 162 faziam treinamento completo em laboratórios de habilidades cirúrgicas

(64%). Oitenta e oito por cento dos responsáveis consideraram efetiva e progressiva a

performance na sala de operação, entretanto somente 55% tinham laboratórios de habilidades

na própria instituição. Dos 89 programas com laboratórios de habilidade implantados na

própria instituição, 99% usam equipamentos de vídeo treino, 46% tem equipamento de

realidade virtual para treinamento. Oitenta e oito por cento tinham programa básico de ensino,

usando variáveis tipos de tarefas. Em média os residentes treinavam 50 minutos por semanas.

O treinamento é mandatório em 55% e supervisionado em 73% dos serviços. A média do

custo de implantação do empreendimento foi de U$ 133.000. Concluindo que a grande

maioria dos programas consideravam importantes e necessária a presença do laboratório de

habilidades, 45% dos programas não tem semelhantes facilidades. Entretanto, existe uma

variabilidade significante de equipamentos e prática de treinamento na avaliação do currículo.

Estratégias são necessária para implementação e divulgação dos laboratórios de habilidades, e

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estandardizar o desenvolvimento e uniformização das tarefas, da adoção e da validação

curricular para máxima acreditação na eficiência do treinamento e beneficio do educação.

A laparoscopia requer um conjunto de habilidade para realizar nós e suturas

intracorpóreas. O objetivo do estudo de Mereu et al. (2013) foi efetivar um curso de

treinamento especializado para técnicas de suturas laparoscópicas. O desenho do curso foi de

5 dias de treinamentos em habilidades de suturas com sessões de aula teórico-práticas em

pelve inanimada. O “Gladiator Rule” foi o método usado para ensinar suturas intracorpóreas,

treinando a ambidestria, mão direita-mão esquerda, dados do sentido de profundidade,

coordenação, destreza, força de tração e posicionamento. Do início ao fim do curso estes

dados foram compilados. Três evoluções práticas de performance para cada participante do

curso. Acompanhamento desde o início e das subsequentes aplicações de suturas

laparoscópicas intra-corpórea foram obtidas. Participaram 44 alunos: 33 homens, 11

mulheres. Ao final, os homens mostraram melhor coordenação, destreza de força de tração

que as mulheres. Mas não houve diferença de significância estatística em relação a idade,

sexo, cursos prévios, nível de treinamento (cirurgião ou residente) ou mão dominante. Vinte e

nove dos 40 alunos (72,5%) após o curso, continuaram aplicando sutura intracorpórea in vivo,

de forma regular. O presente estudo mostra ser útil um curso de sutura no ensino da técnica de

sutura laparoscópica. O “Gladiator Rule” ajuda a reproduzir a teoria no ensino da sutura

intracorpórea. O modelo em três estágio de treinamento permite que alunos apliquem sutura

laparoscópica in vivo.

Orzech et al. (1012) faz estudo de efetividade comparando dois tipos de

treinamentos com simulação (usando realidade virtual e em caixa de treinamento) no

desenvolvimento do ensino de sutura laparoscópica, superando a barreira da implementação

de programa de treinamento e mostrando a necessidade de conhecimento ganho com

treinamento relacionando custo e beneficio. Realizou estudo prospectivo simples cego

randomizado recrutando 24 residentes de cirurgia para treinamento de proficiência usando

simulação com realidade virtual (RV) e caixa de treinamento. Todos os residentes realizaram

suturas laparoscópica intracorpórea durante fundoplicatura de Nissen, no paciente em sala de

operação. Todos os casos operados foram gravados em vídeo e a proficiência técnica foi

avaliada usando dois instrumentos de validação. A performance na sala de operação de ambos

os grupos foi comparada com o treinamento convencional de residente acompanhados pelos

preceptores de cirurgia. A análise do custo do treinamento em caixa, treinamento em realidade

virtual e treinamento convencional da residência foram cruzados no Programa Canadian de

Perfomance Cirúrgica, avaliação global do tempo de sutura com pontuação e check-list das

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tarefas. O desempenho global mostrou melhor desempenho no grupo de treinamento virtual

que no treinamento em caixa, na transferência de habilidades para a sala de operação. Porém,

o custo anual de treinamento dos residentes, foi $11,975.00 na caixa de treinamento, $

77,500.00 na realidade virtual e 17,380.00 no treinamento convencional da residência. Após 5

anos, o treinamento em caixa de simulação foi o que apresentou melhor custo beneficio e a

opção preferencial em todos os programas de residência. O treinamento com a simulação

virtual e na caixa de treinamento diminui significantemente a curva de aprendizado necessária

para aprender sutura laparoscópica. O treinamento com Realidade Virtual foi a modalidade

mais eficiente de treinamento, porém, o treinamento em caixa mostrou ser a opção de maior

custo beneficio.

Uma caixa de treinamento laparoscópico pode ser construída usando computador

e webcam para fornecer ao residente instrumento de treinamento prático em casa. Kiely,

Stephanson e Ross (2011) realizaram estudo para avaliar a qualidade de imagem de caixa de

laparoscopia de baixo custo construído utilizando cinco modelos diferentes de computadores

acoplados a webcam: A (High-definition USB®

2.0), B (Firewire, Mac LaptoP®) C ((High-

definition USB 2.0, Mac LaptoP®

), D (Standard USB, PC desktop), E (Firewire, PC desktop)

e F (Modelo TRCDO3 3-DMed®

), um sistema clássico (estandarde) de treinamento

minimamente invasivo (Minimally Invasive Training Sistem – MITS), comercialmente

utilizado com custo daaquisição de U$ 2,552 por unidade. Os residente do Departamento de

Obstetrícia e Ginecologia da Universidade de Calgary participaram em rodízio executando

tarefa de transferência de objeto nos seis modelos de simuladores, de forma randomizada.

Avaliaram, através da escala qualitativa-quantitativa de Likert (1 = pobre, 2 = aceitável, 3 =

bom, 4 = muito bom, e 5 = excelente), o nível da qualidade da imagem, do movimento dos

instrumentos em todas as caixas de treinamento e quais delas tinha qualidade suficiente de

imagem para servir de treinamento, Dois modelos de treinamento, caixa A (high-definition

USB® 2.0 webcam) e caixa B (Firewire webcam, Mac LaptoP

®), apresentaram alta definição

na qualidade da imagem comparados com o simulador clássico 3-DMed®, com custo

aproximado de $100 e $160 cada, sem incluir o computador e os instrumentos laparoscópicos.

A instalação e implantação de um Laboratório de Habilidades Cirúrgica, no

Brasil, desde o treinamento do modelo de ensino teórico-pratico, capacitação de preceptores e

monitores de cirurgia até a aquisição de materiais audiovisuais, incluindo 4 (quatro)

simuladores ESTB e e instrumentais vídeo cirúrgicos (porta-agulhas, pinças, tesouras) de

fabricação nacional terá custo operacional médio de U$ 15,000. Esta custo poderá triplicar se

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a aquisição dos simuladores e instrumentais forem importados, por conta de impostos,

transporte, seguros e taxas aduaneiras.

Existem várias classificações de tipos de simuladores para a cirurgia endoscópica

na atualidade para treinamento de vídeo endoscopia, a saber:

Simuladores sem aquisição de imagem (Caixas abertas e Caixas com espelho).

Simuladores com equipamentos de aquisição de imagem (Caixas com laparoscópio

estandarde e Caixas com câmera de vídeo comercial).

Modelos de ensino como MISTELS (McGill Inanimate System for Training and

Evaluation of Laparoscopic Skills): Simulap®

e Laptrainer®

Modelos Analisadore de Movimentos:ISCAD (Imperial College Surgical

Assessment Device) e ADEPT (Advanced Dundee Endoscopic Psychomotor Tester)

Modelos Virtuais: MIST-VR®,

, LapSim Surgical Science Gothenburg,Xitact®,

LS500 Xitact Morges, Reaching Laparoscopic®,

,Trainer Rachin®, ProMIS

® e LapMentor

Imbionix®. (3)

Os modelos de simuladores e os laboratórios de habilidades podem ser

reproduzidos em vários centros médicos e universitários com proposta de ampliação desta

área de atuação, treinamento, habilitação, capacitação e ensino. Existe uma lacuna importante

da literatura científica na descrição e demonstração das diferentes técnicas de sutura em

videocirurgia. Existem muitas modalidades técnicas para a confecção de nós cirúrgicos em

videocirurgia. O seu conhecimento é importante para permitir ao cirurgião a escolha adequada

nas diferentes situações e estratégias cirúrgicas existentes. A sistematização técnica dos nós e

suturas em videocirurgia torna o procedimento mais fácil e seguro.(1).

Segundo Osvaldo Malafaia (informação verbal), os estudantes de Medicina

aprendem a dar nós e pontos manuais, além de suturas convencionais, porém não adquirem

nenhuma habilidade em vídeocirurgia na matriz curricular (ergonomia, estereotaxia,

ambidestria, percepção sensitivo-motora, hapticidade, interface real e virtual). Somente

absorvem estes conceitos quando adentram na residência de cirurgia geral, onde demanda

tempo e dedicação, tanto do preceptor quanto do médico residente para habilitar-se neste

mister. E mais ainda, o treinamento é feito no trans-operatório, em tempo real, prolongando o

tempo cirúrgico-anestesiológico do paciente, quando ambos, aluno e preceptor, poderiam

estar desprendendo energia e conhecimento em outra atividade didática ou de prática

operatória, se o aprendizado fosse prévio em simuladores, num laboratório de habilidades

cirúrgica, cuja presença seria fundamental em todo hospital escola.

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6.1 Considerações finais

Os alunos dos Grupo I, a partir das aulas teóricas práticas da disciplina de Clínica

Cirúrgica I, tinham como objetivo aprender os conceitos básicos de cirurgia, conhecer

materiais e instrumentais e a executar confecção de nós cirúrgicos manuais e instrumentais.

Houve homogeneidade no tempo e todos os alunos executaram as tarefas propostas. A

acreditação e a validação do nó ajustado como sendo melhor de ensinar e confeccionar e

metodizar, foi testada comparando com o nó clássico, este utilizado na rotina cirúrgica, sem

uma proposta metológica. Da comparação surgiram as conclusões do Nó clássico versus Nó

ajustado.

O tempo médio de confecção manual (amarria) de nó clássico foi sememlahnte ao

nó ajustado, sem significância estatística. O nó ajustado exige movimentos a mais para sua

execução, com passada de fio de uma mão para outra, exercitando a ambidestria na execução.

Porém, como o tempo médio de soltura do nó clássico também foi menor que o tempo do nó

ajustado, é possível concluir que, se o nó clássico é mais rápido na sua soltura, tem menos

firmeza na sua amarria, sendo pois mais fácil de soltar, podendo ser menos seguro numa

sutura cirúrgica em tecido animal.

O comprimento e o peso médio do nó clássico e do nó ajustado foram

semelhantes. Apesar de, o comprimento, o peso e o volume serem semelhante, a

configuração espacial diferente, o trançado da amarria poderá deixar corpos estranhos

diferentes em tecido animal. Fato que pode abrir caminho para estudar resposta inflamatória

tecidual diferente aos dois tipos de nó, o clássico e o ajustado.

Por conclusão, o nó ajustado desliza fácil, aperta firme, tem eficácia, segurança na

amarria e dificuldade no desmanche, desenvolve ambidestria na sua confecção, tem

construtividade espacial: configuração, formatação e execução. Sua metodização promove

coordenação sequencial na confecção dos nós (Letra C – Letra D), portanto, pode continuar

sendo ensinado no LHC para adquirir habilidades.

A comparação do tempo médio de execução do ponto instrumental extra-

corpóreo com nó ajustado entre os alunos do Grupo I (Clínica Cirúrgica I) e Grupo II (Clínica

Cirúrgica III) teve como objetivo avaliar retenção de conceitos psicomotores, haja vista que, a

turma de alunos do Grupo II tem um ano a mais na graduação, podendo neste período de

tempo, ter modificado a retenção dos conceitos psicomotores da execução da tarefas:

regressão, manutenção ou progressão de habilidades. O resultado mostrou progressão da

habilidade com um tempo menor de execução dos pontos instrumentais, mesmo que sem

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significância estatística, podendo levar a conclusão que o método de ensino foi eficaz no

aprendizado e a retenção dos conceitos psicomotores promoveram progressão da habilidade

cirúrgica.

Os alunos dos Grupo II, à partir das aulas teóricas práticas da disciplina de Clínica

Cirúrgica III, tinham como objetivo aprender os conceitos básicos de vídeo cirurgia

(ergonomia, estereotaxia, triangulação de movimentos, ambidestria, efeito fucral, e

movimentos invertidos), conhecer materiais e instrumentais de endo-cirurgia, executar

transferência de objetos de compartimentos, com passada de alça, confecção de nós cirúrgicos

instrumentais extra e intra-corpóreos. Houve homogeneidade no tempo e todos os alunos

executaram as tarefas propostas. Além de aprender estes novos conceitos de vídeo cirurgia e,

diante de um novo ambiente de trabalho, virgem de informações cerebrais, a pesquisa foi

buscar informaçãoes sobre ambidestria (ou mão dominante), gênero, e influência externa de

experiências em computador através de vídeo-games, habilidades na instrumentalização

musical, com fatores que poderiam interferir, no aprendizado, na aptidão e na habilidade

musical.

A comparação do tempo de execução da tarefa de transferência de objetos com a

mão direita versus a mão esquerda, de um compartimento para outro, no simulador de

cavidade abdominal EndoSuture Training Box, mostrou que a mão dominante nas atividades

normais extra-corpóreas continuam dominando as ações intra-corpóreas e que os canhotos

tem mais habilidade com a mão direita que os destros em relação à mão esquerda. Como o

meio externo é feito para os destros, o exercício continuado do canhoto para manejar os

instrumentos com esgonomia destra, levou os canhotos a se adaptarem e desenvolver mais

sinergia com a mão direita (ambidestria ou ambiesquerdia). Este fato abre caminho para

estudar se a repetição e o exercício regular com a mão esquerda na vídeo cirurgia poderá

favorecer a ambidestria neste novo ambiente de trabalho.

A comparação do tempo de execução da tarefa de transferência, entre os gêneros,

mostrou que o sexo masculino efetuou as tarefas em tempo menor que o feminino. Talvez por

que o sexo feminino tenha menor aptidão por esta área de atuação. No entanto, dados de

literatura apontam que o tempo de retenção dos conceitos cirúrgicos na mulheres são maiores

que os homens, mas ao alcançar a proficiência elas executam as mesmas manobras com mais

prudência e precisão.

A comparação do tempo médio de transferência da execução da segunda tarefa

entre o subgrupo II.A (que começoeu com a mão direita) e o subgrupo II.B (que começou

com a mão esquerda), mostrou que na ação do segunda etapa de transferência houve

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129

diminuição do tempo, sugerindo que a retenção de conceitos, o treinamento com repetição das

ações e movimentos levam à progressão de habilidades.

A comparação da execução das tarefas dos alunos com exercício frequente em

commputadores, aplicando regularidade em jogos com mais de 3 horas semanais – os

gamers), mostrou mais rápida execução sem singnificância estatísticas, em relação aos no-

gamer Os trabalhos de literatura revelam maior percepção espacial em quem execercita

simulação por commputador, aptidão musical e em matemática.

O Grupo III formado por alunos que já cumpriram as disciplinas de Base da

Técnica Cirúrgica e da Clínica Cirúrgica, responderam a questionário com 20 quesitos em

escala de Likert (1.concordo totalmente, 2.concordo parcialmente, 3. indiferente, 4. discordo

parcialmente, 5. discordo toralmente), avaliaram e validaram o LHC como instrumento

adequado para desenvolver o modelo acadêmico teórico prático de ensino em cirurgia, dentro

da plataforma curricular da graduação em medicina.

