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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde
Curso de Medicina Veterinária
JulliannaManfron
HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA CONGÊNITA E DESLOCAMENTO DORSAL DE
PALATO MOLE – RELATO DE CASO.
CURITIBA
2016
JulliannaManfron
HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA CONGÊNITA E DESLOCAMENTO DORSAL DE
PALATO MOLE – RELATO DE CASO.
Relatório de Estágio Curricular apresentado ao Curso de Medicina Veterinária da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito parcial para obtenção do título de Médico Veterinário.
Professor Orientador: Prof. Msc. Liedge Camila Simioni
Orientador Profissional: Msc.Henriette Graf
CURITIBA
2016
Reitor
Prof. Luiz Guilherme Rangel Santos
Pró-Reitora Promoção Humana
Prof. Ana Margarida de Leão Taborda
Pró-Reitor
Sr. Carlos Eduardo Rangel Santos
Pró-Reitora Acadêmica
Prof. Carmen Luiza da Silva
Pró-Reitor de Planejamento
Sr. Afonso Celso Rangel dos Santos
Diretor de Graduação
Prof. João Henrique Faryniuk
Secretário Geral
Sr. Bruno Carneiro da Cunha Diniz
Coordenador do Curso de Medicina Veterinária
Prof. Welington Hartmann
Supervisora de Estágio Curricular
Prof. Liedge Camila Simioni
Campus Barigui
Rua Sydnei A Rangel Santos, 238
CEP: 82010-330 – Curitiba – PR
Fone: (41) 3331-7958
TERMO DE APROVAÇÃO
JulliannaManfron
HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA CONGÊNITA E DESLOCAMENTO DORSAL DE
PALATO MOLE – RELATO DE CASO.
Este trabalho de Conclusão de Curso foi julgado e aprovado para obtenção do título de Médico Veterinário no Curso de Medicina Veterinária da Universidade Tuiuti do
Paraná.
Curitiba, ____ de _______________ de 2016.
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________
Prof. Liedge Camila Simioni
Presidente
__________________________________________
Prof. Msc. Carlos Henrique do Amaral
__________________________________________
Prof. Dr. Odilei Rogerio Prado
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a Deus pelo dom da vida, e por ter iluminado meus
passos durante essa jornada.
Em especial aos meus pais por terem acreditado e investido no meu sonho e
nunca terem me deixado desistir.
Ao meu noivo pela paciência , incentivo, companheirismo e compreensão.
Aos cavalos, em especial o Corisco meu primeiro cavalo o qual eu ainda
criança já me despertou um sentimento especial a esse mundo, seres de magnitude
incomparável, com sua beleza, força e inteligência torna a medicina veterinária cada
dia um novo desafio.
Meus sinceros agradecimentos a todos que de alguma forma colaboraram
para que a conclusão deste trabalho fosse possível em especial agradeço a minha
professora orientadora Msc.Liedge Camila Simioni, pelo apoio e incentivo, sempre
disposta e tirar duvidas e a qual me ensinou as noções básicas de semiologia.
A Dra. Jennifer Lepoutre, a qual me ensinou os princípios e valores como
caráter e ética na medicina veterinária, a qual seria imensamente grata pelo primeiro
contado com os cavalos.
A Dra.Henriette Graf, orientadora profissional e também grande amiga,pela
paciência, pelos conhecimentos a mim transmitidos e pela confiança depositada.
A equipe da Equivet pessoas amigas e muito competentes que sempre me
ensinaram muito.
A todos os médicos veterinários, mestres da faculdade e colegas de profissão
que sempre me ajudaram muito desde o inicio da faculdade.
