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Verificação da Aplicação dos Critérios da NBR-15575/2013 -Edificações Habitacionais - Desempenho
Relacionados à Iluminação Artificial em Edificações de Baixo Custo dezembro/2014
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 8ª Edição nº 009 Vol.01/2014 dezembro/2014
Verificação da Aplicação dos Critérios da NBR-15575/2013 -
Edificações Habitacionais - Desempenho Relacionados à
Iluminação Artificial em Edificações de Baixo Custo
Jean Carlo Fechine Tavares - [email protected]
Iluminação e Design de Interiores
Instituto de Pós-Graduação - IPOG
João Pessoa, PB, 10 de Abril de 2014.
Resumo
O contexto global aponta que é relevante tratar de questões relativas à moradia, à economia
de energia e ao atendimento dos apsectos legais. Este trabalho uniu, em uma investigação, os
três aspectos e trabalhou a questão: Qual o impacto da aplicação da NBR-15575 -
Edificações Habitacionais - Desempenho em casas de baixo custo financiadas pelo poder
público? A referida Norma entrou em vigor em julho de 2013 e os números envolvendo este
tipo de habitação no Brasil são relevantes dado ao alto déficit habitacional. Frizando aqui o
item iluminação artificial, foi verificada a situação existente de tais edificações e, através de
medições in loco, os resultados demonstraram que a iluminação oferecida não atende ao
recomendado. Frente a esta realidade, redimensionou-se, utilizando o método dos lumens, o
sistema de iluminação na tipologia estudada de onde conclui-se que o impacto da aplicação
da referida norma, nos custos da implantação deste item, não são significativos. Já quanto a
sua operacionalização, os números apontam que com especificações técnicas de
equipamentos energéticamente eficiêntes pode se gerar significativa economia de energia
elétrica, sendo possível, com a minimização do seu consumo, um rápido retorno do
investimento aplicado.
Palavras-chave: Iluminação. Desempenho. Habitação.
1. Introdução
Os números envolvendo habitações em um País com dimensões continentais como o Brasil e
que, de acordo com projeções da Organização das Nações Unidas (2012), na metade deste
século terá em torno de 93,6% da população habitando áreas urbanas, são de proporções
consideráveis. Nesta escalada o País convive com um alto déficit habitacional, na ordem de
aproximadamente sete milhões de moradias, anotadas em 2010 por algumas instituições, a
exemplo do Ministério das Cidades.
Como resultado desta realidade, o País tem se deparado com inúmeros e graves problemas
urbanos e seus efeitos negativos, tais como, o surgimento de habitações subnormais em áreas
irregulares trazendo a reboque grandes impactos ambientais e sociais, pois a crescente
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demanda por moradia não espera a lentidão, muitas vezes presentes nos estudos
governamentais, para a minimização de tal problemática.
A este problema soma-se a má distribuição do emprego e renda no País, fato que deixa muitos
brasileiros sem a possibilidade de obter uma moradia que contemple o mínimo frente aos
padrões de qualidade. Neste sentido, observa-se ao longo do tempo que diversas gestões
tentaram e tentam minimizar este problema que coloca o Brasil em um patamar ruim em
termos de índice de desenvolvimento humano, pois apesar de ser considerado alto, garante
apenas a posição de número 85 no ranking mundial, atrás de alguns dos nossos vizinhos.
Surgem portanto os vários programas, com incentivos por parte dos governos, criando linhas
de crédito e ações para as chamadas habitações de interesse social. Por volta dos anos de 1960
a política de habitação incentivava a aquisição da casa própria através de financiamentos
pelas caixas econômicas e pelos institutos de aposentadorias e, em seguida surge o Banco
Nacional de Habitação (BNH) estimulando a construção e o financiamento da aquisição da
casa própria especialmente pelas classes da população com menor renda. Outros fatores
influenciaram na manutenção do problema da habitação, destacando-se a alta inflação
registrada em alguns momentos, que levaram a altas taxas de inadimplência nos
financiamentos, colocando em cheque o próprio BNH e outros programas que se seguiram.