O Grupo IV, formado por cirurgiões de várias áreas de atuação e diferentes níveis

de experiência em endo-suturas, desde residentes de cirurgia e urologia até profissionais com

atividade regular e continuada em vídeo cirurgia avançada com endo-suturas e

endoanastomoses. Tiveram como objetivo na pesquisa avaliar para validar as condições

técnicas e tecnológicas do simulador real de cavidade abdominal EndoSuture Training Box,

comparando com o simulador clássico 3-DMed®, utilizado em cursos de educação continuada

pelas sociedades cirúrgicas e disponível comercialmente no mercado. De forma randomizada

os 37 cirurgiões realizarão endosutura (6 pontos com 5 nós, simulando uma Fundoplicado de

Nissem – 2 pontos no pilar e 4 pontos no fundo gástrico), até no tempo máximo de 18

minutos. Foram estratificados de acordo com tempo do desempenho de execução da tarefa

em ESCALA DE PROGRESSÃO DE HABILIDADES E PROFICIÊNCIA DE SUTURAS

EM VÍDEO CIRURGIA. Esta escala definiu, através da avaliação da progressão de

habilidades o perfil técnino dos cirurgiões estudados e mostrou que as melhores

performances das tarefas foram relacionadas com a maior expeciência prática dos cirurgiões

na execução de endosuturas, podendo ser utilizada como pré-teste e pós-teste em treinamento

de endosuturas de alunos nas disciplinas cirúrgicas e em cursos de educação continuada junto

aos residentes e jovens e jovens cirurgiões

Estudos posteriores poderão ajudar a delinear a carga de treinamento (em pré-

teste e pós-teste) necessário para adquirir habilidade progressiva de proficiência e transferir

estes conceitos para a sala de operação, aumentando a eficácia, a segurança, a experiência

acumulada e minimizando os riscos de morbi-mortabilidade cirúrgica junto ao paciente..

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130

Responderam a um questionário de 10 quesitos, na escala de Likert, onde

avaliaram e validaram o simulador EndoSuture Training Box com condições técnicas e

tecnológica de serem instrumento de ensino no contexto do Laboratório de Habilidades

Cirúrgicas.

O simulador real de cavidade abdominal EndoSuture Training Box foi bem

avaliado pelos cirurgiões e mostrou que pode ser validado como instrumento de treinamento

no contexto do Laboratório de Habilidades Cirúrgicas, proporcionando, através da simulação

realística, absorção dos conceitos psicomotores teórico-prático prévios para habilitar-se em

vídeo cirurgia, diminuindo a curva de aprendizado, antes de executar atividade prática in vivo

(curva de adaptação). Apresenta constructo e perfil de manter-se atualizado, acompanhando as

mudanças inovadoras da tecnologia.

O Grupo de Apoio, composto por 11 acadêmicos de medicina, monitores das

disciplinas de Base da Técnica Cirúrgica e da Clínica Cirúrgica, tiveram papel fundamental

em todas as etapas da execução do método, na coleta de dados, no recrutamento de alunos, no

auxílio com câmera aos cirurgiões, aprenderam ao longo do desenvolvimento do trabalho, e

iniciaram-se na condição de pesquisadores, fato que poderá ajudá-los na decisão de seguir em

área de atuação cirúrgica, na docência e na pesquisa científica.

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7 CONCLUSÃO

1. O modelo acadêmico teórico-prático de ensino em vídeo cirurgia foi bem

avaliado, sendo validado e podendo continuar integrando o contexto da plataforma curricular

da graduação médica, junto as disciplinas de cirurgia.

2. O Laboratório de Habilidades Cirúrgicas, é composto de elementos capazes de

atuar no ensino, na educação médica continuada, além de ser campo fértil na pesquisa

científica.

3. O simulador real de cavidade abdomonal EndoSuture Training Box foi bem

avaliado e mostra-se como instrumento validado para treinamento em vídeo cirurgia.

4. A Escala de Progressão de Habilidades e Proficiência em Sutura por Vídeo

Cirurgia poderá ser utilizada para avaliar, em pré-teste e pós-teste, o nível técnico de

cirurgiões e dos alunos que participarem de aprendizado em endosuturas e ajudar a definir a

carga de treinamento que terão de executar para adquirir habilidades até alcançar o platô de

proficiência.

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137

APÊNDICE A – SOLICITAÇÕES DE APRECIAÇÃO PARA APROVAÇÃO DO

PROJETO DE PESQUISA

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Solicitação de Apreciação para Aprovação do Projeto de Pesquisa

Ilmo. Sr Antônio Luiz.

Coordenador do Comitê de Ética e Pesquisa do HGC

Encaminho a Vossa Senhoria o Projeto de Pesquisa intitulado: Laboratório de Habilidades Cirúrgicas: modelo acadêmico teórico-prático de ensino em

cirurgia, para submeter a apreciação do COMEPE.

Nestes Termos

P. Deferimento

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139

APÊNDICE B – DECLARAÇÃO DE CONCORDÂNCIA DOS PESQUISADORES

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APÊNDICE C – PLATAFORMA BRASIL (PROJETO DE TESE DE DOUTORADO)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

FACULDADE DE MEDICINA

DEPARTAMENTO DE CIRURGIA

LABORATÓRIO DE HABILIDADES CIRÚRGICAS:

MODELO ACADÊMICO TEÓRICO-PRÁTICO DE ENSINO EM

CIRURGIA

Projeto de Tese de Doutorado

Orientador: Prof. Dr. Manoel Odorico de Moraes Filho

Doutorando: Luiz Gonzaga de Moura Júnior

Fortaleza – Ceará

2015

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141

1. TÍTULO DA PESQUISA:

LABORATÓRIO DE HABILIDADES CIRÚRGICAS: MODELO

ACADÊMICO DE ENSINO TEÓRICO-PRÁTICO EM CIRURGIA

2. PESQUISADOR RESPONSÁVEL

Luiz Gonzaga de Moura Júnior

3. ÚLTIMA MODIFICAÇÃO:

4. TIPO DE SUBMISSÃO:

Área temática: educação de graduação em medicina

Área do conhecimento – Grande área: Ciência da Saúde

5. PALAVRAS CHAVES: laparoscopia, educação de graduação em

medicina, desempenho psicomotor, simulação por computador, técnicas

de sutura.

6. SITUAÇÃO DA PESQUISA

7. ENVOLVE SERES HUMANOS: Sim

8. MODELO: Simplificado

9. PESQUISADOR PRINCIPAL

Luiz Gonzaga de Moura Júnior - CPF 119.508.973-20

Nome Social: Luiz Moura - Telefone: (85) 3246.10.31

Email: [email protected]

10. INSTUIÇÃO PROPONENTE:

A. Universidade Federal do Ceará – Departamento de

Cirurgia - Submissão do doutorado.

Rua Coronel Nunes de Melo, 1127, Fone (85) 3366-83.44

B. Universidade Estadual do Ceará – Curso de

Medicina – Clínicas Cirúrgicas I e III – matriz

curricular onde os alunos serão recrutados para

serem submetidos à pesquisa

Avenida Paranjana, Itaperi, Fone (85) 3101.87.93

C. Hospital Geral César Cals – Centro de Estudos e

Apoio a Pesquisa - CEAP - Laboratório de

Habilidades Cirúrgicas - local onde será realizada a

pesquisa Fone (85) 3101.53.54

11. O ESTUDO É INTERNACIONAL: Não

12. DESENHO DO ESTUDO

13. APOIO FINANCEIRO: recurso próprio

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142

DETALHAMENTO DO ESTUDO

A. RESUMO

Há uma tendência em tornar imprescindível a presença do laboratório

nas escolas médicas, pela relevância cada vez maior no século da tecnologia, da

informação e da evolução cirúrgica, pois é grande a velocidade com que surgem

novos procedimentos, equipamentos, materiais biocompatíveis, e medicamentos

para o uso potencial em cirurgia. A simulação em laboratório é indispensável,

para acompanhar esta evolução e testar as novas técnicas cirúrgicas, materiais e

instrumentos, quanto para desenvolvimento de habilidades. O treinamento no

simulador pode ajudar a vencer a curva de aprendizagem de um novo e

complexo ambiente de trabalho, através da prática repetitiva com segurança,

eficácia nas manobras, sem riscos, sem ameaças e pode causar melhora da

performance durante o encontro com o paciente na sala de operação.

O projeto será um estudo prospectivo, randomizado, longitudinal

observacional, para avaliar e validar modelo teórico-prático de ensino em

cirurgia, presente na matriz curricular das disciplinas de Cirurgia Geral I e III do

Curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará desde 2010.

Desenvolvido com alunos do curso de medicina e cirurgiões recrutados, com

níveis diferentes de habilidades, distribuídos em quatro grupo, onde serão

executadas todas as etapas do ensino, desde a teoria em sala de aula,

apresentação de vídeos cirúrgicos, indo para a prática do aprendizado, numa

sequencia evolutiva de complexidade das estações de treinamento. Execução de

tarefas com repetições de movimentos, metodização, progressão de habilidades

em nós, suturas manuais e instrumentais, em simulação extracorpórea e caixas

de treinamento intracorpóreo de cavidade abdominal, no ambiente do

laboratório, para que a retenção dos conceitos possam ser transferidos com

proficiência para sala de operação na prática clínica diária. Será estudado o

simulador de cavidade abdominal – EndoSuture Training Box desenvolvido pelo

autor, com potencial efetividade, validade construtiva, inovação tecnológica e

desenho de baixo custo, podendo servir como instrumento de ensino em

videocirurgias no contexto do Laboratório de Habilidades Cirúrgicas (LHC).

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143

B. HIPÓTESE

O Laboratório de Habilidades Cirúrgicas (LHC) pode funcionar de

forma que o aluno tenha a possibilidade de executar técnicas,

adquirindo conhecimentos práticos para posterior execução em campo

de estágio supervisionado. Pode permitir manusear equipamentos,

adquirir destreza manual, experimentar, testar, sobretudo corrigir-se

para posterior prática em campo de estágio: aprender, treinar,

metodizar e habilitar-se. Pode favorecer o desenvolvimento de

habilidades específicas, no intuito de capacitar os alunos para a prática

hospitalar, com o aperfeiçoamento de técnicas e procedimentos,

levando-o a manusear materiais e a familiarizar-se com os passos da

execução. Poderá auxiliar no processo da assimilação de técnicas

específicas que serão desenvolvidas junto aos pacientes, além de criar

oportunidade de rever técnicas e procedimentos. O efeito positivo na

curva de aprendizado após treinamento em realidade virtual poderá

ajudar a melhorar o aproveitamento das habilidades psicomotoras

básica e minimizar o impacto psicológico do aluno, quando em

situação real antes de iniciar a prática hospitalar na sala de operação.

Ao realizar a integração do professor, do instrutor e o monitor de

ensino com o aluno que utiliza este espaço pode despertar a vocação

docente, bem como a prática científica. e ajudar a tomar a decisão de

seguir a área de atuação cirúrgica ao observar suas aptidões com o

manejo de instrumental e o desenvolvimento da técnica e tática

operatória ainda num ambiente de simulação. Através da simulação é

possível validar as habilidades técnicas como instrumento de ensino, e

o LHC poderá integrar a matriz curricular ausente e carente na maioria

dos cursos de Medicina.

C. OBJETIVO PRIMÁRIO

2.1 Gerais: Desenvolver em graduandos de medicina, habilidades psicomotoras

cirúrgicas, utilizando o laboratório de habilidades cirúrgicas, como ferramenta

educacional.

Proporcionar ao aluno de Medicina, modelo teórico-prático de ensino, através

do manejo de nós cirúrgicos manuais, suturas instrumentais convencionais e

vídeocirúrgicas, para que o aprendizado progressivo e a retenção de habilidades

psicomotoras aconteçam em ambiente adequado de trabalho (laboratório de

habilidades cirúrgicas), a educação cirúrgica alcance níveis seguros de

proficiência e promova retenção dos conceitos para transferência das habilidades

cirúrgicas na execução dos tempos operatórios no paciente real (animalis

nobilis). E mostrar que o LHC pode ser uma ferramenta de ensino dentro da

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matriz curricular, ser utilizado no campo da pesquisa e extensiva a cirurgiões na

educação continuada para consolidar a manutenção da proficiência.

Específicos:

Habilitar o graduando de medicina na confecção de nós, pontos e suturas

cirúrgicas manual e instrumental em ambiente adequado de ensino.

Avaliar o grau de satisfação do aluno com relação a ferramenta

educacional utilizada;

Analisar o desenvolvimento de habilidade cirúrgica;

Habilitar o aluno, após a absorção, sedimentação e retenção dos conceitos de

vídeocirurgia (ergonomia, estereotaxia, ambidestria, movimentos invertidos,

hapticidade), a executar a técnica correta da confecção de endonós e

endossuturas, manuseio de instrumental cirúrgicos numa sequencia progressiva

de várias estações, através de simuladores de cavidade abdominal, o manejo o

mais próximo possível da realidade, com treinamento metodizado, adequado,

sistematizado, orientado por professores e monitores de cirurgia.

D. PROPOSTA METODOLÓGICA

O trabalho será desenvolvido com alunos de Medicina, matriculados nas

disciplinas de Clínica Cirúrgica I e Clínica Cirúrgica III, turmas com o máximo

de 40 alunos, em atividade cursando o primeiro semestre de 2014 (2014.1), da

Universidade Estadual do Ceará – UECE.

Alunos do curso de Medicina da UECE que já realizaram as disciplinas

Clínica Cirúrgica I e III e estagiaram oficialmente no LHC em aulas práticas

destas disciplinas.

Cirurgiões membros das Sociedades Médicas, habilitados, titulados e

capacitados na execução de sutura vídeo-cirúrgica (Colégio Brasileiro de

Cirurgiões – CBC, Sociedade Brasileira de Cirurgia Laparoscópica -

SOBRACIL, Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica –

SBCBM).

Congressistas inscritos no I Congresso Norte de Cirurgia Bariátrica e

Metabólica da SBCBM em Belém- Pará 31 de julho a 02 de agosto de 2.014,

após realizarem o Curso Avançado de Endosuturas e Endoanastomoses.

Residentes de Cirurgia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal

do Maranhão, após participarem do Curso Avançado de Endosuturas e

Endoanastomoses, para instalação do Laboratório de Habilidades Cirúrgicas

daquela unidade de ensino.

Alunos monitores de ensino que já estagiaram no LHC para auxiliar e dar

suporte técnico na execução do projeto.

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Recrutados voluntariamente, após completo conhecimento do projeto e

formalização da aceitação através do Termo de Consentimento Esclarecido e

Informado, concordando participar das várias etapas da pesquisa. Tendo como

Critério de Exclusão aqueles que se recusarem de participar do projeto ou

abandonarem o projeto em andamento, ou se recusarem a cumprir todas as

etapas do método de pesquisa ou não conseguirem executar integralmente as

tarefas propostas.

CENTRO DE EXECUÇÃO DA PESQUISA

O LHC é um instrumento de ensino do Hospital Geral César Cals (HGCC) de

Fortaleza, em parceria com o Departamento de Cirurgia do curso de Medicina

da Universidade Estadual do Ceará (MEDUECE), com instalação própria,

implantado e com atividade regular desde 2010, e regulamentado através de

portaria 14|2011. (Publicada no Diário Oficial de 01.08.2011).

Destina-se a atividades acadêmicas das Universidades conveniadas com a

Secretaria da Saúde da Saúde do Estado do Ceará, abrangendo atendimento aos

alunos: acadêmicos do curso de Graduação em medicina das Universidades,

internos, residentes e médicos do corpo clínico, com atividades das disciplinas

de que possuam práticas de Medicina, propiciando treinamento teórico e prático

de cirurgia convencional e vídeocirurgia, utilizado na integração da investigação

e estudo para o desenvolvimento de técnicas e procedimentos cirúrgicos, para

que, a partir do estudo de forma metodológica, o aluno aproprie-se do

conhecimento e desenvolva habilidades para o processo de operar, através de

aulas teórico-práticas com a simulação de procedimentos e cuidados de

medicina cirúrgica.

