UNIVERSIDADE ANHANGUERA
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
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CONTABILIDADE GERENCIAL
Trabalho apresentado ao Curso de Ciências
Contábeis xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
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Santo André – SP
2014
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................5
2 QUAL O PRINCIPAL OBJETIVO DA CONTABILIDADE GERENCIAL?...................6
3 QUAIS OS TRÊS MACRO CONJUNTOS DE INFORMAÇÕES? EXPLICÁ-LOS........6
4 QUAIS SÃO OS OBJETIVOS DOS SISTEMAS CONTÁBEIS EM TERMOS
GERENCIAIS?...........................................................................................................................7
5 ONDE TERMINA A CONTABILIDADE FINANCEIRA E COMEÇA A
CONTABILIDADE GERENCIAL?..........................................................................................7
6 AS DEZ FUNÇÕES DO CONTADOR GERENCIAL......................................................7
7 QUAIS SÃO AS CARACTERISTICAS QUE O CONTADOR GERENCIAL DEVE
APRESENTAR?.........................................................................................................................8
8 CUSTEIO POR ABSORÇÃO.............................................................................................9
8.1 CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADE – ABC.......................................................9
8.2 GERENCIAMENTO CONTÁBIL ESPECÍFICO E A CONTABILIDADE DE
CUSTOS................................................................................................................................10
8.3 CONCEITOS FUNDAMENTAIS DOS CUSTOS E SEU COMPORTAMENTO.. 10
8.4 CUSTOS DIRETOS (CD).........................................................................................11
8.5 CUSTOS INDIRETOS (CI).......................................................................................11
8.6 CUSTOS FIXOS (CF)...............................................................................................11
8.7 CUSTOS VARIÁVEIS (CV).....................................................................................12
8.8 PERDAS.....................................................................................................................12
8.9 INVESTIMENTO......................................................................................................12
8.10 BASES DE RATEIO.................................................................................................13
8.11 MÉTODOS DE CUSTEIO........................................................................................13
8.12 CUSTO DIRETO OU VARIÁVEL...........................................................................13
9 DEFINIÇÃO DE PROCESSO..........................................................................................14
9.1 PROCESSOS E CONCORRÊNCIA.........................................................................14
9.2 PROCESSOS E TECNOLOGIA...............................................................................15
9.3 PROCESSOS E SERVIÇOS......................................................................................16
9.4 PROCESSOS E FUTURO DAS EMPRESAS..........................................................16
10 ORÇAMENTO E SUAS TÉCNICAS...........................................................................16
10.1 ORÇAMENTO E PROCESSO DE GESTÃO...........................................................16
10.2 PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO............................................18
10.3 COMPONENTES DO ORÇAMENTO DE UMA EMPRESA.................................18
11 CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................................................21
12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................23
1 INTRODUÇÃO
O presente estudo tem como objetivo abordar a importância da contabilidade
gerencial.
Para ajudar no entendimento do que é Contabilidade Gerencial, primeiramente
é fundamental compreender o que vem a ser a Contabilidade. De uma forma breve, a
contabilidade é a ciência que estuda, interpreta e registra os fenômenos que afetam o
patrimônio de uma entidade. Para Barros (2002, p. 01):Pode-se definir a Contabilidade como uma ciência social que estuda e pratica as funções de controle e de registro relativas aos atos e fatos da Administração e da Economia. Mais especificamente, trata-se do estudo e do controle do patrimônio das entidades (empresas). Isso é feito por meio dos registros contábeis dos fatos e das respectivas demonstrações dos resultados produzidos.
Dessa forma pode-se concluir então que a contabilidade é um sistema que tanto
no aspecto qualitativo como quantitativo aponta todos os acontecimentos e procedimentos
ocorridos em uma empresa. Como consequência a contabilidade vem se modificando e se
transformando em um meio de comunicação e análise empresarial.
Em um significado mais claro a contabilidade gerencial está direcionada
especialmente para a administração da empresa, procurando preencher informações
econômicas e financeiras que se acomodam de forma valida e eficaz no modelo decisório do
dirigente. Assim a contabilidade gerencial tem como perspectiva o abastecimento de
informações para os administradores. Segundo Marion (2005, p. 01):A Contabilidade é o grande instrumento que auxilia a administração a tomar decisões. Na verdade, ela coleta todos os dados econômicos, mensurando-os monetariamente, registrando-os e sumarizando-os em forma de relatórios ou de comunicados, que contribuem sobremaneira para a tomada de decisões.