Hoje a realidade parece não ter mudado, o problema continua e governo após governo,
programa após programa têm se lutado contra o crescente déficit habitacional brasileiro,
presente em todas as regiões. No Nordeste este número passa de dois milhões com 25% deste
concentrado nos Estados da Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco.
Olhando do ponto de vista da Arquitetura e do Urbanismo o que se vê no Brasil, apesar dos
esforços dos governantes, é algo que demonstra uma preocupação prioritária com os aspectos
quantitativos, ou seja, os números em primeiro lugar, ficando a margem as questões
qualitativas, tanto referentes às unidades habitacionais quanto às questões urbanas na escala
da cidade.
Surgem conjuntos de habitações com dimensões mínimas, localizadas em áreas muitas vezes
afastadas e sem infraestrutura adequada, contrariando recomendações Legais e tendo como
resultado espaços públicos e privados que não atendem, em sua maioria, segundo Silva (1992)
às necessidades primárias do ser humano bem como as questões relativas a economia de
energia.
Visando minimizar tal problemática na escala da edificação, (frisa-se aqui e não na escala
urbana), entrou em vigor, em julho de 2013, a pedido da Câmara Brasileira da Indústria da
Construção (CBIC) à Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que realizou uma
revisão de um importante conjunto normativo, a NBR-15575 "Edificações Habitacionais -
Desempenho" considerada um marco para a modernização tecnológica da construção
brasileira e melhoria da qualidade das habitações.
Tal Norma Técnica recomenda uma série de critérios de desempenho a serem seguidos pelos
projetistas das edificações, o que, por um lado, tem trazido a expectativa de construções
habitacionais com mais qualidade, inclusive respeitando características regionais, por outro,
tem gerado preocupação por parte dos construtores uma vez que as exigências por
especificações de produtos com certificação de qualidade gera a expectativa de acréscimo nos
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custos, pois no Brasil ainda é maioria a fabricação de produtos da construção civil em
pequenas fábricas sem nenhuma certificação. Portanto, produtos certificados custarão mais e
as pequenas fábricas terão que se adaptar, gerando assim o receio, por parte dos construtores,
de que estes custos sejam repassados à obra reduzindo, desta forma, o lucro dos mesmos ou,
exigindo dos órgãos financiadores um repasse maior de recursos.
Neste sentido surge a hipótese de se testar o impacto da aplicação da NBR 15575 nos custos
das edificações habitacionais. Isto abrirá uma série de estudos a este respeito, uma vez que
são muitas as variáveis em questão correlacionadas com características regionais de um País
com proporções continentais. Logo, neste estudo foi estudado apenas o critério de
desempenho relativo a iluminação artificial, buscando responder a seguinte questão: A
tipologia empregada no programa de habitação de interesse social atende ao critério de
desempenho lumínico artificial recomendado na NBR-15575? e, caso não atenda, qual será o
impacto de tal adequação a referida legislação no que se refere a quantidade e a qualidade da
iluminação no ambiente construído e a economia de energia elétrica?
Observando tais edificações percebe-se o pouco cuidado com a questão da iluminação
artificial, pois as soluções, na maioria apresentadas, não buscam otimizar este quesito, sendo
comum a presença de materiais de baixa refletância, ausência de luminárias de boa qualidade,
uso de lâmpadas de baixa eficiência luminosa e, quase em todos os casos, cada ambiente
apenas com um ponto de luz instalado.
Frente a esta realidade, este trabalho teve como objetivo geral verificar se a tipologia de casas
empregada nos programas de habitação de baixo custo atendem aos padrões de desempenho
recomendado pela NBR-15575 no que se refere a iluminação artificial e, caso não atenda qual
será o impacto da aplicação de tal legislação.
Apresenta-se como objetivos específicos diagnosticar a situação existente acerca da
iluminação artificial e alertar os envolvidos neste tipo de atividade para a importância de
estudos nesta área, que se preocupem não só com os parâmetros quantitativos, mas também,
com os aspectos relacionados a qualidade do espaço a ser habitado.
