AVM FACULDADE INTEGRADA
ANDRÉIA CARDOSO VICENTE SOUSA
A PSICOMOTRICIDADE PARA MULHERES MADURAS NA TRANSIÇÃO DA
TERCEIRA IDADE
2016
AVM FACULDADE INTEGRADA
ANDRÉIA CARDOSO VICENTE SOUSA
A PSICOMOTRICIDADE PARA MULHERES MADURAS NA TRANSIÇÃO DA
TERCEIRA IDADE
Monografia apresentada a AVM Faculdade
Integrada como requisito do Curso
Psicomotricidade sob a orientação da
Professora Fabiane Muniz.
2016
AGRADECIMENTOS
Este trabalho não poderia ser terminado sem a ajuda de diversas pessoas, às quais
expresso meus agradecimentos:
A todos que ajudaram de forma direta e indireta na conclusão deste trabalho.
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho em primeiro lugar, a Deus, pela força e coragem durante toda
esta longa caminhada.
Dedico também a todos os Mestres que me acompanharam durante a realização de
mais uma etapa de minha vida.
Dedico esta, bem como todas as demais conquistas, ao meu amado marido Fabio
que o tempo todo me apoiou e me incentivou.
RESUMO
O envelhecer não é somente um momento na vida de um indivíduo, mas, um processo extremamente complexo, que tem implicações tanto para a pessoa que vivencia, como para a sociedade que o assiste, suporta ou promove. O declínio nos níveis de atividade física habitual para o idoso contribui de maneira significativa para a redução da aptidão funcional e a manifestação de diversas doenças relacionadas a este processo, trazendo como consequência a perda da capacidade funcional. O presente estudo apresenta como objetivo principal, demonstrar como o estímulo de movimento, juntamente com a prática do Método Pilates, pode resgatar a organização corporal na diminuição da dor articular em mulheres de 40 a 80 anos. A conclusão nos aponta que, os exercícios de Pilates oferecem melhorias na capacidade funcional, a redução da dor pode ser atribuída à melhora da flexibilidade global.
Palavras-Chave: Dor. Envelhecimento. Método Pilates. Mulheres. Psicomotricidade. Qualidade de Vida.
SUMARIO
INTRODUÇÃO...........................................................................................................07 METODOLOGIA.........................................................................................................08 CAPÍTULO I CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO IDOSA.........................................10 1.1 BENEFÍCIOS DAS ATIVIDADES FÍSICAS EM IDOSOS..................................11 1.2 QUALIDADE DE VIDA E SAÚDE......................................................................12 1.3 O CORPO..........................................................................................................14 1.3.1 Controle motor.................................................................................................16 1.3.2 Imagem Corporal.............................................................................................17 1.3.3 Consciência Corporal......................................................................................19 CAPÍTULO II PSICOMOTRICIDADE.........................................................................21 2.1 ESQUEMA CORPORAL..................................................................................21 2.1.1 Envelhecimento.............................................................................................22 2.1.2 Psicomotricidade no Processo de Envelhecimento......................................23 2.2 CONCEPÇÕES DA ATIVIDADE FÍSICA E DO EXERCÍCIO FÍSICO.............27 2.3 MOTIVAÇÃO NA PRÁTICA DE EXERCÍCOS FÍSICOS.................................28 2.3.1 Motivação para Saúde..................................................................................30 2.3.2 Motivação para Estética............................. ..................................................30 2.3.3 Motivação de Sociabilidade..........................................................................31 2.3.4 Motivação para o Controle do Estresse........................................................31 2.3.5 Motivação de Prazer.....................................................................................32 2.3.6 Motivação de Competitividade......................................................................33
CAPÍTULO III MÉTODO PILATES............................................................................34 3.1 PRINCÍPIOS DO MÉTODO PILATES.............................................................35 3.1.1 Os Benefícios para as Crianças e os Idosos................................................38
CAPÍTULO IV ESTUDO DE CAMPO........................................................................41 4.1 AS AULAS........................................................................................................41 4.2 ANÁLISE DOS RESULTADOS........................................................................48
CONCLUSÃO............................................................................................................51 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................52
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INTRODUÇÃO
O presente estudo apresenta como objetivo principal, demonstrar como o
estímulo de movimento, juntamente com a prática do Método Pilates, pode resgatar
a organização corporal na diminuição da dor articular em mulheres de 40 a 80 anos.
O envelhecimento da população tem se revelado concomitante quanto à
expectativa de vida no Brasil e no Mundo. E traz o maior de todos os desafios que é
dar qualidade de vida a essa população.
O envelhecimento são eventos biológicos que acometem ao longo de um
período em ritmos diferentes para cada pessoa.
O envelhecer não é somente um momento na vida de um indivíduo, mas, um
processo extremamente complexo, que tem implicações tanto para a pessoa que
vivencia, como para a sociedade que o assiste, suporta ou promove.
O declínio nos níveis de atividade física habitual para o idoso contribui de
maneira significativa para a redução da aptidão funcional e a manifestação de
diversas doenças relacionadas a este processo, trazendo como consequência a
perda da capacidade funcional.
Sabe-se que a participação em atividade física regular, por meio de exercícios
aeróbios, de força e de flexibilidade, pode ser uma intervenção efetiva para reduzir
ou prevenir declínios funcionais associados ao envelhecimento.
Destaca-se ainda que, as mulheres sofrem muito com essa transição da fase
madura para a terceira idade. As perdas físicas e as alterações hormonais vão
criando limitações corporais dor e uma distorção da imagem do corpo. A mulher
nessa transição tem uma diminuição de seus fluidos corporais, no seu volume
sanguíneo e uma limitação motora.
Assim sendo, o tema se justifica pela importância da Psicomotricidade para
mulheres nessa faixa etária. Principalmente ajudando na manutenção e na
reorganização do eu corporal. A Psicomotricidade é a somatização de todas as
ações que o indivíduo executa, sendo assim estimula a maturação do
desenvolvimento físico, emocional e intelectual. O movimento dá autonomia ao
indivíduo para explorar o mundo e por meio dessas experiências solidificar os
alicerces para a construção intelectual, nesta fase resgata a sua autoestima.
O problema relacionado ao tema é: Como a dor influi na imitação corporal e
como pode ser organizada na terceira idade?
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METODOLOGIA
A obtenção dos dados bibliográficos foram realizados por meio da pesquisa
de capítulos de livros e artigos sobre o Envelhecimento, Qualidade de Vida,
Psicomotricidade, Método Pilates, tendo como critério de inclusão aqueles que
contemplassem o tema.
O estudo de campo foi realizado na Academia Andreia Cardoso Academia
Feminina, hora determinada neste estudo. O nome das pessoas apresentadas será
mantido em sigilo por questões éticas.
O método investigativo utilizado foi do tipo observacional, pois a pesquisa é o
resultado da observação simples dos autores sobre os sujeitos e ambiente de
pesquisa.
Foi utilizado para o embasamento do estudo teórico utilizou-se a pesquisa
bibliográfica, os autores Cervo e Bervian (2000, p.25) colocam sua importância,
afirmando que “podemos explicar um problema a partir de referências teóricas
publicadas em documentos”.
O levantamento do estudo teórico passou pela seleção, leitura e análise de
obras de diversos autores como T. Cruz, F. Alves, A. Cook, R, Costa, L, Damasceno,
J, Pilates, R, Oliveira, S, Ramos, que levaram ao conhecimento, a reflexão e
entendimento a respeito dos temas pesquisados neste estudo.
Para o delineamento da pesquisa utilizou-se a pesquisa de campo do tipo
levantamento, como instrumento de coleta de dados, os autores utilizaram
questionários buscando dados qualitativos e quantitativos, organizando os dados
para se chegar à conclusão.
Conforme Gil (2004, p.18) “o estudo de campo procura o aprofundamento de
uma realidade específica. É basicamente realizada por meio da observação direta
das atividades do grupo estudado e de entrevistas com informantes para captar as
explicações e interpretações do ocorrem naquela realidade.
Segundo Vergara (2002, p.54) “o estudo de campo investiga um fenômeno
contemporâneo dentro de um contexto da vida real”.
Para a composição do estudo de campo foi realizada atividades motoras e
exercícios de Pilates em estúdio (aparelhos) no Mat (solo) com ênfase para
Psicomotricidade. Onde o equilíbrio, a coordenação motora e a modulação tônica
são incontáveis estímulos psicomotores. A pesquisa foi realizada através da tabela
EVA escala de dor.
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Mediante o exposto, este trabalho está estruturado quatro capítulos.
O capitulo primeiro faz referência ao crescimento da população idosa no
Brasil e no mundo.
No capítulo segundo conceitua-se a Psicomotricidade a qual é uma ciência
que tem por objeto o estudo do homem através de seu corpo em movimento nas
suas relações com seu mundo interno e externo.
O capítulo terceiro apresenta o método Pilates, criado pelo alemão Joseph
Hubertus Pilates (1880 – 1967), um método que ensina os indivíduos a conhecerem
e respeitarem os seus corpos.
O quarto capítulo apresenta o estudo de campo realizado, buscando
demostrar que o método Pilates ajuda de maneira significativa no alívio de dores nas
articulações melhorando a organização funcional.
A conclusão nos aponta as considerações finais a respeito do estudo em
questão.
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CAPÍTULO I CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO IDOSA
Segundo Cassiano (2005, p.48) observa-se que, “no mundo inteiro à medida
que os anos vão passando, é cada vez maior o número de idosos”. Isto vem sendo
relacionado ao aumento da expectativa de vida, além do desenvolvimento
tecnológico. No Brasil a situação não é diferente e pouco a pouco o mito de que se
vive em um país jovem, já não é uma realidade.
Em colaboração Ramos (2000, p.14) esclarece que “o Brasil é um país que
vem envelhecendo muito rapidamente”. Esta mudança no perfil da população
brasileira é clara e irreversível. No início do século 20, um brasileiro vivia em média
33 anos ao passo que atualmente a expectativa de vida dos brasileiros atinge os 74
anos.
A população idosa alcançou grandes proporções, estando já com uma
estimativa para 2050 de 64 milhões no mundo. Esse crescimento virá associado
com um aumento do número de incapacidades funcionais e dependência. Nessa
situação, fica evidente a necessidade da criação de programas preventivos e de
promoção de saúde e qualidade de vida para terceira idade (DELLAROZA et al.
2007).
Segundo Franchi et al. (2005, p.25) “entende-se por idoso ou pessoa de
terceira idade, indivíduos com mais de 60 anos de idade, instituído pelo estatuto do
idoso”.
O aumento dessa população pode ser atribuído ao aumento da expectativa de
vida, a diminuição da taxa de natalidade, a um melhor controle de doenças
infectocontagiosas (imunização) e crônico-degenerativas.
Segundo Fleck et al. (2008, p.36) “o idoso pode ser definido pelo déficit motor
e diminuição gradual do movimento, sendo a fraqueza muscular um grande
contribuinte para o declínio de sua funcionalidade”. Ressalta-se ainda que a
diminuição na força muscular pode ser um fator limitante na manutenção de um
estilo de vida independente e preventivo contra quedas, fator esse que representam
82% das mortes acidentais no lar após os 75 anos.
Entende-se atualmente, que a velhice não pode mais ser encarada como
sinônimo de doença ou degeneração física e mental, pois esta correlação não existe
e prejudica a aceitação social e individual. Assim sendo, o processo de
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envelhecimento acarreta alterações corporais, as quais são importantes serem
avaliadas (SANTOS et al. 2000).
Segundo Dias (2013, p.59), “o idoso tem perda de até 5% da capacidade
física a cada 10 anos, e tem possibilidade de recuperar 10% dessa capacidade
através de atividades físicas adequadas”.
