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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Andressa Cristina Maria RESGATANDO VALORES HUMANOS: ATRAVES DA EDUCACAO CRISTA NAS SERIES INICIAIS Curitiba 2005

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Andressa Cristina Maria …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/RESGATANDO... · 2016-03-28 · principal mente do professor de ensino religioso,

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA

Andressa Cristina Maria

RESGATANDO VALORES HUMANOS: ATRAVES DA EDUCACAO

CRISTA NAS SERIES INICIAIS

Curitiba

2005

Andressa Cristina Maria

RESGATANDO VALORES HUMANOS: ATRAVES DA EDUCACAO

CRISTA NAS SERIES INICIAIS

Tm~lho de Conclusaode Curro apresentadoaoCurse de Peda,gogill da Fnculdade de C;~nciI!l5HUlnanas, Letf?l5 e Artes da Univer5idade Tuiuti doP~ram.\, como requisito p;!lfcinl pam a oblenr,ti'lo domllio de licenciatur;. ern Peda,gogia

Orienrodor: Renalo Gross

Curitiba

I '

( -2Q05. ,- )

·~ Universidade Tuiuti do Parana

FACULDADE DE ClENCIAS HUMANAS. LETRAS E ARTES

Curso de Pedagogla

TERMO DE APROVA<;iiO

NOME DO ALUNO: ANORESSA CRISTINA MARIA

TfTULO: "Resgiltilndo Vii/ores Humilnos Atrilves dil EduciI(:ao Crista nilS Series

Iniciais"

TRABALHO DE CONCLUsiio DE CURSO APROVADO COMO REQUISITO PARCIAL

PARA A OBTEN<;iiO DO GRAU DE LlCENCIADO EM PEDAGOGIA, DO CURSO DE

PEDAGOGIA DA FACULDADE DE CI~NCIA5 HUMANAS, LETRAS E ARTES, DA

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA.

MEMBROS DA COMI~, S- AVALIADORA:

RENATO GROSS ' WORIENTADORA

~~~:;OA~~:~~~:ATTOS ~~~a~..'MARIA FRANCISCA VILAS BOAS'LEFFER A~/_L~=-_G))MEMBRO DA BANCA ~

DATA: 15/06/2005.

CURITIBA - PARANA

2005

Agradeco Cl Deus, Clvlor do millho yido, per

poermO!)ect'"r comi.go nestes quotro onos e por todo

a mbedorio que me concedeu para reali::c~ao

deste Irobolno. Aos meus potS pelo ouxino e

incenfivo permanen1e. 00-'; profenores do CUlro por

contribuirem COf'Tl conhecimento, ao e:;timcdo

prote-SlOt' Rencto Gross, pelo compre-ensOo €

d'!!dicoCOo 00 rTle mientar e en minhm am~as

f'allicio. Venice e Veto pelo apok> e a sincere

omi:odo:'!,

~Ajude a crianc;a a formor bons habitos.

Assim era nunco abandonarci 0 bom caminho,

mesmo depois de adulta,"

Proverbios 22:6 (BIBLIA VIVA)

SUMARIO

RESUMOINTRODUCAo 7CAPiTULO 1

1-A EDUCACAo CRISTA E SEUS BENEFicIOS 10

1.I-A PEDAGOGIA DEJESUS ....

1.1.1- Os alunos de Jesus .

1.1.2- A Did<itica de Jesus .

1.2-A IMPORTANCIA DE ESTUDAR CRISTO HOJE

1.3- CONDUTA DO PROFESSOR, EXEMPlO PARA 0 ALUNO ...

. 12

.. 14

...... 17.............. 19

.. 22

CAPiTULO 2

2- VAlORES HUMANOS E SUA IMPORTANCIA NOS DlAS DE HOJE .....21- DEFINI~AO DE ALGUNS VALORES HUMANOS ...

2.1.1- Sua importimcia nos dias atuais ...

2.2- ETICA E VALORES HUMANOS NA ESCOlA ..

...25. .25

....... 32

.. 34

2.3- A ETICA E A EDUCACAO CRISTA 35

CAPiTULO 3

3-RElA TO RIO DAS ENTREVISTAS 38

CAPiTULO 4

4-0 ENSINO POR PARABOlAS 424.1- PLANO DE AULA (PARABOLA DO BOM SAMARITANO) ..43

CONClusAo .45

GlossARIO .47

REFERENCIAS 48

AN EXO 50

ENTREVISTA 51

RESUMO

Este trabalho aborda a questao do resgate dos valores human OS, ressaltandoque nos dias atuais os pais tern se ausentado na vida de seus fill10s e muitas vezesnao t~m tempo de ensinar a eles fundamentos importantes como: amar e respeitar a sie ao proximo, ser soHdario, honesto entre Qutros. Estas implica¢es acabam gerandoalguns transtomos na vida escolar e social da crian9G!. Dfficultando assim lima boarelaC;ao interpessoal e lima boa interayao com outras pessoas e colegas da eseela.Claro que ests nao e 0 papel do professor, pon§m a escota e 0 lugar que ospequeninos passam boa parte do seu tempo, em companhia de adultos e QutrascrianC;8s.

Esta pesquisa apresenta a possibilidade de trabalhar as vaiores humanos,atraves dos ensinamentos de Jesus, que foi 0 maior mestre que 0 mundo ja teve, emtodo 0 seu ministerio foi um professor que soube ouvir e compreender seus alunos,transformando vidas com seu ensino. Seus alunos eram pessoas de carater duvidavel,no entanto fez deles homens de Indole admiravel, sua didatica e usada ate hoje,ensinava atraves de dramatizary6es, diah§tica e principalmente por parabolas. Osprofessores atuais podem inselir essa pratica em sua atua:;80 pedagogica, tendo comoexemplo suas atitudes. Com isto entende-se que a conduta do professor regente eprincipal mente do professor de ensino religioso, devem ser espelhos do que dizem.

Alguns valores foram pesquisados, os mais comuns entre as pessoas, e aimportancia destes para uma vida melhor, os valores humanos e cristaos estaocompletamente envolvidos com a etica, porque enfoca a reflexao sobre a condutahuman a e sua contribuiyao para urn mundo melhor.

Alem da pesquisa bibliografica foram realizadas entrevistas com professores deensino religioso, pais e alunos e para finalizar um exemplo de aula de en sino religioso,trabalhando a solidariedade atraves da parabola do ~Bom Samaritano~ Conclui-se comesta pes qui sa que e perieitamente posslvel conciliar os ensinamentos de Jesus com apratica de resgatar valores que permeiam urn born relacionamento interpessoal.

Palavras--chave:valores humanos, educayao crista, conduta do professor e etica.

respostas indelicadas (Os conceitos basicos de etica eram adquiridos em casal, sabiam

respeitar urn pouco mais os cole gas, dificilmente se ouvia crian9as pronunciarem

palavroes em sal a de aula.

Atualmente no cenario escolar as alunos nao respeitam os professores e muitos

menos os cole gas, isso e acarretado pela falta de orienta90es dos pais, que ficam

muitas vezes ausentes, nao sobrando tempo para educar e cuidar de seus filhos. 1550

INTRODUCAO

o comportamento que 05 alunos de Ensino Fundamental tern em sala de aula,

comparados aos de quinze anos atras sao desanimadores, percebe-se que mudou

muito na questao de relacionamento professor - aluno e aluno - aluno, antigamente as

crianvas atendiam com mais rapidez aos pedidos dos professores, nao davam

respostas indelicadas (Os conceitos basicos de etica eram adquiridos em casa), sabiam

respeitar urn poueD mais as colegas, dificilmente S8 auvia crianC;8s pronunciarem

palavroes em sala de aula.

Atualmente no cenario escolar os alunos nao respeitam os professores e muitos

menDS os caregas, issa e acarretado pela falta de orientac;6es dos pais, que ficam

muitas vezes ausentes, nao sobrando tempo para educar e cuidar de seus filhos. Isso

nao pode servir como regra geral, po is existiam alunos indisciplinados, como

atualmente hi! alunos bern disciplinados.

Embasando·se na experiemcia em escola sem ensino religioso e a escola com

en sino religioso, e perceptivel que no local em que se trabalham nestas aulas, valores

humanos como 0 respeito ao proximo, obediemcia, amor justic;:a etc, estas ac;:oes sao

aprendidas e praticadas em sala de aula. No entanto no lugar em que hi! este trabalho,

fica a impressao de que os alunos sao incapazes de controlar·se, a falta de respeito e

disci pi ina e grande, 0 que aeaba por deixar 05 proprios professores sem 898:0.

Pensa·se enUie; 0 que fazer para haver urn mether relacionamento entre os

alunos em sal a de aula? Que trabalho podera auxiliar no resgate de algumas atitudes,

as quais melhorarao 0 relacionamento de aluno para aluno e professor para aluno e

vice e versa?

Com base nestas indagayees, este trabalho de conclusao de curs~ tern por

objelivo, identificar que alitudes podem melhorar 0 convivio em sala de aula; pesquisar

que mudanI;Bs ocorreram nas escolas depois que optaram em ter ensino cristao;

apresentar como pode ser realizado urn trabalho com a educayao crista, para auxiliar

no resgate de alguns valores human os.

A presente pesquisa sera iniciada com a leitura e analise de diferentes autores

que estudam a educayao crista, e posteriormente realizar urn estudo de caso no

municfpio de Colombo que a partir de 2003 implantou no curriculo aulas de ensino

religioso. Para is so pretende-se utilizar como apoio a pesquisa, entrevistas dirigidas

com professores, alunos 9 pais. Sendo assim propor um projeto de resgate de alguns

valores humanos, pelo menos, os mais comuns a todos, como 0 respeito ao proximo,

amor, amizade, solidariedade entre outros, esses valores humanos supra dlados

poderao ser estudados atraves de historias bfblicas e morais. Assim a crianc;a

entendera 0 significado de tais a!(oes e quais as consequencias destas, pois estao

ligadas diretamente.

Segundo as indagac;5es de ( MIGlIORI,1999), a ideia de que e necessaria

trabalhar valores humanos com os aluno5 de hOje, mas como? Apenas dar exemplos e

conceitos de alguns valores? Com certesa nao. E sim buscar em primeiro lugar, interar-

59 da realidade de seus alunos, para verificar quais valores que auxiliam numa

convivemcia pacffica. Trabalha-Ios dentro da realidade do aluno, para que ele facta

destas ac;oes habitos de vida.

Fagundes (2000), argumenta sabre a contribui<;ao e interferencia dos

professores na formac;ao de seus alunos, atraves de seu comportamento, seus

pensamentos, sua convivencia com seus care gas de trabalho e seus alunos, a autora

tambem faz comentarios interessantes sobre etica, dizendo que esta nac se resume em

um conjunto de regras, mas e a aquisi9ao de habitos que se convertem numa maneira

de viver.

Portanto este trabalho tern par finalidade apresentar as beneffcios que a

educa.yao crista pade trazer, naa apenas para 0 convivio em sala de aula, mas tambem

para 0 convivio familiar e social demonstrando alguns exemplos de como estas aulas

podem desenvolver-se.

10

1- A EDUCAI;AO CRISTA E SEUS BENEFiclOS

Segundo Hinson(s.d), no inicia do cristianismo, 0 apostolo Paulo deixou para as

igrejas fundadas em suas viagens mission arias, instruc;6es eticas, aparecendo muitas

vezes em forma de listas de virtudes au yielDs, como tambem instrlH;6es morais que

mostravam a preocupar;ao como problemas socials da epoca (governantes, esposas,

maridos, filhos, escravos, a comunhao social entre as igrejas - Tito 2:2-8). No seculo II

a educar;ao crista tornou-se urn pouco mais complexa, exigindo que escolas fossem

criadas. lsto ajudou para alicen;ar 0 cristianismo, porem sofreu transformac;6es

chegando urn tempo em que era vista como urna pratica de punic;:6es e proibir;6es,

incapaz de acompanhar os avanc;os sociais. Isto fez com Que a verdadeira essencia do

cristianismo, aquele ensinado per Jesus, se perdesse. Hoje as pessoas buscam

incansavelmente seus desejos e sonhos, muitas vezes motivados pela modernidade,

agem sem refletir se suas atitudes estao atingindo beneficamente ou maleficamente

seu proximo. Quase nao se pensa mais em amar e respeitar ao proximo, querem

apenas conquistar seus objetivos. 0 ser humano esta cad a vez mais "alienado~ em

rela9ao as suas verdadeiras necessidades, acabam sempre desejando 0 que 0 mundo

quer que desejem (dinheiro, fama, modernidade, pessoas Ihe servin do), quase nao

refletem se isso tudo e essencialmente importante. Se compensa ser alguem que nao

se importa com 0 outro, que 0 desrespefta para atingir seus ideais. Para Mete(1997,

passim p.30·37), as mudan",s que tem ocorrido na sociedade despertaram nas

pessoas sentimentos como egoismo, consumismo, 0 que e estimulado pelos meiDS de

comunica98o em massa, em especial a televis80 que esta acentuadamente

II

influenciando 0 comportamento dos individuQs, tornanda-os seres alien ados a sua

propria realidade. Oiante desta situac;ao como a educar;ao crista pode contribuir para a

