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Use seu aplicativo baixar a revista · ... Enfermagem e Tecnólogo em Segurança Pública. ... aos pensionistas e aos dependentes. Em sua missão está a ... Anis e Afi f). Rassi

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ÍndicePOLÍCIA MILITAR TERÁ FACULDADE DE MEDICINA

EXERCÍCIOS FÍSICOS E O RISCO DE QUEIMADURAS

CONGRESSO DE PEDIATRIA: 100% CAPCO

HOMENAGEM À FAMÍLIA RASSI

ESTRABISMO NA INFÂNCIA VITAMINAS PARA CRIANÇAS

OBESIDADE: O VILÃO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL

O PERIGO DO ANABOLIZANTE

DIETA SEM GLÚTEN MEDICINA E ARTE

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No dia 16 de abril, o Conselho de Curadores da Fundação Tiradentes aprovou, por unanimidade, o projeto educacio-nal que tem como objetivo viabilizar a Faculdade da Polícia Militar (FPM). A fundação é uma entidade do Terceiro Setor que promove ações sociais para o bem-estar dos policiais militares goianos da ativa, inativos e pensionistas, e será a mantenedora da faculdade.

A proposta da nova instituição de ensino superior (IES) já está em andamento no Ministério da Educação (MEC) e passará ainda pela aprovação do Ministério Público de Goiás (MP-GO), por meio da Curadoria de Fundações e Associações do Ministério Público, de onde já houve um sinal otimista.

A promotora de Justiça titular da Curadoria, Marlem Gladys, participou da reunião do Conselho de Curadores

Presidente da Fundação tiradentes, tenente-coronel cLÉBer APArecido doS SAntoS e o diretor técnico do hospital do Polícial Militar, tenente-coronel wALdeMAr nAVeS do AMArAL

Faculdade da Polícia Militar de Goiás: projeto inspirado no sucesso dos colégios militares

Para o futuro, a instituição pretende obter

autorização para implantar o curso de Medicina,

o que poderá ser viabilizado a partir de 2019

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e demonstrou entusiasmo com a iniciativa da Fundação Tiradentes. “Este é um momento histórico que sinaliza para a maturidade da instituição, mostra como ela está redonda, pronta, tem coragem e não medo de ousar”, enfatizou Marlem.

O tenente-coronel Cleber Aparecido Santos, presidente da Fundação Tiradentes, mantenedora do Hospital do Policial Militar (HPM) e da futura faculdade, informou que o vestibu-lar está previsto para o fi nal de 2015 e ocorrerá em formato tradicional. A instituição ainda estuda a utilização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), assim como quais van-tagens PMs e demais benefi ciários da Fundação terão sobre as mensalidades, salientando que qualquer cidadão aprovado em vestibular poderá ingressar na FPM, uma IES privada.

Após a autorização do MEC, a intenção é ofertar, em 2016, os seguintes cursos de graduação: Biomedicina, Educa-ção Física, Enfermagem e Tecnólogo em Segurança Pública.

Nesta fase de trâmites legais para que a faculdade seja aberta, há uma visão futurista por parte da administração geral para que ela se torne referência na área da saúde, inclusive pelo pioneirismo da iniciativa. “A saúde pública é uma ver-tente muito importante e fundamental para nós, tendo em vista a reputação do nosso Complexo de Saúde, pelo quadro da saúde da PM e pelas competências que temos dentro da corporação”, analisa o presidente da Fundação Tiradentes.

Ele complementa, falando dos conteúdos e da linha de ensino: “É importante frisar o que essa faculdade irá entregar ao seu aluno. O nosso País fi cou nas últimas décadas discu-tindo e brigando por direitos humanos, mas sem falar em valores. E nós sentimos a falta desses conceitos na sociedade atual. Então, a faculdade estará fundamentada em civismo e cidadania, visando formar cidadãos ricos em ciência e valores humanos”, ressalta Santos.

A Faculdade da Polícia Militar vem com o desafi o do pioneirismo. Até o momento, é a primeira instituição privada, de âmbito estadual, para militares e civis, que tomará como exemplo os modelos de instituições de ensino militares federais

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Desde 2003 a Fundação Tiradentes, instituição goiana do Terceiro Setor, está em funcionamento com a fi nalidade de pro-porcionar assistência social compreendida em assistência médica, odontológica, hospitalar, educacional, dentre outros serviços aos policiais militares de Goiás, aos pensionistas e aos dependentes.

Em sua missão está a promoção do bem-estar dos seus benefi ciários com ações direcionadas à melhoria da qualidade de vida, um relacionamento que reforça a motivação e comprometi-mento dos PMs de Goiás a serviço da comunidade.

Em maio, como parte da meta de aperfeiçoar cada vez mais sua atuação na área da saúde, a instituição será uma das apoiadoras do XX Congresso da Associação Brasileira das Polícias Militares e Bombeiros Militares, em Caldas Novas, entre os dias 28 e 31. O evento tratará sobre a necessidade de hospitais militares, a atuação de juntas médicas, a saúde e a qualidade de vida do policial militar, dentre outros temas.