Tem com público alvo os alunos:

Acadêmicos do curso de Graduação em medicina das Universidades

conveniadas;

Doutorandos do internato de cirurgia e ginecologia do HGCC;

Residentes de cirurgia, ginecologia, urologia e outras áreas de atuação

em cirurgia do HGCC e de outros hospitais escolas .

Cirurgiões de várias áreas de atuação do corpo clínico e de outros

hospitais públicos;

Sociedades e entidades médicas para promoção oficial de cursos

vinculados a eventos científicos e de educação continuada (jornadas,

simpósios e congressos).

Mestrado profissional multidisciplinar em parceria com a UFC, UECE,

UNICHRITUS (projeto em fase de aprovação junto a CAPS).

Pesquisas clínicas no campo da cirurgia e da simulação.

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Destina-se conforme os objetivos.

I- Ao ensino: aulas práticas das disciplinas da matriz curricular de cursos de

graduação, lato sensu, ou pós-graduação acadêmica, stricto sensu.

II- À pesquisa: produção de conhecimento novo, vinculado ou não a

programas acadêmicos de pós-graduação, stricto sensu.

III- À extensão: experiências de aplicação prática do conhecimento já

dominado, na educação continuada para manutenção e retenção das

habilidades.

IV- Função mista: destinado em proporções semelhantes às três

possibilidades de atividades: ensino, pesquisa e extensão.

Propiciar aos alunos acadêmicos, doutorandos, residentes, e médicos do Corpo

Clínico o ensino prático do conhecimento teórico, simulando situações reais de

trabalho. Instrumentalizar os alunos para a aquisição de habilidade, destreza e

agilidade nos procedimentos e técnicas a serem executados, capacitando-os para

a prática profissional.

Apresenta modelo pedagógico de ensino metodizado por todos monitores e

professores para obter o melhor resultado final no aprendizado do aluno.

Treinar e orientar aos alunos para uso adequado de material e instrumental,

evitando dano e desperdício e prevenindo acidentes envolvendo materiais

perfurocortantes ou fluído orgânico, utilizando adequadamente os EPI

(Equipamentos de Proteção Individual) fornecido pela Instituição, obedecendo

as normas de segurança.

Padronização do modelo de ensino, após treinamento progressivo para retenção

de habilidades até atingir o platô da proficiência básica e avançada.

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ETAPAS DE EXECUÇÃO DO MODELO DE ENSINO

1. Aula teórica a. Grupo I - alunos da Clínica Cirúrgica I dentro da matriz curricular:

. Conceitos de nós e suturas, materiais, instrumentais e fios cirúrgicos.

. Conceito de nó clássico e nó ajustado.

. Sessão de vídeos cirúrgicos editados que serão reproduzidos na

pesquisa.

. Visita ao Laboratório de Habilidades Cirúrgicas.

. Explicação das etapas do projeto aos alunos voluntários.

b. Grupo II - alunos da Clínica Cirúrgica III dentro da matriz curricular:

. Conceitos básicos de vídeo cirurgia (ergonomia, estereotaxia,

ambidestria, movimentos invertidos, efeito fucral, hapticidade) em

cirurgia minimamente invasiva.

. Recapitulando conceitos de nó clássico e nó ajustado, ensinados na

disciplina do semestre anterior (Clínica Cirúrgica I)

. Sessão de vídeos cirúrgicos editados que serão reproduzidos na pesquisa.

. Visita ao Laboratório de Habilidades Cirúrgicas.

. Explicação das etapas do projeto aos alunos voluntários.

c. Grupo III – Alunos que já cursaram as disciplinas de Clínica Cirúrgica I

e III com o conteúdo de aulas práticas no LHC, no período de 2010,

2011, 2012 e 21013.

. Pesquisa de opinião através de resposta psicométrica (Escala de

Likert), de questionário qualitativo-quantitativo, objetivo-subjetivo, para

medir o nível de concordância ou não concordância à afirmação,

relacionado com o estágio prático no LHC.

d. Grupo IV - Subgrupo 1. Alunos cirurgiões com proficiência endo-

suturas

Subgrupo 2. Alunos cirurgiões do Curso Avançado de Endo-suturas e

Endo-anastomoses – Jornada Norte-Nordeste de Cirurgia Bariátrica e

Metabólica - Belém- Pará - 31.07.14.

Subgrupo 3. Alunos residentes de cirurgia geral do Hospital

Universitário XXXXX – São Luis – Maranhão – 19.08.14

. Sessão de vídeos cirúrgicos editados que serão reproduzidos na

pesquisa.

.Visita ao Laboratório de Habilidades Cirúrgicas.

. Explicação das etapas do projeto aos alunos voluntários.

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. Avaliação do nível de proficiência do total de alunos e de cada um dos 3

subgrupos, através das tarefas executadas dentro do tempo predeterminado para

este exercício, em cada simulador).

. Pesquisa de opinião através de resposta psicométrica (Escala de Likertin), de

questionário qualitativo-quantitativo, objetivo-subjetivo, para medir o nível de

concordância ou não concordância à afirmação, relacionado com a qualidade

técnica do simulador de cavidade abdominal clássico e o EndoSuture Training

Box.

e. Grupo de apoio técnico - alunos monitores

.Visita ao Laboratório de Habilidades Cirúrgicas.

. Explicação das etapas do projeto e o apoio aos alunos voluntários.

. Coleta de dados após cada exercício, dos questionário executado e dos Termos

de Consentimento Livre e Esclarecido assinados por cada aluno.

2. Aulas práticas no LHC dentro da matriz curricular

a. Sexta-feira, manhã, de 7:00 as 11:00h

Para alunos da Clínica Cirúrgica I, turma média de 5 alunos,

supervisionados pelo professor e alunos-monitores:

. Nós manuais com cordões de fio transado de polipropileno, ancorados

em argolas fixas na parede do LHC e suturas instrumentais extra-

corpóreas executadas em bandejas de suturas.

. Repetição dos tempos de confecção dos nós, até sedimentação e

retenção dos conceitos da execução.

b. Quarta-feira, tarde, de 13:00 as 17:00h

Para alunos da Clínica Cirúrgica III, turma média de 5 alunos,

supervisionados pelo professor e alunos-monitores:

. Nós e suturas instrumentais convencionais em bandeja de suturas, em

esponjas de EVA e fio de seda 2.0; endo-laparoscópicas, e transferência

de objetos de um compartimento para outro, no simulador de cavidade

abdominal (em 3 dimensões – janela laparoscópica e em 2 dimensões –

portais laparoscópicos).

. Repetição dos tempos de confecção dos nós e movimentos

laparoscópicos, até sedimentação e retenção dos conceitos.

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c. Sábado, manhã, tempo de 1 hora

Para aluno do Grupo I ( Clínica Cirúrgica I)

Treinamento com nós manual em argolas e nó instrumental extra-corpóreo em

bandeja de sutura.

Para aluno do Grupo II (Clínica Cirúrgica III)

Treinamento com nó instrumental extra-corpóreo, em bandeja de sutura e

treinamento de movimentos invertidos e ambidestria no simulador EndoSuture

Training Box.

Para os alunos cirurgiões

. Treinamento com instrumentais videocirúrgicos no simulador clássico e no

EndoSuture Training Box, para se familiarizar com os dois simuladores, de

endonós e endosuturas.

Para alunos que já concluíram as disciplina Clínica Cirúrgica I e III

. Responder via internet, pesquisa de opinião, através de resposta

psicométrica ( pontuação através da Escala de Likert), questionário (20

quesitos) qualitativo-quantitativo, objetivo-subjetivo, para medir o nível

de concordância ou não concordância à afirmação, relacionado com o

estágio prático no LHC.

Para alunos monitores:

. Explicação das etapas do projeto e o apoio aos alunos voluntários na execução

correta dos exercícios.

. Execução de todas as etapas, através de projeto piloto, para familiarização dos

procedimentos.

. Coleta de dados após cada exercício executado.

. Familiarização com balança de precisão, cronômetros, fitas métricas, tabelas e

fichas de cada aluno.

EXECUÇÃO DAS ETAPAS NO LHC

Trabalho realizado nos dias de sábado, de 8:00 as 12:00, no semestre

2014.1, após aulas práticas da matriz curricular, nas duas semanas

imediatamente anteriores e até terminar a participação de todos os alunos

voluntários.

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GRUPO I - Alunos da Clínica Cirúrgica I

Randomização (linha de código de Programa de Randomização – Sistem

Pause) na ordem de chegada, para saber por onde começa a execução dos

pontos, na sequencia nó ajustado\nó clássico, ou o inverso nó clássico\nó

ajustado.

Treinar 10 minutos na execução de cada tipo de nós antes de iniciar a

validação dos pontos.

Realizar nós com cordão de polipropileno transado, de cor branca, de 70 cm de

comprimento e 3 mm de diâmetro:

a) 6 pontos clássicos com 5 nós cada

6 pontos ajustados com 5 nós cada

Anotar tempo de execução, que se inicia quando o aluno posiciona o cordão

entre os dedos indicador e polegar na forma de pinça de apreensão. Termina a

contagem do tempo quando aperta o último nó (quando este se ajusta ao

penúltimo nó).

b) Cortar cada ponto a 1 cm do último nó, com lâmina de bisturi ou tesoura de

fio

c) Desatar cada o nó clássico e o nó ajustado executado.

Anotar tempo de execução que se inicia quando o aluno posiciona o

cordão entre os dedos indicador e polegar na forma de pinça de

apreensão. Termina a contagem do tempo quando desata o último nó e

cada extremidade do fio fica pinçado entre os dedos da mão direita e

esquerda.

d) Medir e pesar cada fio que realizou os pontos

e) Execução de 6 (seis) pontos separados com 5 (cinco) nós ajustados cada um,

com ethibond 2.0, agulhado, de forma instrumental em bandeja cirúrgica

extra-corpórea (porta-agulha, pinça de dissecção e tesoura convencionais) em

EVA, na bandeja de sutura. Começa a contagem do tempo quando o aluno

posiciona a agulha para penetrar no EVA e termina quando corta o último nó.

f) Anotar tempo de execução.

g) Condicionar os fios em saco zipado específico, identificado com o número do

aluno (aluno 1, nó ajustado manual, nó clássico manuale nó instrumental) e

colocar em pasta especifica para cada grupo e etapas.

h) Assinar lista de presença.

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Aluno-monitor:

Cronometrar tempos de amarria.

Cronometrar tempos para desatar cada nó.

Medir com a fita métrica, em centímetros o tamanho do fio que foi usado na

execução do nó.

Pesar em balança de precisão, em gramas, cada fio utilizado na execução do

nó.

Cronometrar tempo de execução do ponto instrumental.

Compilar e anotar dados em tabelas.

Receber o TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

assinado (TERMO DE AUTORIZAÇÃO - cirurgião) e o questionário

respondido pelo cirurgião.

GRUPO II - Alunos da Clínica Cirúrgica III

Treinar 10 minutos na execução de cada tipo de nós e passada de objetos antes

de iniciar a validação dos dados catalogados

1. Execução de 6 (seis) pontos separados com 5 (cinco) nós ajustados

cada um, de forma instrumental extracorpórea (porta-agulha, pinça de

dissecção e tesoura convencionais) em EVA, na bandeja de sutura.

Começa a contagem do tempo quando o aluno posiciona a agulha para

penetrar no EVA e termina quando corta o último nó.

2. Randomização (linha de código de Programa de Randomização –

Sistem Pause) na ordem de chegada dos alunos, para saber por onde

começa a execução das transferência de objetos, se com a mão direita

ou mão esquerda.

3. Obedecendo a randomização, trabalhar com o simulador de cavidade

abdominal, EndoSuture Training Box, com visão tridimensional através

da janela laparoscópica, manejando endo-pinça de apreensão Maryland,

realizando transferência de objetos (12 unidades de esponja em cubo de

aproximados cm3) de um compartimento (cuba de vidro) esquerdo para

outro compartimento similar direito, com ambas as mãos (direita

eesquerda) e nos dois sentidos da direita para a esquerda (ahead) e de

volta, esquerda para a direita ( the back). Começa a contagem do tempo

quando o aluno posiciona a pinça para apreender o primeiro cubo de

esponja e termina quando a pinça de apreensão solta o último cubo na

bandeja oposta.

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2.a. Mão direita: tempo 1. levar os objetos da cuba da direita para a outra

cuba da esquerda (ahead);

tempo 2. trazer de volta (the back) para a cuba que iniciou os movimentos.

2.b Mão esquerda: tempo 3. levar os objetos da cuba da esquerda para

outra cuba da direita (ahead);

tempo 4. trazer de volta (the back) para a cuba que iniciou os movimentos.

4. Assinar lista de presença.

Aluno monitor - Cronometrar e anotar os tempos de amarria dos nós

executados e os quatro tempos de execução de passadas de objetos com ambas

as mãos. Compilar dados e receber o TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE

E ESCLARECIDO assinado (TERMO DE AUTORIZAÇÃO - aluno) .

GRUPO III - Alunos que cumpriram as disciplinas de Clínica Cirúrgica I e III e

estagiaram nas aulas práticas do LHC, no período entre 2010.1 e 2013.1

Responder questionário quantitativo-qualitativo, com 20 QUESITOS. Pesquisa

de opinião através de resposta psicométrica (Escala de Likertin), de questionário

qualitativo-quantitativo, objetivo-subjetivo, para medir o nível de concordância

ou não concordância à afirmação, sobre o perfil do LHC com instrumento de

ensino e aprendizado, via internet.

Aluno monitor - compilar e anotar dados respondidos no questionário e receber

o TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO assinado

(TERMO DE AUTORIZAÇÃO - aluno) e o questionário respondido pelo aluno.

GRUPO IV- Cirurgiões

Treinar 10 minutos na execução da sutura em cada simulador antes de iniciar a

validação dos dados catalogados.

1. Execução na ordem de chegada dos alunos, de forma randomizada (linha de

código de Programa de Randomização – Sistem Pause), nos simuladores de

cavidade abdominal EndoSuture Training Box – Simulador Clássico ou o

inverso Simulador Clássico - EndoSuture Training Box, de 6 (seis) pontos

separados com 5 (cinco) nós cada um, conforme sua habilidade na prática

clínica diária, de forma instrumental laparoscópica (porta-agulha, contra-

porta-agulha, pinças de apreensão, tesoura) com fio de Ethibon 2.0 em

esponja de EVA, auxiliado na câmera e no corte do fio de sutura pelo

monitor de ensino.

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A contagem do tempo de execução se inicia quando o porta-agulha começa a

penetrar do fio agulhado na esponja EVA e termina quando corta o último nó

com a tesoura do fio ou quando completar os quarenta minutos. O tempo de

execução se encerra quando o aluno terminar a tarefa, indo no máximo até

trinta e seis (36) minutos de exercício de endo-suturas, dezoito (18) minutos

para cada simulador, com uma média de três (3) minutos para cada ponto. O

aluno monitor descreve, então, o tempo de encerramento e o número de

pontos que foi executado da tarefa proposta em cada simulador.

Responder questionário com 10 QUESITOS, pesquisa de opinião através de

resposta psicométrica (pontuação através da Escala de Likertin), qualitativo-

quantitativo, objetivo-subjetivo, para medir o nível de concordância ou não

concordância à afirmação, relacionado ao perfil técnico, comparando os dois

simuladores de cavidade abdominal, o clássico e o EndoSuture Training Box

Assinar lista de presença.