Oração do cavalo
Dono meu:
– Dá-me frequentemente de comer e de beber e, quando tenhas terminado de
trabalhar-me, dá-me uma cama onde eu possa descansar comodamente;
– Examina todos os dias os meus pés e limpa o meu pelo;
– Quando eu recusar a forragem, examina meus dentes e minha boca, porque bem
pode ser que eu tenha uma travagem que me impeça de comer;
– Fala-me; tua voz é sempre mais eficaz e mais convincente para mim que chicote,
que as rédeas e que as esporas;
– Acaricia-me frequentemente, para que eu possa compreender-te, querer-te e
servir-te da melhor maneira e de acordo com os teus desejos;
– Não cortes o meu rabo muito curto, privando-me do melhor meio que tenho para
espantar as moscas e os insetos;
– Não me batas violentamente e nem dê golpes violentos nas rédeas; se não
obedeço, como queres, é porque, ou não te compreendo, ou porque estou mal
encilhado, com o freio mal colocado, com alguma coisa nos meus pés ou meu lombo
que me causa dor;
– Se eu me assustar, não deves bater-me, sem saber a causa disso, pois bem pode
ser o defeito de minha vista ou um providencial aviso para ti;
– Não me obrigues a andar muito depressa em subida, descida, estradas
empedradas ou escorregadias;
– Não permaneças montado sem necessidade, pois prefiro marchar, do que ficar
parado com uma sobrecarga sobre o dorso;
– Quando cair, tenhas paciência comigo e ajuda-me a levantar, pois faço o quanto
posso para não cair e não causar-te desgosto algum;
– Se tropeçar, não deves por a culpa em mim, aumentando minha dor e a impressão
de perigo com tuas chicotadas; isso só servirá para aumentar o meu medo e a
minha má vontade;
– Procura defender-me da tortura do freio, não no trabalho, mas quando esteja em
descanso, e cobre-me com a manta ou com uma capa apropriada;
– Enfim, meu dono, quando a velhice me tornar inútil, não esqueças o serviço que te
prestei, obrigando-me a morrer de dor e privações sob o jugo a um dono cruel ou
nos varais de uma carroça; se não puderes manter-me, ou mandar-me para o
campo, mata-me com tuas próprias mãos sem me fazeres sofrer;
– Eis tudo que te peço, em nome daquele que quis nascer numa baia, minha
morada, e não num palácio, tua casa…
Autor: desconhecido
APRESENTAÇÃO
Este trabalho de Conclusão de Curso, apresentado ao Curso de Medicina
Veterinária da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde, da Universidade Tuiuti
do Paraná, como requisito parcial para a obtenção do título de Médico Veterinário, é
composto pelo Relatório de Estágio, onde são descritas as atividades realizadas
durante o período de 25 de julho a 21 de outubro de 2016, na Clínica Veterinária
EQUIVET, localizada no município de Piraquara-Pr, local de cumprimento do Estágio
Curricular, e relato de dois casos que versam sobre Hérnia Diafragmática Congênita
e Deslocamento Dorsal De Palato Mole.
RESUMO
O presente trabalho foi desenvolvido com a finalidade de relatar o Estágio Curricular realizado de 25 de julho a 21 de outubro de 2016, em uma Clínica Veterinária de Piraquara-Pr. Foram atendidos 588 casos clínicos e cirúrgicos no período, sendo que 352 na área de equinos e os principais atendimentos clínicos foram relacionados a exames locomotor, e 236 atendimentos clínicos e cirúrgicos, na área de animais de companhia, destacam-se vacinas tanto para animais jovens e adultos. É de extrema importância as práticas de manejo e prevenção recomendadas pelo médico veterinário responsável, podendo evitar lesões aos animais e perdas financeiras. Deve se procurar um avaliação de rotina constate sobre os animais.
Palavras-chave: Deslocamento, hérnia, diafragma, sistema respiratório, equino.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
FIGURA 1 RECEPÇÃO.................................................................................... 16
FIGURA 2 CONSULTÓRIO DE PET 1............................................................. 16
FIGURA 3 CONSULTÓRIO DE PET 2............................................................. 17
FIGURA 4 ESCRITÓRIO 1............................................................................... 17
FIGURA 5 ESCRITÓRIO 2............................................................................... 18
FIGURA 6 INTERNAMENTO............................................................................ 18
FIGURA 7 ISOLAMENTO................................................................................. 18
FIGURA 8 CENTRO CIRÚRGICO DE PEQUENOS ANIMAIS......................... 19
FIGURA 9 SALA DE ESTERILIZAÇÃO............................................................ 19
FIGURA 10 CENTRO CIRÚRGICO DE GRANDES ANIMAIS........................... 19
FIGURA 11 SALA DE INDUÇÃO E RECUPERAÇÃO........................................ 20
FIGURA 12 FARMÁCIA...................................................................................... 20
FIGURA 13
FIGURA 14
TRONCO DE CONTENÇÃO DE EQUINOS...................................
LABORATÓRIO...............................................................................
20
21
FIGURA 15 AMBULATÓRIO............................................................................... 21
FIGURA 16 LAVADOR ....................................................................................... 21
FIGURA 17 INTERNAMENTO DE EQUINOS EM TRATAMENTO.................... 22
FIGURA 18 CASA............................................................................................... 22
FIGURA 19 MANOBRA PARA REANIMAÇÃO................................................... 27
FIGURA 20 RADIOGRAFIA TORÁCICA............................................................ 28
FIGURA 21 FALHA DE APROXIMADAMENTE 80% DO DIAFRAGMA............ 29
FIGURA 22 ENDOSCOPIA PARA AVALIAÇÃO DO DESLOCAMENTO DE
PALATO...........................................................................................
31
FIGURA 23 ENDOSCOPIA DINÂMICA.............................................................. 33
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 ATIVIDADES ACOMPANHADAS E DESENVOLVIDAS NA
CLINICA VETERINÁRIA EQUIVET NO PERÍODO DE
25/07/2016 A 21/10/2016 DE ATIVIDADES COM EQUINOS
23
TABELA 2 ATIVIDADES ACOMPANHADAS E DESENVOLVIDAS NA
CLINICA VETERINÁRIA EQUIVET NO PERÍODO DE
25/07/2016 A 21/10/2016 DE ATIVIDADES COM ANIMAIS DE
COMPANHIA
24
LISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO1 ATIVIDADES ACOMPANHADAS E DESENVOLVIDAS NA
CLINICA VETERINÁRIA EQUIVET NO PERÍODO DE
25/07/2016 A 21/10/2016 DE ATIVIDADES COM EQUINOS.
