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CAPÍTULO ESPECIAL VINHOS ATÉ 4 VINHOS DE PORTUGAL 2013 NOTAS DE PROVA ÍNCLUI GUIA DE BOLSO DESTACÁVEL JOÃO PAULO MARTINS

Vinhos de Portugal 2013 - PDF Leyapdf.leya.com/2012/Sep/vinhos_de_portugal_2013_jouy.pdf · VINHO VERDE DOURO E ... com uma prova de vinhos do Porto ... sendo por isso seguro que

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CAPÍTULO ESPECIAL VINHOSATÉ 4

VINHOS DEPORTUGAL

2013NOTAS DE PROVAÍNCLUI GUIA DE BOLSO DESTACÁVEL

JOÃO PAULO MARTINS

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JOÃO PAU LO MAR TINS VI NHOS DE POR TU GAL 2013

4 o VINHOS DE PORTUGAL 2013

JOÃO PAU LO MAR TINS VI NHOS DE POR TU GAL 2013

Título: Vinhos de Portugal 2013© 2012, João Paulo Martins e Oficina do LivroRevisão: Eda Lyra

Capa: Maria Manuel Lacerda

1.a edição: Setembro de 2012

ISBN: 9789895560196Reservados todos os direitos

Oficina do LivroUma editora do Grupo LeyaRua Cidade de Córdova, n.o 22610 -038 Alfragide • Portugalwww.leya.com

Índice

9 APRESENTAÇÃO

11 INTRODUÇÃO 15 Como consultar Vinhos de Portugal 2013 21 Perguntas e respostas sobre os vinhos

37 MELHORES DO ANO 49 Quadro de honra dos produtores

55 VINHOS ATÉ 4 EUROS 121 ESPUMANTES 147 VINHO VERDE 169 DOURO E TRÁS -OS -MONTES 273 DÃO 315 BEIRA 325 BAIRRADA 351 ESTREMADURA E LISBOA 385 RIBATEJO E TEJO 405 SETÚBAL 425 ALENTEJO, ALGARVE E ILHAS 519 VINHOS GENEROSOS 593 A MAGIA DOS VINHOS VELHOS

611 GLOSSÁRIO

621 Índice de Vinhos Provados

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VINHOS DE PORTUGAL 2013 o 9

Para a elaboração deste livro e das provas que lhe dão razão de ser,

contámos de novo com a colaboração das Comissões Vitivinícolas Regionais, a

quem agradecemos a disponibilidade e simpatia com que sempre me recebem.

No caso das provas dos vinhos do Douro, agradeço profundamente a colabo-

ração do Hotel Sheraton, onde as provas decorreram em sala disponibilizada

para o efeito, durante mais de uma semana. Melhores condições seria difícil de

imaginar.

Nunca é demais agradecer à Oficina do Livro, ao paginador e à revisora

que tão bem souberam contribuir para ter o livro pronto a tempo e horas, sempre

com o tempo a contar e os prazos a terminarem.

Sem o apoio e compreensão da família a tarefa seria muito mais compli-

cada e sem os amigos que vieram aos «despojos das provas», seria uma catás-

trofe anunciada. A todos agradeço, sinceramente.

Lisboa, 1 de Setembro de 2012.

Para qualquer contacto com o autor:

e-mail: [email protected]

Para ficar a par da actividade do autor consultar:

www.joaopaulomartins.com

APRESENTAÇÃO E AGRADECIMENTOS

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Com esta cumpre-se a 19.ª edição de Vinhos de Portugal. Periodica-

