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FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
Título:Regimento Escolar e a organização do trabalho pedagógico na escola pública
Autor Marisa Missako Tanaka
Escola de Atuação Colégio Estadual Maria José Pegoraro de Souza-EM
Município da escola Leópolis
Núcleo Regional de Educação Cornélio Procópio
Orientador Roberta Negrão de Araújo
Instituição de Ensino Superior UENP - Campus de Cornélio Procópio
Disciplina/Área Pedagogia
Produção Didático-pedagógica Regimento Escolar: uma construção coletiva
Relação Interdisciplinar
Público Alvo Equipe Pedagógica e Conselho Escolar
Localização Rua Rui Barbosa, 282 - Centro
Apresentação:
O Regimento Escolar é o documento que normatiza as ações do coletivo escolar, assegurando a legitimidade do Projeto Político Pedagógica. É importante fonte de pesquisa e direcionamento para a comunidade escolar, sendo que esta o conhece superficialmente, restringindo-se geralmente às questões referentes aos direitos e deveres ou quando ocorrem casos de indisciplina que necessitem de sua consulta. Assim, é imprescindível ser repensado no âmbito escolar, como documento articulador. Diante deste contexto, propomos o problema de pesquisa: De que forma o Regimento Escolar pode consolidar-se como instrumento de autonomia e democracia no espaço escolar? O objetivo principal versa em conscientizar o Conselho Escolar e a Equipe Pedagógica da importância do Regimento Escolar como documento normatizador, além de ressignificá-lo como instrumento de autonomia e democracia no espaço escolar. Com o intuito de atingi-lo desenvolveremos ações tendo o envolvimento da Equipe Pedagógica e o Conselho Escolar. Para tanto proporcionaremos encontros para reflexão da temática e fundamentação teórica. Após coleta de dados empíricos, este serão
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analisados e socializados com os envolvidos, tendo como objetivo a superação das dificuldades no âmbito escolar.
Palavras-chave Regimento Escolar; Gestão democrática; Projeto Político-Pedagógico: Legislação
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UNIDADE DIDÁTICA Regimento Escolar: uma construção coletiva
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Professora PDE: Marisa Missako Tanaka Área PDE: Pedagogia NRE: Cornélio Procópio Professora Orientadora IES: Ma. Roberta Negrão de Araújo IES vinculada: UENP – Campus de Cornélio Procópio Escola de Implementação: Colégio Estadual Maria José Pegoraro de Souza - EM Público objeto da intervenção: Equipe Pedagógica e Conselho Escolar 1 GESTÃO DEMOCRÁTICA Compreendermos a essência da palavra democracia bem como o seu
significado, nos remete a uma reflexão sobre nossas práticas e, automaticamente,
nos motiva a conhecer o processo democrático instaurado em nosso país.
Atualmente muito tem se falado acerca deste termo, mas temos presenciado poucas
atitudes em nossa sociedade acerca do mesmo e, infelizmente também, em nosso
meio educacional. Diante desse contexto, entender e conscientizar da importância
de vivenciarmos uma sociedade que preze pela democracia é fundamental. Desta
forma, teremos mais condições, sobretudo nas escolas, de presenciar e trabalhar
uma cidadania plena que, segundo Gentili (2000), deve ser fundamentada em
valores de liberdade, igualdade, autonomia, respeito à diferença e às identidades,
solidariedade, tolerância e desobediência a poderes totalitários. Somente assim
poderemos caminhar nesse complexo processo democrático.
No fim da década de 1980 os princípios educacionais de autonomia e
gestão democrática foram garantidos através Constituição Federal (1988), quando
Mendonça (2000, p.92) afirma que,
A luta pela democratização dos processos de gestão de educação no Brasil, está relacionada aos movimentos mais amplos de redemocratização do país e aos movimentos sociais reivindicatórios do país a proposta da gestão democrática da escola sempre foi uma bandeira de vários movimentos que, entendendo que eram necessárias mudanças na escola no sentido de superar as estruturas burocráticas, apontavam para a democratização da escola.
Nessa época surgiram vários movimentos populares que reivindicaram
procedimentos mais transparentes, numa perspectiva de participação mais efetiva
da população, visando a democratização da gestão do próprio Estado e com o
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aprofundamento do processo de democratização política da sociedade brasileira,
concomitantemente, o processo educacional perpassa por grandes reestruturações,
e um dos pontos principais dessa mudança é a descentralização.
