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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E
NATURAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS E MEIO
AMBIENTE
MONIQUE ELZA DA SILVA E SILVA
EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SAÚDE: ESTUDO DA HIGIENE DOS BANHEIROS DE
DUAS ESCOLAS PÚBLICAS DE MANAUS E UM PROCEDIMENTO
OPERACIONAL PADRÃO COMO FORMA DE SENSIBILIZAÇÃO.
BELÉM – PA
Novembro/2019
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E
NATURAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS E MEIO
AMBIENTE
MONIQUE ELZA DA SILVA E SILVA
EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SAÚDE: ESTUDO DA HIGIENE DOS BANHEIROS DE
DUAS ESCOLAS PÚBLICAS DE MANAUS E UM PROCEDIMENTO
OPERACIONAL PADRÃO COMO FORMA DE SENSIBILIZAÇÃO.
Dissertação apresentada à Universidade Federal
do Pará (UFPA). Instituto de Ciências Exatas e
Naturais. Programa de Pós Graduação em
Ciências e Meio Ambiente, como requisito
parcial para a obtenção do grau de Mestre.
Área de concentração: Ciências e Meio Ambiente
Orientador: Profº. Dr. Davi do Socorro Barros
Brasil.
Co-Orientador: Prof° Ms. Pedro Ivan das Graças
Palheta.
BELÉM – PA
2019
MONIQUE ELZA DA SILVA E SILVA
EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SAÚDE: ESTUDO DA HIGIENE DOS BANHEIROS DE
DUAS ESCOLAS PÚBLICAS DE MANAUS E UM PROCEDIMENTO
OPERACIONAL PADRÃO COMO FORMA DE SENSIBILIZAÇÃO.
Dissertação apresentada à Universidade Federal do Pará (UFPA). Instituto de Ciências Exatas
e Naturais. Programa de Pós Graduação em Ciências e Meio Ambiente, como requisito parcial
para a obtenção do grau de Mestre.
Área de concentração: Ciências e Meio Ambiente
Aprovada em: 04/11/2019
BANCA EXAMINADORA
___________________________________
Profº. Dr. Davi do Socorro Barros Brasil (UFPA)
Orientador
___________________________________
Profº . Dr Gilmar Wanzeller Siqueira( UFPA)
__________________________________
Profª. Drª. Luciane do Socorro Nunes do Santos Brasil(UFPA)
Dados Internacionais de Catalogação na Publicidade (CIP) de acordo com ISBD Biblioteca
ICEN/UFPA-Belém-PA
S586e Silva, Monique Elza da Silva e
Educação ambiental e saúde: estudo da higiene dos
banheiros de duas escolas públicas de Manaus e um
procedimento operacional padrão como forma de sensibilização/
Monique Elza da Silva e Silva.-2019.
Orientador : Davi do Socorro Barros Brasil.
Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Pará,
Instituto de Ciências Exatas e Naturais, Programa de Pós-
Graduação em Ciências e Meio ambiente, 2019.
1. Educação ambiental. 2. Higiene escolar. 3. Saúde
ambiental. 4. Sustentabilidade e meio ambiente. 5. Escolas
públicas-Saúde e higiene-Manaus. I. Título.
CDD 22. ed. – 363.7
Elaborado por Leila Maria Lima Silva – CRB-458/81
Dedicatória
A Deus.
À Elza Vieira da Silva, minha Mãe.
AGRADECIMENTOS
A Universidade Federal do Pará - UFPA.
O Instituto de Tecnologia e Educação Galileo da Amazônia – ITEGAM.
Ao Instituto federal do Amazonas Campus Manaus Distrito Industrial e aos colaboradores pelo
apoio a realização desta pesquisa. Ao Professor, amigo e orientador Dr. Davi do Socorro
Barros Brasil, pela condução e orientação na realização deste trabalho.
Aos professores do Programa de Pós- Graduação em Ciência do Meio ambiente – mestrado
profissional (PPGCMA) da Universidade Federal do Pará, pelas aulas de excelência durante o
curso.
À minha mãe, por toda dedicação que tens comigo e meus filhos, por me apoiar e ser minha
base, pois no caminho encontro vários obstáculos e você sempre me segura pela mão
mostrando o caminho certo a seguir, não deixando desistir, sempre acreditando em mim.
Agradeço por tudo que tendes feito até aqui, sei o quanto foi difícil toda nossa trajetória, tenho
muito orgulho da mãe que Deus me deu, forte, determinada e de muita fé. Minha mãe Elza,
querida e amada.
Aos meus filhos Ana Cândida e Antônio, que são a razão da minha alegria e felicidade.
Um agradecimento especial ao Prof°. Ms. Pedro Ivan das Graças Palheta, o tenho como um
verdadeiro pai, nos momentos mais difíceis esteve ao meu lado, não me deixando desistir de
buscar sempre o melhor, apoiando e incentivando. Sou grata eternamente!
Agradeço a todos os amigos que me ajudaram direta e indiretamente, não somente com a
pesquisa, mas também com energias positivas mostrando sempre uma palavra de apoio.
Às escolas participantes da pesquisa e aos gestores. Obrigada aos professores do centro de
Tecnologia Professor Harlan Julu Guerra Marcelice, pois neste Centro tive todos os recursos e
aparatos necessários para pôr em prática a pesquisa e a construção da dissertação.
RESUMO
A motivação para esta pesquisa foi o questionamento instigante em analisar de que
forma os discentes entendem a educação ambiental relacionada à higiene, e a percepção deles
sobre isso influir na saúde. O objetivo da dissertação é entender as não conformidades da
higiene e possibilitar um procedimento operacional padrão como forma de sensibilizar o corpo
discente sobre a correta manutenção e higienização dos banheiros. O procedimento
metodológico caracterizou-se por um estudo de caso com abordagem qualitativa e
quantitativa. A pesquisa possibilitou um melhor entendimento a respeito da assimilação dos
alunos às questões da higiene correta dos banheiros nas escolas e como sensibilizá-los em
manter o ambiente limpo. Contribuindo assim para a saúde do meio ambiente. A proposta de
um procedimento operacional padrão (pop), ao corpo discente, proporcionou algumas
mudanças de atitude relacionadas à higiene nos banheiros. Esta pesquisa mostrou que os
discentes têm alguns conhecimentos a respeito de educação ambiental e higiene, se interessam
pelo assunto, no entanto há pouca abordagem nas escolas sobre o tema. É importante para a
sociedade promover tecnologias sustentáveis, ações sociais se enquadram neste eixo de
educação ambiental e higiene.
Palavras-chave: Escola pública, higiene e educação ambiental.
ABSTRACT
The motivation for this research was the thought-provoking question to analyze how
students understand the environmental education related to hygiene, and their perception about
it influencing health. The objective of the dissertation is to understand the nonconformities of
hygiene and enable a standard operating procedure as a way to sensitize the student body
about the correct maintenance and sanitation of bathrooms. The methodological procedure was
characterized by a case study with qualitative and quantitative approach. The research
provided a better understanding of students' assimilation into the issues of proper school toilet
hygiene and how to sensitize them to keep the environment clean. Thus contributing to the
health of the environment. The proposal of a standard operating procedure (pop) to the student
body provided some attitude changes related to hygiene in the bathrooms. This research
showed that students have some knowledge about environmental education and hygiene, are
interested in the subject, however there is little approach in schools on the subject. It is
important for society to promote sustainable technologies, social actions fall into this axis of
environmental education and hygiene.
Keywords: Public school, hygiene and environmental education.
SUMÁRIO
CAPÍTULO I 12
1.1 Introdução 12
1.2 Justificativa da proposta 13
1.3 Objetivos 14
1.4 Contribuição e relevância do tema 15
1.5 Organização da dissertação 16
CAPÍTULO II (MARCO TEÓRICO) 17
2.1 Breve histórico de Manaus 17
2.2 Meio ambiente e higiene 19
2.3 A higiene incorreta nos banheiros
escolares prejudica a saúde
21
2.4 Higiene da mãos como prevenção de
doenças
23
2.5 Higiene, educação e meio ambiente 23
CAPÍTULO III 26
3.1 Procedimentos metodológicos 26
3.2 Formulação do problema 27
3.3 Questões norteadoras da pesquisa 27
3.4 Coleta de dados 28
3.5 Aspectos éticos 28
CAPÍTULO IV (RESULTADOS E
DISCUSSÕES)
30
4.1.1 A visão dos discentes sobre a limpeza
dos banheiros
30
4.1.2 Relação entre a falta de higiene nos
banheiros e seu uso pelos alunos
34
4.1.3 O porquê de algumas meninas não
utilizarem os banheiros
36
4.1.4 Abordagem pelo professor sobre temas
ambientais e o interesse dos alunos
38
CAPÍTULO V 41
5.1 Considerações finais 41
Referências 43
Apêndices 47
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Educação ambiental e higiene 13
Figura 2: Divisão da capital Amazonense 17
Figura 3: Fluxograma da metodologia 26
Figura 4: Foto da resposta de uma aluna da
escola 1
31
Figura 5: Foto do banheiro masculino da
escola 1
32
Figura 6: Foto do banheiro masculino da
escola 2
33
Figura 7: Representação gráfica da resposta
de número 4, na escola 1
35
Figura 8: Representação gráfica da resposta
de número 4, na escola 2
35
Figura 9: Representação gráfica do nível de
interesse pelas questões ambientais, escola 2
38
Figura 10: Representação gráfica nível de
interesse pelas questões ambientais, escola 2
39
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Quantitativo de alunos
entrevistados nas duas escolas
30
Tabela 2: Comparativo das duas escolas
(alunos que julgam os banheiros limpos)
34
Tabela 3: Comparativo das duas escolas
desperdício de água
36
Tabela 4: Quantitativo de respostas das
perguntas 12,13 e 14
37
Tabela 5: Frequência com que o professor
aborda assuntos ligados ao meio ambiente
40
12
CAPÍTULO I
1.1 INTRODUÇÃO
Portas rabiscadas, gastos excessivos de papel higiênico, piso molhado, vaso sanitário
entupido, o que não falta são problemas na limpeza do banheiro nas escolas (LIMPEZA DE
BANHEIROS EM ESCOLAS, COMO MELHORAR?, 2018). Essa problemática deve ser
analisada e o cuidado para que não ocorram esses tipos situações deve ser diário e não só por
parte da administração escolar, mas também os discentes que utilizam os banheiros. Um dos
fatores que podem colaborar são boas ações de higiene no ambiente de convívio.
França e colaboradores (2019) e Massine (2010), definem a educação ambiental como
um processo de sensibilização. A Educação Ambiental (EA) é proveniente da necessidade de
sensibilizar o corpo discente para uma preocupação à preservação ao meio ambiente. A EA
deve ser abordada nas escolas como um tema fundamental e permanente, devendo estar
presente em todas as modalidades de ensino. Entende-se uma educação gradativa com estudos
e aprendizagem em relação aos problemas ambientais. Conforme Brandalise e colaboradores
(2015) definem EA como um processo. Desta forma entende-se um processo que almeja
adquirir uma consciência crítica nas questões ambientais, não inclui somente a preservação à
natureza, mas todas as atitudes que preserve o meio de forma sustentável e propicia uma
melhor qualidade de vida. Bonin, Conto e Pereira (2016) a define como uma educação que
dialoga com o ambiente. Sendo assim o caminho em que os alunos aprendem e interagem
entre si.
Estudos apurados por SOUZA e colaboradores (2014) conceituam saúde e higiene1
como um ato de satisfação. Considerando que o ser humano está sempre em busca da
qualidade de vida, higiene é um ato de se satisfazer qualitativamente no bem-estar do corpo,
prolongando a vida sem doenças bem como manter o ambiente limpo e saudável.
A higiene vai além de uma boa aparência, os banheiros sujos viram abrigos para vírus,
bactérias e fungos, expondo aos alunos ao risco de contaminação, e intensificar os serviços de
limpeza não soluciona o problema. Como em toda escola é necessário haver uma visão nos
diferentes ângulos, aperfeiçoar o processo de limpeza e também sensibilizar os alunos para o
cuidado com os espaços públicos.
1 De origem grega, e significa o que é “saudável”. O conceito de higiene sofreu diversas modificações
ao longo da evolução humana ( ROMA,2011, p.41).