2. Referencial Teórico
O apoio teórico para o desenvolvimento deste estudo foi dividido em três frentes de leitura
que trataram dos aspectos arquitetônicos, que envolvem as habitações de baixo custo, da
Legislação acerca do desempenho deste tipo de edificação e suas recomendações relativas ao
desempenho lumínico e, por ultimo do método dos lumens utilizado para o dimensionamento
da iluminância adequada a este tipo de edificação.
2.1. Habitação de Baixo Custo
O Ministério da Cidades na portaria No 168, de 12 de Abril de 2013 apresenta as diretrizes
gerais relacionadas ao programa de habitações de baixo custo denominado Programa Minha
Casa Minha Vida do Governo Federal. Para a Paraíba, este tipo de imóvel terá um valor
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máximo para aquisição de R$ 61.000,00 na capital e região metropolitana, R$ 57.000,00 para
cidades com população maior ou igual a 50.000 habitantes. Em cidades com população
abaixo deste número, o valor cai para R$ 54.000,00 e é destinado apenas para casas, não se
aplicando o programa para aquisição de apartamentos.
Para respeitar estes limites financeiros, as unidades habitacionais devem respeitar uma série
de especificações mínimas, a exemplo dos recomendados pela Caixa Econômica Federal, um
dos Órgãos financiadores do referido programa habitacional, que aponta como mínimo o
seguinte projeto: casa com sala, 01 dormitório para casal, 01 dormitório para duas pessoas,
cozinha, área de serviço (externa), circulação e banheiro. Além dos cômodos, são apontados
ainda o mobiliário que deverá integrar o espaço, com o espaço de deslocamento entre eles. No
que respeita ao quesito iluminação, foram observadas recomendações sobre interruptores,
tomadas e cabeamentos, porém nenhuma sobre eficiência da lâmpada.
Por imposições de mercado, uma composição programática bem utilizada na capital paraibana
contempla três quartos sendo um suíte, esta configuração resulta em uma área útil acima dos
36,00 m2 mínimos exigidos, alterando assim a relação de lucro do construtor.
2.2. Legislação Sobre Desempenho Lumínico
Em uma passagem ao longo do tempo, para o dimensionamento da quantidade adequada de
luz recomendada em função de uma determinada tarefa a ser executada, eram tomados como
base os parâmetros prescritos na NBR-5413/1992: Iluminância de Interiores, que considerava
três importantes critérios para a escolha da iluminação adequada: a idade de quem executa a
tarefa, as refletâncias de fundo de tarefa e a velocidade e a precisão da tarefa, a partir da
ponderação destes critérios conforme tabela 1 era possível se obter a Iluminância
recomendada. Esta Norma apresentava, em uma extensa lista de ambientes, a iluminância
adequada para cada ambiente conforme exemplo logo abaixo da Tabela 1.
Tabela 1 – Critérios para a escolha da iluminância adequada
Fonte: Adaptado de NBR-5413 (1992)
Características da tarefa e do
observador
Pesos
-1 0 +1
Idade Inferior a 40 anos 40 a 55 anos Superior a 55 anos
Velociadade e precisão Sem importância Importante Crítica
Refletância de fundo de tarefa Superior a 70% 30 a 70% Inferior a 30%
Para o caso de residências tem-se os seguintes valores para a iluminação geral:
Ambiente Iluminâncias Recomendadas (lux)
Sala de estar: 100 - 150 - 200
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Cozinha: 100 - 150 - 200
Quartos: 100 - 150 - 200
Banheiros: 100 - 150 - 200
Despensas/garagens: 75 - 100 - 150
Em relação às necessidades específicas tem-se:
Leitura: 300 - 500 - 750
Fogão: 200 - 300 - 500
Espelho: 200 - 300 - 500
Após preestabelecida a iluminância adequada, o projetista dimensionava o sistema de
iluminação posteriormente instalado. Após o funcionamento deste, utilizava-se o prescrito na
NBR-5382/1985: Verificação da Iluminância de Interires, que trazia o procedimento para a
aferição do nível de iluminância existente no local. Eram determinados pontos para as leituras
utilizando um medidor de nível de iluminância (luxímetro) e, em seguida, era feita uma média
conforme exemplo abaixo:
Para o caso de ambientes com um ponto de luz no centro, recomenda-se a verificação da
iluminância média de acordo com a Figura 1:
Figura 1 – Área regular com um ponto de luz no centro
P3 P4
P1 P2
Fonte: Adaptado de NBR-5382 (1985)
Após a leitura feita nos pontos recomendados, através da média aritmética era obtida a
iluminância média para este tipo de ambiente.