Aluno monitor - Cronometrar e anotar os tempos de amarria dos nós

executados em cada simulador: EndoSuture Training Box e simulador Clássico.

Auxiliar a execução dos nós com a câmera do simulador. Compilar dados e

receber o TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

assinado (TERMO DE AUTORIZAÇÃO - cirurgião) e o questionário

respondido pelo cirurgião.

DESCONFORTOS E RISCOS ESPERADOS: o desconforto em geral é

mínimo, apesar de, os alunos utilizarem instrumentais cirúrgicos e material

perfuro-cortantes, não ter contato direto com lâminas e agulhas, pois serão

manuseados de forma técnica adequada para não ocorre acidentes. Não

haverá manejo de fluidos ou secreções.

1. BENEFÍCIOS QUE PODERÃO SER OBTIDOS: ampliar as habilidades

cirúrgicas através do treinamento em laboratório, sedimentar os conceitos de

cirurgia e somente depois transferir a proficiência para a sala de operação.

2. PROCEDIMENTOS ALTERNATIVOS QUE POSSAM SER

VANTAJOSOS PARA O PACIENTE: treinar em humanos, monitorados por

professores de cirurgia e preceptores em hospitais de urgência e emergência e

sala de operação com cirurgia eletiva.

COLETA DE DADOS

Cada parâmetro das tarefas executada terá seus dados compilados em gráficos

de linha, gráficos de coluna e tabelas para análise, nos programas de computação

do sistema Excel, Word for Windows e SPSS for Windows.

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A coleta de dados quantitativos ocorrerá, no Grupo I. através de

cronometragem do tempo de confecção dos nós instrumental extra-corpóreo e

manual (clássico e ajustado), do tempo de desatar o nó manual, da metragem do

comprimento dos fios trançados de sutura e do peso em gramas dos fios que

executaram o nó manual. No Grupo II será através da cronometragem do tempo

de execução dos nós instrumental extracorpóreo e do tempo de passada dos

objetos de um compartimento para outro, na bandeja do simulador. No Grupo

III, a coleta dos dados qualitativos-quantitativos ocorrerá a partir das respostas

de questionário, (20 quesitos) sobre o perfil do LHC. No Grupo IV será através

da cronometragem do tempo de execução dos nós instrumental intra-corpóreo,

no simulador clássico e EndoSuture Training Box, além da avaliação das

respostas qualitativas-quantitativas dos cirurgiões ao questionário (10 quesitos),

sobre o perfil dos dois simuladores. O período de coleta será entre junho e

setembro de 2014, todos os sábados no período da manhã.

Os dados quantitativos coletados serão anotados imediatamente após a execução

das tarefas de cada aluno dos grupos I, II e III, através da confecção dos nós e

suturas. Os dados qualitativos serão compilados imediatamente após a resposta

do questionário destinado a cada aluno dos grupos III e IV.

ASPECTOS ÉTICOS

Os aspectos éticos serão respeitados e todo participante do estudo será

esclarecido sobre a pesquisa e será disponibilizado para os mesmo um termo de

consentimento pós-esclarecido (vide ANEXO).

A pesquisa será submetida ao Comitê de Ética e Pesquisa da instituição onde

será realizada a trabalho com alunos no Laboratório de Habilidades Cirúrgicas.

A pesquisa será submetida à Plataforma Brasil para ser avaliada sob as

conformidades das normas que regulamentam a pesquisa envolvendo seres

humanos de acordo com a resolução no 466\12 do Conselho Nacional de Saúde.

METODOLOGIA DE ANÁLISE DE DADOS Serão estudados os seguintes parâmetros:

Parâmetros demográficos - Sexo, idade, mão dominante (destreza ou sinistria), habilidades

manuais com videogame e instrumentos musicais, experiência prévia com videocirurgia,

aptidão para seguir especialidades cirúrgicas.

Grupo I - Serão comparados os tempo de execução dos pontos cirúrgicos de forma

manual, clássicos e ajustados (confecção e desatamento de cada nó), peso e comprimento

dos fios de polipropileno trançado. Será realizado ponto com nó ajustado instrumental em

bandeja extra-corpórea, para comparar o tempo de execução com o nó instrumental

executado nos Grupos I e II e avaliar retenção, perda ou manutenção de habilidade de um

ano para outro.

Grupo II - Serão confrontados com o Grupo I, os tempos de execução dos

pontos cirúrgicos ajustados, com fio agulhado e nós instrumentais nas vias de

acesso convencional, em bandeja de sutura extracorpórea. Para avaliar

retenção, perda ou manutenção dos conceitos de habilidade de um ano para

outro. Será comparado o tempo de execução da passada (transferência) de

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cubos de esponja da um compartimento para outro, com a mão direita (ahead

hand e back hand) e esquerda (ahead hand e back hand), por vídeo cirurgia,

em compartimento intracorpóreo – com visão tridimensional, através da

janela laparoscópica, no simuladores de cavidades abdominal EndoSuture

Training Box. Serão avaliadas as diferenças entre as mão direita e esquerda

dos mesmos os alunos, o gênero (masculino e feminino), a diferença entre

alunos com a mão dominante (direita e esquerda), e a habilidade de gamer

(com mais de três horas de treinamento por semana) e no-gamer (com menos

de três horas de treinamento por semana).

Grupo III- Será comparado tempo de execução dos pontos cirúrgicos nos dois

simuladores de cavidade abdominal, o clássico e o EndoSuture Training Box.

Será comparado o nível de proficiência dos sub-grupos na execução das

tarefas e feito questionário qualitativo-quantitativo, objetivo-subjetivo (10

quesitos), com pontuação através da Escala de Likert, para transformá-los em

dados quantitativos e medir o nível de concordância ou não concordância à

afirmação, o nível de confiança relacionado ao perfil técnico dos dois

simuladores, para validar como instrumento do Laboratório de Habilidades

Cirúrgicas e ferramenta de ensino para a matriz curricular (vide em

ANEXOS).

Grupo IV - será analisado o papel do Laboratório de Habilidades Cirúrgicas

através de questionário qualitativo-quantitativo, objetivo-subjetivo (20

quesitos), com pontuação através da Escala de Likert, para transformá-los em

dados quantitativos e medir o nível de concordância ou não concordância à

afirmação, para validar como ferramenta de ensino para a matriz curricular

(vide em ANEXOS).

Análise estatística

Os resultados serão compilados em protocolo de pesquisa apropriado. Expressando a

Média + E.P.M. (Erro Padrão da Média) e testes não paramétricos de significância

estatística de Mann-Whitney, para comparação de amostras independentes do Grupo I de

nó clássico e nó ajustado, tendo o nó clássico como grupo controle. Compara o nó

ajustado instrumental convencional entre o Grupo I e Grupo II. No Grupo II avaliar

ambidestria e estereotaxia da transferência de objeto de um compartimento para outro, no

simulador de cavidade abdominal, sob visão tridimensional, comparando sexo, mão

dominante, habilidade em vídeo game. Grupo III do perfil do LHC com instrumento de

ensino. Grupo IV será avaliada a qualidade técnica dos simuladores de cavidade

abdominal, tendo o simulador clássico com controle. Interessando, ainda, a análise dos

dados compilados pelo teste de variáveis não relacionadas de significância estatística de

Friedman, nas variáveis comuns dos grupos e comparados entre si (grupo I, de nó clássico

versus de nó ajustado, grupo I versus II de nó ajustado instrumental e grupo IV da

qualidade técnica do simulador clássico e simulador EndoSuture Training Box),

Sempre obedecendo aos níveis de significância estatística de p<0,05. Cada parâmetro

tendo seus resultados expressos em tabelas, em gráficos de coluna e em gráficos de linha,

com análise, nos programas de computação Word 6.0 for Windows 98 e SPSS 7.5 for

Windows (SIEGEL, 1975; AYRES, 2000).

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156

CRONOGRAMA DA EXECUÇÃO DO PROJETO

Etapas \ Meses AGO

2013

SET

2013

OUT

2013

NOV

2013

DEZ

2013

JAN

2014

FEV

2014

MAR

2014

ABR

2014

MAI

2014

JUN

2014

JUL

2014

AGO

2014

SET

2014

OUT

2014

NOV

2014

DEZ

2014

Levantamento

bibliográfico X X X X X X X X X X X

X

Elaboração do

projeto X X X X X X X X

Apresentação do

projeto X

Apresentação do

Comitê de Ética X

Coleta de Dados X X

X

Análise de Dados

X

X

Elaboração do

Relatório Final

X

Apresentação de

Artigo

X

Envio de Artigo

para Revista

X

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157

ORÇAMENTO

Especificações Quantidade Unidade (R$) Valor (R$)

Cópias do termo de consentimento

e roteiro de entrevista 240 0,20 48,00

Resma de papel tamanho A4 04 15,00 60,00

Passagens de ônibus 64 3,50 224,00

Cartucho tinta preta 02 49,00 98,00

Fios de polipropileno trançado 400 m 0,10 40,00

Diversos - - 142,00

Luvas de procedimento * 240 doação -

Lâminas de bisturi* 40 doação -

Fios de sutura*** 160 doação -

Instrumental de Videocirurgia

(kit cirúrgico) 01 doação -

Simulador Clássico*** 01 doação -

Simulador EndoSuture Training

Box**** 01 doação -

TOTAL: 612,00

OBS: * Doador de insumos ( luvas e lâminas de bisturi) - HGCC

** Doador do kit de instrumentos videocirúrgicos (porta-agulha, contra-porta-agulha, pinça de

apreensão e tesouras) - BhioSuplyy (regime de comodato ao laboratório de habilidades cirúrgicas)

*** Doador do Simulador Clássico - Johnson & Johnson (regime de comodato ao laboratório de

habilidades cirúrgicas). Doador dos fios de sutura Ethibond, 2.0, agulhado para tarefa dos Grupos II e

IV.

**** Doador do Simulador Endo-Suture Trainer Box - Núcleo do Obeso do Ceará (regime de

comodato ao laboratório de habilidades

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158

E. DESFECHO

F. TAMANHO DA AMOSTRA

Grupo I – Alunos regularmente matriculados na Clínica Cirúrgica I =

35 alunos – participaram da pesquisa 30 alunos

Grupo II – Alunos regularmente matriculados na Clínica Cirúrgica III

= 37 alunos - participaram da pesquisa 32 alunos

Grupo III – Cirurgiões = 37

Grupo IV – Alunos que já cursaram regularmente as disciplinas de

Clinica Cirúrgica I e III (2011,2112 e 2113 = 40 x 4= 120 alunos) -

alunos que participaram da pesquisa 49

Grupo de Apoio – alunos monitores - 11

TOTAL = 159 alunos

14. DATA DO PRIMEIRO RECRUTAMENTO: 01 de julho

15. PAIS DO RECRUTAMENTO: Brasil

16. NÚMERO DE PARTICIPANTES DA PESQUISA ( informar o

numero de indivíduos abordados pessoalmente ou que sofrerão algum tipo

de intervenção neste Centro de Pesquisa) = 240 alunos

DIVISÃO DOS GRUPOS

Intervenções realizadas, detalhamento:

GRUPO I

GRUPO II

GRUPO III

GRUPO IV

Haverá outras fontes secundárias de dados (prontuário, dados

demográficos, etc.) -NÃO

17. HAVERÁ RETENÇÃO DE AMOSTRA PARA ARQUIVAR EM

BANCO: Sim.

18.

CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO Coleta e registro dos dados

CONCLUSÃO ( DESFECHO)

A implantação do laboratório de habilidades cirúrgicas na matriz

curricular poderá proporcionar ao aluno de um Curso de Medicina conhecimento

teórico-prático prévio, diminuindo a curva de aprendizado, antes deste iniciar-se

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159

na atividade prática in vivo, estimulando-os a se iniciarem na metodologia da

técnica e do trabalho científico,

O treinamento e busca da proficiência em endossuturas podem ser

necessários na formação do residente de cirurgia, na manutenção e retenção da

habilidade nos plantões e em cirurgias eletivas da prática clínica diária e na

educação continuada.

A opção do simulador de cavidade abdominal Endo-Suture Trainer Box,

pode ser uma ferramenta importante no contexto do LHC, contribuindo para

ampliação e manutenção dos conceitos vídeocirúrgicos do residente antes

adentrar na prática clínica.

O simulador de cavidade abdominal EndoSuture Training Box pode

apresentar continuada inovação tecnológica, oferecendo opção de qualidade de

custo justo na implantação e instalação de um LHC.

O LHC poderá ser presença regulamentada em Cursos de Medicina e

hospital escola com residência de Cirurgia e ser campo fértil para pesquisa em

Mestrado e Doutorado em Cirurgia e no campo da simulação e da inovação

tecnológica.

Os cursos de treinamento, conhecimento teórico-prático e manejo deste

instrumental terão sequencia no Laboratório de Habilidades Cirúrgicas do

hospital onde o cirurgião está domiciliado. O aprendizado e metodização serão

aplicados na sua atividade na prática diária em centros cirúrgico nos

procedimentos de médio e grande porte, executando os exercícios de

endossutura, previamente a uma operação planejada, ou quando estiver de

plantão, em momento de calmaria, sem comprometer o tempo operatório com

ensinamentos, posto que, tal etapa já foi cumprida no laboratório, contudo, O

simulador (Endo-Suture Trainer Box) estará em permanente disposição dos

alunos em treinamento.

Término: dia-31, mês – Agostos, ano - 2015

O estudo é multicêntrico: Não

Propõe dispensa do TCLE: não

19. BIBLIOGRAFIA – VIDE INTRODUÇÃO

20. ORÇAMENTO FINANCEIRO: UPLOAD DE DOCUMENTOS: Tipos

de documentos, tamanho, nome

21. ANEXAR FOLHA DE ROSTO

22. FINALIZAR:

23. SIGILO DO PROJETO: NÃO

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160

APÊNDICE D – TERMOS DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

(ALUNO E CIRURGIÃO)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

I. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO ALUNO SUBMETIDO À

PESQUISA

1.NOME DO ALUNO_________________________________________

CURSO MEDICINA UECE - CLINICA CIRURGICA I

DOCUMENTO DE IDENTIDADE ________________TIPO___________

SEXO: MASCULINO ( ) FEMININO ( )

MÃO DOMINANTE: DIR ( ), ESQ ( ) AMBIDESTRO ( )

GAMER ( ) 3 ou mais horas\semana, NO GAMER ( )

INSTRUMENTO MUSICAL: ___________________________(citar)

DATA DE NASCIMENTO______/_______/________

ENDEREÇO_______________________________NÚMERO__________

APTO___________BAIRRO________________CIDADE_____________

TELEFONE __________________ CEL_______________________

II. DADOS SOBRE A PESQUISA CIENTÍFICA

1. TÍTULO DO PROTOCOLO DE PESQUISA: Laboratório de Habilidades

Cirúrgicas: Modelo de ensino acadêmico teórico-prático de cirurgia

2. PESQUISADOR: Luiz Gonzaga de Moura Júnior.

CARGO OU FUNÇÃO: Pós-graduando, inscrição no Conselho Regional de

Medicina - CREMEC: 3225.

