RelatóRio deSuStentabilidade 2008
Usina Hidrelétrica
Engenheiro Sergio Motta
(Porto Primavera) - escada e
elevador para peixes
RelatóRio deSuStentabilidade 2008
Destaques 03Missão e Visão 05Sobre o Relatório 05Mensagem da Administração 06
a CeSP 08Perfil 09Histórico 16Estratégia e Vantagens Competitivas 19Governança Corporativa 20Prêmios 24
Gestão econômica 26Cenário 27Desempenho Operacional 28Desempenho Econômico‑financeiro 31Mercado de Capitais 35
Gestão Social 36
Gestão ambiental 49
demonstrações Financeiras Resumidas 64
indicadores GRi 68
informações Corporativas 73
As » Receitas Operacionais no período alcançaram R$ 2.986,9 milhões, registrando um
crescimento de 13,8% em relação ao ano de 2007;
O » Resultado do Serviço alcançou R$ 1.022,2 milhões;
O » EBITDA Ajustado de 2008 somou R$ 1.626,5 milhões, 12,3% superior ao valor
ajustado de 2007 de R$ 1.448,3 milhões;
O » Resultado Financeiro (Receitas – Despesas Financeiras) de 2008 foi negativo
em R$ 1.394,2 milhões, ante o resultado negativo de R$ 314,3 milhões de 2007,
influenciado pela forte desvalorização do Real frente ao Dólar norte‑americano ocorrida
no segundo semestre de 2008;
A » provisão para redução ao valor recuperável de ativos de R$ 2.467,0 milhões,
introduzida pela nova legislação contábil, impactou negativamente o resultado da
Companhia, que registrou resultado negativo de R$ 2.351,6 milhões em 2008, ante o
lucro líquido de R$ 178,6 milhões em 2007;
A Companhia recebeu o Prêmio Proteção Brasil pelo trabalho » “Inspeção Subaquática
com Televisionamento nas Turbinas da CESP”, que aumenta a segurança da equipe,
reduz de cinco dias para quatro horas o tempo necessário à inspeção e não causa
impacto ambiental;
Em 2008, a Cesp concluiu a elaboração de seu » Código de Conduta, que formalizou as
boas práticas aplicadas no relacionamento com suas partes interessadas, interna e
externamente;
O Programa de Manejo Pesqueiro da CESP proporcionou o repovoamento de » 3,8
milhões de alevinos nos seus reservatórios;
Os três » Centros de Fauna trabalham com um plantel de 567 animais de 60 espécies,
algumas delas consideradas em extinção, como cervo do pantanal, onça‑pintada,
cachorro‑do‑mato‑vinagre, mutum, jacutinga, lobo‑guará e jacaré‑de‑papo‑amarelo;
A CESP, em 2008, produziu » três milhões de mudas de 150 espécies nativas de Mata
Atlântica utilizadas na implantação de 800 hectares de reflorestamento em áreas
próprias, de terceiros e na recuperação de áreas degradadas;
Destaques
Receita Operacional Líquida EBITDA Ajustado
2007
2008
2.183,7
2.479,7
2007
2008
1.448,3
1.626,5
Destaques Operacionais e Financeiros (R$ mil) 2008 2007 Var.
Receita Operacional 2.986.866 2.625.513 13,8%
Deduções à Receita Operacional (507.173) (441.767) 14,8%
Receita Operacional Líquida 2.479.693 2.183.746 13,6%
Resultado do Serviço 1.022.179 776.987 31,6%
EBITDA Ajustado 1.626.461 1.448.253 12,3%
Margem EBITDA Ajustada 65,6% 66,3% ‑0,7 p.p.
Resultado Financeiro (1.394.212) (314.276) 343,6%
Lucro (Prejuízo) Líquido (2.351.639) 178.591 n.m.
Estão em fase de implantação cinco » Unidades de Conservação que somarão 110
mil hectares de matas nativas, refúgios ecológicos de espécies de animais e ampla
biodiversidade nos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul;
O » Programa de Educação Ambiental da CESP atende aproximadamente 60 mil
pessoas, principalmente crianças em idade escolar;
A CESP possui um » Programa de Mudanças Climáticas com a elaboração e publicação
do inventário de gases de efeito estufa e a fixação de metas de redução dessas
emissões em 10%; e
Os projetos de » reassentamento agropecuário, atualmente monitorados, totalizam 410 lotes
dotados de infra‑estrutura local e comunitária, onde residem 361 famílias beneficiadas.
4 CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
Este Relatório de Sustentabilidade está baseado nas diretrizes GRI (Global Reporting
Initiative), padrão internacional em relatórios de sustentabilidade, no qual são apresentados
os resultados da Companhia no exercício de 2008.
As informações relatadas abrangem a estrutura completa da CESP, incluindo todas suas
usinas e eclusas, e fazem parte do conjunto de indicadores selecionados por um grupo de
trabalho, composto por integrantes de diversas áreas da Companhia, de acordo com os
princípios de materialidade e relevância para a Companhia e suas partes interessadas.
O Relatório de Sustentabilidade 2008 da CESP alcançou o nível “C” das diretrizes GRI e é
uma iniciativa que visa divulgar a longa tradição e o compromisso com o desenvolvimento
sustentável, a fim de aproximar cada vez mais a Companhia de suas partes interessadas.
Sobre o Relatório
Missão e VisãoMissãoProduzir energia elétrica para atender a demanda do setor elétrico brasileiro
VisãoSer reconhecida pelos acionistas e sociedade como uma empresa de excelência
Autodeclarado
Examinadopor terceiros
Examinadopela GRI
Ob
riga
tóri
oO
pci
on
al
C C+ B B+ A A+
Co
m v
erif
icaç
ão e
xter
na
Co
m v
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ão e
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Co
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ão e
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5CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
Ao longo dos seus 42 anos, completados em dezembro de 2008, a CESP tem desenvolvido
projetos de recuperação e preservação de áreas de influência dos seus empreendimentos.
Muito embora o termo “desenvolvimento sustentável” tenha surgido em meados dos
anos 80, a CESP sempre inseriu nos cronogramas de suas obras atividades relacionadas
ao conceito de conservação e recuperação do meio ambiente. Desde a instalação do
canteiro de obras de uma nova hidrelétrica até sua operação comercial, sempre estiveram
presentes atividades relacionadas à mitigação do impacto ambiental no entorno das obras,
promovendo a preservação dos ecossistemas por meio de manejo de fauna e flora, criando
novas áreas de conservação, ações de reassentamentos rurais, indígenas, urbanos, de
oleiros e pescadores e obras compensatórias de infra‑estrutura urbana que propiciaram o
crescimento e desenvolvimento de inúmeros municípios e até a criação de novas cidades,
como Ilha Solteira e Porto Primavera.