mente temos vindo a introduzir modificações, quando cremos serem úteis para o

consumidor. É dentro deste conceito que esta edição incorpora um novo capítulo

até aqui inexistente: o dos vinhos cujo preço de venda ao público (PVP) se situa

até aos 4 euros. Com os tempos difíceis que atravessamos, torna-se evidente

que os vinhos baratos ganham uma importância acrescida e foi por isso que soli-

citámos aos produtores que nos indicassem o PVP (ainda que por vezes existam

variações de preço conforme o ponto de venda), ficando esses vinhos inseridos

no capítulo especial que introduzimos no livro. O tecto que sugerimos – 4 € –

não tem uma qualquer razão técnica, apenas seguimos aqui o mesmo patamar

de preço que é usado na Revista de Vinhos para os painéis de prova; em boa

verdade poderia ser outro o «tecto», mas cremos que, assim, já ficamos com

um conjunto muito alargado de vinhos à disposição do consumidor. Queremos,

no entanto, chamar a atenção para um pormenor: seguimos as indicações for-

necidas pelos produtores, mas em relação aos que se esqueceram de informar

os preços ou em relação aos que tinham enviado vinhos no ano transacto e que

agora não enviaram, não podemos assegurar que tudo esteja correcto. É mesmo

provável que alguns vinhos estejam notados fora do capítulo abaixo dos 4 euros

quando era mesmo aí que deveriam estar. Naturalmente esperamos que, na pró-

xima edição, tudo saia mais correcto. Solicitamos desde já aos produtores que

nos façam chegar as emendas por e-mail, usando o endereço que é fornecido na

Nota Introdutória.

Com este novo capítulo, diminuiu o volume das notas de prova nas várias

regiões. No global isso não originou uma diminuição do tamanho do livro, apenas

uma nova arrumação, de mais fácil consulta para o leitor. Naturalmente acaba

por ser nesse novo capítulo que mais vinhos estão listados como Aceitáveis, ou

seja, com uma classificação abaixo de 14 valores.

INTRODUÇÃO

12 o VINHOS DE PORTUGAL 2013

Provas especiais e verticaisEsta edição contempla um conjunto muito alargado de provas verticais,

quase todas feitas nas adegas ou casas dos produtores. Com estas provas, em

que se testam as várias colheitas de uma mesma marca ao longo de um período

mais ou menos alargado, conseguimos ter uma perspectiva temporal do perfil

dos vinhos e das suas cambiantes ao longo do tempo. Tal como já tínhamos refe-

rido no ano anterior, estas provas poderão ser úteis para os consumidores que,

tendo vinhos em cave, têm dúvidas sobre o melhor momento para os consumir.

Tal também se pode verificar no capítulo dedicado aos Vinhos Velhos onde se

encontram muitas notas de prova tomadas ao longo do último ano, precisa-

mente desde Setembro do ano passado até Agosto deste ano. Neste capítulo

retemos três momentos que consideramos especialmente importantes: a prova

vertical e integral dos tintos da marca C.R.& F. – verdadeiro ícone dos tintos

portugueses durante décadas –, e duas provas comemorativas: uma dos 200

anos de Dona Antónia Adelaide Ferreira, com uma prova de vinhos do Porto

que recuou até 1815 e outra dos 200 anos da empresa madeirense Blandy’s,

com uma prova de vinhos que recuou até ao mais antigo, o 1811, verdadeira

relíquia com 200 anos de idade. Mais provas verticais se encontram já marcadas,

sendo por isso seguro que na próxima edição teremos mais novidades.

Após dois meses e meio de provas quase diárias, notamos que há uma

certa estabilização do número de intervenientes no mercado; há menos marcas

novas e as que se apresentam aqui pela primeira vez surgem com poucos vinhos,

como que tacteando o mercado. O produtor que elegemos como Revelação do

Ano será uma das poucas excepções. Apesar desta «estabilização» nota-se que

o movimento de entradas e saídas na região dos Vinhos Verdes, Alentejo e Douro

continua enorme, confirmando que muitos produtores não encaram o negócio

com a necessária atenção. Hipótese A, ou têm os e-mails avariados e não rece-

bem as comunicações das Comissões Vitivinícolas a pedir os vinhos para a prova,

ou, hipótese B, não querem mesmo ter nada a ver com a crítica, ou porque se

consideram acima dela ou porque entendem que bons provadores, só mesmo os

estrangeiros. Como diz o ditado: «Cada um sabe de si…!»

Mais qualidade, mais desigualdadeAs provas confirmam também aquilo que é óbvio e sentido por todos os

consumidores: os vinhos estão melhores, a qualidade atinge todos os patama-

res, nomeadamente os vinhos mais baratos (daí também a utilidade do capítulo

dedicado aos vinhos baixo dos 4 €). O negócio continua sobretudo nas mãos das

grandes superfícies, com as desigualdades e distorções do mercado que impli-

cam. Já nos tínhamos referido ao assunto na Introdução de Vinhos de Portugal

2012 e a situação não só não se alterou como se agravou: as grandes superfícies

esmagam as margens até tornarem o negócio quase inviável para os produto-

res e os consumidores, na ilusão do «paga pouco» e do «desconto em cartão»,

acabam por ajudar a cavar a sepultura da produção, principalmente daqueles

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que não têm a força suficiente para enfrentar a potência da grande distribuição.

