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Vaginose Bacteriana por Alessandra Morais - Internato de GO Universidade Presidente Antonio carlos- Araguari-MG
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GARDNERELLA VAGINALIS
Vaginose Bacteriana
Alessandra Morais Sousa
Interna UNIPAC – Araguari
2010
INTRODUÇÃO
A vagina é colonizada por variado número de bactérias de espécies diferentes que vivem em harmonia com o Lactobacillus sp - espécie bacteriana predominante e responsável pela determinação pH ácido (3,8 a 4,5) que inibe o crescimento das demais espécies bacterianas nocivas à mucosa vaginal.
A ausência ou baixa concentração de Lactobacillus sp na flora vaginal associa-se a processos patogênicos como as vaginoses bacterianas e as doenças sexualmente transmissíveis.
GARDNERELLA VAGINALLIS
Síndrome clínica caracterizada pela diminuição de lactobacilos e aumento dos agentes anaeróbicos, como a Gardnerella vaginalis, Bacteroides sp, Mobiluncus sp, micoplasmas entre outros.
40 % das vulvovaginites
Principalmente entre mulheres em idade reprodutiva e sexualmente ativas
GARDNERELLA VAGINALLIS Principais características:
a modificação do pH vaginal (acima de 4,5)
gram-negativos ou gram-variáveis não capsulados imóveis e anaeróbicos
facultativos Citotóxicas - ocasionam a
esfoliação das células epiteliais e o corrimento vaginal
Geração de corrimento abundante de cor branco acinzentada e de odor fétido ("peixe podre") - produção de aminopeptidases com formação de aminas que rapidamente se volatizam em pH elevado e produzem o odor característico
SINAIS E SINTOMAS
Geralmente se apresentam nas mulheres ; a maior parte dos homens permanece assintomática.
Há corrimento abundante ou não , com odor semelhante a peixe , que piora após a relação sexual e durante a menstruação.
Corrimento é branco-acinzentado, de aspecto cremoso ou bolhoso.
Pode ocorrer queimação ou ardência.
GARDNERELLA VAGINALLIS
Diagnóstico - Critérios de Amsel
1) pH vaginal superior a 4,52) Aspecto cremoso,
homogêneo, cinzento, aderente as paredes vaginais e colo
3) Teste de odor da secreção vaginal (whiff-teste/ Teste das aminas): adição de hidróxido de potássio a 10% - aparecimento de odor “peixe podre”
GARDNERELLA VAGINALLIS
4) Visualização de clue cells:
células epiteliais recobertas de Gardnerella vaginalis aderentes à membrana celular contorno granuloso e impreciso um dos melhores indicadores de vaginose
CÉLULAS EPITELIAIS CONTENDO BACTÉRIAS QUE SÃO VISTAS NO
EXAME MICROSCÓPICO
CÉLULAS INFECTADAS PELA GARDNERELLA VAGINALIS
GARDNERELLA VAGINALLIS
Diagnóstico
COMPLICAÇÕES Infertilidade; Salpingite; Endometrite
Aumento do risco de infecção pelo HIV se houver contato com o vírus;
Aumento do risco de se contrair outras infecções como a gonorréia, trichomoníase, etc;
Durante a gestação pode ser causa de prematuridade.
TRANSMISSÃO
Geralmente primária na mulher Sexual no homem
Período de Incubação: 2 a 21 dias.
TRATAMENTO Via Oral
Metronidazol 2g via oral , dose única
Metronidazol 500mg oral 8/8 hs, 7 dias
Secnidazol 2 g oral, dose única
Tinidazol 2g oral, dose únicaClindamicina 300mg oral
12/12hs, sete dias
Tratar o parceiro sempre
TRATAMENTO Tópico
MetronidazolGel 0,75% - 1 aplicador ao dia -7dias
Tinidazol Creme 30mg-1 aplicador ao dia -7dias
Clindamicina Creme 2% -1 aplicador ao dia – 3 a 7dias
Clindamicina Óvulo –dose única
Cremes Vaginais com Tetraciclina ou Sulfa
GRAVIDEZ
Associada com ruptura prematura de
membranas Trabalho de parto prematuro Corioamnionite Endometrite pós-parto Celulite pós-parto Tratamento local não foi efetivo 1ªescolha: metronidazol 250mg VO 8/8 h por
7 dias não foi encontrada associação com
malformação
PREVENÇÃO
Uso de preservativo
Evitar duchas vaginais, exceto sob recomendação médica
Limitar número de parceiros sexuais
Controles ginecológicos periódicos.