O uso de múltiplas escalas no mapeamento de O uso de múltiplas escalas no mapeamento de risco a eventos geodinâmicos risco a eventos geodinâmicos
• • Claudio José FerreiraClaudio José Ferreira
Pesquisador Científico do Instituto
Geológico da Secretaria de Estado do
Meio Ambiente
15 de dezembro de 2011
III Seminário III Seminário Redução de Redução de Desastres Desastres
RoteiroRoteiro
Conceitos de Risco
A questão da escalaAplicação
Considerações Finais
Conceitos de RiscoConceitos de Risco
Política Nacional de Defesa Civil - 1995
Estratégia Internacional para Redução de
Desastres – ONU - 2009
ISO 31000 Gerenciamento de Risco - 2009
Medida de danos ou prejuízos potenciais
Relação existente entre uma ameaça com o grau de
vulnerabilidade do sistema receptor a seus efeitos
Combinação da probabilidade de ocorrência de um evento e suas
consequências negativas
Efeito da incerteza sobre objetivos
Análise de RiscoAnálise de Risco
R = f ( Evento, Vulnerabilidade, Consequências)
Política Nacional Ameaça Vulnerabilidade Dano, Perda,
Prejuízo
ISDR- ONU Perigo Vulnerabilidade Exposição
ISO - 31000 Fontes Controle Consequência
R = P * V *D
Análise de RiscoAnálise de Risco
Perigo: fenômeno, substância, atividade humana ou condição perigosa que pode causar perda de vidas, ferimentos ou outros impactos na saúde, danos a propriedades, perda de meios de subsistência e serviços, interrupção social e econômica ou danos ambientais
Ameaça: estimativa de ocorrência e magnitude de um evento adverso, expressa em termos de probabilidade estatística de concretização do evento e da provável magnitude de sua manifestação
Fonte de risco: elemento que sozinho ou em combinação tem o potencial intrínseco de gerar risco
Evento: ocorrência ou mudança de um conjunto particular de circunstâncias
Diferença Perigo vs RiscoDiferença Perigo vs Risco
Diferença Perigo vs RiscoDiferença Perigo vs Risco
Elemento em Risco
VulnerabilidadeCaracterísticas e circunstâncias de uma comunidade, sistema ou bem que a fazem suscetível ao efeitos de um perigo.
Vulnerabilidade
• Condição intrínseca ao corpo ou sistema receptor que, em interação com a magnitude do evento ou acidente, caracteriza os efeitos adversos, medidos em termos de intensidade dos danos prováveis. • Relação existente entre a magnitude da ameaça, caso ela se concretize, e a intensidade do dano consequente.
Vulnerabilidade
• Controle: medida que modifica o riscoNOTA 1 Controle inclui qualquer processo, política, equipamento, prática ou outra ação que modifica o risco
Diadema, 2004 Diadema, 2004
Santa Branca, 2011 Ubatuba
Exposição
Pessoas, propriedades, sistemas ou outros elementos presentes em zonas perigosas que estão portanto sujeitas a danos potenciais
Medidas da exposição podem incluir o número de pessoas ou tipos de valores presentes em uma área. Essa quantidade pode ser combinada com a vulnerabilidade do elemento exposto a qualquer perigo em particular para estimar o risco.
Dano
• Medida que define a intensidade ou severidade da lesão resultante de um acidente ou evento adverso.
• Perda humana, material ou ambiental, física ou funcional, que pode resultar, caso seja perdido o controle sobre o risco.
• Intensidade das perdas humanas, materiais ou ambientais, induzidas às pessoas, comunidades, instituições, instalações e/ou ecossistemas, como consequência de um desastre.
Desastres Nada NaturaisDesastres Nada Naturais
“Se vocês me permitirem, eu diria que os desastres naturais foram extintos quase ao mesmo tempo que os dinossauros” Joaquin Toro http://blogs.worldbank.org/latinamerica/comment/reply/529, junho 2011
Os desastres aparentam ser cíclicos, mas há um continuum de desigualdade social, de obsolescência planejada, de indiferença e indisposição política, de recusa à renúncia de privilégios e de desencorajamento para a mudança social que os tornam não apenas permanentes, mas recrudescidos. Norma Valencio, dezembro de 2010
There is no such thing as a 'natural' disaster, only natural hazards. Disasters often follow natural hazards. ISDR - ONU
Desastres Nada NaturaisDesastres Nada Naturais
CHUVAS
SOCIEDADENATURAISNÃO NATURAIS
Gestão ou Gerenciamento de RiscoGestão ou Gerenciamento de Risco
Comunicação e consulta
Monitoramentoe revisão
Estabelecimento do contexto
Identificação do risco
Análise de risco
Apreciação do risco
Tratamento do risco
Avaliação de risco
Gerenciamento de Riscos e DesastresGerenciamento de Riscos e Desastres
Reconstrução Reconstrução e retomada ou e retomada ou melhoria das melhoria das condições condições prévias ao prévias ao desastredesastre
Reconstrução Reconstrução
Assistência Assistência emergencial emergencial durante ou durante ou logo após o logo após o desastredesastre
Resposta Resposta Prevenção Prevenção
Preparação Preparação
Avaliação de Riscos (mapeamento) e Avaliação de Riscos (mapeamento) e Redução dos Riscos (planejamento da Redução dos Riscos (planejamento da ocupação e/ou da utilização do espaço, ocupação e/ou da utilização do espaço, aperfeiçoamento da legislação; obras de aperfeiçoamento da legislação; obras de engenharia)engenharia)
Fortalecimento institucional, Fortalecimento institucional, capacitação, desenvolvimento científico capacitação, desenvolvimento científico e tecnológico, mudança cultural, e tecnológico, mudança cultural, planejamento operacional e de planejamento operacional e de contingência, mobilização, contingência, mobilização, aparelhamento e apoio logísticoaparelhamento e apoio logístico
RISCO DESASTRES
A questão da escalaA questão da escala
ESCALAESCALA
“Entendida como processo, a análise da escala demanda metodologias que enfatizem relações e transformações multiescalares, e não apenas uma só escala. Reconhece-se o escalonamento de processos sociais; as escalas geográficas não são dadas, nem fixas e exibem profunda imbricação mútua.”
