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UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - LICENCIATURA MÚSICA
Luciana Alves Martins de Carvalho
Margarete Albuquerque Fernandes
Maria Aparecida Lopes Kaizer
Rosana Três
Sanderes Rogerio Bucci
Thatiana Taborda Iucksch
MOTIVAÇÃO ATRAVÉS DO USO DIDÁTICO DAS
TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
NA EDUCAÇÃO MUSICAL DA EDUCAÇÃO BÁSICA
SANTOS
2018
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RESUMO
A motivação para a aprendizagem musical é um fator muito importante que será investigado neste trabalho. Esta pesquisa é de natureza didática referente ao processo de ensino e aprendizagem. O procedimento técnico é o da pesquisa bibliográfica. O referencial teórico da psicologia é o da teoria da autodeterminação de Ryan e Deci, e da aprendizagem é a teoria sócio interacionista de Vygotsky. O trabalho demonstrou que as TICs motivaram o processo de ensino e aprendizagem, além de auxiliar na inclusão digital, desenvolvimento das atitudes de colaboração em grupo com criatividade na educação musical.
Palavras-chave: Motivação. Tecnologias da Informação e Comunicação. Aprendizagem Colaborativa.
1. INTRODUÇÃO
Atualmente vivemos numa Sociedade da Informação que está imersa na
tecnologia de um mundo globalizado. Por isso, questiona-se qual o papel das novas
tecnologias aplicadas na educação musical na escola, qual a motivação para alunos
e professores, e como aproveitar esses recursos para o processo de ensino e
aprendizagem na educação musical.
Esta pesquisa apresenta as Tecnologias de Informação e Comunicação
(softwares aplicativos para computador, plataformas de música colaborativa na
Internet), sua utilização didática nas aulas de Arte na educação básica, utilização de
recursos tecnológicos da informação e comunicação para auxiliar o professor no
ensino de música e algumas estratégias motivacionais para o processo de ensino e
aprendizagem. A base de dados principal desta pesquisa foi a Associação Brasileira
de Educação Musical (ABEM, 2018) com os descritores: Motivação, Tecnologias da
Informação e Comunicação e Aprendizagem Colaborativa.
Ainda existe pouco envolvimento, tanto de professores quanto de alunos, com
a prática de uso das tecnologias através de softwares aplicativos de música, redes
de comunicação, plataformas colaborativas de música, como pesquisa no YouTube
para a apreciação musical, e ainda o uso da Internet para a pesquisa histórica e
crítica de música etc., que deveriam motivar e inseri-los em um mundo globalizado
com as Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), preparando-os para o
mercado de trabalho. Procuramos responder a pergunta: o uso didático das TICs
2
contribuem para a motivação no processo de ensino e aprendizagem na educação
musical da educação básica?
O presente trabalho traz uma relação interdisciplinar nas áreas de Artes
(conteúdo de educação musical), Psicologia Cognitiva (motivação intrínseca),
Informática (software aplicativo de música) e Comunicação (internet e programas
colaborativos), contribuindo para a modernização do conhecimento educacional,
para a inclusão digital, para um ensino de qualidade e para a ampliação dos
trabalhos científicos neste tema.
A vivência com as tecnologias para a educação musical desenvolverá a
fruição ou o conteúdo atitudinal de sentir e perceber, a apreciação crítica e estética
da arte musical (BRASIL, 1998), através dos sites de visualização de vídeos
como YouTube e Vimeo, e o pensamento contextualizado dentro da realidade
histórico-social do aluno. O tema deste trabalho reforça uma competência geral do
BNCC - Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2017) que está ligada à cultura
digital,
Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva (BRASIL, 2017, p.9).
A relevância social desta pesquisa está na inclusão social através das novas
Tecnologias de Comunicação e Informação na educação musical. Os profissionais
da educação também se beneficiarão deste trabalho contextualizando-o no cotidiano
escolar.
