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ANAIS VIII SIMPÓSIO SUL-BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA X SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE FISIOTERAPIA II ENCONTRO DE EGRESSOS DA URI, UNOCHAPECÓ E FADEP “FISIOTERAPIA, SAÚDE EM MOVIMENTO” 16 a 18 de setembro de 2014

VIII SIMPÓSIO SUL-BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA X … · O presente artigo é de caráter quantitativo, realizado nas dependências da clínica escola de fisioterapia da Universidade

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    ANAIS

    VIII SIMPSIO SUL-BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

    X SEMANA ACADMICA DO CURSO DE FISIOTERAPIA

    II ENCONTRO DE EGRESSOS DA URI, UNOCHAPEC E FADEP

    FISIOTERAPIA, SADE EM MOVIMENTO

    16 a 18 de setembro de 2014

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    ___________________________________________________________________________ S612f Simpsio Sul Brasileiro de Fisioterapia (8. : 2014 : Erechim, RS) Fisioterapia, sade em movimento [recurso eletrnico] : / Simpsio Sul Brasileiro de Fisioterapia, XI Semana Acadmica do Curso de Fisioterapia, II Encontro de Egressos URI-Unochapec e FADEP. Erechim- RS, 2014.

    ISBN 978-85-7892-068-5 Modo de acesso: Fisioterapia sade em movimento (acesso em: 01 ago. 2014). Evento realizado na Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Misses Cmpus de Erechim. Com Anais / VIII Simpsio Sul Brasileiro de Fisioterapia Anais / XI Semana Acadmica do Curso de Fisioterapia URI/Erechim Anais / II Encontro de Egressos URI-Unochapec e FADEP. Organizao: Rodrigo Arenhart, Reni Volmir dos Santos, Janesca Mansur Guedes

    1. Desenvolvimento humano 2. Sade 3. Educao 4. Formao profissional I.Ttulo

    CDU: 615.8 ________________________________________________________________________ Catalogao na fonte: bibliotecria Sandra Milbrath CRB 10/1278

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    SUMRIO

    HIDROTERAPIA EM OSTEOARTOSE DE COLUNA LOMBAR E JOELHO 6

    FISIOTERAPIA AQUTICA NO POS-OPERATRIO DE MERO 8

    AVALIAO FUNCIONAL DE PACIENTES SUBMETIDOS AO PROTOCOLO DE REABILITAO FISIOTERAPUTICO DO IOT HOSPITAL DO TRAUMA APS RECONSTRUO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR DO JOELHO 10

    EFEITOS DA HIDROTERAPIA NO POS-ARTROSCOPIA DE ARTRITE SPTICA NO JOELHO 12

    AVALIAO DA FLEXIBILIDADE APS A IMPLANTAO DE UM PROGRAMA DE ALONGAMENTO CRNICO ATIVO EM ATLETAS DE FUTSAL 14

    PROGRAMA DE FLEXIBILIDADE PARA ENCURTAMENTO MUSCULAR DE CADEIA POSTERIOR DA COXA 16

    EFEITOS DA FISIOTERAPIA NO PS OPERATRIO TARDIO DE RECONSTRUO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR - RELATO DE CASO 19

    EFEITOS DA MOBILIZAO MANUAL SUPERFICIAL, LASERTERAPIA E TERAPIA ULTRA-SNICA NO TRATAMENTO DE LCERA CUTNEA - RELATO DE CASO 21

    FLEXIBILIDADE DOS ISQUIOTIBIAIS E QUALIDADE DE VIDA DE SUJEITOS PARTICIPANTES DO PROJETO DE EXTENSO HARMONIA 23

    INCIDNCIAS DE LESES OSTEOMIOARTICULARES EM ATLETAS PROFISSIONAIS DE FUTSAL 26

    EFEITOS DE UM PROGRAMA FISIOTERAPUTICO NO PS-OPERATRIO DE FRATURA DE MALOLO MEDIAL 28

    QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES SUBMETIDOS QUIMIOTERAPIA AMBULATORIAL 30

    BENEFCIOS DA FISIOTERAPIA EM PACIENTE COM TUMORECTOMIA DE MAMA ESQUERDA ESTUDO DE CASO 32

    AVALIAO DAS CONDIES FUNCIONAIS EM IDOSOS LONGEVOS 34

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    BENEFCIOS DA FISIOTERAPIA EM PACIENTE COM INCONTINNCIA URINRIA MISTA- ESTUDO DE CASO 36

    FISIOTERAPIA NO PS-OPERATRIO DE TENORRAFIA DO TENDO CALCNEO RELATO DE CASO 38

    FISIOTERAPIA AQUTICA EM GRUPO EM LOMBLGICOS 40

    POLIMEDICAO EM IDOSOS LONGEVOS NA CIDADE DE CHAPEC - SC 42

    EFEITOS DE UM PROGRAMA FISIOTERAPUTICO NA SNDROME DO IMPACTO DO OMBRO 44

    EFEITOS DO MTODO PILATES SOBRE A DOR E O ENCURTAMENTO MUSCULAR DE ADULTOS JOVENS 46

    ESCLEROSE MLTIPLA: SINTOMATOLOGIA E INCAPACIDADE FUNCIONAL 48

    AVALIAO DA AUTOESTIMA EM MULHERES MASTECTOMIZADAS DA CLNICA ESCOLA DE FISIOTERAPIA URI/ERECHIM 50

    ANLISE COMPARATIVA DA TAXA DE FADIGA MUSCULAR ENTRE JOGADORES DE FUTEBOL DE CAMPO E FUTSAL 52

    AVALIAO DA QUALIDADE DE VIDA ATRAVS DOS NDICES DE DOR E INCAPACIDADE FUNCIONAL NO OMBRO DE MASTECTOMIZADAS 54

    FORTALECIMENTO MUSCULAR EXPIRATRIO E PRODUO VOCAL NA DOENA DE PARKINSON 56

    INFLUNCIA DA MOBILIZAO ARTICULAR DE MAITLAND NA AMPLITUDE DE MOVIMENTO DO OMBRO NO PS-OPERATRIO DE MASTECTOMIA RADICAL MODIFICADA - RELATO DE CASO 59

    VARIVEIS METABLICAS SOFREM ALTERAES EM CAMUNDONGOS EXPOSTOS FUMAA DE CIGARRO EM CMARA COM DIVISRIAS 61

    BENEFCIOS DA FISIOTERAPIA EM PRIMIGESTA ESTUDO DE CASO 63

    EFEITOS DA FISIOTERAPIA BASEADA NA CINESIOTERAPIA E ELETROESTIMULAO DO ASSOALHO PLVICO APLICADA NA INCONTINNCIA URINRIA DE ESFORO: ESTUDO DE CASO 65

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    PROJETO DE INTERVENO MOTORA PRECOCE: RELATO DE CASO 67

    PREVALNCIA DE IDOSOS TABAGISTAS EM UM BAIRRO DA CIDADE DE ERECHIM-RS 69

    EFEITOS DE UM PROGRAMA FISIOTERAPUTICO NO PS-OPERATRIO DE LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR 71

    EQUILBRIO ESTTICO E DINMICO EM PACIENTES COM ATAXIA ESPINOCEREBELAR PR E PS-INTERVENO COM NINTENDO WII 73

    AVALIAO QUANTO AO TIPO DE INCONTINNCIA URINRIA E A INTERFERNCIA DA QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES QUE FREQUENTAM A CLNICA ESCOLA DE FISIOTERAPIA DA URI CAMPUS DE ERECHIM-RS 75

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    HIDROTERAPIA EM OSTEOARTOSE DE COLUNA LOMBAR E JOELHO

    Gssica Del Agostini; Marina Zucchi; Reni Volmir dos Santos

    URI-Erechim, [email protected]

    Introduo

    A Osteoartrose conhecida por ser uma doena articular de desenvolvimento crnico, caracterizando-se pela degenerao da cartilagem articular, hipertrofia ssea marginal, reduo do espao articular e alteraes da membrana sinovial. Atingindo grande parcela da populao, prevalecendo em idosos, indivduos com sobrepeso e obesidade (MASSELLI et al., 2012). Manifesta-se por dor, limitao de amplitude de movimento, e em fases mais avanadas da doena pode apresentar possveis deformidades. Para evitar a progresso da doena e manifestaes mais severas, a fisioterapia dispe de inmeros recursos e tcnicas teraputicas. Dentre eles destacam-se: atividade fsica, exerccio teraputico e hidroterapia (AZEVEDO; BRITO, 2012). A hidroterapia uma opo de tratamento, pois a gua possui suas propriedades fsicas que facilitam a locomoo, alivia o estresse sobre as articulaes, auxilia no equilbrio esttico e dinmico, proporciona maior facilidade na execuo de movimentos que seriam de extremamente difceis de serem realizados na terra sem auxlio (STREIT; CONTREIRA; CORAZZA, 2011).

    O objetivo deste estudo foi de avaliar os efeitos da hidroterapia em relao a amplitude de movimento (ADM), fora, dor e flexibilidade em uma paciente com osteoartrose de coluna lombar e joelho. Materiais e Mtodos

    O presente artigo de carter quantitativo, realizado nas dependncias da clnica escola de fisioterapia da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Misses, na cidade de Erechim (RS), durante o estgio curricular do curso de Fisioterapia.

    Paciente do sexo feminino, 71 anos, com diagnstico de osteoartrose de coluna lombar e joelho, foi atendida de maio a junho de 2014, obtendo um total de 10 sesses, as quais foram realizadas 2 vezes semanais, com durao de 50 minutos. Aps a assinatura do Termo de consentimento Livre e Esclarecido foi avaliada a flexibilidade atravs do teste sentar-alcanar, com o uso do banco de Wells; ADM, atravs da goniometria; dor, pela escala visual analgica; e fora muscular, pela escala de Kendall, que foram reavaliados ps-interveno. A anlise dos dados foi de forma descritiva. O protocolo consistiu de aquecimento, seguido de alongamento de msculos da coluna, membros superiores e membros inferiores, tendo como sequncia exerccios de fortalecimento e ao final da sesso era realizado relaxamento muscular. Trabalho aprovado pelo comit de tica em pesquisa dessa universidade pelo n 170/PPH/11.

    Resultados e discusso A flexibilidade dos msculos posteriores da coxa e da musculatura da coluna vertebral passou de 3,5 cm para 11,5 cm. A fora muscular de flexores, extensores e rotadores da coluna lombar passou de grau 3 para 5, e de extensores direito e esquerdo e flexores direito do joelho permaneceu no grau 5, e de flexores esquerdo passou do grau 4 para o grau 5. Ressalta-se que na avaliao inicial a dor estava presente nos testes de fora. ADM da coluna lombar passou de 50 para 60, na flexo; de 25 para 33, na

    mailto:[email protected]

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    extenso; de 20 para 30, na rotao para a direita; de 22 para 31, na rotao para a esquerda; de 30 para 35, nas inclinaes direita e esquerda. Na ADM de joelho passou de 40 para 90 no joelho direito; de 45 para 90 no joelho esquerdo; e a extenso permaneceu em 0. A intensidade de dor na primeira semana apresentou uma media de grau 4 para 2 e na ultima semana estava em grau zero, pr e ps-sesso.

    Masselli, et al, (2012) realizaram um estudo de reviso sobre os efeitos dos exerccios aquticos em pacientes com osteoartrite, no qual 6 artigos comparavam exerccios em meio aqutico e em solo, obtendo como resultado uma maior reduo da dor, maior adeso ao tratamento, entretanto, pacientes que realizaram exerccios em solo apresentaram maior ganho de fora muscular e maior nvel de satisfao.

    Azevedo; Brito, (2012) realizaram um estudo de caso para averiguar a eficcia de um programa de exerccios aquticos juntamente com a crioterapia em uma paciente com osteoartrose, onde o obtiveram como resultado uma melhora em ambos os joelhos, quanto a ADM, com ganho de 15 graus nos movimentos do joelho direito e 10 graus no joelho esquerdo, e fora muscular passou de grau 4 para grau 5. Facci et al. (2007) constataram, numa amostra de 10 pacientes com diagnostico de osteoartrose do joelho, em 20 sesses de fisioterapia aqutica, com frequncia de 3 vezes semanais, com durao de 50 minutos, aumento da amplitude de movimento de joelho passiva e ativa, porem a fora muscular do quadrceps no apresentou diferenas significativas.