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Estes procedimentos foram utilizados até abril de 2013 quando entrou em vigor a NBR ISO
CIE 8995-1 / 2013: Iluminação de Ambientes de Trabalho que, segundo a própria, cancela e
substitui as duas normas supracitadas. Deste ponto da investigação surgem dificuldades uma
vez que esta Norma trata de ambientes de trabalho e não especificamente de ambientes
residenciais como fazia a NBR-5413 agora cancelada. Quanto à iluminância recomendada,
não são apresentados valores para residências e quanto ao procedimento para a verificação,
segundo a própria NBR ISO CIE 8995-1 / 2013 recomenda-se que a iluminância seja medida
em pontos específicos em áreas pertinentes, não podendo estas serem inferiores aos valores
calculados para tais áreas.
Diante do foco trabalho, que aponta para a aplicação da NBR-15575-1 "Edificações
Habitacionais - Desempenho em edificações de baixo custo, foi necessária a leitura da
mesma, de onde foram obtidas as seguintes informações:
Algo que causa no mínimo estranheza é o fato da NBR-15575 recorrer aos parâmetros da
NBR-5413/1995, cancelada e substituída em abril de 2013, antes da entrada da mesma em
vigor ocorrida em julho de 2013, ou seja, deveria ter sido recomendada a NBR ISO CIE 8995-
1 / 2013. Fica aqui um alerta para as autoridades competentes:
os profissionais que trabalham pensando na qualidade desta variável em
questão (iluminação artificial) necessitam de coerência em se tratando dos
critérios normativos sugeridos na legislação específica vigente.
Deixando tal impasse para a discussão em outra oportunidade, segue, na Tabela 2 a
apresentação dos parâmetros recomendados pelo anexo E da NBR-15575/2013 sobre o
desempenho do sistema de iluminação artificial a ser utilizado, com critérios mínimos (M),
intermediários (I) e superiores (S).
Tabela 2 – Critérios para a escolha da iluminância adequada
Dependência
Iluminamento Geral para o Nível de
Desempenho
M* I S
Sala de Estar
Dormitórios
Banheiros
Área de Serviço
Garagens/Estacionamentos Internos e Cobertos
≥ 100
≥ 150
≥ 200
Copa/Cozinha ≥ 200 ≥ 300 ≥ 400
Corredor ou Escada Interna à Unidade
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Corredor de Uso Comum (prédios)
Escadas de Uso Comum (prédios)
≥ 100 ≥ 150 ≥ 200
Garagens/Estacionamentos descobertos ≥ 20 ≥ 30 ≥ 40
*Valores Mínimos Obrigatórios
Fonte: Adaptado de NBR-15575 (2013)
2.3. Método dos Lumens
Utilizado para a determinação do fluxo luminoso total necessário em Lumens, para a obtenção
de um aclaramento médio requerido no plano de trabalho, em Lux, este método apresenta a
equação (1) obtida da leitura de três autores que tratam do tema, Guerrine (2008) Silva (a)
(1992) e Silva (b)
(2009):
Ø = E x S Lúmens (1)
n x d
Onde: Ø: fluxo total necessário emitido pelas lâmpadas (Lúmens)
E : Aclaramento requerido no plano de trabalho (recomendado pela
legislação específica (Lux)
S : Área do local (m2)
n : Fator de utilização do local
d : Fator de depreciação do sistema de iluminação
Cada lâmpada emite um fluxo luminoso (Ø) em lúmens e, a citada equação, quantifica o
número de lâmpadas necessárias para obter um determinado aclaramento ou iluminância (E)
em lux para uma determinada área (S). Este ultimo parâmetro é atualmente recomendado pela
NBR ISO CIE 8995-1: Iluminância de Interiores conforme comentado na subseção anterior.