Para a CESP, sustentabilidade é alcançar a excelência na disponibilização da energia,
obtendo os melhores resultados econômicos, sociais e ambientais, sem comprometer o
atendimento das necessidades das futuras gerações.
Esse conceito sempre esteve integrado na estratégia de gestão, prática que nos aproxima e
permite atender às demandas de todos os nossos públicos de relacionamento e nos integra
ao meio em que atuamos, possibilitando a antecipação e prevenção a riscos, bem como
mantermos uma atuação ética e ambientalmente responsável.
Nessa linha, em 2008, elaboramos nosso Código de Conduta, documento que firma as
diretrizes de relacionamentos internos e externos da Companhia.
Adicionalmente, aprimoramos nossas práticas de segurança no trabalho ‑ o que nos rendeu
o Prêmio Proteção Brasil pelo trabalho “Inspeção Subaquática com Televisionamento nas
Turbinas da CESP” – e ampliamos nosso programa de responsabilidade ambiental, com a
implantação de cinco novas Unidades de Conservação que, juntas, somam 110 mil hectares
de matas nativas.
Sob o aspecto regulatório, a CESP obteve, em fevereiro de 2008, a prorrogação da
concessão da Usina Engenheiro Sergio Motta (Porto Primavera), por um período de mais
vinte anos. Relativamente às usinas Ilha Solteira e Jupiá, cujas concessões expiram em
2015, a CESP ‑ assim como cerca de outras 20 grandes geradoras do País, concessionárias
de 45 usinas, 37 empresas distribuidoras de energia elétrica e mais de 70.000 km de linhas
de transmissão operadas por diversas companhias ‑ aguarda o desfecho dos estudos que
estão sendo realizados sob coordenação do Ministério de Minas e Energia a respeito da
alteração da Lei de Concessão para a prestação de serviços públicos de energia elétrica.
Mensagem da Administração
6 CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
No âmbito econômico, as pressões sobre a moeda brasileira, em decorrência da crise
econômica mundial que se estabeleceu, principalmente, a partir do segundo semestre
do ano, produziram impactos negativos sobre a parcela da dívida da Companhia
expressa em moeda estrangeira, com efeitos tanto sobre o valor do endividamento
como sobre os resultados. Entretanto, o programa de reestruturação financeira realizado
pela Administração nos últimos anos visando alcançar o equilíbrio no fluxo de caixa
tem permitido que a Companhia cumpra com seus compromissos financeiros e de
investimentos sem prejuízo para o desenvolvimento de suas atividades. É importante
destacar que, na CESP, os reflexos mais significativos da crise não foram de caráter
financeiro e pouco impactaram o caixa da Companhia, dado o perfil de longo prazo da
dívida, tendo‑se concentrado tais reflexos sobre a posição econômica e contábil.
O resultado do exercício de 2008 registrou um prejuízo contábil de R$ 2,352 bilhões,
causado por uma mudança nas regras de contabilidade estabelecidas pela CVM (Comissão
de Valores Mobiliários), órgão que regula o mercado de ações.
As mudanças ocorreram com a entrada em vigor da lei federal 11.638/2007, que atualizou
a legislação sobre a elaboração de balanços para permitir a convergência das regras
brasileiras com as normas internacionais. Das seis usinas da Cesp, a única afetada
negativamente pela aplicação dessa metodologia foi a Engenheiro Sergio Motta (Porto
Primavera). Isso porque o valor econômico da usina foi menor do que o registrado na
contabilidade, o que significou um ajuste de R$ 2,467 bilhões no balanço da Empresa, que
explica integralmente o prejuízo contábil citado.
Desconsiderando esse ajuste extraordinário, as operações da CESP continuam sendo
lucrativas. Houve crescimento de 13,6% nas receitas com energia vendida, alcançando
R$ 2.983 milhões, resultado obtido com o fornecimento de energia a grandes consumidores
no mercado livre e com o suprimento às distribuidoras por meio dos contratos no mercado
regulado. A geração de caixa alcançou R$ 1,626 bilhão, um crescimento de 12%. O resultado
do serviço alcançou R$ 1.022,2 milhões, quase 32% superior ao obtido em 2007.
Desta forma, reafirmamos nosso compromisso de gerar valor à sociedade como um todo
e garantir seu desenvolvimento constante, retribuindo aos nossos públicos – empregados,
acionistas, clientes e a sociedade em geral – seu fundamental papel em nossa longa história
de sucesso.
Dilma Seli PenaPresidente do Conselho de Administração
Guilherme Augusto Cirne de Toledo Diretor‑Presidente
7CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
A CESP
Perfil
Histórico
Estratégia e Vantagens Competitivas
Premiações
Governança Corporativa
Usina Hidrelétrica
Ilha Solteira
A Companhia Energética de São Paulo – CESP,
sociedade de economia mista de capital aberto,
controlada pelo Governo do Estado de São Paulo,
tem como atividades principais o planejamento,
construção e operação de sistemas de geração e
comercialização de energia elétrica.
Com sede em São Paulo, a Companhia foi criada
a partir da fusão de 11 empresas, em 1966, com
o objetivo de gerar energia para possibilitar
o crescimento da economia paulista e da região Sudeste. Por três décadas, a CESP
permaneceu como a maior geradora de energia elétrica do Brasil e, hoje, mesmo após
a cisão parcial pela qual passou em abril de 1999, a Companhia ainda é responsável por
cerca de 60% da energia produzida no estado de São Paulo e 10% de toda a energia elétrica
gerada no Brasil.
Como concessionária de serviço público de energia elétrica, a CESP tem suas atividades
reguladas e fiscalizadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), vinculada ao
Ministério de Minas e Energia, e opera suas usinas de forma integrada com o Operador
Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
A produção de energia elétrica das usinas da CESP, programada e executada de acordo
com os Procedimentos de Rede e sob a coordenação do ONS, tem como base de sua
eficiência a associação dos recursos fundamentais de disponibilidade, recursos hídricos e
oportunidades de alocação de produção no Sistema Interligado Nacional (SIN).
UsinasQuarta maior geradora de energia elétrica do País, seu parque gerador, exclusivamente
hidráulico, é composto por seis usinas, com capacidade instalada total de 7.455,3 megawatts
(MW), localizadas nas bacias dos rios Paraná, Tietê e Paraíba do Sul.
As seis hidrelétricas estão estrategicamente localizadas no centro econômico e região
mais populosa do Brasil, e são de fundamental importância para a operação do Sistema
Interligado Nacional (SIN).
A CESP foi a primeira empresa de energia do Brasil a receber a certificação NBR ISO 9000
para o processo de geração de energia elétrica.
Atualmente o sistema de gestão da qualidade, baseado na NBR ISO 9001:2008, está
implantado nos processos de geração de energia elétrica de todo seu parque gerador.