    Consideraes finais

    A hidroterapia aplicada a esta paciente foi benfica para o ganho de ADM, fora muscular, flexibilidade e melhora do quadro lgico. Estudos com uma amostra expressiva so necessrios para confirmar os resultados.

    Referncias AZEVEDO.W. P., BRITO, N. C. L. Efeitos da Hidrocinesioterapia Associada a Crioterapia na Gonoartrose: Relato de Caso. Ensaios e Cincia: Cincias Biolgicas, Agrrias e da Sade,v. 16, n. 1, p.125-136, 2012. FACCI, M. L. et al. Fisioterapia Aqutica na Osteoartrite de Joelho: Srie de Casos. Fisioterapia em Movimento, v. 20, n. 1, p. 17-27, 2007. MASSELLI, R. M., et al. Efeitos Dos Exerccios Aquticos na Osteoartrite de Quadril ou Joelho: Reviso. Colloquium Vitae, v. 4, n. 61, p. 53-61, 2012. STREIT, A. I. , et al. Efeitos de um Programa de Hidroginstica no equilbrio de Idosos. ConScientiae Sade, v. 10, n. 2, 2011.

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    FISIOTERAPIA AQUTICA NO POS-OPERATRIO DE MERO

    Karina Carla Zanette; Andressa Mara Karpinski; Reni Volmir dos Santos

    URI-Erechim, [email protected]

    Introduo

    A hidroterapia, sendo um dos recursos mais antigos da fisioterapia, tem como propsito teraputico o uso externo da gua. Quando aplicada por fisioterapeutas, as tcnicas e os mtodos que compem a hidroterapia passaram a ser chamadas de fisioterapia aqutica. (CARREGARO; TOLEDO, 2008). Dentre os benefcios esto o aumento da circulao perifrica, aumento do suprimento de oxignio e nutrientes no msculo, aumento do retorno sanguneo, diminuio de edema e relaxamento muscular, beneficiando os sistemas musculoesqueltico, nervoso e cardiovascular (PESTANA et al., 2011). O ombro considerado uma articulao bastante complexa e tambm a mais mvel do corpo humano, porm considerada pouco estvel, sendo suscetvel a leses. Assim, os exerccios so amplamente utilizados para ganho de fora, preveno de leses e melhora do desempenho funcional do indivduo, alm da mobilizao articular (SANTANA; URQUIZA; ALENCAR, 2012). O meio aqutico, portanto, pode ser usado para recuperar a mobilidade, fortalecer os msculos, comear a sustentao de peso precoce, e ajudar a reduzir a dor e o desconforto percebido (VILLALTA; PEIRIS, 2013). Este estudo teve como objetivo verificar os efeitos da fisioterapia aqutica na amplitude de movimento, fora e flexibilidade muscular de paciente no ps-operatrio de cirurgia de mero.

    Metodologia Estudo de caso, realizado nas dependncias da clnica escola de fisioterapia da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Misses, na cidade de Erechim (RS), durante o estgio curricular do curso de Fisioterapia. Realizado com uma paciente de 57 anos, em ps-operatrio de fratura de mero, onde realizou fixao dom placa. Na avaliao apresentava diminuio da amplitude de movimento (ADM), atravs da goniometria, principalmente em membro superior direito (MSD), e tambm diminuio da fora muscular, pela escala de Kendall, no MSD e da flexibilidade, pelo teste sentar alcanar. A analise dos dados foi de forma descritiva. Os atendimentos aconteceram 2 vezes por semana com durao de 50 minutos, entre abril e maio de 2014, totalizando 10 atendimentos. As sesses constaram de aquecimento, mobilizao passiva da articulao gleno-umeral e escpulo-torcica, alongamento muscular do tipo contrair-relaxar, fortalecimento muscular com uso de halter para fornecer uma resistncia maior que a imposta pela gua, e para desaquecimento/relaxamento paciente utilizava o turbilho. Trabalho aprovado pelo comit de tica em pesquisa dessa universidade pelo n 170/PPH/11.

    Resultados e discusso

    Aps o trmino dos atendimentos foi constatado, quanto a ADM de ombro do MSD, a flexo evoluiu de 100 para 130, a extenso de 20 para 22, a abduo manteve-se nos 110, a rotao externa (RE) evoluiu de 25 para 30 e a rotao interna (RI) de 0 para 15. J no ombro do MSE, a flexo evoluiu de 140 para 150, a extenso de 30 para 50, a abduo e a RE mantiveram-se nos 150 e 70, respectivamente, e a RI evoluiu de 20

    mailto:[email protected]

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    para 25. Quanto a fora muscular do ombro no MSD, observou-se que flexores, extensores e abdutores aumentaram de grau 4 para 5, e os rotadores externos e internos evoluram de grau 3 para 4. A flexibilidade apresentou um aumento de 13,20 cm para 15,20 cm. Em um estudo realizado por Santoni et al. (2007), pode ser observado que aps um programa de hidroterapia na artrite reumatide juvenil, houve um importante ganho na amplitude de movimento e na flexibilidade, levando os resultados obtidos ao encontro deste estudo. O programa de hidrocinesioterapia realizado por Rizzi; Leal; Vendrusculo (2010) proporcionou uma melhora da fora muscular e da flexibilidade em idosas sedentrias, confirmando os achados clnicos que so relatados em livros didticos de hidroterapia, onde um programa de exerccios adequados, associado ao das propriedades fsicas da gua foi ideal para alcanar o objetivo proposto no estudo. Candeloro; Caromano (2007) observaram, num grupo de idosas, aumento da flexibilidade e fora muscular aps um programa de fisioterapia aqutica.

    Consideraes finais

    A fisioterapia aqutica foi benfica para o aumento da ADM, flexibilidade e fora muscular para esta paciente no ps-operatrio de cirurgia de mero.

    Referncias CANDELORO, J. M.; CAROMANO, F. A. Effects of a hydrotherapy program on flexibility and muscular strength in elderly women. Revista brasileira de fisioterapia, So Carlos, v. 11, n. 4, 2007. PESTANA, P. R. D., et al. Natao e aspectos morfolgicos do msculo esqueltico em processo de reparo aps crioleso. Fisioterapia e Pesquisa, So Paulo, v. 18, n. 3, 2011. RIZZI, P. R. S.; LEAL, R. M.; VENDRUSCULO, A. P. Efeito da hidrocinesioterapia na fora muscular e na flexibilidade em idosas sedentrias. Fisioterapia e Movimento, Curitiba, v. 23, n. 4, 2010. SANTANA, E. M. F.; URQUIZA, P. K.; ALENCAR, J. F. A mobilizao articular como acelerador do processo de reabilitao: resultados preliminares. Fisioterapia Brasil, Paraba, v. 13, n. 6, 2012. SANTONI, C. F. et al. Hidroterapia e qualidade de vida de um portador de artrite reumatide juvenil estudo de caso. Fisioterapia em Movimento, Curitiba, v. 20, n. 1, 2007. VILLALTA, E. M. PEIRIS, C. L. Early Aquatic Physical Therapy Improves Function and Does Not Increase Risk of Wound-Related Adverse Events for Adults After Orthopedic Surgery: A Systematic Review and Meta-Analysis. Archives of Physical Medicine and Rehabilitation, v. 94, 2013.

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    AVALIAO FUNCIONAL DE PACIENTES SUBMETIDOS AO PROTOCOLO DE REABILITAO FISIOTERAPUTICO DO IOT HOSPITAL DO TRAUMA APS

    RECONSTRUO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR DO JOELHO

    Giovany Baldissera Bordin1; Rodrigo Arenhart2. 1IOT Hospital do Trauma Passo fundo/RS; 2URI Campus Erechim/RS.

    E-mail: [email protected]

    Introduo Para Arliani et al. (2012) o ligamento cruzado anterior (LCA) o ligamento do joelho

    que mais sofre leses, acometendo principalmente indivduos jovens que praticam esportes ou atletas profissionais. Mendes (2012) estima que cerca de 95 000 roturas do LCA necessitam de reconstruo cirrgica por ano nos EUA e a reabilitao aps sua reconstruo crucial para obteno de resultados clnicos e funcionais satisfatrios. Quantificar atravs de avaliaes peridicas a melhora funcional dos indivduos durante a reabilitao essencial, pois nos fornece subsdios para que o retorno as atividades pr-leso ocorram de maneira segura e precoce. Assim, este estudo teve como objetivo avaliar a melhora funcional dos pacientes submetidos reconstruo do LCA durante a reabilitao fisioteraputica. Materiais e Mtodos Estudo qualitativo e prospectivo, realizado com uma amostra de quatro (n=4) pacientes do sexo masculino com mdia de idade de 31,7 anos submetidos a reconstruo cirrgica do LCA. A participao no estudo ocorreu mediante assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido e teve como critrios de incluso a realizao do procedimento cirrgico no IOT Hospital do Trauma (IOT), iniciar o programa de reabilitao na primeira semana do ps-operatrio e realizar todas as fases da reabilitao no servio de fisioterapia do IOT. Os atendimentos foram realizados na clnica de fisioterapia do IOT, sempre pelo pesquisador responsvel e tiveram durao de cerca de uma hora, com frequncia de trs vezes por semana, durante trs meses. Os pacientes foram submetidos ao protocolo de reabilitao fisioteraputico do IOT para reabilitao aps reconstruo cirrgica do LCA e foram submetidos a quatro avaliaes de funcionalidade atravs do Questionrio Lysholm Modificado no decorrer de sua reabilitao. A primeira avaliao foi realizada no primeiro dia da reabilitao, a segunda avaliao foi realizada na 4 semana da reabilitao, a terceira avaliao na 8 semana da reabilitao e a quarta avaliao na 12 semana de reabilitao, coincidindo com o trmino do tratamento. Este estudo foi aprovada pelo Comit de tica em Pesquisa da URI Campus de Erechim e registrado sob nmero do CAAE 28317014.8.0000.535. Resultados e Discusses

    Na primeira avaliao, 100% dos indivduos apresentaram resultados referentes a uma funcionalidade insatisfatria no Questionrio Lysholm Modificado. Na segunda avaliao 50% dos indivduos alcanaram resultados referentes a uma funcionalidade regular, 25% dos indivduos mantiveram-se com escores referentes funcionalidade insatisfatria e 25% dos indivduos alcanaram funcionalidade excelente. Na terceira avaliao 25% dos indivduos alcanaram resultados referentes funcionalidade excelente,

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    50% dos indivduos funcionalidade boa e 25% dos indivduos funcionalidade regular. Na quarta avaliao 75% dos indivduos alcanaram resultados referentes funcionalidade excelente e 25% dos indivduos funcionalidade regular, mostrando melhora da funcionalidade gradativa.

    Os resultados obtidos em nosso estudo corroboram com o estudo de Alves (2011), onde foi avaliado, dentre outros, a capacidade funcional de um atleta profissional praticante de vlei submetido reconstruo do LCA. Durante sua reabilitao o atleta foi avaliado semanalmente atravs do Questionrio Lysholm onde se observou que na 1 semana foram atingidos 35 pontos, ou seja, escore referente a insatisfatrio. A partir da 4 semana o atleta se encontrava num estado funcional considerado regular com 66 pontos. Na 8 semana atingiu 90 pontos, valor referente a funcionalidade boa. E na 12 semana, o atleta atingiu 95 pontos, equivalente a excelente.

    No estudo de Santos et al. (2014), foram avaliados 97 pacientes, praticantes de futebol pr-leso, submetidos reconstruo do LCA e com no mnimo 2 anos de ps-operatrio. Os achados indicaram que o Questionrio Lysholm teve correlao estatisticamente significativa para o retorno da prtica do futebol. No grupo em que a prtica do futebol foi retomada a pontuao media foi de 97 pontos, enquanto no grupo em que a prtica de futebol no foi retornada a pontuao foi de 92 pontos.