O silêncio ensurdecedor das associações que deveriam defender os produtores

(com a CAP à cabeça, mas não está sozinha…) mostra até que ponto existe

uma convergência de interesses de grupos em que o elo mais fraco é deixado

ao abandono. Enquanto cada um «tratar da sua vidinha» e «o fracasso do meu

vizinho não me perturba desde que eu possa vender mais umas garrafitas», o

negócio do vinho será sempre desigual e, apesar de ser um dos pilares da nossa

agricultura, não terá grande futuro.

Confirmámos este ano a utilidade da indicação «eliminados por falta de

envio de amostras» que inserimos no final de cada capítulo; longe de ser uma

espécie de índex, a lista acaba por servir para chamar a atenção dos produtores

e é com agrado que verificamos o regresso no ano seguinte da grande maioria

dos excluídos do ano anterior. Veremos se esse movimento de regresso se vai

verificar na próxima edição.

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Os vinhos estão arrumados por grandes regiões, não respeitando em

alguns casos a nomenclatura oficial. Dentro de cada uma, os vinhos estão agru-

pados por ordem alfabética. Em caso de dificuldade na busca, pode sempre

recorrer ao índice remissivo que se encontra no final do livro.

O nome do primeiro vinho de um produtor vem sempre impresso a

negro. Em alguns casos optámos por colocar o nome da empresa em destaque

em vez do nome do vinho. Não há uma solução perfeita para esta indicação; em

alguns casos o nome do produtor é mais conhecido do que o vinho, noutros é o

vinho que é mais facilmente reconhecível.

Tanto quanto possível indicamos os dados do produtor. No caso de estar

disponível, indicamos apenas o web site, onde depois os interessados encontra-

rão todas as informações que desejam.

Na classificação do vinho, o leitor encontrará várias informações:

– uma primeira que informa sobre que tipo de vinho se trata, se branco

(B), tinto (T) ou rosé (R); nos vinhos generosos poderá aparecer a letra A (aloi-

rado) para vinhos envelhecidos em casco;

– seguidamente indica -se se o vinho deverá ser consumido de imediato, se

pode ser bebido, mas também guardado, ou se deverá ser obrigatoriamente guar-

dado, utilizando as garrafas x (para beber), y (beber ou guardar) e z (guardar); – a informação sobre a estrutura do vinho vem a seguir – fica -se a saber

se o vinho é ligeiro ou encorpado, com a classificação de 1 a 5 estrelas;

– finalmente vem a classificação numa escala de 0 a 20. Os vinhos com

classificação inferior a 14 não têm nota de prova nem classificação e são apenas

inseridos, no final de cada região, numa lista de Vinhos Aceitáveis.

Os diversos produtores estão separados por uma vinheta.

Os brancos e os tintos estão juntos, debaixo do «chapéu» de cada pro-

dutor. Pode parecer um pouco mais confuso, mas não é. Desta forma o leitor fica

com uma ideia mais correcta sobre a qualidade dos vários vinhos da casa ou firma

COMO CONSULTAR VINHOS DE PORTUGAL

16 o VINHOS DE PORTUGAL 2013

que está a consultar. Separá -los ia implicar a duplicação da informação que vem

em caixa no final das notas de prova de cada produtor, o que seria desnecessário.

Optámos igualmente por misturar os vinhos, dentro de cada produtor,

independentemente de terem direito à denominação DOC ou Vinho Regional.

A consulta é assim mais fácil e o índice remissivo ajuda quando houver dúvidas.

Procurámos provar em antecipação, sempre que nos foi possível, os

vinhos que só surgirão no mercado após a saída deste livro. Desta forma o leitor

dispõe já de um comentário ao vinho quando ele for posto à venda. Todo o trabalho

foi feito com total independência, sem qualquer tipo de compromissos com as

marcas ou com a publicidade.

