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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO CONTROLE MICROBIOLÓGICO DE GELADOS COMESTÍVEIS E ÁGUAS Parnamirim/RN Discente: Bianca Corrêa de Oliveira Orientadora: Prof a .Dr a Magna Angélica Dos Santos Bezerra Sousa. Supervisora: Christiane Maria Christina Bakker. NATAL NOVEMBRO/2016

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE … · 6 Na etapa de recepção as matérias primas para fabricação do sorvete. Passam por um processo de verificação. Os

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

CONTROLE MICROBIOLÓGICO DE GELADOS COMESTÍVEIS E

ÁGUAS

Parnamirim/RN

Discente: Bianca Corrêa de Oliveira

Orientadora: Profa.Dra Magna Angélica Dos Santos Bezerra Sousa.

Supervisora: Christiane Maria Christina Bakker.

NATAL

NOVEMBRO/2016

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVIONADO

CONTROLE MICROBIOLÓGICO DE GELADOS COMESTÍVEIS E

ÁGUAS

Relatório submetido à Universidade

Federal do Rio Grande do Norte como

requisito para aprovação na disciplina

Estágio Supervisionado (DEQ -0537),

referente ao estágio realizado pela aluna

Bianca Corrêa de Oliveira na empresa

STERBOM, durante o segundo semestre

do ano de 2016, sob a supervisão da

Engenheira Química Christiane Maria

Christina Nobrega Bakker e orientado pela

Profª. Drª. Magna Angélica dos Santos

Bezerra Sousa.

NATAL

NOVEMBRO/2016

AGRADECIMENTO

Agradeço a Deus por iluminar não só minha caminhada pela graduação,

mas também por esses 23 anos.

Aos meus pais, que sempre me deram todo suporte para essa primeira

conquista.

Ao amor da minha vida, Deyvisson Davi, por todo amor, paciência e

incentivo.

Aos meus amigos de curso, em especial a Maryanna Fernnanda, por me

apoiar de forma incansável nesta última caminhada da graduação.

Ao Rafael Sousa, por toda consideração e por todos os ensinamentos.

À minha orientadora, Profª. Drª. Magna Angélica dos Santos Bezerra

Sousa pelos ensinamentos e conselhos.

À minha supervisora, Christiane Maria Christina Nóbrega Bakker por me

conceder a oportunidade de crescer profissionalmente.

A todos os professores que passaram por minha vida acadêmica.

E por fim, a empresa Sterbom, a qual abriu as portas, de forma única, para

a realização deste estágio.

SUMÁRIO

1.RESUMO .............................................................................................. 1

2. EMPRESA ........................................................................................... 2

3. FLUXOGRAMA DE PRODUÇÃO DO SORVETE ................................ 5

4. FLUXOGRAMA DO PROCESSO DE ENVASAMENTO DE ÁGUA ..... 7

5. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ........................................................ 9

5.1 Coletas de amostras ..................................................................... 10

5.2 Entradas das amostras ................................................................. 10

5.3 Análises microbiológicas .............................................................. 11

5.3.1 Processo básico para realização das análises ....................... 12

6. PREPARAÇÃO DO LAUDO .............................................................. 18

7. OUTRAS ATIVIDADES ...................................................................... 20

8. AVALIAÇÃO DOS CONTEÚDOS ESTUDADOS ............................... 21

9. AVALIAÇÃO DO RETORNO DO ESTÁGIO ...................................... 22

10. CONTRIBUIÇÃO PARA A EMPRESA ............................................. 23

11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................ 24

1

1. RESUMO

A realização de um estágio obrigatório é de suma importância para a

consolidação dos conhecimentos teóricos adquiridos ao logo da graduação. O

estágio em questão foi realizado na empresa Sterbom situada no Distrito

Industrial de Parnamirim/RN, no período de julho a novembro de 2016, sob

supervisão da Engenheira Química Christiane Maria Christina Nóbrega Bakker

e sob orientação da Profª. Drª. Magna Angélica dos Santos Bezerra Sousa.