13
Figura 1 - Educação Ambiental e Higiene
Fonte: Autora, 2019
As escolas são ambientes em que os alunos aprendem e interagem, onde eles passam a
maior parte do tempo, desta forma ela é responsável em fornecer aos indivíduos melhorias de
comportamento saudável. A educação ambiental é uma área de ensino voltada para a
sensibilização da sociedade sobre os problemas ambientais e como ajudar a resolvê-los, e
como demonstra a figura 1 acima, a higiene está agregada à educação ambiental, pois os bons
hábitos de higiene é fundamental para a saúde do próprio corpo bem como a higiene coletiva.
Pretende-se com essa pesquisa analisar a visão dos discentes em manter os banheiros
limpos e se eles contribuem para que isso ocorra, se as disfunções higiênicas interferem na
utilização e verificar a compreensão dos alunos sobre a importância de bons hábitos de
higiene. A saúde de um indivíduo pode ser definida pelo ambiente social, econômico e físico
a que está exposto e pelo seu estilo de vida, ou seja, pelos seus hábitos de alimentação e
higiene podendo ser benéfico ou prejudicial. Quando as pessoas estão expostas às condições
precária de sobrevivência, não possuem saneamento básico e têm a sua saúde seriamente
afetada.
1.2 JUSTIFICATIVA DA PROPOSTA
A base teórica possibilita entender a relevância da educação ambiental nas escolas, a
EA engloba todas as questões ambientais, inclusive a higiene e como sua incorreta prática
14
causa disfunções no corpo humano e o ambiente de convívio. Conforme afirma Nascimento e
colaboradores (2018) a EA é definida como um processo permanente, onde o indivíduo
adquire consciência de seu meio ambiente, valores e habilidades em resolver no individual e
coletivamente problemas que atingem o equilíbrio entre o homem e a natureza. Investigar
como é feita a higiene dos banheiros das escolas em ambas as partes (administrativa e corpo
discente) é uma forma de entender essa funcionalidade. Utilizar um procedimento
operacional padrão ensinando como manter os banheiros e o próprio corpo limpos é uma
forma de auxiliar na sensibilização dos alunos.
A maioria dos alunos contesta a respeito da manutenção e limpeza dos banheiros, mas
há comprovações precisas de que a responsabilidade não cabe somente à administração da
escola, mas de toda comunidade que utiliza o banheiro, considerando ser mais comum os
discentes utilizarem e ocuparem o espaço. As escolas promovendo meios de sensibilização e
exigindo que se cumpram os procedimentos propostos, possibilitam aos alunos e à própria
escola um ambiente limpo e saudável.
Neste sentido entende-se que ações sociais relacionadas à higiene nas escolas,
também é importante para a construção e cidadãos críticos às questões ambientais,
sensibilizá-los é contribuir para um meio ambiente sustentável.
1.3 OBJETIVOS
1.3.1 Geral
Compreender a percepção dos discentes sobre higiene e ambiente e possibilitar um
procedimento operacional padrão como forma de sensibilizar o corpo discente sobre a correta
higiene individual e coletiva.
1.3.2 Específicos
Observar a visão dos discentes em manter os banheiros limpos;
Entender como a falta de higiene nos banheiros interfere no uso do mesmo pelos
alunos, principalmente do sexo feminino;
Verificar a percepção dos alunos a respeito do assunto educação ambiental e
saúde e a frequência com que o tema é abordado em sala de aula.
15
Propor um procedimento operacional padronizado para melhorar o
comportamento da comunidade estudantil com relação a saúde em banheiros
escolares.
1.4 CONTRIBUIÇÃO E RELEVÂNCIA DO TEMA
Esta dissertação tem como finalidade enriquecer estudos sobre a extensão e
importância da educação ambiental e suas finalidades, envolvendo principalmente a
educação higiênica individual e coletiva como forma de sustentabilidade, preocupando-se
em preservar o meio ambiente, não somente a natureza em si, mas também
compreendendo que aprender as formas corretas de higiene é valorizar o individual e
coletivo. Conforme afirma Bonin e colaboradores (2016), a educação ambiental é o
diálogo com o meio ambiente que anseia por soluções sustentáveis.
O meio ambiente necessita de soluções imprescindíveis para auxiliar sua
preservação, bem como equilibrar o convívio, é notório doenças infecciosas e
contagiosas, a incorreta higiene principalmente ao utilizar os banheiros públicos pode
propagar o surgimento de parasitas intestinais e consequentemente prejudicando o
equilíbrio ambiental.
Desta forma a contribuição deste trabalho está em utilizar um procedimento
operacional padrão dos procedimentos corretos de higiene, para sensibilizar de forma
simples os discentes. O tema abordado é relevante por ser uma alternativa de
sensibilização aos alunos das escolas públicas em como manter os banheiros limpos e
como o hábito da higiene pessoal interfere positivamente na higiene coletiva.
16
1.5 ORGANIZAÇÃO DA DISSERTAÇÃO
A Presente pesquisa organizou-se em quatro capítulos na seguinte ordem:
Capítulo I- Discorre a introdução do tema estudado, a justificativa da proposta,
os objetivos que nortearam a pesquisa sendo o geral e os específicos, contribuição e
relevância do tema e a organização da dissertação.
Capítulo II- Neste capítulo é apresentado o marco teórico pesquisado
concedendo base aos assuntos abordados relacionados ao tema da dissertação e são:
pequeno histórico da cidade de Manaus, meio ambiente e higiene, a higiene incorreta nos
banheiros escolares prejudica a saúde, a higiene das mãos como prevenção das doenças,
higiene, educação e meio ambiente.
Capítulo III- Este capítulo apresenta os procedimentos metodológicos utilizados
para organizar a pesquisa e efetuá-la, subdivididos em: formulação do problema,
questões norteadoras da pesquisa, coleta de dados e os aspectos éticos que foram
obrigatórios na pesquisa.
Capítulo IV- São apresentados os resultados e discussões obtidos por meio da
pesquisa realizada em duas escolas públicas da cidade de Manaus.
Capítulo V- Discorre as considerações finais e entendimento adquirido ao
concluir a pesquisa e recomendações da pesquisa para trabalhos futuros.
17
CAPÍTULO II
MARCO TEÓRICO
2.1 BREVE HISTÓRICO DE MANAUS
Manaus é a capital do Estado do Amazonas, localiza-se no meio da maior floresta
tropical do mundo, de maior centro econômico da região norte, a sétima cidade mais
populosa do Brasil, a origem do nome é da tribo dos Manaós, que habitavam as
redondezas dos rios Negros e Solimões.
Fundada em 1669, enquanto a Amazônia era Capitania de São José do Rio Negro,
com a criação do forte de São José da Barra do Rio. Tem uma área de 11.400 km². A sua
população é estimada maior que 2 milhões de habitantes, com uma densidade demográfica
de mais de 170 hab./km². No ano de 1833 é elevada à categoria de Vila, mas é em 24 de
outubro de 1848 que se torna uma cidade, sendo esta a capital do Amazonas. Uma cidade
rica em cultura, turismos e o que mais atrai é o polo industrial, com tantas questões
atrativas, o índice de natalidade aumenta e as políticas públicas para suportar a demanda
ainda são escassas considerando que a cidade possui aparatos necessários para suprir uma
capital.
Figura 2 Divisão da capital Amazonense
18
Fonte: Jornal Estado de Minas, (2017)
Manaus é a cidade com mais populações do Amazonas, localizada no centro da
maior floresta tropical do mundo. Dividida em 6 (seis) zonas: Zona oeste com 12(doze)
bairros oficiais, em que o bairro Tarumã lidera com o crescimento populacional; zona
Norte, com o bairro cidade nova como referência e considerado um centro de
entretenimento; zona centro-oeste com o menor número de habitantes da capital; zona sul
e zona centro-sul com o bairro vila Buriti com a menor população entre os bairros oficiais
da capital. ( G1-Amazonas).
Esta localizada em um ponto estratégico, na confluência dos rios Negro e
Solimões, o que torna a cidade praticamente um porto natural. O relevo de Manaus é
praticamente planície e baixos planaltos com altura média um pouco maior que 90m acima
do nível do mar. O clima da cidade é tropical úmido, tem uma média de temperatura de
26,7ºC e chuvas constantes.
Manaus tem uma economia sustentada por maior parte com o setor industrial,
principalmente pelas indústrias de transportes e comunicação. A fácil acessibilidade ao
gás-natural é um fator que ajuda bastante no desenvolvimento do segundo setor na capital
amazonense. A zona franca de Manaus, que oferece alguns benefícios e isenções de
impostos para as indústrias, também tornou a atividade econômica muito grande. O
turismo e a construção civil também movimenta bastante o mercado.
A capital está localizada no meio da floresta amazônica, o que faz com que a
vegetação esteja muito presenta nas áreas urbanas. A natureza está diretamente ligada com
o estilo de vida da cidade. Reservas naturais e parques são comuns em Manaus, o Parque
do Mindu, Área verde no bairro Santa Etelvina e o maior jardim botânico do mundo, o
Jardim Botânico Adolpho Ducke. É por conta desta proximidade da natureza, o ecoturismo
é um dos destaques da cidade.
Outras atrações de Manaus é o seu turismo histórico e cultural, com estruturas de
prédios que remontam a belle époque, exemplos: teatro amazonas, palácio da justiça,
biblioteca pública do Estado, algumas igrejas e escolas localizadas no centro da cidade. A
capital foi por muito tempo, e ainda é um grande centro de toda a região norte do país,
além de ter passado por diversos acontecimentos históricos que enriquece ainda mais o
passado do local. Isso pode ser refletido nos museus e na arquitetura da cidade, grandes
atrativos para aqueles turistas que não procuram apenas paisagens naturais bonitas.
19
2.2 MEIO AMBIENTE E HIGIENE
Estudos analisados por Reigota (2002,) definem meio ambiente como o lugar
determinado ou percebido, vai além de uma leitura biológica, é um espaço onde importuna
processos de criação cultural e tecnológica, de história e socialização, em que o indivíduo
tem o dever de conviver de forma passiva com agentes oriundos da natureza. Kloetzel (2017)
afirma que o meio ambiente é uma coisa viva, constante. Neste sentido é algo que está
sempre em movimento e transformação e como é composto por seres vivos, é necessário
haver simetria entre os mesmos.
Assim também pode ser definido como a interação do conjunto de elementos naturais,
conforme o aprendizado de (PIRES, 2016). Desta forma é notória a compatibilidade de
definições sobre meio ambiente entre os autores citados. Todos englobam o meio ambiente
como a agregação entre animais, vegetais e o homem, este último sendo o principal
responsável pelo equilíbrio social, tecnológico com a natureza.
Os procedimentos incorretos de higiene são um dos maiores problemas de saúde
pública, apesar de ser um fator de pouca importância, mas é por meio disso que a sociedade
adquire doenças de fácil transmissão. Para Minnaert (2010) a higiene é identificada como
uma característica própria do ser humano. O comportamento higiênico depende de cada
pessoa, principalmente no aprendizado adquirido desde a infância, é isso que influi no
desenvolvimento social.
Hansen (2006) afirma a higiene como o cuidar bem do corpo. Entende-se que os
procedimentos de lidar com a limpeza corporal é adquirir hábitos contínuos que auxiliam não
somente o indivíduo, mas também o meio em que convive.
Brás (2008) define a higiene como um saber, que obriga a certa contenção. É uma
atitude de costumes e domesticação, quando assimilado tem o intuito de transformar
positivamente cada indivíduo ao longo da vida. De acordo com Almeida (2010) higiene é
capacidade de manter a própria higiene. Desta forma sugere o conceito de higiene como uma
atitude e hábitos de manter o corpo limpo e com essas ações a tendência é viver em um meio
20
saudável e limpo. A educação ambiental é o aprendizado sobre questões em que o homem
preserve o meio em que vive.
Conforme o Manual de Saneamento (2004) busca-se desenvolver a consciência
ambiental para atitudes e condutas que favoreçam o exercício da cidadania, à preservação do
ambiente e a promoção da saúde e do bem-estar. É importante conscientizar a população
sobre a mudança de comportamento para melhoria do meio ambiente bem como a qualidade
de vida. O Brasil já sofreu com inúmeras doenças trazidas nas embarcações por falta de
higiene dos tripulantes e imigrantes que aqui chegavam e também a falta de políticas públicas
que visasse estruturas de higiene nas cidades brasileiras ainda em formação (ANVISA E
ESCOLA, 2008).