Alguns dos vinhos que vêm aqui referenciados já se encontram esgotados

no produtor. São, contudo, vinhos que se podem ainda encontrar quer em lojas da

especialidade e restaurantes quer nas garrafeiras dos próprios consumidores,

pelo que é útil saber se ainda estão bons, se devem ou não ser consumidos a curto

prazo. Mantemos as regras das edições anteriores: apenas são objecto de classi-

ficação os vinhos com indicação da data de colheita; muito pontualmente, e por

razões justificadas, incluímos um ou outro sem data.

No final do livro encontrará um glossário dos termos técnicos usados nas

notas de prova, bem como de alguns termos que, sendo de uso corrente, adquirem

um significado especial quando aplicados ao vinho.

Muitos vinhos não são de acesso fácil. Alguns são inacessíveis e são aqui

referidos porque podem, ou ajudar a compreender as potencialidades de uma região,

ou a perceber a consistência de qualidade de uma determinada marca ou casa.

Se muitos vinhos não se encontram na mercearia do bairro ou no hiper que

frequenta, entenda este Vinhos de Portugal 2013 também como um auxiliar de

viagem. Leve-o nas suas deslocações e procure comprar no local. A maioria dos

produtores não deixa de vender vinho aos visitantes. Viajar para comprar continua

a ser a melhor solução para quem quer vinhos originais.

Onde comprar?A lista que se segue não pretende ser exaustiva. Refere apenas algumas

garrafeiras que nos oferecem garantias. Pensando que poderá estar na disposição

de comprar vinho nas suas viagens ao estrangeiro, aqui lhe deixamos algumas lojas

também por esse mundo fora. Para além das garrafeiras, também os hipermerca-

dos são bons locais de compra.

Desconfie de lojas onde vinhos de alta qualidade estão na montra, ao

sol e sem qualquer cuidado. É muito provável que, com a rotação dos vinhos da

montra, todos os bons vinhos se estraguem e não apenas aqueles que estão na

montra... Conhecemos várias lojas dessas, mas não vale a pena enumerá -las, de

tal forma é evidente ao transeunte que passa na rua. Tenha também o hábito de

entrar e «sentir» o espaço, para tentar perceber se as garrafas se sentirão bem,

se não há fornos de assar frangos ao lado das garrafas e arcas frigoríficas que

libertam imenso calor perto da garrafeira. Se sentir calor a mais no ambiente é

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melhor ir deixar o seu dinheiro noutra garrafeira onde o vinho seja tratado com

mais profissionalismo.

Cada vez é mais frequente que estas garrafeiras sejam também lojas gour-met e, por isso, não estranhe encontrar muitos outros produtos além das suas

garrafas preferidas.

PORTUGAL

AlcobaçaGarrafeira A CasaR. Eng.o Duarte Pacheco, 25

AlgarveGarrafeira Soares(9 lojas no Algarve)R. Alexandre HerculanoAreias de S. João – Albufeira

Adega AlgarviaEstrada Vale de Lobo – Almansilwww.adega-algarvia.com

Apolónia SupermercadosAv. 5 de Outubro, 271 – Almansil

Garrafeira VenezaPaderne

AlmadaGarrafeira de AlmadaAv. Prof. Egas Moniz, 2 A

Arruda dos VinhosCasa CavacoPç. Combatentes da Grande Guerra, 8

AzeitãoTarroR. José Augusto Coelho, 78

BatalhaVinho em Qualquer CircunstânciaEstrada de Fátima, 15 – BatalhaWeb site: www.circunstancia.com.pt

Caldas da RainhaGarrafeira Estado LíquidoZona Industrial – Zona ARua dos Brejinhos, 17

Garrafeira Bago d’OuroR. Sebastião Lima, 43

CaminhaGarrafeira BacoRua S. João, 42

Garrafeira Vino GrandeAv. Santana, 393

CarregadoGarrafeira dos AnjosAv. da Associação Desportiva do

Carregado – Edif. Quinta NovaBloco B1 – Loja 2

CascaisCabaz TintoR. Frederico Arouca, 97

CoimbraGarrafeira de CelasR. Bernardo Albuquerque, 64

Garrafeira do MondegoR. Sargento-Mor, 26

Dom VinhoR. Armando de Sousa, lote 17 – loja Z

ElvasSoc. de Representações FronteiraEstrada da Carvalha (Estrada da Ajuda)Tel. 268 622 516