supera9BD destes desafios contemporaneos? Entre as beneffcios possiveis do

cristianismo sao exatamente as valores humanos, que estao escassos, porque as

individuDS estao preocupados consigo mesmas, ansiosos par saciarem seus desejos,

sao levados a caluniarem e difarnarem seu proximo para alcanr;arem seus objetivos.

Nao assumem seus erros e sao incapazes de perdoar e ate mesmo amar

Ha crianc;as que presenciam os pais agredindo-se verbal mente e algumas vezes

fisicamente, ouvem, par exemplo 0 pai mentindo aD telefone ou entaD preocupado

demais com dinheiro para poder dispor um pouco do seu tempo para amar sua famflia e

ensinar aos seus filhos atitudes que 0 ajudem a viver melhor consigo e com a prOximo.

o pequenino absorve tudo, toda a vivencia em casa, 0 que assiste na televisao, 0 que

ve na rua, enfim caminham para uma sociedade "assustadora", porem nao se deve

generalizar, pois existem muitas familias e povos que sabem viver harmoniosamente.

No entanto tem-se a consciencia que nossa sociedade precis a de ~reparos", e estes

podendo ser iniciado pelo res gate dos valores humanos junta mente com as crian9as.

Foi assim que surgiu a ideia de realizar este trabalho em crasse de series iniciais do

Ensino Fundamental tendo aulas especificas para isso, que pod em ser as aulas de

en sino religioso, conforme a LDB se",o III artigo 33' :0 ensino religioso, de matricula

facultativa, constitui disciplina dos horarios normais das escolas publicas de ensino

fundamental, sendo oferecido, sem onus para os cofres publicos, de acordo com as

prefer€mcias manifestadas pelos alunos ou por seus responsaveis, em carater:

confessional ou inter-confessional. Neste caso, 0 segundo carater. Porque alem de

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trabalhar as diversidades religiosas, resgatalTl-se valores comuns entre elas, atraves

de uma perspectiva crista.

A secao a seguir abordara a pedagogia de Jesus e como ela podera auxiHar no

trabalho de resgate dos valores humanos e cristaos, mostrando 0 porque da eficacia

dos seus ensinamentos que perduraram ate os dias de hoje influenciancto a vida de

muitos e ate mesmo os idea is de povos civilizac;6es.

1.1 A PEDAGOGIA DE JESUS

Nao se pode falar de ensina cristao. sem falar de Jesus, pois ninguem se

apresentou tao qualificado para ensinar como ele, pOis era urn exempla vivo de seus

ensinamentos, dos quais fa lava com autoridade e grande entusiasmo. Esla e uma

qualidade necessaria a todo professor, para seu trabalho acontecer com eficckia. Jesus

fai 0 maior exemplo de seu ensino, tinha grandes reservas de majestade, paciemcia.

persistencia, entusiasmo,longanimidade e conhecimento, Ihe permitindo sa be doria e

autoridade tal que nenhum Rabino ou Escriba jamais possuiu; estas qualidades assim

como suas experiencias, sustentavam a confianr;a e a convicr;ao com que ensinava.

Mas nao foi apenas i5S0 que fez de Jesus 0 Mestre dos mestres. Havia tambem

interesse e desejo genuine de servir e ajudar ao proximo. Nao importava a ocasiao, 0

que e quem pedia ele ouvia. contemplava e permitia que seu cora~o se enchesse de

am or pela pessoa importando-se com seus problemas e ajudando; amou ate mesmo

aqueles que tanto 0 recriminavam. Jesus simples mente amou e demonstrou este amor

atraves do seu relacionamento com seus discfpulos e seguidores

13

TOlla a 00'-" de JellS' e:)tnvtl envolta em atmosfera didatica, e niio [unto lIum orde pleJe¢f's (l/'denle3. poi, ObJ6IV.WroS que 0':: ouviniel ~e ~entj<1m a vontadepa (he fazer pefrJUfJtll~, e e/e, fXJr IJUll 'w'8Z, Ihe$ propflntra qUf}::'{OOJ e probltWIIIIS.

(PRINCE, 1995, p. 17).

Ele nao pode ser considerado um agitador DU urn idealista fanatico, mas sim urn

Rabi, urn professor, porque viu no ensino a oportunidade de fOffil8r a conduta do pavo

em geral. Amav8 ensinar, realizava esta atividade com entusiasmo em qualquer lugar,

em qualquer hora. Sells alunos sentiam-se a vontade para fazerem perguntas, sabiam

que receberiam as respostas que precisavam DU indagayoes que as levassem a

descobri-Ias. E que seriam respostas definitivas, e que atravessando os securos

chegaram ate n6s.

Para 0 Mestre responder as duvidas de seus seguidores Ele precisava de

conhecimento. Isto nao Jhe faltava, estava muito bern qualificado tinha urn

conhecimento profunda das Escnturas Sagradas, adquiridas desde a sua mais tenra

idade, atraves dos costumes de seu povo Uudeus). FrequentoLi por muito tempo a

s[nagoga , onde estudava 0 Pentateuco e os livros dos profetas. 0 ensina era tao

importante para os judeus que nao se permitia que nenhum deles vivesse em regiao

sem lima escola elementar, a qual estava sempre ligada a lima sinagoga. Os men[nos

iniciavam sua educa9ao religiosa e moral aos sels anos e terminal/am aos quinze anos

com [nterpreta90es orais da lei. Jesus pas SOl! par tudo isso e mostrou-se perfeitamente

instruido quando aos dOle anos enfrentou as doutores e tambem no decom:r de sua

vida quando criticos da lei vinham Ihe confrontar. (PRINCE, 1995, p. 1B-20).

No entanto 0 conhecimento biblico nao era sua t'mica bagagem, Jesus

compreendia 0 corayao humano, suas fraquezas, duvidas e anseios. Conhecia 0 fntimo

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de seus alunos, sabia ouvi-Ios, os compreendia (caracteristica essencial para 0

educador). Com ista pade descobrir as necessidades e as qualidades de seus

educandos e as oTientar com base na paravra de Deus.

Jesus foi Mestre na arte de ensinar, afinal metodos que ate hoje sao usados

foram empregados por ele, como: perguntas, ilustra90es, dramatiz8yoes e discussoes

sempre adequadas a situa~o. Como foi vista, naD nasceu mestre mas suas

experiencias e sua paixao de ensinar a verdade, fizeram dele 0 maior mestre que 0

mundo ja conheceu, a ponto de todo 0 mundo ocidental proclamar-se cristao.

1.1.1- Os alunos de Jesus

Fai 0 Mestre que escolheu seus alunos, mas naD separou para ele os rna is

sa bios, de personalidade pass iva e de boa indole. Pelo contriuio, seus escolhidos eram

pessoas imaturas, egocentricas, sem autocontrole, perversas e enganadoras; no

entanto Jesus escolheu-os exatamente com 0 prop6sito de transforma-Ios; como diz

Prince: uSomente alguem que tivesse uma alentadora visao do futuro, movido de infinito

amor e paciencia e de persistente energia e perseveranc;.a, se aventura ria a tomar como

alunos esle grupo de pessoas e fazer delas 0 que 0 Mestre Jesus fez." (1995, p. 28).

Sabe-se que foram transformados em pessoas bem estruturadas para

continuarem a missao de propagar 0 amor aos poves. Par exemplo, Jesus transformou

Joao em 0 apOstolo do amor, chegando este a urn ponto de escrever em sua primeira

carta no capitulo 4:8, wQuem nao ama, nao conhece a Deus", Antes era chamado por

Jesus de Filho do Trovao, tamanha eram suas explos5es de c61era e a volubilidade de

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seu genio forte. Qutros exemplos sao seus seguidores os quais Jesus convenceu a

largarem as vidas err6neas que levavam, como 0 publica no Zaqueu que se arrependeu

de enganar a sociedade (Lucas 19:1-10), ou Maria Madalena que fOI liberia e quis

demonstrar sua gratidiio de mane ira extravagante (Mateus 26:6-13).

Para Prince (1995).0 mestre passou muitas dificuldades, pOis nem sempre seus

aprendizes compreendiam 0 que ele ensinava, no entanto isto jamais 0 desanimou,

seguiu pacientemente seus ensinos !evando aqueles homens a tomarem-se grandes

professores que difundiram 0 cristianismo. Jesus conseguiu isto nao apenas com a

gra'ra de Deus, mas seus ensinamentos tin ham objetivos bem definidos, como 0 de

transformar a vida de seus discipulos e atraves deles regenerar a sociedade humana,

utilizando-se de idea is retos e justos, para as pessoas viverem bern consigo e com

aqueles que estivessem ao seu r-edor. Um exemplo do mestre trabalhando com os

val ores humanos, Ii quando ele faz 0 tao conhecido "Serrn;;o da Montanha" (Mateus

capitulos 5-7), apresentando os beneficios de serem justos,humildes, misericordiosos e

puros de cora9ilo, e aleria sobre alguns sentimentos e comportamentos negativ~s,

como a raiva, 0 orgulho, a cobi!;a entre outros, estas eram verdades que as pessoas

precisavam e precisam ate hoje ouvir.

Seus objetivos estavam firm ados na verdade, buscou despertar em seus

seguidores a vontade de serem verdadeiros. Tinha por objetivo ensinar 0 verdadeiro

amor, pOis sabia que este derrubaria as barreiras de preconceitos, ganancia e desejo

de vinganr;a; acrescentou ao primeiro e principal mandamento : "Amem aos outros tanto

como a si mesmo.~ (Marcos 12:31) e disse mais: "Amem-se tanto uns aos outros quanto

eu arno voces." (Joao 13:34). Mas as suas metas nao acabam nisso. "Jesus buscou

criar e desenvolver virtudes positivas, tais como a honestidade, a humildade, a pureza,

16

o altrufsmo, a bondade, 0 sacrificia, que enobrecem 0 carcHer, firmam a condut.a e

alegram 0 viver." ( PRINCE, 1995, p. 56).

o Mestre foi ousada com seus objetivos, pois envolviam a cada aspecto humano

(as pensamentos, sentimentos, vontades, 0 cuidado com 0 corpa, com a proximo e com

Deus), tentando criar urn homem perfeito para uma sociedade perfeita. Como era seu

plano original para a ray8 humana.

o m81/re vi" em oada di:cipufo D personalidocJe IitiJ e ertroord;uiria que seria nopo/vir, e por tt~O tmbatwva com otimismo e paciencia nD reolizayoo cb seuplano. Parece que Jesu:J nunce pelUeU a e-.speronr;lI no lirJ.lr com 03 homeos.Sempre ele e~peravlJ qu~lquer cois;;J do, piores e dos mai, (roea, d6~.(PRINCE, 1095, p. 64).

Jesus teve par principia a transformac;ao das pessoas, naD olhou para os

defeitos delas, mas apostou no que viriam a ser. Viu 0 mais profundo de cada coravao,

acreditou que futuramente, 0 radical e impulsivo Pedro, se transformaria num homem

corajoso e vigoroso, viu em Zaqueu uma generosidade imensa. Sempre ouviu os