O exercício físico oferece importantes benefícios à população da terceira
idade, tais como, a prevenção e diminuição de problemas cardiopulmonares, auxilio
no controle da diabetes mielitos, artrite reumatóide, fortalecimento muscular,
manutenção da densidade óssea entre outros benefícios; proporcionando melhorias
significativas no equilíbrio, na velocidade de andar, no reflexo, na ingestão alimentar,
diminuição da depressão, e prevenindo a tão temida osteoporose e suas
consequências degenerativas.
Na visão de Civinski et al, (2011, p.67), “pessoas idosas que não são adeptas
aos exercícios físicos estão mais vulneráveis aos acidentes do dia a dia”. Pelo fato
de não ter mais o equilíbrio necessário, a força não corresponder às necessidades, a
resistência não permite que se execute qualquer movimento acima da sua condição.
Sendo assim, se eleva o risco de uma queda ao tomar banho ou ao caminhar em
algum piso irregular.
1.1 BENEFÍCIOS DAS ATIVIDADES FÍSICAS EM IDOSOS
A aderência à prática de atividades físicas por parte da população idosa deve
ser sempre incentivada de maneira gradativa. Dentre tantas opções de atividades
físicas, o ideal é que o idoso escolha uma onde possa executar exercícios que lhe
agradem e motive, gerem bem estar e qualidade de vida, seja ela a musculação, a
yoga, o pilates, a caminhada, a natação, dentre outras (DIAS, 2013). Visto que a
prática regular de exercício de maneira adequada às necessidades e realidade
física, psicológica e social do idoso, pode significar a diferença entre uma vida
autônoma ou não.
Segundo Matsudo et al. (2008, p.29) a chave do envelhecimento bem-
sucedido está em garantir um estilo de vida ativo. As prioridades na prescrição de
exercícios terapêuticos durante o processo de envelhecimento incluem inicialmente
a realização dos exercícios com peso e de equilíbrio para garantir força muscular e
evitar as quedas, respectivamente. E exercícios aeróbicos para estimular o sistema
cardiovascular e respiratório, seguidos de movimentos corporais totais para garantir
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flexibilidade e mobilidade articular e, por último, mas não menos importante, as
mudanças para adoção de um estilo de vida ativo.
Em colaboração Civinski et al. (2011, p.36) comenta que, a prática regular de
exercícios físicos para os idosos além de ser fundamental, é o aspecto que exerce
extrema importância na exposição e estimulação aos benefícios mais agudos e
crônicos de sua prática. A inserção de uma rotina de exercícios físicos no estilo de
vida de pessoas idosas traz resultados quase que imediatos, pois estes são visíveis
em curto prazo. Entre os benefícios causados, pode-se destacar um aspecto crucial
na vida dos idosos, que é a diminuição de riscos de quedas e fraturas.
Os exercícios físicos quando praticados diariamente, principalmente os
aeróbios, de impacto, exercícios de peso e resistência em intensidade moderada,
com este trabalho físico, estará garantindo a independência da vida do idoso.
Segundo Alves (2002, p.23) “a prática de exercício físico, além de combater o
sedentarismo, contribui de maneira significativa para a manutenção da aptidão física
do idoso”. A atividade vai influenciar na autonomia do idoso, incentivando-o a
começar a realizar atividades que a muito não realizava, podendo se tornar uma
pessoa independente.
1.2 QUALIDADE DE VIDA E SAÚDE
Sabemos que, a saúde é de primordial importância para o desenvolvimento
humano, e as condições favoráveis a esta também é preponderante para a
qualidade de vida.
Segundo McArdle (2004, p.120) a Organização Mundial de Saúde – OMS,
define a saúde como “um estado completo do bem estar físico, mental e social e da
ausência de doença ou de enfermidade”.
A saúde a muito tempo deixou de ser restrita a área biológica, expandindo-se
a outros campos, passando a ser considerada como um bem a ser conquistado a
partir do estilo de vida e do comportamento (GUEDES, 2008).
De acordo com Nieman (2003, p.45):
A saúde levando em consideração sua composição física, social e
psicológica, pode ser caracterizada por duas vertentes, a positiva e a
negativa. Ela é considerada positiva, quando associa-se ao bem estar geral.
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E considera-se negativa quando associa-se a morbidade e a mortalidade
prematura.
Nos últimos anos podemos perceber significativas mudanças que vem sendo
adotadas ao estilo de vida das pessoas. Muito embora a vida agitada, corrida e
estressante, é possível observarmos uma grande quantidade de pessoas que
procuram por academias, parques e outros locais para poderem se movimentar,
além de ainda observarmos um pequeno progresso quanto a preocupação com
hábitos alimentares saudáveis.
Segundo Gonçalves (2004, p.36):
Muitas pessoas esclarecidas, estão construindo metas para se alcançar e
preservar a qualidade de vida. Nas últimas décadas, a saúde vem
apresentando uma conotação diferenciada, ou seja, se antes as pessoas
pensavam na doença, atualmente existe grupos e movimentos em todo o
mundo preocupados com o bem-estar e a melhoria da qualidade de vida.
Essas pessoas vêm se comprometendo com as atividades corporais,
reconhecendo e respeitando as principais características físicas de seu
desempenho motor, adotando atitudes que favoreçam a saúde em geral.
A modernidade juntamente com o avanço tecnológico e as facilidades que
tem-se hoje, faz com que o homem se utilize cada vez menos de sua potencialidade
corporal, e o baixo nível de atividade física acabam por desencadear diversas
doenças degenerativas, fazendo com eu estes busquem alternativas para se praticar
exercícios físicos.
Em colaboração McArdle (2004, p.124) esclarece que:
O homem moderno vem compreendendo sua integração com o meio
ambiente. A consciência ecológica do corpo, traz-lhe a compreensão na
atualidade que este deve ser cuidado, para aquisição de padrões mais
efetivos para qualidade de vida.
Essa conscientização, juntamente com a preocupação estética, faz com que
as pessoas cada vez mais procurem academias de ginástica e musculação dada a
importância do exercício físico para melhoria da qualidade de vida.
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Para Oliveira (2005, p.74) “a preocupação das pessoas com as condições do
seu corpo, quanto à integridade, sanidade e desenvolvimento, jamais foi vista em
outra época”.
Diante deste cenário, é possível dizer que, as gerações atuais possuem
vantagens quanto as anteriores, no que diz respeito a importância da necessidade
do movimento, dos hábitos de saúde adequados, dos cuidados em relação ao corpo
e da alimentação apropriada (MCARDLE, 2004).
Assim sendo, a qualidade de vida está relacionada com o bem em todos os
sentidos da vida sejam eles físico, pessoal, social, familiar e profissional.
1.3 O CORPO
Corpo é uma estrutura concreta, palpável que se movimenta de várias formas
inusitadas, entretanto, ao escrever sobre o corpo não se pode o fazer de uma única
maneira, pois, o corpo é constituído pelo “eu-corpo”.
Que Segundo Barbosa et al. (2011, p.15):
O “eu-corpo” é constituído pelo princípio de integração corpo e “eu”, corpo-
mente plenos, fazendo sentindo, completando-se dialeticamente, o que
atende o sentido da corporeidade, entendendo que um não pode se explicar
sem o outro.
Destaca-se que por corpo, unicamente científico, este pode ser entendido
como uma substancia física, estrutura de cada homem ou animal, ou seja, o ser
carne. O “eu”, por sua vez, tem sentido amplo, e ao mesmo tempo único, capaz de
demonstrar a individualidade de cada indivíduo, ou seja, é a unidade básica da
Imagem Corporal.
Segundo Davidoff (1983, p.29) “os teóricos fenomenológicos procuraram
compreender o “eu” e a perspectiva de vida como únicos, ou seja, um ponto de vista
holístico, integral e integrado, não sendo possíveis adições ou divisões”.
Como estrutural tem-se o corpo formado por células, que se compõem pelos
tecidos e, sucessivamente, pelos órgãos e, mais complexamente sistemas como os
sistemas nervoso central, ósseo, muscular, circulatório, respiratório, digestório,
excretor, tegumentar entre outros.
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Já o “eu” é abstrato, mas que influência todo o resto concreto. Lá estão suas
sensações e emoções baseadas nas experiências ao longo da vida. Pode-se dizer
que, as experiências obtidas têm um impacto sobre o emocional e o físico.
Assim sendo, deve-se partir do princípio de que corpo e mente são plenos,
complementando-se e de que não se pode explicar um sem o outro. O corpo por si é
subdividido por estruturas como já descrito anteriormente, pois, quando falamos do
corpo, não podemos esquecer nenhum componente estrutural, pois tudo está
interligado e automaticamente trabalha como uma engrenagem suavemente e
perfeita em harmonia, pelo menos deveria ser assim!
Segundo Bock, Furtado e Teixeira (2001, p.48):
A Psicologia cientifica tem como estudo da alma e define o estudo do
comportamento humano, do comportamento dos indivíduos. A Psicologia
admite que exista várias dependências de várias áreas do conhecimento. E
assim ela se dividiu em vários estudos. Tentou se desvendar o que e o
porquê dos atos dos homens, depois o aspecto estrutural da consciência.
Depois de que aprendizagem decorre da associação de ideias. Com relação
as teorias merecem destaque o behaviorismo1, o qual procura definir o fato
psicológico de modo concreto; e a Gestalt2, que postula a necessidade de
compreender o homem em sua totalidade; e a psicanálise, que visa
desvendar o inconsciente.
E é a partir de todas essas análises que o “eu” vai sendo esclarecido, ou pelo
menos sendo observado em seus aspectos gerais, para que se construa a imagem
corporal. Destaca-se assim que, a imagem corporal se define pela imagem que
criamos em nosso subconsciente sobre nossas formas ou partes específicas do
corpo e os sentimentos que temos dessa imagem (GARDNER, 1996).
No tópico a seguir estuda-se o controle motor.
1 Behaviorismo: comportamento, conduta, também designado de “comportamentalismo”, ou às vezes “comportamentismo”, é o conjunto das teorias psicológicas que postulam o comportamento como o mais adequado objeto de estudo da Psicologia. Fonte: BOCK, FURTADO E TEIXEIRA, (2001) 2 Gestalt: De acordo com a teoria gestáltica, não se pode ter conhecimento do "todo" por meio de suas partes, pois o todo é maior que a soma de suas partes:"(...) "A+B" não é simplesmente "(A+B)", mas sim um terceiro elemento "C", que possui características próprias". Fonte: BOCK, FURTADO E TEIXEIRA, (2001)
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1.3.1 Controle motor
Movimento é um aspecto fundamental da vida. É essencial para nossa
habilidade em andar, correr e brincar, para buscar o alimento que nos nutre, para
nos comunicar com amigos e familiares, trabalhar, enfim para sobreviver.
Como esclarece Barbosa et al. (2013, p.65):
O movimento corporal é de suma importância na vida do indivíduo. O
abandono de movimento significa o abandono corporal e a perda do eu
corporal ou de identificação. O corpo se aprimora informações sobre si, em
outras palavras; sinto-me. A presença do movimento influência
positivamente a regulação orgânica.
O controle motor é definido como a habilidade de regular ou direcionar os
mecanismos essenciais do movimento. O movimento é essência da vida do
indivíduo e logo que ele não cometa essa tarefa “movimento” ele é acometido de
doenças.
O que se percebe é que o movimento é a essência pura do corpo e o
indivíduo necessita movimentar-se para manter suas funções fisiológicas e
emocionais em integridade.
O movimento emerge da interação de três fatores: o indivíduo, a tarefa e o
meio ambiente. O movimento é organizado tanto ao redor das exigências da tarefa
como do meio ambiente. O indivíduo gera movimento para cumprir as exigências da
tarefa que está sendo realizada em um meio específico.
Destaca-se ainda que, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais têm sido
denominados "fisiologistas que empregam o controle motor" (BROOKS, 1986 apud
COOK, et al. 2010).
A intervenção terapêutica frequentemente é direcionada para a modificação
do movimento ou o aumento da capacidade de se mover. Estratégias terapêuticas
são desenvolvidas para aprimorar a qualidade e a quantidade de posturas e
movimentos essenciais para a função que deseja-se realizar em determinada tarefa.
