IV ENCONTRO ESTADUAL DE HISTÓRIA - ANPUH-BA HISTÓRIA: SUJEITOS, SABERES E PRÁTICAS.
29 de Julho a 1° de Agosto de 2008. Vitória da Conquista - BA.
HERANÇAS E REPRESENTAÇÕES CULTURAIS DA COMUNIDADE “REMANESCENTE” DE JATIMANE
Maria de Carmem Rodrigues Fernande s
Mestranda em Cultura, Memória e Desenvolvimento Regional pela UNEB – Campus V Professora da Faculdade de Ciências Educacionais (FACE)
E-mail: [email protected]
Palavras-chave: Oralidade. Cultura. Herança. Representação.
Tradição oral afro -brasileira
A presente comunicação é parte da pesquisa que venho desenvolvendo no Mestrado
Interdisciplinar em Cultura, Memória e Des envolvimento Regional da Universidade do
Estado da Bahia ( UNEB), Campus V. Neste artigo pretendo discorrer sobre heranças culturais
de Jatimane, uma tentativa de apreender o poder da cultura e sua influência sobre o
comportamento de uma pequena comunidade, cujo núcleo comunal é constituído por
aproximadamente 100 casas habitada pela endogâmica família Rosário e seus agregados, que
sobrevivem dos saberes herdados dos antepassados, no extrativismo sustentável da piaçava e
da atividade pesqueira . Este campesinato negro, supostamente remanesc ente de quilombo,
apoiando-se no Art. nº 68 da Constituição Federal Brasileira, conquistou junto à Fundação
Palmares, o título de auto -reconhecimento como comunidade remanescente de quilombo,
certidão emitida, sob o nº 03- Registro 197- fls. 03, datado de 23.03.2005 (DOU, 19.04.2005,
Seção 1, nº 74, fl. 03).
A comunidade em estudo está localizado no município de Nilo Peçanha, fronteira com
o município de Ituberá, n o Baixo Sul Baiano, região da Costa do Dendê, um es paço territorial
que recentemente foi transformado em Área de Proteção Ambiental do Pratigi. Uma área de
proteção regulamentada pelo Decreto nº 7 .272 de 2 de abril de 1998, e ampliada em 2001,
pelo Decreto nº 8036, que prevê uma APA como uma
[...] categoria de Unidade de Conservação em que se conciliam os interesses econômicos e ambientais. É uma gestão do território com base nas suas características ambientais, a partir das quais se estabelecem normas de convívio entre os ecossistemas naturais e antrópic os (CRA, out. 1999).
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Figura 1 – Localização de Jatimane (IDES-MAPA da APA do Pratigi, adaptado à imagem de Eduardo Moody)
O mapa cedido pelo Programa de Desenvolvimento Integrado e Sustentável do Baixo
Sul permite visualizar a área de atu ação da APA do Pratigi, na subzona extrativista em estado
de “conservação” que está localizada a comunidade de Jatimane, um espaço territorial que se
aproxima da idéia de um “corredor ecológico,” pela riqueza de sua fauna e flora, mas que não
se restringe a elas. Este espaço ao longo da história pode ser considerado um ambiente
receptivo ao quilombolismo, uma vez que sobrevivem nesta região comunidades negras rurais
“tidas” como remanescentes de antigos quilombos.
Os Anais do Arquivo Público da Bahia nos dá notícias de que, em 1696, Ordens Régias
consideram estranho o “ [...] Governador ter criado o posto de Capitão -mor das entradas dos
mocambos e negros fugidos” (APEB, v. 31, fl. 2), para atuar na região sul da província. Em
1806, novamente o reg istro dos Anais (APEB, v. 101, doc. 114), divulga notícias de negros
fugidos nesta região.
Segundo o historiador baiano João Reis, n a região do Baixo Sul, desde o século XVII,
existia notícias de formações quilombolas. Um espaço geograficamente propício ao
esconderijo, protegido pela mata bravia, próximo do mar, do mangue e do rio que, em caso de
necessidade, possibilitaria rotas de fuga, além de stes espaços serem fontes de alimentos. Desta
forma, “aproveitando uma região despovoada e pouco guard ada, os escravos formariam
mocambos, desde pelo menos o século XVII, em Camamu, Cairu e Ilhéus ” (REIS, 1996, p.