Perfil
A CESP é a quarta maior geradora de energia elétrica do País, com capacidade instalada de 7.455,3 MW
9CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
Em operação
Barra Bonita 140,76
Álvaro de S. Lima (Bariri) ‑ 2 UGs 95,40
Armando Salles Oliveira (Limoeiro) 32,20
Euclides da Cunha 108,80
Caconde (Graminha) 80,40
Jurumirim 97,80
Lucas Nogueira Garcez (Salto Grande) 70,40
Termoelétricas a Gás
Votuporanga 10,00
Juquiá 10,00
Flórida Paulista 20,00
Pequenas Hidrelétricas 12,00Total 677,76
Em construção
Álvaro de S. Lima (Bariri) ‑ 1 UG 47,70
Ibitinga 131,49
Mário L. Leão (Promissão) 200,00
Chavantes 400,00
Engenheiro Souza Dias (Jupiá) 1.411,20
Ilha Solteira 3.230,00
Jaguari 27,60Total 5.447,99
Total Geral 6.125,75
CESP
Ilha Solteira 3.444,00
Engenheiro Souza Dias (Jupiá) 1.551,20
Engenheiro Sergio Motta (P. Primavera) ‑ 3 UGs 302,40
Três Irmãos 807,50
Paraibuna 85,00
Jaguari 27,60Total 6.217,70
Paranapanema
Armando A. Laydner (Jurumirim) 97,80
Canoas I (em construção) 82,80*
Canoas II (em construção) 72,00*
Chavantes 414,00
Escola de Engenheiro Mackenzie (Capivara) 640,00
Escola Politécnica (Taquaraçu) 554,00
Lucas Nogueira Garcez (Salto Grande) 70,40
Rosana 372,00Total 2.148,20
* montante não incluso no totalTietê
Barra Bonita 140,76
Álvaro de S. Lima (Bariri) 143,10
Ibitinga 131,49
Mário Lopes Leão (Promissão) 264,00
Nova Avanhandava 347,40
José Ermirio de Moraes (Água Vermelha) 1.396,20
Mogi Guaçu 7,20
Caconde (Graminha) 80,4
Euclides da Cunha 108,80
Armando Salles Oliveira (Limoeiro) 32,20
Total 2.651,55
Total Geral 11.017,45
Rio Paraná
Ilha Solteira 3.444,00
Engenheiro Souza Dias (Jupiá) 1.551,20
Engenheiro Sergio Motta (Porto Primavera) 1.540,00
Rio Tietê
Três Irmãos 807,50
Rio Paraibuna
Paraibuna 85,00
Rio Jaguari
Jaguari 27,60
Total Geral 7.455,30
Ilha SolteiraCapacidade: 3.444,0 MWLocalização: Rio ParanáUnidades Geradoras: 20
Três IrmãosCapacidade: 807,5 MW
Localização: Rio TietêUnidades Geradoras: 5
Capacidade: 1.551,2 MWLocalização: Rio ParanáUnidades Geradoras: 14
Eng. Souza Dias (Jupiá)
Capacidade: 1.540,0 MWLocalização: Rio ParanáUnidades Geradoras: 14
Eng. Sérgio Motta (Porto Primavera)
JaguariCapacidade: 27,6 MWLocalização: Rio JaguaríUnidades Geradoras: 2
ParaibunaCapacidade: 85,0 MWLocalização: Rio ParaibunaUnidades Geradoras: 2
Evolução Histórica das Usinas (Potência Instalada ‑ valores em MW)
Localização das Usinas ‑ 2008
1966 1999 (pré‑cisão) 2008
10 CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
Usina Hidrelétrica Ilha Solteira A Usina Hidrelétrica Ilha Solteira, que começou a operar em 1973, é a maior usina da CESP
e do Estado de São Paulo e a segunda maior usina brasileira. Está localizada no Rio Paraná,
entre os municípios de Ilha Solteira (SP) e Selvíria (MS).
Com potência instalada de 3.444 MW, é composta por 20 unidades geradoras, barragem de
5.605 metros de comprimento e reservatório de 1.195 km² de área.
Os reservatórios das usinas Ilha Solteira e Três Irmãos estão interligados pelo Canal Pereira
Barreto, com 9.600 metros de comprimento, propiciando a operação energética integrada
dos dois aproveitamentos hidrelétricos.
Usina Hidrelétrica Engenheiro Souza Dias (Jupiá) A Usina Hidrelétrica Engenheiro Souza Dias (Jupiá), construída com tecnologia inteiramente
brasileira, começou a operar em 1969 e localiza‑se no Rio Paraná, entre as cidades de
Castilho (SP) e Três Lagoas (MS). Sua potência instalada totaliza 1.551,2 MW, com 14
unidades geradoras principais e dois grupos turbina‑gerador para serviço auxiliar (potência
instalada de 4.750 kW em cada grupo).
O reservatório de Jupiá possui área de 330 km² e sua barragem estende‑se por
5.495 metros de comprimento. Além disso, a Usina dispõe de eclusa que possibilita a
navegação no Rio Paraná e a integração hidroviária Tietê‑Paraná.
Usina Hidrelétrica Engenheiro Sergio Motta (Porto Primavera)A Usina Hidrelétrica Engenheiro Sergio Motta (Porto Primavera) conta com área de
reservatório de 2.250 km² e com a barragem mais extensa do Brasil de 11.380 metros de
comprimento. Localizada no Rio Paraná, entre os municípios de Rosana (SP) e Batayporã
(MS), a 28 km da confluência com o Rio Paranapanema, iniciou sua operação em 1999 e
totaliza 1.540 MW de potência instalada em 14 unidades geradoras.
A usina dispõe de eclusa para navegação no Rio Paraná e sistema de transposição para
peixes, constituído de um elevador e uma escada com 476 metros de comprimento.
Em 2008, o prazo de concessão da usina Engenheiro Sergio Motta (Porto Primavera) foi
prorrogado por 20 anos, até 19.05.2028, conforme Portaria nº 110 do Ministério de Minas e
Energia, que determinou o estabelecimento do Primeiro Termo de Aditivo ao Contrato de
Concessão nº 003/2004, de 12.11.2004.
11CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
Usina Hidrelétrica Três IrmãosTrês Irmãos é a maior usina hidrelétrica construída no Rio Tietê, com barragem de 3.710
metros de comprimento e área de reservatório de 785 km², e está localizada entre os
municípios de Andradina e Pereira Barreto (SP), a 29 km da confluência com o Rio Paraná.
Sua operação foi iniciada em 1993 com potência instalada total de 807,5 MW, garantida pela
operação de cinco unidades geradoras.
Seu reservatório é interligado ao de Ilha Solteira pelo Canal Pereira Barreto, o que
possibilita a operação integrada das duas usinas e a navegação entre os ramos norte e sul
da Hidrovia Tietê‑Paraná. Além disso, duas eclusas interligadas por um lago intermediário
permitem a transposição das embarcações e a navegação pela mesma hidrovia.