As principais atividades realizadas pelo estagiário referem-se ao controle

de qualidade de alimentos e de águas, o qual é indispensável, sobretudo para

indústria de alimentos, visando à distribuição de produtos competitivos, seguros

e de qualidade ao mercado consumidor. A empresa preza pelas boas práticas

de fabricação (BPF) e apresenta um sistema de análise de perigos e pontos

críticos de controle (APPCC) Os padrões utilizados nas análises são baseadas

na resolução RDC Nº 12, de 02 de janeiro de 2001 da agência nacional de

vigilância sanitária, Ministério da saúde. Quanto ao controle de qualidade

microbiológico de águas, baseiam-se na RDC Nº 275, de 22 de setembro de

2005, MS e na Portaria MS Nº 2914 de 2011.

2

2. EMPRESA

Fundada no ano de 1991 a empresa Sterbom é considerada como

referência na produção de sorvete no estado. As atividades da empresa foram

iniciadas em um pequeno estabelecimento no bairro do Alecrim. No ano de 1998,

o presidente e fundador, Antônio Leite Jales, adquiriu um terreno no Distrito

industrial de Parnamirim para construir sua fábrica.

A empresa apresenta uma linha variada de gelados comestíveis (Picolé e

Sorvete) envasamento de água mineral, produção de gelo, complementos

(Casquinhas e coberturas) e polpas de fruta. Atualmente, a indústria conta com

mais de 600 funcionários.

Com mais de 23 anos, visa fornecer um produto de excelência aos

consumidores. Para isso conta com a forte difusão e aplicação das boas práticas

de fabricação e análise de perigos e pontos críticos no processo produtivo. Além

da Matriz, o grupo Sterbom conta com as filiais Água Natal e Banassu.

Responsáveis, respectivamente, pela produção de água mineral envasada de

250ml e 20L e polpas de frutas.

O laboratório da empresa, situado na matriz, e onde foi realizado o estágio

é certificado pela ANVISA. O setor é responsável por fazer análises físico-

químicas, microbiológicas e laudos que descrevem a qualidade dos produtos

internos. Adicionalmente, o laboratório presta serviços externos. A responsável

técnica do local é a Engenheira química Christiane Maria Christina Nóbrega

Bakker.

As figuras abaixo mostram os produtos fabricados pelo grupo Sterbom,

que vão desde gelados comestíveis e seus complementos a águas minerais

envasadas.

3

Figura 1: Linha de sorvetes Sterbom.

Fonte: Site Sterbom.

Figura 2: Águas envasadas e gelo.

Fonte: Site Sterbom.

Figura 3: Picolés Sterbom.

Fonte: Site Sterbom.

4

Figura 4: Complementos Sterbom.

Fonte: Site Sterbom.

Figura 5: Polpas de fruta.

Fonte: Site Sterbom.

5

3. FLUXOGRAMA DE PRODUÇÃO DO SORVETE

O fluxograma refere-se ao fluxograma do processo de fabricação de

sorvete, um dos produtos disponibilizados pela empresa.

Figura 6: Fluxograma do processo do sorvete

Fonte: Autor.

RECEPÇÃO E ESTOCAGEM DAS

MATERIAS -PRIMAS

PESAGEM

PREPARAÇÃO DA MISTURA

HOMOGENEIZAÇÃO

PASTEURIZAÇÃO

RESFRIAMENTO

MATURAÇÃO

CONGELAMENTO

ENVASE

ARMAZENAMENTO

DISTRIBUIÇÃO

6

Na etapa de recepção as matérias primas para fabricação do sorvete.

Passam por um processo de verificação. Os componentes não devem

apresentar sujidades, fragmentos de insetos, dentre outras características

inadequadas. A água deve ser potável. Os componentes devem ser

devidamente estocados.

Em seguida, as matérias primas são pesadas, a fim de garantir uma

fórmula equilibrada e que se obtenha valores referentes ao rendimento.

A preparação da mistura apresenta como objetivo fazer com que todas as

matérias-primas estejam dissolvidas ou em suspensão. Preferencialmente,

deve-se adicionar os ingredientes líquidos, posteriormente, os componentes

sólidos.

Na homogeneização, objetiva-se diminuir o diâmetro da gordura. Como

consequência, obtêm-se uma mistura mais homogênea e cremosa.