Neste sentindo, pôde-se perceber que a Contabilidade Gerencial serve de
ferramenta de tomada de decisão. Dessa forma, como já foi mencionado, o objetivo desse
estudo é demostrar a importância da contabilidade gerencial, abordando seu principal
objetivo, os objetivos dos sistemas contábeis, relatando onde termina a contabilidade
financeira e onde começa a contabilidade gerencial, mencionando as dez funções do contador
gerencial, evidenciando as características que o contador gerencial deve apresentar, assim
como os três macroconjuntos de informações, e também apresentar a relevância dos processos
e das atividades nas empresas, os atributos necessários à tomada de decisão, e os conceitos
fundamentais dos custos e seu comportamento, além de demostrar os componentes de custos
das empresas, bem como suas projeções.
2 QUAL O PRINCIPAL OBJETIVO DA CONTABILIDADE GERENCIAL?
O principal objetivo da Contabilidade Gerencial é produzir informações
qualificadas, fazendo uma seleção dentro do mar de números, a fim de auxiliar no processo de
tomada de decisões. O enfoque da Contabilidade Gerencial deve estar no futuro, é pensando
nele que as informações devem ser analisadas e filtradas.
3 QUAIS OS TRÊS MACRO CONJUNTOS DE INFORMAÇÕES? EXPLICÁ-LOS.
Segundo a tipologia estabelecida por Padoveze (2000, p.34), existem três
macro conjuntos de informações; o primeiro conjunto para satisfazer a alta administração da
empresa, essas informações são caracterizadas por se apresentarem de forma sintética em
grandes agregados a fim de possibilitar ao administrador uma visão conjuntural da empresa,
tratam-se de informações sobre o todo empresarial e daí denominadas Gerenciamento
Contábil Global.
Um segundo conjunto de informações, objetiva suprir a demanda da média
administração, neste grupamento as informações são pouco mais detalhadas que a anterior,
mas ainda contém elevado grau de sintetização, tais informações objetivam o estabelecimento
de contabilidade por responsabilidade ou contabilidade divisional em que as informações
contábeis qualificam e quantificam a performance de unidades, divisões, departamentos
denominado de Gerenciamento Contábil Setorial.
Por último temos o Gerenciamento Contábil Específico, o qual fornece
informações detalhadas relativas às atividades operacionais, neste conjunto de informações
inexiste a visão de conjunto sendo as informações diretamente associadas a uma unidade e ou
setor específico.
4 QUAIS SÃO OS OBJETIVOS DOS SISTEMAS CONTÁBEIS EM TERMOS GERENCIAIS?
Segundo Atkinson et al. (2000, p. 45), os objetivos dos sistemas contábeis em
termos gerenciais seriam:Controle Operacional - Fornece informação sobre a eficiência e a qualidade das tarefas executadas.
Custeio do produto e do cliente - Mensura os custos dos recursos para se produzir, vender e entregar em produto ou serviço aos clientes.
Controle administrativo - Fornece informação sobre o desempenho dos gerentes e de unidades operacionais.
Controle estratégico - Fornecem informações sobre o desempenho financeiro e competitivo de longo prazo, condições de mercado preferência dos clientes e inovações tecnológicas.
5 ONDE TERMINA A CONTABILIDADE FINANCEIRA E COMEÇA A CONTABILIDADE GERENCIAL?
Mas onde começa a Contabilidade Gerencial e termina a financeira, ou seja,
conforme Iudícibus (1998, p.22), onde é o ponto de ruptura? Os relatórios mais utilizados pela contabilidade financeira são: o balanço patrimonial, a demonstração de resultado, a demonstração das mutações do patrimônio líquido, demonstrativo de fluxo de caixa, demonstração das origens e aplicações de recursos. A gerencial utiliza: orçamentos, relatórios de custos, relatório de desempenho e outros facilitadores da tomada de decisão. Enquanto os primeiros possuem uma frequência regulamentada, anual, mensal, os últimos são elaborados de acordo com a necessidade da administração da entidade Padoveze (2000, p.31).