339). Na análise de Reis, a população desta região mostrava -se culturalmente “protetora” e
“absorvente”. O que nos leva a acreditar que, hábitos culturais podem ser entendidos como
uma ponta fina da resistência a mudanças, fazendo parte de uma longa duração na história, o
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que concorreria para que, nesta região, a população ter sido mais “tolerante” com o fenômeno
do quilombolismo e a posterior ins erção destes agrupamentos no pós -abolição.
Convém ressaltar que embora a comunidade não tenha nada escrito sobre si, existe um
registro de sua história na memória do s anciões locais, que através da oralidade , numa
interseção entre a história e a memória, permite historicizar a comunidade, a partir do conto e
reconto de seus moradores, resultado de fragm entos de uma memória ancestral . Concordando
com Portelli (1997, p. 27), em algumas histórias “ [...] as fontes orais dão -nos informações
sobre o povo iletrado ou grupos sociais cuja história escrita é ou falha ou distorcida”. Além do
mais, a partir da memória dos velhos , contadores da história local, é a possível descortinar um
“mundo” social rico e diverso que não está escrito nos l ivros.
Nesta mesma linha de pensamento, o historiador Peter Burke (2003, p. 112), defende
que tradições culturais são mantidas no cotidiano através da oralidade, segundo o autor, as
“[...] tradições orais podem não fornecer uma narrativa confiável sobre os acon tecimentos,
mas são evidências inestimáveis sobre as reações a esses acontecimentos, para vê -los com a
‘visão dos vencidos’”.
Convergindo para esta assertiva, Samuel (1990, p. 230), defende que “há verdades que
são gravadas nas memórias das pes soas mais velhas e em mais nenhum lugar, eventos do
passado que só eles podem lembrar”. Estas “verdades”, gravadas na memória dos mais velhos
de Jatimane, conduziu esta investigação.
Portanto, considerando a memória local como fonte de informação, tentaremos
entender as heranças culturais de Jatimane, mesmo porque a memória destes guardiões, pode
ser considerada um legado deixado pelos antepassados, a raiz de onde brotam a história e as
formas de representações do agrupamento.
Em seus relatos internos, aprece inalterados uma “reinvenção” da gênese local,
delineando uma ascendência escrava a partir dos quatro irmãos Rosário. Segundo contam
esses narradores, no final do século XIX os irmãos Mané André, Boaventura, Devoto e
Honório, embrenharam-se na mata em busca de um abrigo “protetor” para a construção de um
assentamento, o lugar escolhido foi denominado de Porto Velho, mas a necessidade em obter
água doce, os levou a migrar para uma área mais propícia, onde hoje está situado o arraial de
Jatimane. A escolha de um novo espaço para a const rução do assentamento , foi uma
orientação do índio chamado Mane que teria feito amizade com os Rosário. Conforme o
relato, Mane criava abelhas do tipo jati, que produz um delicioso mel. Assim, em homenagem
ao índio, batizaram o assentamento de Jatimane. Abe lhas jati criadas pelo índio Mane.
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Portanto, Jatimane foi um lugar escolhido a partir da experiência indígena local, o que
pode explicar a feliz coincidência da comunidade está situad a no encontro do mar/mangue/rio,
incrustada num filão da Mata Atlântica, emoldurada pela endêmica piaçaveira. Em vários
relatos, surgem referências sobre a presença indíge na e sua influência local . Conforme o
historiador João Reis (1996, p. 339), o constante transporte em canoas, subindo e descendo
estes rios, é o exemplo de uma lição bem aprendida com os “numerosos grupos indígenas que
ali habitavam no alvorecer do século XIX” . A constatação de Reis e os relatos internos
convergem para a idéia dialogismo cultural entre a experiência negra e indígena nesta região.