A descentralização é concebida como uma transferência de autoridade legal e política, para planejar, tomar decisões e gerir as funções políticas, de um governo central para outras unidades de governo ou corporações semipúblicas, organizações da sociedade civil etc.., estando intimamente ligada a um princípio de reforma do Estado, ou seja,de elaboração de novas formas de relação deste com a coisa pública e com a sociedade civil. (ABRANCHES, 2003, p.13)
Refletir sobre a descentralização no contexto educacional, nos leva a
uma busca histórica acerca dos movimentos sociais que pleiteavam uma gestão
democrática nas instituições de ensino público, segundo Mendonça (2000, p.92),
A luta pela democratização dos processos de gestão da educação no Brasil está relacionada aos movimentos mais amplos de redemocratização do país e aos movimentos sociais reivindicatórios de participação. Na sua especificidade, porém, esta luta está também e particularmente vinculada a uma crítica ao excessivo centralismo administrativo, à rigidez hierárquica de papéis nos sistemas de ensino, ao superdimensionamento de estruturas centrais e intermediárias com o conseqüente enfraquecimento da autonomia da escola como unidade da ponta do sistema. A proposta da Gestão Democrática da escola sempre foi uma bandeira de vários movimentos que, entendendo que eram necessárias mudanças na escola no sentido de superar as estruturas burocrático-formais, hierarquizadas, apontavam para a democratização da escola.
Com o início da reforma do Estado sendo instaurada, a
descentralização tem como fator essencial o fortalecimento da democratização nas
instituições das redes de ensino público. Os termos, autonomia e descentralização
são amplamente utilizados em nossos meios educacionais, como fatores
preponderantes, de uma prática democrática, Pacheco afirma,
A gestão democrática não pode ser confundida somente com a execução participativa das atividades educacionais. Ela deve interferir também na formulação das políticas educacionais e no seu planejamento. Uma gestão democrática é, portanto, um processo que envolve as fases no campo educacional assegurando, em todos esses momentos, a participação da comunidade educacional. (2009, p.40)
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) nº
9394/96, assegura para a educação básica, princípios da gestão democrática, a
participação e autonomia nos estabelecimentos de ensino público, em dois de seus
artigos:
Artigo 3º - O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: VIII – gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino; Artigo 14 - Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão
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democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: I – participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; II – participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.
De acordo com a referida lei, as escolas são amparadas para que tais
práticas sejam efetuadas. Porém, constata-se que a realidade escolar, encontra-se
em descompasso entre o legal e o real, ficando muitas vezes, aquém, desse
almejado processo de gestão democrática.
O estabelecimento de ensino e suas respectivas comunidades
escolares necessitam ter um engajamento coletivo, político e pedagógico, pois a
prática pedagógica requer reflexão crítica, sobre sua própria atuação no processo de
construção, todo processo inerente à educação, delonga tempo e aceitação por
parte dos protagonistas envolvidos, mas faz-se necessário, pois segundo Paro,
Se a verdadeira democracia caracteriza-se, dentre outras coisas, pela participação ativa dos cidadãos na vida pública, considerados não apenas como “titulares de direito”, mas também como “criadores de novos direitos”, é preciso que a educação se preocupe com dotá-los das capacidades culturais exigidas para exercer essas atribuições, justificando-se, portanto, a necessidade de a escola pública cuidar, de modo planejado e não difuso, de uma autêntica formação democrata. (2007, p.25)
A autonomia escolar, na LDBEN nº9394/96, é tratada em dispositivo
que prevê no art. 15 “os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares
públicas de educação básica que os integram progressivos graus de autonomia
pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas gerais de
direito financeiro público”.
As escolas e, principalmente quem nelas atua, têm que ter clareza do
que seja autonomia e como isso ocorre na prática e no seu interior, pois o exercício
da autonomia necessita ser praticado e conquistado diariamente. Azanha reforça
dizendo que “[...] o magistério como um todo precisa ser educado para esse
exercício”. (1992, p.40).
A autonomia escolar somente será possível se a instituição escola
assumir responsabilidades com o processo educativo. Libâneo (2004, p.142), afirma,
que a “[...] autonomia de uma instituição significa ter poder de decisão sobre seus
objetivos e suas formas de organização”. Em nossa sociedade, cujo sistema
predomina o capitalismo, onde se contempla o individualismo, concorrência, a
produtividade, cujos valores da competição, da exploração do mais fraco
predominam, a educação conseqüentemente, acaba refletindo esse tipo de
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sociedade, contribuindo para a reprodução desses valores acima citado, Orso
reforça afirmando “é necessário lutar pela educação, lutando simultaneamente pela
transformação da sociedade” (2008,p.56).