Usina Hidrelétrica ParaibunaA Usina Hidrelétrica Paraibuna, que leva o nome do rio e município nos quais se localiza,
teve sua operação iniciada em 1978 e totaliza potência instalada de 85 MW, com duas
unidades geradoras.
A área total do seu reservatório é de 224,40 km², composto pela interligação dos
reservatórios da UHE Paraibuna (177 km²) e da Barragem de Paraitinga (47,40 km²). Suas
barragens estão entre as mais altas do Brasil, com 94 metros e 104 metros de altura,
respectivamente. Seus sistemas de controle de cheias ‑ vertedor tulipa em Paraitinga e
válvulas dispersoras em Paraibuna ‑ regulam a vazão do Rio Paraíba do Sul, responsável pelo
fornecimento de água a várias cidades do Vale do Paraíba e do Estado do Rio de Janeiro.
Usina Hidrelétrica Paraibuna
12 CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
Presidência
Comitê de Sustentabilidade Empresarial
Suprimentos
Administração deserviços edocumentação
Patrimônio imobiliário
Tecnologia daInformação
Unidade de produçãoRio Paraíba
Relação com osinvestidores
Gestão financeira
Contabilidade
Planejamento, controle e tarifa
Gestão deempreendimentos
Projetos e tecnologia
Planejamento daexpansão
Meio ambiente
Comercialização
Planejamento energéticoe assuntos regulatórios
Engenharia e gestãode manutenção
Gestão da produção
Unidade de produção Jupiá
Unid. de produçãoIlha Solteira / Três Irmãos
Unid. de produção Porto Primavera
Geração Oeste Geração Leste Administrativa
Auditoria interna
Financeira e deRelações com os
Investidores
Engenharia eConstrução
Coordenadoria executivada presidência
Gestão empresarial
Jurídico
Comunicação
Recursos humanos
Estrutura OrganizacionalA Estrutura Organizacional da CESP atende as suas necessidades
administrativo‑operacionais em conformidade com os órgãos reguladores e fiscalizadores
do atual modelo do Setor Elétrico Brasileiro e é composta por equipes técnicas altamente
especializadas e por um corpo gerencial de longa atuação no setor.
Com constantes desafios associados à conjuntura econômico‑financeira, essa estrutura permite
à Companhia priorizar e planejar suas ações, visando à racionalização empresarial e à otimização
de recursos, bem como à busca da qualidade total e da excelência gerencial em todos os níveis.
Organograma Geral ‑ Estrutura Organizacional
Usina Hidrelétrica JaguariA Usina Hidrelétrica Jaguari, localizada no Rio Jaguari entre os municípios de Jacareí e São
José dos Campos (SP), está em operação desde 1972 e possui potência instalada de 27,6 MW,
em duas unidades geradoras.
O reservatório da usina totaliza área de 56 km² e sua principal finalidade é permitir o
controle da vazão do Rio Paraíba do Sul.
13CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
Sustentabilidade Empresarial Em 2006 foi criado o Programa de Sustentabilidade Empresarial, com o objetivo de
alinhar e integrar as boas práticas de governança corporativa às ações socioambientais
desenvolvidas pela Companhia.
Nesse sentido, foi elaborado o mapa de implementação do processo de Sustentabilidade
Empresarial e criado o Comitê de Sustentabilidade Empresarial, composto por representantes
de todas as diretorias da Empresa com o compromisso de disseminar e envolver todos
os seus empregados nas práticas e conceitos da Sustentabilidade Empresarial, condição
essencial para o desenvolvimento das ações estabelecidas no programa.
Com a finalidade de inserir o conceito de sustentabilidade em sua estratégia, a CESP
redefiniu no seu planejamento empresarial os objetivos estratégicos, indicadores, metas e
macro‑ações.
Valores
Transparência
Prestação de contas
Responsabilidade corporativa
Conselho Administração
Equidade no tratamento dos acionistas
Auditoria Independente
Conselho Fiscal
Código de Conduta
Controles internos
Indicadores e metas
Meio Ambiente - Gerenciamento do impacto social- Responsabilidade pela geração futura
Público Interno / Empregados- Capacitação - P&D- PLR e benefícios- Respeito ao indivíduo- Relações sindicais
Clientes- Parceria
Fornecedores- Seleção, avaliação e parceria
Comunidade e Governo- Ação social- Rel. comunidade local- Participação em projetos sociais do governo- Patrimônio histórico
Práticas de GovernançaCorporativa
Sustentabilidade Empresarial
Práticas Socioambientais
Políticas
Missão
Visão
Plano Estratégico
14 CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
Índice de Sustentabilidade Empresarial ‑ ISEPela 3ª vez em quatro edições, a CESP foi confirmada como uma das 30 companhias, de 13
setores da economia, que integram a carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial – ISE
da Bolsa de Valores de São Paulo para o período dezembro de 2008 a novembro de 2009. As
componentes da nova carteira foram selecionadas por um Conselho Deliberativo entre as 137
empresas emissoras das 150 ações de maior liquidez da Bovespa que receberam o questionário
do ISE. A atual edição do questionário do índice abordou seis dimensões – Geral, Natureza
do Produto, Governança Corporativa, Econômico‑Financeira, Ambiental e Social – que foram
avaliadas pelo emprego de quatro critérios: políticas (indicadores de comprometimento),
gestão (planos, programas, metas e monitoramento), desempenho (indicadores de
performance) e cumprimento legal (cumprimento de normas na área ambiental, trabalhista,
de concorrência e relativas ao consumidor). O questionário avalia as empresas socialmente
responsáveis, sustentáveis e rentáveis. A permanência da CESP no ISE confirma sua vocação
de longa tradição e comprometimento com o desenvolvimento sustentável.
Composição AcionáriaO capital social integralizado da Companhia, de R$ 5.975.433 mil está dividido em 109.167.558
ações ordinárias, 8.119.548 ações preferenciais classe A e 210.215.567 ações preferenciais classe B.
35,98 %Fazenda do Estado de São PauloOutros (Controlador)Credit Suisse (Brasil) S.A.BNDES PART S.ACentrais Elétricas Brasileiras - EletrobrásDeustche Bank AG LondonSantander Investimentos em Participação S.A.Outros (Free Float)
4,61%4,40%5,08%
2,05%5,71% 5,95%
36,22%
Usina Hidrelétrica Três Irmãos
15CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
Em 21 de julho de 1966, por força do Decreto nº 46.495, o Governo do Estado de São Paulo
nomeou uma comissão para estudar a unificação de suas 11 empresas do setor de energia
elétrica, nas quais era acionista majoritário, com o objetivo de uniformizar o trabalho
efetuado por aquelas empresas. O estudo tinha o objetivo de, além de adotar políticas e
procedimentos padronizados na área energética, criar as condições para que se implantasse
a infra‑estrutura capaz de atender à crescente demanda por energia na Região Sudeste, por
meio da obtenção de financiamentos para o setor, inclusive, de órgãos do exterior.