EriceiraTertúliasR. da Caldeira, 56 [email protected]

EspinhoGavetoRua 62, 457 – Espinhowww.gaveto.com

18 o VINHOS DE PORTUGAL 2013

Estoril/SintraQta. do SaloioAv. Nice, 12 A – Estoril

Sabores IbéricosR. Sto António, 71 – Monte Estoril

Bar do Binho Pr. da República, 2 – Sintrawww.bar-do-binho.com

ÉvoraLouro(também depósito de tabaco

e charutos)R. José Elias Garcia, 32

Divinus Gourmet (junto ao mercado)Praça 1.o de Maio, loja 14 cave

FátimaA Garrafeira de FátimaAv. D. José Alves Correia da Silva

FunchalA Loja do VinhoAv. Arriaga, 28

Paixão do VinhoVia Rápida Cota 200 posto Repsol

Norte Jardim Botânico Tel. 291 010 110

Figueira da FozRótulos & ExpressõesR. da República, 71

GuimarãesCasa GourmetR. Manuel Saraiva Brandão, 217

LisboaAlfaia GarrafeiraR. do Diário de Notícias, 125

Casa MacárioRua Augusta, 272 (Baixa)

Casa dos Sabores de PortugalAeroporto de Lisboa – Partidas

– loja 11

Charcutaria MoyR. D. Pedro V, 111

Coisas do Arco do VinhoCentro Cultural de Belém

Rua Bartolomeu Dias, loja 7

Web site: www.coisasdoarcodovinho.pt

Deli DeluxAv. Infante D. Henrique Armazém B

Loja 8

www.delidelux.pt

El Corte Inglês (loja Gourmet)Av. António Augusto Aguiar

Garrafeira de Campo de OuriqueRua Tomás d’Anunciação, 29

Garrafeira InternacionalRua da Escola Politécnica, 15

Garrafeira NacionalRua Santa Justa, 18 (Baixa)

Living WineCentro Comercial Roma

Av. Roma, 48

LX GourmetR. Gonçalves Zarco, 19 B (Restelo)

Manuel TavaresRua da Betesga, 1 A (Baixa)

NapoleãoRua dos Fanqueiros, 70 (Baixa)

Néctar das AvenidasAv. Luís Bivar, 40

Quinta do Saldanha Garrafeira & Gourmet

Atrium Saldanha, piso 2, loja 86

Wine O’Clock (Amoreiras)www.wineoclock.com.pt

Wine & FlavoursR. Prof. Simões Raposo, 11 (Telheiras)

MatosinhosWine O’ClockR. de Sousa Aroso, 297

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ÓbidosRecordações PerfeitasR. Direita, 66

Oliveira de AzeméisAz GarrafeiraR. Dr. Miguel Castro, 2

PenicheTasca do Joel GourmetR. do Lapadusso, 73

Ponta DelgadaGarrafeira A VinhaAv. Infante D. Henrique, 49

PortalegreGarrafeira CanastreirosR. 31 de Janeiro, 82 – Portalegre

PortoAugusto LeitePasseio Alegre, 914

Garrafeira do Campo AlegreRua do Campo Alegre, 1598

Garrafeira do InfanteR. Infante D. Henrique, 85

Garrafeira Tio PepeRua Eng.o Ferreira Dias, 51

Web site: www.garrafeiratiopepe.pt

Quinta da Foz GourmetR. João de Barros, 313 – loja 35

Rio MaiorGarrafeira MachadoR. do Mercado, 22 – Venda da Costa

Santa Maria da FeiraDom Tinto & CªR. Comendador Sá Couto n.o 39 A

Garrafeira da LageR. do Areal, 1237

SetúbalGarrafeira Casinha do AntónioRua Henry Perron, loja 4 D

ValençaAromas de VinhoR. Apolinário da Fonseca, 55-63

Web site: www.decanteracssorios.com

Vila do CondeGarrafeira Vinho & PrazeresPraça da República, 26

Garrafeira RoqueR. do Lidador n.o 207-209

ViseuDespensa da PraçaR. Dr. Luís Ferreira, 95

Chá & CanelaAdro da Sé, 11

NO ESTRANGEIRO

A lista das lojas por esse mundo

fora é interminável. Aqui ficam

apenas algumas referências que

recomendamos.