De acordo com Leite (1996, p.36 “podemos envelhecer com autossuficiência
para realizarmos tarefas diárias, além de estarmos abertos para situações sociais e
intelectuais”.
A atividade física em muito vem contribuindo para a redução do isolamento do
idoso, pois, essa prática proporciona todos os benefícios sociais, físicos, intelectuais,
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melhorando ainda a adaptação físico-afetiva que é ótima aliada contra a decadência
corporal.
Ainda sobre a contribuição da atividade física Okuma (1998, p.29) esclarece
que “o movimento contribui para melhoria da qualidade de vida, para uma vida mais
ativa, bem-sucedida, tanto de prevenção como de ampliação da manutenção da
autonomia e bem-estar geral”.
A atividade física quando incorporada ao cotidiano desde a mais tenra idade
faz com que o indivíduo não se incomoda com as limitações de seu corpo, e mesmo
com os estereótipos sociais, este acaba por se permitir viver e praticar exercícios
sem preconceitos em relação aos seus corpos.
1.3.2 Imagem Corporal
O conceito de imagem corporal pode ser apresentado com poucas palavras e
aparente simplicidade, mas é complexo e abrangente na aplicação ao indivíduo e
todas suas nuances no mesmo momento.
Para Schilder (1999, p.59), “imagem corporal é a representação mental do
corpo do indivíduo”. Conforme Dolto (1984, p.25), “imagem corporal é a síntese viva
de nossas experiências emocionais”. Wahba (1982, p.29) acredita que “a imagem
corporal mais definida e consciente decorre de uma melhor apropriação do corpo,
indispensável ao processo de formação de identidade”.
Por tudo que escreveu sobre o corpo como espelho, Freedman (1994, p.36)
conclui que “amor ao corpo não pode florescer se tiver como parâmetros padrões
impossíveis”. Assim, o lema é: aprenda a conviver com a imagem que é você, esta é
sua imagem corporal, não a que se persegue como ideal de beleza.
Craig e Caterson (1990, apud Anaruma, 1995, p.78) entendem o conceito da
imagem corporal sob dois pontos: “1) superfície, comprimento e figura postural do
corpo; 2) atitudes, emoções e reações dos indivíduos em relação a seus corpos”.
Barros (2001, p.41) diz que “imagem corporal somos nós mesmos
relacionando-nos com o mundo e com as pessoas numa unidade corporal,
construindo uma nova imagem a cada momento”.
Bernstein (1990, apud Barros, 2001, p.59) conceitua imagem corporal como
um fenómeno biopsicossocial que engloba a visão de nós mesmos.
Mccrea, Summerfield e Rosen (1982, p.18) dizem que o conceito de imagem
corporal é aplicado a limites muito amplos da patologia, e essa extensão tem
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resultado em definição vaga e equivocada do conceito. No mais literal senso para os
mesmos autores, a imagem corporal se refere ao corpo como uma experiência
psicológica e como foco de sentimentos e atitudes individuais em direção a si
próprio; concerne às experiências individuais e subjetivas com o próprio corpo e à
maneira pela qual estão organizadas.
Sobre a imagem corporal conceitualmente destaca-se que, é aquela
correspondente a imagem existencial de cada um e que esteja entrelaçada a tudo
que circunda a vida deste indivíduo.
Os principais pontos de partida para estudos da imagem corporal são os
indicados pelos clássicos estudos legados por Schilder, com enfoque tridimensional:
fisiológico, libidinal e social.
Destaca-se ainda que, o fenômeno da imagem corporal tem sido preocupação
de neurologistas, psicanalistas, fenomenologistas, psicólogos e geneticistas, assim
como descrito segundo Barbosa et al. (2011, p.53).
Pick propôs uma imagem mental do corpo formada pela cinestesia. Escreveu
um artigo sobre a patologia da consciência do “eu”, que incluía o estudo da
psicopatologia geral. Descreveu alguns casos clínicos identificando perturbações da
consciência do “eu” e, com isso, propiciou a atenção de neurologistas para
patologias dos sentimentos corporais.
Head propôs o corpo “schema” ou esquema corporal, esclarecendo que toda
alteração postural pode mudar o esquema corporal. Definiu o conceito de modelo
postural do corpo, caracterizado pela construção e mudança de acordo com cada
postura assumida, formando um esquema plástico.
Bonnier observou e divulgou a respeito do sentido do espaço existente em
nossas percepções. Descreveu a esquematia, um distúrbio de toda imagem
corporal.
Freud contribuiu com o livro A interpretação dos sonhos, mostrando que o
corpo era a base da mente. Um self (eu) visceral como centro do nosso ser e
intimamente relacionado com a imagem corporal foi apresentado por Tissie. Mas a
contribuição definitiva sobre a imagem corporal foi dada por Schilder, com
interpretações que consolidam o assunto, e passa a ser citado por pesquisadores
como referência.
Schilder, com sua formação de médico, psiquiatra e filósofo, teve condições
ideais de integrar os fundamentos da imagem corporal aos aspectos da Psicanálise,
Psicologia da Gestalt, Psicofisiologia e Fenomenologia.
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Segundo Arnoldi (1989, p.82), “ao discutir imagens espaciais, Piaget fez
referência à imagem corporal, mas não pesquisou a respeito”. Para Ajuriaguerra
(1977, p.72), “Piaget estudou as noções cognitivas do corpo no desenvolvimento da
criança”.
Wallon considera que a noção do próprio corpo não se constitui como um
compartimento estanque. Ele enfatiza o aspecto afetivo como consequência da
organização do sistema emocional compreensível por meio da relação com o outro.
Para Merleau-Ponty, o corpo é considerado como veículo do ser no mundo
para unir-se a um meio. No livro “Fenomenologia da percepção”, Merleau-Ponty
descreve a respeito da imagem corporal, de saber reaprender a sentir o corpo.
Os autores citados sugerem que devemos entender o esquema corporal
como o regulador de nossas ações. Essa regulação revela o dinamismo da ação
corporal, indicando sua flexibilidade mediante as transformações do corpo e da
relação desse corpo com o meio.
1.3.3 Consciência Corporal
Segundo o dicionário Houaiss (2001) a consciência corporal é o “estágio da
vida mental percebido pelo indivíduo”, “conhecimento”, “discernimento”, “estado de
quem pode responder por seus atos” “autoconhecimento consciencioso”. Corporal
ou corpóreo significa: “próprio do corpo físico”, “material - corporalidade” (Ibid, p.
112).
Para Melo (1997a, p.52) “a consciência corporal emerge como nível mais
complexo e mais refinado na organização da noção do corpo, ou seja, a consciência
corporal é o meio mais refinado de se fazer a integração do homem”.
Entende-se assim que, a consciência corporal é um processo de interação
entre todos os aspectos implícitos no trabalho a ser desenvolvido com o corpo.
Para Lê Boulch (1983, p.43), esses aspectos consistem em “coordenação
óculo-manual, coordenação dinâmica geral, lateralidade, interiorização, segmentos
corporais, percepção-temporal, percepção-espacial”.
Piaget (apud Melo, 1997a, p. 20) afirma que:
A criança evolui por estágios, começando pelo nascimento, com respostas
sensório motoras simples, congênitas e culminando na adolescência, num
modo de funcionamento maduro, como se segue: sensório motor (de 0 até 2
20
anos de idade); pré-operatório (até 7 anos de idade); operações concretas
(até 11 anos de idade) e de operações formais (até a idade adulta).
Lê Boulch (apud Melo, 1997ª, p.24) estabelece as etapas, a saber:
Do corpo submisso (de 0 a 2 anos de idade); do corpo vivido (até 3 anos de
idade); do corpo descoberto (até 7 anos de idade) e do corpo representado
(até 12 anos de idade). Ele explica que a criança evolui por etapas e que,
cada uma dessas etapas relacionadas, vão sendo aprimoradas e ampliadas
no que diz respeito à construção de esquemas e que, uma vez integrados,
esses esquemas estruturam a consciência corporal da criança.
Pelo exposto, é possível perceber que Piaget e Lê Boulch consideram que a
consciência corporal é adquirida, fragmentariamente, desde a amamentação.
Portanto, o ato de mamar, andar e falar constitui a estrutura inicial do
desenvolvimento da consciência corporal
21
CAPÍTULO II PSICOMOTRICIDADE
A Psicomotricidade segundo Alves (2012, p.17) “é uma ciência que tem por
objeto o estudo do homem através de seu corpo em movimento nas suas relações
com seu mundo interno e externo”.
A Psicomotricidade é a somatização de todas as ações que o indivíduo
executa. Os movimentos assim como o exercício são de fundamental importância na
maturação do desenvolvimento físico, emocional e intelectual. O movimento dá
autonomia ao indivíduo para explorar o mundo e por meio dessas experiências
solidificar os alicerces para a construção intelectual.
De acordo com Jacques Chazaud (1976, apud Alves (2012, p.18) “a
Psicomotricidade consiste na unidade dinâmica das atividades dos gestos, das
atitudes nem posturas, enquanto sistema expressivo, realizado e representativo do
“ser em ação” e da coexistência com outrem”.
Psicomotricidade, portanto, é um termo empregado para uma concepção de
movimento organizado e integrado, em função das experiências vividas pelo sujeito
cuja ação é resultante de sua individualidade, sua linguagem e sua socialização.
2.1 ESQUEMA CORPORAL
O Esquema corporal é importantíssimo para desenvolver a Psicomotricidade,
nesse sentido devemos conhecermos algumas definições.
Segundo Le Boulch (1983 p.52):
O esquema corporal pode ser considerado como uma intuição de conjunto
ou um conhecimento imediato que temos do nosso próprio corpo seja em
posição estática ou em movimento, em relação às diversas partes entre si e,
sobretudo, nas relações com o espaço e os objetos que o circundam.
Para Pieron (1982) apud Alves (2012, p.59) “o esquema corporal não é um
conceito inicial ou uma entidade biológica ou física, mas o resultado e a condição da
justa relação entre o indivíduo e o próprio ambiente”.
Conforme Dolto (1984, p.85):
O esquema corporal é uma realidade de fato, sendo uma forma nosso viver
carnal no contato com o mundo físico. Nossas experiências de nossa
22
realidade dependem da integridade desse organismo, ou de lesões
transitórias ou indeléveis, neurológicas, musculares, ósseas e também, de
nossas sensações fisiológicas viscerais, circulatórias.
Em colaboração Vayer (1984) apud Alves (2012, p.63) “esquema corporal é a
integração das sensações relativas ao próprio corpo, em relação aos dados do
mundo exterior”.
Assim sendo, quando o indivíduo descobre conscientemente de que o corpo é
controlado por sua vontade o esquema corporal se desenvolve e passa a ter
consciência de suas possibilidades. O corpo não é somente uma estrutura biológica
e orgânica mas um emaranhado de sensações e emoções através de estímulos
externos e internos, sendo o ponto de referência para que o indivíduo possa interagir
com o meio. O esquema corporal é a somatização de experiências que cada
indivíduo tem de seu corpo, a partir das propriocepções, equilíbrio, dissociação de
membros, controle muscular, lateralidade, enrolamento, controle da respiração,
ritmo.
2.1.1 Envelhecimento
A população idosa brasileira está aumentando significativamente, em 1970
tínhamos cerca de 4,7 milhões de indivíduos com mais de 60 anos e hoje temos
aproximadamente 15 milhões, um aumento considerável.
O desenvolvimento motor nasce com o indivíduo e matura gradativamente.
Nosso objetivo é falar da 3ª idade, visando melhoria e qualidade de vida ao
idoso, contribuir para a manutenção e prevenção, educar o corpo e a mente para
uma longevidade sem interrupções no processo da vida. É muito importante que o
idoso mantenha sua autonomia, sua participação social seu bem estar físico e
mental.