Das empresas estudadas, cinco eram companhias estaduais (Usinas Elétricas do
Paranapanema – USELPA; Companhia Hidroelétrica do Rio Pardo – CHERP; Centrais
Elétricas de Urubupungá S.A. – CELUSA; Companhia Melhoramentos de Paraibuna –
COMEPA e Bandeirante de Eletricidade S.A. – BELSA) e seis empresas controladas pelas
estaduais (S.A. Central Elétrica Rio Claro – SACERC e suas associadas Empresa Luz e Força
de Mogi Mirim S.A., Companhia Luz e Força de Jacutinga S.A. e Empresa Melhoramentos
de Mogi Guaçu S.A., todas controladas pela CHERP, além da Empresa Luz e Força Elétrica
de Tietê S.A. e da Companhia Luz e Força de Tatuí, ambas controladas pela BELSA).
1966: Após a realização de uma assembléia para votação dos laudos de avaliação e
constituição da CESP, em 5 de dezembro 1966, o Governador do Estado, por meio do
Decreto nº 47.322, do dia 6 do mesmo mês, ratificou os estatutos da Companhia tendo sido
constituída a Centrais Elétricas de São Paulo S.A. (CESP), que passou a atuar nas atividades
de planejamento, construção e operação de sistemas de geração, transmissão e distribuição
de energia elétrica.
1971: É realizada a abertura do capital social da Companhia, em 27 de dezembro de 1971,
conforme aprovação na Assembléia Geral Extraordinária de 16 de agosto do mesmo ano.
1969 a 1975: Inauguração das UHE Álvaro de Souza Lima (Bariri, no Rio Tietê ‑ Bariri e Boracéia
‑ SP), UHE Ibitinga (Rio Tietê – Ibitinga e Iacanga ‑ SP), Engenheiro Souza Dias (Jupiá, no Rio
Paraná – Castilho – SP e Três Lagoas ‑ MS), UHE Chavantes (Rio Paranapanema ‑ Chavantes –
SP e Ribeirão Claro ‑ PR), UHE Jaguari (Rio Jaguari ‑ Jacareí e São José dos Campos ‑ SP) e
UHE Ilha Solteira (Rio Paraná – Ilha Solteira – SP e Selvíria ‑ MS), na época, a maior do País.
Início da operação da eclusa de Barra Bonita (Rio Tietê ‑ Barra Bonita e Igaraçu do Tietê ‑ SP)
e aquisição do controle acionário da Companhia Paulista de Força e Luz – CPFL.
1977: Em 27 de outubro, a CESP passa a denominar‑se Companhia Energética de São Paulo,
assinalando suas atividades no campo das energias alternativas. Inauguração da Usina
Hidrelétrica Promissão, hoje Mário Lopes Leão (Rio Tietê – Promissão e José Bonifácio – SP).
1977 a 1994: Inauguração das UHE Paraibuna (Rio Paraibuna – Paraibuna – SP), UHE Escola
de Engenharia Mackenzie (Capivara, Rio Paranapanema – Taciba‑ SP e Porecatu – PR), UHE
José Ermirio de Moraes (Água Vermelha, Rio Grande – Indiaporã, Guarani d’Oeste e Iturama
‑ MG), UHE Nova Avanhandava (Rio Tietê ‑ Buritama e Brejo Alegre – SP), AM Três Irmãos
– (Rio Tietê – Pereira Barreto e Andradina – SP), UHE Escola Politécnica (Taquaruçu) – (Rio
Paranapanema – Sandovalina – SP e Itaguajé ‑ PR), UHE Rosana – (Rio Paranapanema –
Teodoro Sampaio – SP e Diamante do Norte – PR).
Histórico
16 CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
Inauguração da então Hidrovia do Álcool, de Barra Bonita até Ibitinga (SP).
Tombamento da Usina do Corumbataí pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico,
Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo – Condephaat.
1996: A Companhia é incluída no Programa Estadual de Desestatização (PED), instituído
pela Lei Estadual nº 9361, de 05/07/1996. A partir desse período, a CESP foi submetida a
profundo processo de reestruturação societária e patrimonial, parte de um extenso plano de
ação que visava à recuperação da Empresa, determinando medidas para reduzir seu grau
de endividamento mediante a venda de ativos, à finalização obras inacabadas, maximização
da qualidade e eficiência e atendimento ao novo Marco Regulatório.
1997: Venda do controle acionário da distribuidora de energia elétrica CPFL – Companhia
Paulista de Força e Luz.
1998: A ELEKTRO, subsidiária integral criada para realizar as atividades de distribuição de
energia elétrica, é privatizada.
1999: Em 1º de abril, como resultado da cisão parcial da CESP, teve início a operação
comercial de três novas empresas, a Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista
(CTEEP), a Companhia de Geração de Energia Elétrica Paranapanema, com oito usinas
que totalizavam 2.148,20 MW de potência instalada e a Companhia de Geração de Energia
Elétrica Tietê, com dez usinas e 2.651,55 MW de potência instalada, sendo que as duas
geradoras foram privatizadas no mesmo ano.
Ainda em abril foi alienado o controle acionário da COMGÁS – Companhia de Gás de São Paulo,
distribuidora de gás canalizado no Município de São Paulo, controlada pela CESP desde 1984.
Inauguração da Usina Hidrelétrica Engenheiro Sergio Motta (Porto Primavera), com
entrada em operação das três primeiras unidades geradoras, que totalizavam 302,4 MW, e
inauguração das UHEs Canoas I e II, no Rio Paranapanema.
2001: O racionamento de energia elétrica em todas as regiões do País, com exceção do sul,
levou as empresas geradoras a perdas de receita. Diante das condições adversas, a CESP
implementou algumas ações que mitigaram o impacto negativo das medidas de exceção
relacionadas ao racionamento de energia elétrica, tanto para a Companhia como para a
sociedade, sendo as mais importantes:
‑ Processo de sobre potência de 100,8 MW para 110,0 MW para todas as unidades geradoras
já instaladas na UHE Engenheiro Sergio Motta (Porto Primavera). Essa operação propiciou
um ganho próximo de 10% na capacidade nominal de cada máquina;
‑ A antecipação do cronograma de operação das máquinas de nºs. 9, 10 e 11, também
da UHE Engenheiro Sergio Motta (Porto Primavera), de, em média, em 72 dias, o que
possibilitou à CESP gerar cerca de 580.000/700.000 MWh de energia livre.
Com isso, a CESP foi a geradora que mais acrescentou energia nova de origem hidráulica
no mercado nacional, 410/500 MW, o que representou, na época, aproximadamente 34%
17CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
de toda a energia hidroelétrica nova disponibilizada no País,
diminuindo o impacto do racionamento.