    Consideraes finais

    Atravs dos resultados encontrados observamos que os indivduos apresentaram melhora da funcionalidade dos membros inferiores, avaliada atravs do Questionrio Lysholm Modificado, concluindo assim, que houve melhora funcional satisfatria durante a reabilitao aps reconstruo do LCA utilizando o protocolo fisioteraputico do IOT Hospital do Trauma. Referncias ALVES, J. Reabilitao aps reconstruo do ligamento cruzado anterior pela porta anteromedial com enxerto de isquioibiais. Dissertao submetida Escola Superior de Tecnologia da Sade do Porto para cumprimento dos requisitos necessrios obteno do grau de Mestre em Fisioterapia Opo de Desporto. Porto, Portugal, 2011. ARLIANI, G et al. Leso do ligamento cruzado anterior: tratamento e reabilitao: perspectivas e tendncias atuais. Revista Brasileira de Ortopedia, v. 47, n. 2, 2012. MENDES, A. Ligamentoplastia do Ligamento Cruzado Anterior por via Artroscpica. Dissertao para obteno do Grau de Mestre em Medicina, Universidade da Beira Interior, Covilha, 2012. SANTOS, M et al. Resultados da reconstruo do ligamento cruzado anterior em atletas amadores de futebol. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 20, n. 1, jan/fev, 2014.

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    EFEITOS DA HIDROTERAPIA NO POS-ARTROSCOPIA DE ARTRITE SPTICA NO JOELHO

    Gabriela Zanardo dos Santos; Reni Volmir dos Santos

    URI-Erechim, [email protected]

    Introduo

    O joelho uma articulao que realiza movimentos rpidos e complexos, e atravs do peso do corpo as tarefas se tornam dificultadas. Tanto a velocidade, quanto a fora sobrecarregam a articulao, causando diversos sintomas. A exposio do joelho torna esta articulao vulnervel a desenvolver patologias (MACNICOL, 2002). Artrite sptica caracterizada como uma patologia infecciosa, de forma aguda e progressiva, causada pela instalao de agentes patognicos; afeta as articulaes e, quando instalada, a infeco pode causar srios riscos de vida, podendo ocasionar consequncias graves e incapacitantes (RODRIGUES, 2013). A artroscopia de joelho uma tcnica cirrgica para o tratamento de diferentes patologias, utilizadas cada vez mais em centros clnicos devido aos bons resultados, tanto no alvio da dor como no restabelecimento da funo. (LEONHARDT, 2006). A fisioterapia aqutica uma forma de terapia desenvolvida atravs das bases cientficas pela teoria hidrodinmica, promove sensaes e reaes diferentes das realizadas em solo, pois melhora a circulao perifrica, auxilia no retorno venoso, proporciona tambm um efeito massageador e relaxante. Alm desses fatores, a gua aquecida diminui espamos musculares e reduz a dor. A gua oferece leve resistncia durante os movimentos podendo ser realizado em vrias velocidades, desta forma esses exerccios aquticos so excelentes para o aumento da resistncia e fora muscular (FERREIRA, 2008). O objetivo deste estudo avaliar efeitos da hidroterapia no ps-artroscopia de artrite sptica do joelho. Materiais e mtodos

    Este estudo caracterizou-se como relato de caso do tipo quantitativo. A amostra foi composta por um indivduo do gnero masculino, 53 anos, com diagnstico clnico de artrite sptica no joelho direito, selecionado atravs de escolha intencional entre os pacientes atendidos na Clnica Escola da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Misses - URI Cmpus de Erechim.

    O participante assinou o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e foi submetido a avaliao da flexibilidade da musculatura posterior da coxa e extensora da coluna vertebral, utilizando o Banco de Wells; fora muscular de membros inferiores, atravs da escala de fora muscular de Kendall; amplitude de movimento (ADM) de membros inferiores, por intermdio da utilizao de gonimetro e avaliao da intensidade da dor, utilizando a Escala Visual Analgica. Aps o perodo interventivo ocorreu a reavaliao e os dados foram analisados de forma descritiva. Como procedimento, as sesses iniciaram com aquecimento atravs de caminhadas, descarga de peso, bicicleta, corrida; alongamento para musculatura de membros superiores e membros inferiores, mobilizao articular de joelho; fortalecimento com tcnicas de Bad Ragaz, exerccios com faixa elstica, mini agachamento, treino de subir e descer escada; e para a diminuio da dor e relaxamento muscular foram empregados como recursos massoterapia, Watsu e

    mailto:[email protected]

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    turbilho. Trabalho aprovado pelo comit de tica em pesquisa dessa universidade pelo n 170/PPH/11.

    Resultados e discusso A ADM de flexo passou de 75 para 90 no joelho direito e de 120 para 140 no esquerdo. Com relao a flexibilidade, 17,7 cm para 20 cm. Os flexores e extensores direito passaram do grau 4 para o grau 5, e se manteve o grau 5 no joelho esquerdo. Quanto a dor de grau 3 na primeira semana passou para grau 0 no final de cada sesso, e na ultima semana o grau inicial era 2 e o final 0. Ferreira et al. (2008) avaliaram o efeito da terapia aqutica na sintomatologia de portadoras de artrite reumatoide. Oito voluntrias participaram do programa, de 10 sesses, 2 vezes por semana, com 45 minutos de durao, onde observaram diminuio da rigidez matinal, dor e melhora da qualidade de vida e do sono. Wang et al. (2007) realizaram um estudo com 20 pacientes com osteoartrite de joelho, utilizando um protocolo aqutico de 50 minutos, 03 vezes por semana por 12 semanas, resultando em uma melhora da flexibilidade, fora muscular e capacidade aerbica. Ainda, Fransen et al. (2007) encontraram uma amostra de 55 pacientes com um protocolo diferente, aumentando o tempo da sesso para 60 minutos, diminuindo a frequncia para 02 vezes por semana por 12 semanas, e como respostas obtiveram diminuio da dor, melhora da capacidade fsica e auto nvel de adeso ao tratamento. Consideraes finais

    A fisioterapia aqutica alcanou bons resultados no ganho de ADM, flexibilidade, dor e aumento e manuteno da fora muscular. Porm, a escassez de referncias de fisioterapia aqutica em artrite sptica limitaram a discusso, e com isso, mais estudos so necessrios.

    Referncias FERREIRA L. R. F. et al. Efeitos da Reabilitao Aqutica na sintomatologia e qualidade de vida de portadores de artrite reumatoide. Fisioterapia e Pesquisa, So Paulo, v.15, n.2, p.136-41, abr./jun. 2008. FRANSEN, M. et al. Physical activity for osteoarthritis management: a randomized controlled clinical trial evaluating hydrotherapy or Tai Chi classes. Arthritis Rheum. V. 57, n.3, 407-14, 2007. LEONHARDT, M. C.; DELIA, C. O.; SANTOS. A. M. Review of knee total arthroplasty in two steps: the value of culture obtained through arthroscopic biopsy, Rev. Acta Ortop Bras., v.14, n.4, 2006. MACNICOL, F. M. O joelho com problema, So Paulo: Manole, 2002. RODRIGUES, M. F. et al Hidroterapia no tratamento da atrite sptica do quadril: estudo de caso. Revista Cientfica da Escola da Sade. Ano 2, n.1, out. 2012 /mar. 2013. WANG, T. J. Effects of aquatic exercise on flexibility, strength and aerobic fitness in adults with osteoarthritis of hip or knee. J Adv Nurs. V. 57, n.2, 141-52. 2007.

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    AVALIAO DA FLEXIBILIDADE APS A IMPLANTAO DE UM PROGRAMA DE ALONGAMENTO CRNICO ATIVO EM ATLETAS DE FUTSAL

    Iara Oliveira Guerin; Lucinia Orsolin Pfeifer; Frederico Orlando Friedrich; Jssica Torres

    Dantas; Leandra Brinck Leiria; Paula Cristina Vasconcellos Vidal. URI-So Luiz Gonzaga/RS

    E-mail: [email protected]

    Introduo Conforme Almeida e Jabur (2006), os alongamentos passivos, na proximidade de

    um esforo, no so recomendados, pois eles resultam em pernas moles, pesadas e em possveis leses. Entretanto, essa resposta muscular de enfraquecimento de curta durao, posto que, em longo prazo, alm de no haver diminuio de fora muscular com os exerccios de alongamento, estes podem beneficiar esta fora. Segundo Tirloni et al. (2008) o alongamento uma das tcnicas mais utilizadas para o ganho de amplitude de movimento e consequentemente flexibilidade, no tendo um consenso entre a intensidade e o tempo necessrio de alongamento para aumentar a flexibilidade. Os estudos sobre alongamento muscular so controversos e no existe um consenso sobre o tempo de durao e a tcnica de aplicao do alongamento para ganho de flexibilidade. Portanto importante verificar quais os mtodos de alongamento so eficazes e qual o melhor tempo de aplicao do estiramento da fibra muscular para o ganho de flexibilidade. Metodologia

    Estudo transversal, descritivo. Esta pesquisa foi aprovada pelo CEP da URI de Santiago sob n 254.598. A amostra foi de atletas profissionais masculinos de futsal da equipe Associao Grande So Luiz. A mensurao da flexibilidade linear foi realizada com o teste do sentar e alcanar (Banco de Wells) onde registrou-se o melhor resultado entre trs execues. O teste foi realizado em trs momentos, para termos um melhor acompanhamento do ganho ou perda de flexibilidade. Para fazer parte da pesquisa, os atletas deveriam frequentar os treinos especficos, realizados no ginsio. As intervenes foram realizadas uma vez na semana, antes dos treinos especficos, por um perodo de trs meses. O protocolo adotado foi de alongamento ativo com um tempo de aplicao do estiramento da fibra muscular de 30 segundos cronometrados enfatizando o ganho de flexibilidade dos membros inferiores. Resultados

    A amostra consistiu de apenas oito atletas que frequentaram assiduamente o programa de alongamento. A maioria dos atletas apresentaram um ganho de flexibilidade entre a avaliao inicial e aps os trs meses de interveno com o programa de alongamento ativo, porm o ganho no foi estatisticamente significativo (p>0,05). Todos os atletas, exceto um, perderam flexibilidade aps trs semanas da ltima aplicao do alongamento ativo crnico. Discusso

    A interveno de trs meses de um programa de alongamento ativo crnico, com tempo de aplicao do alongamento de 30 segundos no foi suficiente para demonstrar um ganho significativo de flexibilidade em atletas profissionais de futsal. No alongamento

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    passivo o msculo alongado sem exigir contrao voluntria por parte do indivduo e a fora pode ser aplicada pelo terapeuta ou por aparelhos (FERREIRA, 2009). O alongamento ativo realizado pelo indivduo sozinho, utilizando somente a contrao dos msculos agonistas, sem ajuda externa. Pesquisas prvias citam o alongamento passivo esttico como o mtodo mais utilizado, sendo considerado o mtodo mais seguro, simples e com menor risco de leso (ALMEIDA et al., 2009; ROSRIO et al., 2004). Quanto ao tempo de aplicao do alongamento muscular os estudos variam muito e no existe um consenso do tempo ideal de estiramento da fibra muscular, autores como Almeida et al., (2009) e Tirloni et al. (2008) relatam estudos sobre sustentao do alongamento de 15 at 120 segundos. A perda da flexibilidade aps o trmino da prtica de alongamento pode ter sido devido a relao de gerao de fora muscular para o gesto esportivo e aes musculares especficas do futsal, onde mais pesquisas so necessrias para identificar esses fatores. Com isso, podemos perceber a importncia de se manter um programa de alongamento para o ganho e manuteno de flexibilidade com atletas de alto rendimento. Entretanto, mais estudos devem ser feitos para investigar a anlise cinesiolgica do gesto esportivo relacionando perda da flexibilidade de alguns atletas. Concluso: O programa de alongamento ativo crnico para atletas de futsal enfatizando a musculatura dos membros inferiores no foi eficaz para demonstrar o ganho de flexibilidade porm mais pesquisas devem ser realizadas com uma populao de atletas maior para afirmar este achado. Referncias ALMEIDA, P.H.F. et al. Alongamento muscular: suas implicaes na performance e na preveno de leses. Fisioterapia e movimento. v.22. n.3. 335-343 p. 2009. ALMEIDA, T.T. e JABUR, N.M. Mitos e verdades sobre flexibilidade: reflexes sobre o treinamento de flexibilidade na sade dos seres humanos. Revista Motricidade. v.3. n.1. 337-344 p. 2006. FERREIRA, J.O. Efeito de trs tcnicas de alongamento muscular sobre o torque e atividade eletromiogrfica. Dissertao de mestrado (Mestrado em Fisioterapia) Universidade Federal do Rio grande do Norte, Natal, Rio Grande do Norte. 2009. ROSRIO, J.L.R.; MARQUES, A.P.; MALUF, A. S. Aspectos clnicos do alongamento: uma reviso de literatura. Revista Brasileira de Fisioterapia. v.8. n.1. 1-6 p. 2004. TIRLONI, A.T. et al. Efeito de diferentes tempos de alongamento na flexibilidade da musculatura posterior da coxa. Fisioterapia e Pesquisa. v.15. n.1. 47-52p. 2008.

    http://portal.revistas.bvs.br/transf.php?xsl=xsl/titles.xsl&xml=http://catserver.bireme.br/cgi-bin/wxis1660.exe/?IsisScript=../cgi-bin/catrevistas/catrevistas.xis|database_name=TITLES|list_type=title|cat_name=ALL|from=1|count=50&lang=pt&comefrom=home&home=false&task=show_magazines&request_made_adv_search=false&lang=pt&show_adv_search=false&help_file=/help_pt.htm&connector=ET&search_exp=Fisioter.%20mov

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    PROGRAMA DE FLEXIBILIDADE PARA ENCURTAMENTO MUSCULAR DE CADEIA POSTERIOR DA COXA

    Luizle Busnello Corra; Lusa Fernandes de vila; Paula Cristina Vasconcellos Vidal.