Já, para a determinação dos fatores de utilização (n) e de depreciação (d) são utilizados os
seguintes procedimentos:
a) Fator de utilização (n)
Este fator mede a relação entre o fluxo luminoso que chega ao plano de trabalho e o
fluxo luminoso total emitido pelas lâmpadas e é função das dimensões do local, do
tipo de luminária especificada e dos acabamentos superficiais das paredes, tetos e
pisos. é necessário ainda a determinação do Índice de Local (k) utilizando a equação
(2):
k = c x l (2)
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(c+l)A
Onde: c : Comprimento do local (m)
l : Largura do local (m)
A: Altura útil - do eixo da lâmpada ao plano de trabalho (m2)
De posse dos valores de "k" e das informações sobre as refletâncias das superfícies que
dependem das cores e texturas das mesmas, são consultados, neste momento, catálogos
técnicos de conjuntos de luminárias e lâmpadas que apresentem informações sobre suas
fotometrias, destes são extraídos o fator de utilização (n) conforme Figura 2
Figura 2 – Exemplo de Luminária e sua tabela com o fator de utilização
Fonte: Adaptado de http://www.lumicenteriluminacao.com.br
b) Fator de Depreciação (d)
Verifica a relação entre o fluxo luminoso emitido do conjunto luminária e lâmpada, no
início e no final de sua vida útil, uma vez que com o tempo, alem do desgaste natural
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do sistema, ainda são depositadas diversas partículas sobre o conjunto diminuindo
assim a iluminância do ambiente.
Este parâmetro apresenta variação de autor para autor conforme Tabelas 3 e 4 abaixo:
Tabela 3 – Fator de depreciação "a" (d)
Ambiente 2.500 h 5.000 h 7.500 h
Limpo 0,95 0,91 0,88
Normal 0,91 0,85 0,80
Sujo 0,80 0,66 0,57
Fonte: Adaptado de Silva (1992)
Tabela 4 – Fator de depreciação "b"
Ambiente 2.500 h 5.000 h 7.500 h
Limpo 1,05 1,10 1,15
Normal 1,10 1,20 1,25
Sujo 1,25 1,50 1,75
Fonte: Adaptado de Guerrine (2008)
Porem, de acordo com a NBR ISO CIE 8995-1 / 2013: Iluminação de Ambientes de Trabalho,
é recomendado que este fator não assuma valor inferior a 0,70
De posse das informações tratadas até aqui já é possível a quantificação das luminárias e
lâmpadas para iluminar um determinado ambiente, resta apenas garantir uma boa distribuição
de modo a garantir a funcionalidade da iluminação artificial proposta.
Vale ressaltar que a especificação dos equipamentos envolvidos (luminárias, lâmpadas,
reatores, etc.) devem apontar no sentido da eficiência energética, de modo que a solução
adotada para a iluminação de determinado ambiente venha gerar uma economia de energia
elétrica.
3. Metodologia
A proposta aqui desenvolvida realizou, em um modelo de edificação para Habitação de baixo
custo (a chamada habitação do Programa Minha Casa Minha Vida do Governo Federal) a
verificação do atendimento do que prescreve a NBR-15575 acerca do desempenho da
iluminação artificial. Para tanto, teve seu desenvolvimento estruturado em uma pesquisa de
caráter exploratório dividida em 05 etapas a seguir descritas:
Etapa 01: Coube a esta etapa uma pesquisa sobre as características da s
edificações em estudo, sobretudo acerca do item iluminação artificial e seus aspectos
qualitativos e quantitativos;
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Etapa 02 – Aqui, foi feito um aprofundamento dos conhecimentos relativos à
literatura existente sobre iluminação artificial destacando o método dos lumens para
o dimensionamento de sistema de iluminação artificial, bem como sobre a legislação
específica vigente, onde se cita a NBR-5413 / 1992 - Iluminância de Interiores,
substituída pela NBR ISO CIE 8995-1 / 2013: Iluminação de Ambientes de Trabalho
e o anexo E da NBR-15575 "Edificações Habitacionais - Desempenho" Esta etapa
deu corpo ao referencial teórico da pesquisa possibilitando assim o alcance dos
resultados;
Etapa 03: Nesta etapa foram feitas as verificações da situação existente através de
medições in loco utilizando um medidor de nível de iluminância - luxímetro da
marca instrutherm thdl-400 e seguindo os critérios sugeridos na ISO CIE 8995-1 /
2013: Iluminação de Ambientes de Trabalho;
Etapa 04 – Na etapa 04 realizou-se a análise e a discussão dos dados acumulados até
aqui, comparando os níveis de iluminância encontrados com os recomendados pela
NBR-15575 "Edificações Habitacionais - Desempenho" e, foram feitas ainda
cálculos utilizando o método dos lumens para demonstrar soluções adequadas frente
ao desempenho da iluminação artificial de tais habitações;
Etapa 05 – Depois de percorridas as etapas supracitadas foi possível a geração dos
resultados da pesquisa e a elaboração das considerações finais apresentadas.