Com a chegada da família real no Brasil e a abertura dos portos às nações
amigas houve a necessidade de estabelecer um controle sanitário, dos navios, dos
tripulantes e dos passageiros que chegavam às terras brasileiras. Nessas embarcações
eram trazidas muitas doenças de várias partes do mundo. Mesmo assim, apesar desse
sistema de controle sanitário ter sido assinado por D. João I, a população europeia
que aqui desembarcou não tinha o costume de priorizar a higiene, em sua maioria
nunca havia tomado um banho por completo (ESCOLAS PROMOTORAS DE
SAÚDE, 2003).
Devido aos maus hábitos de higiene oriundos da população europeia as
doenças como a febre tifoide, varíola e o sarampo continuavam se alastrando sem
tratamento e sem cura, também não havia campanha de prevenção, justamente
devido à falta de higiene pessoal e coletiva. Em 1849 para o combate à febre amarela
foi criada a Central de Higiene Pública que durou até o final do século XIX.
Segundo o Manual Visa-escola (2008) durante o império, o Brasil enfrentou
diversas epidemias e problemas de saúde pública, porém com a República, a saúde
pública ganhou grande impulso, obtendo-se maior controle sobre as questões de
saúde e consequentemente higiene coletiva.
Na mudança de império para república o Brasil sofreu com a peste bubônica,
doença causada por picada de pulgas, abrigada em pelos de ratos, o cientista,
Oswaldo Cruz, vindo de Paris chegou ao Brasil para produzir em laboratório o soro
“antipestoso” e combater o surto causado pela peste bubônica. Ao mesmo tempo em
21
São Paulo foi criado o instituto Butantã, também dirigido por Oswaldo Cruz,
responsável por expedições de fiscalização os portos do norte a sul do país com
intuito de combater as doenças causadas por mosquitos e roedores (MELO et al,
1998).
A higiene prolonga a vida dentro dos limites de sua duração normal, consegue
aos poucos eliminar do planeta as pestes, as doenças, valorizar o solo e beneficiar a
vida humana em todos os sentidos (GONDRA, 2003). Alguns higienistas como o
Renato Kehl (1926), afirma que a higiene é o ponto principal da medicina, se não o
mais importante.
Por meio da higiene que adquirimos uma melhoria na qualidade de vida.
Muito se discute a respeito da preservação do meio ambiente, educação ambiental,
mas pouco se faz em relação à higiene, sendo que ela também é parte do círculo que
envolve a preservação do meio ambiente, principalmente nos lugares mais
aglomerados, como as escolas.
2.3 A Higiene incorreta nos banheiros escolares prejudica a saúde
Protozoários e helmintos são as principais verminoses agravantes da saúde em
adolescentes em idade escolar. As parasitoses têm um grave histórico no Brasil,
principalmente na população mais jovem e os agentes causadores são justamente os
banheiros públicos e escolares (MOURA e colaboradores, 2018). A importância de
promover a saúde nas escolas e medidas educativas auxilia no combate às parasitoses
(MOURA e colaboradores, 2018).
A carência de informações sobre higiene pessoal e a falta de cuidado ao
utilizar o banheiro é um dos fatores que contribuem para a proliferação de doenças
como a parasitose, infecções causadas por protozoários que geralmente são
transmitidos ao sentar no vaso sanitário e a não higienização correta das mãos
(BARRETO e colaboradores, 2012) e isso ocorre em sua maioria em crianças e
jovens que estão frequentando a escola. O aprendizado correto sobre higiene ocorre
desde a infância, principalmente no espaço escolar para que haja um equilíbrio,
saúde e ambiente de convívio.
22
Para Moura e colaboradores (2018), o conhecimento escolar em relação à
higiene se mostra falho, os alunos têm percepções equivocadas a respeito de
parasitose e como é transmitida. Os discentes demonstram saber alguns certos
cuidados com a higiene pessoal. Deve-se ter uma atenção especial com as meninas
em seu período menstrual, pois elas estão mais suscetíveis às doenças ao utilizar o
banheiro. ”Um aspecto menos explorado é a maneira pela qual os ambientes sociais,
físicos escolares apoiam a transição das meninas durante a puberdade” (MASON e
colaboradores, 2013, tradução nossa).
Conforme Morgan e colaboradores, (2017) os cinco principais serviços que
devem ser disponibilizados nos banheiros de forma a auxiliar a higiene do usuário
são: latrinas (vasos sanitários) de sexo separado, portas com fechaduras, água, sabão
e lixeira. Esta forma contribui para que as meninas e meninos façam corretamente
sua própria higiene, diminuindo os casos de parasitoses e outras doenças infecciosas
graves.
Conforme GONDRA (2003)
A Higiene física, a moral e a intelectual, cujos objetos, são respectivamente,
a saúde o caráter e o espírito. Trata-se de fazer circular conhecimentos
chancelados pela ciência de modo a combater a ignorância das meninas,
modelando assim sua estrutura intelectual no aspecto da higiene, visto que
em sua maioria quando se tornam mães repassam o conhecimento adquirido.
Doenças são causadas também por meio da má higienização das mãos ao
utilizar o banheiro, bactérias microbianas se proliferam dando consequências à mazela. A
higiene das mãos constitui importante medida de prevenção em saúde, é vista como a mais
simples e menos dispendiosa para a prevenção de propagação de infecções (SILVA et al,
2012). Higienizar as mãos após o uso do banheiro bem como antes das refeições reduz
significativamente as infecções bacterianas. As evidências de estudos experimentais e não
experimentais são bastante consistentes com a hipótese de que lavar as mãos é associação
causal com a redução do risco de infecção (GOULART, ASSIS E SOUZA, 2011). Esta
prática é o meio mais simples e eficiente de prevenir a proliferação de microrganismos no
ambiente.
Ao adquirir o hábito de higienizar as mãos o ser humano está reduzindo os riscos de
mortalidade muitas vezes causados por bactérias transmissíveis por meio do contato com as
23
mãos. Conforme afirma Silva et al (2012), a higiene das mãos deve ser diária e esse hábito
constitui um enorme potencial para salvar vidas. Esta afirmação explicita que é possível
reduzir os altos índices de mortalidade infantil, em que os principais causadores dessa
mortalidade são as doenças diarréicas e respiratórias, por meio da correta higienização das
mãos.
2.4 Higiene das mãos como prevenção de doenças
As doenças infecciosas e contagiosas podem ser evitadas se houver a promoção de
higiene e saúde nas escolas, principalmente com relação à correta limpeza das mãos. De
acordo com WATSON e colaboradores (2018), estudos revelam que as mudanças baseadas
em teoria são mais eficazes do que somente colocar os utensílios de higiene expostos ao
indivíduo, é necessário que haja uma educação repetitiva e constante principalmente em se
tratando de jovens. Uma ação de prevenção, considerando as mãos como um reservatório de
microrganismos ALMEIDA e colaboradores, (2018).
“A lavagem das mãos é uma medida de prevenção e controle das infecções
relacionadas à assistência em saúde, devido a praticidade e baixo custo” ALMEIDA e
colaboradores, (2018). A atividade de higienização das mãos tem se tornado algo
significativo na redução de infecção causada por bactérias (GOULART, ASSIS E
TEIXEIRA, 2011). Pesquisas realizadas são bastante consistentes em afirmar que a higiene
das mãos contribui de forma eficaz para a saúde. A assolação de bactérias ocorre espontânea
sem o indivíduo perceber, principalmente ao utilizar o banheiro manipulando descargas, pias
e maçanetas. E conforme afirma (CUNHA e colaboradores, 2012), o ato de fechar a torneira
após a higienização das mãos possibilita a recontaminação das mãos limpas por meio do
novo contato com a torneira contaminada durante seu fechamento. Estudos com base
consistente afirmam que lavar as mãos é uma abordagem simplista, mas se for uma técnica
repetitiva se torna um precioso meio de combater as bactérias que se alojam nas mãos e
consequentemente provocando doenças causadas por bactérias encontradas nos banheiros.
A falta de conhecimento da população sobre a transmissão e controle de infecções
contribui para o aumento de doenças como a enteroparasitose (PROENÇA, PROENÇA E
SÁ, 2018), medida como saneamento e educação ambiental contribuiria na redução das
parasitoses intestinais. Com isso transformar o cidadão em um verdadeiro promotor de saúde.
24
2.5 Higiene, educação e meio ambiente.
A higiene nas escolas precisa ser mais propagada, principalmente em questão de
orientação às meninas no período de transição para a puberdade, conforme afirma
(SOMMER e colaboradores, 2017),
Nas escolas vai além da água, saneamento e descarte. Inclui o fornecimento
de informações sobre a puberdade e a menstruação para meninas e o apoio dos
professores e administradores escolares para proporcionar mais educação sensível ao
gênero e boas experiências escolares para meninas e meninos. A atenção à questão
da gestão da higiene menstrual nas escolas tem crescido, principalmente
impulsionada por praticantes de água, saneamento e higiene(Water, Sanitation and
Hygiene WASH).
A Falta de recursos que auxiliem na higiene das meninas nas escolas, influi para que
ocorra a evasão e às vezes um rendimento de aprendizagem irregular. Inclusão social também
é ter um olhar mais apurado a essas necessidades escolares.
Conforme a Lei n°9795/99 entende-se por educação ambiental, atitudes e
competências voltadas para a conservação do meio ambiente, essencial a sadia qualidade de
vida e sua sustentabilidade. Logo é cabível a compreensão de que se tem o aparato da lei em
afirmar que educação ambiental são competências que envolve a conservação do meio
ambiente e agregado a isso está a sustentabilidade e qualidade de vida.
Em 1918 foi criado o instituto de Higiene de São Paulo com o intuito de promover nas
crianças em seu período escolar a sensibilidade de saúde educação bem como os professores.
Neste contexto surgiram campanhas pautadas em representações sobre a saúde, a doença, a
infância em uma inabalável crença no poder modelador da educação e da escola (ROCHA,
2003). Modelar as crianças pela aquisição de hábitos que as prevenissem de doenças
causadas por falta de higiene. A escola por ser universal e obrigatória alcança a todos, desta
forma se responsabilizando em não só repassar o conhecimento das disciplinas, mas também
o aprendizado que englobe questões de higiene e saúde, melhorando o meio ambiente e a
qualidade de vida, desta forma os meios educativos possibilitam ao indivíduo adquirir uma
consciência sanitária. Assim afirma o Manual de Profuncionário Escolar (2008), os prédios
escolares além de obedecerem a uma estrutura higiênica têm a necessidade de conter água
25
potável, pois se faz necessário propostas pedagógicas que incluam a educação ambiental em
todos as disciplinas, disponibilizando aos alunos e à comunidade escolar métodos
sustentáveis sociais.
Desta forma a educação deve ser um meio que estimule a proteção à saúde, criando
estratégias que auxiliem na conquista aos direitos da cidadania, além do ensinar deve haver
principalmente o agir da comunidade escolar em reforçar e melhorar hábitos e atitudes
relacionados com higiene e saúde.
Conforme afirma Garrido e Meirelles ( 2014)
a educação é um produto, ao mesmo tempo em que é produtora das relações sociais
do seu contexto. É com base nessa educação transformadora que instrumentaliza o
sujeito a exercer sua cidadania em busca dessa sociedade mais justa e igualitária.
“Quando criança, o indivíduo deve entender e aprender que precisa cuidar e preservar,
pois seu futuro depende do equilíbrio entre o homem e a natureza e do uso racional dos
recursos naturais” (MEDEIROS et al, 2011). Diálogos sobre questões ambientais estão cada
vez mais presentes no cotidiano da sociedade, mas a educação ambiental é primordial no
processo educativo. Incluir a EA nas escolas e priorizar nas reuniões pedagógicas é uma
forma de contribuir por uma geração mais consciente de seus atos ambientais. “O processo de
degradação tem aumentado cada vez mais, comprometendo a qualidade de vida e da
sociedade” (SALLES,2013). As poluições em todas as formas estão aumentando a cada
segundo e a saúde de todos os seres vivos é atingida de maneira silenciosa. A família, a
escola e a sociedade são responsáveis em sensibilizar os indivíduos às questões de
preservação ambiental, e nisso está englobado principalmente sustentabilidade social
(higiene, saúde e cidadania).