indivfduos, extraindo, das situa90es que Ihe relatavam, ensinamentos para tad os.

Usava as velhas verdades para ensinar novas verdades. Seus ensinamentos estavam

relacionados a conduta moral, por is so orientava os seguidores a buscarem abter um

corayao pure livre de orgulho, inveja, egoismo entre outros. Porem a moral-religiosa

daquela epoca era baseada em praticas futeis as quais as pessoas faziam por

obriga98o. Jesus conhecendo isto, tentou libertar 0 pavo da escravidao religiosa,

apresentando a eles 0 verdadeiro amor, e a necessidade de mudar as atitudes ruins

para atitudes boas; as pessoas saiam da presenc;a do Mestre refletindo sobre no que

deveriam mudar,e com 0 desejo de mudan9a.

17

o Senhor trabalhava com a auto-e5tima, refon;ando as boas qualidades e 890es

que seus educandos possuiam e salientava as futuras possibilidades de se tomarem

pessoas de carater admiravel. Fai 0 que fez com seus discipulos, demonstrava

confianC;8 e os inspirava prosseguir no bern. Prince (1995). Conhecendo bern a

realidade deles; falava numa linguagem que entendessem aproveitando sempre a

ex peri encia de cada um para ensinar, au ate mesma, responder aos questionamentos

dos discipulos, fazendo com que eles mesmas refletissem, como no case de quando

discutern para saber quem e 0 mais importante no reino dos ceus (Marcos 9:33-37), au

quando Jesus resolve ensinar a humildade e 0 perdao, tendo par exemple ele mesma,

atinal com ele nao existia 0 ditado "Faye 0 que falo, mas nao faye 0 que fa<;o~ Lavou os

pes dos discipulos ensinando assim a humildade, e quando perdoou a mulher adultera

e a livrou de ser apedrejada, demonstrou, tambem, que sabia respeitar 0 modo de

pensar de cada individuo, pois nao impos sua opiniao, mas os fez refletirem e tomarern

sua decisao, dizendo apenas que aquele que nao tivesse pecado atirasse a primeira

pedra (JOBO8:1-11).

1.1.2- A did<ilica de Jesus

Jesus usava bem seus recursos de ensino, utilizando fonte segura, como as

Escrituras Sagradas, acontecimentos do dia-a-dia e a propria natureza. 0 metoda mais

aplicado p~r ele, foi ensinar par parabolas ligadas a situa<;6es do cotidiano de seus

ouvintes. como por exemplo a parabola do "Born Pastor" (JOBO 10:1-5). onde conta-se

um pouco do trabalho de um pastor de ovelhas, ou como historias sobre 0 lavrador a

semear, os pescadores, 0 trabalho de urn construtor, de um alfaiate, da mulher e seus

IS

afazeres domesticos; au exemplo da natureza, como a galinha que protege seus

pinta inhas embaixo de suas asas, (Mateus 23:45), au como a Sol que bolha e a chuva

que cai sabre justos e injustos (Mateus 5:45), e muitos Qutros em que 0 Mestre pade

extrair li!;oes maravilhosas e importantissimas para a vida de SE:US alunos, de uma

forma criativa e multo bern [lustrada auxi!\ando assim na com preen sao de sells alunos.

Percebe-se que 0 Mestre foi multo observador e ate mesma especulador,

porquE 0 conhecimento que POSSUI8 de tudo que acontecia ao sell redor, somente

alguem observador e questionador podena ter.

Ptll'ece eltle rmrlc" e3CllPilVfI 1I ~e1.l3 ofho, inte#genteJ e vis/ilan/H •. E ~ua5erpeni>flcia3 lirnVfl ensj'l'k1mentos e avi$w pam ,Jells OI,lvintet ( ..) E~:e u:o rill:{Ixpe!i{mcias elo di.:.1cont,i/m;u itmmso para (azar c/o cnsino de Je~uJ Uln trxJo muiiilteleunflte e efic8z, que tinfla parcen/IV a propria vida.-~ (PRINCE, 1995, p. Bt5-87).

Ao ensinar partia sempre da realidade para a que desejava explanar, do concreto

para 0 abstrato, do conhecido para ° que ainda nao se conhecia. Par exemplo, quando

usou lima crian!;a para ensinar a humildade (Maieus 18:1-4). Utilizou vafias figuras de

linguagem como alegorlas, analogias, hiperboJes, paradoxos e outros. Ele nao tinha um

mode!a para trabalhar cam seus educandos e seguidares, mas enxergava nas

situac;6es ocorridas oportunidades para ensinar a verdade. As vezes iniciava de uma

!eitura das Escrituras Sagradas; outras vezes de lima situayao problema; seu material

era urn meiD para ensinar e nao lima finaJidade. Mas antes de tudo iS50, ele buscava

estabelecer um cantato com os alunos e nao somente corn a li980, depois despertava °interesse deles, estao iniciava SEU t(abalho. Nao se impartava que seus educandos

fossern pobres, ricas, farisell5, samaritanos, para ele 0 que importava era ensinar as

19

pessoas a amarem-se e respeitarem-se, deixando de considerarem-se umas melhores

que as Qutras. Ele colocou a mulher no mesma patamar do homem, quando conversou

com uma mulher samaritana, mesma esta nao sendo aceita pel a sociedade (Joao

4:27), e tinha mulheres que sempre 0 acompanhavam em suas caminhadas (Lucas 8:1-

2). Mostrou que a crianc;a tambem tern seu lugar na sociedade e disse mais, "cuidado

para nao desprezarem nenhum destes pequeninos" (Mateus 18: 10). Jesus mostrou que

Deus nao faz acepc;ao de pessoas e que ninguem deve sentir-se dono de outrem.

1.2- A IMPORTANCIA DE ESTUDAR CRISTO HOJE

Nos dias de hoje as pessoas preocupam-se muito consigo mesmo. Isolam-se em

meio as suas ganancias, desejos e preconceltos. Deixando de lado os amigos e a

familia, pensam muitas vezes que sao capazes de resolver tudo sozinhos, acham que

nao ha ninguem que possa ou queira ajudar sem segundas inten90es, preferem

resolver os problemas sozinhos, para nao COfrer 0 risco de atrapalharem seus pianos

Mas sabe-se que ninguem consegue viver feliz se estiver s6, com quem ira dividir suas

alegrias, esperan9as e tristeza? Precisam de alguem para compartilhar estas coisas, 0

ser humano vive da reciprocidade de dar e receber atenr;:ao.

o ~ignificado (geml) fundamental cb reliumo Ie manifeJta 4em dUvidanenhuma em alguma:s /'ftligiOes (especiai,). Com 0 (n:emplo da meflSagem deJesus CliJIo, Ener mOJtm 0 quanlo 3e pode reencontrar nela 0 objet/vafundamental dB reJigiiio, fiberllJr 0 ser humBno de seu uoklmento e co/oca-.bem rekJqdo com Det~ 0 com Ou/ro6 30l0S hUln;.mw. ( ESSER, tJpud. METTE,1999, p. 126).

20

A formaC;8o do homem como pessoa, e estruturado a partir de suas rela90es,

desde a sua mars tenra idade ate a sua morte. Pois comec;am suas relayDes com a

familia, depois escota, amigos, vida profissional, enfim relac;6es no seu meio social.

Segundo Chreslani (1994), isla refielir,; de forma posiliva au negaliva, par exemplo, se

a pessoa verdadeiramente se aceila como e, se valorizando e 59 respeitando,

certamente tera bons relacionamentos com os Quiros. Porque sabera valorizar e

respeitar a estes tambem. Porem aquele que lalvez, par maus !ratos eu rejei~o

familiar, e au social, podera ser alguem que nao se aeeile, sinta-se inferior aos Quiros e

tenha uma visao pessimista do que 0 rodeia.

Provavelmente uma pessoa assim nao mantera bons relacionamentos com 0

proximo. Porque vera apenas as Mdeficiencias~ do outro. Pode·se ir mais a!E§m,alguem

que tenha um temperamento mais colerico, por exemplo, alimentara sentimentos de

odio, desprezo e egoismo, e atitudes de desrespeito para com 0 ~Utro. Afinal nos dias

atuais 0 homem tern se preocupado consigo, em conquistar seus ideais, nao se

importando 0 prer;o a ser pago. Estao tao interessados em adquirir bens materiais que

quase se esquecem das eeisas simples da vida, porem importantes, como passear com

a familia, vi sitar amigos entre outros.

Prendem-se tanto em conquistar bens e status que nao percebem pessoas

precisando ser amadas e ajudadas. Comportamentos assim acabam por refletir nas

criant;as e jovens de hoje. Pois se preocupam mais em ter aquele brinquedo, aquela

roupa da moda, OU 0 que se po de dlzer pior, aquele que nao tern condi98o de possuir

algum bern material, acaba gerando dentro de si sentimentos de revolta e fracasso.

Por isso e importante estudar Cristo hOje, para libertar 0 homem de seu

isolamento e egoismo, a educar;ao crista convida 0 individuo a ter uma vida solidaria e

21

liberta de comportamentos mold ados para lima sociedade de con sumo e de uma

identidade que busca vanta gem em tudo, e sim uma comum a todos em que as

pessoas saibam dividir as coisas e respeitar aD outro. (METTE, 1999).

Segundo Prince (1995), Jesus abordou siluas:oes problemas enfrenladas pelo

homem na atuaHdade. Como, problemas com bebidas alcoolicas, chefes e empregados,

preconceitos raciais entre Qutros. Jesus apresenta em seus ensinas que amar ao

proximo nao e desejar que seja como quar, mas implica em amil-Ie na sua diversidade.

Ter uma vida de rela90es, mesmo que issa resulte em algumas contradi90es. Parem

havendo a cornpreensao e 0 respeito pode entao surgir uma relayao de gratidao e

solidariedade em que urn aprendera com 0 Dutro, vivendo assim 0 amor de DeLIs. Ama

sem olhar para os defeitos do Qutro, mas ve a que he de born e no que se pode ajudar.

Na propria Escritura Sagrada diz: ~Se alguem diz:~Eu arna a Deus~ porem continua

odiando a seu irmao, e lim mentiroso, porque, se nao ama a seu irmao que esta bern

diante dele, como pode arnar a Deus, a quem nunca viu? E foi 0 proprio Deus quem

disse que uma pessoa deve amar nao somente a Deus, mas tambem a seu irmao." (I

Joilo 4:20-21), e mais; "Amem aDs outros tanto como a si mesmo." (Marcos 12:31).

Isto implica em relac;:6es socia is e nao individuais. Em que se deye buscar a

harmonia com as homens e com Deus. Jesus sempre enfatizou a amor, pais sabia que

E:-stee capaz de romper barreiras de egoismo, odio, inveja entre outros. Com Cristo epassiveJ aprender a respeitar a vida, valorizar a familia. Sendo assim ao cultivar 0

respeito 58 estara educando para 0 amar e este 0 principal fator para urn verdadeiro

relacionamento humano.

Podem-se obter bans resultados ao fazer conex6es entre 0 que Jesus ensinou

com as situar;6es de desvalorizar;ao das rela<;6es humanas, hoje. Professores e alunos

pedem ter subsidies para uma vida mais alegre e sadia, sabendo manter atitudes de

respeito com pessoas de todas as raC;as, classes e culturas

1.3 CONDUTA DO PROFESSOR, EXEMPLO PARA 0 ALUNO