O processo de envelhecimento populacional concomitante ao aumento da
expectativa de vida no Brasil traz consigo um desafio: “Criar condições para o
prolongamento da vida se dê com qualidade”, conforme o “Pacto pela vida (Portaria
nº 399/GM, de 22/02/2006 - parte integrante do Pacto pela Saúde) o qual elegeu a
saúde da pessoa idosa entre suas seis prioridades. Esta prioridade visa implementar
a Política Nacional da Saúde da Pessoa Idosa, buscando a atenção integral.
23
O idoso hoje tem seus direitos assegurados na Constituição Federal (1988) e
no Estatuto do idoso (Lei nº 10.741/03) ao qual prevê que é obrigação do poder
Público garantir saúde, acessibilidade, atendimento preferencial, bem estar.
De acordo com Lendzion et al. (2002, p.45):
O envelhecimento é a manifestação de eventos biológicos que ocorrem ao
longo de um período em ritmos diferentes para cada pessoa. Representa as
perdas na função normal que ocorrem após maturação sexual e continuam
até a longevidade máxima.
O envelhecimento passa por perdas significativas, lentidão do sistema
nervoso, cansaço, diminuição de massa muscular, isto não quer dizer que seja o fim,
mas sim uma nova fase a ser desbravada, com dignidade e orientação.
Uma reorganização corporal, retomada de equilíbrio e uma consciência de
movimento, reorganizar a flexibilidade, reforçar coordenação e o tempo reação,
reavivar o movimento integro e uma vida ativa.
2.1.2 Psicomotricidade no Processo de Envelhecimento
Por meio da educação promove-se o desenvolvimento do esquema corporal e
da sua imagem corporal, ao qual tem a intenção de complementar dentro das
atividades um processo de conscientização de movimento, estimulando a auto
confiança e autonomia, levando o idoso a ter uma vida mais ativa e atividades
coletivas.
Segundo Simões (1998, p.98):
O homem idoso é, como todo ser humano, um ser psicossomático, portador
de necessidades inerentes ao processo vital, (mobilidade e vida de relação)
e interno (forma de perceber, conceber e visão do mundo, devendo ser
respeitado: e seus Direitos Humanos, segundo a ONU (1982) no que
concerne à saúde, comunicação, educação social.
Organização Mundial da Saúde (2002) classifica o envelhecimento em quatro
estágios;
- Meia- idade - 45 a 59 anos;
- Idoso - 60 a 74 anos;
24
- Ancião - 75 a 90 anos;
- Velhice - 90 em diante.
Para manter essas pessoas nessas faixas etárias deve -se instigar a saúde
mental. O importante é saber que o tempo é a totalidade de uma jornada de
estímulos vividos durante a vida e não o final de uma existência. Deve-se lutar
constantemente para que o idoso faça atividades que ajudem nessa manutenção
homeopática de rejuvenescimento.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2000) consta que o
número de idosos com 100 anos ou mais, no Brasil chega aproximadamente a
11.422 pessoas sendo que 7.950 do sexo feminino e 3.472 do sexo masculino.
Se os declínios físico e mental apresentam-se de forma lenta e gradual, o
fenômeno fisiológico, arbitrariamente identificado pela idade cronológica, será
chamado de senescência (envelhecimento primário). Porém, se ele vier
acompanhado de desorganização mental e/ou patologias, ele é conhecido como
senilidade (envelhecimento secundário ou terminal).
No hospital da Mulher em Brigham, em Bostom, nos Estados Unidos, 54% de
idosos têm a probabilidade de viver até os 90 anos, isso se eles não fumarem,
tiverem pressão sanguínea e peso normais, ausência de diabetes e praticarem
atividades físicas de duas a quatro vezes por semana.
Outros pontos são inseparáveis à velhice problemas de coluna, osteoporose,
movimentos lentos, tremores, diminuição do metabolismo basal a pigmentação da
pele, linhas de expressão, diminuição de visão. Quando atividades físicas são
desenvolvidas com uma proposta diferencial a cada faixa etária se tem uma
regressão desse envelhecimento e uma ampla qualidade de vida. Não podemos
deixar o idoso se acomodar.
Segundo Sapolsky (2008, p.73):
O estresse pode atrapalhar a memória. O estresse prolongado inibe o
nascimento de novos neurônios no hipocampo, um dos dois únicos locais
onde, segundo descobertas recentes, essas células ainda nascem no
organismo adulto.
Devemos ajudar o idoso a desenvolver tarefas que deixem o estresse longe
de suas vidas e não atrapalhe a saúde e o desenvolvimento de novos neurônios.
25
- Memória imediata; recordação do cotidiano de uma tarefa intelectual ou no
trabalho.
- Memória secundaria; recordações a minutos atrás.
- Memória recente; armazena recordações de minutos, horas.
- Memória remota; lembranças do passado
- Memória explicita; refaz fatos ou eventos
- Memória implícita; memória processual de habilidades e aos hábitos.
Nenhum tratamento é eficaz para ajudar o paciente a recuperar a memória
perdida. A única providência médica se baseia no acompanhamento periódico do
idoso, ajudando-o a exercitar a memória para que tenha chances de conservá-la.
O indivíduo é uma criatura endêmica e a somatização de suas experiências
que constroem essa impressão única corporal. Devemos permitir um olhar as
nuances desse corpo que tão qual único vivenciou e presenciou experiências
peculiares. Esse envelhecimento não deve ser sinônimo de medo ou insatisfação e
sim encarado como mais uma fase como tantas outras pela qual o indivíduo passou
e superou todas.
Conforme Jean Yves Leloup (1998) apud Alves (2012, p.52) “o corpo é nossa
memória mais arcaica. Nele, nada é esquecido. Cada acontecimento vivido,
particularmente na primeira infância e também na vida adulta, deixa no corpo sua
marca profunda”.
O idoso tem que se sentir confortável, livre e a vontade para se movimentar
de maneira sadia e prazerosa tendo consciência corporal de seus movimentos e
liberdade para suas manifestações corporais expressivas. O movimento tem ritmo e
deve ser livre de situações truncadas.
Fonseca (1987, p.12) comenta que a Psicomotricidade:
Pode oferecer um efeito preventivo, conservando uma tonicidade funcional,
um controle postural flexível, uma boa imagem corporal, uma organização
espacial e temporal plástica, uma integração e prolongamento das praxias
ideomotoras, perfeitamente integradas às necessidades funcionais do
ancião, escapando à imobilidade, à passividade, ao isolamento, à solidão, à
depressão, à independência, à institucionalização e à marginalização,
dando à fase terminal da vida a dignidade que se merece.
26
Pode-se considerar a Psicomotricidade um recurso muito valioso para se
trabalhar com os idosos, pois é uma abordagem terapêutica muito eficaz para se
intervir no processo de envelhecimento.
Segundo Damasceno (1998, p.28) “a Psicomotricidade proporciona aos
idosos a redescoberta de valores, sentimentos, capacidades, onde há um sentido
muito maior do que meramente a repetição de exercícios puramente ginásticos”.
A Psicomotricidade é uma atividade humana e, assim sendo, é movimento;
além do motor, está impregnada de afetividade, história, sensibilidade. É um
movimento dotado de sentido. Psicomotricidade não é só tato, é também contato,
expressão, comunicação, realização de trocas, exploração e modo de conhecer.
Permite ao ser humano colocar-se em relação consigo mesmo e com o outro. Sua
trajetória, sempre ampla e crescente, permite com eficácia que se vivencie o jogo
onde se pode reescrever em parte uma vida de relações.
A Psicomotricidade ajuda o idoso a viver em grupo, pois as atividades
coletivas ajudam a estabelecer contatos sociais. Por meio das técnicas
psicomotoras, pode-se oferecer ao idoso uma série de atividades que vão ajudá-lo a
rever sua própria história de vida, não com o intuito de fazê-lo se arrepender do que
haja feito, mas, pelo contrário, dando-lhe a oportunidade de fazer agora o que não
fizera anteriormente.
O corpo tem o seu papel relevante no desenvolvimento, na formação da
pessoa, bem como na aquisição dos processos cognitivos, não sendo de menor
importância sua função de mediador na relação com o outro e com o mundo. Sabe-
se que fatores, como pulsão, movimento, processo adaptativo e afeto, influenciam e
até determinam o modo de ser, atuar, agir e sentir e, por estarem eles vinculados a
uma ação cortical, acredita-se que, ao mobilizar esses fatores por meio de
atividades psicomotoras, estar-se-á igualmente agindo sobre áreas que, embora já
não atuem tão bem como na infância, estarão presentes e decisivas para a
manutenção da integridade da pessoa humana quando em idade avançada. O
movimento corporal é capaz de despertar também nos idosos emoções que vão
desde desejos, prazeres e potencialidades antes esquecidas ou adormecidas,
proporcionado-lhes o rejuvenescimento, ensejando que seus corpos possam estar
alegres, despertos e até mesmo mais ágeis.
Para Fonseca (1998, p.15) “não devemos acreditar que o nosso corpo
degenera com o tempo, ao contrário, devemos acreditar que ele pode se transformar
em um novo corpo a cada instante”.
27
Nos movimentos corporais, expressividade e sentimentos se interligam
intimamente, propiciando aos idosos trocas energéticas, mediante o olhar, o sorriso,
o toque, ou seja, por meio do diálogo tónico corporal.
Sempre enfatizo em minhas aulas e em minhas palestras que o movimento é
fluídico de uma funcionalidade cíclica.
O profissional do movimento seja ele educador, psicomotricista,
fisioterapeuta, reorganizador corporal, pilateiro deve ter a sensibilidade aguçada e
para estruturação dessa nova reorganização corporal levando o indivíduo a prazer
na execução dessas novas tarefas motoras. Tendo o leque do desenvolvimento
motor com base nos princípios locomotores, equilíbrio manipulativos do básico ao
mais estruturado.
Enfatizo sempre que o mais simples que é o andar se faz base em uma
complexidade absurda de movimento. O questionamento da ação motora para o
indivíduo respeitando sua individualidade cronológica, motora e suas limitações
sejam quais forem. Um olhar embasado na autonomia do movimento a esse
indivíduo.
2.2 CONCEPÇÕES DA ATIVIDADE FÍSICA E DO EXERCÍCIO FÍSICO
Ao falarmos de atividade física e exercício físico é importante saber definir
corretamente o uso dos termos.
De acordo com Nieman (2003, p.56) a atividade física é “qualquer movimento
corporal realizado pela musculatura esquelética, a qual tem por resultado o gasto de
energia, acima dos níveis de repouso”. Assim como as atividades domésticas e no
trabalho, ou mesmo um programa de exercícios físicos reúnem-se sob o mesmo
termo “atividades físicas” (NIEMAN, 2003).
Segundo McArdle (2004, p.126) o exercício físico é “uma das formas de
atividade física planejada, estruturada, repetida, personalizada”, e tem por objetivo o
desenvolvimento, manutenção, da aptidão física, de habilidades motoras ou a
reabilitação orgânico-funcional.
Para Guedes (2008, p.96):
Quando existe a prática de exercícios físicos habituais, estes são capazes
de promover a saúde, tem influência na reabilitação de determinadas
28
patologias que se associam com o aumento da morbidade e mortalidade,
interligada aos aspectos da aptidão física e saúde.
Esclarece-se que, os exercícios físicos incluem as atividades de níveis
moderados ou intensos, sejam eles de natureza dinâmica ou estática.
Para Nahas (2006, p.52) “o exercício físico moderado e bem orientado, é
capaz de condicionar a aptidão física, aliviar o estresse, e tornar a pessoa mais
disposta para enfrentar as atividades cotidianas”.
Importante destacar que, a prática de exercícios físicos, em pessoas bem
treinadas, apresenta menor probabilidade no desenvolvimento de doenças crônico-
degenerativas, podendo ser explicado pelos benefícios fisiológicos e psicológicos,
além da elevada autoestima diminuição do estresse e maior socialização.