Atualmente cerca de 70 mil benefi ciários são amparados pela Fundação, mantenedora Hospital do Policial Militar (HPM),

como o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e o Instituto Militar de Engenharia (IME), inclusive no uso do uniforme.

Os colégios militares em Goiás, em parceria com o Governo do Estado de Goiás, são um sucesso de modelo educacional. Com fi las de alunos para ingressar no sistema de ensino, as unidades escolares conquistaram destaque nas notas do Enem e auxiliaram para que Goiás fosse inserido em nível nacional, como uma refe-rência na área, conforme os dados divulgados pelo Instituto Na-cional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Santos conta que, desde a criação dos colégios militares (hoje 18 unidades), iniciada em 1998, a Polícia Militar vem prosseguindo com um sonho antigo de avançar com a edu-cação seguindo alguns preceitos militares. “A idealização do projeto da Faculdade da Polícia Militar nasce de uma von-tade do Comandante-Geral da Corporação, Coronel Sílvio Benedito Alves, que foi entendida e captada pela Fundação Tiradentes e ofi ciais como o tenente-coronel Waldemar Na-ves do Amaral, entusiasta da ideia, e pelo tenente-coronel Ubiratan Reges de Jesus, Comandante do Colégio Militar Hugo de Carvalho Ramos”, enumera.

O tenente-coronel Waldemar Naves do Amaral, diretor técnico do Hospital do Policial Militar, também se entusiasma em relação ao projeto da Fundação Tiradentes: “A Faculdade da Polícia Militar vem com um apelo da população em geral e especialmente da família, constituição básica da sociedade, que tem sofrido algumas tormentas nos últimos 20 anos, período pós-ditadura. Tem ocorrido a perda do entendimento de moralidade do povo, no sentido de respeito ao outro, às instituições, aos símbolos nacionais, o que gerou uma anarquia nacional”, considera ele.

Naves aponta que os idealizadores do projeto de gra-duação da FPM acompanharam a evolução do ensino do

Fundação apoia congresso médico sobre saúde dos PMs

onde são desenvolvidos vários programas de saúde e oferecidas cerca de 21 especialidades médicas. A unidade realiza cerca de 20 mil atendimentos por mês e conta com equipamentos modernos como raios X, mamógrafos digitais, ultrassom em 3D, contador hematológico automatizado e ecodopler. Seu orçamen-to advém de repasses da Fundação Tiradentes e de convênios como o Ipasgo.

A sede administrativa da entidade está localizada no Setor Norte Ferroviário, em Goiânia, em um prédio de três andares em um terre-no com 3.519 metros quadrados, onde a instituição é composta por Conselho de Curadores, órgão de decisão superior; Conselho Fiscal, órgão de controle interno; e Diretoria Executiva, que coordena, supervisiona e executa as deliberações do órgão.

Com o intuito de proporcionar a satisfação aos seus benefi ciários e com o desafi o de reinventar-se em seu cotidiano, a Fundação Ti-radentes tem uma gestão que prioriza a transparência. Anualmente, a entidade presta contas ao Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) sobre suas atividades, gastos e investimentos.

Faculdade da Polícia Militar de Goiás: projeto inspirado no sucesso dos colégios militares

estudante do Ensino Fundamental até o Médio e verifi caram que, justamente no período da adolescência, esses jovens são devolvidos para o mundo, nem sempre incorporados dos melhores valores sociais e cívicos. Visto isso, os membros da corporação identifi caram que ela deveria lutar pela manuten-ção dos conceitos básicos da PM, seguindo o raciocínio do respeito à hierarquia, ao outro, ao civismo e à disciplina, por exemplo. Porém, o intuito na FPM é ampliar o atendimento educacional e abrir o espaço para aquele que ainda não pôde estudar nos colégios militares.

A faculdade seguirá um modelo acadêmico onde o professor exercerá o papel de coordenador das ações e estas serão centradas no aluno, baseadas na problemática de cada assunto. Os profi ssionais poderão estar vinculados ou não à atividade militar, com títulos de especialistas a doutores, dentro do protocolo que o MEC estabelece. “Há uma tendência na gestão da Fundação Tiradentes para que esses educadores da FPM sejam melhores remunerados em relação ao que é realizado na rede convencional. Nós que-remos uma faculdade que cuide da cidadania, que valorize o professor“, afi rma Waldemar.

Com o objetivo de tornar o aprendizado mais profícuo, a instituição privada de ensino incentivará o método em que o aluno será ator das aulas, contando com iniciação e produção científi ca e cursos de extensão desde os primeiros até os últimos períodos, um dos aspectos que vão diferenciar a FPM de outras IES.

Além disso, a equipe gestora da futura faculdade esclare-ceu que o modelo de graduação fortalecerá em todo processo de ensino o estímulo à cidadania e a valorização da ciência, em que a instituição oferecerá ciência e tecnologia aplicada à sociedade, o que certamente trará benefícios à população.