ESPANHA

AyamonteEl Rincon del VinoCalle Lusitania, 10

BarcelonaVinitecaAgullers, 7 (vinhos de todo o mundo)

HuelvaTierra NuestraCalle Fernando, el Catolico, 34

MadridLaViniaJosé Ortega y Gasset, 16

SevilhaTierra NuestraCalle Constantia, 41

20 o VINHOS DE PORTUGAL 2013

ValênciaLas Añadas de EspañaJátiva, 3Site: www.lasanadas.es

Bodega Santander Calle Santander, 4 Bajo

OUTRAS CIDADES

Bordéus (só para vinhos da região bordalesa)L’Intendant2, Allées de Tourny (em frente ao

Grand Théâtre)

ColóniaKölner Wein-Depot Josef Wittling www.koelnerweindepot.de

Londres (lojas de vinhos em todos os bairros;

vinhos de todo o mundo)Berry Brothers3, St. James StreetWeb site: www.bbr.com

Justerini & Brooks61, St. James’s StreetWeb site: www.justerinis.com

Oddbin’sCadeia de lojas espalhadas por todos

os bairros.

Fortnum & MasonPiccadily Street, 181Web site: www.fortnumandmason.

com

Harvey NicholsKnightsbridge, 109Web site: www.harveynichols.com

HarrodsBrompton Road, 87Web site: www.harrods.com

Mendoza (Argentina)WineryCalle Chile 898, esq. Montevideu(A garrafeira Winery tem uma dúzia

de lojas em Buenos Aires)

Nova IorqueAstor Wines & Spirits399 Lafayette St. (East 4th St.)

Web site: www.astorwines.com

Crossroads55 West. 14th St.

Web site: www.crossroadswines.com

Garnet Wines & Liquors929 Lexington Av.

Web site: www.garnetwine.com

Sherry Lehmann505, Park Av.

Web site: www.sherry-lehmann.com

ParisFauchonPlace de la Madeleine

HediardPlace de la Madeleine

Lavinia3, Boulevard de la Madeleine

Les Caves Taillevent199, Rue du Faubourg Saint-Honoré

NicolasPlace de la Madeleine

(esta cadeia tem inúmeras lojas

noutras zonas da cidade)

FlorençaCasa del VinoVia dell’Ariento, 16

RomaTrimaniVia Goito, 20

(esquina com a Via Cernaia)

DinamarcaVinport.gammel Brovej 1

3060 Espergærde

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TEMAS VÁRIOS

Os vinhos actuais não têm muitos produtos químicos?Não. Se se comparar com o que acontece com os outros produtos con-

sumidos no quotidiano, desde a carne com hormonas até cereais geneticamente

modificados, alimentos pré -cozinhados, bolos e guloseimas, etc., etc., o vinho é

bastante são. Os produtos que se usam visam a estabilização do vinho e impe-

dem a sua deterioração rápida. Alguns produtos que podem ser adicionados

correspondem àqueles que naturalmente a uva tem e que podem estar em falta

(ácido tartárico, por exemplo). O mais vulgar dos produtos usados – o anidrido sulfu-

roso – é conhecido e utilizado desde sempre; outrora era adicionado sob a forma

de uma mecha de enxofre que se queimava dentro dos cascos.

O vinho à moda antiga era mais puro?Depende do conceito de pureza. Se se entende pureza como ausência

de químicos, então era mais puro. Se se entender que pureza significa melhor

qualidade, então a afirmação não é verdadeira. O vinho tradicional era um vinho

sem aromas, normalmente mais alcoólico para poder sobreviver mais tempo,

e o seu ciclo de vida era muito curto, raramente passando de um ano. Só por

saudosismo bucólico se pode continuar a defender a superior qualidade do vinho

à moda antiga.

Pode-se juntar aguardente ao vinho para aumentar o teor alcoólico?Pode, mas para os vinhos de mesa, não deve. Para se aumentar o teor

alcoólico recorre -se actualmente a dois processos: chaptalização, ou seja, adição

de açúcar ao mosto (nos países onde é permitida a chaptalização usa -se açúcar

de beterraba); ou, como acontece em Portugal, a adição de mosto concentrado,

um derivado do mosto da uva e que não interfere com as características aro-

máticas das castas às quais é adicionado. A aguardente apenas se usa para a

produção de generosos e licorosos (Porto, Moscatel).

PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE OS VINHOSOs termos sublinhados vêm explicados no glossário; agradecemos aos leitores que nos colocaram mais algumas dúvidas, às quais procuramos agora responder

22 o VINHOS DE PORTUGAL 2013

Um bom vinho tem sempre de ter data de colheita?Sim, para os vinhos de mesa e não para o Champagne e Vinho do Porto.

Mesmo nos casos dos vinhos de mesa há excepções, como o Reserva Especial

Vega Sicilia (Espanha) que não tem data por ser lote de várias colheitas. No

caso do Champagne porque tradicionalmente é um blend de vinhos com idades

variadas. O ter data, no caso do Champagne, é já sinónimo de superior qualidade

(e preço!). No caso do Vinho do Porto não é verdade porque também é um vinho

de lote de anos diferentes. Excepção feita para os Vintage, L.B.V. e Colheita, que

são só do ano indicado no rótulo.

Um vinho com o qualificativo DOC (Denominação de Origem Con-trolada) é superior a um que seja Vinho Regional ?

Não. Por vezes os produtores optam por usar castas que não estão pre-

vistas para a denominação DOC e por isso classificam o vinho como Regional.

Esta designação permite também incorporar 15% de vinho de fora da região,

diminuir os tempos de estágio e, por essa razão, há muitos vinhos que são comer-

cializados como Regional. Também os produtores cujas vinhas ficam situa-

das fora das áreas previstas para DOC têm de chamar Regional ao seu vinho.

As indicações de Reserva ou Garrafeira são sinónimos de qualidade?Deveriam ser, a bem da correcta informação do consumidor. Um Reserva

deveria ser feito a partir de um lote especial, de melhor qualidade, engarrafado

à parte. A diferença em relação ao lote «normal» deveria ser óbvia. A legislação

actual contempla as regras de utilização destes termos, mas, para o consu-

midor, nem sempre as diferenças são óbvias. O Garrafeira, termo em desuso,

indica um vinho que estagiou em garrafa antes de ser colocado no mercado.

Pressupõe -se que também tenha boa qualidade porque, de outra forma, não se

justificaria o estágio. Em algumas regiões, como o Dão, a designação Garrafeira

foi recuperada e está contemplada nos Estatutos da região.

O preço é um indicador de qualidade?Se analisarmos os preços de um vinho ao longo de um período mais

ou menos longo (10 a 15 anos consecutivos, por exemplo) um preço alto indica

seguramente um vinho que mantém uma boa qualidade. No curto prazo, há

fenómenos que interferem com o preço, como a moda, alguma especulação,

ou serem novidade. O preço alto ou baixo que se paga por uma garrafa depende

daquilo que para nós é confortável pagar, o que, como se percebe, varia de pes-

soa para pessoa. A regra pode assim enunciar -se: nunca gaste mais do que

aquilo que entende como razoável.

Fazer um vinho de classe mundial está ao alcance de qualquer produtor?

Não. Tal como uma boa educação e as melhores condições para

o desenvolvimento intelectual não fazem de uma pessoa um prémio Nobel,

VINHOS DE PORTUGAL 2013 o 23

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também um produtor pode não fazer mais do que um bom vinho, mesmo que

tenha a vinha mais bem tratada, a adega mais bem equipada e o melhor enó-

logo do mundo. Em última instância, um vinho extraordinário é um dom da

Natureza e resulta de múltiplos factores que, também por sorte, se conjugaram

em determinada encosta ou determinada vinha. Resta ao homem transportar

essa qualidade natural para a garrafa, com um mínimo de interferências. Talvez

o exemplo mais célebre que podemos dar é a vinha denominada Montrachet,

na Borgonha. Esta parcela, com pouco mais de 7 hectares, está rodeada por

um mar de vinhas, mas os seus vinhos são justamente considerados como os

melhores vinhos brancos secos do mundo, com uma qualidade muito superior

à dos seus vizinhos.

O rosé é uma mistura de branco com tinto?Não. Por norma o rosé resulta de mosto de uvas tintas que se deixou

algum tempo em contacto com as películas (cascas das uvas) e que por isso

transmitiram uma cor rosada ao vinho. Em seguida fermenta como o branco,

ou seja, só o mosto e sem as películas. Há casos especiais como o Champagne

francês onde a legislação prevê que se possa juntar vinho branco com vinho

tinto.