23
GRÁFICO 2 ATIVIDADES ACOMPANHADAS E DESENVOLVIDAS NA
CLINICA VETERINÁRIA EQUIVET NO PERÍODO DE
25/07/2016 A 21/10/2016 DE ATIVIDADES COM ANIMAIS DE
COMPANHIA.
24
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO........................................................................................... 14
2 DESCRIÇÃO DO LOCAL DE ESTÁGIO......................................................... 14
3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS.............................................................. 22
4 HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA CONGÊNITA................................................ 25
4.1 REVISÃO DE LITERATURA...................................................................... 25
4.2 RELATO DE CASO CLÍNICO.................................................................... 26
4.3 DISCUSSÃO.............................................................................................. 28
5 DESLOCAMENTO DORSAL DE PALATO MOLE................................... 30
5.1 REVISÃO DE LITERATURA...................................................................... 30
5.2 RELATO DE CASO.................................................................................. 32
5.3 DISCUSSÃO.............................................................................................. 35
6 CONCLUSÃO............................................................................................ 36
7 REFERÊNCIAS.......................................................................................... 37
14
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo descrever as atividades realizadas
durante o período de estágio curricular obrigatório em Medicina Veterinária. O
estágio foi realizado na Clinica Veterinária Equivet na área de equinos, orientado
pela Msc. Henriette Graf na área profissional e pela Profª. Liédge Camila Simioni na
área acadêmica. O período de estágio foi de 25 de julho a 21 de outubro de
2016.Durante o estágio acompanhou-se a rotina da clínica médica e cirúrgica
incluindo cuidados e emergências neonatais, medicina esportiva, atendimentos
ambulatoriais, acompanhamento de exames de imagem, manejo nutricional, exame
laboratorial.
2. DESCRIÇÃO DO LOCAL DE ESTÁGIO
Criada em 2006 por HenrietteGraff com sua sede inicial nas dependências do
Jockey Club de Curitiba, a Equivet nasceu da necessidade de um maior quadro
técnico para atender seus clientes.
Especializada em equinos a clínica conta com sede própria com 600m² de
área construída, em uma propriedade de 5 alqueires com estrutura elaborada
exclusivamente para o atendimento e bem estar dos seus pacientes hoje localizada
em Piraquara-PR.
A clínica oferece tratamentos clinica médica, clinica cirúrgica, exames
laboratoriais, terapias celulares, neonatologia, diagnóstico por imagens,
internamentos, medicina esportiva, manejo de propriedades, odontologia,
fisioterapia, nutrição clinica, responsabilidade de eventos agropecuários e
atendimento 24 horas.
Recentemente a clinica abriu seu leque de atividades incluindo também
atendimento de animais de companhia e outraespécies de animais domésticos.
Com equipe técnica multidisciplinar, composta por médicos veterinários
especializados nas diversas áreas em que a clínica atua, a Equivet é
reconhecidamente um Centro Médico Veterinário de excelência no tratamento de
15
equinos, sendo uma das poucas que oferece atendimento a equinos e outros
animais.
A Equivetpossui dentro do seu funcionamento um programa de diversos
módulos de cursos livres tanto para estudantes de medicina veterinária como para
veterinários formados, possuindo alojamento próprio.
A infra-estrutura conta com sala de recepção ampla (figura 1), dois
consultórios para atendimento de pequenos animais (figura 2 e 3), doisescritórios
(figura 4 e 5), canil interno para internamento de animais com doenças não
infecciosas (figura 6), canil externo para pacientes com doenças infecto contagiosas
(isolamento) (figura 7), uma sala cirúrgica para animais de pequeno porte com vários
equipamentos (figura 8), a clínica também é equipada com uma sala para estufas de
esterilização (figura 9),centro cirúrgico para grandes animais onde é preparada para
receber animais de grande porte, especialmente equinos, com um amplo centro
cirúrgico para qualquer procedimento, sendo o mais comum da rotina a laparotomia
exploratória e cirurgias ortopédicas (figura 10), sala de indução e recuperação pós
operatória, onde é feita a MPA (medicação pré anestésica) e a anestesia, é também
na sala de indução que o animal irá se recuperar da anestesia pós cirurgia (figura
11), além de uma farmácia com ótimo estoque, a qual é composta de medicamento
tanto para grandes animais como para animais de companhia (figura 12), tronco
para equinos onde o animal fica em fluido terapia aguardando para a para avaliação
física (figura 13), laboratório onde é feito hemograma e outros exames laboratoriais
onde é processado o IRAP (proteína antagonista de receptor de interleucina),
PRP(plasma rico em plaqueta), feito coproparasitologico, hemograma, perfil hepático
e renal, entre outros (figura 14), ambulatório para grandes animais local de
pequenos procedimento não cirúrgicos, curativos, e avaliação clínica do paciente
(figura 15), lavador com ducha onde é feito o primeiro atendimento emergencial de
equino com cólicapara sondagem nasogastrica em um primeiro atendimento e fazer
ducha em pacientes que necessitem (figura 16), sete baias internas para animais
internados em tratamento e acompanhamento (figura 17), três baias externas para
animais que necessitem ficar em isolamento por alguma patologia contagiosa, a
Equivet conta também com uma casa vinculada a clínica com cozinha e alojamento
16
para veterinários plantonistas e estagiários (figura 18) onde são feitas as refeições e
possui também banheiros e quartos onde os plantonistas passam a noite.