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A Câmara Municipal de Goiânia realizou, no dia 27 de abril, a sessão solene para homenagear a família Rassi e o patricarca Luiz Rassi, lembrando, também, o centenário de Alberto Rassi, comemorado este ano. Ele foi o primeiro a se formar em Medicina e teve mais quatro irmãos na mesma profi ssão (Luiz, Fued, Anis e Afi f).

Rassi é uma família de origem libanesa, com presença no Brasil, especialmente na cidade de Goiânia. De acordo com o site do Conselho Federal de Medicina, só em Goiás são cerca de 100 profi ssionais ativos com o sobrenome Rassi, que dão nome a vários hospitais e clínicas da capital goiana. Luiz foi o fundador e presidente da Associação Médica de Goiás, em 1950, reali-zando, um ano depois, o primeiro evento profi ssional da saúde em Goiânia, o Congresso Médico do Brasil Central. Foi ainda

Câmara presta homenagem à família Rassi

Alberto Rassi: Pioneiro na medicina e construtor

do Hospital Geral de Goiânia, da década de 50

pioneiro da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás em 1960, e um dos primeiros a atender em Brasília, ainda antes da inauguração ofi cial da cidade. A família construiu o atual Hospital Geral de Goiânia Alberto Rassi na década de 50.

Durante a solenidade na Câmara foi lançada uma revista alusiva ao evento e distribuído o livro História da Medicina em Goiás, do jornalista e membro da Academia Goiana de Letras Iúri Rincon Godinho.

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PUBLICAÇÃO COM A QUALIDADE:

Direção de Jornalismo: Iúri Rincon GodinhoEdição: Larissa OliveiraRedação: Joyce Fernanda, Lara Leão e Luciana Paiva Comercialização: Adriana GodinhoArte Final: Vinícius Carneiro eThálitha Miranda

visite nosso site | www.contatocomunicacao.com.br

medicinagoiásem

Endereço: Rua 27-A, 150, St. AeroportoGoiânia - GO - 74.075-310Fone: 3224-3737

AniS rASSi, Luiz rASSi, vereador AnSeLMo PereirA e o ex-prefeito de goiânia, hÉLio de Brito

diploma que foi entregue ao pioneiro médico Luiz rASSi

Família rassiJorge KAhALiL Jreige e seu padrinho, Luiz rASSi

convidados no plenário da câmara de goiânia

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O estrabismo é a perda do paralelismo entre os olhos. Uma das causas do seu aparecimento é o parto prematuro, pois este aumenta o índice dos erros de refração das altera-ções retinianas e das alterações motoras. “Recentemente, em pesquisa realizada na Dinamarca, foi comprovado o aumento de 26%, em média, de crianças estrábicas cujas mães são tabagistas”, complementa o oftalmologista e coordenador do Departamento de Plástica Ocular da Fundação Banco de Olhos de Goiás, Antônio Pelagio Gonçalves Sagawa.

Segundo ele, existem seis pares de músculos extraoculares ao redor de cada olho, sendo o controle motor realizado por pares de nervos cranianos. “Quando temos uma alteração central, esta afeta a harmonia do controle motor, acarretando o estrabismo”. O principal sintoma é a dificuldade na visão de profundidade, em decorrência do não alinhamento ade-quado da imagem.

O diagnóstico é clínico, feito por meio de teste em con-sultório oftalmológico e com a participação importante do ortoptista para seguimento conjunto. O principal intuito é evitar a ambliopia definitiva, que significa a baixa de acuidade visual em um dos olhos. “Caso não seja identificada antes dos seis anos, a condição se torna, na maioria dos casos, definitiva.”

O tratamento consiste na estimulação visual, na correção óptica adequada para cada caso e, por fim, no tratamento cirúrgico, quando existe uma estética ruim, na possibilidade de recuperação do máximo possível de visão binocular. “A principal contraindicação é a cirurgia precoce, isto é, quando não temos o diagnóstico adequado e quando não se fez a estimulação visual para prevenção da ambliopia”, reforça. O acompanhamento deve ser realizado pelo oftalmologista, além de um ortoptista e, em alguns casos, um psicólogo. “É de fundamental importância essa interação multiprofissional para benefício do paciente”, afirma o especialista.

A cirurgia apresenta um ótimo resultado estético quando bem indicada, minimizando as sequelas psicológicas para o paciente e contribuindo para o aumento de sua autoestima. “Vale ressaltar sempre que o procedimento só pode ser rea-lizado de acordo com cada paciente, e o resultado depende da adesão e comprometimento do mesmo e da família com a estimulação visual”, finaliza.

Estrabismo deve ser diagnosticado antes dos seis anosDentre os fatores, estão a

prematuridade e mães fumantes

Antônio SAgAwA explica que o tratamento consiste na estimulação visual, na correção óptica adequada para cada caso e, por fim, no tratamento cirúrgico

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As doenças cardiovasculares estão frequentemente associadas à obesidade mórbida. Segundo o especialista e presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica - Capítulo Goiás, Oscar Barrozo Marra, há um crescimento comprovado da hipertensão arterial na medida em que o peso corporal aumenta. “A patologia está presente em 25% a 55% dos obesos mórbidos, o que amplia o risco de desenvolver insuficiência cardíaca, arritmias, morte súbita e acidente vascular encefálico”, explica.