UNIDADE DO HC-UFC: Departamento de Cirurgia

3. AVALIAÇÃO DO RISCO DA PESQUISA:

SEM RISCO______ RISCO MÍNIMO____X____ RISCO BAIXO_____

RISCO MÉDIO______ RISCO ELEVADO_______

4. DURAÇÃO DA PESQUISA: 4 meses

III. REGISTRO DAS EXPLICAÇÕES DO PESQUISADOR AO

PACIENTE OU SEU REPRESENTANTE LEGAL SOBRE A PESQUISA,

CONSIGNANDO:

3. JUSTIFICATIVA DO OBJETIVO DA PESQUISA: O objetivo do estudo é

desenvolver em graduandos de medicina, habilidades psicomotoras

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161

cirúrgicas, utilizando o laboratório de habilidades cirúrgicas, como

ferramenta educacional

4. PROCEDIMENTOS QUE SERÃO UTILIZADOS E PROPÓSITOS:

Aulas teóricas dentro da matriz curricular, treinamento de suturas manual,

instrumental convencional e laparoscópica em simuladores de cavidade

abdominal em ambiente de laboratório de habilidades cirúrgicas

IV. ESCLARECIMENTOS DADOS PELO PESQUISADOR SOBRE AS

GARANTIAS DO PACIENTE SUBMETIDO À PESQUISA

Solicitamos que leia atentamente as informações que seguem e

pergunte o que desejar para obter todos os esclarecimentos necessários para

decidir conscientemente sobre a sua participação (ou a do paciente sob sua

responsabilidade nesse estudo). Então, se de acordo, assine a autorização na

última folha.

1. Acesso a qualquer tempo, às informações sobre procedimentos, riscos e

benefícios relacionados à pesquisa, inclusive para dirimir eventuais dúvidas.

Observe que todas as medidas, procedimentos cirúrgicos serão os mesmos

realizados na aula prática da clínica cirúrgica. O que haverá de diferente será

randomizada (sorteada) das realização das tarefas propostas no projeto.

2. Liberdade de retirar seu consentimento a qualquer momento e de deixar de

participar do estudo, sem explicação e sem que isto traga prejuízo à

continuidade do ensino curricular.

3. Salvaguarda de confidencialidade, sigilo e privacidade.

4. Liberdade do aluno ou do responsável pelo mesmo, de desistir ou

interromper a participação neste estudo, sem a necessidade de qualquer

explicação e sem que isto venha a interferir no ensinamento desta instituição.

5. Caso seja verificada pelos profissionais assistentes ou pelo pesquisador,

qualquer alteração que possa comprometer a saúde devido aos procedimentos

ou equipamentos usados, o mesmo será excluído do protocolo de pesquisa.

6. Disponibilidade de assistência no Hospital Geral César Cals, por eventuais

danos à saúde, decorrentes da pesquisa ou de complicações inerentes as

tarefas executadas. Quando de alguma intercorrência, estarão habilitados ao

atendimento e imediato contato com o responsável por este estudo clínico.

7. A pesquisa, em principio, não implicará em eventuais danos à saúde,.

8. Não haverá qualquer forma de ressarcimento de despesas, haja vista que não

acarretará em qualquer prejuízo financeiro ao aluno devido à pesquisa.

9. Fica o responsável por esta pesquisa, abaixo identificado, encarregado de

informar ou esclarecer, em relação ao progresso da mesma, em qualquer

tempo, conforme solicitação do paciente ou de seu responsável.

10. Poderá o aluno ou seu responsável comunicar-se com a Secretaria da

Comissão de Ética em Pesquisa do Hospital Geral César Cals, para

apresentar recursos ou reclamações em relação ao estudo clínico.

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162

V. INFORMAÇÕES DE NOMES, ENDEREÇOS E TELEFONES DOS

RESPONSÁVEIS PELO ACOMPANHAMENTO DA PESQUISA PARA

CONTATO EM CASO DE INTERCORRÊNCIAS CLÍNICAS E

REAÇÕES ADVERSAS.

Luiz Gonzaga de Moura Júnior

Residência: Rua Joaquim Nabuco ,2r0 - apto. 1200

Meireles, Fortaleza - CE

Fones: (085). 3246.5431 / 9984.34.43.

Consultório: Av. Antônio Sales, l540

Joaquim Távora, Fortaleza - CE

Fones: (085) 3246.10.31

VI. OBSERVAÇÕES COMPLEMENTARES

Os alunos submeter-se-ão à rotina básica da disciplina e as tarefas

estabelecidas para serem executados no laboratório, previamente, foram

informados dos riscos e benefícios do projeto proposto e orientados sobre todos

os detalhes do estudo que concordaram participar.

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163

(TERMO DE AUTORIZAÇÃO - ALUNO)

Declaro que após convenientemente esclarecido pelo pesquisador e ter

entendido o que me foi explicado, consinto em participar do presente Protocolo

de Pesquisa. Laboratório de Habilidades Cirúrgicas: modelo acadêmico de ensino

teórico-prático em cirurgia.

O abaixo assinado _________________________________________________

nome

______ anos, R.G. número _____________________, residente e domiciliado à

idade identidade/órgão emissor

endereço – número – bairro – cidade – estado - telefone

Recebido 2a

via

Assinatura do aluno.

Assinatura do pesquisador

Fortaleza, _______de ______________de 20______.

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164

(TERMO DE AUTORIZAÇÃO - CIRURGIÃO)

Declaro que após convenientemente esclarecido pelo pesquisador e ter

entendido o que me foi explicado, consinto em participar do presente Protocolo

de Pesquisa. Laboratório de Habilidades Cirúrgicas: modelo acadêmico de ensino

teórico-prático em cirurgia.

O abaixo assinado _________________________________________________

nome

______ anos, R.G. número _____________________, residente e domiciliado à

idade identidade/órgão emissor

endereço – número – bairro – cidade – estado - telefone

Recebido 2a

via

Assinatura do Cirurgião

Assinatura do pesquisador

Fortaleza, _______de ______________de 2014_

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165

APÊNDICE E – QUESTIONÁRIO DO GRUPO III

QUESTIONÁRIO DO GRUPO III

LABORATÓRIO DE HABILIDADES CIRÚRGICA

Os alunos que já concluirão as disciplinas de Clínica Cirúrgica nos períodos de

2010.1, 2011.1, 2012.1 e 2013.1, deverão responder questionário, via internet,

sobre o perfil técnico e de ensino do Laboratório de Habilidades Cirúrgicas,

COM 20 (VINTE) QUESITOS. Pesquisa de opinião através de resposta

psicométrica (Escala de Likert), de questionário qualitativo-quantitativo,

objetivo-subjetivo, para medir o nível de concordância ou não concordância à

cada afirmação.

O teste deste estudo propõe determinar com rigor a validade de um instrumento

para medir a confiança do aluno no modelo de ensino médico apresentado. O

aluno deverá demonstrar sua atitude de confiança (ou não) quando da sua

passagem pelas disciplinas de Clinica Cirurgia I e III e o estágio de aula prática

no Laboratório de Habilidades Cirúrgica. Pode ser preditor de aceitação (ou

rejeição) da modelo de ensino proposto. O resultado do estudo avalia se

instrumento pode ser confiável, validado e o Laboratório de Habilidade

Cirúrgicas possa ser aplicado e utilizado com instrumento de ensino na matriz

curricular.

1. O estágio regular na Clínica Cirúrgica I e II, com aulas práticas no

Laboratório de Habilidades Cirúrgicas (LHC) contribuiu para o

desenvolvimento de habilidades no procedimentos cirúrgicos, na atividade

prática, no plantão da enfermaria, na emergência ou na residência.

a. Não concordo totalmente........ (1)

b. Não concordo parcialmente ....(2)

c. Indiferente............................... (3)

d. Concordo parcialmente ...........(4)

e. Concordo totalmente............... (5)

2. O ambiente de trabalho, tranquilo, silencioso, sem estresse e sem pressão

psicológica ofereceram condições adequadas de ensino-aprendizado.

a. Não concordo totalmente ........ (1)

b. Não concordo parcialmente ....(2)

c. Indiferente............................... (3)

d. Concordo parcialmente ...........(4)

e. Concordo totalmente ............... (5)

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166

3. A curva de aprendizado adquirida antecipadamente na simulação do LHC

ajudou no contato inicial com o paciente cirúrgico.

a. Não concordo totalmente........ (1)

b. Não concordo parcialmente ....(2)

c. Indiferente............................... (3)

d. Concordo parcialmente ...........(4)

e. Concordo totalmente............... (5)

4. A metodologia aplicada com estações de complexidade progressivas (nó

manual, nó instrumental extracorpóreo, nó instrumental video-cirúrgico,

transferência de objetos no simulador) preencheu as expectativas para o

aprendizado.

a. Não concordo totalmente........ (1)

b. Não concordo parcialmente ....(2)

c. Indiferente............................... (3)

d. Concordo parcialmente ...........(4)

e. Concordo totalmente............... (5)

5. A presença do professor e do monitor de ensino acompanhando a execução

das tarefas ofereceu mais segurança e ajudou a diminuir o tempo de

aprendizado.

a. Não concordo totalmente........ (1)

b. Não concordo parcialmente ....(2)

c. Indiferente............................... (3)

d. Concordo parcialmente ...........(4)

e. Concordo totalmente............... (5)

1. Os conceitos cirúrgicos e a percepção-sensitivo motora adquiridos no LHC

foram transferidos para o exercício real junto ao paciente.

a.Não concordo totalmente........ (1)

b.Não concordo parcialmente ....(2)

c.Indiferente............................... (3)

d.Concordo parcialmente ...........(4)

e.Concordo totalmente............... (5)

7. O ensino prático do conhecimento teórico em ambiente de trabalho tranquilo

pode representar mais rapidez na curva de aprendizado.

a.Não concordo totalmente........ (1)

b.Não concordo parcialmente ....(2)

c.Indiferente............................... (3)

d.Concordo parcialmente ...........(4)

e.Concordo totalmente............... (5)

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167

8. O LHC contribuiu para avaliar sua aptidão e a incrementar o processo de

decisão em seguir no sentido de se especializar (ou NÃO) numa área de atuação

em cirurgia?

a.Não concordo totalmente........ (1)

b.Não concordo parcialmente ....(2)

c.Indiferente............................... (3)

d.Concordo parcialmente ...........(4)

e.Concordo totalmente............... (5)

9. Após a aula teorico-prática das tarefas do LHC, a possibilidade de treinar

despreocupado com o erro, repetir o treinamento até acertar a tarefa, minimiza

no aluno a ansiedades do risco do erro e da iatrogenia no contato real com o

paciente.

a.Não concordo totalmente........ (1)

b.Não concordo parcialmente ....(2)

c.Indiferente............................... (3)

d.Concordo parcialmente ...........(4)

e.Concordo totalmente............... (5)

10. A simulação da situação real de trabalho, nó manual, sutura instrumental no

LHC, instrumentaliza o aluno para aquisição de destreza e agilidade na

transferência destes conceitos, e promove FEED-BACK positivo quando for

executar os procedimentos e técnicas no prática clínica, junto ao paciente.

a.Não concordo totalmente........ (1)

b.Não concordo parcialmente ....(2)

c.Indiferente............................... (3)

d.Concordo parcialmente ...........(4)

e.Concordo totalmente............... (5)

11. O ambiente do LHC pode promover integração entre o professor, o monitor

de ensino e o aluno. Onde o treinamento ajuda a expandir o conhecimento

científico e facilita a aplicação das informações adquiridas na execução das

técnicas operatórias na prática profissional.

a.Não concordo totalmente........ (1)

b.Não concordo parcialmente ....(2)

c.Indiferente............................... (3)

d.Concordo parcialmente ...........(4)

e.Concordo totalmente............... (5)

12. Após passar na disciplina de Clínica Cirúrgica, o LHC pode despertar no

aluno a aptidão cirúrgica, estimular a prática da metodologia científica e testar a

vocação do ensino como monitor e professor.

a.Não concordo totalmente........ (1)

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168

b.Não concordo parcialmente ....(2)

c.Indiferente............................... (3)

d.Concordo parcialmente ...........(4)

e.Concordo totalmente............... (5)

13. O estágio prático regular na matriz curricular do LHC deve ser mantido nas

disciplinas de Clínica Cirúrgica I e III.

a.Não concordo totalmente........ (1)

b.Não concordo parcialmente ....(2)

c.Indiferente............................... (3)

d.Concordo parcialmente ...........(4)

e.Concordo totalmente............... (5)

14. O treinamento com o simulador de cavidade abdominal ampliou seus

conceitos psicomotores de vídeo cirurgia: ergonomia (posicionamento

adequado), ambidestria, movimentos invertidos, visão tridimensional e

estereotaxia (percepção de profundidade e de localização espacial).

a.Não concordo totalmente........ (1)

b.Não concordo parcialmente ....(2)

c.Indiferente............................... (3)

d.Concordo parcialmente ...........(4)

e.Concordo totalmente............... (5)

15. Ao participar de uma cirurgia por vídeo-laparoscopia no ambiente real, você

percebeu que os conceitos adquiridos no simulador do LHC ajudaram a

desempenhar melhor sua habilidade.

a.Não concordo totalmente........ (1)

b.Não concordo parcialmente ....(2)

c.Indiferente............................... (3)

d.Concordo parcialmente ...........(4)

e.Concordo totalmente............... (5)

16. Se o seu treinamento inicial foi no laboratório, entende que NÃO deveria se

iniciar diretamente no paciente e baseado (a) no que aprendeu, poderia ter mais

dificuldades para adquirir as mesmas habilidade e proficiência cirúrgica em um

curso de medicina sem LHC na matriz curricular.

a.Não concordo totalmente........ (1)

b.Não concordo parcialmente ....(2)

c.Indiferente............................... (3)

d.Concordo parcialmente ...........(4)

e.Concordo totalmente............... (5)

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169

17. O LHC é instrumento de ensino para aprender, investigar, treinar as

habilidade, metodizar, reter, transferir e adaptar os conceitos cirúrgicos na

prática clínica.

a.Não concordo totalmente........ (1)

b.Não concordo parcialmente ....(2)

c.Indiferente............................... (3)

d.Concordo parcialmente ...........(4)

e.Concordo totalmente............... (5)

18. O LHC familiariza o manuseio de materiais e instrumentais e os passos da

execução da técnica operatória, a minimização do impacto psicológico e a

insegurança do aluno quando em situação real da prática hospitalar.

a.Não concordo totalmente........ (1)

b.Não concordo parcialmente ....(2)

c.Indiferente............................... (3)

d.Concordo parcialmente ...........(4)

e.Concordo totalmente............... (5)

19. Ajuda a compreender o ambiente cirúrgico e como se comportar na rotina da

disciplina deste novo ambiente de trabalho.

a.Não concordo totalmente........ (1)

b.Não concordo parcialmente ....(2)

c.Indiferente............................... (3)

d.Concordo parcialmente ...........(4)

e.Concordo totalmente............... (5)

20. O LHC pode ser utilizado de várias formas: como treinamento de manejo

cirúrgico em simuladores (aula prática), filmoteca, biblioteca, sala de estudos e

reuniões para discutir casos clínicos, além de ter função mista de ensino,

pesquisa e extensão na educação continuada junto a alunos, doutorandos,

residentes e preceptores do corpo clínico do hospital ou da universidade.

a.Não concordo totalmente........ (1)

b.Não concordo parcialmente ....(2)

c.Indiferente............................... (3)

d.Concordo parcialmente ...........(4)

e.Concordo totalmente............... (5)

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170

APÊNDICE F – QUESTIONÁRIO DO GRUPO IV

QUESTIONÁRIO DO GRUPO IV

SIMULADOR DE CAVIDADE ABDOMINAL

Após a execução da confecção dos pontos cirúrgicos nos dois simuladores de

cavidade abdominal, os cirurgiões deverão responder questionário sobre o perfil

técnico, desempenho e eficácia, COM 10 QUESITOS, comparando os dois

simuladores Clássico e EndoSuture Training Box. Pesquisa de opinião através

de resposta psicométrica (Escala de Likert), de questionário qualitativo-

quantitativo, objetivo-subjetivo, para medir o nível de satisfação e concordância

à afirmação, relacionado com a qualidade técnica do simulador de cavidade

abdominal Clássico comparando com o simulador EndoSuture Training Box,

tendo como controle o imaginário de uma cirurgia laparoscópica (cirurgia de

Nissen – fundoplicatura gástrica em set de vídeocirúrgico num paciente em sala

da cirurgia.