“Entendida como processo, a análise da escala demanda metodologias que enfatizem relações e transformações multiescalares, e não apenas uma só escala. Reconhece-se o escalonamento de processos sociais; as escalas geográficas não são dadas, nem fixas e exibem profunda imbricação mútua.”
Fonte: Macrozoneamento Ecológico-Econômico da Amazônia Legal
Escalas Níveis de Gestão de RiscoEscalas Níveis de Gestão de Risco
● Política 1:100.000 – 1:1.000.000● Planejamento 1:100.000 – 1:10.000● Gerenciamento 1:10.000 – 1:1000● Intervenção 1:1.000 – 1:100
● Política 1:100.000 – 1:1.000.000● Planejamento 1:100.000 – 1:10.000● Gerenciamento 1:10.000 – 1:1000● Intervenção 1:1.000 – 1:100
Escala 1: ~1.000.000Escala 1: ~1.000.000
Escala 1: ~10.000Escala 1: ~10.000
Exemplos: uso e cobertura terra Exemplos: uso e cobertura terra
20km
Ocupação agrícola da várzea do rio Paraíba versus áreas edificadas
Exemplos: uso e cobertura terra Exemplos: uso e cobertura terra Ocupação agrícola da várzea do rio Paraíba versus áreas edificadas
CONSOLIDADO EM CONSOLIDAÇÃO RAREFEITO
Exemplos: tipos de processos Exemplos: tipos de processos Escorregamentos planares versus corridas de massa
Exemplos: tipos de processos Exemplos: tipos de processos Escorregamentos planares versus corridas de massa
20km
Unidades Territoriais
Básicas
Aplicação Mapeamento RiscoAplicação Mapeamento Risco
Características da abordagem da Características da abordagem da paisagempaisagem
● Unidade tem limites reconhecíveis no terreno
● Uniformiza espacialmente atributos de diferentes natureza, escalas e resoluções
● Facilita o processamento de dados: um plano de informação e uma tabela
● Unidade tem limites reconhecíveis no terreno
● Uniformiza espacialmente atributos de diferentes natureza, escalas e resoluções
● Facilita o processamento de dados: um plano de informação e uma tabela
Definição de atributos de interesseDefinição de atributos de interesse
Perigo 1.Amplitude 2.Declividade Média 3.Densidade de Drenagem 4.Densidade de Lineamentos 5.Excedente Hídrico6.Uso e Cobertura da Terra
Vulnerabilidade 1.Densidade de Ocupação 2.Estágio de Ocupação 3.Ordenamento Urbano 4.Índice Abastecimento de Água 5.Índice Coleta de Esgoto 6.Índice Coleta de Lixo 7.Índice Instrução 8.Índice Renda
Dano 1.Densidade de População2.Exposição
Análise Atributos (modelos)Análise Atributos (modelos)
ExemploExemplo
Áreas/setores de risco escala 1:3.000
Relação entre áreas de risco em escalas Relação entre áreas de risco em escalas regional e local - escorregamentoregional e local - escorregamento
Áreas de risco escala 1:50.000
Setores de risco escala 1:3.000
Relação entre áreas de risco em escalas Relação entre áreas de risco em escalas regional e local - inundaçãoregional e local - inundação
Áreas de risco escala 1:50.000
Características da Escala RegionalCaracterísticas da Escala Regional
● Quantas áreas de risco existem no território analisado?
● Define prioridades para mapeamento de detalhe● Aplicação em instrumentos de planejamento
territorial, tais como: zoneamento ecológico-econômico, planos de bacias hidrográficas e planos diretores municipais
● Escala com maior disponibilidade de dados, geomorfométricos, censitários e temáticos
● Quantas áreas de risco existem no território analisado?
● Define prioridades para mapeamento de detalhe● Aplicação em instrumentos de planejamento
territorial, tais como: zoneamento ecológico-econômico, planos de bacias hidrográficas e planos diretores municipais
● Escala com maior disponibilidade de dados, geomorfométricos, censitários e temáticos
Características da Escala LocalCaracterísticas da Escala Local
● Gestão das áreas de risco;● Planos preventivos de defesa civil;● Identificação de áreas críticas para intervenções;● Monitoramento das áreas de risco.
● Gestão das áreas de risco;● Planos preventivos de defesa civil;● Identificação de áreas críticas para intervenções;● Monitoramento das áreas de risco.
Considerações FinaisConsiderações Finais
● Qual o conceito de risco a ser aplicado? R=P*V*D● Qual a unidade de análise? Unidade Territorial Básica
UTB● Qual a melhor escala? Multiescalar e imbricação de
escalas
● Qual o conceito de risco a ser aplicado? R=P*V*D● Qual a unidade de análise? Unidade Territorial Básica
UTB● Qual a melhor escala? Multiescalar e imbricação de
escalas
Muito Obrigado!Muito Obrigado!
• • Claudio José FerreiraClaudio José Ferreira
Pesquisador Científico do Instituto
Geológico da Secretaria de Estado do
Meio Ambiente
14 de dezembro de 2011
III Seminário III Seminário Redução de Redução de Desastres Desastres