Plano Integrado de Capacitação de Recursos Humanos para a Área da Assistência Social
ACOLHIMENTO FAMILIAR E REPÚBLICA
Beatriz GuimarãesBernardeth Gondim
Claudia Souza
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Acolhimento Familiar
Nomenclaturas utilizadas no Brasil para Acolhimento Familiar:
Família acolhedoraFamília de apoioFamília Guardiã
Guarda subsidiada
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Definições sobre acolhimento familiar
Serviço que organiza o acolhimento de crianças eadolescentes, afastadas da família por medida deproteção, em residência de famílias acolhedorascadastradas. É previsto até que seja possível oretorno a família de origem ou , na suaimpossibilidade o encaminhamento para adoção. Oserviço é o responsável por selecionar capacitar,cadastrar e acompanhar as famílias acolhedorasbem como realizar o acompanhamento da criança eadolescente acolhido e sua família de origem.
(Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais/2009)
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Definições sobre acolhimento familiar
É a modalidade de atendimento que ofereceacolhimento na residência de famílias cadastradas,selecionadas, capacitadas e acompanhadas parareceber crianças e/ou adolescentes com medida deproteção, que necessitem de acolhimento fora dafamília de origem, até que seja possível suareintegração familiar ou salvo exceçõesencaminhamento para família substituta.
(PNCFC/2006), que necessitem de acolhimento fora da família de origem, até que seja possível sua reintegração familiar ou
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Definições sobre acolhimento familiar
“O que caracteriza especificamente essa modalidadede acolhimento familiar é que a família que acolhecontinua com sua vida cotidiana, segue com suasrelações comunitárias habituais em seu habitat. Afamília mantém sua organização e espaço original eacolhe um filho de outra família. Não é uma casa criadapara acolher crianças sob a responsabilidade de umafamília que se desloca para assumir essa funçãocuidadora. Não se trata de uma situação produzida paragerar um contexto familiar. É a colocação de umacriança num contexto familiar já existente".
(Claúdia Cabral.Acolhimento Familiar:experiências e perspectivas,2004)
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Tempo de acolhimento
•na Itália a lei prevê 2 anos como prazo de permanência, mas em casos muito graves, esta permanência pode durar até 4 anos.
•no Québec, quando termina o prazo de permanência da criança e ela ainda não pode voltar para a sua F.O., eles transferem para outra F.A.
•no Brasil “a permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento institucional não se prolongará por mais de 2 (dois) anos, salvo comprovada necessidade que atenda ao seu superior interesse, devidamente fundamentada pela autoridade judiciária.”•(ECA art. 19, § 2º)
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Público
Crianças e adolescentes de o a 18 anos, queestão sob medida protetiva.O serviço é particularmente adequado aoatendimento de crianças e adolescentes cujaavaliação da equipe técnica indiquepossibilidade de retorno à família de origem,ampliada ou extensa, salvo casos emergenciais,nos quais inexistam alternativas de acolhimentoe proteção.
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Subsídio financeiroA família acolhedora deve atuar como voluntária, recebendosubsídio financeiro na forma da lei ou segundo parâmetroslocais. O seu uso deve ser centrado nas necessidades dacriança ou do adolescente acolhidos. Sugere-se um subsídiofinanceiro diferenciado para o acolhimento da criança ou doadolescente com alguma deficiência, tendo em vista despesasmaiores que tais casos geralmente exigem.BrasilCálculo do representante do prefeito de Campinas: o custo mensal de uma criança em abrigo é de R$ 4.000,00.
ItáliaUma criança em abrigamento familiar custa 400% MENOS do que uma criança em instituição de abrigamento. (Jollanda Galli]
(Colóquio Internacional Família Acolhedora, Campinas,2005)
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ASPECTOSAcolhimento Institucional Acolhimento Familiar
Pessoa Jurídica Pessoa Física
Quanto à convivência
familiar
Quanto à convivência comunitária
Os profissionais assumemos cuidados com a criança / adolescente
Institucional, coletivizado
Periférica
Mais centrada noâmbito institucional
Personalizado, familiar.
Intrínseca – o crescimento em ambiente familiar é mantido.
A família que acolhe promove o acesso à convivência comunitária da criança/ adolescente através de sua rede pessoal e social.
Quanto à guarda
Quanto àresponsabilidade
Quanto ao espaçofísico e
atendimento dasnecessidades
Os profissionais criam um contexto para que as famílias, acolhedora, de origem e extensa possam assumir os cuidados com a criança.
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Acolhimento X AdoçãoFamiliar
Transferência temporáriados deveres e direitos dafamília de origem para um outro adulto ou família.
Não há substituição. Háparceria e colaboração.
-Preservação da identidadede origem da criança.
A transferência dosdireitos parentais étotal e irrevogável.
Substituição dos direitos e obrigações.
A identidade legal pode ser alterada.
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Serviço de Acolhimento Familiar
Fluxo do Acolhimento FamiliarCriança/adolescente
em situação de violação de direitos
Conselho Tutelar / Juizado da Infância e Juventude
FAMÍLIA DE ORIGEMFAMÍLIA
ACOLHEDORACriança
adolescente
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Do acompanhamento às famílias
•é preciso buscar as competências familiares das duas famílias (origem/acolhedora) e dar suporte às duas;
•sair da lógica do apoio à famílias para a lógica das competências familiares – do empoderamento das famílias.