O teste deste estudo propõe determinar com rigor a validade de um instrumento

para medir a confiança do cirurgião na tecnologia médica apresentada. O

cirurgião deverá demonstrar sua atitude de confiança (ou não) para utilizar o

simulador de cavidade abdominal EndoSuture Training Box, comparar com

outro instrumento em uso regular em treinamento e cursos com cirurgiões e

residentes de cirurgias (simulador de cavidade abdominal Clássico) para avaliar

competência, eficácia e semelhança. Pode ser preditor de aceitação (ou rejeição)

da tecnologia proposta e, utilização (ou não) como instrumento de ensino e

treinamento de habilidades cirúrgicas.

A validade do instrumento pode ser estabelecida com base no quadro: utilização

dos simulador executando endosutura, avaliando suas qualidades técnicas e a

semelhança que estes simuladores apresentam quando comparadas com a

cavidade abdominal do paciente real e a possibilidade que este instrumento

possa oferece para transferir as habilidades cirúrgicas adquiridas para a sala de

operação.

O resultado do estudo avalia se instrumento pode ser confiável e a tecnologia

aplicada mereça a confiança do médico e possa ser utilizada no laboratório de

habilidade com instrumento de ensino.

1. Distribuição dos portais no simulador, para triangulação dos

intrumentos.

CLÁSSICO ENDOSUTURE TRAINING BOX

a. Péssimo (1) a. Péssimo (1)

b. Regular (2) b. Regular (2)

c. Bom (3) c. Bom (3)

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171

d. Ótimo (4) d. Ótimo (4)

e. Excelente (5) e. Excelente (5)

2. Feedback da Resistência (força aplicada nos instrumentos para

movimentar a alavancar dos portais na execução das tarefas) com a

Resiliência da borracha pulsônica – retorno espontâneo dos portais ao

local original após a execução dos movimentos.

CLÁSSICO ENDOSUTURE TRAINING BOX

a.Péssimo (1) a. Péssimo (1)

b.Regular (2) b. Regular (2)

c.Bom (3) c. Bom (3)

d.Ótimo (4) d. Ótimo (4)

e.Excelente (5) e. Excelente (5)

3. Adequação da triangulação dos portais, no introdução dos

instrumentos através da parede abdominal, e na percepção da

profundidade da bandeja de sutura intra-corpórea (estereotaxia).

CLÁSSICO ENDO-SUTURE TRAINER BOX

a.Péssimo (1) a. Péssimo (1)

b.Regular (2) b. Regular (2)

c.Bom (3) c. Bom (3)

d.Ótimo (4) d. Ótimo (4)

e.Excelente (5) e. Excelente (5)

4. Ergonomia de posicionamento (membros superiores do cirurgião x

resistencia-resiliência do simulador x posicionamento da bandeja de

sutura x imagem do monitor).

CLÁSSICO ENDOSUTURE TRAINING BOX

a.Péssimo (1) a. Péssimo (1)

b.Regular (2) b. Regular (2)

c.Bom (3) c. Bom (3)

d.Ótimo (4) d. Ótimo (4)

e.Excelente (5) e. Excelente (5)

5. Efeito fulcrum (movimento invertido) em relação a visão real, a

alavanca do portal na parede do simulador, a interface cega, o

movimento cirúrgico invertido e o campo de visão virtual (imagem).

CLÁSSICO ENDOSUTURE TRAINING BOX

a.Péssimo (1) a. Péssimo (1)

b.Regular (2) b. Regular (2)

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172

c.Bom (3) c. Bom (3)

d.Ótimo (4) d. Ótimo (4)

e.Excelente (5) e. Excelente (5)

6. Visibilidade do campo operatório e qualidade da imagem monitor.

CLÁSSICO ENDOSUTURE TRAINING BOX

a.Péssimo (1) a. Péssimo (1)

b.Regular (2) b. Regular (2)

c.Bom (3) c. Bom (3)

d.Ótimo (4) d. Ótimo (4)

e.Excelente (5) e. Excelente (5)

7. Designer dos simuladores.

CLÁSSICO ENDOSUTURE TRAINING BOX

a.Péssimo (1) a. Péssimo (1)

b.Regular (2) b. Regular (2)

c.Bom (3) c. Bom (3)

d.Ótimo (4) d. Ótimo (4)

e.Excelente (5) e. Excelente (5)

8. O simulador apresenta recurso técnico para incorporar o treinamento

do cirurgião auxiliar com a câmera e os instrumentos (número e

posicionamento de portais).

CLÁSSICO ENDOSUTURE TRAINING BOX

a.Péssimo (1) a. Péssimo (1)

b.Regular (2) b. Regular (2)

c.Bom (3) c. Bom (3)

d.Ótimo (4) d. Ótimo (4)

e.Excelente (5) e. Excelente (5)

9. Recurso estrutural do simulador para incorporar tecnologia no

treinamento: associar a TV de tamanho maior, set de videocirurgia

com 2D e 3D, portal único.

CLÁSSICO ENDOSUTURE TRAINING BOX

a.Péssimo (1) a. Péssimo (1)

b.Regular (2) b. Regular (2)

c.Bom (3) c. Bom (3)

d.Ótimo (4) d. Ótimo (4)

e.Excelente (5) e. Excelente (5)

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173

10. Desempenho e eficácia do simulador como instrumento de

treinamento e retenção de habilidades para doutorandos, residentes de

cirurgia e cirurgiões com interesse de elevar a proficiência em

videocirurgia.

CLÁSSICO ENDOSUTURE TRAINING BOX

a.Péssimo (1) a. Péssimo (1)

b.Regular (2) b. Regular (2)

c.Bom (3) c. Bom (3)

d.Ótimo (4) d. Ótimo (4)

e.Excelente (5) e. Excelente (5)

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174

APÊNDICE G – ATIVIDADES DE ENSINO, TREINAMENTO, EDUCAÇÃO

CONTINUADA RELACIONADAS COM AÇÕES DO LABORATÓRIO DE

HABILIDADES CIRÚRGICAS

a. INSTALAÇÃO DO LABORATÓRIO DE HABILIDADES CIRÚRGICAS E

IMPLANTAÇÃO DO MODELO DE ENSINO TEÓRICO PRÁTICO EM

CIRURGIA

1. Universidade Estadual do Ceará (UECE) e Hospital Geral César Cals -2008.

2. Complexo Cirúrgico Jean Bittar, Hospital Ophir Loyola (Belém - Pará) -2012.

3. Hospital do Cancer de Mato Grosso (Cuiaba –Mato Grosso) - 2012

4. Departamento de Cirurgia da Universidade Federal do Pará (UFPa) – 2013.

5. Hospital Geral de Fortaleza - 2013.

6. Instituto Dr. José Frota - 2013

7. Departamento de Cirurgia da Universidade Federal de Pernambuco

Universidade - 2.014

8. Departamento de Cirurgia da Universidade Federal do Maranhão - 2014

9. Hospital do Câncer São Luís do Maranhão – 2014

10. Universidade Christus (UNICHRISTUS) - 2014

b. IMPLANTAÇÃO DO MODELO DE ENSINO TEÓRICO-PRÁTICO EM

CIRURGIA DO LABORATÓRIO DE HABILIDADES CIRÚRGICAS NA

PLATAFORMA DO PROGRAMAS DE RESIDÈNCIA MÉDICA

1. Hospital Geral César Cals - 2010

2. Complexo Cirúrgico Jean Bittar, Hospital Ophir Loyola - 2012

3. Hospital do Câncer de Mato Grosso (Cuiabá –Mato Grosso) - 2012

4. Departamento de Cirurgia da Universidade Federal do Pará (UFPa) – 2013

5. Departamento de Cirurgia da Universidade Federal do Ceará -2013

6. Hospital Geral de Fortaleza - 2013

7. Instituto Dr. José Frota – 2013

8. Departamento de Cirurgia da Universidade Federal de Pernambuco

Universidade -2014

9. Departamento de Cirurgia da Universidade Federal do Maranhão - 2014

10. Hospital do Câncer - São Luís do Maranhão - 2014

c. CURSOS DE EDUCAÇÃO CONTINUADA SOCIETÁRIA, REALIZADOS

APLICANDO O MODELO DE ENSINO TEÓRICO-PRÁTICO EM

CIRURGIA DO LABORATÓRIO DE HABILIDADES CIRÚRGICAS:

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1. I CURSO DE ENDO-SUTURAS E ENDO-ANASTOMOSES EM

CIRURGIA LAPAROSCÓPICA - II Jornada Cearense de Cirurgia Bariátrica e

Metabólica - 2006 - SBCBM - Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e

Metabólica- Capítulo do Ceará. Hospital Monte Klinikum. Fortaleza Ceará.

2. II CURSO DE ENDO-SUTURAS E ENDO-ANASTOMOSES EM

CIRURGIA LAPAROSCÓPICA -. III Jornada Cearense de Video Cirurgia –

2007 – Sobracil (Sociedade Brasileira de Cirurgia Laparoscópica - Capítulo do

Ceará), Colegío Brasileiro de Cirurgiões – Cap. do Ceará, SBCBM - Sociedade

Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica- Capítulo do Ceará. Hospital

Regional UNIMED – Fortaleza – Ceará. Professor convidado: Dr. Elias

Amado (SP) – SBCBM

3. III CURSO DE ENDO-SUTURAS E ENDO-ANASTOMOSES EM

CIRURGIA LAPAROSCÓPICA -. II Congresso Regional de Cirurgia - 2008 –

Setor II do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (Ceará, Maranhão e Piaui)

4. IV CURSO DE ENDO-SUTURAS E ENDO-ANASTOMOSES EM

CIRURGIA LAPAROSCÓPICA - 2.009 - Congresso de Associação Médica

Cearense – Hospital São José - Juazeiro do Norte – CE.

5. V CURSO DE ENDO-SUTURAS E ENDO-ANASTOMOSES EM

CIRURGIA LAPAROSCÓPICA - IV Jornada Cearense de Vídeo Cirurgia –

2010 – Sobracil (Sociedade Brasileira de Cirurgia Laparoscópica - Capítulo do

Ceará), Colégio Brasileiro de Cirurgiões – Cap. do Ceará, SBCBM - Sociedade

Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica- Capítulo do Ceará. Hospital

Regional UNIMED – Fortaleza – Ceará. Professor convidado: Dr. Thomaz

Szego – SBCB

6. VI CURSO DE ENDO-SUTURAS E ENDO-ANASTOMOSES EM

CIRURGIA LAPAROSCÓPICA - 2.010 – Sobracil (Sociedade Brasileira de

Cirurgia Laparoscópica - Capítulo do Ceará), Colégio Brasileiro de Cirurgiões

– Cap. do Ceará SBCBM - Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e

Metabólica- Capítulo do Ceará, Hospital São Francisco – Sobral

7. VII CURSO DE ENDO-SUTURAS E ENDO-ANASTOMOSES EM

CIRURGIA LAPAROSCÓPICA 2012 – Hospital do Câncer de Mato Grosso -

Cuiabá – Mato Grosso

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176

8. CURSO AVANÇADO DE ENDOSUTURAS E ENDOANASTOMOSES –

JORNADA SOBRACIL – 2013 – Laboratório de Habilidades Cirurgicas –

HGCC – Fortaleza - Ce

9. CURSO AVANÇADO DE ENDOSUTURAS – HANDS ON – XV

CONGRESSO BRASILEIRO DE CIRURGIA BARIÁTRICA E

METABÓLICA – BRASÍLIA-DF – 2013

10. CURSO PRÁTICO DE ENDOSUTURAS – HANDS ON - I CONGRESSO

NORTE DE CIRURGIA BARIÁTRICA E METABÓLICA – BELÉM- PARÁ

– 31 DE JULHO DE 2014

11. CURSO AVANÇADO DE ENDOSUTURAS EM VÍDEO CIRURGIA –

Hands On -12º. Congresso Brasileiro de Vídeocirurgia – SOBRACIL e Society

Robotic Surgery -2014 - 24 A 27 setembro – Centro Sul – Florianopólis

12. CURSO DE ENDOSUTURAS E ENDOANASTOMOSES - Hands On

Universidade Federal de Pernambuco - Departamento de Cirurgia Recife – 24

de outubro de 2014.

13. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU DE CIRURGIA

MINIMAMENTE INVASIVA – UNICHRISTUS – SOBRACIL- CBC -

Campus UniChristus Setembro2014 - Julho 2015 –

d.CURSOS DE EDUCAÇÃO CONTINUADA, DA PROGRAMAÇÃO DA

RESIDÊNCIA MÉDICA DE CIRURGIA, REALIZADO APLICANDO O

MODELO DE ENSINO TEÓRICO-PRÁTICO EM CIRURGIA DO

LABORATÓRIO DE HABILIDADES CIRÚRGICAS:

1. I CURSO DE ENDO-SUTURAS E ENDOANASTOMOSES EM

CIRURGIA LAPAROSCÓPICA PARA RESIDENTES DE

CIRURGIA GERAL E GINECOLOGIA – II Jornada de Saúde do

Hospital Geral César Cals – 80 ANOS - 2008 – Centro de Estudos e

Pesquisa (CEAP)

2. II CURSO DE ENDO-SUTURAS E ENDOANASTOMOSES EM

CIRURGIA LAPAROSCÓPICA PARA RESIDENTES DE

CIRURGIA GERAL E GINECOLOGIA - IV Jornada de Saúde do

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177

Hospital Geral César Cals – 80 ANOS-HGCC - 2012 – Centro de

Estudos e Apoio a Pesquisa (CEAP).

3. CURSO DE ENDOSUTURAS PARA RESIDÊNCIA DE

GINECOLOGIA – Hospital Geral de Fortaleza - 2012.

4. CURSO DE CONCEITOS BÁSICOS DE CIRURGIA – LIGA DE

CIRURGIA DA MEDUECE– LABORATÓRIO DE HABILIDADES

CIRÚRGICAS – HGCC - 2013.

5. CURSO PRÁTICO DE TREINAMENTO DE HABILIDADES EM

VIDEOLAPAROSCOPIA – HAND’S ON – Hospital Ophir Loiola –

Laboratório de Habilidades Cirúrgicas- 2012 – Belém – Pará.

6. CURSO PRÁTICO DE TREINAMENTO DE HABILIDADES EM

VÍDEO CIRURGIA – HAND’S ON – Instituto Dr. José Frota – 2013 –

Laboratório de Habilidades Cirúrgicas IJF – Centro de Estudos –

Fortaleza Ceará.

7. CURSO PRÁTICO DE TREINAMENTO DE HABILIDADES EM

VIDEOCIRURGIA – HAND’S ON – Hospital Getúlio Vargas –

Departamento de Cirurgia- Universidade Federal do Maranhão -

Laboratório de Habilidades Cirúrgicas- 2014 – São Luis- Maranhão.

8. CURSO PRÁTICO DE TREINAMENTO DE HABILIDADES EM

VIDEOCIRURGIA – HAND’S ON – Hospital do Câncer do Maranhão

- Laboratório de Habilidades Cirúrgicas- 2014 – São Luis- Maranhão.

e.CONFERÊNCIA EM JORNADAS E CONGRESSOS, CURSOS DE

EDUCAÇÃO CONTINUADA, SOBRE O TEMA LABORATÓRIO DE

HABILIDADES CIRÚRGICAS: MODELO ACADÊMICO TEÓRICO-

PRÁTICO DE ENSINO EM CIRURGIA

1. MODELO DE TREINAMENTO EM ENDO-SUTURAS E

ENDO-ANASTOMOSES EM CIRURGIA

LAPAROSCÓPICA. I Simpósio Latinoamericano da

Internacional Federation for Surgery of Obesity . 2005 – Foz do

Iguaçu – Paraná –Brasil.