    URI-So Luiz Gonzaga

    Introduo O encurtamento muscular refere-se reduo de comprimento da unidade

    musculotendnea, portanto caracterizado pela diminuio do comprimento das fibras musculares gerando a falta de flexibilidade de um msculo e a restrio da amplitude de movimento. A inatividade e a falta de exerccios para o ganho de alongamento muscular constituem uma das principais causas de encurtamento muscular, especialmente em grupos muscular como os isquiotibiais que esto diretamente ligados aos movimentos das articulaes do quadril, joelho e pelve. Portanto seu encurtamento pode ocasionar desvios posturais, alteraes na marcha e alteraes na funcionalidade destas articulaes (AZEVEDO; SILVA, 2010). O presente estudo foi idealizado e planejado por acreditar nos benefcios que a prtica do mtodo Pilates pode proporcionar a populao feminina. Este mtodo possui uma tcnica diversificada que visa trabalhar fora, flexibilidade, alongamento, e equilbrio sempre se preocupando em manter as curvaturas normais do indivduo (COMUNELLO, 2011). Foi constatado um alto ndice de acadmicas com encurtamento da musculatura posterior da coxa, principalmente as que fazem uso de calados inadequados, e no praticam atividades fsicas. O objetivo geral deste estudo foi avaliar o efeito de um treinamento pelo mtodo Pilates no solo com durao de um ms no ganho de flexibilidade dos msculos isquiostibiais. Metodologia

    Estudo transversal quase experimental e prospectivo. Esta pesquisa foi aprovada pelo CEP da URI de Santiago pelo n 642.768 e os indivduos assinaram o TCLE autorizando a realizao da pesquisa. A populao foi composta de universitrias que apresentaram encurtamento da musculatura posterior da coxa verificados pela flexibilidade linear (teste do sentar e alcanar modificado no solo - TSAS) (FARIA; MACHADO, 2008) e pelo grau articular de flexo de quadril com o joelho estendido e p neutro, menor que 80 verificados pelo flexmetro. A interveno consistiu da aplicao de um protocolo de Pilates no solo durante o perodo de um ms (2X/semana) composto de exerccios de aquecimento e oito posies do mtodo. Para anlise estatstica foi utilizado o teste t de Student para medidas pareadas e para as correlaes das variveis estudadas foi aplicado a Correlao de Pearson. O nvel de significncia estatstica com valor de p < 0,05.

    Resultados

    A amostra foi de oito universitrias com idade entre 18 e 25 anos. A mensurao da flexibilidade linear pelo TSAS antes e aps a interveno do programa do mtodo Pilates no solo mostrou ganho significativo da flexibilidade dos msculos da cadeia posterior da coxa bilateralmente (isquiotibiais) com valor de significncia de (p< 0,05). A medida angular isolada dos isquiotibiais no mostrou ganho significativo de flexibilidade de ambos os membros inferiores, onde o membro inferior esquerdo apresentou uma mdia de flexibilidade de 66,3 11,3 (pr) e 79,1 9,9 (aps interveno) (p= 0,72) e o membro inferior direito uma mdia de 65,3 14,7 (pr) e 78,5 8,2 (aps interveno) (p= 0,10)

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    muito provavelmente devido ao pequeno tamanho da amostra. Para verificar o ganho de flexibilidade dos isquiotibiais foi aplicado um teste de correlao da mensurao do TSAS com o flexmetro onde foi observado no existir correlao significativa entre eles (p=0,13; r=0,6). Portanto podemos dizer que o TSAS um mtodo sensvel para avaliar a flexibilidade e o flexmetro um mtodo especfico que mede isoladamente os isquiotibiais. Discusso

    O mtodo TSAS mais sensvel em detectar mudanas na extensibilidade das fibras musculares abrangendo diversos msculos envolvidos no aumento do alongamento da cadeira posterior da coxa. o teste mais comum citado na literatura tendo vrios fatores que podem intervir no resultado desse teste como a discrepncia em membros inferiores, a flexibilidade da coluna vertebral, e a abduo escapular (OLIVEIRA, 2011). Outra forma de avaliar a flexibilidade pelo flexmetro. Este aparelho um equipamento pendular utilizado para verificar a amplitude de movimento e tem seu funcionamento com base em um mecanismo antigravitacional. Ele oferece maior confiabilidade nas suas medidas, pois realizada pelo efeito da gravidade diminuindo assim as possibilidades de erro (PERIN et al., 2010). O flexmetro um instrumento mais especfico do que sensvel para detectar mudanas no alongamento muscular, devido a isso seria necessria uma amostra maior para identificar um ganho na extensibilidade dos isquiotibiais. Segundo alguns autores (FREITAS et al., 2007) o ganho de flexibilidade pelo mtodo Pilates se d pelo fato dos exerccios serem baseados no alongamento da musculatura e pelo treinamento contnuo desses exerccios. A flexibilidade e o alongamento vem sendo estudados pois muitos indivduos confundem sua definio, a flexibilidade um componente da aptido fsica e o alongamento um exerccio utilizado para manter ou ganhar flexibilidade. Conforme discutido, a literatura mostra que o mtodo Pilates eficaz no ganho de flexibilidade, com nfase da musculatura posterior da coxa. Concluso

    O mtodo Pilates como forma de treinamento funcional para ganho de flexibilidade teve uma tima resposta favorecendo o alongamento dos msculos isquiotibiais com apenas um ms de durao. Mas devem ser realizados mais estudos mostrando as mudanas das propriedades viscoelsticas e os efeitos do mtodo Pilates na composio corporal e fisiologia muscular. Referncias AZEVEDO, D.G.; SILVA, M.R. Prevalncia de Encurtamento dos Msculos Isquiotibiais em Universitrios. IV simpsio Sul Brasileiro de Fisioterapia. Revista Inspirar Movimento & Sade. 2010. COMUNELLO, J.F. Benefcios do mtodo Pilates e sua Aplicao na Reabilitao. Instituto Salus, Passo Fundo, RS, 2011. FARIA, N.G.F.; MACHADO, V.S. Relao entre dois Instrumentos de Mensurao de Amplitude de Movimento na Avaliao da Flexo Ativa da Perna em Voluntrias Jovens Saudveis. Universidade Federal de Juiz de Fora, monografia, Juiz de Fora, 2008. FREITAS, DS et al. Avaliao da Flexibilidade do Grupo Muscular Isquiotibial entre Indivduos Praticantes do Mtodo Pilates. Coleo Pesquisa em Educao Fsica Vol. 6, n2, 2007.

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    OLIVEIRA, M, C et al. Anlise dos Efeitos dos Exerccios de Pilates e Ginstica Postural na Melhora da Flexibilidade em Jovens Adultos. FIEP BULLETIN - Volume 81- Especial ARTICLEI 2011. PERIN, A. et. al. Protocolo de Avaliao do Nvel de Flexibilidade dos Isquiotibiais por Fotogametria. Revista Brasileira de Inovao Tecnolgica em Sade. On line desde 2010. Data de acesso: 04/05/2014, s 18 horas

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    EFEITOS DA FISIOTERAPIA NO PS OPERATRIO TARDIO DE RECONSTRUO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR - RELATO DE CASO

    Emanuele Alves Cominetti; Gisele Maiara Zuravski; Fabrizzio Pelle Perez; Giulia Piaia

    Quissini; URI- Erechim

    [email protected] Introduo O articulao do joelho a maior e mais complexa das articulaes do corpo humano. Em esportistas, principalmente para aqueles em que o esporte exige maior contato, mudana de direes e rotaes, as leses se tornam muito comuns. Uma das principais estruturas do complexo do joelho frequentemente lesionada o ligamento cruzado anterior (LCA) (SALGADO., 2014; SOARES., 2011; MARCHETTI., 2012). A alta incidncia de leses deste ligamento pode provocar e trazer consequncias desagradveis, tais como perda da estabilidade articular, fora muscular e funo, gerando uma srie de dficits no membro acometido (MARCHETTI., 2012). A fisioterapia apresenta um papel muito importante e indispensvel na sua recuperao, tendo como objetivos principais, recuperar a mobilidade articular, levar o paciente a ganho de fora e tnus muscular, reduzir a dor e edema, prevenir deformidades, aderncias e complicaes, bem como melhorar a propriocepo, marcha, equilbrio, coordenao e o retorno ao esporte (HAJJAR., 2009; BELCHIOR., 2008). O objetivo deste estudo foi verificar a eficcia da fisioterapia convencional na recuperao da amplitude de movimento, fora e trofismo muscular no ps operatrio tardio de reconstruo do ligamento cruzado anterior. Materiais e Mtodos Trata-se de um estudo de caso, realizado nas dependncias da Clnica Escola de Fisioterapia da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Misses URI. A amostra foi composta por uma participante do sexo feminino, 28 anos de idade, submetida ao procedimento cirrgico de reconstruo do ligamento cruzado anterior (LCA) esquerdo h 60 dias. Aps a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido foi realizada a avaliao e tratamento fisioteraputico. Estes ocorreram no perodo de agosto a setembro de 2014, totalizando 11 sesses, sendo a primeira a avaliao fisioteraputica e a ltima a reavaliao fisioteraputica. A avaliao fsica foi realizada para obteno dos dados (1) Fora muscular da articulao do joelho esquerdo; (2) Amplitude de movimento (ADM) da articulao do joelho esquerdo; (3) Avaliao da dor atravs da Escala Visual Analgica (EVA), (4) Perimetria do membro inferior esquerdo. O tratamento realizado englobou em todas as sesses: (1) Aquecimento na esteira, com caminhada durante 10 minutos, (2) Alongamento muscular passivo de membros inferiores, mantidos por 50 (cinqenta) segundos cada grupo muscular, (3) Fortalecimento muscular de flexores, extensores, abdutores, adutores do quadril, flexores, extensores do joelho, atravs de exerccios isotnicos, utilizando caneleiras de 3kg-5kg-7kg progressivamente, 3 (trs) sries de 15 (quinze) repeties cada grupo muscular. Resultados e Discusso