4. Resultados Obtidos
Os dados obtidos através da pesquisa de campo serviram de base para a comparação entre a
realidade das habitações em estudo e o que recomenda a legislação específica vigente. Os
mesmos foram estruturados a partir de uma breve descrição da tipologia estudada, em
seguida, a tabulação dos dados coletados, a comparação com os padrões normativos e, por
ultimo, foram feitas simulações, através de cálculos, para uma solução cuja a iluminação
artificial atenda aos padrões de desempenho.
4.1. Descrição da Tipologia Estudada
A casa em estudo apresenta um programa de necessidades e um dimensionamento dentro do
padrões sugeridos pelos órgãos financiadores para habitação de baixo custo no Brasil
conforme Figura 3, apresenta onze ambientes totalizando 68,35 m2 de área útil.
Figura 3 – Planta baixa da casa em estudo
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Fonte: Elaboração Própria (2014)
Os ambientes apresentam-se com bom acabamento, com predominância de cores claras nos
tetos, paredes e pisos, o que contribui para a iluminação devido a boa refletância das
superfícies internas. Apresenta apenas um ponto de luz instalado no centro do teto de cada
ambiente, cujas luminárias não apresentam características que melhorem o desempenho do
sistema. As lâmpadas utilizadas são as menos eficientes porém as de menor custo no mercado,
ou seja, incandescentes comuns com uma potência de 100W conforme a Figura 4. Tais
lâmpadas deixaram de ser fabricadas e importadas segundo portaria no1007 (2012)
interministerial de Minas e Energia, Ciência e Tecnologia e Indústria e Comércio em junho de
2013 (no entanto, curiosamente, ainda se encontra a venda) e as de menor potência saírão até
o ano de 2016.
Figura 4 – Detalhe do sistema de iluminação utilizado na casa em estudo
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Fonte: Acervo do Autor (2014)
4.2. Verificação da Iluminância Média
Quanto aos critérios para a verificação da iluminância média, a NBR-15575 "Edificações
Habitacionais - Desempenho" recorre a NBR-5382/1985 Verificação da Iluminância de
Interires. Esta norma sugere que em ambientes com apenas um ponto de luz central a
verificação seja feita em quatro pontos (conforme fig. 1 anteriormente apresentada) de onde
se extrai uma média. Porém, esta norma foi substituída pela ISO CIE 8995-1 / 2013:
Iluminação de Ambientes de Trabalho que recomenda as medições em pontos específicos em
áreas pertinentes.
Diante de tal recomendação, subjetiva, foram considerados os seguintes pontos pertinentes,
em cada ambiente verificados conforme Figura 5.
Figura 5 – Esquema dos pontos para verificação da iluminância
Fonte: Desenho do autor (2014)
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A sistematização dos dados levantados foram trabalhados na Tabela 5 contendo as
iluminâncias médias encontradas.