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178

2. MODELO DE TREINAMENTO EM ENDO-SUTURAS E

ENDO-ANASTOMOSES EM CIRURGIA BARIÁTRICA

LAPAROSCÓPICA. IX Congresso Brasileiro de Cirurgia

Bariátrica e Metabólica – 2007 – Curitiba – Brasil

3. MODELO DE TREINAMENTO EM ENDO-SUTURAS E

ENDO-ANASTOMOSES EM CIRURGIA

LAPAROSCÓPICA. IV Jornada Cearense de Video Cirurgia –

2008 – Sobracil (Sociedade Brasileira de Cirurgia

Laparoscópica - Capítulo do Ceará), SBCBM - Sociedade

Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica- Capítulo do

Ceará

4. MODELO DE TREINAMENTO EM ENDO-SUTURAS E

ENDO-ANASTOMOSES EM CIRURGIA BARIÁTRICA

LAPAROSCÓPICA. II Congresso Regional de Cirurgia - 2008

– Setor II do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (Ceará, Maranhão

e Piauí)

5. MODELO DE TREINAMENTO EM ENDO-SUTURAS E

ENDO-ANASTOMOSES EM CIRURGIA BARIÁTRICA

LAPAROSCÓPICA – III Jornada de Saúde do Hospital Geral

César Cals – 80 ANOS - 2008 – Centro de Estudos e Pesquisa

(CEAP)

6. JORNADA CEARENSE DE VÍDEO LAPARAROSCOPIA -

SOBRACIL - 2012 – FORTALEZA – CE

SIMPÓSIO: LABORATÓRIO DE HABILIDADES CIRÚRGICAS:

Modelo de Treinamento em Vídeo Cirurgia -

Presidente – Dr. Francisco Ney Lemos - Presidente da Sociedade Brasileira

de Cirurgia Bariátrica e Metabólica – Capítulo do Ceará

Moderadores – Dr. Arruda Bastos (Ce) – Secretário da Saúde do

Estado do Ceará

Dr. Almino Ramos (SP ) - Presidente da Sociedade Brasileira

de Cirurgia Bariátrica e Metabólica

STATUS ATUAL E PERSPECTIVA

Implantação e Modelo de Atuação: Luiz Moura (HGCC – UECE -Ce)

Ensino: Luiz Cláudio Chaves (UEPA – HOL - Pa)

Pesquisa: Manoel Odoricode Moraes Filho (UFC - Ce)

Extensão: Josemberg Campos (UFP - Pe)

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179

9. SURGICAL SKILLS LABORATORY: RESIDENT TRAINING

MODEL IN BARIATRIC SURGERY - V CONGRESO

INTERNATIONAL FEDERATION FOR THE SURGERY OF

OBESITY - CONGRESO LATINOAMERICANO DE

CIRUGIA BARIÁTRICA Y METABÓLICA - CUSCO 2013

10. LABORATÓRIO DE HABILIDADES CIRÚRGICA - Modelo de

Treinamento em Vídeo Cirurgia - XV CONGRESSO BRASILEIRO

DE CIRURGIA BARIÁTRICA E METABÓLICA – BRASÍLIA-DF –

2013

11. ENSINO E TREINAMENTO EM VÍDEO CIRURGIA – I Jornada

Norte de Cirurgia Bariátrica e Metabólica Belém – Pará, 01 de Agosto

de 2014

12. XIV CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRADPEC E I FÓRUM

DE PESQUISA EM CIRURGIA TRANSLACIONAL – Sociedade

Brasileira de Pesquisa Experimental em Cirurgia (SOBRADPEC) e

Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - São Paulo - 2014

13. TREINAMENTO E SIMULAÇÃO EM VIDEOCIRURGIA -

CONGRESSO SETORIAL DO CBC - CAPÍTULO DO AMAZONAS

–Manaus – Amazonas - 2014

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180

ANEXO A – RESOLUÇÃO PARA CRIAÇÃO, TRAMITAÇÃO DE PROJETOS E

FUNCIONAMENTO DE LABORATÓRIOS

Governo do Estado do Ceará Secretaria da Ciência Tecnologia e Educação Superior

Universidade Estadual do Ceará – UECE Secretaria dos Órgãos de Deliberação Coletiva – SODC

RESOLUÇÃO Nº 708/CONSU de 22 de dezembro de 2009.

DEFINE E ESTABELECE AS CONDIÇÕES PARA CRIAÇÃO, TRAMITAÇÃO DE PROJETO E

FUNCIONAMENTO DE LABORATÓRIOS. O REITOR DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – UECE, no uso de suas atribuições estatutárias e regimentais, tendo em vista o que deliberou o Conselho Universitário – CONSU em sua reunião de 22 de dezembro de 2009, na forma do Artigo 4º, letra i, do Regimento Geral da UECE, considerando a necessidade de operacionalização do que prevê o art. 39, inciso „o‟, e o Art. 50 do mesmo Regimento Geral, RESOLVE:

Art. 1o Definir e estabelecer as condições para criação, tramitação de projeto e funcionamento de laboratórios. Art. 2o Laboratórios constituem unidades acadêmicas integrantes dos Centros, Faculdades ou Institutos Superiores, articuladas a um ou mais de um colegiado de

curso de graduação e/ou a um ou mais de um programa acadêmico de pós-graduação

stricto sensu. Parágrafo Único. Os laboratórios resultam em demanda de pessoal qualificado, ocupação de espaço físico adequado e em utilização de equipamentos e de

material de consumo. Art. 3o Os laboratórios distinguem-se, conforme seus objetivos, em: I - de ensino – quando são exclusiva ou dominantemente destinados a aulas práticas de disciplinas da matriz curricular dos cursos de graduação ou pós-

graduação acadêmica stricto sensu dos grandes campos de atuação da UECE. II - de pesquisa – quando são exclusiva ou dominantemente destinados à produção de conhecimento novo, vinculados ou não a programas acadêmicos de

pósgraduação stricto sensu. III - de extensão – quando são exclusiva ou dominantemente destinados às experiências de aplicação prática de conhecimentos já dominados, nas áreas

sociais, tecnológicas, econômicas, políticas, culturais e/ou artísticas.

2 IV - misto – quando são destinados, em proporções semelhantes, às atividades de

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ensino e de pesquisa, de ensino e de extensão, de pesquisa e de extensão ou às três

possibilidades. Art. 4o Os laboratórios organizam-se, conforme sua lógica dominante de atuação, em torno de: I - um ou mais professores da UECE, um deles assumindo a responsabilidade de coordenação; II - alunos de graduação e/ou de programa acadêmico de pós-graduação stricto sensu; III - técnicos de laboratório; IV - professores de instituições parceiras; V - um plano anual de atividades, elaborado por seus membros antes do início do 1º semestre letivo de cada ano e apresentado à direção do Centro, Faculdade ou

Instituto Superior do qual sejam integrantes; VI - um plano trimestral de solicitação de equipamentos e itens de manutenção e de consumo, apresentado à direção do Centro, Faculdade ou Instituto Superior do

qual sejam integrantes; VII - um relatório anual, elaborado pela coordenação ao final do 2o semestre letivo de cada ano e encaminhado à direção do Centro, Faculdade ou Instituto Superior

do qual sejam integrantes. Parágrafo Único. Os incisos III e IV são os únicos de caráter opcional, sendo os outros obrigatórios e cumulativos. Art. 5o A coordenação de laboratório tem natureza dominantemente técnica, resultante da identificação entre objetivo e linhas de atuação do laboratório com

setor de estudo e linha de atuação ou disciplina de professor participante de seu quadro. I - No caso de laboratório de pesquisa ou misto envolvendo pesquisa, vinculado a programa acadêmico de pós-graduação stricto sensu, a titulação de doutor é indispensável ao coordenador. II - No caso de laboratório de ensino, de extensão, de pesquisa ou misto não vinculado a programa acadêmico de pós-graduação stricto sensu, a titulação de

doutor pode ser substituída pela de mestre. III - A cada início de gestão de Diretor de Centro, Faculdade ou Instituto Superior, a equipe do laboratório é consultada, indica o nome tecnicamente mais adequado e

o Diretor baixa Portaria designando o coordenador pelo mandato de dois anos, considerando o que prevê o art. 39, inciso „o‟, e o Art. 50 do Regimento Geral da

UECE. IV - Mudanças de coordenação, durante o mandato, por motivo de impedimento, alteração de interesse, exoneração, aposentadoria ou qualquer outro motivo,

resultará em repetição do procedimento de escolha, com nova Portaria para o tempo que

finalize aquele mandato iniciado.

3 V - A Portaria de Coordenador de Laboratório, sob responsabilidade do Diretor de Centro, Faculdade ou Instituto Superior do qual o laboratório seja integrante,

constitui documento hábil a compor o Plano de Atividade Docente do coordenador. Parágrafo Único. Dada a natureza da função, não há limite para a renovação de um mesmo professor no exercício da função.

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Art. 6o A criação de laboratório segue a seguinte tramitação: I - Atendendo à solicitação de coordenador(es) de curso(s) de graduação, coordenador(es) de programa(s) acadêmico(s) de pós-graduação stricto sensu ou

de membro(s) do(s) colegiado(s) de curso(s) de graduação ou de programa(s)

acadêmico(s) de pós-graduação stricto sensu, o Diretor de Centro, Faculdade ou Instituto

Superior constitui comissão para elaborar, seguindo o modelo no Anexo I desta Resolução,

projeto acadêmico, regimento interno e projeto físico do laboratório pretendido. II - A proposta de criação de laboratório é registrada no Protocolo Geral da UECE e encaminhada para análise e aprovação no Conselho de Centro, Faculdade ou

Instituto Superior do proponente que reunir as condições para posterior designação à coordenação do laboratório. III - Após análise e aprovação no Conselho, o processo segue para registro na Pró-Reitoria afim à natureza do laboratório: Se tiver por objetivo exclusivo ou

dominante o ensino de graduação, a instância de registro é a Pró-Reitoria de Graduação-

PROGRAD; se tiver por objetivo exclusivo ou dominante a extensão, a instância de registro é a

Pró- Reitoria de Extensão-PROEX; se tiver por objetivo exclusivo ou dominante o ensino

de pós-graduação ou a pesquisa ou se for misto envolvendo a pesquisa, a instância de registro é a Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa-PROPGPq. IV- Após registro na Pró-Reitoria afim, o processo seguirá para análise e aprovação no Conselho Universitário-CONSU, onde receberá Resolução de

criação. V - A criação de laboratório não inclui a aprovação dos projetos específicos que serão executados em seu âmbito, pois cada projeto de ensino, pesquisa ou

extensão realizará tramitação própria conforme as normas que regem cada matéria

específica. Art. 7o Os laboratórios já anteriormente constituídos deverão ter sua homologação encaminhada ao CONSU pela direção do Centro, Faculdade ou Instituto Superior. Art. 8o Os casos omissos serão resolvidos pelo CONSU. Art. 9o Esta Resolução entrará em vigor na data da sua assinatura, revogadas a disposições em contrário. I

REITORIA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ, em Fortaleza, 22 de dezembro de 2009.

Prof. Francisco de Assis Moura Araripe Reitor

4 Res. Nº 708-CONSU

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ANEXO ÚNICO PROJETO DE CRIAÇÃO DE LABORATÓRIO 1. Título: Projeto de criação do “Laboratório ________________________________” 2. Vinculação: O Laboratório ________________________________ será vinculado ao Centro de Ciências da Saúde da UECE. 3. Apresentação: O Laboratório ______________________________________irá atender:

As atividades didáticas (teóricas e práticas) das disciplinas: (descrever)

As atividades de pesquisa: (descrever)

As atividades de extensão: (descrever)

E outras: (descrever) 4. Composição da Equipe Técnica: Docentes: Discentes: Técnicos de laboratório: Parceiros: 5. Beneficiários: Diretos: Indiretos: 6. Histórico do Processo: 5 7. Justificativa: 8. Objetivos: 9. Estratégia de implantação: 10. Ações a serem desenvolvidas: 11. Necessidades para a criação e implantação do laboratório: I - Concessão de espaço que possa abrigar a seguinte infraestrutura física: II - Outras: 12. Recursos materiais disponíveis para a criação do laboratório: 13. Regimento do laboratório:

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ANEXO B – REGIMENTO INTERNO DO LABORATÓRIO DE HABILIDADES

CIRÚRGICAS

LABORATÓRIO DE HABILIDADES

CIRÚRGICAS

R E G I M E N T O I N T E R N O

Fortaleza – 2013

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REGIMENTO INTERNO DO LABORATÓRIO DE HABILIDADES

CIRÚRGICAS

Capítulo I

Da Apresentação

Art. 1°. O LABORATÓRIO DE HABILIDADES CIRÚRGICAS do Hospital Geral Dr.

César Cals de Oliveira tem seu funcionamento em espaço próprio nas dependências deste

Hospital, situado na Av. Imperador, nº 545, Centro, Fortaleza – Ceará, CEP: 60.015.052. Esta

por sua vez registrada no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ – 07.954.571-0039/87

pertencente e mantida pela SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DO CEARÁ, é um

estabelecimento de saúde e de ensino que tem como missão, prestar assistência ao usuário do

SUS, com excelência nos atendimentos Materno-infantil, Clínico, Cirúrgico, Ensino e

Pesquisa.

1.1 PORTARIA (publicada no Diário Oficial de 01.08.2011).

Art. 2°. O LABORATÓRIO DE HABILIDADES CIRURGICAS, dispõe de instalação

própria, localizada no endereço supra mencionado e comuns com os Centro de Estudos e

Aperfeiçoamento – CEAP/HGCCO

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PARÁGRAFO ÚNICO: Compõem, atualmente, as instalações do LABORATÓRIO DE

HABILIDADES CIRÚRGICAS:

n) Modelo simulador da Cavidade Abdominal – EndoSuture CD Box – 6 (unidades),

doados em regime de comodato à UECE, FM, Clínica Cirúrgica, I e III, pela Ethicon

ENDOSURGERY, composto de manequim (6 – SEIS): 3 com TV’S de LCD

Samsung de 22 polegadas, mini câmera com zoom, equipados com fontes chaveadas

de energia, (1) hum para treinamento com visão direta (estereotaxia), 2 (dois) para

treinamento com set de vídeo cirurgia 1 (UM) no próprio LHC e outro destinado ao

Centro Cirúrgico para treinamento dos residentes e cirurgiões em regime de plantão).

o) TV LCD de 52 polegadas, para aulas e apresentação de trabalhos, doado pelo Núcleo

do Obeso do Ceará, ao LHC.

p) Computador de 4 GB de memória RAM, 1 terabyte de HD com processador Intel

Core2Duo 2.8 GHz com teclado, mouse e estabilizador, acoplado a TV, doado pelo

Núcleo do Obeso do Ceará, em regime de comodato, ao LHC.

q) Set de vídeo cirurgia, com monitor, ótica de 30 graus, fonte de luz, estabilizador,

doado pela equipe de cirurgiões do HGCC, ao LHC.

r) Manequins artesenais 6 (seis) com 3 (três) filmadoras e 3 (três) TV CCE, analógicas,

doados em regime de comodato à UECE, FM, Clínica Cirúrgica I e III, pela Ethicon

Endosurgery.

s) Ar condicionado – 02 (duas) unidades – uma unidade originada no HGCC e uma

unidade doada pelo Núcleo do Obeso do Ceará, em regime de comodato, ao LHC.

t) Mesa cirúrgica 1 (uma) originada do HGCC.

u) Mesas 4 (quatro) de fibras de plástico, para apoio dos manequins e de suturas, doados

em regime de comodato à UECE, FM, Clínica Cirúrgica I e III, pela Ethicon

EndoSurgery

v) Porta agulhas 4 (quatro) de endosuturas: 3 originadas do CC HGCC e 1 (hum) doado

pelo Núcleo do Obeso do Ceará, em regime de comodato, ao LHC.

w) Tesouras 4 (quatro) e pinças descartáveis 10 (dez) para reuso, no treinamento, doados

em regime de comodato à UECE, FM, Clínica Cirúrgica I e III, pela Ethicon

EndoSurgery

x) Pinças descartáveis 3 (três) e portal único, descartáveis para reuso, no treinamento do

Single Port, doadas pela Covidiem, em regime de comodato ao LHC.