Os fragmentos das narrativas que seguem , são registros de memória sobre a origem do
agrupamento, e podem ser percebidos como uma versão para história do lugar. Portanto, não
são histórias exatas, mas são representações de um passado significativo para o agrupamento.
Uma história contada por Dona Madalena Assunção do Rosário, por Sr. João Palmeira da
Conceição, pelo Sr. Otávio Rosário, e complementada por Sr. Nivaldo Rosário,
“[...] eu vou começar a contar pra vocês um pouquinho da história que minha madrinha me contou ” (Maria Madalena do Rosário, 06/05/2006). “Isso aqui é um quilombo, desde a origem dos tempos um quilombo” (Otávio do Rosário, 07/ 05/2007). “[...] vieram pessoas aqui pra se esconder [...] eram todos negros fugidos [...] havia muita dificuldade de água (João Palmeira, 06/01/2006)”. “Daí eles subiram se arrancharam lá em Porto Velho, mais lá o “salgado” passou então eles não puderam ficar, distorceram até encontrar água “positiva”, e com a continuidade os irmãos foram ficando (Nivaldo Rosário, 06/01/2006).
Na confluência desses relatos, a história tecida pela memória pode ser entendida como
uma representação narrativa de um passado reconstruído, que dá significado a cultura do
lugar. Relatos que precisam o espaço ocupado, e marcam a temporalidade pelo corte
pretérito/presente, explícito em “desde a origem dos tempos”, tempos dos antepassados.
Mesmo que esta seja uma versão seja um registro de memória , ao rememoramos fatos
significativos de nossa história, estamos de alguma forma, nos identificando com o que
narramos.
Esta comunidade parece ter suas raízes culturais fincadas na terra, nas entrevistas, o
território parece emergir carregado de subjetiv idade. Numa interpretação positivada do lugar,
o presidente da associação dos moradores de Jatimane nos diz:
[...] se você quiser conhecer o lugar do antigo assentamento de Porto Velho, é simples, a gente “pega” uma trilha... faz uma caminhada na mata, pa ssa pela cachoeira, muda de rumo e segue andando, você vai vê que lugar bonito
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que esse meu Deus fez prá gente! Lá na mata não tem erro, é fácil achar o lugar, ainda hoje lá tem muita abelha do tipo “Jati” (Miltaides Assunção do Rosário, 04.01.2006).
Segundo Santos (1996, p. 102), “quando, num lugar, a essência s e transforma em
existência, [...] nesse lugar a história real chega também com os símbolos” neste momento, o
lugar em questão, é mais que a morada do jatimanense na terra, este lugar pa ssa a ser
concebido como um patrimônio ambiental, e confunde -se com sua própria vida,
fundamentando uma idéia de “ herança, mas também um reaprendizado das relações profundas
entre o homem e o seu meio” (p. 261).
Prosseguir nesta análise cultura l é encaminhar-se para o alargamento das fronteiras
entre a história e a antropologia, um espaço em que o “terreno comum dos historiadores pode
ser descrito como a preocupação com o simbólico e suas interpretações” (BURKE , 2005, p.
39), uma análise que con verge dialogicamente com a perspectiva de Geertz (1978) para quem
cultura é uma linguagem que “veste” um todo social, onde símbolos e significados são tecidos
e partilhados em determinado contexto.
Para além de um enunciado conceitual, a c ultura dos jatimanenses materializa -se em
suas atividades cotidianas, que tradicionalmente retiram da natureza os elementos necessários
para a sua existência, são atividades produtivas e essencialmente artesanais. Portanto o espaço
ocupado não é só simbóli co-cultural, ele é também funcional, lugar de onde o homem explora
os recursos naturais que garantem sua sobrevivência material. A exemplo de um extrativismo
sustentável, na lida com a piaçava, uma planta nativa da região, cientificamente denominada
por palmácea nativa ou Palmal Attaba funifera, uma espécie endêmica, que em Jatimane é a
fonte de riqueza, entorno da qual os jatimanenses movimentam-se para sobreviver. Desta
forma, o trabalho com a piaçava, é um saber que foi tradicionalmente herdado entre as
gerações, uma atividade que tradicionalmente garantiu a sobrevivência do jatimanens e, e
através da idéia de uma tradição escrava, mantém viva esta herança cultural, assumida como
marca diacrítica do agrupamento.