O objetivo principal desta pesquisa é confirmar a hipótese de que, com o uso
didático de softwares aplicativos de música, existe motivação do docente e dos(as)
alunos(as) no processo de ensino e aprendizagem em música na educação
básica. Outros objetivos também serão atingidos, paralelamente, como por exemplo:
a promoção da sensibilidade e criatividade, inclusão no mundo digital e do trabalho e
o desenvolvimento de atitudes positivas de colaboração em grupo.
2. TIC, MOTIVAÇÃO E EDUCAÇÃO MUSICAL
Neste trabalho podemos identificar as variáveis independentes que são as
Tecnologias de Informação e Comunicação (*TICs) no ensino do docente e a
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variável dependente que é a aprendizagem dos discentes. Podemos observar uma
relação de causa (variáveis independentes) e efeito (variável dependente) onde o
uso das TICs na educação musical causa motivação para a aprendizagem conforme
ilustrado na figura 1.
A motivação é a causa que leva a uma consequência, em outras palavras, é
um motivo para uma ação. O significado da palavra motivação surge na origem
etimológica da palavra, do verbo latino movere, que significa mover-se
(BORUCHOVITCH; BZUNECK, 2001, p.9). No caso desta pesquisa qualquer uma
das TICs (aplicadas no ensino de educação musical) são motivos para gerarem
interesse na aprendizagem dos(as) alunos(as). A pesquisa é qualitativa, pois vai
buscar, na fundamentação teórica da literatura, se houve ou não a qualidade de
motivar. A nossa hipótese é que haverá motivação.
Figura 1 - Relação entre as variáveis e a motivação das variáveis independentes (elaborada pelos autores).
Procuramos fundamentação nas teorias da psicologia cognitiva da
aprendizagem, em especial, a Teoria da Autodeterminação (Self-Determination
Theory – SDT) de Ryan e Deci (2000). A dissertação de mestrado e a tese de
doutorado da pesquisadora brasileira Francine Cernev (2011, 2015) é muito
relevante neste trabalho, pois envolve essa teoria.
Segundo Ryan e Deci (2000; CERNEV 2011, 2015) a teoria das necessidades
básicas é uma subteoria da teoria da autodeterminação que será explorada neste
trabalho. Na figura 2 vemos uma evolução da motivação extrínseca para a intrínseca
de maior autodeterminação, ou seja, de uma regulação externa de recompensas e
punições para uma regulação interna que gera interesse, prazer e satisfação numa
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tarefa ou aprendizado. Essa grande autodeterminação é um impulso que move o
sujeito para agir com a finalidade de atingir seu objetivo direcionando o
comportamento humano motivado por si mesmo.
Figura 2: Continuum de autodeterminação proposto pela Teoria da Autodeterminação (traduzido de Ryan; Deci, 2000).
Ryan e Deci (2000) classificaram dois tipos de motivação: intrínseca e
extrínseca. A motivação intrínseca está relacionada à motivação interna do
indivíduo, a seus interesses pessoais e inatos, que lhe trazem satisfação. A
motivação extrínseca está relacionada ao que é externo ao indivíduo, que está
conectado ao ambiente, às situações e fatores externos.
Atualmente a SDT (Self-Determination Theory) é considerada uma macro
teoria, formada por um conjunto de cinco subteorias que se relacionam entre si.
Nossa pesquisa tem como relevante o estudo da subteoria das necessidades
psicológicas básicas (de autonomia, competência e pertencimento) que são
inerentes ao ser humano e essenciais para ativar os mecanismos de motivação em
seu comportamento (RYAN; DECI, 2000).
Na concepção de utilizar as TICs como recurso motivacional da
aprendizagem, o professor que obtém um feedback positivo satisfaz não somente a
sua necessidade de competência, como também a de seus alunos. A competência
fica evidente quando o indivíduo consegue exercitar suas capacidades em um nível
ótimo (CERNEV, 2011, P.40). O professor na sua função de ensinar um conteúdo e
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um comportamento, através das TICs, e o aluno em poder realizar a atividade
positivamente, ou seja, aprender de forma significativa.