O corpo clínico é formado por 3 veterinários que atendem em período diurno,
dois plantonistas que atentem no período noturno, feriados e fins de semana, além
de uma secretária, administrador e estagiários.
FIGURA 01. Recepção
Figura 02.Consultório de pet 1
Figura 03. Consultório de pet 2
19
Figura 08. Centro Cirúrgico de pequenos animais.
Fonte: EQUIVET
Figura 09. Sala de esterilização.
20
Figura 10.Centro cirúrgico de grandes animais.
Fonte: EQUIVET
Figura 11. Sala de indução e recuperação.
Figura 12.Farmácia
21
Figura 13. Tronco de contenção de equinos
Figura 14.Laboratório para exame de pacientes internados e de atendimentos
externos.
Figura 15. Ambulatório
23
Figura 18. Casa, local onde são feitas as refeições e dormitório para plantonistas e
residentes.
3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
Durante o período do estágio na Clínica Veterinária Equivet, foi possível
acompanhar todas as atividades desenvolvidas na rotina de grandes animais
(equinos), que estão descritas em sua totalidade na tabela a seguir (Tabela 01) e
(Gráfico 01).
TABELA 01. ATIVIDADES ACOMPANHADAS E DESENVOLVIDAS NA
CLINICA VETERINÁRIA EQUIVET NO PERÍODO DE 25/07/2016 A 21/10/2016DE
ATIVIDADES COM EQUINOS.
OCORRÊNCIAS Nº. DE CASOS PORCENTAGEM
OCORRÊNCIAS % Nº CASO
EXAME ORTOPÉDICO 24,72% 87
VACINAS 16,48% 58
CIRURGIA 7,39% 26
EMERGÊNCIA 5,40% 19
NEO NATOLOGIA 3,69% 13
ATENDIMENTOS EXTERNO 42,33% 149
TOTAL 100% 352
24
Para ter uma melhor visualização foi elaborado um gráfico demostrativo.
GRÁFICO 01. ATIVIDADES ACOMPANHADAS E DESENVOLVIDAS NA CLINICA
VETERINÁRIA EQUIVET NO PERÍODO DE 25/07/2016 A 21/10/2016 DE
ATIVIDADES COM EQUINOS.
OCORRÊNCIAS Nº. DE CASOS PORCENTAGEM
Foi acompanhadatambém a rotina de animais de companhia, descrita na sua
totalidade na seguinte tabela e gráfico.
TABELA 02. ATIVIDADES ACOMPANHADAS E DESENVOLVIDAS NA
CLINICA VETERINÁRIA EQUIVET NO PERÍODO DE 25/07/2016 A 21/10/2016 DE
ATIVIDADES COM ANIMAIS DE COMPANHIA.
OCORRÊNCIAS Nº. DE CASOS PORCENTAGEM
OCORRÊNCIAS % Nº CASO
VACINAS 40,25
95
CLÍNICA MÉDICA 22,88
54
CLÍNICA CIRURGICA 16,53
39
VERMÍFUGO 15,25
36
EMERGÊNCIA 5,08
12
TOTAL 100% 236
Nº CASO
25
Para ter uma melhor visualização foi elaborado um grafico demostrativo com
os dados anteriores.
GRÁFICO 02. ATIVIDADES ACOMPANHADAS E DESENVOLVIDAS NA CLINICA
VETERINÁRIA EQUIVET NO PERÍODO DE 25/07/2016 A 21/10/2016 DE
ATIVIDADES COM ANIMAIS DE COMPANHIA.
OCORRÊNCIAS Nº. DE CASOS PORCENTAGEM
4. HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA CONGÊNITA EM EQUINO
4.1 REVISÃO DE LITERATURA
Segundo READ, R. A.; BELLENGER 2007, hérnia é a uma afecção congênita
ou adquirida que se caracteriza pela protrusão de um órgão ou parte dele, através
de um defeito na parede de uma cavidade anatômica, na qual se situa o órgão. Na
hérnia congênita o defeito já esta presente ao nascimento e na hérnia adquirida o
defeito ocorre após o nascimento, na maioria das vezes associada a um trauma.
De acordo com SCHEER, o diafragma se origina do septo transverso na
terceira semana de gestação, a partir do mesentério ventral da parede abdominal
anterior. O septo transverso migra, posteriormente, e se une a porções do diafragma
que se estendem lateralmente a partir do mesentério dorsal, adjacente ao
Nº CASO
26
mediastino e, posteriormente, a partir da parede abdominal, de miótomos que
formam bandas musculares. Durante as primeiras semanas de vida embrionária, as
vísceras abdominais e torácicas migram livremente por defeitos situados dos dois
lados da coluna vertebral denominados hiatos ou canais pleuroperitoneais.