Adicionalmente, aumenta-se a eficiência da pasteurização.

A operação de pasteurização consiste em eliminar os microrganismos

patogênicos com propósito de evitar transmissão de doenças ou intoxicação.

Para o sorvete, é mais comum realizar a pasteurização durante 30 minutos

segundos a 80-90 ºC.

No resfriamento, a temperatura da mistura é baixada para 4 ºC e mantida

em tanques de maturação para impedir o crescimento de microrganismos, além

de impedir que a mesma fique muito viscosa.

Os tanques de maturação possuem agitadores. Na maturação a mistura

é mantida na temperatura citada anteriormente por no mínimo 4 horas e no

máximo 24 horas. Esta etapa é importante para que o sorvete apresente boa

consistência e cristalização das moléculas de gordura, conferindo ao produto

cremosidade, melhor incorporação de ar e resistência ao derretimento.

No congelamento, utilizam-se produtoras para a incorporação de ar e

recheio. A mistura é rapidamente congelada e agitada. A temperatura cai de 4

ºC para -4 ou - 5ºC.

Posteriormente, o sorvete é envasado e encaminhado para câmara fria.

Por fim, o produto deve ser transportado para distribuição em caminhões

frigoríferos.

7

4. FLUXOGRAMA DO PROCESSO DE ENVASAMENTO DE ÁGUA

Para o envasamento de água mineral têm-se o seguinte fluxograma:

Figura 7: Fluxograma do envasamento de água.

Fonte: Autor

CAPITAÇÃO

FILTRAÇÃO

ARMAZENAMENTO

OZONIZAÇÃO

GASEIFICAÇÃO

ENVASAMENTO

ROTULAGEM

ESTOCAGEM

8

O processo inicia-se com a captação da água. Em geral, é feita através

de fontes naturais ou poços artesianos. A água é encaminhada para reservatório

por intermédio de bombas.

A etapa seguinte consiste em reter partículas sólidas utilizando-se a

filtração, para a eliminação de agentes instáveis. Posteriormente, a água é

armazenada em tanques de aço inoxidável.

A ozonização tem por finalidade a desinfeção da água mineral. Sabe-se

que o ozônio é o agente desinfectante e oxidante mais forte e indicado para o

tratamento de águas. Sua aplicabilidade não gera sub produtos e o ozônio

decompõem-se facilmente em gás carbônico. Dentre as desvantagens têm-se a

baixa solubilidade em água e baixa manutenção de seus valores residuais.

A gaseificação consiste na inserção de gás carbônico na água, caso a

água seja do tipo com gás.

Simultaneamente há o envasamento, utilizando-se garrafas do tipo PET,

realizado por máquinas automáticas, e por último, a rotulagem e estocagem.Com

relação a última, os produtos devem estar dispostos em estrados para evitar o

contato direto com o chão. Em relação aos conteúdo das águas a empresa conta

com uma grande variedade, como mostrado anteriormente neste relatório.

9

5. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

As atividades desenvolvidas no laboratório da Sterbom estão

relacionadas à análises microbiológicas de alimentos e água, objetivando a

verificação da eficiência do processo produtivo. Esquematicamente, têm-se o

seguinte fluxograma para as atividades desenvolvidas:

Figura 8: Fluxograma das atividades desenvolvidas.

Fonte: Autor.

Coleta de amostras

Entrada das amostras

Análise microbiológica

Preparação de laudos

Emissão de laudos

10

5.1 Coletas de amostras

As coletas das amostras dos gelados comestíveis são realizadas pelo

estagiário. Tal procedimento é realizado em dois horários da manhã: Às 7horas,

no setor caldas e às 10h, na produção de sorvete e picolé para a coleta dos

produtos acabados. O procedimento é realizado diariamente. São recolhidas

duas amostras por produto (sorvete e picolé) uma para análise e outra para

contraprova. Já em relação às caldas, são retiradas diretamente das tinas de

maturação e armazenadas em fracos estéreis.

Em relação às águas minerais envasadas, diariamente, funcionários do

setor competente entregam os produtos para a realização das análises.