A necessidade de pertencer e de interagir com os outros na plataforma de
música colaborativa, criando um vínculo social, foi estudada através da abordagem
sócio interacionista e construtivista de Lev Vygotsky (BARBOSA, 2012). Vygotsky
chamou de ZDP (Zona de Desenvolvimento Proximal) as interações sociais,
mediada pelo docente, que levam o indivíduo a realizar atividade que não realizaria
sozinho. Essa ZDP leva o sujeito da zona de desenvolvimento real (individual) para
a zona de desenvolvimento potencial onde amplia seu conhecimento
aprendido. Essa teoria tem relação com a teoria das necessidades básicas
(subteoria da Self-Determination Theory – SDT), que envolvem motivação e
interação, e será demonstrada neste estudo com o uso das TICs na educação
musical.
2.1 TICs na Educação Musical: aplicativos e plataformas
Ao longo dos tempos observamos enormes mudanças no sistema
educacional. De acordo com Coutinho e Lisboa (2011) atualmente essas mudanças
estão associadas ao desenvolvimento das Tecnologias de Informação e
Comunicação (TICs) que vieram com grande força para revolucionar a forma como
se ensina e aprende, sem desconsiderar a mediação docente entre as TICs e os
alunos.
O uso das tecnologias no processo de ensino contribui para a preparação dos
educandos para a sociedade da informação e conhecimento. Os professores devem
estar atentos e preparados para inserir, em sua metodologia, a utilização deste
mundo digital facilitador da motivação e do interesse dos alunos.
As ferramentas tecnológicas (software, aparatos tecnológicos, programas,
aplicativos, entre outros), no processo de ensino da música, podem ser um meio que
conduz para o desenvolvimento de inúmeras aprendizagens, que com elas, segundo
Fernandes e Coutinho (2014) "ganham um apport de motivação e empenho,
potenciando o desenvolvimento de novas competências". No presente artigo,
citaremos algumas dessas ferramentas como apoio neste processo.
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A empresa JoyTunes tem um site que traz, em sua plataforma, um
aprendizado musical para todos que desejarem conhecer um pouco sobre o
universo da música. De acordo com esse site, os aplicativos de aprendizado de
piano atualmente estão obtendo crescimento rápido de usuários e de receita,
“escolhidos como um dos melhores aplicativos da Apple e do Google e usados por
10% dos professores de piano dos EUA” (JOYTUNES, 2018a). Existe a
possibilidade de que essas ferramentas possam ser trabalhadas dentro da sala de
aula, com alunos do ensino fundamental, como por exemplo, o Simply Piano (figura
3) para iPhone e iPad, para os sistemas operacionais IOS (Apple Inc.) e Android
(Google), gratuito para testar.
Figura 3 - Simply Piano da JoyTunes (captura de tela).
Disponível em: <https://itunes.apple.com/br/app/simply-piano-da-joytunes/id1019442026#?platform=iphone>. Acesso em 26 out. 2018.
Os aplicativos da JoyTunes (2018b) trabalham em parceria com profissionais
da educação musical para mudarem a maneira como aprendemos música. Utilizam-
se de metodologias novas com os mais recentes recursos de jogos e o mecanismo
MusicSense. De acordo com o site oficial, o feedback em tempo real cria
experiências envolventes e reduz significativamente o processo de aprendizagem
para dezenas de milhões de crianças e adultos que aprendem a tocar música. Esses
aplicativos apresentam mais de 2.500 músicas e exercícios que podem ser
aplicados, com a mediação docente, para os alunos de uma maneira mais prazerosa
e motivadora no processo ensino-aprendizagem musical.
Uma outra forma de trabalhar os conteúdos da música dentro da sala de aula,
com os alunos do ensino fundamental, é através da prática do canto coral (figura 4).
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Quando não é possível ter um outro professor, que acompanhe ao piano ou violão
dentro da sala, podemos utilizar a tecnologia para esta função. Fazer do cantar uma
experiência de aprendizagem musical para as crianças e jovens proporcionando um
enriquecimento estético, artístico, social e pessoal na escola ou na comunidade.