As hérnias diafragmáticas interrompe a continuidade do diafragma de maneira
que os orgaos abdominais conseguem migrar para o interior da cavidade toraci ca
(FOSSUM, 2001). São classificadas em verdadeiras , quando contem saco completo
de peritonio ; ou falsas , quando naocontem saco peritoneal completo ocorrem
(SMEAK, 1996).
Segundo MYER em 2003, fala que a maior parte das hernias diafragmáticas
tem origem traumatica, embora tambem ocorram herniascongenitas as quais podem
ser observadas em animais adultos. (HUNT; JOHNSON, 2007) As hérnias
diafragmáticas congenitas ocorrem devido ao desenvolvimento incompleto ou falha
na fusao da membrana pleuroperitoneal durante o desenvolvimento diafragmatico ou
devido ao desenvolvimento defeituoso do seio transverso.
Santos e Ribeiro em 2008, fala que a Apresenca de um defeito no diafragma
permite a passagem de visceras abdominais para a cavidade t orácica levando a
compressão do pulmão bilateral , dependendo do volume das visceras herniadas , a
desvio do mediastino com compressao do pulmao contralateral . A compressao
pulmonar e responsavel pelo desenvolvimento de hipoplasia e hipertensao
pulmonar. As alteracoes pulmonares saovarias , nomeadamente, a diminuicao do
numero dos alveolos , o espessamento da parede alveolar , o aumento do espaco
intersticial, a diminuicao acentuada do espacoaereo alveolar com diminuicao da area
de trocas gasosas. Segundo
MOREIRA et. Al 2004, a hipoplásica pulmonar e a condicão mais importante
associada a hernia diafragmática congenita . Sua gravidade depende do tempo de
duracão e da intensidade com que se deu a herniacao visceral . A repercussão
clínica dependera da área comprometida na superfície dos alveolos e do leito
arterial.
Conforme a extensao da lesao no diafragma , uma sutura aproximando as
bordas da ferida e suficiente para cicatrizacao do musculo . Mas, grandes defeitos
27
como necrose decorrente de infeccao , traumatismo, extensa resseccao do musculo
por neoplasia, e nas herniascronicas, a contracao muscular e retracao cicatricial nao
permitem aproximacao das bordas para a sintese , sendo indicada hemiopiastia
(BARREIROS ET. AL 1996).
Os equinos com hérnia diafragmática podem apresentar uma variedade de
sinais clínicos incluindo intolerância ao exercício, letargia, taquipneia, dispneia e
desconforto abdominal com diferentes graus de dor (HASSEL, 2007).
O diagnóstico é realizado com base nos achados de anamnese, exame físico
e exames complementares. Em muitos casos, a hérnia diafragmática só é
diagnosticada na cirurgia ou na necropsia, em decorrência da dificuldade de
identificar o defeito ao longo do diafragma (HASSEL, 2007).
4.2 RELATO DO CASO CLÍNICO
Uma potra, com 4 meses de idade de aproximadamente 120kg, castanha, da
raça Quarto de Milha chegou para atendimento com histórico de dispneia,
desconforto abdominal e intolerância ao exercício. Estas manifestações clínicas
ocorreram desde seu o nascimento, com agravamento do quadro nas 24 horas que
antecederam o internamento. O objetivo do internamento foi para diagnóstico clínico
do caso, por meio de exames complementares como radiografia e
ultrassonografia.Ao exame físico foi observado taquicardia, taquipneia, apatia,
mucosas normocoradas, tempo de preenchimento capilar 2 segundos e na
auscultação abdominal não se ouvia movimentos, no entanto na auscultação
pulmonar nos lobos dorsais apresentava-se limpa, porém com aumento do esforço
inspiratório, na porção médio ventral ausência de sons respiratórios. Padrão
respiratório abdominal com dispneia severa.
No exame ultrassonográfico foi observada massa anecóica em região
diafragmática com presença de gás. Não foi possível visualizar a silhueta
diafragmática. O exame não foi conclusivo e, portanto, optou-se pelo exame
radiográfico para complementar o diagnóstico.
Para o exame radiográfico utilizou-se a posição ventro-dorsal, cuja realização
necessitou a sedação da paciente com a dose indicada para potros da associação
de xilazina(1.6mg ⁄kg) e cetamina10% (2.0mg ⁄ kg). Após a sedação houve aumento
28
da dificuldade respiratória e esta foi intubada e mantida em ventilação mecânica até
o final do exame, na recuperação anestésica após a retirada do tubo traqueal a
paciente entrou em apneia evoluindo para parada respiratória, manobras de
reanimação foram utilizadas imediatamente (figura 19), junto com ventilação
mecânica, foi novamente intubada e devido a gravidade do resultado do exame
radiológico e do quadro clinico o proprietário optou por eutanásia.