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    Atravs dos resultados comparados pr e ps intervenco fisioteraputica pode-se observar uma normalizao da fora muscular do joelho esquerdo no movimento de flexo e extenso e no movimento de extenso do quadril segundo a escala de Kendall. Houve tambm aumento da amplitude de movimento (ADM) nos movimentos de flexo, extenso, abduo, rotao interna e externa do quadril esquerdo, flexo do joelho e plantiflexo do tornozelo do membro inferior esquerdo. Em um estudo realizado por Cunha e Silva (2007), foi evidenciada uma melhora significativa na funo e fora muscular durante o tratamento gradativo de fortalecimento ps ligamentoplastia do ligamento cruzado anterior do joelho. Salgado et al. em seu estudo tambm obtiveram resultados positivos em relao fora muscular e amplitude de movimento. Em relao ao trofismo muscular, ocorreu aumento em praticamente todas as medidas do membro inferior esquerdo. A paciente no relatou dor ou desconforto em nenhuma sesso, o que indica grau de dor 0 na escala visual analgica. Consideraes Finais Foi possvel constatar que a interveno fisioteraputica com aquecimento, alongamentos, fortalecimento progressivo no Ps operatrio tardio de reconstruo do ligamento cruzado anterior, obteve resultados positivos e promoveu aumento da fora muscular, amplitude de movimento (ADM) e trofismo muscular para o membro inferior esquerdo. Referncias SALGADO, Fernando Henrique Santos et al. Programa de reabilitao em ps-operatrio de um atleta de futebol profissional submetido reconstruo do ligamento cruzado anterior (LCA) e ligamento cruzado posterior (LCP): estudo de caso.Revista Brasileira de Prescrio e Fisiologia do Exerccio, v. 8, n. 46, 2014. SOARES, Matheus dos Santos et al. Interveno Fisioteraputica no Ps-operatrio de Leses do Ligamento Cruzado Anterior. Revista Eletrnica de Cincias. v. 11, n. 16, 2011. MARCHETTI, Paulo Henrique et al. Desempenho dos membros inferiores aps reconstruo do ligamento cruzado anterior. Motriz, Rio Claro v.18 n.3, p.441-448, jul./set. 2012. JORGE, Matheus da Cunha; DUARTE, Marcelo Silva. Reabilitao funcional do joelho ps ligamentoplastia do ligamento cruzado anterior do joelho. Um estudo de Caso. 2007. BELCHIOR, Ana Carulina Guimares; ABDALLA DOSREIS, Filipe; DE CARVALHO, Paulo de Tarso Camillo. Estudo comparativo entre o tratamento cinesioterpico e hidrocinesioterpico no ps-operatrio da reconstruo do ligamento cruzado anterior. Conscientia e Sade, v. 7, n. 2, p. 191-199, 2008. GOMES, Juliana Janaina; el Hajjar, Nabil. A Abordagem Fisioterapeutica no Tratamento Ps operatrio de Leso do Ligamento Cruzado Anterior: Estudo de Caso. 3 Seminrio de Fisioterapia da Uniamrica, 2009.

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    EFEITOS DA MOBILIZAO MANUAL SUPERFICIAL, LASERTERAPIA E TERAPIA ULTRA-SNICA NO TRATAMENTO DE LCERA CUTNEA - RELATO DE CASO

    Gisele Maiara Zuravski; Fabrizzio Pelle Perez; Giulia Piaia Quissini; Emanuele Alves

    Cominetti URI- Erechim

    [email protected] Introduo lceras de origem venosa, segundo Abbade e Lastria (2006), so relativamente comuns na populao adulta, causando impacto significativo no aspecto social e econmico devido ao tempo prolongado no processo de cicatrizao da leso. As lceras cutneas so responsveis por um alto ndice de morbidade e mortalidade (MARQUES, M.C., et al, 2003). Segundo as autoras as lceras geralmente so crnicas e a maioria dos pacientes ignoram o mecanismo de sua formao. Os recursos fisioteraputicos que podem auxiliar e acelerar o processo de cicatrizao de lceras, segundo Marques, M. C., et al (2003), destacam-se a laserterapia de baixa intensidade e a terapia ultra-snica. O objetivo deste estudo consistiu em verificar os efeitos da mobilizao manual superficial, laserterapia de baixa intensidade e da terapia ultra-snica em um paciente que apresentava lcera cutnea Materiais e Mtodos Trata-se de um estudo de caso, realizado nas dependncias da Clnica Escola de Fisioterapia da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Misses URI. A amostra foi composta por um participante do sexo masculino, 76 anos de idade, apresentando lcera cutnea na regio dorsal do p direito. Aps a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), foi realizada a avaliao e tratamento fisioteraputico. Este ocorreu no perodo de agosto de 2013 setembro de 2014, totalizando 25 sesses, realizadas uma vez por semana. O tratamento consistiu no uso de Laserterapia de baixa frequencia, modo varreadura e terapia ultra-snica na lcera cutnea. A avaliao clnica do paciente consistiu em analisar o tamanho das medidas de comprimento e largura da lcera, utilizando fita mtrica e registro fotogrfico. Em todas as sesses foram realizados mobilizao manual superficial, laserterapia de baixa frequencia de 4 6 J/cm2, modo varredura durante 10 minutos e terapia ultra-snica nos parmetros de 3 MHz e dose menor ou igual 0,6 W/cm2, durante 9 min. Resultados e Discusso No presente estudo pode-se observar uma melhora do processo ulcerativo de 15 cm para 7 cm na medida longitudinal e de 13 cm para 8 cm na medida latero-medial, corroborando com os estudos encontrados na literatura como o de Gonalves e Parizotto (1998), que destacam os bons resultados na melhora do processo de cicatrizao de lceras cutneas. Segundo Marques, M.C et al (2003), o ultra-som pulsado tem sido preconizado no processo de cicatrizao de feridas devido seus predominantes efeitos atrmicos. Os autores ainda relatam que este, amplamente utilizado no tratamento de feridas cutneas, devido seus efeitos fisiolgicos atuarem nos tecidos em todas as fases do processo de reparao de feridas, o que estimular a uma cicatrizao mais rpida com um tecido cicatricial mais resistente. Marques, M.C et al (2003) relataram que os efeitos

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    atrmicos que aumentam a velocidade do reparo de feridas est associado a utilizao de intensidades menores ou iguais a 0,5 W/cm2. Um estudo desenvolvido por Arantes et al (1991/1992), no qual realizaram um estudo na utilizao do laser He-Ne e As-Ga no tratamento de lceras de origem venosa e arterial. Os autores afirmaram que esses recursos juntamente com outras modalidades fisioteraputicas possibilitaram a cicatrizao completa e em menor tempo do que lceras tratadas sem estimulao a laser. Um estudo realizado por Ramos, et al., (2014), na qual avaliaram a eficcia do laser de baixa potncia na cicatrizao de lcera, utilizando 6 J/cm2

    observaram melhora e reduo da lcera a partir da terceira aplicao. Segundo Marques, et al (2003) a laserterapia de baixa intensidade tem se mostrado eficaz na cicatrizao de lceras cutneas. Os autores sugerem que o laser atua na pele aumentando a migrao de fibroblastos e formao de colgeno, promovidos pela vasodilatao. Em relao a mobilizao manual superficial, Marques et al (2003), relataram no estudo que os efeitos da mobilizao alm da melhora na circulao local sangunea e linftica, favorece a chegada de clulas inflamatrias ao local lesionado, aumentando a fora da cicatriz e prevenindo aderncias entre a pele e tecidos sseos. Concluso A partir dos dados apresentados, podemos concluir que a fisioterapia tem grande importncia na reabilitao dos pacientes que apresentam lceras cutneas e que o efeito da mobilizao manual superficial, laserterapia de baixa intensidade e terapia ultra-snica so eficazes no processo de cicatrizao de lcera cutneas. Referncias ABBADE L. P.F, e LASTRIA. S. Abordagem de pacientes com lcera da perna de etiologia venosa. An Bras Dermatol., V. 81, n.6, p.509-22, 2006. ARANTES, C.V.A. et al. Fisioterapia preventiva em complicaes de lceras de membros inferiores. Fisiot. em Mov., v.4, n.2, p.47-60, 1991/1992. GONALVES, G.; PARIZOTTO, N. A. Fisiopatologia da reparao cutnea: atuao da fisioterapia. Rev Bras Fisiot, v. 21, p. 5-13, 1998. MARQUES, M.M, et al. Atuao fisioteraputica no tratamento de lceras plantares em portadores de hansenase: uma reviso bibliogrfica. Hansen.Int., v.28, n.2, p.145-150, 2003. RAMOS, L. A. V. et al. A eficcia do laser de baixa potncia na cicatrizao de lcera de decbito em paciente diabtico: Estudo de Caso. Open Journal System. v.4, n.2, p. 74-79, 2014.

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    FLEXIBILIDADE DOS ISQUIOTIBIAIS E QUALIDADE DE VIDA DE SUJEITOS PARTICIPANTES DO PROJETO DE EXTENSO HARMONIA

    Evelyn Tavares Guarnieri; Jaine Renata Zeni; Mrcia Regina da Silva

    Universidade Comunitria da Regio de Chapec Unochapec [email protected]

    Introduo

    O projeto Vivncias acadmicas grupais em fisioterapia na promoo da sade e preveno de enfermidades musculoesquelticas (HARMONIA), tem como objetivo articular a pratica e o ensino dentro da extenso, bem como a melhoria da qualidade de vida (QV) dos indivduos com atividades desenvolvidas para a comunidade interna e externa da Unochapec por meio de exerccios cinesioteraputicos voltados para flexibilidade, fora, equilbrio e relaxamento corporal (SILVA, 2013).

    O conceito de QV definido pela OMS refere-se a percepo do indivduo de sua posio na vida no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relao aos seus objetivos, expectativas, padres e preocupaes (WHOQOL GROUP, 1994 apud FLECK et al, 1999). Souza e costa (2011) referem que a QV vai alm do fato de ter sade ou no se relacionando com o estado scio econmico cultural, as experincias e ao estilo de vida do indivduo.

    A flexibilidade refere-se habilidade de movimentar uma ou mais articulaes em toda a amplitude de movimento. A falta de flexibilidade pode influenciar no desempenho de atividades dirias e cotidianas e, consequentemente, contribuir para o aparecimento de leses musculoesquelticas e alteraes posturais. (PRENTICE, 2012; BERTOLLA et al, 2007)

    O objetivo desse estudo foi avaliar a flexibilidade dos isquiotibiais e QV dos sujeitos participantes do projeto de extenso Harmonia. Metodologia

    Foram avaliados 26 sujeitos iniciantes do projeto de extenso, com faixa etria entre 17 e 48 anos (3 homens e 23 mulheres), no praticantes de exerccios fsicos.

    Para avaliao da QV foi utilizado o questionrio SF-36, traduzido e validado para a lngua portuguesa por Ciconelli et al (1999). Este constitudo por 36 questes divididas em oito domnios, os quais englobam a capacidade funcional, limitao por aspectos fsicos, dor, estado geral de sade, vitalidade, aspectos sociais, aspectos emocionais e sade mental. O instrumento gera um escore total de 0 a 100 para cada domnio, no qual 0 o pior e 100 o melhor estado geral de sade. (SOUZA; COSTA, 2011).

    Para avaliar a flexibilidade foi utilizado o teste de sentar e alcanar com o banco de Wells (Sanny ), no qual os indivduos sentam-se com os ps em contato com o banco e os membros inferiores em extenso de joelho e flexo de quadris. Aps uma inspirao, com a ponta dos dedos em contato com o escalmetro do banco, expiram empurrando o mximo possvel o mesmo, realizando uma flexo de tronco. Os valores so expressos em centmetros (cm) (NOGUEIRA, NAVEIGA, 2011; PERTILE et al, 2011). Resultados e discusso

    As mdias e os desvios padres dos resultados dos domnios da QV foram: capacidade funcional: 71,15 (19,35), limitao por aspectos fsicos: 81,53 (26,48), dor:

    mailto:[email protected]

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    65,53 (18,85), estado geral de sade: 63,23 (19,12), vitalidade: 55,61 (18,93), aspectos sociais: 74,42 (16,78), aspectos emocionais: 71,79 (32,23) e sade mental: 66 (12,45). Estes resultados demonstram que os sujeitos apresentam uma boa percepo da qualidade de vida, com todas as mdias acima de 50, dados semelhantes ao estudo de Interdonato e Greguol (2010) que investigaram a qualidade de vida percebida em 120 indivduos fisicamente ativos e sedentrios entre 18 e 25 anos. Os autores concluram que os indivduos tem uma percepo de qualidade de vida satisfatria, independente de gnero e, embora os praticantes de exerccio fsico obtiveram melhor percepo de qualidade de vida, os no praticantes tambm apresentaram valores prximos aos diferentes domnios indicando que nem sempre se exercitar fator para uma melhor percepo subjetiva de qualidade de vida. (INTERDONATO; GREGUOL, 2010, p. 66).