O compromisso da escola pública é, portanto, bastante grande e
complexo, pois é um desafio ético e político. Gentili afirma,
Em outras palavras, não se pode educar para a autonomia através de práticas heterônimas, não se pode educar para a humanidade a partir de práticas autoritárias e não se pode educar para a democracia a partir de práticas autocráticas. A Formação de cidadãos e cidadãs é, ao mesmo tempo, um desafio ético e político. No desafio ético da formação cidadã, se põe em jogo o caráter constitutivamente político da ação educativa. (2000, p.149)
O caminho a percorrer é longo, mas se faz necessário e urgente,
pois sociedade e escola não são instituições isoladas, estão entrelaçadas, os
educandos são cidadãos inseridos nesses dois contextos, portanto indissociáveis,
“[...] é preciso que a própria escola e as demais organizações da sociedade adotem
práticas democráticas. A adoção de um estilo participativo de administração da
educação constitui uma forma concreta de contribuir para o desenvolvimento da
democracia na escola e na sociedade” (SANTOS FILHO, 2001, p.16).
Devemos nos engajar para que a democratização aconteça nas
relações no interior da escola, é um lento processo de construção, que demanda
amadurecimento, respeito às diferenças de pensamentos e posicionamentos, numa
perspectiva de desconstrução das práticas autoritárias, encontradas ainda latentes
em nossas escolas, essa articulação, ocorrendo concomitantemente, na medida do
possível, com o processo de democratização da sociedade.
2 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Quando pensamos em escola, muitas vezes, não temos uma dimensão
do complexo emaranhado que ela representa e quais necessidades reais para um
funcionamento eficaz. Parte-se do pressuposto que seja pautada em princípios
éticos e democráticos, direcionado à luz de um conhecimento epistemológico, de
uma educação que priorize uma cultura humanística do ser em detrimento do ter,
que proporcione uma emancipação humana, que oferte pressupostos ideológicos,
filosóficos, políticos e culturais, dentre outras.
A escola necessita de um leme, de um princípio norteador, que
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contenha objetivos e finalidades para onde quer chegar, o quê deseja formar, de que
forma formar, de uma normatização estabelecendo ponto de partida e tentativas de
ponto de chegada.
A educação, entretanto, diferentemente talvez de outros campos científicos nas ciências humanas e naturais, é um campo de saber e de prática que não pode subsistir sem a admissão de sua normatividade. Essa dimensão é, portanto, algo cuja expressão não consiste apenas em descrever aquilo que é, mas exige também admitir uma direção para aquilo que deve ser. (POLICARPO; RODRIGUES, 2010, p.96)
A LDBEN nº 9394/96 estabelece a obrigatoriedade da elaboração do
projeto político-pedagógico nas instituições de ensino, em seu Artigo 12, inciso I,
consta que, os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do
seu sistema de ensino, terão a incumbência de elaborar e executar sua proposta
pedagógica.
Os Artigos 13 e 14 definem as atribuições dos docentes e dos
profissionais da educação, especificamente em relação ao projeto político-
pedagógico:
Art. 13 I.participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino. Art. 14 I.participação dos profissionais de educação na elaboração do projeto pedagógico da escola.