26
CAPÍTULO III
3.1 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
O método é o conjunto das atividades sistemáticas e racionais, que com maior
segurança e economia, permite alcançar os objetivos (MARCONI E LAKATOS, 2010). Esta
pesquisa caracteriza-se por meio de um estudo de caso com uma abordagem quantitativa e
qualitativa. A figura 3 demonstra as etapas utilizadas nos procedimentos metodológicos com
o intuito de alcançar os objetivos da pesquisa.
Figura 3- Fluxograma da Metodologia
Fonte: Autora, 2019.
Sendo esta uma pesquisa cientifica, foi usada para balizá-la a construção de um
questionário, que segundo Gil, (2008),” consiste basicamente em traduzir objetivos da
pesquisa em questões especificas”. Foi proposto por escrito aos respondentes, logo é do tipo
autoaplicável. O questionário aplicado embasou a proposta de um procedimento operacional
padrão sobre a correta higiene pessoal após a utilização do banheiro e como mantê-lo limpo,
como forma de conscientização aos discentes. Os alunos responderam 13(treze) perguntas
objetivas e 1(uma) subjetiva em que questionava os alunos sobre 3 melhorias para os
27
banheiros de suas escolas. Tecnicamente formulou-se o questionário em documento do
Microsoft Word, optou-se por analisar 8 (oito) perguntas por serem as que mais deram ênfase
aos objetivos desta pesquisa. Utilizou-se o programa Microsoft Excel em construção das
planilhas com os dados coletados e organizados para a transferência de gráficos de pizza e de
rosca proporcionando entendimento acerca das perguntas e respostas da pesquisa.
O presente estudo foi desenvolvido em duas escolas públicas da cidade de Manaus,
considerando o Censo Escolar dos alunos matriculados no 1°ano do ensino médio na referida
cidade, são compostos por 97.781 na rede Estadual e 2.201 na Rede Federal. A 1ª escola a ser
analisada foi o Instituto Federal do Amazonas, Campus Manaus Distrito Industrial, situada na
avenida governador Danilo de Matos Areosa nº1672, Distrito Industrial, na zona sul do
município de Manaus.
Na 1ª. escola, Instituto Federal do Amazonas, o questionário foi aplicado a 160
discentes que estudam em período integral. Na 2ª., Escola Estadual Nossa Senhora
Aparecida, localizada na Rua Comendador Alexandre Amorim nº325, bairro Aparecida, na
zona centro sul da cidade, foi aplicado o questionário a 243 alunos do turno matutino.
As duas escolas têm características distintas, pois o Campus do Instituto Federal é
acessado pelos interessados nos estudos técnicos e tecnológicos, enquanto a escola da zona
centro sul, por clientela interessada pelo ensino propedêutico.
3.2 Formulações do problema
Conforme afirma Marconi e Lakatos (2010), “problema é uma dificuldade, teórica ou
prática, no conhecimento de alguma coisa de real importância, para a qual se deve encontrar
uma solução”, um conceito bastante corrente que identifica o problema como márgem à
hesitação ou perplexidade. Diante desse entendimento questiona-se: Os alunos de escolas
públicas têm uma ampla percepção a respeito de higiene dentro da educação ambiental? Eles
conhecem e praticam de fato a higiene dentro dos conceitos de educação ambiental?
3.3 Questões norteadoras da pesquisa
Conforme afirma Marconi e Lakatos (2010), é necessário abandonar o ponto de vista
antropocêntrico, para formular hipóteses sobre a existência de objetos e fenômenos além da
própria percepção de nossos sentidos, apropriando-se das teorias para verificar, planejar e
28
interpretar. Utilizou-se de um questionário como instrumento de pesquisa, conforme afirma
MARCONI E LAKATOS (2003) “questionário é um instrumento de coleta de dados,
constituído por uma série ordenada de perguntas”, ou seja, uma técnica de investigação que é
composta por um conjunto de questões com o intuito de auxiliar o pesquisador a obter as
respostas de suas questões norteadoras.
3.4 Coleta de Dados
Para Gil (2008), a coleta de dados é uma técnica bastante adequada para obtenção de
informações a respeito do que as pessoas sabem, fazem e o conhecimento que elas possuem.
Para a aquisição dos dados, aplicou-se um questionário com 14(quatorze) perguntas
objetivas, a 11ª pergunta é subjetiva, indagando aos alunos quais são as três melhorias que
eles fariam em relação à higiene dos banheiros de sua escola, e as três últimas perguntas são
direcionadas somente ao público feminino para um total de 403 alunos cursando a 1ª série do
ensino médio. Logo no primeiro contato com a escola os gestores dialogaram com os alunos
explicando sobre a pesquisa.
A primeira aplicação do questionário ocorreu na 2ª. Escola, na última semana do mês
de março, no período da manhã, por serem em sua maioria perguntas objetivas e apenas
1(uma) subjetiva. O processo durou 1h15(uma hora e quinze minutos) para conversar com os
alunos, explicar, aplicar o questionário e recolher as respostas. A diretora da escola reuniu
todos os discentes participantes da pesquisa em uma única sala, para que não requeresse
muito tempo, visto que após esta pesquisa eles teriam aula. A conversa com os discentes foi
uma curta explicação sobre a higiene dentro da educação ambiental e sua relevante
importância para a saúde e o meio ambiente.
A aplicação do questionário na 1ª. escola ocorreu na primeira semana do mês de
junho, neste dia contou-se com a ajuda de dois amigos voluntários para o processo ser mais
rápido e não dificultar o andamento das aulas, os alunos já haviam sido avisados sobre a
visita da pesquisadora. O tempo de duração da aplicação durou 45min. (quarenta e cinco
minutos) nas 4(quatro) salas das turmas de 1ª série do ensino médio.
3.5 Aspectos éticos
Por ser uma pesquisa que envolveu seres humanos, foi necessário submeter ao comitê
de ética da universidade federal do Pará, o instrumento de pesquisa utilizado, bem como
29
apresentar à escola, o Termo De Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Não sendo
obrigatória a participação do aluno que viesse a optar por não participar da pesquisa. A
princípio foram escolhidas quatro escolas da rede pública de ensino. Mas no decorrer da
pesquisa percebeu-se que a realização do trabalho seria possível, sem perda de informações,
em duas escolas, em função dos funcionários da área de educação terem deflagrado greve na
cidade de Manaus.
30
CAPÍTULO IV
4.1 Resultados e Discussões
As escolas analisadas têm um equilíbrio de gênero e foram entrevistados 70 meninas e
90 meninos na escola 1, somando um total de 160 discentes. Na escola 2, 122 meninas e 121
meninos foram entrevistados, equilibrando um total de 243 alunos.
Tabela 1- Quantitativo de alunos entrevistados nas duas escolas.
Escola 1 Quantidade
Feminino 70
Masculino 90
Total 160
Escola 2 Quantidade
não 122
sim 121
Total 243
Fonte: Autora, 2019
A tabela 1 contém o número de alunos que participaram da pesquisa na escola 1 e na
escola 2, foi dividida por gênero, devido as últimas perguntas serem direcionadas às meninas.
O somatório de alunos nas duas tabelas é de 403 alunos participantes da pesquisa. Este
quantitativo foi suficiente para análise da pesquisa.
4.1.1 A visão dos discentes sobre a limpeza dos banheiros.
O questionário proposto contém a pergunta número 11, que indagou aos alunos sobre
três melhorias que eles fariam nos banheiros das escolas. Nas respostas analisadas na escola
1, os alunos entendem a importância em manter os banheiros limpos e conhecem os
principais serviços que devem ser disponibilizados nos banheiros de forma a auxiliar a
higiene do usuário. Os discentes contestam a falta destes serviços e propõe como melhoria a
31
inclusão dos mesmos. Na escola 1 os alunos do sexo masculino solicitam a instalação de
divisórias entre os mictórios, eles sentem sua privacidade sendo invadida, os chuveiros são
coletivos e os alunos sugerem a divisão em boxes individualizados e fechados bem como o
conserto das portas dos demais banheiros. As sugestões de melhorias dos meninos têm como
principal foco a privacidade e desta forma pressupõe um aperfeiçoamento nos hábitos de
higiene. Em contrapartida as meninas não enfocam as portas e divisórias dos boxes dos
chuveiros, pois os banheiros femininos já possuem as trincas e divisórias. No entanto, elas
sugerem como melhoria materiais de higiene que julgam necessários para um asseio mais
eficaz, como: sabão líquido ou em barra, papel toalha, álcool em gel e outros.
Figura 4- Foto da resposta de uma aluna da escola 1.
Fonte: Autora, 2019.
A figura 4 exemplifica sugestões formuladas por uma menina a respeito de melhorias
nos banheiros femininos, algo prudente é a instalação de sensores nas torneiras como forma
de economizar água. As meninas da escola 1 sugerem sabonete líquido e álcool em gel. Deste
modo as propostas impostas pelos discentes são relevantes e demonstra que eles têm
consciência a respeito de como fazer a correta higiene individual e conservar o ambiente
limpo, a minoria exige os serviços prestados pela empresa conservadora de limpeza. Eles
entendem que o problema da higienização dos banheiros está individualmente em cada aluno.
32
Figura 5- foto do banheiro masculino da escola 1.
Fonte: Autora, 2019.
A figura 5 contradiz as sugestões dos alunos, eles não têm o zelo e cuidado, exigem materiais
de higiene, mas não os conservam ou fazem uso racional. Nota-se que há gastos excessivo de papel
higiênico, descarte incorreto e isso são causas que contribuem para um banheiro sujo. A atitude dos
alunos não condiz com as exigências dos mesmos. Os banheiros femininos têm a mesma
problemática. No questionário eles demonstram ter consciência de como manter os banheiros limpos,
porém ao utilizarem contradizem suas exigências. Nota-se, no entanto que os alunos são conscientes
da importância da higiene, porém é necessário sensibilizá-los e uma das formas é o procedimento
operacional padrão (POP) permanente nos banheiros, informando-os sobre as atitudes corretas de
higiene e como preservação ao meio ambiente.
33
Figura 6- foto do banheiro masculino da escola 2
Fonte: Autora, 2019.
A figura 6 é do banheiro masculino da escola 2, esta figura foi feita após intervalo do
lanche com a supervisão de uma professora da escola. Em um curto espaço de tempo os
alunos deixaram o piso sujo de lama e estava com mau cheiro, supõe-se que realizaram suas
necessidades fisiológicas no chão e não no mictório. Antes do intervalo o banheiro estava
limpo. Assim como na escola 1, os alunos entendem quais são as atitudes corretas, porém essa
educação deve ser proveniente do seio familiar. As escolas têm os serviços de limpeza básicos
necessários, mas é a educação decorrente de cada aluno que interpõe a manutenção higiênica
dos banheiros de cada escola.
Assim observou-se que os discentes das duas escolas participantes da pesquisa,
entendem e compreendem a importância em manter os banheiros limpos e as escolas contêm
os aparatos fundamentais para a higiene dos banheiros. Mas a conduta do corpo discente,
infelizmente é contrária aos ensinamentos, nas escolas analisadas deve haver a implantação
de um POP, mas juntamente com ele uma supervisão por parte da administração escolar para
verificar se os procedimentos estão sendo cumpridos de forma correta. Educação, bons
hábitos e costumes são atitudes provenientes da família, mas a escola e a sociedade é
importante para fortalecer os bons hábitos do indivíduo. Pois a Educação Ambiental também
engloba questões de higiene, a educação é um produto e também produtora em contextualizar
34
as relações interpessoais, conforme afirma (GARRIDO E MEIRELLES, 2014). É fato que a
educação ambiental é uma forma de fornecer à sociedade ensinamentos de prevenção ao meio
ambiente, educar e sensibilizar os indivíduos às questões de higiene é um meio de estimulo
de proteção à saúde, criando estratégias que auxiliem na conquista aos direitos da cidadania,
além do ensinar deve haver principalmente o agir da comunidade escolar em reforçar e
melhorar hábitos e atitudes relacionados com higiene e saúde.
4.1.2 Relação entre a falta de higiene nos banheiros e seu uso pelos alunos.
Tabela 2- Comparativo das duas escolas (alunos que julgam os banheiros limpos).