Ressalta-se que, a vida moderna contribui diretamente para o
desenvolvimento das doenças crônicas-degenerativas como a obesidade,
hipertensão, câncer, doenças cardiovasculares, diabetes, dentre muitas outras.
Assim sendo, para que se mantenha a qualidade de vida é imprescindível eu
a pessoa atrele a sua vida a prática de exercícios físicos com uma alimentação
balanceada.
2.3 MOTIVAÇÃO NA PRÁTICA DE EXERCÍCOS FÍSICOS
Sabemos que a motivação é um elemento primordial na prática de atividade
física, e o personal trainer deve estar atento as condições de seus clientes para que
possam entender quais as reais intenções de seus alunos.
Quando a pessoa procura um treinamento personalizado está poderá estar
fazendo por diversos motivos, sendo para melhoria da qualidade de vida, perca de
peso, estética, controle do estresse, socialização, dentre outros. Pode-se dizer que,
todas essas problemáticas estão dentro do aspecto motivacional de saúde.
Segundo Gould (2001, p.67) “é necessário um esforço consistente para
identificar e entender os motivos dos participantes para envolverem-se em
atividades de esporte, de exercício ou de educação”.
Destaca-se ainda que, todos os alunos, independentemente de suas
condições, são capazes de aprender os conceitos fundamentais sobre a atividade
física.
Para Gomes (2001, p.49) “motivação pode ser considerada como propulsora
dos desejos e necessidades do indivíduo”. Podendo ser caracterizada como um
29
processo ativo, intencional e dirigido a uma meta, o qual depende da interação de
fatores pessoais (intrínsecos) e ambientais (extrínsecos).
Conforme descreve Gould (2001, p.69):
A motivação extrínseca pode estar relacionada com os fatores tecnólogos e
com as facilidades para o combate a uma vida sedentária. Entretanto, as
pessoas também participam de atividades esportivas e físicas por razoes
intrínsecas. Sendo que esses indivíduos com motivação intrínseca
esforçam-se interiormente para serem competentes e autodeterminadas em
sua busca de dominar a tarefa em questão.
Os processos de adesão aos exercícios físicos, podem estar relacionados
com a vida particular de cada pessoa. Conforme explica Gomes (2001, p.52):
Suas experiências passadas, de certa forma, projetam expectativas na
formulação dos resultados, ou seja, as ações passadas e presentes são
fatores realmente determinantes na concepção de motivação e aderência
aos programas de exercícios físicos.
Destaca-se ainda que, a motivação para a prática esportiva pode ter
dependência com a interação entre personalidade, motivos, expectativas,
necessidades e fatores do meio ambiente como facilidades, tarefas atraentes,
desafios e influencias sociais. Todos sabemos que os benefícios são inúmeros,
entretanto, o mais importante é fazer a da prática do exercício o cotidiano de toda
pessoa. Para Gonçalves (2004, p.78):
A pessoa que desenvolve o hábito da prática de exercícios, colocando em
prática um projeto de vida saudável, a partir de comportamentos saudáveis,
atinge o estágio da manutenção. Os indivíduos que se encontram nesse
estágio aderem com facilidade à prática regular de exercícios, pois tem
concretos os benefícios da melhoria global das condições corporais e a
satisfação psicológica decorrente do bom condicionamento físico.
Conhecer os motivos pelos quais um sujeito possa vir a praticar uma
determinada atividade ou exercício físico pode aumentar as possibilidades de
adesão e aderência dos clientes/alunos à prática de exercícios personalizados.
30
2.3.1 Motivação para Saúde
Neste tipo de motivação o personal trainer deve estar muito atento, pois, a
pessoa muitas vezes vem procurando um treinamento personalizado com o objetivo
de querer sair do estado sedentário; ter uma doença que pode ser reversível pelo
exercício físico; para emagrecer; por sentir dores em alguma região do corpo; ou
simplesmente para a prevenção de doenças e obter qualidade de vida.
Segundo Costa (2001, p.60):
O lugar mais procurado pelo cliente para realizar os treinos personalizados
visando esse tipo objetivo é nas academias, por ser um lugar em que há
uma gama de possibilidades de treinamento. Nas academias, é um lugar
em que é realizado o treinamento de força que resulta em inúmeros
benefícios para a saúde. A musculação é um método efetivo para o
desenvolvimento musculoesquelético, sua prescrição é voltada para o
desenvolvimento da aptidão física, favorecimento da saúde e prevenção e
reabilitação de lesões ortopédicas, dentre outras.
Ressalta-se ainda que, os benefícios da musculação vão muito além da
estética, a prática da musculação ajuda na diminuição do estresse, aumenta a
interação social, combate o sedentarismo, a aterosclerose, controla a hipertensão
arterial, obesidade, diabetes mellitus, osteoporose entre outros. A musculação
dentro do treinamento personalizado é uma ferramenta muito importante na
prevenção de muitas doenças que possam vir a acontecer uma pessoa.
Destaca-se que, o aspecto motivacional do aluno de personal trainer que visa
à saúde acontece em pessoas que antes de tudo procuram uma qualidade de vida e
querem deixar o sedentarismo de lado, este, é um fato que cada vez mais cresce na
sociedade atual, pelas variadas comodidades do nosso dia-a-dia.
2.3.2 Motivação para Estética
Como hoje a mídia exerce grande influência nas pessoas pela busca do corpo
perfeito, muitas pessoas procuram a ajuda do personal trainer para conseguir
objetivos estéticos muitas vezes padronizados pelas revistas, jornais, televisão e
internet, com a ajuda da atividade física.
31
Segundo Costa (2001, p.63) “o objetivo de estética é o principal fator
motivacional para a procura da atividade física, sendo muitas vezes a porta de
entrada para os benefícios promovidos à saúde”.
A procura do treinamento personalizado como forma de motivação estética,
pode ser a porta de entrada para os benefícios promovidos à saúde.
Destaca-se ainda que, associada a estética a prática de atividade física
independe do gênero, classe social ou idade na procura do corpo ideal, trazendo
benefícios para ambos os sexos.
2.3.3 Motivação de Sociabilidade
As pessoas que se utilizam desta motivação, para prática de atividade física,
buscam fazer parte de um grupo, ou relacionar-se com outras pessoas.
De acordo com Gould (2001, p.70):
As pessoas que procuram o trabalho personalizado com a motivação de
sociabilizar-se com os companheiros de treino. A socialização se origina
principalmente através dos fortes laços gerados pelos colegas de treino ou
atividade, dos professores, técnicos e parentes.
A prática de atividade física serve como um importante papel na forma de
convívio social.
Em colaboração Costa (2001, p.66) esclarece “o exercício físico leva o
indivíduo a uma maior participação social, resultando em um bom nível de bem-estar
biopsicofísico, fatores esses que contribuem para a melhoria de sua qualidade de
vida”. Os alunos que buscam a socialização a partir da atividade física com a ajuda
do personal trainer, podem estar buscando além de sua integração com o professor
e colegas de academia, uma aceitação em outros grupos, sejam eles de ordem
social ou profissional.
2.3.4 Motivação para o Controle do Estresse
O controle do estresse é atualmente um dos motivos mais relevantes na
busca do treinamento personalizado.
Segundo Costa (2001, p.69):
32
O termo estresse denota o estado gerado pela percepção de estímulos que
provocam excitação emocional e, ao perturbarem a homeostasia, disparam
um processo de adaptação caracterizado, entre outras alterações, pelo
aumento de secreção de adrenalina produzindo diversas manifestações
sistêmicas, com distúrbios fisiológico e psicológico.
Pode-se dizer que, o estresse é um dos maiores problemas que as pessoas
vêm enfrentando na sociedade moderna.
Conforme Nahas (2006, p.56):
Em nível físico o estresse pode ocasionar, aumento da sudorese, nó no
estômago, tensão muscular, taquicardia, hipertensão, aperto da mandíbula
e ranger de dentes, hiperatividade e náuseas. De nível psicológico os
sintomas são: ansiedade, tensão, angústia, insônia, alienação, dificuldades
interpessoais, dúvidas quanto a si próprio, preocupação excessiva,
inabilidade de concentrar-se em outros assuntos que não o relacionado ao
estressor, dificuldades de relaxar, tédio, ira, depressão, hipersensibilidade
emotiva.
O personal trainer é contratado para que ajude o cliente a superar esses
sinais e sintomas do estresse, a partir da atividade física.
Em colaboração Mello (2006, p.78) comenta que:
Durante a realização de exercício físico, ocorre liberação da b-endorfina e
da dopamina pelo organismo, propiciando um efeito tranquilizante e
analgésico no praticante regular, que frequentemente se beneficia de um
efeito relaxante pós-esforço e, em geral, consegue manter-se um estado de
equilíbrio psicossocial mais estável frente às ameaças do meio externo.
Estes podem ser os motivos crescentes para a busca do controle de estresse
no treinamento personalizado.
2.3.5 Motivação de Prazer
Para Cossenza (2005, p.45) “as pessoas que buscam a motivação no prazer
para treinar, são indivíduos que possuem automotivação”. Nesses tipos de pessoas,
a adesão ao exercício está mais relacionada às sensações de bem-estar e prazer do
que à crença a respeito dos benefícios a saúde.
33
A motivação de prazer, ocasiona as pessoas hábitos saudáveis e uma
regularidade do prazer de realizar o exercício físico, como por exemplo, ir a pé para
o trabalho, para o supermercado, padaria, lava o próprio carro, sobe e desce
escadas, e usa muito pouco o automóvel.
2.3.6 Motivação de Competitividade
Atualmente, direcionados por uma sociedade altamente globalizada, a
competição é um estímulo que nos impulsiona desde a mais tenra idade. Seja a
partir da educação formal, na escola, ou informal, pela família, televisão e outros
meios de comunicação.
Segundo Cossenza (2005, p.49):
O ser humano durante o seu desenvolvimento é fortemente influenciado a
competir, pois para conseguir alcançar seus objetivos deve se sobressair
sobre os demais. Esse desenvolvimento psico-físico-social do indivíduo
sofre influencias no esporte, já que o esporte é um precioso recurso de
socialização e movimentação corporal.
É nesse sentido que o atleta procura o personal trainer para desenvolver um
treinamento personalizado, para que possam melhorar suas capacidades físicas
dentro de suas modalidades esportivas.
Outro motivo pode ser por simplesmente um aluno querer mudar o seu físico
por alguma competição pessoal ou dentro da academia a qual treina.
34
CAPÍTULO III MÉTODO PILATES
O método Pilates, criado pelo alemão Joseph Hubertus Pilates (1880 – 1967),
é um método que ensina os indivíduos a conhecerem e respeitarem os seus corpos.
Segundo descreve Cruz (2013, p.82) “Joseph Pilates acreditava que o homem
deveria retornar às suas origens primitivas, em que o corpo era constantemente
solicitado como meio de sobrevivência”.
A luta diária pela vida, a fim de suprir as necessidades básicas do ser
humano, levava o corpo ao constante movimento, conduzindo esse homem
naturalmente ao desenvolvimento das capacidades físicas, intelectuais e morais,
estabelecendo, assim, a diferença entre os homens e os animais.
Durante a sua evolução, o homem primitivo passou de nômade a sedentário
ao desenvolver a agricultura, fixar-se na terra, trocar a moradia em cavernas por
casas, fixar residência e aprender a viver em sociedade. A atividade de subsistência
fez surgir o pensamento lógico, organizado, e o resultado produzido foi satisfação
moral e intelectual.
Joseph Pilates adotou o conceito de equilíbrio corpo-mente-espírito, criado
por Platão na Grécia Antiga, para fundamentar a contrologia. Os gregos acreditavam
que o homem pleno deveria ser portador de força física e superioridade intelectual e
moral. Com esse intuito, durante a prática da Contrologia, o indivíduo deveria buscar
esse objetivo, tornando os movimentos cada vez mais fluidos, precisos e
controlados. Para Joseph Pilates, somente com a devida concentração haveria,
como resultado, um intelecto e espírito fortes e saudáveis.