6 AS DEZ FUNÇÕES DO CONTADOR GERENCIAL.
1. Garantir que as informações cheguem às pessoas certas no tempo certo;
2. Fazer compilação, síntese e análise da informação;
3. Fazer planejamento perfeito com objetivo de se chegar a um controle eficaz, ou seja,
controlar as atividades da empresa;
4. Elaborar relatórios padrões para facilitar sua interpretação;
5. Avaliar e assessorar os gerentes e o presidente;
6. Organizar o sistema de informação gerencial a fim de permitir à administração ter
conhecimento dos fatos ocorridos e seus resultados;
7. Comparar o desempenho esperado com o real;
8. Pensar e planejar a administração tributária;
9. Elaborar relatórios para o governo e entidades oficiais;
10. Proteger os ativos da empresa;
11. Fazer avaliação econômica para tomada de decisões;
12. Propor medidas corretivas a fim de melhorar a eficiência da empresa.
7 QUAIS SÃO AS CARACTERISTICAS QUE O CONTADOR GERENCIAL DEVE APRESENTAR?
Podemos definir como característica do contador gerencial a precisão e a
defesa dos interesses da empresa, pois os administradores querem que o controller forneça
dados e números precisos e pertinentes à decisão que será tomada, querem inclusive que ele
recomende qual deve ser a decisão, mesmo que não seja esta a decisão tomada pela alta.
O contador gerencial deve ser uma pessoa altamente qualificada, com
profundo conhecimento dos princípios contábeis, pois é ele quem definirá e controlará todo o
fluxo de informações da empresa, fazendo com que, como já foi dito anteriormente, as
informações corretas cheguem aos interessados dentro de prazos adequados e que a
administração superior só receba informações úteis à tomada de decisões.
Segundo Sérgio de Iudícibus (1987, p. 23) o contador gerencial deve apresentar
as seguintes características:Saber tratar, refinar e apresentar de maneira clara, resumida e operacional dados esparsos, contidos nos registros da contabilidade financeira, de custos etc., bem como juntar tais informes com outros conhecidos não especificamente ligados à área contábil, para suprir a administração em seu processo decisório. Deve estar ciente de certos conceitos de microeconomia e observar as reações dos administradores quanto à forma e conteúdo dos relatórios. Deve ser elemento com formação bastante ampla, inclusive de conhecimento, senão das técnicas, pelo menos dos objetivos ou resultados que podem ser alcançados com métodos quantitativos.
8 CUSTEIO POR ABSORÇÃO
O sistema de custeio por absorção um dos mais antigos sistemas é o único
aceito para fins fiscais. Neste método, os custos variáveis são alocados diretamente ao objeto
de custeio, enquanto que os custos indiretos são rateados, todos os custos são absorvidos pelo
objeto de custeio, ou seja, este sistema de custeio não está preocupado em fazer distinção
entre custos fixos e variáveis.
Crepaldi (2007) salienta que além de apropriar todos os custos à produção do
período, o custeio por absorção também exclui os gastos não fabris, ou seja, as despesas.
A premissa fundamental de sistema é separar custos e despesas, sendo que os custos são
apropriados aos produtos, para, no momento da venda, ser confrontados com as receitas
geradas, e as despesas são lançadas diretamente no resultado do período.
8.1 CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADE – ABC
O custeio baseado em atividades – ABC surgiu como um método de mensurar
os custos como forma de apoio a gestão, nele os custos variáveis são alocados diretamente ao
objeto de custeio, enquanto que, os custos indiretos são rastreados e na impossibilidade de
efetuar-se tal rastreamento, eles são rateados.
Para Crepaldi (2007), esse é um sistema que se baseia, na premissa de que são
as atividades e não os produtos que provocam o consumo de recursos e elas que formarão os
custos do produto. Desta forma no cálculo do gasto unitário do produto, são levados em
consideração tanto os custos diretos quanto os indiretos e, em alguns casos, as despesas.
A principal crítica dos defensores do custeio por atividades está relacionada
com o custeio convencional, pois ele ignora as diferenças importantes entre produtos e
serviços, mercados e clientes, sobre os quais incorrem diferentes custos indiretos. Quanto
mais linhas de produtos, maiores distorções irão resultar das práticas de custeio descritas
acima. Com o custo distorcido, alguns produtos são sobrecarregados, enquanto outros são
subsidiados.