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y) Porta agulhas, pinças, tesouras, afastadores, e instrumentos diversos, de cirurgia

convencional, diversos, originados do HGCC (porta jóias de Dona Mazé)

z) Cadeiras com braço de apoio 8 (oito) originados do HGCC

aa) Descartáveis: grampeadoras, drenos, sondas, trocartes, luvas, fios de suturas para

treinamento continuado, originados no HGCC.

Art. 3°. O LABORATÓRIO DE HABILIDADES CIRÚRGICAS TEM AS SEGUINTES

FINALIDADES:

a) Atividades acadêmicas das Universidades conveniadas com a Secretaria da Saúde da

Saúde do Estado do Ceará, tais como: UECE, UFC, UNICHRISTUS, UNIFOR, e

outras oficialmente conveniadas, abrangendo atendimento aos alunos: acadêmicos do

curso de Graduação em medicina das Universidades, internos, residentes e médicos do

corpo clínico.

b) O uso do laboratório é para fim de atividades das disciplinas de que possuam práticas

de Medicina, sendo vedada a sua utilização para outras finalidades. Propiciar

treinamento teórico e prático de cirurgia convencional e vídeo-cirurgia.

c) O Laboratório de Habilidades Cirúrgicas é utilizado na integração da investigação e

estudo para o desenvolvimento de técnicas e procedimentos cirúrgicos, para que, a

partir do estudo de forma metodológica, o aluno aproprie-se do conhecimento e

desenvolva habilidades para o processo de operar, através de aulas teórico-práticas

com a simulação de procedimentos e cuidados de medicina cirúrgica.

d) O laboratório funciona de forma que o aluno, tem a possibilidade de executar técnicas,

adquirindo conhecimentos práticos para posterior execução em campo de estágio

supervisionado. O Laboratório permite ao aluno manusear equipamentos, adquirir

destreza manual, experimentar, testar, sobretudo corrigir-se para posterior prática em

campo de estágio: aprender, treinar, metodizar e habilitar-se.

e) Favorecer o desenvolvimento de habilidades específicas, no intuito de capacitar os

alunos para a prática hospitalar, com o aperfeiçoamento de técnicas e procedimentos,

levando-o a manusear materiais e a familiarizar-se com os passos da execução.

f) Auxiliar o aluno no processo da assimilação de técnicas específicas que serão

desenvolvidas junto aos pacientes

g) Dar aos alunos a oportunidade de rever técnicas e procedimentos, antes de iniciar a

prática hospitalar.

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h) Minimizar o impacto psicológico do aluno quando em situação real na prática

hospitalar.

i) Realizar a integração de monitores e alunos que utilizam este espaço.

j) Despertar nos alunos – monitores a vocação docente, bem como a prática científica.

k) Público alvo: alunos:

Acadêmicos do curso de Graduação em medicina das Universidades conveniadas;

Doutorandos do internato de cirurgia e ginecologia do HGCC;

Residentes de cirurgia, ginecologia, urologia e outras áreas de atuação em cirurgia

do HGCC;

Residentes de outros hospitais escolas que solicitarem por ofício ao HGCC/CEAP

a utilização do LHC;

Cirurgiões de várias áreas de atuação do corpo clínico e de outros hospitais

públicos;

Sociedades e entidades médicas para promoção oficial de cursos vinculados a

eventos científicos e de educação continuada (jornadas, simpósios e congressos);

Mestrado profissional para cirurgiões em parceria com a UFC, UECE,

UNICHRITUS, UNIFOR e outras Universidades conveniadas.

Pesquisas clínicas no campo da vídeo-cirurgia.

Capítulo II

Da Organização

Art. 4° É constituída por Comissão composta por um coordenador e monitores para fortalecer

o desenvolvimento das atividades práticas do LABORATÓRIO DE HABILIDADES

CIRÚRGICAS.

§1° Essa Comissão é composta por coordenador e monitores indicados pela Direção Geral do

HGCC.

Coordenador: cargo de confiança do CEAP e Direção do HGCC. Como critério de

indicação ou nomeação devendo ser um dos monitores médicos em exercício no

LHC, com incentivo financeiro, semelhante aos dos preceptores.

Monitores médicos: cirurgião do corpo clínico, preceptor de cirurgia e ginecologia,

professor de clínica cirúrgica e/ou ginecológica em exercício no HGCC, com

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experiência teórico-prática em vídeo-cirurgia e afinidade de ensino, e

disponibilidade de carga horária para o exercício.

Monitores residentes e doutorandos: Compreende estágio de pró-ensino e pró-

extensão da residência de cirurgia e ginecologia, e internato no HGCC, não

remunerado, não empregatício, com período da monitoria de 1 (hum) ano, não

renovável. Após divulgação em edital interno, inscrição no CEAP, seleção por

prova teórico-prática e avaliação curricular, com duas vagas para os pós-graduados

(residentes de cirurgia e/ou ginecologia) e duas para os graduandos (doutorandos).

Capítulo III

Dos Objetivos

Art. 5° Destinar-se conforme os objetivos.

V- De ensino: destinado a aulas práticas das disciplinas da matriz curricular de cursos de

graduação, lato sensu, ou pós-graduação acadêmica, stricto sensu.

VI- De pesquisa: destinado à produção de conhecimento novo, vinculado ou não a

programa acadêmicos de pós-graduação, stricto sensu.

VII- De extensão: destinado às experiências de aplicação prática do conhecimento já

dominado.

VIII- Misto: destinado em proporções semelhantes às três possibilidades de atividades:

ensino, pesquisa e extensão.

Art. 6° Propiciar aos acadêmicos, doutorandos, residentes, e médicos do Corpo Clínico o

ensino prático do conhecimento teórico, simulando situações reais de trabalho.

Instrumentalizar os alunos para a aquisição de habilidade, destreza e agilidade nos

procedimentos e técnicas a serem executados, capacitando-os para a prática profissional.

Capítulo IV

Do Funcionamento

Art. 7° O Laboratório permanecerá aberto para as aulas práticas previamente agendadas. Caso

o aluno necessite do mesmo para estudo, deverá agendar com os monitores e professores de

prática.

§1° O Laboratório funciona em horário regular de segunda a sexta-feira das 08:00 as 12:00

horas, das 13:00 as 17:00 horas. A realização de cursos acontecerão à noite entre 19: 00 as

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23:00 horas aos sábados das 08:00 as 12:00 horas, e das 13:00 às 17:00 horas, para não

conflitar com os horários normais de funcionamento.

§2° Será permitido o uso do laboratório pelos alunos com prévia autorização dos monitores ou

professores.

§3° Os materiais de uso do laboratório somente serão fornecidos no interior do mesmo, não

sendo permitido o empréstimo ou venda destes.

§4° O laboratório funcionará em todo período letivo, de janeiro a janeiro.

PARÁGRAFO ÚNICO: Todos os materiais utilizados nas Práticas deverão ser deixados sobre

a mesa para que os mesmos sejam guardados pelo responsável pelo laboratório.

Capítulo V

Dos Discentes

Art. 8° Será permitida a presença de alunos no laboratório com a autorização do professor e

monitor, durante o horário normal para atividades de ensino;

Art. 9° Os alunos, durante a estada no laboratório só poderão manusear materiais e

equipamentos após orientação oferecida pelo professor e com sua expressa permissão.

Art. 10º Os alunos deverão apresentar-se trajados com uniforme adequado (jalecos), com

identificação pessoal (crachá) e institucional;

Art. 11º O comportamento do aluno durante as atividades no laboratório deve assemelhar-se

ao do Centro Cirúrgico, usando uniformes adequados, evitando uso de adereços e acessórios,

tais como pulseiras, anéis, colares e brincos.

Art. 12º Não será permitido aos alunos fazerem refeições ou permanecerem com alimentos

dentro do ambulatório.

Art. 13º Não será permitido aos alunos executarem atividades alheias às orientadas pelo

professor;

Art. 14º Os alunos deverão zelar pelos materiais e equipamentos do laboratório, utilizando-os

conforme orientação do professor, evitando seu desperdício;

Art. 15º O aluno que manusear equipamentos e materiais de forma inadequada e sem

autorização do professor será responsabilizado caso ocorra dano ao mesmo;

Art. 16º Cabe aos alunos manter o laboratório em ordem após o término das atividades;

§1° No final do semestre letivo, cada aluno deve realizar um relatório das atividades

desenvolvidas no laboratório de acordo com a padronização do Modelo de Ensino e Avaliação

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do Treinamento da instituição (anexo IV), ou na forma de protocolos desenvolvidos durante

as aulas práticas.

Capítulo VI

Dos Docentes

Art. 17º O modelo pedagógico de ensino deverá ser metodizado por todos monitores e

professores para obter o melhor resultado final no aprendizado do aluno.

Art 18º Caberá ao professor ou monitor agendar previamente suas práticas no prazo mínimo

de 24 horas, para que possa ser organizado o material necessário.

Art. 19º Não será permitido ao professor ou monitor, fornecer a chave do laboratório aos

alunos ou permitir que estes permaneçam no recinto sem a presença de funcionários do setor;

Art. 20º O professor deverá explicar ainda em sala de aula de que forma serão desenvolvidas

as atividades no laboratório, para diminuir a ansiedade dos alunos e evitar tumulto e

desordem;

Art. 21º O professor não deverá permitir ao aluno que desenvolva tarefa de forma diferente da

que foi orientada ou atividade que não tenha sido solicitada;

Art. 22º O professor não deverá permitir a entrada de alunos no laboratório que não estejam

devidamente uniformizados.

Art. 23º O professor deve instruir os alunos a manter o laboratório em ordem durante e após

término das atividades;

Art. 24º O professor deverá orientar os alunos sobre a segregação e descarte correto do lixo

produzido durante a aula;

Parágrafo Único: Em caso de acidentes envolvendo materiais perfuro-cortante ou fluído

orgânico, o professor deve tomar as condutas pertinentes.

Art. 25º O professor que utilizar o laboratório deverá registrar as atividades em livro ata do

laboratório, o tipo de atividade realizada e os materiais de consumo utilizados para que seja

providenciada a sua reposição;

Art. 26º O professor deve zelar pelos materiais e equipamentos do Laboratório, orientando aos

alunos seu uso correto, evitando dano e desperdício.

Art. 27º Qualquer dano aos materiais e equipamentos do laboratório deverá ser comunicado

imediatamente ao funcionário responsável para as devidas providências.

Art. 28º Compete ainda ao professor cumprir e fazer cumprir este regulamento.

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Capítulo VII

Dos Funcionários e Monitores

Art. 29º Compete aos Funcionários:

I - Utilizar adequadamente os EPI (Equipamentos de Proteção Individual) fornecido pela

Instituição;

II - Manter o Laboratório limpo, obedecendo a disposição dos móveis, equipamentos e

materiais, organizados pelos professores;

III - Recolher de maneira correta e segura o lixo gerado após as atividades do laboratório para

o reservatório temporário de lixo;

IV - Comunicar a Coordenação qualquer anormalidade dentro do laboratório.

V - Não fornecer a chave e nem permitir a presença de alunos dentro do ambulatório sem a

autorização do professor e sem a presença do funcionário e fora do horário estabelecido.

VI - Não permitir que funcionários de outros setores que não tenham relação com o

laboratório permaneçam durante as atividades de aula prática para não interferir no

rendimento do aluno.

VII - Manter o Laboratório trancado após a limpeza;

Art. 30º Compete aos Monitores:

§1° Todo horário de treinamento deverá ser agendado junto ao CEAP e a Coordenação do

Laboratório conforme ANEXO I.

I – Deverão ser divulgados os horários de aula prática e os monitores responsáveis;

II - Zelar pela ordem e manutenção do laboratório;

III – Cumprir e fazer cumprir este regulamento.

IV – O horário da atividade prática do monitor médico está incluído no seu horário normal de

trabalho junto a Instituição de origem.

V – O horário da atividade prática do monitor acadêmico, doutorando ou residente é de 04

(quatro) horas semanais, por 12 meses, com frequência comprovada. NÃO está incluído no

seu horário regular do estágio discente, posto que, trata-se de uma atividade de pró-ensino e

pró-extensão, podendo, no entanto, ser autorizado oficialmente pelo superior hierárquico

executá-lo dentro da sua carga horária normal de atividades.

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Capítulo VIII

Das Doações e Aquisições

Art 31º – O LHC poderá receber doações de materiais e instrumentais de instituições públicas

e privadas com o tempo de vigência estabelecido, conforme o Termo de Cessão de Uso,

(anexo I e II).

Art 32º – O uso de material de consumo e o desgaste de material permanente, durante a

realização de cursos por outras instituições públicas e privadas, deverão ser repostos pelas

instituições beneficiadas na forma de doação de materiais de consumo e instrumentais

cirúrgicos, previamente formalizados e acordados com o CEAP.

Capítulo IX

Das Disposições Finais e Transitórias

Art. 33º – Todos os docentes, discentes, técnicos administrativos, e demais prestadores de

serviços devem obrigatoriamente obedecer as normas de segurança do LABORATÓRIO DE

HABILIDADES CIRÚRGICAS.

Art. 34º – Este regulamento deverá ser de conhecimento de todos os professores, monitores,

alunos e funcionários que freqüentem e trabalhem no LHC.

Parágrafo único – Após ciência deste regulamento, os alunos devem assinar termo de

conhecimento sobre estas normas, o qual será arquivado no Centro de Estudos e

Aperfeiçoamento e Pesquisa– CEAP/HGCCO.

O tempo do exercício ou atividade regular no LHC, do coordenador, do monitor, do aluno

será formalizado com certificado competente, emitido pelo CEAP.

Art 35º – Um plano trimestral de solicitação de equipamentos e itens de manutenção e

consumo deverão ser apresentados ao CEAP. A reposição de materiais de consumo,

instrumentais cirúrgicos e materiais permanentes e manutenção dos mesmos são de

competência do CEAP/HGCCO.

Art. 36º – Os casos omissos a este regulamento serão julgados, em primeira instância pela

Coordenação do LABORATÓRIO DE HABILIDADES CIRÚRGICAS, e coordenação do

CEAP e Direção Médica.

Art. 37º – Mudanças de Coordenação durante o mandato, por motivo de impedimento,

alteração de interesse, exoneração, aposentadoria ou qualquer outro motivo resultará no

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procedimento de escolha, com nova portaria , para o tempo que finalize aquela mandato

inicial.

Art. 38º – O presente regulamento poderá ser alterado a qualquer tempo, por solicitação da

Coordenação do laboratório, Centro de Estudos e Aperfeiçoamento – CEAP/HGCCO, ou

Direção Geral do HGCCO.

Art. 39º - Quaisquer alterações que forem efetuadas e trouxerem alguma implicação de caráter

acadêmico,somente entrarão em vigor no semestre letivo seguinte, ressalvadas as leis em

vigor.

Art. 40º – O presente regulamento entra em vigor na data de sua publicação.

Fortaleza – CE, 03 de abril de 2013.

ANTÔNIO ELIEZER ARRAIS MOTA FILHO

DIRETOR GERAL DO HGCCO

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ANEXO C – CARTA DE ANUÊNCIA

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ANEXO D – PROTOCOLO DE APROVAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA DO

COMITÊ DE ÉTICA DE PESQUISA DO HGCC

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ANEXO E – DEPÓSITO DE PEDIDO DE PATENTE DO SIMULADOR REAL DE

CAVIDADE ABDOMINAL ENDOSUTURE TRAINING BOX