Est.e topico tratara sabre a conduta, tanto do professor regente quanto do

professor de en sino religioso. Como esta contribuira na formaC;8o de pessoas que

lJalorizem a humano e zelem por seu bem estar e de seu proximo.

NEIO sera um educador que abusa de sua autoridade, ou melhor, usa de

autoritarismo para ensinar. Ve em seus alunos uma mera reproduc;ao de sujeitos

egoistas e desumanos. Nao percebe que seus alunos sao constituidos de sonhos,

inquietac;6es e sentimentos bons e ruins, pequeninos que necessitam de atenc;ao, amor

e orientac;ao para viverem.

Para libaneo 1994), a crian", desde seu nascimenlo passa por sala de aulas,

porque 0 seu lar nao deixa de ser uma sala de aula, como tambem outros lugares que

frequentar,como. igreja, rua, clubes, parentes; tudo colabora para a construy.3o de sua

personalidade, seus habitos e especial mente sua vi sao de mundo. Ao chegar numa

sala de aula formal a crianc;a traz consigo uma bagagem de conhecimento, conceitos e

preconceitos, que com 0 decorrer dos acontecimentos neste novo ambiente, serao

expostas estas bagagens. E necessario que 0 professor seja um bom observador, para

conhecer seus alunos e partindo disto sabera como trabalhar com eles. Nao se

prendendo a metodologias, tendemcias pedag6gicas e planejamentos minuciosamente

23

elaborados - sem duvida tudo isso e necessario - mas des de que seja usado

cautelosamente e sejam flexlveis a realidade vivida.

Assim como ja foi estudado, no topico "A pedagogia de Jesus", 0 motivo do

sucesso da obra de Cristo. Ele primeiro observava seus ouvintes percebia 0 que

precisavam aprender, depois escolhia a metodelogia e 0 recurso que usaria. Evidente

que como todo 0 professor Jesus tambem teve seu metodo preferido, era ensinar

atraves de parabola, talvez porque Ihe dessem melhores, resultados, ou porque

facilitasse 0 entendimento tanto de uma multidao , como dos doze discfpulos, ou de

apenas uma pessoa.

03" educDcbres, ape3"ar ctu 3"Ull; dificuldBck>--l, :00 ,n:wbslitulveiJ, porque l1genlileztl, a 3"olidariedade, D tolertincin, a inCIl.I3"OO,03 3"entimenfD.!t ollrui:sla:s,enfim, IodilJ OJaroa. cia 3"en:sibilicJ0cJ8niio podem ler enSinOOD3"por mEiquinu:s, esim por lerel humano;. (CURY, 2003, p. t55).

Valores humanos nao podem ser ensinados com eficacia atraves de livros,

televisao ou software educativ~, mas por professores que falem e demonstrem tais

abtudes, valorizem e respeitem a opiniao de seus alunos. Sensibilize--os da importancia

de viverem bern consigo mesmo e com seus colegas.

o educador precisa saber lidar com as diversidades, afinal uma classe e

composta por pessoas distintas, sendo precise conhecer a cada urn, saber de suas

dificuldades e habilidades, dar aten~o individual, valorizar as capacidades,assim como

orienta·los diante de suas fraquezas. Como disse Paulo freire:

Ucb com genIe e nilo com coilal. E porque lido com genie, /l00 1'0330, por mo,sque, ird.J3ive, me de pmzer entregar·me il refJoxao te6rica e allieD em tamo ckr

24

propria prri/iClt docente e discenle, recu:Jor a minhn nle"c;l1o cl8dicadn e Qmoro~a~ aroblemti/ica m8is pe:;soal deJ/e ou daquele a/uno ou aluna. (FREIRE, 1996, P103).

Ouvir seus alunos e compartilhar suas experiemcias com eles, nao se mostrando

urn sujeito infaHvel, porem alguem que com as falhas sou be aprender. Conhecendo a

rea Iidade de seus educandos, interando-se de seus sonhos, anseios e ouvindo suas

opini6es, 0 trabalho do educador tera outro sab~r, 0 saber doce da crianya sentir-se

importante e reconhecida como pessoa. Sem contar que 0 fato de mostrar-se amigo

deles e que se interessa por suas opini6es, estara tambem ensinando a fazerem 0

mesmo com 0 proximo.

Araujo, citado por Morais (1989), a sala de aula esta fundament ada

principalmente na relayElo professor-aluno, porque juntos vivenciam a complexa trama

da existemcia humana, percebem as diversidades que entre as pessoas, e a

importancia de se compreenderem para haver um melhor relacionamento, ou seja,

aprenderem valores, e juntos realizarem troca de conhecimentos, podendo assim

significar para 0 aluno a libertac;ao, porque se sente a vontade para se expressar.

Tambem e urn lugar de diversidade social, projetos e objelivos diferentes, por isso epreciso que 0 professor - principalmente 0 de educacao crista - seja sutil e cauteloso

para manter 0 ambiente prazeroso, buscando sempre enfocar valores comuns a todos.

Porem 0 educador nao pode esquecer-se que alunos 0 tern p~r exemplo, tendo

como certa suas atitudes. Se 0 professor demonstrar que as respeila, eles aprenderao

o respeito ao proximo, se ajuda seus colegas de trabalho certamente seus educandos

aprenderao a solidariedade. Ele sempre sera alva das observa<;6es e

conseqOentemente da algumas das ay6es de seus alunos.

2-VALORES HUMANOS E SUA IMPORTANCIA NOS DIAS DE HOJE

Neste capitulo serao vistas a definigoes de alguns valores humanos e a sua

impor1iincia para as dias de hOje.Tarnbem sera abordada a relar;:ao que ha entre

valores humanos e a etica e a possibilidade de relaciona-Ia com a educar;:8o crista.

2.1 DEFINICAo DE ALGUNS VALORES HUMANOS

Como ja se relatau no primeiro capitulo, sociedade atual encontra-se num estado

de escassez dos valores humanos. Porque sao pOlleD lembrados e menes ainda

colocados em pn:iltica. Acredita-se que muitas crianyas podem nao saber 0 significado

deles, talvez par nao receberem orienta<;ao au exemplos, da imporiimcia de serem

solidarios, amigos, humildes, honestos, justos, tolerantes entre outros.

Com base nisso sera descrito a definir;:ao de alguns deles e a sua importancia na

sociedade.

1° Solidariedade

E necessaria que as pequeninos entendam que a solidariedade resulta de uma

ayao movida pela piedade e ternura. Todos precis am de atos solidarios em sua vida,

seja na ajuda com alimentos, roupa, informacao con-eta, presta980 de socon-o e ate

mesmo de receber um POUCD de atenyao, carinho e alegria. "Fac;am aos outros aquila

que voces querem que eles fayam a voces mesmos.~ (Mateus 7:12).

Segundo as dicionarios AURELIO e HOUAISS, solidariedade e urn sentimento

moral que vincula 0 indivfduo a vida, aos interesses dum grupo social, duma nayao, au

da human ida de. Ou ainda urn sentimento de simpatia, termlra e piedade, pelos que

precisam de ajuda; n1anifesta~o desse sentirnento atraves de consola9ao e

oferecimento de ajuda.

o lil6sol0 Paulo Eduardo Oliveira (prolessor na PUC-PRJ, afirma que a

importancia de se discutir a solidariedade hOje, seria para restabelecer uma cultura de

valores e respeito ao proximo, resultancto num mundo mais humanizado. As pessoas.

precisam ter a sensibilidade de perceber a c8n,ncia do outro e a ajudar. lGAZETA DO

POVO, colec;ao Val ores Humanos, 2003).

2° Amizade

A amizade e uma das virtudes mais belas e necessarias para a vivencia humana.

Envolve 0 inter-relacionamento pessoal, em que as individuos se doam. Distraem-se

conversando, urn ajuda 0 Dutro. sabem to/erar imperfei90es e apoiarem-se, nao por

interesse, mas pelo simples fato de ver 0 amigo contents. ~Assim como as perfumes

alegram a vida, a amizade sincera da animo para viver." Proverbios 27:9).

No dicionario HOUAISS, seu significado e: 'sentimento de grande afeic;ao, de

simpatia. Grande apreC;o, solidariedade au perfeito entendimento entre entidades,

grupo, instituic;6es etc. Reciprocidade de afeto. Aquele que e amigo, companheiro e

camarada. Relacionamento social. Concordancia de sentimentos au pOSiy80 a respeito

de algum lato, acordo, pacto, alianc;a:

E um sentimento que para se preservar precisa deixar de ser egoista e se

importar com 0 bem-estar do amigo. Para 0 psic610go Antonio Carlos A. Pereira,

amizade surge a partir de afinidades comuns, gerando assim confianc;a rociproca,

necessidade de se encontrarem para contar au compartilhar dos bans ou ruins

acontecimentos. Vaiorizam ° ser e nao a ter( GAZETA DO POVO, ColeC;ao Valores

Humanos. 2003). HE melhor haver dais do que lJm [... ] Se urn cair 0 outro ajuda a

levantar. Mas se alguem esta sozinho e cai, fica em ma sifua980 porque nao tern

ninguem que 0 ajude a se levantar." (Eclesiasles 4:9-10).

Para fortalecer e manter a amizade, leva-se um born tempo. Isto implica na

convivencia e nesta e que se revelam as personalidades, as mallS habitos, e outras

~deficiencias" Para mante-la e necessaria que haja, tolerancia, sinceridade e

sensibilidade para que os abstaculos sejam vencidos, e assim fortalecida a amizade.

30 Respeito

o respeito e Dutro valor importante para a born relacionamento humano. Porque

e atraves deste que se da a devida importimcia as diversidades culturais e sociais. A

defini98,O de respeito no dicionario HOUAISS e "Ato ou efeito de respeitar. Sentimento

que leva alguem a tratar outrem ou alguma coisa com grande aten'rao, profunda

deferencia, considera98o, revere-nela Obeditmcia, acatamento. Modo pelo qual se

encara uma questao, ponto de vista. 0 que motiva au causa alguma coisa, razao.

Rela9<3o, referencia. Estima ou considerat;8o que se demonstra por alguem au algo.~

Sua origem vem do latim "respectare~ "olhar muitas vezes~, ou seja, saber oUl/ir dando

a devida aten98o. considera~o e importancia as opinioes, g05tos e desejos do Dutro,

mesmo sendo diferentes dos seus. Mostrem respeito para com todos. Amem as

pessoas em toda parte. Temam a Deus e respeitem 0 govemo ...•(1Pedro 2:17).

o ato de respeitar implica em 0 nao denegrir a imagem do prOximo, cumprir com

a palavra que foi dada a alguem e seguir normas e leis tambern e uma forma de

respeitar a voee e ao proximo, por exemplo, se respeitassem mais as leis de transito,

certamente have ria menos acidentes.

28

Sendo assim ao se praticar 0 respeito com as Qutros estes provavelmente

usaram de respeito com voce.

4° Justi~a

A justit;a acontece em se fazer cumprir os direitos de alguem, embasando-se na

verdade, 0 dicionario HOUAISS, define como: "carater, qualidade do que esta em