Segundo o especialista, é comum o controle da pressão arterial sem a necessidade do uso de medicamentos em pacientes que perdem mais de 10% do seu peso. “No caso da cirurgia bariátrica, há trabalhos que mostram resolução da hipertensão em até 61% dos pacientes submetidos à gastroplastia”, afirma.

Oscar ressalta que, mesmo após a cirurgia, tanto o excesso de peso quanto a hipertensão arterial podem voltar, caso hábitos saudáveis não sejam assimilados. “Quando se fala em tratamento de obesidade, independente do grau, não se pode deixar de levar em consideração a reeducação alimentar”. A inclusão ou aumento das atividades físicas também ajudam, especialmente quando acompanhados por dietas. Segundo o especialista, seja qual for o tratamento, torna-se imperioso e indispensável o acompanhamento feito por clínicos, es-pecialmente endocrinologistas, com uso de medicamentos específicos, quando necessários, para diminuir o apetite, corrigir a ansiedade, combater a depressão e a compulsão ou corrigir causas hormonais eventualmente presentes. “Por ser uma doença multifatorial, psicólogos, psiquiatras, fisiote-rapeutas, especialistas em exercícios, nutricionistas, enfim, uma equipe multiprofissional deve acompanhar o portador de obesidade”, declara.

Mesmo com todos os esforços de repetidos tratamentos feitos com especialistas associados, há pacientes que algumas vezes continuam no “efeito sanfona”, em que se perde e se ganha peso de forma repetida, sempre com saldo maior do peso inicial. “A obesidade torna-se progressivamente de maior risco. Nos casos de obesidade mórbida, o tratamento cirúrgico é a melhor opção”, conclui Oscar.

Obesidade é um dos principais fatores de risco para a hipertensão arterialA patologia está presente em 25% a 55% dos

obesos mórbidos, o que amplia a chance de

desenvolver doenças como insuficiência

cardíaca e arritmias

Segundo oScAr BArrozo MArrA, há trabalhos que mostram resolução da hipertensão em até 61% dos pacientes que passam pela cirurgia bariátrica

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Para aqueles que estão em busca de um corpo perfeito e que acompanham notícias sobre o mundo da moda e beleza, percebem como constantemente é mencionado os benefícios da dieta sem o uso do glúten. Mas este tipo de restrição é realmente indicado para todos que buscam emagrecer? A nutricionista pós-graduada em saúde pública e nutrição es-portiva, Mônica Laboissiere, explica que nem todos podem se beneficiar dessa medida, e que essa decisão só pode ser tomada sob orientação médica. “Durante o procedimento, as pessoas podem ingerir alimentos com pouca fibra, o que pode ocasionar obstipação e outros tipos de doenças e, no geral, os alimentos industrializados sem a substância não são enriquecidos com vitaminas e minerais, principalmente quando feita sem acompanhamento nutricional”, afirma.

Glúten é uma proteína composta pela mistura das pro-teínas gliadina e glutenina, que se encontram naturalmente na semente de diversos cereais, como trigo, cevada, cen-teio e aveia e no subproduto do malte. Algumas pessoas apresentam uma doença autoimune que causa danos ao intestino delgado, chamada de celíaca. “O paciente pode de-senvolver sintomas cutâneos, respiratórios e gastrointestinais,

Mitos e verdade sobre a dieta sem glútenA nutricionista Mônica Laboissiere explica que

nem todos podem se beneficiar e esta decisão

só pode ser tomada sob orientação médica

MônicA LABoiSSiere declara que o indivíduo que necessita fazer um corte do glúten tem que enriquecer o cardápio, sempre com a ajuda de um especialista

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PAnQuecAS de BAtAtAS coM ABoBrinhA

Ingredientes1 xícara abobrinha picada cozida 1 xícara de batatas 1 xícara de polvilho azedo ou farinha de tapioca 1 colher de sopa de fermento em pó ou bicarbonato 1 colher de suco de limão Leite vegetal (ou de uso) ou água Sal marinho

Modo de preparoCozinhe as batatas e passe no espremedor ou amasse bem,

formando um purê Forme bolinhas e achate uma a uma forman-do discos Coloque no saco de confeitar Disponha na assadeira achatando como discos ou dando outra forma Passe azeite antes de levar ao fogo, ou água, para formar crostas crocantes.

outros podem ter uma sensibilidade mais leve, que justifi caria a restrição”, explica.

Embora a doença não tenha cura, ela pode ser controlada. Para substituir o trigo, o celíaco pode optar pelas farinhas de milho e mandioca, fubá, polvilho, quinoa, fécula de batata, amido de arroz e diversos outros produtos, que estão se aper-feiçoando com o tempo e oferecendo opções mais saborosas a quem tem a restrição alimentar. “O indivíduo que necessita

fazer um corte do glúten tem que enriquecer o cardápio, sempre com a ajuda de um especialista”, afi rma Mônica.