Figura 19.Manobra para reanimação.
Fonte: EQUIVET
Durante o exame radiográfico e o processo de reanimação, o veterinário
obteve sucesso em radiografar a paciente. Foi possível observar grande massa na
porção de região mediastinica, ocupando dois terços da cavidade torácica ausência
da silhueta diafragmáticae pulmão com padrão radiográfico compatível com
atelectasia pulmonar. O exame radiográfico sugeriu hérnia diafragmática (figura 20).
Figura 20.Radiografia torácica
29
No achado de necropsia foi encontrada falha diafragmática de
aproximadamente 80%, intestino delgado e cólon invadindo o espaço torácico
realizando compressão dos órgãos (figura 22), com atelectasia pulmonar severa em
ambos os lados, sendo conclusivo para diagnóstico de hérnia diafragmática.
Figura 21. Falha de aproximadamente 80% do diafragma, segundo descrição do veterinário.
30
4.3 DISCUSSÃO
A presença de dispneia é considerada um sinal clínico muito importante para
se determinar casos de hérnia diafragmática, entretanto, esta pode ou não estar
presente (MOLL et al.,1999). A dispneia observada neste relato pode estar
relacionada ao tamanho do defeito diafragmático.
Os equinos com hérnia diafragmática podem apresentar uma variedade de
sinais clínicos incluindo intolerância ao exercício, letargia, taquipneia, dispneia e
desconforto abdominal com diferentes graus de dor (HASSEL, 2007). Esses sinais
clínicos como intolerância ao exercício, letargia, taquipneia, dispneia e desconforto
abdominal foram relatados na anamnese e a taquipneia pode ser observado quando
a paciente chegou no hospital, logo após o desembarque, provavelmente devido o
estresse da viagem.
A herniação de alças intestinais por um defeito do diafragma pode ser
congênita ou traumática e frequentemente resulta em obstrução da porção afetada
do intestino. Hérnias diafragmáticas ocorrem em equinos de qualquer idade ou sexo
e geralmente são associadas a episódios recentes de trauma ou aumento de
pressão intra-abdominal. Hérnias diafragmáticas congênitas cursam, mais
frequentemente, com um orifício com bordas lisas na região dorsolateral esquerda
do diafragma (WIMBERLY et al.,1977). Nesse caso a hérnia era de origem
congênita em uma potra de quatro meses de vida, com ausência de
aproximadamente 80% do diafragma.
O diagnóstico é realizado com base nos achados de anamnese, exame físico
e exames complementares (KELMER; KRAMER; WILSON, 2008). Não houve
sucesso de diagnóstico no exame ultrassonográfico, porém na radiografia pode-se
observar presença de uma grande massa na região torácica e ausência da silhueta
diafragmática.
Em muitos casos o diagnóstico é realizado no momento da cirurgia ou
necropsia devido a dificuldade de identificar a localização do defeito ao longo do
diafragma (HASSEL, 2007). Através do exame radiográfico pode-se chegar a um
diagnostico presumível, porém concordando com HASSEL o diagnóstico
confirmatório da falha do diafragma de 80%, e presença de colón maior e intestino
delgado invadindo cavidade torácica, pode ser observado somente na necropsia.
31
5. DESLOCAMENTO DORSAL DE PALATO MOLE EM EQUINO
5.1 REVISÃO DE LITERATURA
De acordo com CASASNOVAS et.al. em 2014, enfermidades do sistema
respiratório de equinos, são a segunda causa, depois de lesões
musculoesqueléticas, as quais provocam queda de rendimento. A observação de
que anormalidades respiratórias são freqüentes causas da Síndrome de Má
Performance em equinos confirma a importância de uma função respiratória ótima
no cavalo atleta (HODGSON & ROSE, 1994). Portanto, a detecção precoce dos
sinais clínicos e o tratamento do problemas respiratórios são essenciais para que os
cavalos voltem a vida esportiva (CASASNOVAS et.al. 2014).
As vias aéreas superiores são normalmente avaliadas através de palpação,
radiografia, ultrassonografia, cintilografia, e endoscopia. Porém, em muitos casos,
normalmente esses métodos, isolados ou associados, não são eficientes para se
chegar a um diagnóstico definitivo (MICHELOTTO, 1993). Para esse caso optou-se
pelo acompanhamento do diagnóstico por endoscopia.
A endoscopia é uma ferramenta muito útil na avaliação do trato respiratório
dos equinos. O exame endoscópico figura 22 tornou-se rotina no cavalo atleta nos
últimos tempos (LEKEUX, 2004).