Esta cultura de valorização da n atureza, se aproxima da Topofilia discutida por Tuan
(1980, p. 5), a vivência em um espaço onde a cultura e meio ambiente ora se complementam,
ora se sobrepõem, constituindo um “elo afetivo entre a pessoa e o lugar ou ambiente físico”.
Neste contexto, elem entos da natureza podem ser percebidos como referências simbólicas,
“uma vez que “as pessoas atentam para aqueles aspectos do meio ambiente que lhes
prometem sustento e satisfação no contexto das finalidades de suas vidas” (p. 137).
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Desta forma não só a terra, ma is também a água é percebida como referência,
associada à intrínseca relação de sobrevivência. Em uma comunidade situada às margens do
rio no encontro com o mar e o mangue, e a atividade pesqueira tornou -se um legado
naturalmente incorpo rado ao cotidiano do agrupamento, cabendo aos homens a pesca com
rede e camboa, enquanto a mariscagem seria uma atividade feminina, desenvolvida mos
arredores do arraial, e assim não comprometendo as funções domésticas da mulher
jatimanense.
De forma metafórica, especialmente os mais velhos do lugar, referem -se às águas com
a expressão: “A água é a vida de Jatimane”. Uma metáfora que resume a importância da água
para a comunidade. Um arraial que nasceu e se desenvolveu entre as águas, entre a pr aia do
Pratigi e às águas do rio, a água representa uma “mãe”, que alimenta o jatimanense, de onde
ele retira seu sustento como os variados tipos de peixes e mariscos. Água que vindo das
“nascentes” no entorno da mata, tem como finalidade prática abastecer o uso doméstico, mata
a sede, limpa o corpo. Desta forma os dois elementos da natureza, terra e água, estão
diretamente relacionados á sobrevivência do jatimanense.
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Figura 2 – Imagem do rio de Jatimane. Fonte: Fotografia de Eduardo Moody.
Mas a água também é fonte de lazer. O rio é o local onde as crianças brincam, onde as
mulheres lavam suas roupas, ariam suas panelas, águas que se tornam cristalinas próximas da
cachoeira, um espaço freqüentado pelos adultos e t ambém pelas crianças, que vão até ali
banharem-se para refrescarem -se do calor. Mas a água do rio, em especial a cachoeira da prata
– internamente apelidada de “Cheguevira” – é uma das referências para a história do lugar.
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Águas condutoras – por onde as ca noas “deslizavam” – viabilizando o intercâmbio sócio -
comercial com cidades vizinhas.
Mas, uma comunidade não vive só para o trabalho, ela também festeja e celebra suas
crenças e tradições. Dentre as celebrações locais , a festividade da “queima d as palhas dos
presépios”, pode ser perc ebida como uma herança cultural, pois expressa valores, gestos e
comportamentos informados pela experiência da escravidão e herdado s pelos moradores de
Jatimane.
A função inicia em dezembro, em louvor a Deu s Menino, neste período são armados os
presépios, é o momento católico de uma celebração que culmina com a festa de reis. Não se
trata de um catolicismo “puro”, pois no Brasil de vários povos e crenças tudo se misturou, e
ao que parece o catolicismo não foi absorvido “intacto” pela comunidade, ganhou um novo
significado com referências africanas , uma vez que o festejo é considerado uma tradição
escrava, o que reforça a idéia de herança cultural . Da junção da celebração religiosa católica
da festa natalina à sua popularidade entre os negros brasileiros, resulta num ambiente propício
para recriar a arte, os valores, a musicalidade e a dança negra, interagindo e modificando
códigos culturais, reapropriados pelos herdeiros daquela tradição.