A nutricionista reforça que este tipo de restrição não emagrece necessariamente, tanto que alguns pacientes celí-acos ganham peso. “Alguns podem reduzir o peso quando cortam a substância da alimentação e seguem outras reco-mendações como cortar o leite e alimentos industrializados que são ricos em gordura”, fi naliza.

Receitas sem glúten:

tAPiocA recheAdA

Ingredientes1/2 litro de goma peneirada1 pacote de coco ralado100 g de queijo prato ou parmesão cortado em fatias100 g de presunto cortado em fatias1 ovo para cada tapioca2 colheres de manteiga

Modo de preparoMisturar a goma peneirada ao cocoAquecer uma frigideira e despejar a goma, esperar dourar

e virar de lado passar manteiga envolta delaEm seguida rechear com o queijo, presunto e os ovos, e

está pronto para servir

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A principal forma de prevenção é a utilização de equipamentos de proteção individual e uma estrutura ade-quada para realização de eventos independentes na natureza do esporte ou tamanho da modalidade. “Além disso, é necessária uma equipe multidisciplinar devidamente capacitada e treinada para situações extremas e de urgência, o que sem dúvida salva vidas e melhora o prognóstico das lesões”, explica Leonardo. O atleta ferido deve ser tratado com protocolos iniciais específicos para pacientes politraumatizados e em seguida, caso a queimadura seja a lesão principal, encaminhado para hospitais especializados.

Cuidados

Exercícios físicos podem ocasionar queimadurasDentre as modalidades mais comuns está o ciclismo, praticado

em ambientes abertos, que causa diversos tipos de lesões

Diversas modalidades esportivas e exercícios físicos podem ocasionar queimaduras. O atleta pode, por exem-plo, cair durante maratonas ou corridas menores, determinando queimados por atrito, ou lesionar-se devido ao sol nos esportes aquáticos e outros praticados ao ar livre. Existe, ainda, a chamada geladura, decorrente do frio ou gelo, no caso das atividades de inverno.

Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ), Leonardo Rodrigues da Cunha, determinadas roupas apertadas ou com tecidos inadequados para as atividades físicas podem ainda ocasionar contusões. “O tecido atrita com a pele, o que, após certo tempo, pode resultar em ferimentos, que apesar de superficiais, são dolorosos”, afirma.

Um dos casos mais comuns de machucados decorrentes de exer-cícios físicos é o sofrido pelo ciclis-ta. “Realizado frequentemente em ambientes abertos, o atleta deve ter especial atenção para a prevenção

de queimaduras solares, que podem ser especialmente perigosas quando associadas à desidratação, devido ao desgaste presente nesta modalidade”, explica o especialista. Uma vez que o ciclista cai da bicicleta, múltiplas lesões podem ocorrer, resultantes da fricção do corpo com o solo, o famoso “rala-do”. “Estas possuem profundidade e extensão variáveis e dependentes da velocidade no momento da queda, do local, do asfalto ou vias não pavimen-tadas e dos equipamentos de proteção individual”, reitera.

Para Leonardo, é importante lembrar que acidentes com bicicleta podem ser consequência de colisões com veículos automotores. Segmentos superaqueci-dos do veículo, como o cano de descarga das motocicletas, o motor do carro ou até mesmo o contato com asfalto escal-dante, causam contusões no atleta. “O ciclismo é um esporte que praticamos desde jovens, sem proteção e cuidado adequado. Esse quadro ainda é agravado pelo trânsito caótico, falta de ciclovias

e custo elevado dos equipamentos de proteção individual e bicicletas”, afirma o presidente. Ele defende, ainda, que campanhas de prevenção, educação da população e investimentos do poder público são medidas fundamentais para a redução dos acidentes. “Trata-se de um esporte sustentável, meio de locomoção eficiente e que representa uma melhora importante da saúde e qualidade de vida dos praticantes”, reforça.

LeonArdo rodrigueS dA cunhA alerta que o atleta deve ter especial atenção para a prevenção de queimaduras solares

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LeônidAS Bueno FernAndeS | PRESIDENTE DA SGP

100% CAPCOConvido todos para o Congresso de Atualização em Pediatria do Centro

Oeste - CAPCO 2015, que será realizado em Goiânia nos dias 20 a 23 de

maio de 2015. Evento que celebra a união dos pediatras, estimula sua

atualização na área, favorecendo a valorização profissional

Estamos quase chegando na reta fi nal dos preparativos do congresso. Palestrantes renomados vão se confi rmando, inscrições aumentando, patrocinadores alinhados. É com muito prazer (e muito trabalho!) que estamos aqui. Durante esses meses, reservamos a melhor data, para que não coincidisse com outros eventos para o pediatra. Contactamos as sociedades do DF, do MT e do MS. Queremos unir forças para trazer o pediatra para o estudo, para a discussão. Todo o programa foi motivo de muita discussão, de muita análise. Foi inclusive oferecida a oportunidade que o pediatra sugerisse o tema que gostaria de ver no congresso, o que foi atendido, na medida do possível. Os cursos pré-congresso também foram preparados com muito carinho e serão seis temas: reanimação neonatal, reanimação de prematuro, alergia e imunologia„ dermatologia para o pediatra, radiologia em pediatria e atualização em imunização (SBIM). Temos muito a agradecer aos nossos patrocinadores, que valorizam o pediatra, investindo em sua formação.

