FAI- FACULDADE DE ITAITUBACURSO DE LETRAS VII
DOCENTE: RAIMUNDA BENTES
RAFAELA DE SOUSA DUTRA
MARIA TRERESA HORTA
Filha de Jorge Augusto da Silva Horta;
Estudou na Faculdade de Letra da Universidade de Lisboa;
Dedicou-se ao: cine-clubismo, como dirigente do ABC Cine-Clube;
Ao jornalismo;
À questão do feminismo;
Tendo feito parte do Movimento Feminista de Portugal.
Em 2010, Maria Teresa Horta completou cinquenta anos de produção poética;
Sempre fiel às questões estéticas e políticas que sustentam sua realidade de mulher, cidadã, jornalista e escritora.
Constituiu, desde seu primeiro livro de poesia publicado em 1960, Espelho Inicial;
Uma trajetória emblemática em termos de luta contra o cerceamento da liberdade do corpo e da palavra.
O Prêmio Literário D. Dinis, instituído pela Fundação da Casa de Mateus, foi atribuído por unanimidade à escritora Maria Teresa Horta;
Pelo romance "As Luzes de Leonor", disse hoje à agência Lusa fonte ligada à organização do galardão.
Obras
Poesia Espelho Inicial (1960) Tatuagem (1961) Cidadelas Submersas
(1961) Verão Coincidente (1962) Amor Habitado (1963) Candelabro (1964) Jardim de Inverno (1966) Cronista Não é Recado (
1967) Minha Senhora de Mim
(1967) Educação Sentimental
(1975) As Mulheres de Abril (1976)
Poesia Completa I e II (1960-1982) (1982)
Os Anjos (1983) Minha Mãe, Meu Amor
(1984) Rosa Sangrenta (1987) Antologia Poética (1994) Destino (1998) Só de Amor (1999) Antologia Pessoal - 100
Poemas (2003) Inquietude (2006) ....
Ficção
Ambas as Mãos sobre o Corpo (1970) Novas Cartas Portuguesas (1971) (obra
conjunta)) Ana (1974) O Transfer (1984) Ema (1984) A Paixão Segundo Constança H. (1994) A Mãe na Literatura Portuguesa (1999) As Luzes de Leonor (2011)
Poema Erótico - Joelho - Maria Teresa Horta
Ponho um beijo demorado no topo do teu joelho
Desço-te a perna arrastando a saliva pelo meio
Onde a língua segue o trilho até onde vai o beijo
Não há nada que disfarce de ti aquilo que vejo
Em torno um mar tão revolto no cume o cimo do tempo
E os lençóis desalinhados como se fosse de vento
Volto então ao teu joelho entreabrindo-te as pernas
Deixando a boca faminta seguir o desejo nelas.
Abrigo-me de ti de mim não sei há dias em que fujo e que
me evado há horas em que a
raiva não sequei nem a inveja rasguei ou a
desfaço Há dias em que
nego e outros onde nasço
há dias só de fogo e outros tão rasgados
Aqueles onde habito com tantos
dias vagos.
Abrigo
Maria Theresa Horta
POEMA SOBRE A RECUSA
Como é possível perder-tesem nunca te ter achado
nem na polpa dos meus dedosse ter formado o afago
sem termos sido a cidadenem termos rasgado pedras
sem descobrirmos a cornem o interior da erva.
Como é possível perder-tesem nunca te ter achadominha raiva de ternura
meu ódio de conhecer-teminha alegria profunda