Ao falarmos sobre Projeto Político Pedagógico (PPP) é necessário
conceituar a palavra projeto. A explicação vem de Ferreira (1995, p.532), ao afirmar
no sentido etimológico, que ela provém do latim projectu, particípio passado do
verbo projecere, que significa lançar para frente. As dimensões político e
pedagógico, Veiga descreve, afirmando:
[...] é um projeto político por estar intimamente articulado ao compromisso sociopolítico com os interesses reais e coletivos da população majoritária. É político no sentido de compromisso com a formação do cidadão para um tipo de sociedade. [...] no pedagógico reside a possibilidade da efetivação da intencionalidade da escola, que é a formação do cidadão participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo. Pedagógico, no sentido de definir as ações educativas e as características necessárias às escolas de cumprirem seus propósitos e sua intencionalidade. (2002, p.13)
Numa retrospectiva acerca do projeto político-pedagógico, faz-se
necessário destacar, que governos anteriores, já norteavam caminhos para possível
elaboração, ou simplesmente menção sobre o mesmo, Galera confirma dizendo
No Estado do Paraná, os governos Álvaro Dias 77/80 e Requião 91/94 já trazem a proposta do Projeto Político Pedagógico como um caminho para a Gestão democrática e o governo Requião 91/94 em
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sua proposta de “Uma Escola Cidadã” tem como uma das principais políticas “a universalização do ensino básico”. Com essa relação, percebe-se que os governos do Paraná há muitos anos tem uma política alinhada aos órgãos de financiamento internacionais, sejam eles da esquerda ou da direita. (2003, p.127)
O programa educacional adotado pelo governo de Roberto Requião, no
ano de 1993, intitulado “Paraná: Construindo a Escola Cidadã”, marca o início da
elaboração do PPP nos estabelecimentos de ensino no Paraná. Segundo Gadotti
(1999), as características da Escola Cidadã estão sustentadas por um pressuposto
mais amplo: o da maior autonomia das escolas na definição do seu projeto político –
pedagógico. Tal proposta enfatizava a gestão democrática, autonomia e o
envolvimento da comunidade na elaboração do documento, mas apresentou muitas
fragilidades, e uma delas, foi a ação política implementada pela proposta, com a
ação da prática pedagógica nas escolas, ou seja, quando não há envolvimento por
parte dos protagonistas, e a falta de comprometimento de uma articulação da
mantenedora fundamentando a teoria, não há incorporação da ação, Cavagnari
afirma
Ao implantar o Projeto “Construindo a escola cidadã”, a administração estadual não considerou o projeto político pedagógico como instrumento articulador de todas as demais ações. Tratou Regimento Escolar, eleição de diretores, Conselho Escolar, Avaliação, o próprio projeto político pedagógico e as “inovações educacionais” separadamente, evidenciando de maneira clara a fragmentação de ações. (1998, p.104)
A gestão Lerner, que compreendeu os anos de 1995 a 2002, estava
de acordo com a política vigente nacional do neoliberalismo. Na esfera educacional
deu ênfase ao “Projeto Qualidade no Ensino Público do Paraná”. Há uma mudança
nesse governo, em torno da concepção de gestão democrática para a gestão
compartilhada, o grande foco do programa é a gestão, seja dos aspectos
pedagógicos, seja dos aspectos administrativos da escola. O objetivo é ter uma
escola melhor gerenciada, que resulte em mais e melhor educação para os alunos.
(SEED/PR, 2001. p.5), ou seja, as escolas seguem modelos gerenciais, tais como as
empresas. As Associações de Pais e Mestres (APM) passaram a desempenhar
funções de extrema relevância dentro do contexto escolar, na gestão compartilhada
o cerne, é o envolvimento dos diversos segmentos da sociedade para dentro da
instituição escolar, com o intuito de que as mesmas possam cada vez mais
responsabilizar-se pela escola, minimizando responsabilidades do Estado.
A gestão compartilhada propõe o maior envolvimento da sociedade e
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de todos os segmentos interessados em educação, o que representa na prática, o repasse gradual das responsabilidades do Estado para a escola, e para a comunidade escolar, indica a adesão ao corolário do neoliberalismo e a proposta de um “Estado Mínimo” (PARRA, 2008, p.107)
Quando nos apropriamos desse entendimento, construir um projeto é
pensar em algo possível, sistematizando numa organização de planejamento para a
realização de objetivos a médio e longo prazo de serem exeqüíveis, é ver
possibilidades de mudança e transformação no local almejado.
Em nossa sociedade contemporânea, há uma necessidade de planejar
o futuro, para que o presente possa se efetuar de maneira plena, pois os
atrelamentos dos compromissos profissionais, familiares e sociais, implicam numa
busca cada vez mais presente, no domínio sobre o tempo, do espaço e das próprias
relações, refletimos nesse contexto, quando Gadotti afirma
Todo o projeto pressupõe rupturas com o presente e promessas para o futuro. Projetar significa quebrar um estado confortável para arriscar-se, atravessar um período de instabilidade e buscar uma nova estabilidade em função da promessa que cada projeto contém de estado melhor do que o presente. Um projeto educativo pode ser tomado como promessa frente a determinadas rupturas. As promessas tornam visíveis os campos de ações possíveis, comprometendo seus valores e autores. (1994, p.579).
Sob essa abordagem, temos na escola a perspectiva de construção de
novas posturas, possibilidades de novos olhares e de diferentes práticas e relações,
pois necessitamos, muitas vezes, sairmos da nossa zona de conforto, em busca de
resultados, que nos permitam conquistas como sujeitos ativos do processo, ou seja,
lançar para frente, e isso envolve o comprometimento e amadurecimento de todos
os envolvidos no contexto escolar.