Tabela 5 – Iluminâncias médias encontradas
AMBIENTES Área (m2) P1 (lux) P2 (lux) P3 (lux) P4 (lux) Média (lux)
Terraço 3,55 53,4 54,2 53,8 54,1 53,9
Sala de Estar 7,70 65,8 72,6 66,8 67,5 68,2
Sala de Jantar 8,80 86,7 73,6 84,7 85,6 82,6
Dormitório 01 8,10 90,6 96,8 94,4 95,3 94,2
Dormitório 02 8,10 89,2 84,6 88,2 82,4 86,1
Suíte 12,30 75,6 75,7 69,8 85,3 76,6
Banheiro Suíte 2,85 52,3 63,4 61,7 51,9 57,3
Banheiro Social 2,85 68,9 74,4 76,7 66,4 71,6
Circulação 4,80 65,4 64,6 68.4 68,2 66,1
Cozinha 4,60 56,4 57,4 55,6 57,8 56,8
Á. de Serviço 4,70 52,8 51,8 52,6 52,4 52,4
Fonte: Pesquisa de Campo do Autor (2014)
No Gráfico 1 temos a comparação da iluminância média entre a situação existente e o que
recomenda a NBR-15575 "Edificações Habitacionais - Desempenho" para o nível mínimo de
desempenho que é considerado obrigatório.
Gráfico 1 – Iluminâncias médias x NBR-15575
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Fonte: Pesquisa de campo do autor (2014)
Os valores foram verificados considerando o plano iluminado geral a 45 cm de altura do piso.
Vale ressaltar que as bancadas de trabalho de banheiros cozinha e área de serviço são
instaladas a 90cm. A Iluminância verificada nestes locais foram:
Lavatório do banheiro social: 92,2 lux
Lavatório da banheiro suíte: 91,3 lux
Balcão da Pia - cozinha: 84,5 lux
Balcão do tanque - área de serviço: 88,9 lux
Nestes locais a referida norma recomenda valores acima de 200 lux para a cozinha e de 100
lux para os demais.
Percebe-se a falta de desempenho da edificação em estudo em relação ao critério estudado.
Vale salientar também que o sistema encontrado é ineficiente do ponto de vista do consumo
de energia, pois com lâmpadas incandescentes de 100W instaladas, o consumo total, quando
todas as lâmpadas (dos onze ambientes) estiverem em operação, atingirá 1,1 KW, valor
significativamente alto quando se trata do tema Eficiência Energética.
4.3. Dimensionamento de Sistema de Iluminação Artificial Sugerido
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Visando apresentar uma proposta para um novo sistema de iluminação artificial, que seja de
fácil instalação, preferencialmente aproveitando a mesma luminária utilizada na edificação em
estudo, porém substituindo as lâmpadas por outras mais eficientes, e que ainda apresente um
baixo custo de aquisição, foram obtidos os seguintes resultados:
Na situação atual tem-se:
11 lâmpadas incandescentes 100 W Custo: R$ 22,00 Consumo: 1100W
Aplicando o método dos lumens, utilizando a mesma luminária existente no local e sugerindo
a lâmpada fluorescente compacta com potência de 14W, fluxo luminoso de 800 lumens,
Índice de Reprodução de Cores 80 e Temperatura de Cor 4000k, conforme Figura 6, foram
obtidos os seguintes resultados:
Figura 6 – Luminária e lâmpada propostas
Fonte: Acervo do Autor (2014)
Para obter a iluminação com o padrão mínimo de qualidade (200 lux para a cozinha e
100 lux para os demais ambientes) tem-se:
18 lâmpadas fluorescentes compactas 14W Custo: R$ 162,00 Consumo: 252W
A nova configuração resultou em um acréscimo de sete lâmpadas distribuídas na Tabela 6 da
seguinte forma:
Tabela 6 - Nova Distribuição das Lâmpadas
Terraço 01
Sala de Estar 02
Sala de Jantar 02
Dormitório 01 02
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Dormitório 02 02
Suíte 03
Banheiro Suíte 01
Banheiro Social 01
Circulação 01
Cozinha 02
Área de Serviço 01
Fonte: Elaboração Própria (2014)
Com uma simples alteração na especificação da Lâmpada é possível uma melhoria
significativa, tanto no aspecto quantitativo relacionado a Iluminância, atendendo aos padrões
normativos exigidos, quanto no aspecto qualitativo, uma vez que o ambiente ficará melhor
iluminado. O Gráfico 2 ilustra um comparativo entre os sistemas atual e o proposto.