Segundo Martins (2010), o método de custeio baseado em atividade opera com
três formas de alocação dos custos: alocação direta faz-se quando existe uma identificação
clara, direta e objetiva de certos itens de custos com certas atividades; rastreamento, feito com
base na identificação da relação entre a atividade e a geração dos custos; e rateio realizado
apenas quando não há a possibilidade de utilizar nem a alocação direta nem o rastreamento.
8.2 GERENCIAMENTO CONTÁBIL ESPECÍFICO E A CONTABILIDADE DE CUSTOS
O gerenciamento contábil específico trata das técnicas de custeamento dos
produtos contabilização e controle dos custos e informações gerenciais para a tomada de
decisão fornecendo um detalhamento maior sendo seu foco principal o produto dentro das
divisões possibilitando assim uma maior aproximação da administração da empresa com cada
produto, sendo impossível desenvolver a contabilidade de custos, ponto fundamental do
gerenciamento contábil específico, sem conhecer o produto. Pois quando se conhece os
produtos ofertados pela empresa, as possibilidades para o gerenciamento contábil aumentam.
Torna-se evidente a necessidade de um eficaz controle de custos de cada
produto e esse nível de gerenciamento traduz os dados fornecidos pela contabilidade de custos
de cada produto, em informações extremamente úteis à administração.
Borneia (2002) afirma que com a alta concorrência e devido à alta tecnologia
que está minimizando os custos cada vez mais, o sistema de custos recebe elevada
importância para a sobrevivência da organização, e suas informações tornam-se essenciais
para orientar os empreendedores a uma decisão eficiente que conduza a resultados imediatos
para a empresa.
Portanto a escolha de um método de custeio adequado a cada situação
específica é de fundamental importância, pois poderá contribuir para que as organizações
permaneçam atuantes no mercado, principalmente pelo fato de estabelecerem princípios
orientadores de gestão consistente e de grande utilidade para o dirigente da organização. Para
Martins (2003) os sistemas de custeio são métodos de apropriação de custos com a finalidade
de utilizá-los como elementos de informação.
8.3 CONCEITOS FUNDAMENTAIS DOS CUSTOS E SEU COMPORTAMENTO.
O conceito de custo é associado ao montante de gastos incorridos para se obter
um bem ou realizar um serviço, ou seja, custo é um desembolso de caixa, ou seu equivalente,
ou o compromisso de pagar em espécie no futuro, com o propósito de gerar receitas.
Martins (2003) refere-se a custo como gasto relativo à bem ou serviço utilizado
na produção de outros bens e serviços. O autor ainda salienta que o custo é também um gasto,
só que reconhecido como tal, isto é, como custo no momento da utilização dos fatores de
produção para a fabricação de um produto ou execução de um serviço. Na realidade o custo
representa um benefício usado imediatamente ou diferido para um período de tempo futuro,
que for usado imediatamente, então o este custo será uma despesa, tal como despesa de
salário, se for diferido, então o custo será um ativo, tal como equipamento. Quando o ativo é
usado, é reconhecido como despesa, tal como a despesa de depreciação.
8.4 CUSTOS DIRETOS (CD)
São custos alocados de forma objetiva, podem ser diretamente apropriados aos
produtos, bastando haver uma medida de consumo. Normalmente a apropriação é feita por
medições constantes anotadas na ficha técnica do produto sendo que o controle do consumo é
efetuado de forma individual e direta. Outra característica dos custos diretos é que eles não
necessitam de rateios. Exemplo: matéria-prima, embalagens, mão-de-obra direta podem ser
apropriados diretamente ao produto.
8.5 CUSTOS INDIRETOS (CI)
São os gastos industriais que não podem ser alocados de forma direta ou
objetiva aos produtos ou a outro segmento ou atividade operacional, e caso sejam atribuídos
aos produtos, serviços ou departamentos, será por meio de critério de rateio. São também
chamados de custos comuns, de modo que não podem ser identificados, ou seja, em virtude de
não oferecer condição de uma medida objetiva, qualquer tentativa de alocação tem de ser feita
de maneira estimada e muitas vezes arbitrária. Exemplo: Depreciação; a empresa deprecia
linearmente, isto é, valores iguais por período, e não por produto (indireto).