O direcionamento de uma instituição escolar, permeia na construção de
um Projeto Político-Pedagógico, cuja estrutura principal norteia as ações educativas,
segundo Neves,
É um instrumento de trabalho que mostra o que vai ser feito, quando, de que maneira, por quem, para chegar a que resultados. Além disso, explicita uma filosofia e harmoniza as diretrizes da educação nacional com a realidade da escola, traduzindo sua autonomia e definindo seu compromisso com a clientela. É a valorização da identidade da escola e um chamamento à responsabilidade dos agentes com as racionalidades interna e externa. Esta idéia implica a necessidade de uma relação contratual, isto é, o projeto deve ser aceito por todos os envolvidos, daí a importância de que seja elaborado participativa e democraticamente. (2005, p.110)
O Projeto Político Pedagógico é fundamental em nossa práxis escolar,
é ele que garante a identidade, as particularidades e hegemonia de cada
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estabelecimento de ensino, é uma construção que se dá de maneira gradativa,
requer a participação e o envolvimento de todos os segmentos representativos e
participativos da comunidade escolar, é um processo sempre inconcluso, requer
sempre ser retomado, reavaliado e realimentado, necessita de uma articulação entre
a teoria e a prática, caso contrário, será apenas mais um documento burocrático,
sem utilidade, fadado a ser engavetado, uma realidade muito comum encontrada no
interior das nossas escolas.
A elaboração do projeto político-pedagógico sob a perspectiva da inovação emancipatória é um processo de vivência democrática à medida que todos os segmentos que compõem a comunidade escolar e acadêmica participam dela, tendo compromisso com seu acompanhamento e, principalmente, nas escolhas das trilhas que a instituição irá seguir. Dessa forma, caminhos e descaminhos, acertos e erros não serão mais responsabilidade da direção ou equipe coordenadora, mas do todo que será responsável por recuperar o caráter público, democrático e gratuito da educação estatal, no sentido de atender os interesses da maioria da população. (VEIGA, 2003, p.279)
Visto sob a ótica da concepção emancipatória, o PPP assume o
compromisso político de democratização de acesso a todos, contemplando no
ambiente escolar de forma igualitária, as diversidades existentes, geralmente
excluídos pelo próprio sistema. É necessário assegurar,
[...] trabalho educativo que garanta o acesso e a permanência na escola, a socialização do conhecimento historicamente produzido, a valorização do conhecimento e da cultura produzidos na prática social, a desmistificação das ideologias e a democratização das relações no interior das escolas. (SOUZA, 2005, p.15)
É priorizar uma prática de gestão democrática, pautada numa
construção, através das dificuldades cotidianas, dos conflitos existentes e inevitáveis
das relações entre os protagonistas, mas que pode se consolidar com a efetivação
da consciência política e social de uma comunidade que almeje uma escola, que
prime pela oferta de um ensino de qualidade, que esteja voltada às discussões e as
resoluções das problemáticas cotidianas, onde a participação das instâncias
colegiadas esteja bem fundamentadas e fortalecidas, concernentes as suas
atribuições, para que as ações sejam efetivadas de maneira verdadeira.
A gestão democrática é, portanto atitude e método. A atitude democrática é necessária, mas não é suficiente. Precisamos de métodos democráticos de efetivo exercício da democracia. Ela também é um aprendizado, demanda tempo, atenção e trabalho. (GADOTTI, 2004, p.04)
Otimizar. Essa perspectiva é essencial em nosso cotidiano escolar, pois
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teorizar a democracia é meramente sofismo, a vivência em nossa prática profissional
nos mostra que as relações democráticas são complexas e constantes, exigem
muitos enfrentamentos, mas também proporcionam grandes momentos de
aprendizagens e de crescimento, não podemos relegar essa prática, pois ao
constarmos em nosso projeto político-pedagógico, que desejamos alunos críticos,
participativos e transformadores, a nossa responsabilidade é extensa, pois de algum
modo, os educandos esperam com esperança essa luz transformadora, que
ocorrerá através da educação. O sistema educacional deve nos fornecer condições
estruturais, pedagógicas e financeiras, mas quem pode contribuir e fazer a diferença
para essa transformação da prática social em nossos educandos, somos nós
educadores!