Mensalmente, o estagiário é responsável pela coleta de água do poço situado

na empresa, água das produções e coleta do gelo. Vale ressaltar que além

dessas, são efetuadas, mensalmente, análises das águas do poço da filial Água

Natal, e diariamente das águas envasadas da mesma. Para a filial Banassul,

mensalmente, a água de produção é analisada.

A coleta é realizada de acordo com os padrões exigidos pela legislação,

utilizando-se os equipamentos de proteção individuais adequados, álcool 70% e

materiais para a esterilização. As amostras são devidamente acondicionadas e

levadas imediatamente ao laboratório.

5.2 Entradas das amostras

Após a coleta, amostras são devidamente codificadas com auxílio de uma

planilha de entrada. Nesta, deve-se inserir informações sobre data, hora, tipo de

produto, fabricação, validade e lote, bem como a rubrica do responsável pela

coleta. A figura abaixo representa o código dos gelados comestíveis e água.

Tabela 1- Codificação das amostras

Código da amostra

000.GELO.01.01.16

000.GELC.0101.16

Fonte: Autor.

11

5.3 Análises microbiológicas

Os microrganismos podem exercer funções bastante significativas nos

alimentos, pessoas e animais, desde malefícios a benefícios. A eficiência no

processo aliada a boas práticas de fabricação são indispensável para a

entregada de um produto adequado ao consumidor. Em laboratório, são

analisados os seguintes parâmetros:

Tabela 2- Microrganismos analisados em laboratório.

Microrganismos

Coliforme termotolerante a 45º

Coliforme Total

Escherichia coli

Stapylococcus Aureus

Bactérias Aeróbicas Mesófilas

Salmonella sp

Bolores e leveduras

Enterococcus

Pseudomonas aeruginosa

Clostrídium Sulfito-Redutores

Bactérias Heterotróficas

Bacillus Cereus

Fonte: Autor.

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5.3.1 Processo básico para realização das análises

O processo básico abaixo ilustra a metodologia utilizada para a

execução das análises:

Figura 9: Fluxograma das atividades desenvolvidas.

Fonte: Autor.

Cada microrganismo apresenta seu meio de cultura. Tal meio é

fundamental para que o mesmo cresça, e assim seja possível a sua detecção e

quantificação. Todo meio deve ser preparado utilizando-se água destilada

autoclavada e em frascos estéreis. A tabela 3 se refere aos microrganismos e

seus respectivos meios de cultura.

Esterelização dos materiais

Preparação do meio

Distribuição do meio

Pesagem e Diluição das amostras

Incubação

Leitura

13

Tabela 3 - Microrganismos e seus respectivos meios de cultura.

Microrganismo Meio de cultura

Coliforme termotolerante a 45 ºC

mFC Agar(Água) e Violet Red

Bile(Alimentos)

Coliforme Total a 35 ºC

M-Endo Agar

Escherichia coli

Caldo Lauril Triptose e Caldo EC.

Stapylococcus Aureus

Baird Parker Agar

Bactérias Aeróbicas Mesófilas

Standard Methods Agar

Salmonella sp

Caldo Rappaport Vassiliadis e Caldo

Selenito Cystine Meio Verde

Brilhante, XLD e Lisina

Bolores e leveduras

Agar Batata Dextrose

Enterococcus

m-Enterococcus Agar

Pseudomonas aeruginosa

Cetrimide Agar

Clostrídium Sulfito-Redutores

Clostridium Perfringens Agar Base

Bactérias Heterotróficas

Standard Methods Agar

Bacillus Cereus Ágar Seletivo Bacillus Cereus

Fonte: Autor.

.

14

Segundo a RDC Nº 12, de 02 de janeiro de 2001, os parâmetros

microbiológicos que devem ser analisados para gelados comestíveis são:

Coliformes 45 ºC, Stapylococcus aureus e Salmonella spp. Além destes, a

empresa avalia os microrganismos Mesófilos. A tabela 4 ilustra os parâmetros

avaliados, frequência, técnica utilizada no laboratório.