•alerta-se para a importância de manter o contato da criança com a família de origem durante o processo provisório de acolhimento familiar;
•na experiência em alguns programas, após o retorno da criança para a F.O. o acompanhamento continua acontecendo por mais 5 anos.
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República
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Definição
Serviço que oferece proteção, apoio e moradia subsidiada agrupos de pessoas maiores de 18 anos em estado deabandono, situação de vulnerabilidade e risco pessoal esocial, com vínculos familiares rompidos ou extremamentefragilizados e sem condições de moradia eautossustentação.O atendimento deve apoiar a construção e o fortalecimentode vínculos comunitários, a integração e participação sociale o desenvolvimento da autonomia das pessoas atendidas. Oserviço deve ser desenvolvido em sistema de autogestão oucogestão, possibilitando gradual autonomia e independênciade seus moradores.
(Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais/2009)
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OBJETIVOS:
- Proteger os usuários, preservando suas condições de autonomia e independência;- Preparar os usuários para o alcance da autossustentação;- Promover o restabelecimento de vínculos comunitários, familiares e/ou sociais;- Promover o acesso à rede de políticas públicas.
(Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais/2009)
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República para jovens
Serviço de acolhimento que oferece apoio e moradiasubsidiada a grupos de jovens em situação devulnerabilidade e risco pessoal e social; com vínculosfamiliares rompidos ou extremamente fragilizados; emprocesso de desligamento de instituições de acolhimento,que não tenham possibilidade de retorno à família deorigem ou de colocação em família substituta e que nãopossuam meios para auto-sustentação.A república oferece atendimento durante o processo deconstrução de autonomia pessoal e possibilita odesenvolvimento de auto-gestão, auto-sustentação eindependência.
(Orientações Técnicas para Serviços de Acolhimentos para Crianças e Adolescentes)
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Estrutura do espaçoCom a estrutura de uma residência privada, deve receber supervisão técnica e localizar-se em áreas residenciais da cidade, seguindo o padrão sócio-econômico dacomunidade onde estiverem inseridas, sem distanciar-se excessivamente, do ponto de vista sócio-econômico, da comunidade de origem dos usuários, com capacidade para até 6 jovens por casa.As repúblicas devem ser organizadas em unidades femininas e unidades masculinas, garantindo-se, na rede, o atendimento a ambos os sexos, conforme demanda local, devendo ser dada a devida atenção à perspectiva de gênero no planejamento políticopedagógico do serviço, inclusive no que tange aos direitos sexuais e reprodutivos e à proteção à maternidade.
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Tempo de permanênciaPossui tempo de permanência limitado, podendo ser reavaliado e prorrogado em função do projeto individual formulado em conjunto com o profissional de referência.
O acompanhamento ao jovem pressupõe:•O envolvimento do jovem nas escolhas e decisões do projeto de sua vida.•A integração do jovem ao espaço comunitário, com participação ativa e usufruto dos recursos comunitários.•O fomento à educação. •O incentivo na capacitação profissional e no mercado de trabalho.•Preparação e apoio para planejamento financeiro.
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Aspectos fundamentais sobre a convivência:
•Construção coletiva de regras e normas•A igualdade de gênero e o respeito à orientação e diversidade sexual•O fortalecimento dos vínculos entre os residentes•Estabelecimento e manutenção de relacionamentos horizontais
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REPÚBLICA PARA ADULTOS EM PROCESSO DE SAÍDA DAS RUAS
Destinada a pessoas adultas com vivência derua em fase de reinserção social, que estejam em processo de restabelecimento dos vínculos sociaise construção de autonomia. Possui tempo de permanência limitado, podendo ser reavaliado e prorrogadoem função do projeto individual formulado em conjunto com o profissional de referência.As repúblicas devem ser organizadas em unidades femininas e unidades masculinas. O atendimentodeve apoiar a qualificação e inserção profissional e a construção de projeto de vida.
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REPÚBLICA PARA IDOSOS
Destinada a idosos que tenhamcapacidade de gestão coletiva da moradiae condições de desenvolver, de formaindependente, as atividades da vidadiária, mesmo que requeiram o uso deequipamentos de autoajuda.
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Questões centrais•Segurança de Acolhida•Segurança de convívio ou vivência familiar , comunitária e social•Segurança de desenvolvimento de autonomia individual , familiar e social
Impacto social esperado•Redução da presença de jovens, adultos e idosos em situação de abandono, de vulnerabilidade.•Construção da autonomia.
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pensando nos jovens...
““““ O futuro não é um lugar para onde estamos indo, mas um lugar que estamos criando. O caminho para ele não é encontrado, mas construído e o ato de fazê-lo muda tanto o realizador quanto o destino””””
Antoine de Saint-Exupéry
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Obrigada!
Contatos:
Beatriz Guimarães-9488-2269Bernardeth Gondim-9488-2275
Claudia Souza-9169-7181