3 REGIMENTO ESCOLAR
A pesquisa dos diversos momentos históricos faz-se necessária por
acreditar que conhecendo a história teremos melhores condições de entender o
processo que levou à construção e elaboração dos Regimentos Escolares, assim
como entender o contexto educacional nos convida a compreender as
possibilidades, os desafios inerentes a época, e conseqüentemente a refletir sobre
as práticas da democratização, autonomia nas instituições públicas.
Em 1968 o Conselho Estadual de Educação (CEE) do Estado do
Paraná, realizou “[...] pela primeira vez, estudos de áreas regimentais, para orientar
as escolas na elaboração de seus regimentos, firmando-se como um modelo para o
Sistema”. (WATANABE, 1999, p. 65).
Na década de 1970, o CEE, por meio da Deliberação 27/72,
normatizou pela primeira vez a elaboração dos Regimentos Escolares dos
estabelecimentos de ensino de 1º e 2º grau, conforme relato
[...] a instituição dos regimentos escolares relaciona-se ás práticas autoritárias do regime militar sob o qual se encontrava o país, sendo possível apreender a intenção de controle e disciplinamento do comportamento e das relações na e da escola, adequando-os á manutenção da ordem vigente. (PARANÁ/SEED, 2007, p.11)
A instituição dos Regimentos Escolares nas escolas públicas estatais
relaciona-se às práticas ditatoriais da época, tendo como objetivo central, o controle
dos comportamentos dos profissionais da educação e da instituição de ensino, onde
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prevaleciam “Situações de subordinação, política, técnica e financeira de estados e
municípios frente ao governo federal” (LOBO, 1990, p. 7). Nessa época, o
Regimento Escolar nada mais era do que um instrumento utilizado, de preservação
dos princípios hierárquicos, centralizadores e autoritarismo do poder.
No ano de 1991 a Secretaria de Estado da Educação editou a
Resolução nº 2.000/91, contrariando os princípios democráticos, preconizava um
modelo de Regimento Escolar Único para os estabelecimentos de ensino estatais,
em descontentamento a isso, o Conselho Estadual de Educação, através da
Deliberação 020/91, no Art. 1º, parágrafo único estabelece: “A elaboração do
Regimento Escolar, por expressar a organização da forma jurídica e político-
pedagógica da unidade escolar, é atribuição específica de cada estabelecimento de
ensino, vedada a elaboração de regimentos únicos para um conjunto de
estabelecimento” (PARANÁ, 2007, p.11). Em 1993, através da Resolução
Secretarial nº 6.280 SEED/PR, continua a manter o modelo de Regimento Escolar
Único, para os estabelecimentos de ensino. Após um ano, especificamente em
1994, a Resolução Secretarial nº 4.839, revoga a determinação da elaboração dos
Regimentos Escolares Únicos, portanto, reconhecendo a Deliberação nº 020/91 do
Conselho Estadual da Educação.
Em 1985 o Brasil caminhava rumo ao viés do processo de
democratização, onde os apelos de vários segmentos clamavam por mais liberdade,
nesse ano é expedida pela Secretaria Estadual de Educação, a Resolução
Secretarial nº 323/85, que reforçava a força da sociedade dessa época,
[...] considerando que os regimentos escolares vigentes nas escolas são expressões, de um modelo político autoritário em questionamento e em processo de superação”, afirma ser necessário adequá-los a uma escola mais democrática, de forma que retifica alguns dispositivos da Resolução anterior, dando uma nova redação, em um claro esforço de democratizar as relações na escola, pois dilui o poder assentado na figura do diretor escolar nos demais “órgãos cooperados”, assim como também retira a autoridade de “cancelar” matrículas. Essa Resolução traduz os anseios de abertura política que dominavam o país e o Paraná nessa época histórica. (PARANÁ/SEED, 2007, p.11)
A Secretaria de Estado da Educação (SEED/PR), por meio da
Resolução nº 4.839/94, legitimou as normas contidas na Deliberação nº 020/91-CEE,
aprovando os Regimentos Escolares da Rede Pública Estadual. Posteriormente
revogados e substituídos pela Deliberação nº 016/99-CEE, ainda em vigor. A citada
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deliberação, aprovada em 12 de novembro de 1999, pelo Conselho Estadual da
Educação do Paraná, estabelece o Regimento Escolar como,
Art.1º - A organização administrativa, didática e disciplinar dos estabelecimentos do Sistema Estadual de Ensino do Paraná será regulada pelos respectivos regimentos escolares, observados os princípios constitucionais, a legislação geral e as normas específicas, particularmente as fixadas nesta Deliberação.