Você considera o banheiro de sua escola limpo ESCOLA 1
não 70
sim 90
Você considera o banheiro de sua escola limpo ESCOLA 2
não 129
sim 114
Fonte: Autora, 2019.
Analisando a tabela 2, percebe-se um equilíbrio de opiniões entre os alunos que
consideram limpo os banheiros de suas escolas. A posição de cada aluno não os impede de
utilizar o banheiro. Ao observar o estado de cada banheiro, nota-se que eles são
razoavelmente limpos e os serviços de limpeza são realizados com frequência. No
questionário os alunos da escola 1 consideram os banheiros limpos e afirmam utilizar o
banheiro com bastante frequência, enquanto que na escola 2, 47% dos alunos usam
esporadicamente e 4% não utilizam. Na pergunta de número 11 em que solicita aos alunos
possíveis melhorias para os banheiros, alguns evitaram dar sugestões, mas dizem acreditar
que seja necessária uma reeducação de todos os discentes, eles entendem que não sabem e
muitos não querem manter os banheiros limpos. Ao analisar essas respostas nota-se a
importância da escola em aplicar métodos de sensibilização aos alunos, e isto está alinhado à
35
educação ambiental. Houve relatos de alunos que já presenciaram atitudes incorretas de
higiene propositalmente, destruindo e sujando grotescamente os banheiros. É dever da
sociedade disponibilizar ações que contribuem para o equilíbrio entre o homem e o meio
ambiente.
Figura 7- Representação gráfica da resposta à pergunta de número 4, na escola 1.
Fonte: Autora, 2019.
Figura 8- Representação gráfica da resposta à pergunta de número 4, na escola 2.
Fonte: Autora, 2019.
Os gráficos das figuras 7 e 8 respectivamente demonstram que os alunos utilizam
frequentemente o banheiro da escola, mesmo se os banheiros estiverem sujos, alguns deles
compreendem que suas atiutudes incorretas prejudica outros colegas que poderão vir a fazer uso dos
banheiros. Aplicando um procedimento operacional padrão e fiscalizando é possível adquirir
36
melhoria nas atitudes dos alunos em relação à higiene dos banheiros. Na escola 2 há um
equilíbrio do quantitativo de alunos que utilizam o banheiro.
Tabela 3- Comparativo das duas escolas- alunos que não contribuem para o desperdício de
água.
Você fecha a torneira da pia se estiver
desperdiçando água? ESCOLA 1
As vezes 03
sim 157
Você fecha a torneira da pia se estiver
desperdiçando água? ESCOLA 2
As vezes 104
sim 139
Fonte, Autora 2019.
Nas duas escolas os alunos contribuem para não haver desperdício de água na torneira
dos banheiros, conforme demonstração na tabela 3. Nesta pergunta mais uma vez é notória a
conscientização dos alunos em relação ao meio ambiente, mas em conversa com os mesmos
eles acreditam ser necessários uma fiscalização por parte da administração da escola, pois há
alunos que destroem os acessórios dos banheiros como: torneira, suporte de papel toalha,
vaso sanitário e até as trincas das portas. Em um dos banheiros da escola 1(um) havia uma
torneira pingando água constantemente.
4.1.3 O porquê de algumas meninas não utilizarem o banheiro da escola.
Os banheiros quando estão sujos geralmente não são usados por meninas,
principalmente se estiverem no período menstrual. Nas duas escolas analisadas os alunos
responderam utilizar o banheiro com pouca frequência e a minoria informou que só usa
casualmente. As perguntas de número 12 a 14 fazem referência às meninas, se elas
frequentam a escola quando estão em período menstrual e se ficam a vontade em utilizar o
banheiro da escola.
37
Tabela 4- Quantitativo de respostas das perguntas 12,13 e 14.
12. Você Frequenta a escola quando está
em seu período menstrual?
ESCOLA
1
ESCOLA
2
Não 103
Sim 67 15
Às vezes 3 4
13. Se sente a vontade em usar o banheiro
de sua escola?
ESCOLA
1
ESCOLA
2
Não 62 118
Sim 8 4
14. Você acha adequado o material de
higiene que a escola fornece?
ESCOLA
1
ESCOLA
2
Não 9 110
Sim 51 4
As vezes 10 8
Fonte: Autora, 2019.
A tabela 3 referente as perguntas de 12 a 14 às meninas, demonstra que as meninas da
escola 1 frequentam normalmente as aulas quando estão em seu período menstrual, enquanto
que na escola 2 ocorre o contrário. No entanto nas duas escolas as meninas não ficam
confortáveis em usar o banheiro da escola, na escola 2 elas relataram que é devido o banheiro
não ter utensílios necessários para a higiene pessoal. Na escola 1 as meninas informaram que
a escola fornece materiais adequados, mas somente o básico. Sabemos que a mulher quando
está no período menstrual necessita de cuidados específicos para preservar a própria saúde. As
escolas não fornecem os materiais adequados para a higiene das meninas, por questões
culturais esse tipo de atitude não é comum em nossas escolas.
As alunas citaram algumas melhorias que poderiam ser adotadas como: reposição de
papel higiênico, papel toalha, álcool em gel, sabonete líquido e torneira com sensor para
38
economia de água. Os meninos citam as mesmas melhorias, porém acrescentam divisória no
mictório, e na escola 1, eles sugerem a proposta de paredes no vestiário masculino para que os
chuveiros fiquem isolados possibilitando um ambiente mais individual para tomar banho.
4.1.4 Abordagem pelo professor sobre temas ambientais e o interesse dos
alunos.
Nas figuras 9 e 10, os alunos das duas escolas estão razoavelmente interessados nos
temas ambientais, em conversa com eles, demonstraram que entendem da importância sobre
o tema, no entanto eles limitam o assunto apenas em preservação da natureza.
Mas quando se fala em educação ambiental há um tripé de sustentabilidade a ser
mencionado e estudado que muitos desconhecem e são eles:
Social- que engloba o meio social do indivíduo como: condições de vida, saúde,
educação, violência e lazer;
Ambiental- recursos naturais do planeta e seu uso pela sociedade;
Econômico- considerando a questão social e ambiental, a forma como se dá a relação
entre a produção, distribuição e consumo de bens e serviços.
Considerando esse tripé, a educação ambiental engloba tudo no planeta, ela serve para
conscientizar e sensibilizar os seres humanos para que haja um equilíbrio entre homem e
natureza. Os alunos entendem o que é educação ambiental, mas é necessário haver uma
sensibilização e os professores precisam relacionar educação ambiental com suas disciplinas.
Figura 9- Representação gráfica do nível de interesse pelas questões ambientais na escola 1.
Fonte: Autora, 2019.
39
Figura 10-Representação gráfica nível de interesse pelas questões ambientais na
escola 2.
.
Fonte: Autora, 2019
A escola aborda meio ambiente, mas ainda é escasso por parte individual dos
professores, eles não acometem o assunto de forma interdisciplinar e dinâmica. Os alunos
informaram que o assunto é mais abordado por professores de áreas específicas de meio
ambiente. E estudos comprovam que isso é desatualizado, educação ambiental é um tema
interdisciplinar e cada professor pode se apropriar a fundo melhorando o aprendizado dos
alunos e consecutivamente buscando meios tecnológicos e sociais de sustentabilidade,
aplicando nos discentes um pensamento crítico acerca das questões ambientais. A tabela 5
demonstra de fato a frequencia com que o assunto meio ambiente é ensinado em sala de aula.
Nota-se ambas as escolas os educadores em sua maioria abordam com alguma frequência ou
raramente. Como discutido anteriormente, educação ambiental é geralmente ensinado por
professores de ciências, química, biologia e geografia. O assunto é abordado mas não de
forma interdisciplinar.
De acordo com (SOMMER e colaboradores, 2017), a higiene nas escolas vai além de
água, saneamento e descarte. Atitudes correta de higiene como lavagem das mãos, uso
moderado de papel higiênico e papel toalha, manter a torneira da pia fechada e descarte
correto de absorvente são umas das formas de promover a saúde na escola e está intercalado
ao tema meio ambiente. Abordar esses assuntos nas escolas é fundamental na construção de
cidadãos críticos em suas atitudes ambientais, conscientes e sensibilizados em conviver em
uma sociedade que priorize a sustentabilidade social, ambiental e econômica. Os assuntos
relacionados ao meio ambiente. A escola e a sociedade também precisam adquirir o hábito de
40
interdisciplinalizar a educação ambiental, pois todas as disciplinas sem exceções têm suas
parcelas de contribuições em formar indivíduos críticos e com soluções sustentáveis.
Tabela 5- Frequência com que o professor aborda o assunto meio ambiente em sala de aula
nas duas escolas.
Para uma melhor compreensão sobre educação ambiental, faz-se importante
professores e comunidade escolar adotar a ideia de trabalhar o tema em todas as disciplinas,
colocando exempos do cotidiano em sala de aula.
com que frequência o professor aborda
assuntos ligados ao meio ambiente
Escola 1 Escola 2
não sabe 4 5
Sempre 7 4
Nunca 2 2
com alguma frequência 47 110
raramente 100 122
41
CAPÍTULO V
9.1 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta pesquisa mostrou que os discentes têm alguns conhecimentos a respeito de
educação ambiental e higiene, se interessam pelo assunto, no entanto há pouca abordagem nas
escolas sobre o tema.
Como contribuição de sustentabilidade social foi confeccionado e implantado um
procedimento operacional padrão de como fazer a higiene individual correta e manter os
banheiros limpos e proposto às escolas uma cartilha com informações sobre alguns
procedimentos correto de higiene que auxiliam a conservar os banheiros limpo.
A prática da higiene nos banheiros escolares ainda é reduzida por falta de
conhecimento prévio e constante sendo perceptível que os alunos têm consciência de suas
atitudes corretas e incorretas, porém falta sensibilizá-los sobre a importância em manter o
ambiente dos banheiros limpos.
Após uma segunda visita nas escolas em horário de intervalo notou-se a falta de
sensibilização dos alunos em manter a higiene dos banheiros. Vasos sanitários sujos e
entupidos, papel higiênico jogado no chão, torneiras jorrando água sem estarem utilizando.
A educação ambiental não engloba apenas preservação à natureza, mas também tudo
que envolve o meio em que vivemos. Preservar é manter o entorno natural existente,
equilibrar o convívio do homem com a natureza, bem como afirma no artigo 1°da Lei
9795/99, em que a EA também um meio de proporcionar a qualidade de vida e sua
sustentabilidade.
Evitar doenças por meio da higiene é uma forma de sustentabilidade social.
Atenção especial deve ser direcionada às meninas, sua higiene incorreta ou ambientes
hostis propiciam a elas desconforto e doenças.
As discentes solicitam utensílios fundamentais que as auxiliem em sua higiene pessoal
para que sintam comodidade em utilizar o banheiro e praticar a higiene.
A prática pedagógica ambiental torna-se cada vez mais relevante no âmbito escolar
para que contemple alunos adolescentes que estão se preparando para o mercado profissional.
É fundamental que as escolas busquem meios de aprendizagem que desperte aos alunos uma
visão crítica às questões ambientais e sensibilização, preparando o aluno para um discurso
crítico dos fatos que ocorrem em seu cotidiano.
42
A educação ambiental ainda é algo muito distante no sistema escolar, apesar de ser
primordial à sensibilização de crianças e jovens. As escolas precisam adotar em seu plano
pedagógico a educação ambiental como interdisciplinar, deixar o tradicional e buscar o novo,
por meio dessa interdisciplinaridade é possível formar cidadãos com pensamento crítico,
pessoas capazes de manter o equilíbrio entre o homem e a natureza. Só há exploração do tema
e poucas soluções, o mundo está se deteriorando, as fontes naturais antes inesgotáveis estão
acabando. E promover tecnologias de sustentabilidade social nas escolas é uma solução eficaz
e dentro da educação enfatizar o tripé sustentabilidade social, ambiental e econômico.
43
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47
APÊNDICES
APÊNDICE A- QUESTIONÁRIO DA PESQUISA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS – ICEN
PROGRAMA DE PÓS – GRADUAÇÃO EM CIENCIAS E MEIO AMBIENTE – PGCMA
CURSO DE MESTRADO EM CIENCIAS E MEIO AMBIENTE
QUESTIONÁRIO PARA OS ALUNOS – PERCEPÇÃO AMBIENTAL NO ÂMBITO FORMAL:
Panorama da Educação Ambiental Escolar. 1. Qual seu gênero?