    A avaliao da flexibilidade de grande importncia para o estudo das limitaes da amplitude de movimento das articulaes e se fez importante para o alcance dos resultados que foram obtidos a partir da realizao do teste de sentar e alcanar com o banco de Wells, sendo que a mdia e o desvio padro dos sujeitos foi de 23,78 (8,08) para as mulheres e 20,5 (2,17) para os homens, o que indica que as mulheres tem uma melhor flexibilidade, no entanto ambos os valores esto abaixo da normalidade segundo o Canadian Standardized Test of Fitness CSTF. (RIBEIRO et al, 2010). Segundo Cruz et al (2010), o sexo feminino mais flexvel, comparado ao sexo oposto, seja por fatores fisiolgicos ou por atividades executadas. Mas quando se fala em nvel populacional a flexibilidade em mdia baixa, e isso se explica ao relatar que os estmulos para o ganho dela so poucos ou as prticas so ineficientes. Concluso

    Conclui-se que em mdia os participantes tem boa qualidade de vida, no entanto, possuem baixa flexibilidade, sendo necessrios estudos que explorem mais essa condio, avaliem os efeitos de programas fisioteraputicos preventivos, bem como sua relao com leses musculoesquelticas. Agradecimentos Unochapec pelo apoio institucional e financeiro para a realizao deste estudo. Referncias BERTOLLA, F. et al. Efeito de um programa de treinamento utilizando o mtodo Pilates na flexibilidade de atletas juvenis de futsal. Rev Bras Med Esporte, So Paulo, v. 13, n. 4, p. 222-226, jul/ago 2007. CICONELLI et al., Traduo para a lngua portuguesa e validao do questionrio genrico de avaliao da qualidade de vida SF-36 (Brasil SF-36). Revista Brasileira de Reumatologia. So Paulo, v.39, n. 3, p.143-150, 1999. CRUZ, I.R.D. et al. Comparao dos nveis de flexibilidade dos acadmicos do curso da educao fisica da favenorte. R. Min. Educ. Fs., Viosa, Edio Especial, n. 5, p. 227-236, 2010. FLECK, M.P.A. et al. Aplicao da verso em portugus do instrumento de avaliao de qualidade de vida da Organizao Mundial da Sade (WHOQOL-100). Rev sade pblica. So Paulo, v. 33, n. 2, p. 198-205, 1999.

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    INTERDONATO G.C.; GREGUOL M. Qualidade de Vida Percebida por Indivduos Fisicamente Ativos e Sedentrios. R. bras. Ci. e Mov. Taguatinga, v18, n.1, p:61-67, 2010. NOGUEIRA, H.C.; NAVEGA, M.T. Influncia da escola de postura na qualidade de vida, capacidade funcional, intensidade de dor e flexibilidade de trabalhadores administrativos. Fisioter Pesq, So Paulo, v. 18, n. 4, p. 353-8, 2011. PERTILE, L. et al. Estudo comparativo entre o mtodo Pilates e exerccios teraputicos sobre a fora muscular e flexibilidade de tronco em atletas de futebol. Conscientiae sade. So Paulo, v. 10, n. 1, p. 102-11, 2011. PRENTICE, W.E. Fisioterapia na prtica esportiva: uma abordagem baseada em competncias. 14ed. Porto Alegre: AMGH, 2012. RIBEIRO, C.C.A. et al. Nvel de flexibilidade obtida pelo teste de sentar e alcanar a partir de estudo realizado na Grande So Paulo. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum. Florianpolis, v. 12, n. 6, p. 415-21, 2010. SILVA, M.R. Vivncias acadmicas grupais em fisioterapia na promoo da sade e preveno de enfermidades musculoesquelticas. Projeto de Extenso. Unochapec, Chapec, SC, nov 2013. SOUZA, J.C.; COSTA, D.S. Qualidade de vida de uma amostra de profissionais de educao fsica. J. Bras. Psiquiatr. Rio de Janeiro, v. 60, n. 1, 2011.

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    INCIDNCIAS DE LESES OSTEOMIOARTICULARES EM ATLETAS PROFISSIONAIS DE FUTSAL

    Samuel Vargas Munhoz; Priscila Melo Terra; Luizle Busnello Corra; Lucinia Orsolin

    Pfeifer; Frederico Orlando Friedrich; Jairo Jair Friedrich Jnior; Marcos Otvio Brum Antunes; Paula Cristina Vasconcellos Vidal.

    URI So Luiz Gonzaga/RS E-mail: [email protected]

    Introduo O futsal um dos esportes mais populares e difundidos na atualidade (RIBEIRO; COSTA, 2006). Os atletas so considerados como de alto rendimento e isso exige um treinamento rgido e especfico. A principal caracterstica deste esporte o dinamismo e com a exigncia das cargas de treino e dos jogos, aumenta o risco de ocorrncia de leses (DANTAS, SILVA, 2007). As leses nesse tipo de modalidade esportiva sempre estiveram presentes e acabam se tornando motivo de preocupao para os atletas e equipe tcnica. Muitas vezes so resultado de um esforo mximo alm do limite fisiolgico do atleta, podendo levar a incapacidade funcional e afastamento de suas atividades. Diante disso, necessrio uma equipe multidisciplinar para manter a integridade e um bom condicionamento fsico. A fisioterapia desportiva destaca-se no treinamento fsico funcional, preveno e reabilitao de leses do sistema osteomioarticular do atleta (HAGGLUND; WALDEN; EKSTRAND, 2009). indispensvel realizar avaliaes fsicas na fase de pr-temporada em atletas para elaborar uma rotina de treinamento especfico e funcional visando a melhora do desempenho do gesto esportivo (BICALHO et al., 2007). Atualmente a insero do fisioterapeuta na comisso tcnica das equipes desportivas de grande relevncia desde a participao das avaliaes fsicas bem como na elaborao de protocolos de preveno e reabilitaes das leses mais incidentes, como as distenses musculares. O objetivo deste estudo foi realizar um levantamento das leses do sistema musculoesqueltico em atletas de futsal que frequentaram o projeto de fisioterapia desportiva. Metodologia

    Este estudo teve delineamento observacional descritivo e retrospectivo. Esta pesquisa foi aprovada pelo CEP da URI de Santiago sob n 254.598. A amostra foi composta por 10 atletas profissionais contratados pela equipe da AGSL Associao Grande So Luiz para a temporada da srie Ouro de 2014 que realizaram as avaliaes fsicas propostas na fase de pr-temporada. Foi realizado um levantamento das leses mais incidentes de todos os atletas atendidos no ano de 2013 no Projeto de Fisioterapia Desportiva da URI de So Luiz Gonzaga/RS. A anlise dados foi descritiva com correlaes entre as variveis do estudo que foram: medidas antropomtricas (peso, estatura, ndice de massa corporal, percentual de gordura corporal), teste de 1 RM, teste de impulso horizontal, testes de velocidade (10 e 20 metros) e as leses esportivas. Resultados:De todos os testes fsicos realizados pelos atletas que foram avaliados nesta pesquisa, no houve correlao entre nenhum deles. Verificamos que a maioria das leses ocorreram por excesso de atividade (30%), visto que, o futsal uma modalidade esportiva que exige dos atletas um alto nvel de rendimento. A entorse aparece em segundo lugar,

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    representando cerca das 23% das leses, provavelmente devido grande dinamicidade desta modalidade esportiva e do alto impacto gerado pelas quadras. Discusso

    No encontramos correlaes entre as variveis em estudo dos testes de avaliao fsica, muito provavelmente devido ao pequeno nmero amostral. Todavia, realizamos um levantamento sobre a incidncia de leses mais frequentes no ano de 2013 e observamos que o mecanismo de leso mais incidente foi por overtraining devido a equipe possuir um nmero reduzido de atletas que acabam sendo sobrecarregados com a rotina de treinos e competies. Estudos relacionados com as leses buscam entender a sua origem e procurar estabelecer programas que minimizem o risco da sua ocorrncia. O conhecimento da incidncia e dos mecanismos das leses de fundamental importncia para combater as suas causas (RIBEIRO et al, 2006). O levantamento das leses mais incidentes no ano de 2013 apontou a contratura muscular como principal leso, em contrapartida a maioria dos estudos (FERRARI et al. 2005) relatam ter maior incidncia as entorses, sendo o mecanismo de leso mais referido o excesso de atividades devido a mtodos inadequados de treinamento, alteraes estruturais que sobrecarregam determinados segmentos corporais, fraqueza muscular, tendinosa e/ou ligamentar. Concluso

    Podemos observar que a leso mais incidente dos atletas foram as contraturas musculares provavelmente devido a biomecnica do movimento esportivo, overtraining e ao tipo de quadra (lisa) que a equipe treina e realiza os jogos. Referncias: BICALHO, E.L.C. et al. Estudo da diferena do perfil fsico de jogadores de futsal por posicionamento em quadra que participaram do campeonato Ipatinguense. EFDeportes.com - Revista Digital. Buenos Aires, 2007. Disponvel em: http://www.efdeportes.com/efd104/perfil-fisico-de-jogadores-de-futsal-por-posicionamento-em-quadra.htm. Acesso em: 06/05/2014. DANTAS JA, SILVA MR. Frequncia das leses nos membros inferiores no futsal profissional. Revista Faculdade de Cincias da Sade. p.220-9. 2007 FERRARI et al., Processo de regenerao na leso muscular: uma reviso. Fisioterapiaemmovimento. v.18, n.2, p.63-71. 2005 HAGGLUND, M; WALDEN, M; EKSTRAND, J. Injuries among male and female elite football players. Scand J MedSci Sports. p.819-27. 2009. RIBEIRO, R.N.; COSTA, L.O.P. Anlise epidemiolgica de leses no futsal durante o XV campeonato brasileiro de selees sub 20. Revista Brasileira Medicina do Esporte. 2006.

    http://www.efdeportes.com/efd104/perfil-fisico-de-jogadores-de-futsal-por-posicionamento-em-quadra.htmhttp://www.efdeportes.com/efd104/perfil-fisico-de-jogadores-de-futsal-por-posicionamento-em-quadra.htm

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    EFEITOS DE UM PROGRAMA FISIOTERAPUTICO NO PS-OPERATRIO DE FRATURA DE MALOLO MEDIAL

    Vanessa Silveira; Tain Samile Pesente; Carine Scheuchuk; Janesca Mansur Guedes.

    URI Erechim [email protected].

    Introduo

    As fraturas de tornozelo, especificamente as fraturas maleolares so frequentes e so causadas por traumas rotacionais. Apesar do mecanismo do trauma ser comum, existe uma variao das caractersticas dessas leses devido articulao do tornozelo ser uma complexa regio steo-cpsulo-ligamentar (GIORDANO et al., 2007).

    O diagnstico de fratura maleolar se baseia na histria clnica do paciente, no exame fsico e nos exames de imagem (BENVENUTO, et al., 2011). As fraturas podem ser corrigidas pelo mtodo conservador ou pelo mtodo cirrgico, ambos tm como objetivo melhorar a funo da extremidade lesada (SAKAKI et al., 2013). As fraturas maleolares instveis necessitam de correo cirrgica para que se restaure a anatomia do tornozelo (ALBIERI, 2011).

    Aps o tratamento cirrgico, os pacientes apresentam dficit de fora, diminuio da amplitude de movimento e limitao funcional. Desse modo, a reabilitao fisioteraputica de extrema importncia visando o retorno rotina e sua funcionalidade (BENVENUTO, et al., 2011).