Para auxiliar as escolas na (re)elaboração do documento, a SEED/PR
imprimiu, em 2007, a primeira versão do “Caderno de Apoio para Elaboração de
Regimento Escolar”, atualmente está na terceira impressão, com o nome alterado
para “Subsídios para elaboração do Regimento Escolar”. É um modelo pronto que foi
encaminhado pela Secretaria de Estado da Educação, para as escolas estatais.
Neste subsídio de apoio é citado, no prefácio, que a construção foi realizada
coletivamente, subentende-se que as instituições de ensino estatais, com suas
respectivas comunidades escolares, em conjunto com os Núcleos Regionais da
Educação, fizeram parte integrante desse documento, pautando-se também na
gestão democrática,
Este Caderno de Apoio para Elaboração do Regimento Escolar, construído coletivamente, é um instrumento relevante que orienta e define as normas estabelecidas na legislação vigente que são utilizadas e aplicadas por todas as escolas da rede pública de ensino. (PARANÁ/SEED, 2007, p.9)
Este documento se constitui em um texto referencial, no qual os princípios democráticos, adotados pela Secretaria de Estado da Educação, são a base de promover a discussão, a reflexão e a tomada de decisão pelo coletivo da escola, na busca de respostas às questões relativas ao desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem, as quais devem ser regulamentadas e legitimadas pelo Regimento Escolar que irá se construir. (PARANÁ/SEED, 2007.p.10)
Sem dúvida este material serviu como referência de apoio para as
escolas (re)elaborarem o Regimento Escolar, embora os estabelecimentos de
ensino, talvez, não tivessem um aprofundamento necessário para as
fundamentações e embasamentos legais, das legislações estaduais e federais que
são específicas na construção dos regimentos, não as tornam inapta do processo
de participação e decisão das práticas educacionais. É imprescindível que na gestão
democrática esteja presente a discussão e a consulta ao coletivo escolar, como
mecanismo real de democracia.
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É importante ressaltar, a ausência de reflexão crítica, concernente a
participação coletiva da comunidade escolar no processo da (re) construção da
mesma, pois,
As instituições, como as escolas, são historicamente desconhecedoras do poder que realmente tem. Ou ainda, são desconhecedoras do que representa a autonomia coletiva, a autonomia social. Na verdade, estão colocadas tradicionalmente na contramão do desenvolvimento da autonomia, seja ela individual, seja ela coletivamente social. Isto representa dizer que o processo de desenvolvimento da autonomia coletiva nas escolas requer uma mudança institucional, ou melhor, uma mudança na cultura institucional dessas escolas. (SOUZA, 2003, p. 16).
A autonomia de uma instituição escolar e dos profissionais que ali
trabalham, é extremamente complexa, pois exige consciência social e política, que
implica em fundamentar-se e ampliar os conhecimentos do que seja efetivamente
uma gestão democrática. De nada adianta, termos uma Lei de Diretrizes e Bases
que nos garantam princípios de autonomia e democracia, se as pessoas que
compõem a comunidade escolar, não souberem o verdadeiro sentido do significado
político da palavra autonomia, segundo Neto e Silva (1998, p.8) a autonomia é, pois,
o resultado do equilíbrio de forças numa escola entre os vários detentores de
influência. A autonomia da escola pressupõe a autonomia de seus atores. É uma
conquista a ser galgada continuamente, individualmente e coletivamente. O trabalho
coletivo, reflexivo, nos permite caminhar na busca de um direcionamento, onde
todos compartilham de objetivos afins, em prol de uma mudança, capaz de ser mais
significativa e transformadora no interior da escola.
Segundo a Indicação 007/99 do CEE,
[...] A elaboração do projeto pedagógico é o primeiro exercício da autonomia. O regimento só pode decorrer desse projeto pedagógico. Caso contrário, não passará de um amontoado de regulamentos colocados lado a lado, mas sem nada que lhes dê coesão e sentido. Daí porque não pode ser da mesma forma que o projeto pedagógico, trabalho que se possa cobrar a curto prazo, sob pena de se criar, como alerta o Cons. Arthur Fonseca F°, uma “indústria da elaboração de propostas” e de regimentos, com finalidade exclusivamente burocrática. (p.11)
O Projeto Político Pedagógico é parte fundamental nesse processo de
democratização e autonomia na instituição escolar, pois desvela por meio da ação
reflexiva, os rumos traçados pelo coletivo, na busca operacional das ações possíveis
de serem transformadas, Veiga afirma que [...] projeto político pedagógico passa
pela relativa autonomia da escola, de sua capacidade de delinear sua própria
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identidade. Isto significa resgatar a escola como espaço público, lugar de debate, do
diálogo, fundado na reflexão coletiva (2005, p.14). O PPP retrata as peculiaridades,
necessidades e anseios reais de uma comunidade escolar, quando construído de
modo realístico e verdadeiro, onde o coletivo da escola é mobilizado a participar
através de debates, de questionários, de diálogos, de participação efetiva nas
tomadas de decisões, sente-se como parte integrante do processo, iniciando-se aí
uma real possibilidade de transformação.