É mais difícil fazer vinho branco ou tinto?O vinho branco requer mais tecnologia do que o tinto e é por isso mais

difícil. Para um produtor com uma adega pouco equipada é mais fácil fazer

vinho tinto, podendo mesmo reduzir a tecnologia ao mínimo com o recurso aos

lagares. A dificuldade prende-se também com a quantidade e com os objectivos

comerciais que animam o produtor. Quanto mais pequena a quantidade menor

a tecnologia necessária.

Portugal é país de tintos?É. Por razões climáticas Portugal tem melhores condições para produ-

zir vinho tinto. Mas, em virtude deste preconceito, alguns dos grandes brancos

podem injustamente ser postos de lado e ser, pelo consumidor, trocados por

tintos medianos e sem história. As provas mais recentes de vinhos velhos têm-

-nos mostrado que há excelentes vinhos brancos velhos em Portugal. Não serão

muitos, mas não nos restam dúvidas de que, mesmo recuando até aos anos

50 e 60, é possível encontrar vinhos brancos de extraordinária qualidade.

Há, por isso, que evitar juízos apressados e nunca desprezar um branco velho

sem o provar primeiro.

Quando se abre uma garrafa e a rolha se desfaz, o que devo fazer? O vinho vai ficar com cheiro a rolha?

O cheiro a rolha nada tem a ver com o facto de esta se desfazer quando

é retirada. A rolha pode mesmo sair intacta e o vinho ter o tal cheiro a rolha.

Se tiver esse cheiro não há volta a dar: o vinho estará impróprio para ser

24 o VINHOS DE PORTUGAL 2013

consumido. Caso a rolha se desfaça, o que deve fazer é decantar o vinho para

outra garrafa usando um funil próprio, que pode ser adquirido nas lojas da espe-

cialidade, ou um simples pano.

O tamanho da rolha é indicador da qualidade da mesma?Não. A qualidade da cortiça é que vai determinar a qualidade da rolha.

Não está provado que o comprimento seja factor de qualidade ou de longevi-

dade do vinho. As rolhas mais compridas, muito vulgares nos grandes vinhos da

região de Bordéus, são muito caras e por isso não estão ao alcance de qualquer

bolsa. São também todas exportadas, o que faz com que um produtor portu-

guês tenha imensa dificuldade em comprá -las, mesmo que esteja disposto a

pagar qualquer preço.

As rolhas de melhor qualidade estão livres do «cheiro a rolha»?Não. O cheiro a rolha resulta de uma contaminação que pode ocorrer

durante o fabrico das mesmas. No entanto, pelo facto de terem origem nas

melhores pranchas de cortiça, as rolhas de superior qualidade apresentam uma

incidência menor daquele cheiro.

Uma garrafa lacrada conserva melhor o vinho?Não. O lacre pode não evitar que a rolha apodreça com o tempo. Trata-

-se de uma opção do produtor e alguns consumidores têm como boa a ideia de

que o lacre numa garrafa é um indicador de qualidade. Nos vinhos novos o lacre

é particularmente incómodo quando se trata de abrir a garrafa porque provoca

muito «entulho».

O envelhecimento do vinho pode ser prejudicado pelo cheiro a cola, verniz e madeira da caixa onde estão guardadas as garrafas?

Pode. No entanto, as caixas não -envernizadas não terão qualquer pro-

blema. Também não será normal que aconteça qualquer anomalia num vinho

em caixa de madeira envernizada, mas, pelo sim pelo não, retire as garrafas

destas caixas.

Devo deitar fora uma garrafa que esteve muito tempo num local muito quente, tipo mala de um automóvel?

O vinho provavelmente não estará com grande saúde, mas é melhor

tentar primeiro uma hipótese de cura. Deixe a garrafa retomar a temperatura

ambiente e depois coloque -a no frigorífico. De seguida abra -a e prove. Com sorte

pode ser que ainda esteja bom.

O consumo do vinho branco provoca dores de cabeça?Não, se o vinho tiver sido bem feito. Por vezes há consumidores que se

queixam deste mal, mas a razão disso prende -se com o uso excessivo de anidrido