Gráfico 2 – Iluminâncias médias x NBR-15575
Fonte: Pesquisa do autor (2014)
Da análise do gráfico foi possível constatar que com a substituição da lâmpada incandescente
(sistema atual) pela fluorescente compacta (sistema proposto) o critério de desempenho é
atingido, o custo de aquisição não e onerado, pois um acréscimo de R$ 150,00 (Cento e
Cinquenta Reais) não é significativo.
Já em relação ao consumo, o benefício obtido alcança um patamar considerável, pois este é
reduzido em torno de 800W por unidade habitacional. Este consumo ainda poderia ser menor
se fossem utilizadas lâmpadas mais eficientes, a exemplo dos Leds, no entanto, estes ainda
apresentam um custo de aquisição elevado, o que descarta seu uso para este momento, no
entanto é uma tendência para um futuro próximo.
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5. Considerações Finais
Constatou-se através deste estudo que a tipologia de habitação de baixo custo estudada tem
sido entregue aos seus moradores sem a qualidade adequada no que respeita a iluminação
artificial, pois a quantidade de luz é insuficiente e o consumo de energia elétrica apresentou-
se em patamares elevados. No entanto, ficou claro que para reverter tal situação são
necessários cuidados, preferencialmente ainda na fase de projeto, que envolvam o
dimensionamento correto do sistema de iluminação, contribuindo através da luz para a
qualidade espacial, e que se busque especificações de componentes mais eficientes para a
composição do referido sistema. Foi demonstrado aqui, que a partir da simples troca de uma
lâmpada por outra mais eficiente, a casa estudada passou a atender aos critérios de
desempenhos sugeridos na legislação vigente e possibilitou uma economia de energia
significativa a um baixo custo de instalação.
Ao se olhar os números aqui obtidos para uma residência já se justificaria a adesão por tal
melhoria na casa estudada, e, projetando a economia de energia elétrica obtida em cada
unidade para os milhões de habitações já construídas e os milhões que compõem o déficit
habitacional do Brasil, comprova-se que ações, por parte dos projetistas, que visem apenas o
custo de instalação e não o de operacionalização, pois este seria de quem utilizará o imóvel e
não de quem o construiu, gera prejuízos significativos a Nação.
Fica aqui o alerta para os órgãos fiscalizadores, pois a correta aplicação da NBR-15575 nos
projetos de habitação de baixo custos e no quesito aqui tratado, sem onerar o custo do m2
construído gerará mais qualidade e significativa economia de energia para muitos Brasileiros
que utilizam a tipologia habitacional aqui estudada.
Referências
ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5413: iluminância
de interiores. Rio de Janeiro, 1995.
ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5382: verificação
da iluminância de interiores. Rio de Janeiro, 1985.
ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO CIE 8995-1.
Iluminação de Ambientes de Trabalho. Rio de Janeiro, 2013.
ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR-15575 edificações
habitacionais - desempenho. Rio de Janeiro, 2013.
GUERRINE, Délio Pereira. Iluminação - Teoria e Projeto.São Paulo: Ed. Erica, 2008.
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MINISTÉRIO DAS CIDADES. Prtaria No 168. Brasília: Diário Oficial da União, 2013.
MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA, CIÊNCIA TECNOLOGIA INDUSTRIA E
COMÉRCIO. Prtaria No 1007. Brasília: Diário Oficial da União, 2012.
Organização das Nações Unidas [ONU], 2012)
SILVA, Francisco de A. Gonçalves. Iluminação de Interiores. João Pessoa: Ed União, 1992.
SILVA, Mauri Luiz da. Luz, Lâmpada e Iluminação. São Paulo: Ed. Ciência Moderna.
2009.
SILVA, Mauri Luiz da. Iluminação - Simplificando o Projeto. São Paulo: Ed. Ciência
Moderna. 2009.