Em razão de sua infância de saúde frágil e doente, Joseph Pilates acreditava
que uma boa condição física estava intimamente relacionada à saúde, e saúde à
felicidade. Ele aprofundou seus conhecimentos em Fisiologia, Anatomia e Medicina
Tradicional Chinesa, praticou atividades físicas variadas, como mergulho, esqui,
ginástica e boxe, procurando melhorar sua saúde e condição física (CRUZ, 2013).
Segundo ensina Pilates e Miller (1945, p.18) “os benefícios da contrologia
devem ser obtidos em sua própria casa”. Preocupado com as políticas de saúde
pública de sua época, com a pouca qualidade de vida das pessoas e consciente de
que a prática de atividade física deveria ser constante e acessível a toda a
população, Joseph Pilates trouxe ao mundo a contrologia. A criação da Contrologia
também foi influenciada por dois métodos de exercícios físicos populares em sua
35
época: a Ginástica Moderna, introduzida na Alemanha, no século XIX, por Friedrich
Jahn (1813); e a Ginástica Calistênica, na Suécia, por Per Henrik Ling (1806).
Contrologia foi desenvolvida para dar energia, graça natural (leveza) e
habilidade que vai refletir no seu jeito de caminhar, jogar e no seu trabalho.
O principal resultado será amplificar o total controle da sua mente sobre o
completo controle do seu corpo. A Completa coordenação de corpo mente e
espírito (PILATES e MILLER, 1945).
A prática constante da contrologia proporcionaria ao homem moderno mais
vitalidade e energia para desfrutar os prazeres da vida (PILATES e MILLER, 1945),
com saúde e felicidade, e não apenas com o objetivo de construir um corpo perfeito
voltado para o ego. O resultado dessa prática vai ao encontro do conceito proposto
pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1946: "saúde é um completo estado
de bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças".
Atualmente, esse conceito é associado à qualidade de vida.
3.1 PRINCÍPIOS DO MÉTODO PILATES
O método de Pilates, evidencia que o movimento trabalhado de uma forma
diferenciada é o responsável por uma educação mais global e privilegiada de quem
o pratica.
Equilíbrio perfeito entre corpo e mente é aquela qualidade do homem
civilizado, que não somente dá a ele uma superioridade sob o reino
selvagem e animal, mas também provê ao mesmo todos os poderes físicos
e mentais que são indispensáveis para o atingir do objetivo da humanidade
saúde e felicidade (PILATES, 1934).
O método funciona de uma maneira para a amplitudes, articulação,
manifestação, aprimoração do movimento. Através da consciência corporal e
cinestésica uma boa postura e movimento dentro da biomecânica perfeita faz com
que o indivíduo tenha uma maior satisfação e qualidade de movimento é qualidade
de vida longe de lesões ou fraturas.
36
Segundo Pilates (2010, p.96) “praticamente todas as doenças estão
diretamente relacionadas a hábitos incorretos, que podem ser corrigidos apenas por
meio da adoção imediata de hábitos corretos (naturais e normais)”.
Joseph conseguiu provar isso com seu próprio corpo e a superação de suas
limitações pelas suas doenças. Pilates esclarece que um corpo e uma mente tem
que estar em completo equilíbrio um não pode ser subordinado do outro. Os dois
devem andar em completa harmonia para que tenha perfeita saúde. O auto controle
do corpo de do funcionamento dele faz com o indivíduo possa desenvolver
atividades sem lesões e sem estresse. Conhecimento do corpo faz com que tenha
controle e conhecimento de seus movimentos de forma adequada e integra.
O controle motor pode ser definido como segundo Sherman (2002, p.63)
como “o estudo da natureza e causa do movimento”. Isso faz com que pensemos de
onde vem o controle motor e nos faz ir mais longe sobre de onde vem o movimento
o que nos impulsiona a se mover.
Sherman (2002, p.67) reafirma que “uma função proprioceptiva deficiente, ou
seja, um controle e aprendizado motor inadequados, é fator de predisposição a
lesões, pois, quando a função proprioceptiva é deficiente há uma predisposição para
ocorrer mais lesões. Presumivelmente, as alterações nestes sistemas sensoriais
importantes conduzem a uma coordenação insatisfatória relativa de grupos
musculares na área funcional relacionada, isso mostra-nos que o indivíduo deve
abrir e aprender essa consciência corporal para aprimorar seu controle motor ativo.
Assim ter a capacidade de estabilização do corpo no espaço representaria um
ponto primordial e fundamental. Estudos realizados por Jull e Richardson (1995,
p.59) e por Hodges e Richardson (1999, p.64) “mostram e comprovam de que há
importância do fortalecimento dos músculos do tronco (core)”, em uma referência
também à estabilização da coluna lombar, para facilitar os movimentos das
extremidades. Outros, dois músculos teriam importância maior o transverso do
abdômen e os multífidos que juntos funcionariam de modo a aumentar a estabilidade
segmentar da coluna, através do controle da zona neutra segmentar. Goldstein et
al., (2002, p.72) “expande este raciocínio ao considerar a zona neutra segmentar
perigosa, pois nesta situação haveria um mínimo de suporte oferecido por
componentes articulares passivos, o que poderia predispor o segmento a forças
destrutivas”. Estes estudos reforçam a opinião de Pilates (1934, p.42) de que “o
controle de centro é o fator de maior importância para a realização correta dos
movimentos desejados”.
37
...a solução correta para as doenças atuais pode melhor ser obtida pelo
reconhecimento de que o desenvolvimento normal de corpo e mente é
possível, não colocando o corpo em desvantagem com relação à mente, ou
vice-versa, que seria o resultado da concentração somente na mente ou
somente no corpo, mas ao contrário, pelo reconhecimento das funções
mentais da mente e dos limites físicos do corpo, assim fazendo com que a
completa coordenação entre corpo e mente seja alcançada (PILATES,
1934).
Os princípios do método Pilates baseiam-se no controle da mente sobre o
corpo, bem como a precisão e leveza com que os movimentos devem ser realizados.
Segundo Cruz (2013, p.93) são seis princípios que norteiam o método Pilates,
assim como se descreve:
O primeiro princípio é a respiração, organização do tronco com a inspiração e
a expiração. A respiração mais fomentada é a diafragmática com expansão
abdominotorácica com atenção para a região posterior do tórax. Assegurando uma
ventilação adequada e uma expansibilidade ao tórax. Áreas normalmente pouco
ventiladas são estimuladas a se ativar através de estímulos táteis, dicas verbais e de
imagem, que aumentam o aprendizado motor.
O segundo princípio é o alongamento axial e controle de centro que são
conquistados efetivamente através da ativação correta do powerhouse, ou centro de
força, em uma referência à ativação do transverso do abdômen, oblíquo interno e
externo, multífidos, grande dorsal e assoalho pélvico, pois a contração desses
músculos cria um cinturão rígido na coluna.
O terceiro princípio é a organização efetiva do movimento através da
organização da cintura escapular, coluna torácica e cervical. Organizando elas, uma
melhor biomecânica é conquistada. Isso garante uma melhor respiração, postura e
biomecânica com melhor transferência de força pelo esqueleto.
O quarto princípio é o da articulação da coluna, que deve ser treinada para se
mobilizar em todas as direções, sendo que os movimentos inter segmentares de
cada vértebra poderão auxiliar na manutenção da postura adequada. A mobilidade
segmentar da coluna é conquistada através de movimentos articulados da coluna,
que acabam por ativar os multífidos, assegurando um bom suporte estrutural.
O quinto princípio é o alinhamento corporal e descarga de peso nas
extremidades superiores e inferiores. O bom alinhamento e descarga de peso
durante os exercícios são essenciais para a organização.
38
O sexto e último princípio, integração de movimento da pélvis, tórax, cabeça e
extremidades exige do indivíduo a integração de corpo e mente em uma combinação
dos cinco princípios antecedentes.
Sobre a integração referida no último princípio, propõe-se o movimento
correto da pélvis pelo espaço é essencial para o movimento funcional eficaz. A
integração das costelas com a pélvis pode facilitar o alongamento axial a flexão da
coluna, a flexão lateral e a rotação. A integração da cabeça ao tronco e
extremidades pode aumentar a estabilidade do pescoço em grandes amplitudes de
movimento e viabiliza a maior produção de forças nas extremidades.
Em colaboração Anderson (2002, p.71) comenta que:
Seguindo o raciocínio do corpo humano, qualquer mau posicionamento de
um segmento do corpo pode causar uma desorganização do todo. No
método Pilates o corpo é convidado a se alinhar. Essa organização
manutenção isométrica da musculatura estática organiza toda estrutura
funcional do corpo, desde ossos, músculos e articulações e mesmo os mais
superficiais. O resultado é a reorganização biomecânica e o movimento
eficaz.
Quando começamos a experimentar as recomendações do método Pilates, a
partir da prática de seus princípios, as modificações posturais e mecanismos de
respiração, inicia-se um processo de modificação tanto para o corpo como para a
mente, sem esse conhecimento, a perfeição física que resulta em uma vida normal
não pode ser obtida e a morte precoce não pode ser evitada (PILATES, 2010).
3.1.1 Os Benefícios para as Crianças e os Idosos
Assim como descreve Pilates (2010, p.96) “é ainda na infância que
adquirimos os bons e maus hábitos”. Então, por que não nos concentramos na
aquisição de bons hábitos apenas, para evitar que, no futuro, tenhamos a
necessidade de corrigir os maus.
Dessa forma, é de grande importância ensinar à criança os princípios maiores
do equilíbrio entre corpo e mente.
Antes de obter qualquer benefício resultante dos exercícios físicos, a pessoa
necessita aprender a respirar corretamente. Essa importante função requer instrução
individual por meio de exemplos.
39
Não é suficiente pedir a criança para inspirar e expirar. Ela deve aprender a
respirar, assim como adiquirir uma postura correta desde a infância. A "postura" é
grande preocupação, mas não se sabe a maneira correta de se posicionar.
As pessoas ouvem constantemente expressões como "cabeça para cima" e
"ombros para trás". Na tentativa de jogar os ombros para trás, o indivíduo forma um
arco no tronco, força as articulações dos ombros contra sua coluna dorsal e, o que é
mais prejudicial, o abdómen fica saliente.
Essas instruções não são naturais, não geram benefícios e representam
perigo para a saúde. O desejável não é jogar os ombros para trás, mas contrair o
abdómen e encher o peito simultaneamente.
A criança normal (sem informação), quando fica em pé com as mãos nos
bolsos, o abdômen saliente, os ombros curvados para a frente, as pernas
hiperestendidas, as articulações rígidas e os pés mal posicionados, não está se
beneficiando com todas essas posturas e não formará bons hábitos, mas tais
posturas certamente serão responsáveis por pernas arqueadas, joelhos em rotação
interna e, posteriormente, pés planos.Se a criança for ensinada sobre o certo e o
errado, ela naturalmente evitará o incorreto.
Em relação aos idosos, podemos esclarecer que, a aderência à prática de
atividades físicas por parte da população idosa deve ser sempre incentivada de
maneira gradativa. Dentre tantas opções de atividades físicas, o ideal é que o idoso
escolha uma onde possa executar exercícios que lhe agradem e motive, gerem bem
estar e qualidade de vida, seja ela a musculação, a yoga, o pilates, a caminhada, a
natação, dentre outras.
A chave do envelhecimento bem-sucedido está em garantir um estilo de vida
ativo. O método Pilates segundo Sacco et al. (2005, p.84), “baseia-se nos princípios
das filosofias e técnicas de movimentos orientais, como a yoga e artes marciais”
(sobretudo relacionadas às noções de concentração, equilíbrio, respiração,
percepção, consciência e controle corporal), e da cultura ocidental, em que se
destaca a ênfase relativa à força e ao tônus muscular, o método Pilates é uma
técnica dinâmica que visa trabalhar e aprimorar força, alongamento, flexibilidade,
coordenação motora e propriocepção.