8.6 CUSTOS FIXOS (CF)
Custos são considerados fixos quando tendem a manterem-se constantes nas
alterações de atividades operacionais. São os que num período têm seu montante fixado não
em função de oscilações na atividade, independem do volume de produção. Exemplo:
Depreciação das máquinas da fabrica; supervisor de produção; aluguel, IPTU, seguros, entre
outros.
8.7 CUSTOS VARIÁVEIS (CV)
São os custos que variam de acordo com o volume de produção, quanto maior
o volume de produção maiores serão os custos variáveis totais. Em outro conceito podemos
ainda afirmar que são todos os custos que variam de valor na proporção direta do nível de
atividades. Exemplo se para produzir uma unidade de um determinado produto se gasta R$
5,00 em matéria – prima, o custo será variável se ao produzir duas unidades, gastar-se R$
10,00 percebe-se que o custo variou na mesma proporção que o volume produzido.
8.8 PERDAS
Bem ou serviço consumidos de forma anormal e involuntária. A perda não se
trata de despesa ou custo. Não é despesa porque não se destina a obtenção de receita, e não é
custo porque não entra no processo de produção.
Constituem-se em eventos econômicos negativos ao patrimônio empresarial,
que não são habituais e eventuais. Normalmente ocorrem em função de fenômenos da
natureza como chuva, secas, enchentes, vendavais assim como também deterioração anormal
de ativos, perdas de créditos excepcionais, capacidade ociosa anormal, etc.
A perda é contabilizada diretamente à conta de Resultado. Exemplos: Sinistros,
estoques obsoletos, PDD, etc.
8.9 INVESTIMENTO
Gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a futuros
períodos pode se transformar em custo, despesa ou perda. Exemplo: Aquisição de Matéria-
prima; Aquisição de Móveis e utensílios; Aquisição de Imóveis.
São gastos necessários as atividades produtivas, de administração e de vendas,
que beneficiarão períodos futuros: portanto ativos de caráter permanente e de longo prazo,
que por meio de depreciação ou amortização irão tornar-se custos ou despesas dependendo de
sua origem ou natureza.
8.10 BASES DE RATEIO
São conjuntos de dados que de alguma forma se relacionam com o tipo de
custo a ser rateado. Não há uma regra que define quais são as bases de rateio a serem
empregadas, elas são definidas pelo livre arbítrio do contador por essa razão são chamadas de
arbitrárias.
As bases de rateio podem ser mais simples ou mais complexas. Por exemplo, para ratear o
custo da manutenção mecânica pela lógica podemos utilizar como base de rateio as horas
apontadas nos serviços prestados deste departamento, já que a manutenção “vende” o tempo
dos técnicos.
A aplicação de um modelo simples ou complexo resulta em diferentes
quantidades de custos transferidos para cada usuário e por consequência para os produtos. Em
virtude disto a importância de que a base de rateio seja criteriosa.
8.11 MÉTODOS DE CUSTEIO
Os métodos de custeio têm o potencial de contribuir para que as organizações
permaneçam atuantes no mercado, pelo fato de estabelecerem princípios orientadores de
gestão consistente e de grande utilidade para o dirigente da organização. As empresas podem
apropriar os custos aos produtos ou serviços por meio da escolha entre diversos métodos, mas
como afirmam alguns autores quanto maior a fidelidade do sistema de custeio ao processo
produtivo, maior será a possibilidade de se obter boa qualidade das informações.
8.12 CUSTO DIRETO OU VARIÁVEL
Os custos variáveis são alocados ao objeto de custeio, enquanto que, os custos
indiretos são transferidos diretamente para o resultado o que de certa forma, fere os Princípios
Contábeis, notadamente quando reconhece despesas do período antes da sua realização. Este
fato ocorre quando os custos indiretos são lançados no resultado do exercício
independentemente da sua venda.
Martins (2010, p.198) define o custeio direto ou variável como aquele em que
só são alocados aos produtos os custos variáveis, ficando os fixos separados e considerados
como despesas do período, indo diretamente para o resultado, para os estoques só vai como
consequência, custos variáveis.
Conforme Crepaldi (2007) o custeio variável, que também é conhecido como
custeio direto consiste em atribuir como custo de produção do período apenas os custos
variáveis. Os custos fixos por existirem mesmo que não haja produção, não são considerados
como custo de produção, mas sim como despesas, portanto são encerrados diretamente contra
o resultado do período. Ou seja, tanto o custo dos produtos vendidos quanto o estoque de
produtos acabados e em elaboração, só conterão custos variáveis.