Esperamos todos lá!

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cAMiLA curY | PEDIATRA

VITAMINAS PARA CRIANÇAS

Vitaminas são proteínas que ajudam na regulação e bom funcionamento de nosso corpo. Elas constituem em um grupo de substâncias que, em sua vasta lista, abrange diferentes e importantes funções, cada qual com sua peculiaridade e relevância, fazen-do-se necessárias mesmo em baixas doses para que se atinjam níveis adequados em nosso organismo.

Devido a essa nobre ação no equilíbrio de nossas funções orgânicas, deve haver uma preocupação frequente dos pais quanto à presença destes elementos na vida de seus fi lhos.

Há diversos estudos que demonstram os males que a falta de vitaminas nos podem acarretar e a suplementação mostra-se útil quando o organismo sofre algum tipo de desequilíbrio, tendo como exemplo situações de desnutrição, infecções, traumas e para-sitoses. Nestas ocasiões há uma demanda maior de vitaminas para o auxílio do corpo ao retorno do seu comando normal.

É importante salientar que reposição de qualquer vitamina para crianças deve ser es-tudada e utilizada com aval do pediatra, pois o uso inadequado, ao contrário que muitos imaginam, também pode acarretar prejuízos.

A dieta saudável é provedora de praticamente todas elas, com exceção da vitamina D, pois esta além de ser encontrada em determinados alimentos, também é sintetizada no nosso organismo pelo intermédio dos raios solares.

Dentre todas as suas funções, a vitamina D destaca-se pela manutenção do tecido ósseo e do sistema imunológico, dois pontos fundamentais no período de vida que com-preende a franca formação estrutural do indivíduo.

No consultório, são frequentes as solicitações de suplementos vitamínicos por parte dos cuidadores. O uso para crianças saudáveis, no entanto, apresenta respaldo apenas na reposição da vitamina D que, de acordo com a Academia Americana de Pediatria, deve ser feita até que seja completado um ano de idade. Tal recomendação faz-se necessária, uma vez que sabidamente há uma carência desta no leite materno e seus níveis no orga-nismo do bebê são baixos devido à inefi ciente exposição diária ao sol.

Desde sua descoberta, as vitaminas vêm sendo amplamente utilizadas. Na atuali-dade, a vitamina D está recebendo muito destaque pela sua elevada relevância clínica, tornando-se, hoje, uma das mais importantes aliadas na manutenção e formação de um indivíduo saudável.

reFerÊnciAS deStA ediÇÃo

Mitos e verdades sobre a dieta do glúten, Jornal Dia da Nutrição 2015Obesidade é um dos principais fatores de risco para hipertensão arterial, Jornal Dia da Hipertensão 2015Exercícios físicos podem causar queimaduras, n° 21, Revista Ortopedia em Goiás, fevereiro de 2015Um olhar clínico sobre a arte, Revista Luxo Vertical, n° 10, março de 2015

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weder wiLLiAn de MeLo | MÉDICO NUTRÓLOGO

A PELE, UMA DROGA CHAMADA OXANDROLONA E UM HOMEM MUSCULOSO DE SUTIÃ

Uma verdadeira epidemia silenciosa está em curso na nossa sociedade: o uso indiscriminado dos anabolizantes de última geração. Com a promessa de dobrar ou tripli-car a massa muscular em somente três meses de treino, a oxandrolona tem invadido as academias e o seu público principal se tornou, quem diria, as mulheres.

Na década de 80, a palavra “academia” entrou no dicionário dos brasileiros, com suas intermináveis aulas de aeróbica dançantes e suas insuperáveis roupas colantes fl uores-centes, homens de bermudas laicra e mulheres com suas colant e meia calça, todos com faixas na testa, prendendo os cabelos anelados (às vezes artifi cialmente) e esvoaçantes. No cinema, Footloose e Dirty Dancing davam o tom das músicas.

Tudo bem, éramos ridículos, mas não éramos drogados. No começo dos anos 2000 as cores vibrantes e fl uorescente se tornaram brega, os cabelos anelados viraram piada e as anoréxicas assumiram a mídia. Os tons cinzas e beges do estilista Giorgio Armani desfi -lados por modelos de 38 kg e 1,80 m pareciam sóbrios e inteligentes. Hollywood imedia-tamente importou as modelos anoréxicas para seus fi lmes e da noite para o dia elas se tornaram o sonho de qualquer garota de 13 anos. Nessa década, a droga já circulava nesse meio e os anorexígenos femproporex e anfepramona vendiam tonelada no Brasil. Os hits que até agora se limitavam aos adolescentes e aos adultos jovens (geralmente antes dos trinta), agora invadem um novo patamar. Com a desculpa de viver mais e ter uma vida saudável, uma poderosa indústria se formou e previsivelmente recrutou os adolescentes e os adultos jovens, mas não parou por aí: adultos de 40, 50 e, pasmem, senhoras e se-nhores de 60 ou mais estão “trincados na academia” com seus armários lotados de potes gigantes de Whey, e muitos deles com comprimidinhos de oxandrolona guardados juntos com a vitamina C. Todo mundo já viu alguns exemplares deste time que dá medo, como uma senhora de 60 anos que usa o leg press na academia e você decide revezar com ela o aparelho quando, de repente, leva um susto e precisa diminuir a carga que ela estava treinando, um pouco envergonhado, dando um sorriso sem graça ao abaixar a carga.