2002: Mesmo com um cenário desfavorável, marcado pelo
racionamento de energia no mercado interno, pelo atentado
de 11 de setembro nos Estados Unidos e pelo stress do nível
de aversão do risco‑país às vésperas da troca de governo, a
CESP renegociou seus compromissos internacionais de curto
prazo com os detentores de Bônus, operação que alcançou
US$ 676 milhões. Além disso, outro US$ 1,3 bilhão foi obtido,
basicamente, mediante o lançamento de CTEEs – Certificados
a Termo de Energia Elétrica no mercado doméstico, o que
permitiu, especialmente, a conclusão da usina Engenheiro
Sergio Motta (Porto Primavera), que teve sua última unidade
geradora acionada em novembro de 2003.
2006: Com a conclusão do projeto de privatização da
CTEEP, cujos recursos, no montante de R$ 1,2 bilhão, foram
integralmente aportados na CESP, operação que alavancou a
oferta pública de ações, tendo sido captados mais R$ 2 bilhões,
permitindo que a Companhia mais do que dobrasse o capital
social, que passou de R$ 2,7 bilhões para R$ 5,9 bilhões. Em
complemento, por intermédio de uma operação de bônus no
mercado internacional foram captados US$ 220 milhões em
agosto. Essas operações possibilitaram à CESP liquidar cerca
de 32% de sua dívida até dezembro daquele ano.
2007: Em janeiro, a CESP emitiu, em Reais, pela primeira vez
no mercado financeiro internacional, sua 8ª série de Notas de
Médio Prazo, indexada ao Índice de Preços ao Consumidor
Amplo – IPCA, com prazo de oito anos e vencimento único em
janeiro de 2015, no montante de R$ 750 milhões, equivalentes,
à época, a US$ 350 milhões de dólares norte‑americanos.
Em junho, a CESP concretizou o lançamento, no mercado
nacional, do seu quarto Fundo de Investimento em Direitos
Creditórios ‑ FIDC IV, no valor de R$ 1,25 bilhão, prazo total
de dez anos e carência de cinco anos. Conforme deliberações
do Conselho de Administração, em reunião realizada em 6 de
julho de 2007 e da Assembléia Geral Extraordinária, em 26
de julho de 2007, a CESP procedeu ao “grupamento” de suas
ações que passaram a ter Cotação Unitária a partir de 3 de
setembro de 2007.
2008: A CESP, pela 3ª vez em quatro edições, foi confirmada
como uma das 30 companhias, de 13 setores da economia, que
integram a carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial –
ISE para o período de dezembro de 2008 a novembro de 2009.
Tanque de dourados - Estação
de Hidrobiologia e Aquicultura
de Jupiá - Castilho - SP
18 CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
A CESP tem sua administração orientada para os seguintes aspectos prioritários:
Reestruturação do Endividamento. » A Companhia tem por principal objetivo a redução
de seu endividamento de forma a mantê‑lo adequado a sua geração de caixa. Quando
do lançamento das ações preferenciais nominativas da classe B, a Companhia tinha
se comprometido perante os investidores a reduzir, a médio prazo, a relação da Dívida
Líquida por EBITDA de 10,1 vezes, valor do indicador em dezembro de 2005, para 3,5
vezes em cinco anos, até 2010. Em dezembro de 2008, a relação já era de 4,3 vezes
sendo que a meta de 3,5 vezes foi alcançada em 32 meses decorridos após o aumento
de capital, em março de 2009.
Eficiência e Otimização Operacional. » O rigoroso programa de investimentos na
manutenção das instalações e no treinamento de seus técnicos tem mantido a
eficiência e o alto padrão na produção de energia elétrica, o que pode ser constatado
por meio dos índices de disponibilidade de unidades geradoras e taxa de falhas. Com
isso, a Companhia fortifica a base que torna seu negócio cada vez mais competitivo e,
assim, eleva a criação de valor para seus acionistas.
Otimização do Portfólio de Clientes. » Em 2008, cerca de 49% da energia foram
direcionados para o mercado regulado, 45% a consumidores livres e comercializadoras
e 6% da energia foi vendida na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Para os próximos anos, a estratégia da CESP é maximizar as vendas a consumidores
livres, que apresentam maior flexibilidade na forma de contratação e definição de
preços, proporcionando melhores resultados financeiros para a Companhia.
Aprimoramento das Práticas de Governança Corporativa. » Em 2006, a CESP aderiu ao
Nível 1 das Práticas Diferenciadas de Governança Corporativa da Bovespa e adotou,
espontaneamente, algumas práticas de governança corporativa exigidas no Nível 2 e
Novo Mercado que foram incorporadas no Estatuto Social.
As diretrizes de gestão e estratégias da CESP dão à Companhia as seguintes vantagens
competitivas:
Perfil Ótimo de Contratação. » A atual energia assegurada da Companhia está contratada
até 2012 a preços competitivos e reajustados com base na inflação, o que proporciona
estabilidade na geração de caixa.
Eficiência Operacional. » A qualidade do desempenho operacional da CESP, refletida nos
índices de disponibilidade de máquinas e taxa de falhas, é resultado, principalmente,
da eficiência na produção de energia proporcionada pela manutenção de suas
instalações e treinamento de seus técnicos.
Geração Consistente de Caixa Operacional e Reduzida Necessidade de Investimentos. »
Com forte capacitação técnica e funcionários experientes na utilização dos
equipamentos e manutenções preventivas programadas, a CESP controla seus custos
operacionais de forma eficiente, o que levou a manter sua margem EBITDA superior
a 65% nos últimos três anos, aliado ao fato de que a Companhia não tem, em curto
prazo, projetos de investimentos para expansão do seu parque gerador.
Condições Hidrológicas Favoráveis e Localização Privilegiada. » As principais usinas
hidrelétricas da CESP estão localizadas no sudeste do Brasil, na região hidrográfica
do Paraná, que possui a razão entre disponibilidade hídrica e demanda total de 4%,
ótima classificação, de acordo com os critérios de severidade adotados pela European
Estratégia e Vantagens Competitivas
19CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
Environmental Agency e pela Organização das Nações Unidas. Além disso, suas usinas
se encontram nas partes mais baixas de suas respectivas bacias hidrográficas, o que
permite a otimização de seus reservatórios situados na mesma cascata. Esses fatores
têm permitido à Companhia uma produção superior a sua energia assegurada, tendo
alcançado, em 2008, a produção de cerca de 20% de energia excedente.
Administração Experiente. » A diretoria da CESP é integrada por profissionais com
ampla e sólida experiência na atividade de geração de energia hidrelétrica, nos setores
privado e público. Os membros da diretoria da Companhia possuem, em média, mais
de 25 anos de atuação no setor elétrico.