O Regimento Escolar é quem vai legitimar e normatizar as ações
constadas nesse projeto. Caldieraro (2006, p. 28) afirma que o Regimento Escolar é
o documento originado do PPP que disciplina a vida escolar. Nesse contexto, é
essencial ter clareza, quando Veiga (1995), afirma
O regimento escolar é o documento básico que contém as determinações legais e as linhas norteadoras da organização formal da escola e deve explicitar o modelo de gestão e o projeto político-pedagógico nas relações sociais dele decorrentes (p.78) [...] Conceber a organização de regimentos e planos gerais como resultado do processo de construção do projeto pedagógico não significa dizer que os registros somente serão feitos ao final de uma etapa. Pelo contrário, a processualidade exige que sejam contínuos, crescentes, ampliando-se no permanente aprofundamento e na recorrência aos conceitos que resultam da reflexão sobre a prática e que, sistematizados, resultam em documentos orientadores da ação. (p.168)
O reconhecimento da estreita ligação entre o PPP e o Regimento
Escolar, se dará efetivamente quando formos autores da construção dos mesmos,
pois quando construímos coletivamente algo, sentimo-nos responsáveis pelos
percalços e sucessos. A rotina escolar, com seus problemas cotidianos, muitas
vezes, evidencia uma carência de tempo e horário a desincumbir, que dificulta uma
reflexão coletiva acerca dos documentos que recebemos da mantenedora, uma vez
também que, os mesmos são encaminhados com prazo de retorno, na maioria das
vezes, insuficientes para um trabalho coletivo reflexivo. Neste sentido, Neves (2005)
nos alerta “Se a escola só recebe ordens, leis, deliberações para cumprir,
transforma-se em órgão tutelado, perde seu espaço de liberdade e autonomia e
reduz a capacidade de mediar, tão própria do ato educativo” (p.99).
A rotina escolar, nos mostra que alcançar práticas educativas mais
democráticas, como espaço de liberdade e autonomia, requer atitudes, pois quando
tratamos de educação, nossa mente nos reporta aos tradicionais discursos,
informações, leis, etc., mas são as ações que realmente importam considerar, ações
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comprometidas com um ideal e valores de uma cidadania consciente que exige os
direitos e que cumpre seus deveres, de uma prática democrática onde o coletivo
seja mais forte do que o individualismo e que respeito aos direitos humanos, seja
fator preponderante nas relações com e entre as pessoas. Essas ações serão
decisivas no interior da escola, pois ações geram condutas e condutas abastecem o
cotidiano escolar.
Possivelmente a fórmula ideal, de uma escola que consiga contemplar
plenamente as formas da gestão democrática, não exista, mas é possível, através
de pequenas tentativas de implementar o processo, pois quanto mais possibilidades
de convivências e vivências democráticas em nosso contexto prático educacional,
mais condições teremos de auxiliar nossos educandos a aprenderem e exercerem
verdadeiramente seu papel de cidadãos na sociedade, pois o aprender significa
mudar de comportamento, portanto, aprender é nos transformamos, e todo o
conhecimento apreendido na escola, deve servir para além da sala de aula, essa
apropriação significa a superação da ignorância, e é essa interiorização também,
que fará que o aluno desperte, na possibilidade de se transformar num ser ativo e
participante. É na escola que proporcionamos esses momentos de conhecimento de
verdadeiro movimento de transformações sociais aos alunos e, concomitantemente,
também, a nós, profissionais da educação.
Mudar é necessário, conquistar nosso espaço é imprescindível e só
conseguiremos por meio de uma consciência social política, respeito e ética, que se
fundamentará com muitas leituras, estudos, discussões, enfrentamentos, diálogos,
dedicação e atitudes que permeiem a ação e a reflexão de nossas práticas
pedagógicas.
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