9 DEFINIÇÃO DE PROCESSO
Processos são definidos como uma série sistemática de ações direcionadas para
a consecução de uma meta (JURAN, 1995).
Outra definição de processo é a de Campos (1999), que visa a ideia de
operações sucessivas paralelas que proporcionam um resultado, geralmente como parte de um
ciclo global de produção, de um produto ou de um serviço.
Categorias básicas de processos utilizados nas atividades empresariais:
Processos de Negócio – são os processos que descrevem o desempenho da
empresa e são apoiados por outros processos internos, revertendo-se no produto ou serviço
que é recebido por um cliente externo;
Processos Organizacionais – são processos focados na organização
possibilitando o desempenho coordenado dos vários subsistemas da organização em busca do
seu funcionamento geral, assegurando suporte adequado aos processos de negócio;
Processos Gerenciais – são os processos focados nos gestores e nas suas
relações, agregam as ações de medição e ajuste do desempenho da organização.
9.1 PROCESSOS E CONCORRÊNCIA
Os processos costumam ser para as atividades empresariais o princípio das
competências, fazendo dessa forma a diferença em termo de concorrência, além da influência
que podem ter a estratégia, os produtos, estrutura e a indústria.
Esses processos empresarias não criam apenas as eficácias de hoje, como
asseguram o futuro por intermédio de destrezas que se ajustam aos novos produtos.
A inovação ágil dos processos pode ocasionar em capacitações organizacionais
melhoradas que possibilitam, por exemplo, que os novos produtos sejam produzidos com
mais eficiência.
Processos que fazem relação à capacidade de geração de valor ao cliente
podem ser divididos em:
Primários – agregam atividades que criam valores para os clientes;
Suporte – são os processos que asseguram o apoio necessário ao
funcionamento adequado dos processos primários.
É fundamental observar que os processos primários são os processos de
negócio e que os processos organizacionais e os gerenciais, de acordo com a definição são
processos de suporte.
Os processos nas atividades empresariais de uma maneira geral podem ser:
Internos – quando tem seu inicio, sua execução e finalização dentro da mesma
empresa;
Externos – são aqueles que podem ser intra-organizacionais, ou seja, aqueles
que envolvem diversas empresas diferentes para sua realização.
9.2 PROCESSOS E TECNOLOGIA
A ausência de um consenso sobre o conceito de processos empresariais e a
aplicação apenas específica desse conceito na administração das empresas, esclarece parte
dessa limitação em obter resultados pelas empresas. A compreensão sobre o funcionamento
das organizações tem sido muito restrita, que resta muito a ser feito para aperfeiçoá-lo.
O uso do conceito de processo cresce à medida que as empresas trabalham com
a essência cada vez mais intelectual, disponibilizando produtos cada vez mais ricos em
valores intangíveis.
Os métodos e práticas da gestão empresarial deverão se adaptar às
organizações que visivelmente, estão se alicerçando por processos. Atualmente, existe uma
predisposição focada nas atividades e habilidades peculiares individuais, com decorrente
perda da visão de processo e das habilidades de equipe. Os padrões de controle das empresas
deverão ser reestruturados para que possam vir a ser úteis na gestão dessas empresas.
9.3 PROCESSOS E SERVIÇOS
O conceito de processo nas empresas prestadoras de serviços, por exemplo,
visam às atividades empresariais como de suma importância, tendo que a sequência das
atividades nem sempre são visíveis, nem pelo lado do cliente e nem por quem executa essa
atividade.
9.4 PROCESSOS E FUTURO DAS EMPRESAS
É de suma importância compreender o funcionamento dos processos
empresariais e seus tipos existentes, para a determinação de como eles deve ser coordenado
para se obter o resultado máximo. Afinal, cada espécie de processo tem suas características
específicas e deve ser administrados de maneira específica.
10 ORÇAMENTO E SUAS TÉCNICAS
DEFINIÇÃO
O orçamento é ferramenta de controle por excelência de todo o processo
operacional da empresa, pois envolve todos os setores da companhia.