Figura22.Endoscopia para avaliação de deslocamento de palato. A- Aspecto
normal da laringe de equino. B- Quadro de deslocamento dorsal de palato
mole
A B
32
Fonte: Dr. Allison Maldonado
O deslocamento dorsal do palato mole ocorre quando a epiglote, que
normalmente se encontra na parte superior do palato mole, é deslocada para baixo
(CAMPOS, 2014) (figura 24). De acordo com CRUZ et. al. o palato mole fornece
uma vedação aérea entre a orofaringe e a nasofaringe durante a respiração. No
decorrer da deglutição, ele apresenta-se, por um certo tempo, deslocado
dorsalmente como parte do ato normal de engolir, permitindo a passagem do bolo
alimentar. Normalmente durante a respiração o palato mole está posicionado ventral
a epiglote. Essa posição é invertida durante a deglutição à medida que o palato se
move dorsalmente e a epiglote cobre as cartilagens aritenóides e pregas vocais
aduzidas. O ruído é causado pela vibração da borda caudal do palato mole na
expiração, e é modificado pelas vias aéreas. As pressões traqueal e faríngea
aumentam durante a inspiração e a faríngea diminui na expiração (ROBINSON,
1997).
O tratamento conservativo do deslocamento dorsal do palato mole deve ser
baseado no controle dos fatores envolvidos com a alteração. Condicionamento físico
deve ser avaliado, já que a fadiga é um dos fatores envolvidos. Devem ser também
corrigidas alterações dentárias e de embocadura, bem como posição da cabeça
durante o exercício, que possam estar causando tração caudal da língua. Uma vez
eliminadas tais causas, o mais efetivo método de controle do deslocamento do
palato se faz por amarração da língua através de uma faixa amarrada no frenulum
lingual e presa no aspecto rostral do espaço interdental (ROBINSON, 1997).
33
Já o tratamento cirúrgico consiste em várias as técnicas, entre as quais pode-
se citar a estafilectomia (ressecção da borda caudal do palato mole) e a
palatofringoplastia. Entre várias já utilizadas, foi se entrado em discussão para a
qual seria a melhor opção, e o corpo clinico juntamente com outros veterinários,
viram que tem se mostrado mais efetiva é uma combinação de ressecção cirúrgica
da borda caudal do palato mole e do músculo esternotireoideo, sob anestesia geral,
faz-se uma incisão ventral 5 cm maior para caudal que a descrita para laringotomia.
Após dissecção do tecido subcutâneo e entre os músculos esternohioideos, expõe-
se lateralmente a borda lateral da cartilagem tireóide. O tendão de inserção do
músculo esternotireiodeo à cartilagem tireóide é então identificado e seccionado.
Pode-se ou não remover parte do músculo e seu tendão. Posteriormente é então
realizada a ressecção da borda caudal do palato mole (ANDERSON et al., 1995).
5.2 RELATO DE CASO
Uma égua da raça quarto de milha, com aproximadamente 470 kg, 7anos de
idade e pelagem baia, foi levada até a clinica EQUIVET para uma consulta. Na
anamnese o animal apresentava o seguinte histórico. Perda de desempenho e um
chiado, principalmente quando passa para o galope. Sua ultima participação em
provas teve uma queda brusca de tempo, pois o relato era que a égua sempre fazia
uma média boa e nas ultimas prova sua performance decaiu e ao final da prova
apresentou tosse.O objetivo do internamento foi para diagnóstico clínico do caso,
por meio de exames complementares.Ao exame físico foi observado batimentos
cardíacos 40 BPM (batimentos por minutos), respiratório 12 RPM (respiração por
minuto), mucosas normocoradas, tempo de preenchimento capilar 2 segundos, na
auscultação abdominal havia normalidade nos sons intestinais, no entanto na
auscultação pulmonar apresentava-se limpa, porém com ruído a inspiração mesmo
em repouso.
Foi então realizado um exame clínico completo, porém a égua não
apresentou nenhuma alteração respiratória, tanto pré como pós-exercício. No pós-
exercício também não apresentou nenhuma alteração de ruídos expiratórios e nem
tosse como havia relatado o treinador. Os ruídos apenas surgiam quando em
esforço máximo, ocasionando uma queda no desempenho um cansaço da égua em
34
uma passada no tambor mais forte. Conforme visto na literatura com LEKEUX 2004
para diagnosticar alguma alteração foi feita uma avaliação por endoscopia em
repouso do trato respiratório superior e inferior pré e pós-exercício, onde a égua
também não apresentou nenhuma alteração. Com isso procedeu-se uma avaliação
do trato respiratório superior com a utilização de endoscopia dinâmica.O endoscópio
foi fixado na cabeça da égua e colocado uma câmera filmadora, a sonda do
endoscópioentrava pela narina seguindo até a laringe e posicionada no local para
fazer a gravação (figura 23), na avaliação do vídeo gravado durante a endoscopia
dinâmica, a qual o animal estava submetido a movimento, foi observado o
deslocamento dorsal do palato mole, sendo que o mesmo deslocava somente
durante o esforço máximo, retornando para a posição normal em seguida.
Figura 23. Endoscopia dinâmica.
Fonte:clinicahorsecenter.com.br
Após a visualização do vídeo foi confirmado que o animal apresentava
deslocamento dorsal de palato mole. Após a confirmação do diagnostico foi discutido
sobre os tratamentos, podendo ser conservativo ou cirúrgico.