conformidade com 0 que e dire ito, como 0 que e justa; maneira pessoal de perceber,

avaliar aquila que e direito, que e justo. Principia moral em nome do qual 0 dire ito deve

ser respeitado. 0 reconhecimento do merito de alguem au alga. Conformidade dcs

fatos com 0 dire ito. 0 poder de tazer juslirya, de fazer valer 0 dire ito de cada urn. 0

exercicio desse poder."

A jusliya nao impliea apenas no cumprimento da lei e dcs direitos do individuo,

ou seja, apenas com assuntos constitucionais. Mas sim com as situayaes mais comuns

do cotidiano. Uma crian9a aprendera a ser justa, ao presenciar atitudes de respeito,

como, devolver 0 que emprestou, nao rnentir, seguir as regras de urn jogo. Tambem ter

senso crftico e conhecimento de seus direitos e assim lutar por eles para que a justi<;a

aconte!;8.

Ela esta atrelada a outros valores como a sobriedade, pois para ser justa uma

pessoa ela precisa saber distinguir as coisas razoaveis das imoderadas, ter criterios

retos para suas decisoes. Mediar a sua liberdade e a do outr~, buscando primeiro 0

bem-estar do prOximo, isto e 0 que afirma 0 fil6sofo David Issacs (GAZETA DO POVO,

Colec;:ao Valores Humanos, 2003). E se as pessoas se preocupassem em fazer a justic;:a

acontecer coletivamente, com certeza todos viveriam melhor e mais felizes. ~Quem

segue pelo caminho da justi,a encontrara a vida",(Proverbios 12:28),

511 Humilde

Em rela<;ao aos valores humanos a humildade nao esta ligada ao nao ter bens

maleriais, Mas sim a humildade de nao se eonsiderar melhor que os ouiros, ou de fazer

boas ac;6es nao pelo interesse de ser elogiado au de reeeber recompensas, e sim de

sentir-se bern em poder ajudar.

No dicionario HOUAISS. signifiea: Qualidade de humilde, virtude caractenzada

pela consci€mcia das proprias limita<;oes, modestia, simplicidade. Reverencia ou

respeito para com superiores, aeatamento. defen§ncia, submissao. A palavra vern do

latim, humilis = pequeno. Virtu de que conduz 0 indivfduo a consciemcia das suas

Hmita~6es. 0 humilde na~ se deixa lisonjear pelos elogios DU pela situac;.ao de destaque

em que se encontre. Mesmo possuindo bens au conhecimento, e modesto, sabe

compartilhar, tem humBdade 0 suficiente para entender aquele que e carente de alga e

compreende a dor do proximo. "[ ... J quem e humilde e respeitado." (Proverbios 15:33).

Para a professora de psicologia da UFPR, Lidia Weber, 0 humilde sabe

reconhecer seus defeitos e nao tenta encobri-Ios mostrando-se auto-suficiente, pelo

contrario consciente de suas "defici€mcias" busca entao subsidios e ajuda para lidar

com estes. Tambem e equilibrada, consegue controlar bern suas paix6es, pensarnentos

e agir, em srtuayoes dificeis, meSnlO desam1ado, consegue se moderar. 0 humilde ebem humorado, pOis sabe rir de si mesmo, e aprende com seus pr6prios erros,

(GAZETA DO POVO, Cole,ao Valores Humanos, 2003).

30

611 Honestidade

A honestidade e uma qualidade em que a pessoa vatoriza·se e valoriza aD Dutro.

Pois geralmente e alguem dig no de confianC;8 e que passu; a sensibilidade de respeitar

a outrem. "Quem e honesto trata todes com sinceridade, mas quem e mall vive

enganando as outros.H(Proverbios 12:5}.

o significado de honestidade no diciomirio HOUAISS ii: "Qualidade ou carater

de honesto, atributo do que apresenta probidade, honradez, segundo certos padroes

marais socialmente velidos. Caracteristicas do que e de cents, do que tern pureza e e

moralmente irrepreensivel.M Vern do latina ~honestus·, que signifiea hanrada, digno de

considerac;ao, integro, nobre, nada tern de torpe.

o ser humano e 0 unico capaz de ser honesto DU desonesto, pais somente ete

tern capacidade para refletir e atribuir um juizo etico as suas 8<;oe5, e a que afirma a

professora de mestrado em Direito da PUC-PR ,Flavia Piovesan, (GAZETA DO POVO,

Cole<;ao Valores Humanos, 2003).

Para haver respeito mutuo, 0 qual todos desejam, e necessario honestidade,

pois esta e uma qualidade a qual age-se pensando no proximo, e traz beneficios para

si.

7° Tolenincia

Pode~se considerar a palavra tolerancia um sin6nimo de respeito, porqlle implica

em aceitar 0 proximo como ele e. Sem querer que este pense OU haja como voce.

~Sejam humildes e amaveis. Sejam pacientes uns com os outros, tendo toierancia pelas

faltas uns dos outros p~r causa do amor entre voces." (Eh§sios 4:2).

31

Tolerimcia signifiea, Uato au efeito de tolerar; indulgencia, condescendencia.

Qualidade au condicao de tolerante. Tendemeia 5 admitir nos QUirOS, maneiras de

pensar, de agir e de sentir diferentes au mesma diametralmente opostas as suas. No

latim classica, 0 substantivo loleran!ia signifiea constancia, paciemcia. E urna deriva980

do verbo latina tolerare, suportar, sofre, sustentar ,carregar." (DICIONARIO HAUAISS).

Para a professor de Direito da USP, Mancel Gonc;alves Ferreira Filho. e lima

atitude de valoriza e contribui para as rela90es humanas. Em que as pessoas

conseguem viver harmoniosamente e sentem-se a vontade para expressar seus

sentimentos, suas opinioes e escolhas. Talvez nao sejam compreendidos. mas sao

respeitados. (GAZETA DO POVO, Colec;;;o Valores Humanos, 2003).

go Amor ao proximo

Pode-s8 dizer que 0 amor e 0 principal entre todos os valores que foram vistos,

porque ele e a base e a estimulo de todos. No dicionario HOUAISS, amor e: Forma de

interac;ao pSicologica entre duas pessoas, seja pela afinidade imanente, seja por

formalidade social. Ou amor e urn sentimento que predisp6e alguem a desejar 0 bem

de outrem, ou de algo, por exemplo 0 amor ao proximo.

Afinal somente se tiver amor, uma pessoa conseguira perdoar, ter a iniciativa de

ajudar, de compartilhar, de silenciar ou de falar quando for preciso, de tolerar, respeitar

as divers ida des e de olhar para alguem ever a que ha de nela. Como disse a apostolo

Paulo em urna de suas cartas aos Corintjos:

o OnTO( e paciente e bondo~o. 0 omor niio e ciumento, nem orgulho30, nemvoido:to. Nao e groue/ro, nem egoi~ta. Nlo $8 im/D, nem fica magoado. 0 arnornlJo se ol&grfJ quando 8uuem ((IX olgurno COiSB ermda, mo:t :te olegro quancbafguem faz 0 que e ceria. (I Corlnlios 13:4-6).

32

Havendo amor entre as pessoas, elas se respeitariarn e se compreenderiam

mais. Como diz Migliori (1999), e 0 arnor que faz as pessoas se aproximarem e se

unirem, e of ere cern umas as outras, 0 que tern de melhor

Quando ha amor, pessoas deixam de ser frustradas, deprimidas e infelizes, pois

veem 0 mundo com outros olhos, olhos de quem tem amigos, de quem se sente

satisfeito ao ajudar 0 proximo, ao ver um colega obtendo sucesso na vida, neo senle

inveja, mas senle-se realizado tambem. Nao se incomoda com os risos excessivos de

uma clian~ num final de tarde, pelo contrario aproveita para rir junto e assim aliviar a

tenseD do dia.

Aqui se fala de um adulto, mas para que seja assim, ele precisa conhecer 0

am or desde pequeno, ou entao aprender 0 verdadeiro amor com uma crian~.

2.1.1 Sua importancia destes valores nos dias atuais

Depois de analisar estes valores, observa-se que oferecem subsidios para urn

born relacionamento humano, e uma vida de pleno sucesso. E a escola como urn

espatyo que promove a interelaty8o, deve preocupar-se em incentivar seus alunos aterem atitudes gene rosas, e tambern os estirnularern a refletir sobre suas aty6es e a do

outro, notando assim a que estas contribuem para 0 bern estar de lodos.

{ ..} 0 edt/cayoo creve contribuir {X1f'O 0 delMvotvimento totill cia pe:;:oo -espln"to e oorpo, ini61if}encia, :;enJibilid.1de .. $enlicb ellr!iico, re:Jportsllbilidadepauoal, e~pirilu[/fdade. Todo 0 :fer hUlIlaoo dave :;er preparado,e:pecialmenle grac;a~ i1 educa¢lo que recebe no juventude, para e/aborarp8ntamontO$ aut6nomo6 8 critioos e para (omlUlDr 00 $(tus pr6priru juizos d8vDlor, de modo a podor deedt; por si mesnlO, como agir 0i:U dfferentp..scircunJlDncilU diJ vicJ3. (DELORS,2000, P 99).

33

Nos Parametres Curriculares Nacionais, averigua-se que os valores orientam os

individuos para a reflex80 sobre 0 que se esta analisando, mostrando a importancia em

saber que ha diferen<;as na forma com que estes foram adquiridos, formando visoes de

munde diferentes,

Pliuando 8 descoberla do DUtro, necelsan'Bmente, pefa delcoberla de 1;me.rmo, e por d;;r a crionya umB vilao ajuJtada cb munch, lJ educaqao, :sejae/B dada po/<l familia. po/a cotrrunidaoo Oll pekl elcolo, cleve antes de mailajuda-Io:; a cie;;cobrir..;e a 1; mO.lmos:. S6 enlDo poderao, vordocleiramenfe,piJr-18 no jugar ch.t ouho. (t compreender;]5 tWl1,. ro~N". Df)sf)nvolver szlitaliJude de empalia, no tucofa, e mudo utif para oa comporlamentol lockJis BOlong<> de lodD 0 vida. ( DELORS,2000, P 98).

o aluno temando conhecimento da importancia dos valores que envolvem os

relacionamentos humanos, 0 professor podera esto3o, orienta-Io em rela<;8o tentativa de

colocar-se no lugar do outro, compreender sua visao de mundo e saber interpretar suas

a90es. Conseguindo assim conviver com as diferenyas. Este sera um aprendizado para

a vida toda. Porque estao presentes no cotidiano de todos. Desta forma a crian~ tera a

sensibiHdade de refletir sobre suas a<;oes e identificar 0 que e born, nao apenas para

ela, mas para 0 proximo tambem. Tendo a chance de promover uma vida com menos

preocupa90es, menos odio, magoas e decep«;oes. Mesmo que a outra tenha agido de

rna fe, ela ten!! subsldios para tratar da silua9.30, utilizando os valores aprendidos. E

talvez com isso deixe para aquele que Ihe causou 0 mal, 0 arrependimento e a 1;<;.30de

como se viver feliz.

Mas para isso e necessario que 0 seu professor tenha promovido momentos de

reflexoes e discussoes sobre estes assuntos. Conforme e citado em um dos quatro

pilares da educa<;ao"aprender a sec', (DELORS,2000), a orienta<;ao recebida na

;nf~mcja e juventude e 0 que dara base para a conduta de urn adulto. Dar a necessidade

de trabalhar com os pequeninos, nao apenas as defini~6es desses valores ou outros