( ) Masculino ( ) Feminino ( ) Não sei
2. Classifique seu nível de interesse pelos assuntos relacionados à EDUCAÇÃO AMBIENTAL E
SAUDE.
( ) Muito interessado ( ) Razoavelmente interessado ( ) Não sei
( ) Pouco Interessado ( ) Nenhum interesse
3. Na sua escola em sala de aula, o professor (a) aborda com que frequência sobre os assuntos
ligados ao Meio Ambiente?
( ) Sempre ( ) Com alguma Frequência ( ) Não sei
( ) Nunca ( ) Raramente
4. Na escola você habitualmente costuma realizar algumas destas ações: Você usa com frequência o
banheiro de sua escola?
( ) sim ( ) Às vezes
( ) Não
5. Fecha a torneira da pia do banheiro se estiver desperdiçando água?
( ) Sim ( ) Às vezes
( ) Não
6. Você joga o papel higiênico já utilizado no cesto de lixo?
( ) sim ( ) Às vezes
( ) Não ( ) Não sei
7. Em sua opinião, no banheiro de sua escola tem os materiais de higiene necessários para sua higiene
pessoal?
( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
8. As portas do banheiro possuem trincas para sua segurança?
48
( ) Sim ( ) Não
9. Você considera o banheiro de sua escola limpo?
( ) Sim ( ) Não
10. Você considera importante abordar sobre Educação ambiental e higiene coletiva?
( ) Muito Importante ( ) Pouco Relevante ( ) Irrelevante
11. Escreva três coisas que você faria para melhorar a higiene dos banheiros de sua escola
PERGUNTAS PARA AS MENINAS:
12. Você frequenta a escola quando está em seu período menstrual?
( ) Sim ( ) Não ( ) Às vezes
13. Quando você está no período menstrual, se sente à vontade em usar o banheiro de sua escola?
( )Sim ( ) Não
14. Você acha adequado o material de higiene que a escola fornece?
( ) Sim ( ) Não ( ) Às vezes
OBRIGADA POR SUA PARTICIPAÇÃO!
49
APÊNDICE B- TCLE
APÊNDICE-B
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO – TCLE
Resolução Nº466/12 - Conselho Nacional de Saúde
A Pesquisa intitulada “Educação Ambiental e Saúde: Higienização dos Banheiros
em Escolas Públicas”, sob a responsabilidade da pesquisadora Monique Elza da Silva e
Silva, tem como objetivo ENTENDER qual a percepção dos discentes a respeito da educação
ambiental e higiene. A participação do (a) aluno (a) é voluntária e dar-se-á por meio da
participação em atividades Educação Ambiental, responder a 1 (um) Questionário no início
da Pesquisa. Os Riscos na participação da Pesquisa podem surgir em relação as perguntas
contidas no Questionário, pois podem causar constrangimento. Porém, a (o) participante pode
desistir da Pesquisa a qualquer momento que achar conveniente para o seu bem-estar.
Os Benefícios se referem ao aluno (a) participante vir a colaborar para um melhor entendimento
sobre Meio Ambiente e Saúde. Acreditamos que esse trabalho fornecerá dados relevantes que darão
suporte aos estudos e diagnósticos sobre a realidade dos banheiros das escolas na instituição de ensino.
Assim sendo, os resultados da Pesquisa serão utilizados de forma a enriquecer o aprendizado dos
alunos, no que diz respeito às questões de Higiene pessoal e saúde. Os resultados da Pesquisa serão
publicados em eventos, revistas ou outro círculo de divulgação no meio cientifico. Porém, o nome do
(a) aluno (a) será mantido em sigilo. O (a) aluno (a) participante da Pesquisa, tem o direito e a
liberdade de desistir em qualquer fase da Pesquisa. O (a) participante não terá nenhuma despesa e
também não receberá nenhuma remuneração pela participação ou desistência na Pesquisa. Para
qualquer outra informação, o (a) aluno (a) poderá entrar em contato com o Comitê de Ética em
Pesquisa do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Pará - CEP – ICS/UFPA, ou
no endereço comercial da pesquisadora: Avenida Governador Danilo de Matos Areosa número1672
telefone: (92) 981174271 ou através do E-mail: [email protected].
50
Eu, _______________________________________________________, fui informado (a) sobre os
objetivos da Pesquisa, tendo entendido a explicação desse Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido – TCLE. Assim sendo, eu concordo que o (a) aluno (a)
___________________________________________________
participe do Projeto de Pesquisa intitulado “Educação Ambiental e Saúde: Higienização dos
Banheiros em Escolas Públicas”, tenho conhecimento que o (a) aluno (a) não será remunerado (a) e
que pode desistir a qualquer tempo, sem sofrer prejuízo ou qualquer tipo de constrangimento. Este
documento é emitido em 2 (duas) vias que serão assinadas por mim (responsável), pelo aluno (a) e
pela pesquisadora, ficando 1 (uma) via com o responsável e outra com a pesquisadora.
Manaus, ____/ ____/ ___
________________________________________________
Assinatura do responsável
________________________________________________
Assinatura do (a) aluno (a)
________________________________________________
Pesquisadora responsável – UFPA
51
APÊNDICE C- PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP).
52
APÊNDICE-D
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E
NATURAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS E MEIO
AMBIENTE
RELATÓRIO TÉCNICO
IDENTIFICAÇÃO DA PESQUISA
Título do Projeto de Pesquisa
EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SAÚDE: ESTUDO DA HIGIENE DOS
BANHEIROS DE DUAS ESCOLAS PÚBLICAS DE MANAUS E UM
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO COMO FORMA DE
SENSIBILIZAÇÃO.
Pesquisadora: Monique Elza da Silva e Silva
Orientador: Prof° Dr. Davi do Socorro Barros Brasil
Relatório Técnico apresentado ao Instituto
Federal do Amazonas-Campus Manaus Distrito
Industrial como requisito de contribuição para a
pesquisa de Mestrado em Ciência e Meio
Ambiente pela Universidade do Federal do Pará
(UFPA). Instituto de Ciências Exatas e Naturais.
Belém/PA
2019
53
INTRODUÇÃO
França e colaboradores (2019, p. 43) e Massine (2010), definem a educação ambiental
como um processo de sensibilização. A Educação Ambiental (EA) é proveniente da
necessidade de sensibilizar o corpo discente para uma preocupação à preservação ao meio
ambiente. A EA deve ser abordada nas escolas como um tema fundamental e permanente,
devendo estar presente em todas as modalidades de ensino. Entende-se uma educação
gradativa com estudos e aprendizagem em relação aos problemas ambientais. Conforme
Brandalise e colaboradores (2015) definem EA como um processo. Desta forma entende-se
um processo que almeja adquirir uma consciência crítica nas questões ambientais, não inclui
somente a preservação à natureza, mas todas as atitudes que preserve o meio de forma
sustentável e propicia uma melhor qualidade de vida. Bonin, Conto e Pereira (2016) a define
como uma educação que dialoga com o ambiente. Sendo assim o caminho em que os alunos
aprendem e interagem entre si.
Portas rabiscadas, gastos excessivos de papel higiênico, piso molhado, vaso sanitário
entupido, o que não falta são problemas na limpeza do banheiro nas escolas (LIMPEZA DE
BANHEIROS EM ESCOLAS, COMO MELHORAR?, 2018). Essa problemática deve ser
analisada e o cuidado para que não ocorram esses tipos situações deve ser diário e não só por
parte da administração escolar, mas também os discentes que utilizam os banheiros. Um dos
fatores que podem colaborar são boas ações de higiene colaboram para melhorias no
ambiente de convívio.
A higiene vai além de uma boa aparência, os banheiros sujos viram abrigos para vírus,
bactérias e fungos, expondo aos alunos ao risco de contaminação, e intensificar os serviços de
limpeza não soluciona o problema. Como em toda escola é necessário haver uma visão nos
diferentes ângulos, aperfeiçoar o processo de limpeza e também conscientizar os alunos para
o cuidado com os espaços públicos.
A higiene prolonga a vida dentro dos limites de sua duração normal, consegue
aos poucos eliminar o planeta das pestes, das doenças, valorizar o solo e beneficiar a
vida humana em todos os sentidos (GONDRA, 2003). Alguns higienistas como o
Renato Kehl (1926), afirma que a higiene é o ponto principal da medicina, se não o
mais importante. Por meio dela adquirimos uma melhoria na qualidade de vida.
Muito se discute a respeito da preservação do meio ambiente, educação ambiental,
mas pouco se faz em relação à higiene, sendo que ela também é parte do círculo que
54
envolve a preservação do meio ambiente, principalmente nos lugares mais
aglomerados, como as escolas.
JUSTIFICATIVA
A base teórica possibilita entender a relevância da educação ambiental nas escolas, a
EA engloba todas as questões ambientais, inclusive a higiene e como sua incorreta prática
causa disfunções no corpo humano e o ambiente de convívio. Conforme afirma Nascimento e
colaboradores (2018, p. 46) a EA é definida como um processo permanente, onde o indivíduo
adquire consciência de seu meio ambiente, valores e habilidades em resolver no individual e
coletivamente problemas que atingem o equilíbrio entre o homem e a natureza. Investigar
como é feita a higiene dos banheiros das escolas em ambas as partes (administrativa e corpo
discente) é uma forma de entender essa funcionalidade. Utilizar um procedimento
operacional padrão ensinando como manter os banheiros e o próprio corpo limpos é uma
forma de auxiliar na sensibilização dos alunos.
A maioria dos alunos contesta a respeito da manutenção e limpeza dos banheiros, mas
há comprovações precisas de que a responsabilidade não cabe somente á administração da
escola, mas de toda comunidade que utiliza o banheiro, considerando ser mais comum os
discentes utilizarem e ocuparem o espaço. As escolas promovendo meios de sensibilização e
exigindo que se cumpram os procedimentos propostos, possibilitam aos alunos e à própria
escola um ambiente limpo e saudável.
OBJETIVOS
O principal objeto desta pesquisa foi compreender a percepção dos discentes sobre
higiene e ambiente e de acordo com os resultados propor um procedimento operacional
padrão como forma de sensibilizar o corpo discente sobre a correta higiene individual e
coletiva. Como auxilio a este principal objeto foi necessário os seguintes objetivos
específicos: observar a visão dos discentes em manter os banheiros limpos; entender como a
falta de higiene nos banheiros interfere no uso dos mesmos pelos alunos, principalmente do
sexo feminino; verificar a percepção dos alunos a respeito do assunto educação ambiental e
55
saúde e a frequência com que o tema é abordado em sala de aula; propor um procedimento
operacional padronizado para melhorar o comportamento da comunidade estudantil com
relação a saúde em banheiros escolares.
MATERIAIS E MÉTODOS
Esta pesquisa foi caracterizada por meio de um estudo de caso com uma abordagem
quantitativa e qualitativa, conforme afirma Marconi e Lakatos, (2010), o método é o conjunto
das atividades sistemáticas e racionais, que com maior segurança permite alcançar os
objetivos da pesquisa. Foi usada para balizá-la a construção de um questionário, que segundo
Gil, (2008) consiste basicamente em traduzir objetivos da pesquisa em questões específicas.
Os alunos responderam 13 perguntas objetivas e 1 subjetiva em que questionava aos alunos
sobre três melhorias para os banheiros de suas escolas. Optou-se por analisar 8 perguntas com
suas respectivas respostas por serem as que mais deram ênfase aos objetivos da pesquisa.
Conforme afirma Marconi e Lakatos (2010), “problema é uma dificuldade, teórica ou
prática, no conhecimento de alguma coisa de real importância, para a qual se deve encontrar
uma solução”, um conceito bastante corrente que identifica o problema como márgem à
hesitação ou perplexidade. Diante desse entendimento questiona-se: Os alunos de escolas
públicas têm uma ampla percepção a respeito de higiene dentro da educação ambiental? Eles
conhecem e praticam de fato a higiene dentro dos conceitos de educação ambiental?