Nível 1 das Práticas Diferenciadas de Governança CorporativaA CESP aderiu, em julho de 2006, ao Nível 1 das Práticas Diferenciadas de Governança
Corporativa da Bovespa, que se constitui em um conjunto de regras que disciplina as
relações entre o acionista controlador, o Conselho de Administração, a Diretoria Executiva,
os demais acionistas e, em especial, o mercado financeiro. Todos esses públicos recebem
informações com qualidade, agilidade e transparência.
Outras Práticas de Governança CorporativaAlém dos procedimentos exigidos pelo Nível 1 de Governança Corporativa, a CESP adotou,
adicionalmente, as seguintes práticas, incorporadas no Estatuto Social:
Adesão à Câmara de Arbitragem do Mercado da Bovespa, para dirimir dúvidas de »caráter societário;
“Tag Along” 100% como direito aos acionistas detentores de ações preferenciais »classe B (CESP 6) à venda conjunta das ações, pelas mesmas condições, em caso de
alienação do controle acionário;
Mandato de dois anos para a Diretoria e Conselho de Administração; »Conselho de Administração composto por 20% de conselheiros independentes. »
Em reunião realizada em dezembro de 2008, o Conselho de Administração deliberou
que, a partir das demonstrações financeiras de 31.12.2009, adicionalmente ao previsto
na legislação brasileira, a CESP divulgará no idioma inglês, a íntegra das demonstrações
financeiras, relatório da administração e notas explicativas. Os documentos serão elaborados
de acordo com a legislação societária brasileira, acompanhadas de nota explicativa
adicional demonstrando a conciliação do resultado do exercício e do patrimônio líquido
apurados segundo os critérios contábeis brasileiros e segundo os padrões internacionais
do International Accounting Standards Board (IASB), evidenciando as principais diferenças
entre os critérios contábeis aplicados, e do parecer dos auditores independentes, até que
a evolução da legislação brasileira permita a integral adoção dos padrões internacionais
estabelecidos pelo International Reporting Financial Standards (IRFS).
Governança Corporativa
20 CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
Relações com InvestidoresA CESP dispõe de uma área de relações com investidores
(RI) que coordena a distribuição das informações ao mercado
financeiro em geral, investidores, analistas de mercado,
instituições financeiras, órgãos reguladores e fiscalizadores,
por meio de reuniões públicas anuais, teleconferências dos
resultados trimestrais, reuniões “one‑to‑one” com analistas
de mercado, administradores de fundos e investidores. No
transcorrer de 2008 foram realizadas mais de 50 dessas reuniões,
além de participações em eventos do tipo “Utilities Day”, “mailing
list”, “site” corporativo, módulo do RI (http://ri.cesp.com.br) e
e‑mail [email protected] e o Fale com RI, ferramenta que
permite a resposta de questões específicas em até três dias úteis.
OuvidoriaA CESP atua de acordo com sua Política de Qualidade
buscando a excelência operacional para sempre atender aos
requisitos dos clientes e garantir sua satisfação. Por meio da
ouvidoria, a Companhia disponibiliza aos clientes um canal de
relacionamento e comunicação que tem como missão defender
seus interesses dentro da CESP.
A ouvidoria atua como instância final, com a finalidade de
acolher, esclarecer e responder toda e qualquer manifestação,
de forma a provocar ações de transformação interna e melhorar
a qualidade dos serviços prestados pela CESP. A Ouvidoria pode
ser acessada pelo “site” corporativo, no ícone “Fale Conosco”.
Conselho de Administração O Conselho de Administração da CESP é o órgão de
deliberação colegiada responsável pelo estabelecimento das
políticas e diretrizes gerais dos negócios, incluindo a estratégia
de longo prazo da Companhia. É composto por no mínimo
três e no máximo 15 membros, com mandatos de dois anos e
reeleição permitida, conforme previsto no Estatuto Social.
As reuniões do Conselho acontecem, ordinariamente, uma vez por
mês e, extraordinariamente, sempre que necessário e são realizadas
com a presença da maioria de seus membros em exercício.
Seus membros são eleitos pelos acionistas da CESP, em
assembléia geral. Dos atuais 15 integrantes, um conselheiro
independente foi indicado pelos acionistas preferencialistas
minoritários, um eleito pelos empregados da Companhia,
dois conselheiros independentes e os demais, eleitos pelo
controlador, a Fazenda do Estado de São Paulo.
Canal Pereira Barreto
21CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
Conselho de Administração
Dilma Seli Pena Presidente
Aloysio Nunes Ferreira Filho Vice‑Presidente
Andrea Sandro Calabi Conselheiro (eleito por controlador)
André Luis de Lacerda Sousa Conselheiro (eleito por controlador)
Antonio Mardevânio Gonçalves da Rocha Conselheiro (representante dos empregados)
Carlos Pedro Jens Conselheiro Independente
Fernando Carvalho Braga Conselheiro (eleito por controlador)
Fernando de Lima Granato Conselheiro (eleito por controlador)
Francisco Vidal Luna Conselheiro (eleito por controlador)
Gesner José de Oliveira Filho Conselheiro (eleito por controlador)
Guilherme Augusto Cirne de Toledo Conselheiro (eleito por controlador)
Alexandre Magalhães da Silva Conselheiro Independente (eleito por minoritários)
Marcos Antonio de Albuquerque Conselheiro (eleito por controlador)
Mauro Ricardo Machado Costa Conselheiro (eleito por controlador)
Nelson Vieira Barreira Conselheiro Independente
Diretoria
Guilherme Augusto Cirne de Toledo Diretor ‑ Presidente
Vicente Kazuhiro Okazaki Diretor Financeiro e de Relações com Investidores
Armando Shalders Neto Diretor Administrativo
Iramir Barba Pacheco Diretor de Engenharia e Construção
Vilson Daniel ChristofariDiretor de Geração Oeste e Diretor de Geração Leste (acumulando)
Os currículos de todos os membros do Conselho de Administração da CESP estão
disponíveis em: http://ri.cesp.com.br.
DiretoriaA Diretoria da CESP é composta por até seis membros, acionistas ou não, sendo responsável
pela administração dos negócios e a prática de todos os atos necessários ou convenientes,
bem como pela execução das deliberações tomadas pelo Conselho de Administração.
Os Diretores da Companhia, que possuem mandato de dois anos, sendo permitida a
reeleição, têm responsabilidades individuais estabelecidas pelo Conselho de Administração,
pelo Estatuto Social e pelo Regimento Interno. As reuniões de Diretoria são convocadas
pelo Diretor‑Presidente ou por solicitação da maioria dos membros da Diretoria, sendo
instaladas com a presença da maioria de seus membros.
Os currículos de todos os membros da Diretoria da CESP estão disponíveis em:
http://ri.cesp.com.br.
Conselho FiscalO Conselho Fiscal da CESP, instalado em caráter permanente, é constituído por cinco
membros efetivos e suplentes em igual número, eleitos em Assembléia Geral para mandato
22 CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
de um ano. O acionista controlador ou titular detentor das ações ordinárias de emissão da
Companhia indica três membros efetivos e seus respectivos suplentes para representá‑lo
e os acionistas detentores de ações preferenciais, na qualidade de acionista minoritário
e preferencialista da Companhia, indicam dois membros efetivos e seus respectivos
suplentes para representá‑lo.