    Este estudo teve como objetivo geral avaliar a amplitude de movimento e fora muscular de um indivduo ps-operatrio de malolo medial. Metodologia

    Este estudo caracterizou-se como relato de caso do tipo descritivo exploratrio, com uma abordagem quantitativa. A amostra foi composta por um indivduo do gnero masculino, 33 anos, com 2 meses e 14 dias de ps-operatrio de fratura de malolo medial, selecionado atravs de escolha intencional entre os pacientes atendidos na Clnica Escola da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Misses (URI) Campus de Erechim. A pesquisa desenvolveu-se na sala de Cinesioterapia do Centro de Estgios e Prticas Profissionais da URI (URICEPP). Aps foi realizado uma conversa com o paciente onde foi exposto os objetivos e mtodos do estudo, com o parecer favorvel, este assinou o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e se comprometeram que durante o perodo de atendimento de fisioterapia o paciente no fosse submetido a outra modalidade de Fisioterapia.

    Foram realizadas duas sesses semanais de fisioterapia, com durao de 50 minutos cada, em um perodo de cinco semanas, totalizando 10 sesses. O paciente foi avaliado antes do programa de atendimentos e reavaliado aps o perodo final das dez semanas.

    Avaliou-se a amplitude de movimento dos msculos plantiflexores, dorsiflexores, eversores e inversores, por intermdio da utilizao de gonimetro da marca Trident, fora muscular de plantiflexores, dorsiflexores, eversores e inversores atravs da escala de fora muscular de Kendall, perimetria em oito atravs de uma fita mtrica. O programa fisioteraputico foi composto com tcnicas para minimizar dor e edema, normalizar ADM, aumentar fora dos msculos intrnsecos do p e do tornozelo e diminuir restries dos tecidos moles.

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    Os escores quantitativos obtidos com o resultado da Goniometria, do teste de fora muscular e perimetria supra patelar foram registrados e analisados por estatstica descritiva. Resultados e Discusso

    Com relao avaliao da amplitude de movimento de plantiflexo o valor inicial no lado afetado foi de 40, na avaliao final o valor obtido foi de 42, na dorsiflexo o valor inicial foi de 14 e na avaliao final o valor obtido foi de 14, no movimento de everso o valor inicial foi de 20 e na avaliao final o valor obtido foi de 24, no movimento de inverso o valor inicial foi de 32 e na avaliao final o valor obtido foi de 36.

    Os valores da avaliao de fora muscular, para todas os movimentos do tornozelo demonstraram grau 5, exceto no movimento de inverso que a fora obtida foi grau 4. Na avaliao final todos os movimentos atingiram grau de fora 5.

    Os resultados iniciais da perimetria em oito, foram: tornozelo direito 61,5 cm; tornozelo esquerdo, 58 cm, os finais foram: Ambos 58 cm. Concluso

    Visto que o tornozelo de grande importncia na deambulao e equilbrio do paciente, o tratamento fisioteraputico benfico para a reabilitao da fratura de malolo no que diz respeito ao aumento da amplitude de movimento articular, grau de fora muscular, melhora do edema e equilbrio, proporcionando assim uma melhora, em ambos quesitos do paciente.

    O tratamento fisioteraputico tem como objetivo avaliar o benefcio com a interveno fisioteraputica, mensurando atravs da gonimetria, perimetria e teste de fora muscular, sendo que os resultados obtidos no ps-tratamento so todos clinicamente significativos, o que confere a importncia da fisioterapia no ps-operatrio de fratura de malolo medial.

    Referncias ALBIERI, A.D. Fraturas do tornozelo. In: POZZI, I. et al. Manual de trauma ortopdico, So Paulo, 2011. BENVENUTO, F.B. et al. Elaborao de um protocolo fisioteraputico para pacientes com fratura maleolar tratados cirurgicamente. Medicina de Reabilitao, v.30, n.3, p.51-53, 2011. GIORDANO, V. et al. Fraturas do Tornozelo no Adulto: Diagnstico e Tratamento. Projeto Diretrizes - Sociedade Brasileira deOrtopedia e Traumatologia/Colgio Brasileiro de Radiologia, 2007. SAKAKI, M.H. et al. Estudo epidemiolgico das fraturas de tornozelo em um hospital tercirio. Acta Ortopdica Brasileira,v.22, n.2, p.90-93, 2014.

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    QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES SUBMETIDOS QUIMIOTERAPIA AMBULATORIAL

    Mrcia Bairros de Castro; Fernanda DalMaso Camera

    URI-Erechim [email protected]

    Introduo

    Quando se elege a Oncologia como rea temtica, deve-se considerar a evoluo da Medicina nos ltimos anos. Conquistas cientficas importantes proporcionaram aumento da expectativa de cura e sobrevida ao cncer. Da mesma forma que as teraputicas farmacolgicas e cirrgicas evoluem, os profissionais que permeiam os cuidados aos pacientes oncolgicos tm buscado aprimorar recursos e tcnicas para prover bem-estar a estes pacientes e suas famlias. No entanto, sabe-se que ter em mos um diagnstico de cncer provoca alteraes de grande importncia nos aspectos biopsicossociais do indivduo. Alguns estudos demonstram que dependendo da maneira que o indivduo reage ao lidar com este diagnstico, melhor ou pior ser sua trajetria teraputica (FRANZI e SILVA, 2003; ISHIKAWA et al., 2005). A pesquisa relacionada qualidade de vida vem se desenvolvendo nos ltimos anos devido a importncia que a sociedade e os meios cientficos tm dado aos aspectos preventivos em sade. Mensurar qualidade de vida em pacientes oncolgicos um desafio na medida em que se devem considerar questes de ordem teraputica, ou seja, o prprio tratamento a que estes pacientes so submetidos podem gerar sequelas ou efeitos colaterais que diminuem seus ndices de qualidade de vida. Nos pacientes oncolgicos, qualidade de vida e sobrevida podem ser antagnicas: Kligerman (1999) diz que alguns tratamentos podem gerar sobrevida, mas no qualidade de vida e outros que promovem qualidade de vida, no geram sobrevida. Portanto, mensurar qualidade de vida uma tarefa complexa que exige considerar mltiplas dimenses do dia-a-dia destes indivduos. Sabendo-se que a teraputica clnico-cirrgica em oncologia avana largamente e que as muitas pesquisas que investigam sua eficcia produzem resultados significativos, buscou-se verificar as condies biopsicossociais de quem tem cncer e submete-se a quimioterapia ambulatorial, ou seja, este estudo teve como objetivo o levantamento de dados sobre os impactos da doena na qualidade de vida dos pacientes de uma Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON) na Regio do Alto Uruguai/RS, visto que estes resultados tambm podem influenciar no processo de sobrevida e cura destes pacientes. Metodologia

    A amostra foi constituda de 58 pacientes de uma UNACON Alto Uruguai/RS, em tratamento de quimioterapia ambulatorial nos meses de junho e julho de 2011 e que concordaram em participar do estudo, atravs da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Foi utilizado o Functional Assessment of Cancer Therapy - Fatigue (FACT-F) questionrio de qualidade de vida e fadiga, com uso restrito, necessitando autorizao do Sistema FACIT e que dividido em quatro dimenses: bem-estar fsico, bem-estar social/familiar, bem-estar emocional, bem-estar funcional. A variao de 0-160, onde 0 equivale a pssima qualidade de vida e 160 corresponde a excelente qualidade de vida. A pesquisa foi realizada em observncia s diretrizes da Resoluo 196/1996 do Conselho Nacional da Sade do Ministrio da Sade e aprovada pelo Comit

    mailto:[email protected]

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    de tica em Pesquisa da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Misses Campus de Erechim. Para a anlise destes dados foi utilizada a estatstica descritiva, com mdia e desvio padro, no pacote estatstico SPSS 20.0. Resultados

    Para os nveis globais de Qualidade de Vida foi obtida a mdia geral de 99,96, com desvio padro de 28,45. Estes resultados demonstram um escore mdio que pode ser considerado como qualidade de vida boa ou satisfatria. Discusso

    Franzi e Silva (2003), no estudo que avaliou qualidade de vida em 49 pacientes submetidos quimioterapia ambulatorial em um hospital de So Paulo, obteve ndices gerais de sade elevados, no relatando piora da qualidade de vida com os procedimentos teraputicos. Tambm avaliando qualidade de vida em pacientes de cncer de mama e intestino em uma clnica do interior de So Paulo, antes e aps trs meses de tratamento, Machado e Sawada (2008) concluram que a mdia da avaliao do estado geral de sade/qualidade de vida aumentou aps os trs meses de tratamento, demonstrando que a quimioterapia adjuvante teve um impacto positivo na qualidade de vida. Estes estudos corroboram os resultados encontrados, o que no necessariamente reflete consenso nos estudos sobre efeitos da quimioterapia em pacientes oncolgicos. A importncia dos estudos em qualidade de vida dos pacientes oncolgicos pode ser considerada como coadjuvante aos processos teraputicos aplicados. O aumento da sobrevida dos indivduos diagnosticados com cncer necessita de avaliaes de qualidade; a trajetria neste processo no pode mais ser encarada apenas como quanto tempo?, mas sim como em que condies?. Concluso

    Avaliou-se a qualidade de vida dos pacientes atendidos na UNACON Alto Uruguai/RS, verificando-se que estes apresentaram nveis bons ou satisfatrios como resultado. Referncias: FRANZI, Sergio Altino; SILVA, Patrcia Gislene. Avaliao da Qualidade de vida em Pacientes Submetidos Quimioterapia Ambulatorial no Hospital Helipolis. Revista Brasileira de Cancerologia, 2003, 49(3): 153-158 ISHIKAWA, Neli Muraki. Validao do FACT-F no Brasil e Avaliao da Fadiga e da Qualidade de Vida em Mulheres com Cncer de Mama. Tese de Doutorado da Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Cincias Mdicas. Campinas, SP: 2009. KLIGERMAN, Jacob. Cncer e Qualidade de Vida. Revista Brasileira de Cancerologia. 1999; Vol. 45 n2 Abr/Mai/Jun MACHADO, Sheila Mara; SAWADA, Namie Okino. Avaliao da Qualidade de Vida de Pacientes Oncolgicos em Tratamento Quimioterpico Adjuvante. Texto Contexto Enferm. Florianpolis, 2008, Out-Dez; 17(4):750-7

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    BENEFCIOS DA FISIOTERAPIA EM PACIENTE COM TUMORECTOMIA DE MAMA ESQUERDA ESTUDO DE CASO

    Daniele Rosset; Vanessa Sebben; ZequielaRussi

    URI-Erechim [email protected]

    Introduo O cncer uma doena crnica degenerativa com evoluo prolongada e progressiva. A tumorectomia consiste na remoo de tecido mamrio suficiente para a retirada do tumor, preservando a mama. Problemas como linfedema, dor, parestesia, reduo da amplitude de movimento (ADM) do membro envolvido so observadas e relatadas com frequncia. A fisioterapia iniciada precocemente reduz o risco dessas complicaes, facilita a integrao do lado operado ao resto do corpo e o retorno as atividades funcionais (GUIRRO e GUIRRO, 2002; MARQUES, SILVA, AMARAL, 2011; BATISTOM e SANTIAGO, 2005). O objetivo do estudo foi analisar os benefcios de um programa de fisioterapia em uma paciente com tumorectomia de mama esquerda. Materiais e Mtodos

    Trata-se de um relato de caso. A amostra foi composta por uma paciente com diagnstico de tumorectomia de mama esquerda, 54 anos, sexo feminino, agricultora, procedente de Erechim/RS. Foram realizadas seis sesses de fisioterapia no perodo de abril a maio de 2014, na Clnica Escola de Fisioterapia da URI. Aps a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE), a participante respondeu a uma ficha de avaliao contendo dados de identificao einformaes sobre a patologia. Ainda foi submetida a avaliao da amplitude de movimento (ADM) dos membros superiores e perimetria dos mesmos. Para avaliar o grau de fora muscular, foram utilizados os valores segundo Kendall, dos seguintes msculos: flexores, extensores, abdutores, rotadores internos e rotadores externos do ombro.