RESULTADOS
Esta pesquisa obteve alguns resultados consistentes às questões norteadoras os alunos
entrevistados responderam a pergunta de número 11 que questionava aos alunos algumas
possíveis melhorias que eles julgavam necessário para a higiene dos banheiros. Os alunos do
sexo masculino solicitam a instalação de divisórias entre os mictórios, eles sentem sua
privacidade sendo invadida, os chuveiros são coletivos e os alunos sugerem a divisão em
boxes individualizados e fechados bem como o conserto das portas dos demais banheiros. As
sugestões de melhorias dos meninos têm como principal foco a privacidade e desta forma
pressupõe um aperfeiçoamento nos hábitos de higiene. Em contrapartida as meninas não
enfocam as portas e divisórias dos boxes dos chuveiros, pois os banheiros femininos já
possuem as trincas e divisórias. No entanto, elas sugerem como melhoria materiais de higiene
56
que julgam necessários para um asseio mais eficaz, como: sabão líquido ou em barra, papel
toalha, álcool em gel e outros.
Figura 11- foto da resposta de uma aluna da escola 1.
Fonte: Autora,2019.
A figura 1 exemplifica sugestões formuladas por uma menina a respeito de melhorias
nos banheiros femininos, algo prudente é a instalação de sensores nas torneiras como forma
de economizar água. As meninas da escola 1 sugerem sabonete líquido e álcool em gel. Deste
modo as propostas impostas pelos discentes são relevantes e demonstra que eles têm
consciência a respeito de como fazer a correta higiene individual e conservar o ambiente
limpo, a minoria exige os serviços prestados pela empresa conservadora de limpeza. Eles
entendem que o problema da higienização dos banheiros está individualmente em cada aluno.
A escola fornece os utensílios básicos de higiene, porém são utilizados
demasiadamente pelos alunos, os mesmos não têm o zelo e cuidado, notou-se durante a coleta
57
de dados gastos excessivos de papel higiênico, descarte incorreto de papel toalha e
absorvente. Partindo deste pressuposto, é relevante a importância de ações sensibilizadoras à
comunidade escolar, e um procedimento operacional padrão (POP) permanente nos
banheiros, informando-os sobre as atitudes corretas de higiene é uma forma de sensibilizá-
los.
Fonte: Autora,2019.
Na figura 2 está explícito como há gasto excessivo de papel higiênico, descarte
incorreto e ambiente sujo, e isso também ocorre no banheiro feminino, as atitudes dos alunos
não é condizente com as exigências dos mesmos. No levantamento dos dados é perceptível
que os alunos são conscientes da importância da higiene, mas não procedem de forma
correta.
Abordagem pelo professor sobre temas ambientais e o interesse dos alunos.
Nas figuras 3 e 4, os alunos das duas escolas estão razoavelmente interessados nos
temas ambientais, em conversa com eles, demonstraram que entendem da importância sobre
o tema, no entanto eles limitam o assunto apenas em preservação da natureza.
Mas quando se fala em educação ambiental há um tripé de sustentabilidade a ser
mencionado e estudado que muitos desconhecem e são eles:
Social- que engloba o meio social do indivíduo como: condições de vida, saúde,
educação, violência e lazer;
Figura 12-foto do banheiro masculino
da escola 1.
58
Ambiental- recursos naturais do planeta e seu uso pela sociedade;
Econômico- considerando a questão social e ambiental, a forma como se dá a relação
entre a produção, distribuição e consumo de bens e serviços.
Considerando esse tripé, a educação ambiental engloba tudo no planeta, ela serve para
conscientizar e sensibilizar os seres humanos para que haja um equilíbrio entre homem e
natureza. Os alunos entendem o que é educação ambiental, mas é necessário haver uma
sensibilização e os professores precisam relacionar educação ambiental com suas disciplinas.
Figura 13- nível de interesse pelas questões ambientais.
Fonte: Autora,2019.
Figura 14- a frequência com que o assunto é abordado em sala de aula.
Fonte: Autora,2019.
59
De acordo com (SOMMER e colaboradores, 2017, p.74), a higiene nas escolas vai
além de água, saneamento e descarte. Atitudes correta de higiene como lavagem das mãos,
uso moderado de papel higiênico e papel toalha, manter a torneira da pia fechada e descarte
correto de absorvente são umas das formas de promover a saúde na escola e está intercalado
ao tema meio ambiente. Abordar esses assuntos nas escolas é fundamental na construção de
cidadãos críticos em suas atitudes ambientais, conscientes e sensibilizados em conviver em
uma sociedade que priorize a sustentabilidade social, ambiental e econômica. Os assuntos
relacionados ao meio ambiente. A escola e a sociedade também precisam adquirir o hábito de
interdisciplinalizar a educação ambiental, pois todas as disciplinas sem exceções têm suas
parcelas de contribuições em formar indivíduos críticos e com soluções sustentáveis.
CONSIDERAÇÕES FINAIS E CONTRIBUIÇÕES
Esta pesquisa mostrou que os discentes têm alguns conhecimentos a respeito de
educação ambiental e higiene, se interessam pelo assunto, estudar o meio ambiente não é só o
estudo da preservação da natureza, assim como afirma no artigo 1°da Lei 9795/99, em que a
EA também um meio de proporcionar a qualidade de vida e sua sustentabilidade.
A prática da higiene nos banheiros escolares ainda é reduzida por falta de
conhecimento prévio e constante sendo perceptível que os alunos têm consciência de suas
atitudes corretas e incorretas, porém falta sensibilizá-los sobre a importância em manter o
ambiente dos banheiros limpos.
A educação ambiental não engloba apenas preservação à natureza, mas também tudo
que envolve o meio em que vivemos. Preservar é manter o entorno natural existente,
equilibrar o convívio do homem com a natureza.
Evitar doenças por meio da higiene é uma forma de sustentabilidade social.
60
Atenção especial deve ser direcionada às meninas, sua higiene incorreta ou ambientes
hostis propiciam a elas desconforto e doenças.
As discentes solicitam utensílios fundamentais que as auxiliem em sua higiene
pessoal para que sintam comodidade em utilizar o banheiro e praticar a higiene. Mas as
mesmas devem adquirir o hábito de utilizar os utensílios de higiene com moderação e praticar
o descarte correto, desta forma o banheiro sempre será um ambiente limpo e higiênico.
A prática pedagógica ambiental torna-se cada vez mais relevante no âmbito escolar
para que contemple alunos adolescentes que estão se preparando para o mercado profissional.
É fundamental que as escolas busquem meios de aprendizagem que desperte aos alunos uma
visão crítica às questões ambientais e sensibilização, preparando o aluno para um discurso
crítico dos fatos que ocorrem em seu cotidiano.
A educação ambiental ainda é algo que está aos poucos adquirindo espaço no sistema
escolar, e é primordial à sensibilização de crianças e jovens. A sociedade precisa adotar a
educação ambiental como um processo de educação responsável por formar cidadãos com
pensamento crítico, pessoas capazes de manter o equilíbrio entre o homem e a natureza. A
exploração do tema meio ambiente engloba também a sustentabilidade social e econômica.
Promover tecnologias de sustentabilidade social nas escolas é uma solução eficaz e dentro da
educação enfatizar o tripé sustentabilidade social, ambiental e econômico.
Como contribuição de sustentabilidade social é proposto à escola a implementação de
um procedimento operacional padrão de como fazer a higiene individual correta e manter os
banheiros limpos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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de Banheiros em escolas: Como Melhorar?, 29 de Setembro de 2018. Disponível em:
https://www.mpires.com.br/limpeza-de-banheiros-em-escolas/ Acesso em: 12 ago. 2019.
BONIN, S. M., De Conto, S. M., & Pereira, M. B. (2016). Turismo e Educação Ambiental:
a Socialização do Conhecimento em Periódicos Científicos. Rosa dos Ventos, 8(2), 177-
191.
61
BRANDALISE, L. T., Da Silva, J. M., Ribeiro, I., & Bertolini, G. R. F. (2015). O reflexo da
disciplina de educação ambiental na percepção e conduta dos universitários. Revista
Pretexto, 15(4), 11-26.
GONDRA, Gonçalves José. Homo hyginicus: Educação, higiene e a reinvenção do
homem. Cad. Cedes, 2003 v 23, número 59. Disponível em: http://www.cedes.unicamp.br.
Acessado em: 08 de outubro de 2018.
K, Renato. Bíblia da Saúde(Hygiene). Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1926.
MARCONI, MA E LAKATOS, “Fundamentos de Metodologia Cientifíca”. Ed. 7, Editora
Atlas. São Paulo-2010
MASSINE, M. C. L. (2010). Sustentabilidade e educação ambiental–Considerações acerca
da política nacional de educação ambiental–A conscientização ecológica em foco. Trabalho
publicado nos Anais do XIX Encontro Nacional do CONPEDI, Fortaleza–CE.
62
APÊNDICE-E
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E
NATURAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS E MEIO
AMBIENTE
RELATÓRIO TÉCNICO
IDENTIFICAÇÃO DA PESQUISA
Título do Projeto de Pesquisa
EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SAÚDE: ESTUDO DA HIGIENE DOS
BANHEIROS DE DUAS ESCOLAS PÚBLICAS DE MANAUS E UM
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO COMO FORMA DE
SENSIBILIZAÇÃO.
Pesquisadora: Monique Elza da Silva e Silva
Orientador: Prof° Dr. Davi do Socorro Barros Brasil
Relatório Técnico apresentado à Escola Estadual
Nsa. Aparecida como requisito de contribuição
para a pesquisa de Mestrado em Ciência e Meio
Ambiente pela Universidade do Federal do Pará
(UFPA). Instituto de Ciências Exatas e Naturais.
Belém/PA
2019
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INTRODUÇÃO
França e colaboradores (2019, p. 43) e Massine (2010), definem a educação ambiental
como um processo de sensibilização. A Educação Ambiental (EA) é proveniente da
necessidade de sensibilizar o corpo discente para uma preocupação à preservação ao meio
ambiente. A EA deve ser abordada nas escolas como um tema fundamental e permanente,
devendo estar presente em todas as modalidades de ensino. Entende-se uma educação
gradativa com estudos e aprendizagem em relação aos problemas ambientais. Conforme
Brandalise e colaboradores (2015) definem EA como um processo. Desta forma entende-se
um processo que almeja adquirir uma consciência crítica nas questões ambientais, não inclui
somente a preservação à natureza, mas todas as atitudes que preserve o meio de forma
sustentável e propicia uma melhor qualidade de vida. Bonin, Conto e Pereira (2016) a define
como uma educação que dialoga com o ambiente. Sendo assim o caminho em que os alunos
aprendem e interagem entre si.
Portas rabiscadas, gastos excessivos de papel higiênico, piso molhado, vaso sanitário
entupido, o que não falta são problemas na limpeza do banheiro nas escolas (LIMPEZA DE
BANHEIROS EM ESCOLAS, COMO MELHORAR?, 2018). Essa problemática deve ser
analisada e o cuidado para que não ocorram esses tipos situações deve ser diário e não só por
parte da administração escolar, mas também os discentes que utilizam os banheiros. Um dos
fatores que podem colaborar são boas ações de higiene colaboram para melhorias no
ambiente de convívio.
A higiene vai além de uma boa aparência, os banheiros sujos viram abrigos para vírus,
bactérias e fungos, expondo aos alunos ao risco de contaminação, e intensificar os serviços de
limpeza não soluciona o problema. Como em toda escola é necessário haver uma visão nos
diferentes ângulos, aperfeiçoar o processo de limpeza e também conscientizar os alunos para
o cuidado com os espaços públicos.
A higiene prolonga a vida dentro dos limites de sua duração normal, consegue
aos poucos eliminar o planeta das pestes, das doenças, valorizar o solo e beneficiar a
vida humana em todos os sentidos (GONDRA, 2003). Alguns higienistas como o
Renato Kehl (1926), afirma que a higiene é o ponto principal da medicina, se não o
mais importante. Por meio dela adquirimos uma melhoria na qualidade de vida.
Muito se discute a respeito da preservação do meio ambiente, educação ambiental,
mas pouco se faz em relação à higiene, sendo que ela também é parte do círculo que
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envolve a preservação do meio ambiente, principalmente nos lugares mais
aglomerados, como as escolas.