mais; mas tambem refletir sobre eles e sobre suas proprias atitudes. Come9ando a

anaHsa-Ios no contexto escolar, familiar, e depois, social. Portanto, assim estara

oferecendo a crian9a a condi9ao de construirem um pensamento crftico e autonomo,

em rela9ao a sua postura nas diversas cenas da vida.

2.2 ETICA E VALORES HUMANOS NA ESCOLA

Ao falar em valores humanos, logo veem a mente a patavra etica, pOr8nl ao falar

dela, pensa-me em regras e 0 cumprimento delas, fazendo dela algo "chato" e

"obrigatorio· Porem etica segundo os PCN'S de Temas Transversais e Etica afirma que

etica e refletir sabre as condutas humanas em relac;ao a si aos outros. Na escola este

tema aborda a relayao entre professores, alunos, funcionarios e pais. "Em suma, a

reflexao sobre as divers as faces das condutas humanas deve fazer parte dos objetilJos

maiores da escola comprometida com a formayao para a cidadania."

(PCN'S,1997,p.26).

A crian9a precisa entender que as valores que possui, refletem na sua atuaryao,

no mundo e como 0 VE.. Quando perceber que certas atitudes suas tern refletido de

forma negativa ns sua vida e de quem esta perto,entao buscara a mudan9a necessaria.

Por outro lac*). na pr8tKAJ !etiva diafia, iJ pmticipm;ao ~ profeS:'OfflS e atunOJem projetos oonrun: pode d.lr origem a apt"Mdizaf]em de metoda:; d!:ofl!»o/t'¢o ~ oonflitQ$ e col1$ti!uir wno referenda (XlflJ {I vt.1n fuiura rio:s B/UI"K).J,

ennquecendo {l ~1aC)do profe.nor~tuno. (DELORS, 2000. p. 99).

A escola promovendo momentos em que os alunos participem de a90es

humanitarias,estes se sentirao satisfeitos em levar esperanya e alegria a Qutros, e em

saber que podem contribuir para um mundo melhor. Alem disso 0 ambiente escolar

deve inspirar estes valores, comeyando pelo exemplo de relacionamento de tocta a

comunidade escolar.

Como e mencionado nos PCN'S de Temas Transversais e Etica,o conteudo de

etica precisa ser trabalhado de forma que 0 indivfduo deseje-o, perceba que

determinadas regras e valores serao bons para a sua felicidade. Pon§m os motivos que

trazem felicidade as pessoas sao diversos, por isso e preciso trabalhar algo que seja

valido para todos. Que envolva todas as pes so as, como respeito mutuo, solidariedade,

justi~a e amizade. Oesta forma 0 indivfduo percebera que para concretizac;aa de seus

projetos, e necessario 0 usa destes valores.

2.3- A ETICA E A EDUCACAo CRISTA

Por muito tempo a etica e a edLlca~o crista estiveram separactas, porque na

educB9ao crista impunham ordens, que 0 homEm tinha que obedecer, sem questionar,

as leis divinas. E para a etica estas atitudes estavam violando a liberdade e a

autonomia do pavo. Isto dava a impressao de que seria impasslvel conciliar a ponto de

vista cristao, de que 0 ser humano era totalmente de pendente de DellS, e 0 ponto de

vista de liberdade da etica.

Mas para Catao (1995), e possivel fazer rela<;ao entre etica e educa<;8o crista.

Pois 0 ser humane tern a sua pessoal de interpretar a palavra de Deus, e optar a ser

conduzido segundo a vontade dele. Esta interpretagao individual da Bfblia, e conhecida

como "livre exameN No entento esta decisao em ser fiel a palavra de Deus exige uma

serie de detenninac;6es comportamentais. Porem e conforme a interpretac;ao e 0 desejo

do individuo de agir ou nao da forma pedida.

36

Propoe-se que atraves de aulas de educBC;80 crista trabalhem-se discuss6es e

reflex6es sabre 0 assunto valores humanos. Cabera aD aluno cumprir au nao. Nac sera

pregada uma determinada religi80, mas serao apresentados valores necessarios a

todos para urn born convivio social. Serao discutidos os beneficios de cumpri-Ios, no

entanto a pratica deles dependera de cada urn.

Desta forma entende-se que qualquer pratica religtosa, exige tambem urna etiea,

com islo busea-se functamentar a educal;Bo crista na necessidade de eduC89ao stiea na

escola. POfem islo nac e levado muito em considerac;ao pelas escolas, sabem que a

stiea e a educa~o crista sao esferas diferentes, mas nao entendem que uma pode

completar a Dutra.

Certamente as valores podem ser refletidos em todo 0 curriculo escolar. Mas 0

professor regente com lanlos conleudos a trabalhar nem sempre consegue dar a

enfase necessaria a estes assuntos. Mas com as aulas de en sino religioso os alunos

poderao trocar ideias sabre os valores humanos. Por exemple, ao ouvirem uma historia

biblica, refJetirao e questionarao sobre a mensagem, 0 e que esta apresenta de born

para a sua vida, e que atitudes ali moslradas sao necessarias para urn born convfvio na

escola, em casa e na sociedade. Sendo afirmadas pela conduta de seu, ou de seus

professores.

Portanto para que haja um trabalho eficaz, tanto para a sala de aula quanto para

o bem estar do aluno, e de grande importancla esle momento, em que a crianc;a

percebera a necessidade de praticar esses valores em sua vida. Nao sera algo imposto,

mas depois de ouvir uma hist6ria que fale de solidariedade e fizer e participar de uma

discussao sobre 0 tema, ela certamente percebera que atitudes como esla sao

37

necessarias e positivas para a slia vida, ternan do conhecimento que estando bem

consigo mesmo, provavelmente consegllira viver de forma harmoniosa com 0 proximo.

38

3- RELATORIO DAS ENTREVISTAS

Foram realizadas entrevistas em escora publica e particular, sobre 0 ensina

religioso. Com cinco pais, seis alunos e cinco professoras que trabalham nesta area.

Das cinco professoras entrevistadas, uma tern pos-gradua9iio e as Qutras sao (ormadas

em pedagogia. Sendo que duas (A e B) aluam em escola publica na area de ensino

religioso, outra (C) ja atuou na mesma tambem com ensina religioso, e as outras duas

(0 e E) lrabalham em escola particular.

Estas DeE veern que 0 prindpal objetivD do ens ina religioso e ensinar varores

atraves de verdades biblicas, dentro de urn contexto cristao. Ja as entrevistadas A,B e

C relatam que este tern par objetivo levar ao conhecimento do aluno as diversidades

religiasas e principalmente resgatar as valores humanos e perceber que hi! varores

comuns entre as religi6es. Urn das professoras ainda acrescenta que este trabalho com

valores e justamente porque hoje os pais estao menos presente na vida de seus filhos.

As prof"essoras 0 e E relatam Que a instituiyao por ser evangelica sempre teve

estas aulas. Mas disseram Que as mudan98s ocorrem nos proprios valores dos alunos,

ocorrendo melhorias na propria familia atraves dele. As professoras A e B dizem que as

mudanyas ainda sao poucas, percebem que algumas crianyas melhoraram 0

comportamento em suas aulas, mas em outras e no reereio tern deixado a desejar,

outras melhoraram a convivemcia com os colegas, professores e na propria familia. A

entrevistada C disse que tinha pouco contato com seus alunos, no entanto ouvia relatos

das professoras de que havia alunos que estavam mudando 0 comportamento para

melhor.

39

Estas aulas tem contribufdo para a valonZ8980 das relac;6es humanas. As

professoras DeE que aos alunos conhecerem a Deus mais de perto, elas comeyam a

ter vontade de ajudar aos Qutros buscando em sua realidade atitudes que os auxiliem

para conviver em harmonia com 0 proximo. As educadoras A,B e C afirmam que este

trabalho tern ajudado nestas relac;6es, porque a crianya aprende a respeitar as

diferenryas e a liberdade de cada urn, porem tern a consciencia de que ainda ha muito 0

que melhorar, disseram que 0 resuitado des!e !rabalho vem a Ion go prazo. "Sabemos

que 0 resultado e em lango prazo, estamas ainda plantando as sementes, e necessaria

que a familia as cultive, para que deem bons frutos."

Em relac;ao a metodologia todas elas tern a mesma opiniao, disseram que

para urn born desenvolvimento da aula e preciso trabalhar com historias biblicas e

fabulas, principalmente contadas com fantoches, teatros, musicas, dina micas, pOis

estas despertam a atenc;ao do aluno. Os assuntos que mais chamam a atenC;80 deles

sao em relaC;ao aos costumes das outras religi6es, assuntos polemic os, as historias

bfblicas e a questao de fazerem 0 bem ate mesma para alguem que faz a cantfi3rio.

Tambem tiveram uma apiniao comum sabre a questao dos valores que precisam ser

mais trabalhados, que sao: respeito ao proximo, valorizayao do outro e de si mesmo

(auto-estima), cooperac;ao entre outros.

Depois foram entrevistados seis alunos da rede publica, para saber a visao deles

sobre as aulas de ensino religioso. Tres deles disseram que gostam de aprender nestas

aulas sobre amor, paz e uniao e outras eoisas boas, outras duas responderam que

gostam de fazer atividades em grupe, aprenderem musicas e historias que falem de paz

e amor, e uma disse que gesta de aprender sobre respeitar a familia. Em relayao as

mudanc;as de atitudes quatro deles contaram que para ram um pouco de brigar, nao

empurram mais as colegas na escola. As outras duas cr!an~s disseram que deixaram

de xingar e desrespeitar as colegas. Uma delas ainda acrescenta: "Antes eu brigava

muito, mas agora a minha avo falou que anda mais boazinha de !idar." E todos

disseram que aeham importantes estas aulas porque aprendem sobre eoisas boas,

como respeitar ao proximo, a familia, ajudar aque/es que precis am, inclusive as amigos

da sala de aula.

Quante aos pais faram entrevistadas cinco maes, duas sao zeladoras e tn9s sao

professoras todas trabalham em escola publica. As tres maes que sao professoras,

acham importantes estas aulas justa mente porque trabalha os valores humanos, uma

delas disse: ~Os pais devido a vida diaria, nao tem transmitido adequadamente estes

fundamentos de vida aos seus filhos.· Na escola eles tern oportunidade de aprenderem

isto num contexto diferente (atraves do relacionamento com as colegas e professores).

As outras duas disseram que acham importante porque as criancyas aprendem a palavra

de Deus e porque hOje muitas del as nao se interessam em ir a igreja e precisam

aprender eoisas boas.