Seguindo este pensamento, um dos sites que oferece esta possibilidade de poder
cantar junto é o “Cantar Mais – Mundos com Voz” desenvolvido por esta associação
portuguesa. Neste site é possível encontrar um repertório diversificado de músicas
que possam agradar e motivar os alunos a cantarem juntos com disponibilidade
gratuita de partituras, vídeos, áudios e letras (APEM, 2015).
Figura 4 - Cantar Mais (captura de tela).
Disponível em: <http://www.cantarmais.pt/pt/> Acesso em 28 out. 2018.
A citação abaixo apresenta o principal objetivo desta plataforma digital como
um recurso de apoio ao processo de ensino-aprendizagem dos alunos, professores
e comunidade:
“Estas canções e recursos, acessíveis nesta plataforma digital de livre acesso, permitem um trabalho sistemático, consistente, diversificado e potencialmente inovador, possibilitando o incremento, através da canção e do cantar, de práticas artístico-musicais nas escolas e nas comunidades. Contribui, deste modo, para o desenvolvimento da cultura e aprendizagem musical das crianças e dos jovens através de experiências artístico-educativas diferenciadas de interpretação, criação musical, fruição e de apresentação pública do trabalho. Por outro lado, constitui-se também como uma ferramenta de trabalho e de formação de educadores, professores e outros agentes educativo”. (APEM, 2015 -2018).
Entende-se através desta explanação, que o ensino de canções pressupõe o
conhecimento de um conjunto de princípios, técnicas, táticas e metodologias que
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podem determinar o sucesso da aprendizagem. Devemos enfatizar a mediação do
professor no uso didático dessas TICs e sua intervenção na ZDP (BARBOSA, 2012),
teorizada por Vygotsky.
2.2 TICs na Educação Musical: possibilidades e desafios
Todas essas transformações trazidas com as Tecnologias de Informação e
Comunicação (TICs) impuseram desafios ao contexto da educação e, ao mesmo
tempo, também trouxeram novas possibilidades de aprendizagem. O alcance da
internet tornou possível e simples o uso de aplicativos e sites que facilitam o contato
com a música de várias formas, sejam elas a apreciação musical, a execução ou a
composição.
Nesse cenário, as ferramentas para o ensino de música são variadas, desde
aplicativos e sites para a apreciação musical (Youtube, Soundcloud, Vimeo,
MySpace), como para a execução (Synteresia, Virtual MIDI Piano Keyboard, Guitar
Chords, Virtual Drums) e outros para funções mais específicas, como o pequeno
estúdio GarageBand.
Para Lemos (2005, p. 6), “a arte passa a reivindicar, mais do que antes, a
ideia de rede, de conexão, transformando-se em uma arte da comunicação
eletrônica. O objetivo é a navegação, a interatividade e a simulação para além da
mera exposição/audição”.
As pesquisas de Silva e Lemos (2010 apud CERNEV, 2015) revelaram que:
[...] as TIC contemplam novas formas de recepção do conhecimento uma vez que permitiram a participação, a intervenção, a bidirecionalidade e a multiplicidade de conexões, ou melhor, ampliavam a linearidade da emissão e recepção de conhecimentos (CERNEV, 2015, p. 27, grifo nosso).
André Lemos (2005) traz a discussão sobre a exclusão digital, ao afirmar que
“não há mídia totalmente democrática e universal” e que devemos “lutar para
garantir o acesso a todos, condição essa fundamental para que haja uma verdadeira
apropriação social das novas tecnologias de comunicação e informação”.
Biasoli (2004), por sua vez, propõe uma análise sobre a formação do
professor de Arte, no geral, que continua sendo feita de modo precário e
desarticulada, tanto com relação à teoria quanto à prática. Comenta que, ao
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investigar a formação do professor licenciado em Arte, é desconsiderada uma
formação mais específica sobre o uso das TICs.