Após um comum acordo entre veterinários do corpo clinico, foi recomendado
o tratamento cirúrgico (figura 25), o qual foi aceito pelo proprietário.
Figura 24. Acesso cirúrgico para estafilectomia.
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Para realização da cirurgia foi necessário colocar a égua na mesa cirurgia em
decúbito dorsal, a mesma encontrava-se intubado sob anestesia inalatória associada
com anestésico intravenoso. Após a paciente ser submetida a anestesia, foi feita a
tricotomia da região ventral do pescoço em seguida foi feita a assepsia do local. Em
seguido o cirurgião pediu a retirada do traqueotubopara visualização do borda livre
palato mole, posicionou as pinças de allis para agarrar tecido são posicionadas em
cada lado do palato mole, foi realizada uma incisão no interior do palato mole
(tesoura de metzenbaum) em direção à linha mediana de modo semicircular, de
forma tal que a linha mediana fique distante aproximadamente 2 cm da borda livre
central do palato mole. Este procedimento é repetido no lado esquerdo do palato
mole. A hemorragia é descartada e nenhuma intervenção é feita para suturar o
palato mole a cicatrização acontece por segunda intenção.
Posteriormente a cirurgia realizada, a paciente recuperou-se da anestesia e
permaneceu em uma das baias do hospital para cuidados pós cirúrgicos, a incisão
foi mantida aberta para cicatrizar por segunda intenção, o curativo era realizado
duas vezes ao dia com limpeza com degermante, água oxigenada e tópico, foi feito
medicamento para a analgesia durante cinco dias, a égua permaneceu internada por
duas semanas, e teve uma ótima recuperação.
Três semanas após a cirurgia a égua retornou ao treinamento, e o treinador
relatou que teve uma grande melhora, mesmo sem condicionamento ela não
apresentava mais o chiado e não se mantinha mais com exaustão após o treino.
Três meses após a cirurgia a paciente voltou a competir e ficou em segundo
lugar, o que justifica que a cirurgia teve uma grande eficácia para essa paciente.
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5.3 DISCUSSÃO
O diagnóstico das doenças das vias aéreas superiores como causa de baixo
rendimento atlético em cavalos tem sido substituído por evidencia indireta, incluindo
histórico de intolerância ao exercício e avaliação do rendimento atlético com auxílio
de endoscopia em repouso e durante exercício em esteira (MORRIS &
SEEHERMAN, 1990). Nesse caso foi necessário o uso da endoscopia dinâmica, a
qual é feita com o animal em movimento, para poder identificar o momento em que
ocorre o deslocamento.
Como em repouso o deslocamento dorsal de palato mole nem sempre
está presente, e como a presença do endoscópio algumas vezes induz o
deslocamento,são considerados animais positivos para o deslocamento dorsal de
palato mole aqueles que apresentam intolerância ao exercício associada a um ou
mais dos seguintes sinais: ruído expiratório durante exercício, úlceras na epiglote,
persistência do deslocamento durante a endoscopia em repouso, deslocamento
persistente induzido pela oclusão das narinas, dificuldade de reposicionamento da
epiglote após deglutição (ROBINSON, 1997).Devemos juntar a clínica e relatos de
momentos em que pode se ouvir sons produzido pelo animal durante um exercício
ou até mesmo em repouso.
De acordo com ANDERSON et al., 1995, o tratamento
cirúrgico consiste em várias as técnicas, entre as quais pode-se citar a estafilectomia
(ressecção da borda caudal do palato mole). O tratamento foi a estafilectomia o
mesmo sugerido pelo autor, o qual teve um excelente resultado, pois após a cirurgia
a paciente retornou as competições atingindo um ótimo resultado.
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6. CONCLUSÃO
O estágio na Clínica Veterinária EQUIVET possibilitou o acompanhamento
das atividades desenvolvidas no local e em saídas a atendimentos externos, assim
como o contato com outros profissionais da área, além do conhecimento de outras
condutas e protocolos diferentes. Além disso, a realização de estágios
extracurriculares na área ajudou para um melhor aproveitamento do estágio e um
maior conhecimento na área de equinos.
A que se refere o relato de caso de hérnia diafragmática, como não houve
histórico de trauma e a manifestação clínica era presente desde o nascimento da
paciente acompanhado do achado de necropsia, onde havia apenas um resquício do
diafragma, conclui-se que este foi um caso de hérnia diafragmática congênita em
potro.
Conclui-se também que o exame radiográfico é mais indicado para elucidação
do caso clinico que o exame ultrassonográfico, porém concordando com a literatura
a real extensão de diagnostico confirmatório só foi possível durante a necropsia.
No relato de caso de deslocamento dorsal de palato mole, a manifestação
clínica começou a ficar mais evidente após uma prova a qual a égua competiu, após
o quadro clinico, conclui-se deslocamento dorsal de palato mole após a endoscopia
dinâmica.
Conclui-se também que o tratamento cirúrgico é um sucesso em casos de
deslocamento dorsal de palato mole, pois a égua voltou a competir e mantém um
bom desempenho físico.
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