No cinema, o pequeno gigante Vin Diesel está no sétimo fi lme de uma sequência em que ele aparece com braços enormes, dirigindo alucinado supercarros; na TV, as bisnetas das chacretes, hoje chamadas de panicats, têm as coxas maiores que as de muitos zaguei-ros de futebol; para piorar, uma luta que vale quase tudo está no caminho para se tornar paixão nacional, o MMA.

Fomentando cada passo desse caminho, para que ele pareça natural, está uma indús-tria de vendedores. São suplementos, vitaminas, anabolizantes, estimulantes, academias

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(tão caras quanto uma faculdade), materiais esportivos (super-tênis, supercamisetas, dry fit), alimentos saudáveis (granolas, chias, óleos de coco, ômegas) e por que não citar também a área da saúde, com o aumento da demanda de médicos nesta área, de nutricionistas, de fisioterapeutas e de educadores físicos (que antes tinham pouco trabalho com suas entedian-tes aulas de Educação Física no segundo grau e hoje têm suas agendas lotadas como personal trainer, alguns até com status de celebridade). Não que isso tudo seja ruim, mas é preciso exercitar uma visão mais abrangente para vermos se isso tudo é mesmo necessário ou se estão apenas te vendendo produtos.

A drogADiariamente eu como granola, tomo uma cápsula de ômega

3, uso também uma colher de linhaça dourada e uma colher de amaranto em alguma refeição. Todos os dias, inclusive alguns domingos, eu vou à academia e tenho um tênis ridiculamente colorido (digno dos anos 80) e faço muitas dessas outras coisas que acabei de citar, até assisto filme do pequeno gigante Vin Diesel. Mas o que me preocupa mesmo é que não há um só dia sequer que eu não ouça dentro do consultório médico a mesma resposta a uma mesma pergunta: “Você está usando alguma medicação para malhar?” “Só oxandrolona, doutor!”

Oxandrolona é um esteroide anabólico androgênico (EAA) oral similar à testosterona. Traduzindo para uma linguagem simples: é uma “bomba” que acelera muito o volume e a força dos músculos. A oxandrolona, como muitos outros EAA, são capazes de mudar o biótipo pré-programado pelo perfil genéti-co da pessoa, ou seja, essa pessoa poderia malhar dez anos que nunca, nunca teria aquela massa muscular ganhada através da oxandrolona. Ela aumenta muito a disposição no dia-a-dia e a disposição de fazer exercícios. A oxandrolona é muito anabó-lica (ganho de massa) e pouco androgênica (masculinizante). Por esse motivo atingiu tão fortemente o público feminino, que em outros tempos abominava qualquer uso de anabolizante. Mas pouco masculinizante não quer dizer que não é mascu-linizante. E atrás destas maravilhas todas da oxandrolona tão bem divulgadas no boca a boca das academias e em conver-sas informais nos bares sobre a coxa da fulana, há os efeitos colaterais. Destes a colega da academia não faz propaganda. A oxandrolona, como todo esteroide anabólico androgênico (EAA), pode acarretar:

- Disfunção hepática (aumento do LDL colesterol e dimi-nuição do HDL colesterol, o bom);- Diminuição da coagulação sanguínea;- Hepatite medicamentosa (raro);- Carcinoma hepatocelular (raro);- Peliose hepática (um tipo de tumor de fígado);- Necrose hepática (raro);- Aumento da cetogênese hepática (a mesma dos diabéticos);- Irritação da bexiga (provavelmente aumento do músculo da bexiga);- Hipertensão arterial;- Edema (inchaço);

- Alteração da voz;- Aumento da próstata;- Aumento do clitóris;- Crescimento de pelos na face;- Irregularidade do ciclo menstrual;- Calvície;- Acne;- Aumento da oleosidade da pele;- Alterações do humor;- Depressão;- Aumento do risco de suicídio;- Leucemia;- Tremor;- Escurecimento da pele;- Câncer de próstata; - Alteração da libido;- Atrofia testicular;- Diminuição dos espermatozoides;- Ginecomastia (aumento da mama em homens).Agora a pergunta é: por que uma medicação com esses

efeitos colaterais é permitida pela Anvisa e vendida por milha-res de farmácias em todo território nacional? A resposta é que em casos de queimaduras graves (com perda muscular), em pacientes com síndrome de Turner, pacientes com Aids e em perda muscular acentuada a oxandrolona pode ajudar a ganhar ou manter a musculatura desses estados caquéticos. Mas com certeza 99% da oxandrolona vendida hoje no Brasil não é para nenhum destes casos.