Outro desafio é apontado por Del Ben (2003),
Convém destacar que em comparação com outros países, como Estados Unidos, França, Noruega, ainda são escassas as pesquisas brasileiras sobre a criação de tecnologias educacionais para música. Igualmente, não tem sido possível identificar um aumento expressivo de sua utilização na educação musical em geral. (KRÜGER; LOPES; FICHEMAN; DEL BEN, 2003).
Existe um grande desafio de ensinar e aprender na era do conhecimento
digital, conforme destaca Moran (2013 apud CERNEV, 2015, p. 46) afirmando “que
as mudanças educacionais dependem de professores intelectual e emocionalmente
maduros, abertos, curiosos e com grande potencial para dialogar e motivar os
estudantes”.
Com o advento da internet e com o passar dos anos, o surgimento da banda
larga, possibilitou a alta velocidade na transmissão de dados pela rede (Web),
facilitou o desenvolvimento e abriu novas possibilidades para a educação a distância
e, em especial, a educação musical. Ampliaram-se a alta velocidade na transmissão
de dados, os softwares de edição de partituras online em um servidor na nuvem,
trazendo total liberdade para a criação e edição de músicas na plataforma,
extrapolando os limites da sala de aula. Com essas TICs, abriram-se novos
horizontes aos estudantes para se conectarem por meio da edição de partituras e
produção musical cooperativa, construídas por outros estudantes de países
diferentes, possibilitando trabalhos com materiais sonoros para a criação e
elaboração de sons, arranjos, rítmicas, sequências sonoras etc.
Um bom exemplo, do uso das TICs em sala de aula, pode ser a utilização
dessas inovadoras ferramentas digitais interativas, sendo o professor um mediador
que pode solicitar uma pesquisa em determinado site da Internet para que, em
seguida, os alunos compartilhem suas informações com o grupo da sala de aula
através de um blog criado coletivamente. Essa possibilidade do blog aumentará a
autodeterminação, a motivação (RYAN; DECI, 2000), a interação dos alunos
mediada pelo professor na ZDP (BARBOSA, 2012), com postagens de informações
complementares, comentários e questões para incentivar a pesquisa.
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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Não há dúvidas que a educação à distância, no curso de licenciatura em
música, é favorecida com tais tecnologias, abrindo oportunidades para o ensino
aprendizagem de maneira interativa e cooperativa. Nestes ambientes virtuais cria-se
uma nova forma de organizar a aprendizagem, criando situações nas quais os
alunos desenvolvem o pensamento crítico auxiliado por novas tecnologias. Os
softwares musicais, dispostos na Web de forma virtual, são muito favoráveis às
aprendizagens, buscando experiências coletivas e tendo interferências positivas
nestes aprendizados, produzindo e fomentando discussões, fundamentadas em
exemplos concretos, mas sempre sob a coordenação de um professor para
ponderar e mediar as atividades no espaço virtual, levando o aluno da zona de
desenvolvimento real (conhecimento que possui) para o desenvolvimento potencial
(que virá) com essa mediação trabalhando na ZDP, preconizada por Vygotsky
(BARBOSA, 2012).
Quando professores e alunos praticam uma atividade em que satisfazem suas
necessidades psicológicas básicas, somadas com as necessidades de afeto e
socialização, incluindo a ZDP mediada pelo docente, o aprendizado é realizado
despertando a motivação intrínseca, maior interesse e prazer dos alunos. As TICs
evidenciaram uma autodeterminação dos alunos na realização de atividades
colaborativas.
Portanto, as constatações deste trabalho confirmaram que o uso didático das
TICs contribuem para a motivação na qualidade do processo de ensino e
aprendizagem, na educação musical da educação básica, com isso este trabalho
atingiu o objetivo principal. Foram atingidos, também, outros objetivos referentes à
inclusão digital, desenvolvimento de atitudes de colaboração em grupo, promoção
da sensibilidade e criatividade na educação musical.
4. REFERÊNCIAS
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11
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12
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