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USO DO CPAP NASAL DURANTEA REMOÇÃO DE RECÉM-NASCIDOS COM DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO “Use of Nasal Continuous Positive Airway Pressure During Retrieval of Neonates With Acute Respiratory Distress” Philip G. Murray, MRCPCH, Michael J. Stewart, FRACP Newborn Emergency Transport Service, Royal Women’s Hospital, Carlton, Victoria, Australia Pediatrics 2008; 121: e754 – e758 Apresentação: Ana Carolina Tardin Martins Coordenação: Alessandra de Cássia Gonçalves Moreira Unidade de Neonatologia do HRAS/SES/DF www.paulomargotto.com.br 22/7/2009

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USO DO CPAP NASAL DURANTEA REMOÇÃO DE RECÉM-NASCIDOS COM DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO

“Use of Nasal Continuous Positive Airway Pressure During Retrieval of Neonates With Acute Respiratory Distress”

Philip G. Murray, MRCPCH, Michael J. Stewart, FRACPNewborn Emergency Transport Service, Royal Women’s

Hospital, Carlton, Victoria, AustraliaPediatrics 2008; 121: e754 – e758

Apresentação: Ana Carolina Tardin Martins

Coordenação: Alessandra de Cássia Gonçalves Moreira

Unidade de Neonatologia do HRAS/SES/DFwww.paulomargotto.com.br

22/7/2009

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Objetivos

Determinar a segurança e a efetividade do transporte de recém-nascidos e crianças tanto por terra quanto por ar com CPAP nasal como suporte ventilatório através de um grande número de pacientes transportados.

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Introdução Existem poucos estudos sobre uso de

CPAP nasal em transporte de recém-nascidos ou crianças com desconforto respiratório agudo.

NETS: Victorian Newborn Emergency Transport Service é o maior serviço de transporte de crianças na Austrália. A equipe consiste de um enfermeiro e residente senior de pediatria. Todos os transportes são triados e supervisionados por consultores neonatologistas por telefone.

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Métodos

Pesquisado através da database dos NETS todos os pacientes transportados com CPAP nasal no período compreendido entre 1º de Janeiro de 2004 a 1º de Novembro de 2005.

Os dados gravados tinham as características clínicas e demográficas desses pacientes.

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Todos os casos tinham seguimento diário por telefone de uma semana após realizado o transporte, questionados sobre intubação com menos de 24hs do transporte, após, eletivamente ou a não intubação.

Para cada criança transportada, era feita uma avaliação inicial pela equipe, seguida de uma discussão com os consultores para a decisão pelo tipo de suporte ventilatório. Porém, não haviam critérios delimitados para determinar quais crianças usariam CPAP ou VM.

Nenhuma criança recebeu surfactante antes do transporte.

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Quando iniciada a terapia com o CPAP, era utilizado um período de 10 a 20 minutos de observação antes do início do transporte.

Falha do CPAP foi determinada como:Intubação antes do transporteIntubação durante o transporteVentilação com balão e máscara durante o

transporteSO2 < 88% sem fornecimento adequado de O2

(exceto para cardiopatias congênitas)Aumento da TCO2 > 7mmHG, com TCO2 no final

> 60mmHG Não foi delimitado valor limite para FIO2

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Resultados

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Razões para intubação pré-transporte: apnéias (3), piora do desconforto respiratório (4) e falha na tolerância ao CPAP (4). 2 crianças não tiveram as causas claras.

Das crianças transportadas com CPAP, 4 falharam devido ao aumento da TCO2.

Nenhuma precisou de ventilação com balão e máscara.

Das 203 transportadas no CPAP com sucesso, 161 (73%) não precisaram de intubação com 24h de chegada, 27 (13%) precisaram de intubação nas 1as 24h, 4 (2%) foram intubadas com mais de 24h e 11 (5%) foram intubadas eletivamente para cirurgia.

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Discussão Maior estudo sobre uso de CPAP nasal

em crianças em transporte inter-hospitalar

Gasometria não foi avaliada pois não era disponível para todos os pacientes

A duração média do transporte foi de 33min, não podendo então ser aplicado para transportes de longas distâncias

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O CPAP pareceu ser seguro em transportes terrestres pelo baixo número de aumento da FIO2 (4%) e aumento da TCO2 (7%)

4 crianças foram incluídas como falha porque obtiveram aumento da TCO2, porém apenas 1 delas necessitou de intubação – necessidade de gasometria para confirmação.

Poucas crianças transportadas por via aérea

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A intubação de rotina antes de um transporte é indesejável por muitas razões:A criança é sujeita a um procedimento

invasivoDesconfortávelVentilação desnecessária pode causar

lesão pulmonar

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O manejo neonatal pelo ar foi limitado às crianças agudamente enfermas e com baixa idade pós-natal .

A intubação num transporte aéreo pode ser muito difícil tanto em avião quanto em helicóptero devido à falta de espaço

Não foi possível predizer quem necessitaria de intubação pós-transporte.

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Conclusão CPAP nasal é efetivo e tem uma aceitável

margem de segurança para o transporte terrestre de crianças com desconforto respiratório agudo.

O transporte aéreo é exequível, mas estudos maiores são necessários para se determinar segurança

Estudos adicionais são necessários para se identificar o momento e razões para intubação de crianças transportadas em CPAP nasal.

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FIM