Apenas uma proeurou obter detalhes sobre estas aulas e recebeu a informa9ao

de que eram trabalhades valores como , solidariedade, respeito a todos, amar,

honestidade entre outros. Duas delas nao perguntaram porque trabalham na mesma

escola e sabem que sao tratados de valores socia is e familiares que consideram muito

importantes. As outras duas nao procuraram se informar ,mas pelo que ouvem de seus

tithes acham que sao ensinadas atitudes de respeito ao proximo e aterem um melhor

comportamento. Em relayao ao comportamento tres disseram que sells filhos sempre

comentam das aulas e tem mell10rado no comportamento, outra disse que nao

41

percebeu mUdanC;8 e a ultima falou que sua tilha comec;ou a se interessar em ler a

Bfblia e per iniciativa propria, ir a igreja.

Pode-se notar com estas entrevistas que realmente a intenc;ao do ensina

religioso e tratar do resgate dos val ores humanos, para que diminua a violemcia e a falta

de amor e respeito entre as integrantes de nossa sociedade. Percebe-se tambem que

nao e urn trabalho que traga resultados imediatos, mas os que estao a frente dele,

acreditam na melhora do comportamento de seus alunos e consequentemente na

sociedade futura. Os alunos par sua vez gostam das aulas principalmente S8 estas

forem com his tori as para eles refletirem. Quanta aos pais estao contentes com este

trabalho, e ate me sma aliviados, par sa be rem que a escola esta os auxiliando nesta

tarefa de resgatar valores humanos, que para eles tem sido cada vez mais dificil

ensinar.

4- 0 ENSINO POR PARABOLAS

Este capitulo apresentara sugest6es de como se podem trabalhar as valores

humanos atraves da educayao crista.

Como exemplo foi escolhido 0 metoda de contar hist6rias, mais precisamente as

parabolas de Jesus. Sabe-se que a atenc;ao de uma crianc;a e atraida par algo que

estimule sua imaginay8o. "0 metoda de historias e de grande valor no en sino. E coisa

concreta, apela a imagina,Bo, tem estilo facil e livre." (PRINCE, 1995, p.125).

Para Prince este foi um dos metodos mais usados par Jesus e um dos mais

eficazes. Porque quem ouvia podia tazer relac;ao da parabola ouvida com a sua

realidade. Para melhor entendimento e born as saber que 0 terma parabola significa

projetado ao lado de alguma coisa. E uma historia au ilustra'Y8o tirada de algum casa

conhecido eu comum da vida, ajuda e5clarecer outro caso pouco conhecido. (1995, p.

125). Tambem porque 0 objetivo deste trabalho nBo seria aplicar verdades absolutas,

mas ajudar 0 aluno a descobrir as verdades por 5i mesmo e decidindo no que precisa

melhorar e au mudar.

Para dar exemplo de uma aula que abordaria a tema 5alidariedade escalheu-se a

"parabola do Born Samaritano"

-13

4.1- PLANO DE AULA

Tema: Solidariedade

Historia: Parabola do Born Samaritano

Objetivos: *Compreender 0 que e solidariedade.

"Construir junto com as alunos 0 conceito de Kproximo"

*Conduzir 0 aluno fefletir sabre suas ac;6es.

"Expressar atraves de desenho au texto que aprendeu.

Conteudo: Solidariedade

Metodologia: Para iniciar a aula seria interessante se 0 professor chegasse na sala

com alguma crian~a Ihe ajudando a trazer os materiais.

o professor lanr;:ara uma discussao, perguntando aos alunos 0 que eles acham

que e solidariedade. A medida que fcrem falando 0 professor ira anotando no quadro de

giz Depois tentarao mantar um conceito.

Em seguida ele reunira as criantyas em circulo (pode ser no chao), para contar a

parabola do Born Samaritano. Depois de contada a histolia 0 professor perguntara:

"Para voce quem e seu proxjmo?~ Juntos tambem eonstruirao 0 eoneeito de wproximo·

Em seguida sera realizada uma atividade em que os alunos atraves de desenho ou

texto demonstrarao quais atitudes solidari8s pod em ter na sala de aula, na eseola e na

eomunidade,(esta atividade podem ser realizada em grupo). Se posslvel promover com

os alunos uma campanha solidaria.(elaro que islo implicara urn pouco mais de pesquisa

e tempo em eima deste tempo). Por fim as atividades serao colocadas em exposi980.

Recurso:Quadro de giz,fianeI6grafo,figuras referentes a hist6ria, biblia, papel sulfite,

lapis de cor, giz de cera, lapis preto etc.

44

Avalia~ao: Averiguar a participa<;ao de seus alunos, 0 que aprenderam com a aula. E

5e no decorrer dos dias demonstrarao atitudes de solidariedade.

Esta e apenas uma sugestao das inumeras aulas que podem ser realizadas em

turrn8S de 1· a 4- serie. Buscando assim a formac;ao de pessoas mais amorosas e

menos individualistas.

45

CONCLUSAO

Com esta pesquisa pode-se concluir que no mundo atual realmente existe a

necessidade de resgatar as valores humanos. Valores que Jesus ensinou ao mundo,

enfatizando a valor que 0 ser humano tern. Demonstrou isto apresentando a verdadeira

fraternidade, quando contou a histona do samaritano que socorreu ao judeu. Nac fazia

acepc;ao de pessoas, colocou a mulher no mesmo patamar que homem , mostrou a

crianc;;a como a maior exemplo de humildade.

~ em;no de Je::us levou 0 muncb a ver que De4Js MO faz BCepc;Do de peU08',que "vemlt~/ho:s e amlJ~103, pretos e broncos. !Debs soo preciolos a seUJ olha.:.. M

e que nin~/em a:j~iste 0 direito r*t pouuir ou 6.JcravizlIr a outrem. A plililboia DO

Fi/ho Pr6digo fIloJtra-flOs 0 intereue e 0 cuidocJo que Oem tern pnrD com todo,in pvuexu. Os on~inru do JNU:S nOJ induzQm iJ reverencbr ., penoil human;},virlude que e oo.lilarem todtJs B§ rolo~Oelju~tlu 0 relos de homem para homem.Em primeifO lugarMtoo penoils, e niio cailDS. (PRINCE, 1995, p. 149).

Hoje estes valores podern ser resgatados atraves de aulas de en sino religioso.

Na LDB, sec;eo III artigo 33°, legaliza 0 ensino religioso no curricula do ensino

fundamental, este sendo de matrfcula facultativa, no segundo paragrafo diz que pode

ser de carater inter-confessional, ou seja, resulta de urn acordo das divers as religi6es. E

ainda para os alunos que nao optarern pelo ensino religioso, eles asseguram atividades

alternativas que desenvolva os valores eticos, 0 sentimento de justic;a, a solidariedade

humana, a lei e amor a liberdade.

Por isto afirma-se que a proposta deste trabalho neo e pregar alguma religieo e

sim resgatar os valores humanos. Utilizando os ensinamentos de Cristo - dai 0 nome

de educac;ao crista - Porque ao analisa-Ia nota-se que os valores que a permeiam sao

de comum interesse entre as religi6es e encontram-se tambem na lei vigente.

46

Sendo ass[m a escola po de trabalhar com a educa9i!o crista sem desrespeitar as

diversidades culturais e religiosas, pelo contra rio, estara ajudando para a construrrao de

uma sociedade melhor, com pessoas que desejem 0 bern do seu proximo, que se

sentem felizes, nao apenas quando adquirem algum bern material au alcan<;am seus

objetivDS, mas que 5e alegram em ver 0 DUtro bern. Que prezam 0 respeito e sao

solidarios, vivem suas vidas com dignidade, nao usam 0 seu proximo como uma escada

para subirem na vida, mas juntos 5e ajudam para subi·la.

Par fim, 0 individualismo, ganancia, 0 desejo de ser melhor que 0 Dutro e 0

egoismo - que se proliferaram na sociedade atraves de midia e do capitalismo - serao

deixados urn paueD de lado e as valores humanos resgatados. Isto pode parecer uma

gota no oceano, mas e com 0 passar do tempo que os frutos serao colhidos.

47

GLossARIO

Escriba:lndividuo pertencente a classe culta entre as judeus e que, no tempo de Cristo,

ja era considerada a autoridade oficial na interpreta<;8o da Lei. [sic] Quem quer que

fizesse as estudos, com suceSSD, tornava~se escriba aos tfinta anos, recebendo estao a

imposi9ao das maos com a entrega de urna lamina escrita e urna chave. A fun<;.3o dos

escribas era ensinar as doutrinas, eram homens hipocritas e orgulhosos.(Marcos 1:22 ;

Lucas 20:46).

Fariseus:Seita dos judeus, em que tinha homens extrema mente soberbos,Jesus Cristo

tratou~os como hip6critas. Eles eriam no purgatoria, na ressuITei980 dos mortos, e que 0

messias seria urn grande conquistador. Cumpriam a Lei ao pe da letra.

Judeus: Aqueles que seguem a religiao judaic8.

Pentateuco:Vocabulo gregG para indiear os cinco livros escritos por Moises:Genesis,

Exodo, Levltico, Numeros, Deuteronomio, que sao tambem chamados "Livros da Lei de

Moises"

Publicano:Cobrador de impostos ou coleter de rendas do Imperio Remano. Eram

odiados pe!o povo. Um deles foi chamado par Jesus para ser seu discipu!o, esle era

Mateus, autar de urn das evangelhas. (Mate us 9:9).

Rabi:Significa "meu meslre~ Era 0 titulo dado aos que esludavam as coisas santas e

instruiarn a pova.(Mateus 23:7).

Samaritano: Natural ou habitante da Samaria, anliga cidade da Pales tina.

Sinagoga:E 0 edificio em que os judeus se reunem para orar, ter as Escriluras

Sagradas e receber instruyao religiosa.

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49

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SARMENTO,F.J.M. "Mini-ciicionario Compacto Biblico': 3ed. Sao Paulo: Rideel.2001.

50

ANEXO

51

ENTREVISTA

Professor

1) Na sua opiniao, qual 0 principal objetivo da disci pIina de en sino religioso?

2) Que mudan<;as ocorreram na escola, depois que comec;ou ° ensino religioso?

3) Tendo em vista estas aulas, elas tern ajudado na valorizayao das relac;:5es

human as? Explique?

4) Que tipo de metodologia voce percebeu que tern dado certo? Que assuntos

despertarn mais interesse nos alunos ?

5) Quais valores humanos voce tern nota do que e preciso trabalhar mais? Por

que?

Aluno

1) 0 que voce rna is gostou de aprender nas aulas de ensino religioso?

2) Voce mudou alguma at;tude sua, depois que comec;:ou a participar destas aulas?

Quais?

3) Voce acha que estas aulas sao importantes? Por que?

Pais

1) Voce acha importante a disciplina de ensina religioso? Por que?

2) No seu ver 0 que e trabalhado nestas aulas? Ja procurou se informar, para obter

detalhes? Que resposta recebeu?

3) Tern percebido mudan\Als, em rela<;iio aD comportamento de seu filho, depois

que iniciou as aulas de ensino religioso?