No método Pilates, além dos exercícios realizados em decúbito ventral e
dorsal, sentado, ou em pé, Pilates também criou equipamentos específicos
compostos por molas a fim de desenvolver o seu método.
40
Os aparelhos mais utilizados são: reformer, cadillac ou trapézio, cadeiras,
barris e unidade de parede. Além de acessórios utilizados nos espaços que
oferecem o Método Pilates, como: magic circle, bolas suíças (que não foram
utilizadas originalmente por Pilates), elásticos, borrachas e halteres.
Os benefícios da atividade física para idosos são inúmeros, conforme Ramos
(2002, p.82), esses benefícios abrangem desde o campo físico até o social: aumento
da capacidade aeróbia; aumento na ventilação voluntária; melhora na flexibilidade;
melhora na resistência muscular localizada; aumento do conteúdo de minerais
ósseos; diminuição da resistência vascular; melhor tolerância à glicose; redução da
concentração de lipídios; melhora do estado de ânimo, aumento da vitalidade e
melhora significativa da qualidade de vida.
Esclarece-se ainda que, independentemente da idade, qualquer pessoa pode
ser beneficiada com este método que melhora a qualidade de vida e oferece
resultados rápidos, portanto, para se obter os benefícios do Pilates é preciso acima
de tudo ser disciplinado.
41
CAPÍTULO IV ESTUDO DE CAMPO
Através dessa pesquisa, buscou-se demostrar que o método Pilates ajuda de
maneira significativa no alívio de dores nas articulações ajudando a organização
funcional.
O estudo foi caracterizado com avaliação “antes-depois”. Foi utilizado para a
pesquisa um questionário para efeito de anamnese e juntamente com um protocolo
de avaliação de dor tabela EVA.
A população do presente estudo caracterizou-se por dez indivíduos, do sexo
feminino, na faixa etária de 40 ±78 anos, selecionadas intencionalmente, levando em
consideração a quatro critérios: (1) disponibilidade em participar do estudo e realizar
aulas do Método Pilates quatro vezes por semana, uma aula sendo individual e as
outras 3 em grupo, durante 6 meses totalizando 30 semanas; (2) não estar
participando de um outro programa de exercício ou condicionamento físico; (3)
realizar cinco avaliações.(4) ter dores nas articulações ou limitações nos
movimentos. Inicialmente cada participante foi submetida a um questionário de
anamnese, de imagem corporal e foram submetidas a uma avaliação postural para a
coleta de dados contendo informações sobre a rotina diária.
4.1 AS AULAS
As aulas tinham importância de serem em grupo para ajudar na
sociabilização. As sessões em grupo propiciam o estabelecimento de relações
interpessoais parceria e também na troca de experiências, Já as aulas individuais
permitem um apoio mais específico. As aulas duravam 60 min, em cada aula foi
enfatizada e incentivada à importância de manter um estilo de vida ativo, para que
sempre se mantenha a independência na velhice. A atividade física é uma estratégia
valiosa para que a saúde se mantenha estável.
São indiscutíveis os benefícios conquistados a partir da prática das atividades
físicas, pois com ela consegue-se adquirir um estilo de vida ativo e melhor.
O Pilates, proporciona todos os benefícios procurados, consegue-se, também,
o bem-estar do praticante, o aumento da flexibilidade, maior controle muscular,
melhor capacidade respiratória, sem falar que ele, também, auxilia no alongamento,
tonificação, definição da musculatura, dentre outros.
42
- Rotina: Foi criada uma rotina nos aparelhos sendo que eram estimulados
com, intensidade e velocidade diferentes. Para que acontecer uma progressão
gradativa nas aulas semanais.
Tabelas – 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 / Aulas.
AQUECIMENTO
MAT (SOLO) ADAPTAÇÕES
EXERCÍCIO REPETIÇÕES ADAPTAÇÕES DO EXERCÍCIO
SPINE STRETCH ALONGAMENTO DE COLUNA
6 FAIXA ELASTICA *ALUNAS COM DIFICULDADE
SPINE TWIST ROTAÇÃO DE COLUNA
6 BASTÃO APOIO NAS COSTAS
ROLL DOWN ROLAMENTO PARA BAIXO
6 FAIXA ELASTICA *ALUNAS COM DIFICULDADE
BRIDGE PONTE 6 EGURANDO O QUADRIL
SINGLE LEG CIRCLES
CIRCULO COM UMA PERNA
6 FAIXA ELASTICA *ALUNAS COM DIFICULDADE
THE HUNDRED CEM 100 PERNAS FLEXIONADAS E APOIADAS NA BOLA
DOUBLE LEG STRETCH
ALONGAMENTO DAS DUAS PERNAS
6 PERNAS FLEXIONADAS
SWAN PREP PREPARAÇÃO PARA CISME
6 MÃOS NO SOLO
SIDE BEND INCLINAÇÃO LATERAL
3 1 FASE; COM ANTE BRAÇO 2 FASE; COM BOLA APOIADA NA LATERAL FASE FINAL; PALMA DA MÃO NO SOLO
THE SCISSORS TESOURA 12 AJUDA PROFESSORA
SINGLE LEG KICK CHUTE COM UMA PERNA
12
THE MERMAID SEREIA 6 AJUDA PROFESSORA
MAT:
No Pilates Solo, a aluna depende
da força do próprio corpo para
conseguir desenvolve-lós, o centro
dos movimentos, no abdome e na
coluna lombar. Os exercícios se
tornam mais pesados no Pilates
Solo porque a aluna não tem a
ajuda do aparelho.
Mat adaptação:
Diminuímos a amplitude dos
movimentos. estabilizando a
coluna, criando bases e as
apoiando (MMSS/MMII)para que a
execução ocorre se sem
dificuldades.
Objetivo das adaptações: Criarmos
nas alunas confiança para
executar os movimentos.
entender a fluides necessária para
executa-lós, coordenação e
diminuir a ansiedade do que seria
o Pilates.
Resolução da aula:
a ansiedade foi quase nula quando
perceberam que estavam
executando os movimentos com
liberdade e autonomia. algumas
sentiam se negativas. mas após
conversa e alguns incentivos
mudavam o pensamento e se
animavam quando percebiam que
estavam executando, mesmo com
algum grau de dificuldade.
(criávamos facilitadores para o
movimento e o exercício fluía).
43
AQUECIMENTO
MAT (SOLO)
EXERCÍCIO REPETIÇÕES SPINE STRETCH ALONGAMENTO DE
COLUNA 12
SPINE TWIST ROTAÇÃO DE COLUNA
12
ROLL DOWN ROLAMENTO PARA BAIXO
12
BRIDGE PONTE 12 SINGLE LEG CIRCLES
CIRCULO COM UMA PERNA
12
THE HUNDRED CEM 100 DOUBLE LEG STRETCH
ALONGAMENTO DAS DUAS PERNAS
12
SWAN PREPARAÇÃO PARA CISME
12
SIDE BEND INCLINAÇÃO LATERAL
12
THE SCISSORS TESOURA 12 SINGLE LEG KICK CHUTE COM UMA
PERNA 12
THE MERMAID SEREIA 12
MAT:
execução completa dos exercícios
Objetivos:
Confiança na execução e
amplitude demovimentos.
respiração e ativação do assoalho
pélvico estabilização de coluna.
Resolução da aula:
Executar as 12 repetiçoes sem
parada
APARELHO REFORMER Barra DEITADA DEC
DORSAL EXERCÍCIO TRADUÇÃO REPETIÇÕES NIVEL FOOTWORK HEELS ON BAR HIGH HALF TOE LOWER & LIFT
TRABALHO DE PÉS CALCANHARES NA BARRA MEIA PONTA ABAIXAR E ELEVAR
10- 12
BÁSICO INTERMEDIÁRIO VARIAÇÃO DE MOLAS E INTENSIDADE
SECOND POSITION PARALLEL LATERALLY ROTATED MEDIALLY ROTATED
SEGUNDA POSIÇÃO PARALELO ROTAÇÃO LATERAL ROTAÇÃO MEDIAL
10- 12 BÁSICO
SINGLE LEG UMA PERNA 10 -12 BÁSICO APARELHO REFORMER ALÇA DE PÉS DEITADA DECUBITO
DORSAL BEND & STRETCH PARALLEL LATERALLY ROTATED MEDIALLY ROTATED
FLEXIONAR E ALONGAR PARALELO ROTAÇÃO LATERAL ROTAÇÃO MEDIAL
6-10 BÁSICO
LIFT & LOWER PARALLEL
ELEVAR E ABAIXAR PARALELO ROTAÇÃO LATERAL
6-10 BÁSICO
44
LATERALLY ROTATED MEDIALLY ROTATED
ROTAÇÃO MEDIAL
APARELHO REFORMER ALÇA DE MÃOS DEITADA DECUBITO DORSAL
MIDBACK SERIES TRICEPS PRESS STRAIGHT DOWN SIDE CIRCLES
SÉRIES DE COSTAS TRICEPS DESCENDO RETO LATERAL CIRCULOS
3-6 BÁSICO
APARELHO REFORMER SENTADA DE
FRENTE BACK ROWING PREPS HAT TREE
PREPARAÇÃO PARA REMADA DE FRENTE CHAPÉU ARVORE
3-6 3-6 3-6
BÁSICO
STOMACH MASSAGE
MASSAGEM DE ESTÔMAGO
10 BÁSICO
ELEPHANT ELEFANTE 10 BÁSICO KNEE STRETCHES ALONGAMENTO DE
JOELHOS 10 BÁSICO
MERMAID SEREIA 3-5 BÁSICO SINGLE TIGH STRETC
ALONGAMENTO DE UMA COXA
5 BÁSICO
APARELHO REFORMER SENTADA COSTAS BACK ROWING PREPS FRONT ROWING PREPS TRICEPS
PREPARAÇÃO PARA REMADA DE COSTAS PREPARAÇÃO PARA REMADA FRONTAL TRICEPS
3-6 BÁSICO
Reformer:
No Pilates com aparelhos, a aluna
tem auxilio das molas que facilitam
ou dificultam o exercício de acordo
com a necessidade. O centro dos
movimentos, continuam com foco o
abdome e na coluna lombar.
Reformer adaptação:
Começamos a criar amplitudes
maiores com auxilio das molas.
exploramos as possibilidades de
exigir mais das articulações,
movimentos mais lentos com
enfoque nas respirações.
Objetivo das adaptações:
criar condições aos alunos para
que possam executar a tarefa o
mais próximo da amplitude total
Resolução da aula:
criamos autonomia e confiança,
pois quando o aluno se depara
com a maquina cria em sua mente
um posicionamento de
arbitrariedade.
APARELHO CHAIR Pedais unidos FOOTWORK TOES APART HEELS TOGETHER
DEDOS AFASTADOS E CALCANHARES UNIDOS
10-12 BÁSICO INTERMEDIÁRIO
45
WRAP TOES HIGH HALF TOE HEELS ON PEDAL LOWER & LIFT
DEDOS ENVOLVENDO BARRA MEIA PONTA CALCANHARES NO PEDAL ABAIXAR E ELEVAR
VARIAÇÃO DE MOLAS E INTENSIDADE
CAT STANDING FRONT CAT STANDING SIDE CAT STANDING BACK
GATO EM PÉ DE FRENTE GATO EM PÉ DE LADO GATO EM PÉ ATRÁS
6-8 BÁSICO
MERMAIND KNEELING
SEREIA AJOELHADA 5 BÁSICO
SWAN DIVE FROM FLOOR
MERGULHO DO CISNE NO SOLO
5 BÁSICO
FORWARD STEP UP SUBINDO DE FRENTE
5 DE CADA PERNA BÁSICO
STANDING LEG PRESS
EM PÉ PRESSIONANDO COM A PERNA
5 DE CADA PERNA BÁSICO
CROSSOVER PRES EMPURRANDO CRUZADO
5 DE CADA PERNA BÁSICO
Chair:
Na chair, a aluna trabalha o
fortalecimento e a propriocepção.