JUSTIFICATIVA
A base teórica possibilita entender a relevância da educação ambiental nas escolas, a
EA engloba todas as questões ambientais, inclusive a higiene e como sua incorreta prática
causa disfunções no corpo humano e o ambiente de convívio. Conforme afirma Nascimento e
colaboradores (2018, p. 46) a EA é definida como um processo permanente, onde o indivíduo
adquire consciência de seu meio ambiente, valores e habilidades em resolver no individual e
coletivamente problemas que atingem o equilíbrio entre o homem e a natureza. Investigar
como é feita a higiene dos banheiros das escolas em ambas as partes (administrativa e corpo
discente) é uma forma de entender essa funcionalidade. Utilizar um procedimento
operacional padrão ensinando como manter os banheiros e o próprio corpo limpos é uma
forma de auxiliar na sensibilização dos alunos.
A maioria dos alunos contesta a respeito da manutenção e limpeza dos banheiros, mas
há comprovações precisas de que a responsabilidade não cabe somente á administração da
escola, mas de toda comunidade que utiliza o banheiro, considerando ser mais comum os
discentes utilizarem e ocuparem o espaço. As escolas promovendo meios de sensibilização e
exigindo que se cumpram os procedimentos propostos, possibilitam aos alunos e à própria
escola um ambiente limpo e saudável.
OBJETIVOS
O principal objeto desta pesquisa foi compreender a percepção dos discentes sobre
higiene e ambiente e de acordo com os resultados propor um procedimento operacional
padrão como forma de sensibilizar o corpo discente sobre a correta higiene individual e
coletiva. Como auxilio a este principal objeto foi necessário os seguintes objetivos
específicos: observar a visão dos discentes em manter os banheiros limpos; entender como a
falta de higiene nos banheiros interfere no uso dos mesmos pelos alunos, principalmente do
sexo feminino; verificar a percepção dos alunos a respeito do assunto educação ambiental e
saúde e a frequência com que o tema é abordado em sala de aula; propor um procedimento
operacional padronizado para melhorar o comportamento da comunidade estudantil com
relação a saúde em banheiros escolares.
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MATERIAIS E MÉTODOS
Esta pesquisa foi caracterizada por meio de um estudo de caso com uma abordagem
quantitativa e qualitativa, conforme afirma Marconi e Lakatos, (2010), o método é o conjunto
das atividades sistemáticas e racionais, que com maior segurança permite alcançar os
objetivos da pesquisa. Foi usada para balizá-la a construção de um questionário, que segundo
Gil, (2008) consiste basicamente em traduzir objetivos da pesquisa em questões específicas.
Os alunos responderam 13 perguntas objetivas e 1 subjetiva em que questionava aos alunos
sobre três melhorias para os banheiros de suas escolas. Optou-se por analisar 8 perguntas com
suas respectivas respostas por serem as que mais deram ênfase aos objetivos da pesquisa.
Conforme afirma Marconi e Lakatos (2010), “problema é uma dificuldade, teórica ou
prática, no conhecimento de alguma coisa de real importância, para a qual se deve encontrar
uma solução”, um conceito bastante corrente que identifica o problema como márgem à
hesitação ou perplexidade. Diante desse entendimento questiona-se: Os alunos de escolas
públicas têm uma ampla percepção a respeito de higiene dentro da educação ambiental? Eles
conhecem e praticam de fato a higiene dentro dos conceitos de educação ambiental?
RESULTADOS
Esta pesquisa obteve alguns resultados consistentes às questões norteadoras os alunos
entrevistados nesta escola responderam a seguinte pergunta: você considera o banheiro de sua
escola limpo? A figura 1 demonstra as respostas.
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Figura 15- alunos que julgam o banheiro limpo
Fonte: Autora, 2019.
47% dos alunos consideram o banheiro limpo e 53% responderam negativamente. De
forma descontraída os alunos quiseram responder essa pergunta conversando e julgaram não
só a escola como responsável em manter o banheiro limpo, mas também a atitude de cada
aluno. Houve relatos de alunos que já presenciaram atos de vandalismos por parte de outros
colegas. Acreditam que seja necessária uma reeducação de todos os discentes, eles entendem
que não sabem e muitos não querem manter os banheiros limpos. Ao analisar essas respostas
nota-se a importância da escola em aplicar métodos de sensibilização aos alunos, e isto está
alinhado à educação ambiental. A escola é um ambiente social de convívio e é
responsabilidade de toda a comunidade promover ações de sensibilização de sustentabilidade
social. Saúde e higiene é fundamental em cada ser humano e um ambiente hostil só contribui
para proliferações de doenças como afirma Moura e colaboradores (2018, p. 56) as
parasitoses atingem principalmente a população de jovens e crianças e os maiores agentes
causadores são justamente os banheiros públicos e escolares. Um procedimento operacional
padrão juntamente com uma fiscalização seria uma forma eficaz de modificar as atitudes dos
alunos em relação à higiene.
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Figura 16- a frequência com que os alunos utilizam o banheiro da escola.
Fonte: Autora, 2019.
Os alunos usam o banheiro frequentemente conforme a análise da pesquisa, 47%
responderam que utilizam o banheiro normalmente, 49% não utilizam e somente 4% usam as
vezes. Sendo assim o corpo discente no geral faz uso do banheiro, mas nas perguntas
relacionadas às meninas quando estão em seu período menstrual conforme demonstra a figura
3, elas informaram que pouco utilizam o banheiro pois julgam não conter os acessórios
básicos para sua higiene pessoal, algumas relataram que preferem não ir à escola neste
período. Mas a escola recebe periodicamente os utensílios básicos de higiene e limpeza,
porém os alunos gastam excessivamente, daí se fazem necessárias metodologias de
sensibilização aos alunos.
Figura 17- quantitativo de meninas que frequentam a escola em período menstrual.
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Fonte: Autora, 2019.
Figura 18- quantitativo de alunas que não se sentem a vontade em utilizar o banheiro
da escola.
Fonte: Autora, 2019.
Como já afirmado anteriormente as meninas não se sentem a vontade em ir à escola
quando estão emseu período menstrual, assim demonstra o gráfico da figura 4 em que 97%
responderam a opção “não”. Para Sommer e colaboradores (2017, p. 74) o apoio e
transmissão de conhecimento dos professores e administradores escolares proporcionam uma
educação mais sensível e boas experiências escolares para meninas e meninos. Nota-se na
escola que não há uma falta de reurso que auxiliam na higiene das meninas, o que vos faltam
são ações sensibilizadoras à comunidade escolar
Na figura 5, os alunos estão razoavelmente interessados nos temas ambientais, em
conversa com eles, demonstraram que entendem da importância sobre o tema, no entanto eles
limitam o assunto apenas em preservação da natureza.
Mas quando se fala em educação ambiental há um tripé de sustentabilidade a ser
mencionado e estudado que muitos desconhecem e são eles:
Social- que engloba o meio social do indivíduo como: condições de vida, saúde,
educação, violência e lazer;
Ambiental- recursos naturais do planeta e seu uso pela sociedade;
Econômico- considerando a questão social e ambiental, a forma como se dá a relação
entre a produção, distribuição e consumo de bens e serviços.
Considerando esse tripé, a educação ambiental engloba tudo no planeta, ela serve para
conscientizar e sensibilizar os seres humanos para que haja um equilíbrio entre homem e
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natureza. Os alunos entendem o que é educação ambiental, mas é necessário haver uma
sensibilização e os professores precisam relacionar educação ambiental com suas disciplinas.
Figura 19- Nível de interesse dos alunos pelas questões ambientais
Fonte: Autora,2019.
A escola aborda meio ambiente e os alunos informaram que o assunto é mais
abordado por professores de áreas específicas de meio ambiente, educação ambiental é um
tema interdisciplinar e cada professor pode se apropriar a fundo melhorando o aprendizado
dos alunos e consecutivamente buscando meios tecnológicos e sociais de sustentabilidade,
aplicando nos discentes um pensamento crítico acerca das questões ambientais. A figura 6
demonstra de fato a frequencia com que o assunto meio ambiente é ensinado em sala de aula.
Nota-se que os assuntos ligados ao meio ambiente não abordado frequentemente. Como
discutido anteriormente, educação ambiental é geralmente ensinado por professores de
ciências, química, biologia e geografia.
Figura 20- frequência com que o professor aborda o assunto meio ambiente
Fonte: Autora,2019.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS E CONTRIBUIÇÕES
Esta pesquisa mostrou que os discentes têm alguns conhecimentos a respeito de
educação ambiental e higiene, se interessam pelo assunto.
A prática da higiene nos banheiros escolares ainda é reduzida por falta de
conhecimento prévio e constante sendo perceptível que os alunos têm consciência de suas
atitudes corretas e incorretas, porém falta sensibilizá-los sobre a importância em manter o
ambiente dos banheiros limpos.
A educação ambiental não engloba apenas preservação à natureza, mas também tudo
que envolve o meio em que vivemos. Preservar é manter o entorno natural existente,
equilibrar o convívio do homem com a natureza. Assim como afirma no artigo 1°da Lei
9795/99, em que a EA também um meio de proporcionar a qualidade de vida e sua
sustentabilidade. Evitar doenças por meio da higiene é uma forma de sustentabilidade social.
Atenção especial deve ser direcionada às meninas, sua higiene incorreta ou ambientes
hostis propiciam a elas desconforto e doenças.
As discentes solicitam utensílios fundamentais que as auxiliem em sua higiene
pessoal para que sintam comodidade em utilizar o banheiro e praticar a higiene. Mas as
mesmas devem adquirir o hábito de utilizar os utensílios de higiene com moderação e praticar
o descarte correto, desta forma o banheiro sempre será um ambiente limpo e higiênico.
A prática pedagógica ambiental torna-se cada vez mais relevante no âmbito escolar
para que contemple alunos adolescentes que estão se preparando para o mercado profissional.
É fundamental que as escolas busquem meios de aprendizagem que desperte aos alunos uma
visão crítica às questões ambientais e sensibilização, preparando o aluno para um discurso
crítico dos fatos que ocorrem em seu cotidiano.
A educação ambiental ainda é algo que está aos poucos adquirindo espaço no sistema
escolar, e é primordial à sensibilização de crianças e jovens. A sociedade precisa adotar a
educação ambiental como um processo de educação responsável por formar cidadãos com
pensamento crítico, pessoas capazes de manter o equilíbrio entre o homem e a natureza. A
exploração do tema meio ambiente engloba também a sustentabilidade social e econômica.
Promover tecnologias de sustentabilidade social nas escolas é uma solução eficaz e dentro da
educação enfatizar o tripé sustentabilidade social, ambiental e econômico.
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Como contribuição de sustentabilidade social é proposto à escola a implementação de
um procedimento operacional padrão de como fazer a higiene individual correta e manter os
banheiros limpos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMPIRES, DISTRIBUIDORA DE LIMPEZA EM HIGIENE EMPRESARIAL. Limpeza
de Banheiros em escolas: Como Melhorar?, 29 de Setembro de 2018. Disponível em:
https://www.mpires.com.br/limpeza-de-banheiros-em-escolas/. Acesso em: 12 ago. 2019.
BONIN, S. M., De Conto, S. M., & Pereira, M. B. (2016). Turismo e Educação Ambiental: a
Socialização do Conhecimento em Periódicos Científicos. Rosa dos Ventos, 8(2), 177-191.
BRANDALISE, L. T., Da Silva, J. M., Ribeiro, I., & Bertolini, G. R. F. (2015). O reflexo da
disciplina de educação ambiental na percepção e conduta dos universitários. Revista
Pretexto, 15(4), 11-26.
GONDRA, Gonçalves José. Homo hyginicus: Educação, higiene e a reinvenção do
homem. Cad. Cedes, 2003 v 23, número 59. Disponível em: http://www.cedes.unicamp.br.
Acessado em: 08 de outubro de 2018.
K, Renato. Bíblia da Saúde(Hygiene). Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1926.
MARCONI, MA E LAKATOS, “Fundamentos de Metodologia Cientifíca”. Ed. 7, Editora
Atlas. São Paulo-2010
MASSINE, M. C. L. (2010). Sustentabilidade e educação ambiental–Considerações acerca
da política nacional de educação ambiental–A conscientização ecológica em foco. Trabalho
publicado nos Anais do XIX Encontro Nacional do CONPEDI, Fortaleza–CE.