    Para tratamento fisioteraputico foi proposto as seguintes tcnicas: mobilizao escapular, mobilizao passiva oscilatria contnua (MPOC) grau 1, TENS (modo Burst, frequncia de 150HZ, largura de pulso de 80us), exerccios de ADM, em frente ao espelho com movimentos de flexo de ombro, rotao interna, externa e extenso. Resultados e Discusso

    Em relao a mdia de fora muscular observou-se no membro superior esquerdo (MSE), um pequeno ganho nos movimentos de flexo,rotao interna e externa, extenso e abduo, inicialmente grau 3 passando para grau 3+. Observou-se tambm uma significativa melhora na ADM de ambos os membros superiores, em especial o MSE, com os seguintes graus, flexo direita inicial 55 e final 90, extenso direita inicial 25 e final 40, abduo direita inicial 45 e final 70, rotao direita inicial 20 e final 50, e flexo esquerda inicial 120 e final 130, extenso esquerda inicial 60 e final 60, abduo esquerda inicial 110 final 115, rotao interna direita inicial 60 e final 90 e rotao externa esquerda inicial 80 e final 90.

    A fisioterapia no ps-operatrio restabelece mais rapidamente a funo do membro superior que apresenta uma dificuldade de abduo, flexo anterior e a rotao externa

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    associada abduo (CARDOZO et al., 2008). A cinesioterapia permite melhorar o desempenho funcional dos segmentos corporais comprometidos, as atividades objetivam desenvolver a fora e o trofismo muscular, o senso de propriocepo do movimento, resgatar a ADM articular e prevenir a imobilidade no leito. A mulher submetida ao exerccio supervisionado do ombro tem uma recuperao maior de ADM quando comparada com mulheres que no se submetem a um programa de fisioterapia. Observou-se que as mdias de flexo e abduo do ombro foram prximas de 150 aps seis semanas de exerccios, oque permite a movimentao livre aps a cirurgia de cncer de mama e pode possibilitar maior bem estar mulher operada,menos medo de movimentar o ombro, promoo do retorno mais rpido s atividades funcionais,respeitando seus limites de dor, e interferindo na integrao social (CABELLO et al., 2004). Concluses A fisioterapia contribuiu para a preveno e minimizao da morbidez do tratamento para o cncer de mama.Novos estudos sero necessrios sobre a aplicao dos exerccios, bem como a padronizao metodolgica dos exerccios nos servios de reabilitao e na literatura, uma vez que foi possvel perceber a sua influncia nos resultados obtidos.O importante adaptar a reabilitao fsica para que se possa alcanar resultados mais eficientes para as mulheres no ps-operatrio de cncer de mama. Referncias BATISTOM, A.P; SANTIAGO, S.M; Fisioterapia e complicaes fsico-funcionais aps o tratamento cirrgico do cncer de mama. Revista Fisioterapia e Pesquisa. v.12, n.3, 2005. CABELLO, C. et al. Movimento do ombro ps-cirurgia por carcinoma invasor da mama: estudo randomizado prospectivo controlado de exerccios livres versus limitados a 90 no ps operatrio. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrcia, v. 26, n.2, mar, 2004. CARDOSO, C.T.et al. Atuao Fisioteraputica na reabilitao de pacientes matectomizadas.Revista Oncologia. v.10, p.60, 2008 GUIRRO, E. C. O. ; GUIRRO, R. R. J.Fisioterapia Dermato - Funcional Fundamentos, Recursos e Patologias. 3 edio. So Paulo: Editora Manole, 2002. MARQUES, A.D.A; SILVA, M.P.P; AMARAL, M.T.P, Tratado de fisioterapia em Sade da mulher. So Paulo. Editora: ROCA, 2011.

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    AVALIAO DAS CONDIES FUNCIONAIS EM IDOSOS LONGEVOS

    Ana Carolina Weirich Lannes Duering; Taila Simoni; Josiane Schadeck de Almeida Altemar; Lilian Marin.

    Universidade Comunitria da Regio de Chapec - UNOCHAPEC. [email protected]

    Introduo Segundo os autores Tavares et al (2007), a capacidade funcional um conceito

    amplo que abrange [...] habilidade em executar tarefas fsicas, preservao das atividades mentais e uma situao adequada de integrao social. Assim sendo, a avaliao da capacidade funcional vem se tornando um instrumento particularmente til para avaliar o estado de sade dos idosos, porque muitos tm vrias doenas simultaneamente, que variam em severidade e provocam diferentes impactos na vida cotidiana. Frequentemente, avaliada atravs de declarao indicativa de dificuldade, ou de necessidade de ajuda, em tarefas bsicas de cuidados pessoais e em tarefas mais complexas, necessrias para viver independente na comunidade. As medidas de mobilidade fazem parte, tambm, da avaliao do declnio funcional, e tm provado serem valiosas no estudo da relao do status funcional com caractersticas demogrficas, condies crnicas e comportamentos relacionados sade. (PARAHYBA; SIMES, 2006). Desta forma, este estudo objetiva avaliar as condies funcionais de idosos longevos do Municpio de Chapec-SC. Metodologia

    A pesquisa, sob aprovao do Comit de tica em Pesquisa envolvendo Seres Humanos da UNOCHAPEC, n227/13, constituiu-se de uma populao formada por indivduos com idade igual ou superior a 80 anos, residentes na zona urbana do municpio de Chapec-SC., totalizando 60 idosos. O protocolo de coleta de dados dividiu-se em trs etapas: primeira - aplicao do Instrumento Mini Exame de Estado Mental (MEEM) desenvolvido por Folstein e McHugh (1975) e adaptado para o Brasil por Bertolucci, Brucki, Campacci e Juliano (1994); segunda aplicao de um Instrumento adaptado referente a Moradia Segura; o instrumento foi embasado no projeto Casa Segura que visa novo conceito de moradia que oferece ambientao adequada, segura e confortvel para o idoso, aprovado pelo Ministrio da Sade e que passou a fazer parte do Programa de Ateno Integral Sade do Idoso; terceira aplicao do Instrumento Sade, Bem-Estar e Envelhecimento na Amrica Latina e Caribe (SABE), da Organizao Pan-Americana da Sade da Faculdade de Sade Pblica/ Universidade de So Paulo de 1999. Os critrios de incluso adotados foram: idade igual ou superior a 80 anos, residente do territrio escolhido, qualquer um dos gneros e que consentisse em participar do estudo com a assinatura do termo de consentimento livre esclarecido. Dos critrios de excluso, excluiu-se sujeitos institucionalizados e tambm aqueles que no momento da entrevista, no tiveram um informante adequado, caso fossem incapazes de compreender as instrues, devido a problemas cognitivos. Como tambm aqueles sujeitos que no quiserem participar da entrevista ou que ocorresse do pesquisador realizar duas visitas consecutivas em sua moradia e que no se encontrasse em casa. A anlise estatstica aplicada foi o mtodo descritivo com frequncia e percentual.

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    Resultados e Discusso Foram visitados 101 sujeitos, sendo que 41 foram excludos e os demais includos.

    Dos entrevistados, 60% so do gnero feminino (n=36), com uma mdia de idade de 85,154,94 anos, 45% j sofreu algum tipo de queda. Com relao ao estado funcional do SABE (AVD/AIVD) no que se referia a questes como locomoo, vestimenta, higiene pessoal, alimentao, deitar-se ou levantar-se da cama, preparo de refeies, cuidar do prprio dinheiro, deslocar-se sozinho, fazer compras, telefonar, tarefas domsticas como arrumar a cama, tirar o p etc. e dificuldade para tomar suas medicaes, estes sujeitos apresentaram um escore de 75% enquadrando-se como boa atividade funcional e apenas 25% enquadraram-se como pssimo na realizao das AVDs e nenhum sujeito enquadrou-se como atividade funcional excelente, ou seja, o escore no totalizou o mximo da pontuao. Arajo e Ceolin (2003), explicam que s vezes a dependncia do idoso vista como algo natural e esperado, mas na verdade sabe-se que na maioria das vezes ele acometido por patologias que o levam condio de dependncia parcial ou total. Desta forma, o autor cita que a reabilitao de algumas funes, embora muitas vezes possa parecer insignificante para a famlia, devolve ao idoso a capacidade do fazer por ele mesmo, ou seja, do auto-cuidado. Concluso

    A dependncia funcional precisa ser reconhecida como uma importante questo de sade pblica e deixar de ser encarada como uma tendncia fisiolgica do prprio organismo, pois, destes 25% sujeitos entrevistados que se enquadraram como dependentes (ou pssimos) na realizao das AVDs, na sua grande maioria no possuem cuidadores aptos para trata-los e muito menos condies econmicas para contratar algum tipo de servio especializado para tal. Analisando estatisticamente, aparenta ser um dado mnimo, mas ainda assim, aes de profissionais da sade devem ser direcionadas para minimizar ainda mais esta porcentagem, reduzindo-a drasticamente. Nesse sentido, aes preventivas, assistenciais e de reabilitao devem ser implementadas para melhoria e ou manuteno da capacidade funcional, sendo reconhecias como uma ao fundamental para o bem viver desta populao. Alm disso, a pesquisa mostrou que quando mais funcional este sujeito menos limitaes ele ter e portanto essencial a insero de programas de atividades fsicas gerando assim uma maior segurana na realizao das AVDs e consequentemente maior qualidade de vida. Financiamento: Bolsa de auxlio Pesquisa Modalidade Iniciao Cientfica Artigo 170 da Constituio Estadual Unochapec. Referncia ARAJO, M.O.P.H; CEOLIN, M.F. O autocuidado em idosos independentes residentes em instituies de longa permanncia. Universidade Estadual de Campinas. Campinas SP. 2003. PARAHYBA, M.I; SIMOES, C. C. S. A prevalncia de incapacidade funcional em idosos no Brasil. Cinc. sade coletiva [online]. vol.11, n.4, pp. 967-974. ISSN 1413-8123, 2006. TAVARES, D.M.S; RODRIGUES, F.R; SILVA C.G.C; MIRANZI; S.S.C. Caracterizao de idosos diabticos atendidos na ateno secundria. Cincia e Sade Coletiva, 12 (5):1341-1352, 2007

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    BENEFCIOS DA FISIOTERAPIA EM PACIENTE COM INCONTINNCIA URINRIA MISTA- ESTUDO DE CASO

    Daniele Rosset; Vanessa Sebben; CarenTasPiccoli Maronesi

    URI-Erechim [email protected]

    Introduo

    A incontinncia urinria (IU) a perda involuntria de urina pela uretra que promove perda de segurana e de auto-estima e causa depresso, 15% a 30% nas mulheres com idade acima de 60 anos que apresentam IU (MARTINS, 2000). A incontinncia urinria mista(IUM) a perda de urina associada a urgncia miccional e as situaes de aumento da presso intra-abdominal (HADDAD et al., 2008). A fisioterapia um tratamento de baixo custo e baixo risco, tendo diversos tcnicas para o tratamento da IU(COSTA, 2012).

    O objetivo do estudo foi analisar os benefcios da fisioterapia em paciente com IUM.

    Materiais e Mtodos Trata-se de um estudo de caso. A amostra foi composta por uma paciente com

    diagnstico de IUM, 57 anos, sexo feminino, aposentada, procedente de Erechim/RS. A mesma foi atendida no perodo de abril a maio de 2014, na Clnica Escola de Fisioterapia da URI. Aps a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) foi realizada anamnese com os dados gerais do paciente e da patologia. Em seguida realizado toque bidigital para mensurao da fora e do tempo de contrao da musculatura do assoalho plvico, os mesmos testes foram repetidos ao final do tratamento.

    Utilizou-se como tratamento:eletroestimulao do nervo tibial posterior em membro inferior esquerdo (200us largura de pulso,10 Hz frequncia tempo de sustentao 30s por 25 minutos). Exerccios de cinesioterapia nas posies em decbito dorsal, ventral, sentada.Tambm foi realizada eletroterapia intravaginal (frequncia 70 Hz, largura de pulso 200 us, por 20 minutos, com tempo de repouso 2x maior que tempo de contrao. Resultados e Discusso

    Ao analisar os resultados da fora muscular e tempo de contrao pode-se dizer que houve uma melhora no mesmo, aumentando de 5 segundos para 7segundos .Os exerccios de contraes rpidas obtm 70% de cura ou melhora das perdas urinrias. A cinesioterapia exercita msculos perineais para o tratamento da hipotonia de assoalho plvico, melhorando, fora, tnus,