Chair adaptação:
criou se apoio para as mãos,
auxiliar de coluna e apoio com a
long box para aumentar a
estabilidade.
Objetivo das adaptações:
como a Chair é um aparelho onde
a movimentação tem o foco MMII
e trabalha se muito na altura, foi
se encontrando apoio no solo para
que depois executassem
movimento no ar com liberdade.
Resolução da aula:
manter o equilíbrio sem alterar a
respiração. quando elas se
encontravam no ar completamente
livres a respiração ficava ofegande,
a ansiedade as dominava.
tirávamos dos pedais,
conversávamos e procurávamos
manter a atenção na execução, a
concentração, mas em alguns
momentos elas sempre suspiravam
ou tavam um grito (huruh) passava
me a impressão de que aquela
liberdade no ar as levava ao
extase. demorou um pouco
algumas aulas para que mante se
o foco na execução.
APARELHO CADILLAC ROLL DOWN (BARRA DE ROLAMENTO)
ROLAMENTO PARA BAIXO
3-5 BÁSICO
SCAPULA ISOLATION (BARRA TORRE)
MOBILIZAÇÃO DE ESCÁPULA
5-10 BÁSICO
PULL DOWN (BARRA TORRE)
PUXANDO PARA BAIXO
5-10 BÁSICO
PUSH THRU ON BACK (BARRA
EMPURRANDO DE COSTAS
5-10 BÁSICO
46
TORRE) ROLL UP (BARRA TORRE)
ROLAMENTO PARA CIMA
3-5 BÁSICO
CAT PREP (BARRA TORRE)
PREPARAÇÃO PARA O GATO
3-5 BÁSICO
SWAN CISNE 3-5 BÁSICO MERMAID SEREIA 3-5 BÁSICO FORWARD PUSH THRU
EMPURRANDO PARA FRENTE
3-5 BASICO
LEG PRESSES PERNA PERSSIONANDO
10 BÁSICO
Cadillac:
aplicamos a possibilidade de se
movimentar no Cadillac sem as
molas. como base para conhecer
os movimentos e o aparelho. e
fomos ao longo do trabalho
modificando e somatizando molas
ou subtraindo dependendo da
evolução do aluno.
Cadillac adaptação:
dividimos em cadeias musculares,
enquanto dávamos amplitude total
a um segmento muscular,
barrávamos o outro. dando
orientação de lateralidade,
posionamento e movimentação por
segmento.
Objetivo das adaptações:
dar orientação por segmento
muscular. desfragmentar o
movimento.
Resolução da aula:
mostrar que algumas maneiras de
se locomover ou movimentar
objetos estava de uma maneira
erronia dentro do contexto do
arquivo corporal. mas sem apontar
o defeito. dando a aluna
consciência corporal onde por si
ela ia se reorganizando e mudando
a execução de suas rotinas
corporais.
APARELHO BARREL BALLET STRETCHES FRONT SIDE BACK
ALONGAMENTO BALLET FRENTE LADO COSTAS
5-8 BASICO
Barrel:
alongamento
Cadillac adaptação:
long box, small box e a prancha do
barrel.
Objetivo das adaptações:
para atingir o objetivo proposto
muitas vezes o alongamento ainda
se encontrava dificultoso.
colocávamos o degrau maior ou
menor para possibilitar o
alinhamento da coluna e da cintura
escapular. nosso foco não era
alinhamento de MMSS e MMII.
Resolução da aula:
As dores. O barrel proporciona um
alongamento amplo..E a maior
dificuldade era manter o
alinhamento sem desorganizar,por
alguns segundo
APARELHO SPINER CORRECTOR
BRAÇOS
BREATING SIDE RESPIRANDO DE LADO
3
SCAPULA ISOLATION MOBILIZAÇÃO DAS ESCAPULAS
3-5
ARM SCISSORS TESOURA COM OS BRAÇOS
3-5
ARM CIRCLES CÍRCULO COM OS BRAÇOS
3-5
SIDE BENDS FLEXÃO LATERAL APARELHO SPINER
CORRECTOR PERNAS Decúbito ventral com
a coluna no ápce do arco e cabeça apoiada na base
SCISSORS TESOURA 8-10 BICYCLE BICICLETA 8-10
47
LOWER & LIFT ABAIXAR E ELEVAR 8-10 FROG SAPO 8-10 WINDMILL CATAVENTO 8-10 APARELHO SPINER
CORRECTOR PERNAS Decúbito dorsal com a
cabeça no solo e a coluna no arco
SCISSORS TESOURA 8-10 BICYCLE BICICLETA 8-10 LOWER & LIFT ABAIXAR E ELEVAR 8-10 FROG SAPO 8-10 APARELHO SPINER
CORRECTOR PERNAS Decúbito ventral
abdômen apoiado no ápce do arco, pés livres para lado da base de apoio
SCISSORS TESOURA 8-10 BIT BATIDAS 8-10 LOWER & LIFT ABAIXAR E ELEVAR 8-10 spainer:
estabilização de coluna e
fortalecimento de abdomem e
mobilidade de MMII
spainer adaptação:
diminuição de amplitude e
gradativamente fomos
aumentando, apartir do
fortalecimento muscular.
Objetivo das adaptações:
manter a estabilização da coluna e
desenvolver a força MMII e MMSS
Resolução da aula:
Atingir a amplitude total sem
comprometer a estabilidade da
coluna e sem flexionar os MMII
Aulas Individuais Psicomotricidade EQUILIBRIO
(CAT) QUADUPEDIA, EQUILIBRIO DE MMSS ALONGADO. DEPOIS DE MMII E EM SEQUENCIA AMBOS DE MANEIRA CONTRARIA
Barra de equilíbrio.
MOTRICIDADE FINA DOS MEMBROS SUPERIORES
PEAGAR OBJETOS PEQUENOS – TRABALHO DE PINÇA
BOLINHA DE GUDE ESTICAR OS DEDOS COM ELASTICOMENTRE ELES PREGADORES NO VARAL
MOTRICIDADE FINA DOS MEMBROS INFERIORES
PERCEPÇOES DE TAMANHOS E TEXTURAS DIFERENTES
CHUTE COM BOLA DE VARIADOS TAMANHO E PESO PUXAR A TOALHA
48
COM OS PÉS TROCAR DE CAIXA AS BOLINHAS DE GUDE COM OS PÉS
CONHECIMENTO DO CORPO
OBEDER A ORDEM DE COMANDO (EFETUAR MOVIMENTOS CORPORAIS)
PERCEPÇÃO MOVIMENTOS DE ROTINA DE AULA; EM UMA CAIXA COM ÁGUA . A ALUNA TEM QUE PESCAR UM PEIXE, EM BAIXO DELE TEM O DESENHO DE UM MOVIMENTO QUE ELA JÁ CONHECE DA ROTINA DE AULAS. ELA TEM QUE EXECUTAR O MOVIMENTO.
DOMINIO ESPACIAL
A ALUNA EXECUTA AS TAREFAS COM ORIENTAÇÃO VERBAL DO PROFESSOR.(EX;COLOQUE A CAIXA LONGA NO REFORMER, USE A MOLA AMARELA NO CADILLAC)
DOMÍNIO TEMPORAL
REPRODUZIR EM UM APARELHO O DE SUA ESCOLHA A ROTINA QUE MAIS GOSTA (DENTRO DA SEQUENCIA LOGICA QUE LHE FOI ENSINADO)
atividades individuais:
autonomia de movimento
atividades individuais adaptação:
não tivemos adaptação
Objetivo das adaptações:
não tivemos adaptação
Resolução da aula:
resolução de
problemas,executar sem
dificuldade
4.2 ANÁLISE DOS RESULTADOS
Tabela 8 – Demonstração.
OBJETIVO/AMOSTRA IDADE E SEXO
DURAÇÃO E INTERVENÇÃO
RESULTADOS
Objetivo: investigar o impacto dos exercícios do Método Pilates na melhora diminuição dor, a melhora funcional do corpo. Amostra:10 indivíduos, do Sexo feminino entre 40 e 73 anos, com dores nas pernas, articulações.
Intervenção: 4 vezes, sendo que 1 vez era aula individual e as outras em grupo numero de 3 alunas por aula. Durante um período de 30 semanas
1-Conclui se que após 30 semanas de treinamento a prática do Método Pilates. Percebeu-se uma melhora significativa na diminuição de dor. 2- observou se que há uma mudança positiva na vida cotidiana das participantes.
Fonte: Autora Andréia Cardoso V Sousa
O método apresen
controle, alinhamento, flui
que os exercícios integrem
Utilizou-se neste es
(EVA) foi utilizada para a
constituindo um instrumen
se de uma linha com as ex
Em uma extremida
máxima suportável”. Pede
dor presente naquele mom
Figura 1 – Escala V
Na análise da Esca
da dor.
Após a intervenção
Fonte: Autora.
Os exercícios de
redução da dor pode se
flexíveis reduzem o exces
motor funcional desta regiã
0
2
4
6
8
10
12
RB PF E DD
presenta seis princípios básicos fundamenta
o, fluidez nos movimentos, respiração e prec
tegrem estes princípios.
ste estudo o instrumento de avaliação a Escal
ara avaliação da dor, a qual caracteriza a in
rumento de auxílio para análise da evolução d
as extremidades numeradas de 0-10, conform
emidade da linha é marcada “ausência de do
Pede-se, então, para que o paciente avalie e
e momento.
cala Visual Analógica – EVA.
Escala Visual Analógica (EVA) observou-se q
nção com diferença estatística significativa, co
de Pilates oferecem melhorias na capaci
de ser atribuída à melhora da flexibilidade
excesso de compressão articular, promovem
a região.
DD LC PM V ML MV MAI
JAN
MA
MA
JUL
AUS
49
mentais: concentração,
precisão. É importante
Escala Visual Analógica
a a intensidade da dor,
ução do paciente. Trata-
onforme figura 1.
de dor” e na outra “dor
alie e marque na linha a
se que houve redução
iva, conforme gráfico1.
apacidade funcional, a
lidade global. Músculos
ovem o reaprendizado
JAN- DOR INTENSA
MAR- DOR
MAIO
JULHO
AUSENCIA DE DOR/LEVE
50
O resultado obtido foi que todos os problemas relacionados à dor
apresentaram resultados favoráveis ao relacioná-los aos encontrados antes do
tratamento e o programa de estabilização central é um método eficaz para se
conseguir uma melhor qualidade de vida.
51
CONCLUSÃO
O interesse pelo Pilates vem aumentando a cada dia, principalmente, pelas
mulheres que buscam flexibilidade, equilíbrio físico, fortalecimento dos músculos
abdominais, resistência muscular localizada e principalmente na melhora da
qualidade de vida.
Conclui-se que os exercícios de Pilates e atividades de Psicomotricidade
empregados neste estudo foram eficazes para a redução da dor nas articulações.
Em relação ao Método Pilates, Camarão (2004, p. 36) afirma que “é um
sistema de exercícios que possibilita maior integração do indivíduo no seu dia-a-dia”.
O Método Pilates trabalha o corpo como um todo, corrige a postura e realinha
a musculatura, desenvolvendo a estabilidade corporal necessária para uma vida
mais saudável e longeva. O indivíduo redescobre seu próprio corpo
Independentemente da idade, com a diminuição da dor consequentemente a
pessoas terá melhora na qualidade de vida.
52
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AJURIAGUERRA, J. Manual de psiquiatria infantil. Editora Barcelona, 1977.
ALVES, F. Psicomotricidade, corpo ação e emoção. Rio de Janeiro, Wak, 2012.
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