o hoMeM MuScuLoSo coM SeioS grAndeSA oxandrolona, como qualquer outro esteroide anabólico

androgênico (Anadrol, Deca Durabolin, Dianabol, Winstrol), aumenta o nível sanguíneo da testosterona, fazendo-a atingir níveis acima do normal. O organismo tenta corrigir esse desequi-líbrio através da enzima aromatase, transformando excesso de testosterona em estradiol, um hormônio com perfil feminino que aumenta a significantemente a gordura mamária e as glândulas mamárias. Então, no homem, este efeito colateral é terrível, pois nossos amigos fortões, tão orgulhosos da sua forma física, não podem tirar a camisa, mas pelo menos podem usar manga cava-da e exibir os braços fortes. Já que o estradiol transforma peitoral em seio, quando for praticar corrida às vezes é bom usar uma cinta peitoral que, para mulheres, se chama sutiã. Essa transfor-mação é definitiva e não tem remédio para regredir a massa ma-mária, mas tem tratamento cirúrgico pela cirurgia plástica. Mais uma observação: não existe nenhum remédio ou suplemento que associado ao uso da oxandrolona protege o fígado, fato com-provado por trabalho científico. O que existe é um remédio que bloqueia parte da aromatase (que transforma testosterona em estradiol e aumenta a mama), chamado Tamoxifeno, substância também usada na quimioterapia do câncer de mama. Se o uso de anabolizantes continuar na proporção que está acontecendo hoje, temo que teremos em 2023 propagandas na TV vendendo creme de barbear para mulheres e será um sucesso.

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Leila Magre é pediatra com mais de 25 anos dedicados à carreira médica. Ela ingressou aos 16 anos no curso de Medicina da Universidade Federal de Goiás e durante esse processo buscou conciliar o curso com suas outras grandes paixões: o estudo da música e a produção artística, sobretudo o artesanato. “Vejo que a medicina e a arte possuem um ponto em comum, que é a sensibilidade. Eu não teria feito medicina se eu não tivesse essa percepção com o ser humano em geral, com a vida”, analisa.

Devido a uma vida profi ssional agitada na área médica, Leila abdicou por um longo período dos projetos artísticos, retomando, em 2005, um antigo sonho: concluir o curso de Design Gráfi co na UFG – logo depois se especializando em Fashion Design pelo Instituto Europeu de Design. “O design me ajudou a unir funcionalidade, a praticidade à uma nova forma de criação”, ressalta.

Com a maturidade, Leila resolveu colocar suas ideias criativas em prática e iniciou, em fevereiro, a elaboração e concretização do projeto Donna Maria, pelo qual ela tem

Apesar do crochê remeter ao passado e muitas vezes estar relacionado à cultura popular, Leila o recoloca no mercado, trazendo uma roupagem moderna e uma visão artística. “É uma tendência. O mundo está caminhando para a busca de sensações agradáveis, em que não basta somente se cercar de objetos. Eles devem fazer com que você retome o fôlego e remeta aos elos do passado, da família. Essa é a mensagem que eu gostaria de passar com minhas peças”, explica.

Inovações em cores, fi os e formas. Essas são as principais intenções da artista, que trabalha os acessórios de maneira artesanal, em que não há peças repetidas e que mesclam a beleza e a preocupação da artista em oferecer aos clientes uma sensação de aconchego com os acessórios.

Revivendo invernos passados

Acompanhe o trabalho da artista pelas mídias sociais, como o Instagram @donnamariagyn e o Facebook Donna Maria, e veja algumas de suas produções.

Galeria

A médica e designer Leila Magre lança a marca

de acessórios Donna Maria com uma proposta

exclusiva e moderna

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se dedicado exclusivamente na produção dos acessórios handmade, que retomam o uso do crochê, técnica que a médica domina desde os oito anos de idade.

Memórias. Resgate do passado com alta carga de emoção fazem com que Magre trabalhe à mão o seu universo e que ele se concretize em peças desenvolvidas para essa primeira coleção, que marca o nascimento de um sonho da pediatra, de explorar esse lado artístico.

“O desenvolvimento desses acessórios exclusivamente desenhados e projetados trazem na intimidade da trama uma história de amor contada por fi os, que teve origem com minhas queridas “Marias”. Não por acaso, a marca Donna Maria conta essa história, produzindo acessórios para mulheres modernas, diferenciadas, únicas, incomparáveis e que, assim como eu, recriam sua história todos os dias”, conta.

Um olhar clínico sobre a arte

A artista imaginava que o seu trabalho fosse direcionado basicamente às mulheres, numa faixa etária mais restrita; no entanto, mulheres das mais variadas idades e até mesmo homens têm buscado adquirir as peças.

Leila busca atender a gostos diferenciados e solicitações de encomendas. “Eu mostro ao cliente como é a minha forma de trabalhar, que é com a trama, com o crochê. Gosto quando as pessoas me indicam os caminhos a serem percorridos, mas que eu tenha a liberdade para a criação e que na elaboração do produto eu consiga atender a expectativa do cliente. Isso torna o trabalho mais criativo e artístico”, enfatiza.