O orçamento não deixa de ser uma repetição dos relatórios gerenciais atuais, só
que com os dados previstos. Portanto, não há nada de especial para se fazer orçamento,
bastando apenas colocar no sistema de informação gerencial os dados que deverão acontecer
no futuro.
10.1 ORÇAMENTO E PROCESSO DE GESTÃO
O processo de gestão da empresa caracteriza-se pelo planejamento, execução e
controle. O planejamento compreende o planejamento estratégico, o planejamento operacional
e a programação.
Desta maneira, o sistema orçamentário faz parte completa do processo de
gestão, fundamentalmente nas fases de planejamento operacional, programação e controle.
OBJETIVOS
O objetivo do plano orçamentário não é apenas prever o que vai acontecer e
seu posterior controle. Ponto fundamental é o processo de estabelecer e coordenar objetivos
para todas as áreas da empresa, de forma que todos trabalhem sinergicamente em busca de
lucros.
Os principais princípios para implantação de um sistema orçamentário são:
a) Envolvimento dos gerentes: os gerentes devem participar ativamente
dos processos de planejamento e controle, para obtermos o seu
comprometimento.
b) Orientação para objetivos: o orçamento deve se direcionar para que os
objetivos da empresa sejam atingidos eficiente e eficazmente.
c) Comunicação integral: compatibilização entre o sistema de
informações, o processo de tomada de decisões e a estrutura
organizacional.
d) Expectativas realísticas: para que o sistema seja motivador, deve
apresentar objetivos que sejam desafiadores, mas passíveis de serem
cumpridos.
e) Aplicação flexível: o sistema orçamentário não é um instrumento de
dominação. O valor do sistema está no processo de produzir os planos,
e não nos planos em si. Assim, o sistema deve permitir correções,
ajustes, revisões de valores e planos.
f) Reconhecimento dos esforços individuais e de grupos: o sistema
orçamentário é um dos principais instrumentos de avaliação de
desempenho etc.
10.2 PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO
O orçamento normalmente é feito em três etapas:
a) Previsão;
b) Reprojeção;
c) Controle.
A fase de previsão comporta todo o trabalho de cálculo propriamente dito, em
que colocamos no papel aquilo que a empresa espera e prevê que aconteça para o próximo
exercício.
Na segunda etapa, os dados orçados são submetidos aos setores responsáveis e,
após o retorno (feedback) das peças orçamentárias e respectivas críticas, faremos o acerto das
previsões iniciais.
A etapa de controle é a última etapa, em que verificaremos se os objetivos
previstos foram atingidos, através da análise das variações, em que se analisará o desempenho
das áreas de responsabilidade e eventuais correções necessárias a serem feitas.
10.3 COMPONENTES DO ORÇAMENTO DE UMA EMPRESA
COMPONENTES DO ORÇAMENTO
COMPONENTES FINALIDADES
Orçamento de Vendas
É a etapa inicial de todo o processo
orçamentário e pode afetar a lucratividade da
empresa. Trata-se de uma estimativa que
determina quanto de um produto será
vendido por um determinado preço e
período. Nas indústrias a natureza, qualidade
e quantidade dos produtos são definidas a
partir de uma estimativa de vendas, que
contém o fator básico das projeções de
lucros.
Orçamento de Produção
Define as necessidades de Matérias-primas;
Visa atender as vendas orçadas e definir os
níveis de estoques a serem mantidos; Define
a necessidade de Mão-de-Obra; Concilia: o
atendimento ao orçamento de vendas, a
otimização dos custos de produção e a
minimização dos investimentos em estoques;
Orçamento de Matéria-prima
O orçamento de matéria-prima é um plano
que especifica as quantidades de matéria-
prima, inclusive tipo do material a ser
adquirido, períodos, preços e unidades de
negócios a serem atendidas.
Orçamento de mão-de-obra direta
O orçamento de mão-de-obra direta visa
estabelecer a quantidade e o custo de horas
trabalhadas aplicadas diretamente na
produção, distribuídas por produtos,
departamentos e períodos.
Orçamento dos custos indiretos de
fabricação
Os gastos gerais de fabricação abrangem
todos os custos fabris, no qual não são
atribuídos diretamente no produto. Por tanto,
precisa de um critério de rateio para que seja
agregado o CIF ao custo dos produtos.