Para o historiador João Reis (2002, p. 101), na Bahia, o calendário católico consituiu -se
um importante espaço de celebraç ão da vida e dos valores negros, “era uma oportunidade para
a celebração de valores culturais trazidos pelos africanos e de outros aqui criados”. Desta
forma o espaço festivo tornou -se o espaço permissível para a mistura de pr áticas sagradas e
profanas.
Dentro da comunidade a folia tem início nos primeiros dias de dezembro quando
dentro das casas são armados os presépios em louvor ao me nino Jesus, numa representação de
“acolhida” ao Menino Deus, este é também o espaço em que os trabalhadores da piaçava
recebem a parentela para a visitação dos presépios. No dia 6 do “ano novo” é o ápice da festa,
é o momento em que o festejo vai para a ru a. É um dia movimentado , com o desarmar dos
presépios, o separar das palhas que serão queimadas e o preparar das iguarias, ofertadas ao
“divino” e degustadas entre os “irmãos” em ritmo de festa, rezas, danças e cantorias.
A análise da cultura dest e agrupamento baseia -se, majoritariamente, em relatos dos
guardiões da mem ória local. Esta memória é aqui considerada como uma herança cultural, um
bem imaterial de onde brotam os seus discursos sobre a história e enfatizaram saberes
culturais transmitidos de geração para geração.
Nesta análise cultural as vivências e representações dos jatimanenses são percebidas
heranças culturais assumidas, fruto de um legado deixado pelos antepassados. Num espaço
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em que a memória tece a hist ória do agrupamento e a cultura tem papel central para a
compreensão dos comportamentos e valores destes tiradores e catadeiras de piaçava, bem
como o melhor caminho para o entendimento de sua relação simbólica com a natureza.
Referências
Orais
JOÃO PALMEIRA DA CONCEIÇ ÃO. 78 anos, aposentado, morador de Jatimane. Entrevista concedida em 6. 1.2006 e em 4.1.2007.
MARIA MADALENA OLIVEIRA DO ROSÁRIO . 75 anos, catadeira de piaçava e marisqueira apose ntada. Entrevista concedida em 4. 1.2006. e em 30.11.2007.
MILTAIDES ASSUNÇ ÃO DO ROSÁRIO. 50 anos, presidente da associação dos moradores de Jatimane. Entrevista concedida em 4.1.2006 e 7. 5.2007.
NIVALDO ROSÁRIO OTÁVIO DO ROSÁRIO . 78 anos nascido e criado em Jatimane, tirador de piaçava e pescador aposentado. Entrevista concedida em 7.12.2007.
OTÁVIO DO ROSÁRIO . 78 anos nascido e criado em Jatimane, tirador de piaçava e pescador aposentado. Entrevista concedida em 7.12.2007.
Fontes Escritas
Arquivo Público do Estado da Bahia (APEB) Centro de Recursos Ambientais (CRA)
Fonte fotográfica Acervo fotográfico do Instituto de Desenvolvimento Sustentável do Baixo Sul (IDES)
Bibliográficas
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BURKE, Peter. O que é historia cultural? Tradução: Sérgio Góes de Paulo. Rio de Janeiro: Zahar, 2005.
. Variedades de história cultural . Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.
. Hibridismo cultural . Tradução de Leila Souza Mendes. São Leopoldo: Editora Unisinos, 2003. (Coleção Aldus, v. 18).
GEERTZ, Cliford. O saber local: novos ensaios em antropologia interpretativa . Tradução de Vera Mello Joscelyne. Petrópolis: Vozes, 1997.
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PORTELLI, Alessandro. O que faz a história oral dife rente. Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados em História e do Departamento de História da PUC-SP (Projeto História: Cultura e Representação ), São Paulo, n. 14, p. 25-39, fev. 1997.
REIS, João José. Tambores e temores: a festa negra na Bahia na primeira metade do século XIX. In: CUNHA, M. C. P. (Org.) Carnavais e outras festas. Ensaios de história social da cultura. Campinas: Editora da Unicamp, 2002.
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SAMUEL, Raphael. Documentação: história local e história oral. Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 9, n. 19, set. 1989/fev. 1990.
SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo. Razão e emoção. São Paulo: Hucitec, 1996.
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