Tabela 4: Parâmetros, frequência e técnica para a identificação dos

microrganismos

Produto Parâmetro Frequência Técnica de

Identificação

Sorvete Coliforme Termotolerante a

45 ºC

Diariamente Contagem de

microrganismos

em placas

Sorvete ColiformeTermotolerante a

45 ºC, Salmonella sp,

Stapylococus Aerus e

Bactérias Aeróbicas

Mesófilas

Semanalmente Contagem de

microrganismos

em placas

Picolé Coliforme Termotolerante a

45 ºC

Diariamente Contagem de

microrganismos

em placas

Picolé ColiformeTermotolerante a

45 ºC, Salmonella sp,

Stapylococus Aerus e

Bactérias Aeróbicas

Mesófilas

Semanalmente Contagem de

microrganismos

em placas

Fonte:Autor.

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As figuras 10 e 11 referem-se às análises de coliforme termotolerante de

sorvetes e picolés realizados na empresa Sterbom. Nela pode-se observar os

meios de culturas, equipamentos e materiais utilizados.

Figura 10 :Materiais e meios para análise de coliforme termotolerante

para gelados comestíveis

Fonte: Autor.

Segundo a RDC 275, que trata do regulamento técnico de características

microbiológicas para água mineral natural e água natural devem ser feitas as

avaliações dos seguintes parâmetros: Coliformes totais a 35°C, coliformes

termotolerantes a 45°C, Escherichia coli, bactérias heterotróficas, Pseudomonas

aeruginosa, Clostridium sulfito-redutor e Enterococcus. Em laboratório, a tabela

5 informa a amostra, parâmetro, frequência e metodologia de identificação.

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Tabela 5: Parâmetros, frequência e metodologia de identificação para a água.

Amostra Parâmetros Frequência Metodologia

de

Identificação

Águas

envasadas

(Matriz e

Filial)

Coliforme total a 35ºC

Diário

Membrana

Filtrante

Águas dos

poços

(Matriz e

Filial)

Coliformes totais a 35°C,

bactérias heterotróficas,

Pseudomonas aeruginosa,

Clostrídio sulfito-redutor,

Enterococcus.

Mensal Membrana

Filtrante e

Tubos Múltiplos

Águas das

produções

(Matriz)

Escherichia coli

Mensal Tubos Múltiplos

Gelo Coliformes totais a 35°C,

coliformes termotolerantes a

45°C, Escherichia coli,

bactérias heterotróficas,

Pseudomonas aeruginosa,

Clostrídio sulfito-redutor,

Enterococos

Mensal Membrana

Filtrante e

Tubos

Múltiplos.

Fonte:Autor.

As figuras 11 e 12 referem-se à técnica de tubos múltiplos para

identificação de Escherichia coli e técnica da membrana filtrante,

respectivamente.

17

Figura 11:Técnica de tubos múltiplos.

Fonte: Autor.

Figura 12: Método da membrana filtrante

Fonte: Autor.

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6. PREPARAÇÃO DO LAUDO

Após a contagem de colônias (leitura), os resultados são inseridos em

uma planilha eletrônica para a confecção do laudo, que consiste na última etapa

da análise. Nela devem constar os códigos das amostras, informações dos

produtos, como fabricação, validade, lote e data de entrada. Após a reunião dos

dados e resultados, a conclusão é feita de acordo com a RDC Nº 12, RDC Nº

275 e Portaria 2914 do Ministério da saúde, com auxílio da responsável técnica

do laboratório. Concluído o laudo técnico, o mesmo é encaminhado ao

solicitante. Segundo a RDC Nº 12 e RDC Nº 275 têm-se os seguintes valores

máximo permitidos para sorvetes e águas em UFC/ g ou ml (Unidades

Formadoras de Colônias).

Tabela 6: Valores máximos permitidos para gelados comestíveis.

Microrganismo VMP(UFC)

Coliforme 45 ºC

5x10

Salmonella sp

Ausência

Stapylococcus aureus 5x10²

Fonte :Autor.

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Tabela 7: Valores máximos permitidos para água mineral natural ou mineral.

Microrganismo VMP(UFC)

Escherichia coli ou coliforme

Termotolerantes em 100 mL.