Exemplo: Materiais indiretos, energia
elétrica, telefone, aluguel da fábrica, seguro e
depreciação de máquinas.
Orçamento do custo de produção e do
custo de vendas
O orçamento dos custos dos produtos
vendidos compreende todos os gastos que a
empresa tem no processo de produção, tais
como, materiais, mão de obra direta e os
custos indiretos de fabricação. É uma
ferramenta importante, que permite calcular
os custos dos produtos vendidos e avaliar os
estoques, através da apuração dos custos
unitários dos produtos acabados e dos que
estão em elaboração.
Orçamento de despesas comerciais e
administrativas
O orçamento de despesas com vendas tem
por objetivo prever os gastos necessários
para a realização das vendas. “As despesas
de vendas são compostas de Despesas com
pessoal de vendas, Comissões sobre vendas,
Propaganda e publicidade, Provisão para
devedores duvidosos, Viagens e
representações, Fretes e carretos etc.”.
Orçamento do fluxo de caixa
O orçamento de caixa tem como objetivos
básicos determinar o saldo de caixa no final
do período orçado e estabelecer da maneira
mais precisa valores e datas em que
ocorrerão os pagamento e recebimentos.
Orçamento do resultado
O orçamento da demonstração de resultados
espelha o resultado final da operação de uma
empresa. Nesta demonstração podemos
verificar o lucro ou prejuízo de um
determinado período projetado, na maioria
das vezes as empresas almejam o lucro
líquido.
Orçamento do Balanço Patrimonial
O orçamento do balanço patrimonial é
apurado para verificação das contas
patrimoniais de uma determinada instituição.
Com o balanço patrimonial projetado
concluído conseguimos calcular alguns
índices financeiros importantes para análise,
como por exemplo, os índices de liquidez
geral e seca.
11 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho buscou relatar um pouco sobre a importância da
Contabilidade Gerencial nos dias de hoje através de pesquisas em livros e artigos relacionados
ao assunto. Com base nos estudos foi possível apontar o principal objetivo da contabilidade
gerencial que é nada menos que produzir informações qualificadas, a fim de auxiliar no
processo de tomada de decisões, dessa forma podemos concluir que a contabilidade gerencial
foca no futuro, pois é pensando nele que as informações devem ser analisadas. Existem três
macro conjuntos de informações: o Gerenciamento Contábil Global que é para satisfazer a
alta administração da empresa; o Gerenciamento Contábil Setorial que objetiva suprir a
demanda da média administração; e o Gerenciamento Contábil Específico que fornece
informações detalhadas relativas às atividades operacionais.
Podemos observar os objetivos dos sistemas contábeis em termos gerenciais
que são: Controle Operacional; Custeio do produto e do cliente; Controle administrativo; e
Controle estratégico. Além de analisarmos o ponto de ruptura entre a contabilidade financeira
e a contabilidade gerencial e apontar as funções do contador gerencial, assim como evidenciar
as caraterísticas que o mesmo deve apresentar.
Ainda, através deste estudo foi possível sintetizar os conceitos fundamentais
dos custos e seu comportamento, obtendo a conclusão de que o custo nada mais é do que um
desembolso de caixa, ou seu equivalente, ou o compromisso de pagar em espécie no futuro,
com o propósito de gerar receitas. Podemos identificar também a grande importância dos
processos e das atividades nas empresas, e os tributos necessários à tomada de decisão, pois é
de suma importância compreender o funcionamento dos processos empresariais e seus tipos
existentes, para a determinação de como eles deve ser coordenado para se obter o resultado
máximo.
Por fim, vimos que o orçamento é ferramenta de controle por excelência de
todo o processo operacional da empresa, pois envolve todos os setores da companhia, dessa
forma apresentamos os principais componentes de orçamento que uma empresa industrial
deve conter: Orçamento de Vendas; Orçamento de Produção; Orçamento de Matéria-prima;
Orçamento de mão-de-obra direta; Orçamento dos custos indiretos de fabricação; Orçamento
do custo de produção e do custo de vendas; Orçamento de despesas comerciais e
administrativas; Orçamento do fluxo de caixa; Orçamento do resultado; e Orçamento do
Balanço Patrimonial.
Podemos concluir então que a contabilidade Gerencial é um meio de
informação muito importante para o bom funcionamento de uma organização.
12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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