Ausência

Coliformes totais em 100 mL

<1,0

Enterococcus em 100 mL

<1,0

Pseudomonas aeruginosa em 100 mL

<1,0

Clostrídium sulfito redutores ou

Clostridium perfringens em 100 mL

<1,0

Fonte:Autor.

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7. OUTRAS ATIVIDADES

Além das atividades relatadas anteriormente foi possível a realização de

coletas externas, análises físico-químicas de águas como: Cobre, ferro total,

cloro, sulfato, nitrato, nitrito, cianeto, dureza, alumínio, pH, condutividade e

turbidez.

Adicionalmente, também feitas análises microbiológicas e físico químicas

para casquinhas, matérias-primas, complementos, swabs de superfícies e de

manipuladores. Durante o estágio, foi realizado controle de estoque de

reagentes, e por fim, coleta de água em poços.

21

8. AVALIAÇÃO DOS CONTEÚDOS ESTUDADOS

Os conhecimentos adquiridos ao longo da graduação do curso de

Engenharia Química foram extremamente importantes para o desenvolvimento

das atividades ao longo do estágio. Dentre as disciplinas, pode-se citar: Química

analítica aplicada, imprescindível para manipulação dos equipamentos em

laboratório. Química geral e Experimental, que forneceram embasamento teórico

e prático para realização de atividades em laboratório, bem como se portar no

mesmo.

Introdução aos biocatalizadores e Engenharia Bioquímica, as quais deram

sustentação às análises microbiológicas.

Controle de qualidade de águas e Engenharia Ambiental que forneceram

conhecimentos sobre legislação, conceitos em gerais, aulas experimentais e

atividades que envolviam preparação de laudos e outros temas relacionados à

água. Tais conhecimentos foram aplicados diariamente ao longo do estágio.

Por fim, Qualidade e segurança no trabalho que tratou profundamente da

importância de utilizar os equipamentos de segurança individuais no ambiente

de trabalho, assim como mostrou os riscos que podem apresentar.

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9. AVALIAÇÃO DO RETORNO DO ESTÁGIO

Além de propiciar a consolidação de vários conhecimentos adquiridos ao

longo da graduação, a experiência de estágio forneceu uma visão geral sobre o

dia a dia deu uma indústria, sobretudo, do laboratório que se mostrou um local

de apoio para os outros setores de produção da empresa.

Também é muito válido ressaltar que a partir dele, pode-se aprimorar a

postura ética e profissional em um ambiente de trabalho. Portanto, a realização

do estágio é de suma importância para o desenvolvimento profissional, pessoal

e interpessoal.

O estágio é o primeiro degrau para a inserção dos alunos de graduação

no mercado de trabalho, a partir dele são absorvidas competências e habilidades

importantes para futuras conquistas no mercado de trabalho.

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10. CONTRIBUIÇÃO PARA A EMPRESA

Dentre as contribuições para a empresa, destaca-se a maior agilidade nas

entregas de resultados das análises, devido à presença de uma pessoa a mais

no laboratório, culminando em uma maior rapidez na elaboração de laudos

internos e externos.

Também houve a contribuição para a organização do ambiente de

trabalho e controle de estoque. E por fim, a estagiária forneceu opinião sobre os

mais diversos assuntos relacionado ao local de trabalho.

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11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Ambientes Brasil. Processo de captação e envase de água mineral. Disponível em:<http://ambientes.ambientebrasil.com.br/agua/artigos_agua_mineral/processo_de_captacao_e_envase_da_agua_mineral.html > Acesso: 20/10/2016. APHA. Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater. 20 ed. Baltimore, Maryland: American Public Health Association (APHA), American Water Works Association (AWWA), Water Environment Federation (WEF), 1998. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução n.12, de 02 de Janeiro de 2001. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução n. 275, de 22 de Setembro de 2005. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n. 2914, de 12 de Dezembro de 2011. FRANCO, Bernadette. Microbiologia dos alimentos. São Paulo: Atheneu,1996. SEBRAE. Como montar uma empresa de engarrafamento de água mineral. Disponível em:<https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ideias/como-montar-uma-empresa-de-engarrafamento-de-agua->Acesso: 21/10/2016.