A principal responsabilidade do Conselho Fiscal é supervisionar as atividades da
administração e manter os acionistas informados de suas constatações.
Para isso, como órgão independente e não relacionado aos Auditores Independentes, revisa
as Demonstrações Financeiras da Companhia e aconselha os acionistas a respeito de seu
conteúdo, além de se reportar a eles em assuntos relacionados ao orçamento da CESP,
mudanças em sua capitalização, distribuição de dividendos e reorganizações societárias.
Conselho Fiscal
Agnaldo César Breves Efetivo (eleito por minoritários e preferencialistas)
Amancio Acúrcio Gouveia Efetivo (eleito por minoritários e preferencialistas)
Geraldo José Sertório Collet Silva Efetivo (eleito por controlador)
José Rubens Gozzo Pereira Efetivo (eleito por controlador)
Pedro Pereira Benvenuto Efetivo (eleito por controlador)
Anna Paula Dorce Armonia Borestein Suplente (eleito por minoritários e preferencialistas)
Atilio Gerson Bertoldi Suplente (eleito por controlador)
Carlos Eduardo Esposel Suplente (eleito por controlador)
Dirceu Rioji Yamazaki Suplente (eleito por controlador)
Agostinho da Silva Mota Suplente (eleito por minoritários e preferencialistas)
Os currículos de todos os membros do Conselho Fiscal da CESP estão disponíveis em:
http://ri.cesp.com.br.
Politica de DividendosTodos os acionistas, em data acordada, têm direito ao recebimento de dividendos cuja
distribuição é definida na Assembléia Geral Ordinária, realizada até 30 de abril de cada ano.
Os dividendos da CESP são destinados de acordo com a seguinte prioridade:
(i) aplicação de 5%, antes de qualquer outra destinação, na constituição da reserva legal, até
o limite de 20% do capital social;
(ii) do saldo, será destinado valor para pagamento do dividendo anual prioritário e obrigatório
das Ações Preferenciais A de 10% calculado sobre o valor do capital social integralizado
representado por Preferenciais A, a ser rateado ente ações preferenciais desta classe;
(iii) do saldo, será destinado valor para pagamento de dividendo anual obrigatório às
ações ordinárias e às Ações Preferenciais B correspondente a 10% do valor do capital social
integralizado representado por estas ações, a ser rateado igualmente entre elas;
23CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
(iv) do saldo, até 20% a Companhia poderá destinar, conforme deliberação da Assembléia Geral, para
reinversão na expansão das atividades de seu objeto social, até o limite de 10% de seu capital social; e
(v) o saldo terá a destinação deliberada em Assembléia Geral, observadas as retenções
permitidas em lei, sendo que, no caso de distribuição de saldo remanescente às ações
ordinárias e Preferenciais A e Preferenciais B, esta se fará em igualdade de condições.
O pagamento de juros a título de remuneração de capital próprio poderá ser deduzido do
montante de dividendos a pagar, na forma da legislação vigente.
Gestão de Riscos Visando o cumprimento de seus objetivos estratégicos, a CESP iniciou em 2008 o projeto para
implantação de um modelo de Gestão de Riscos Corporativos, que inclui o mapeamento de
processos, a identificação e mensuração de riscos, a melhoria dos procedimentos e controles
internos e a adoção da metodologia de auto avaliação de controle. A avaliação dos processos
de gestão de riscos e controles internos considera os princípios do “Commitee of Sponsoring
Organizations – COSO” e “Control Objectives for Information and Related Technology – COBIT”.
Código de Conduta Em resposta às crescentes exigências da sociedade e, em especial, do mercado de capitais,
quanto à formalização dos princípios éticos adotados pela Companhia como norteadores de
suas atividades, a CESP elaborou seu Código de Conduta, que deverá contribuir positivamente
com seu relacionamento interno e externo, elevando o nível de confiança no relacionamento
com todos os seus parceiros investidores, fornecedores, clientes, credores, autoridades e seus
próprios colaboradores. A divulgação do Regimento Interno do Código está prevista para 2009.
Troféu Transparência ANEFAC A CESP ganhou, pela sexta vez, o prêmio Troféu Transparência na categoria Companhias
Abertas, como uma das dez empresas finalistas que publicaram em 2008 as melhores
Demonstrações Financeiras. A premiação é concedida pela Associação Nacional dos
Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), em parceria com
a Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), da
Universidade de São Paulo e Serasa.
Entre os critérios de avaliação das 789 empresas concorrentes em 2008, sendo 220 de
capital aberto e 569 de capital fechado, estão a qualidade e grau das informações contidas
nas demonstrações financeiras e notas explicativas, transparência das informações
prestadas, qualidade do relatório da administração, aderência aos princípios contábeis,
legibilidade, concisão e clareza, entre outros.
Prêmio Abrasca de Criação de Valor O 1º Prêmio Abrasca (Associação Brasileira das Companhias Abertas) de Criação de Valor
indicou a CESP como uma das três empresas finalistas de destaque entre as cerca de 60
Prêmios
24 CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
empresas do setor de energia elétrica. A CESP recebeu, em 2008, o prêmio de empresa de
maior criação de valor em 2007 e foi destaque no setor de energia elétrica, entre os dez
setores da economia: alimentos, atacado e varejo, bancos, energia elétrica, saneamento e
gás, máquinas e equipamentos, metalúrgica e siderurgia, papel e celulose, extração mineral
e telecomunicações.
O Prêmio Abrasca foi lançado pelo Conselho do Anuário Estatístico das Companhias
Abertas, com o objetivo de incentivar, entre as empresas de capital aberto, as boas
práticas de governança corporativa. A metodologia utilizada, inédita no Brasil, distinguiu
as companhias que obtiveram os maiores índices nos conceitos de criação de valor para o
acionista, sustentabilidade empresarial, controle de riscos dos negócios, transparência de
informações e atuação social.
Prêmio Proteção Brasil da PREVENORO trabalho “Inspeção Subaquática com Televisionamento nas Turbinas da CESP”
foi premiado na categoria melhor “case” em espaço confinado no Brasil do Prêmio
Proteção Brasil de Saúde e Segurança no Trabalho. A premiação, ocorrida na
programação da Prevenor 2008 – Sétima Feira e Seminário Norte‑Nordeste de Saúde
e Segurança no Trabalho e Emergência, contou com 120 trabalhos inscritos em âmbito
nacional em 13 categorias.
O prêmio visa reconhecer e estimular o esforço de empresas e profissionais na melhoria
do ambiente de trabalho e divulgar as ações bem sucedidas nesses aspectos. A técnica
de inspeção subaquática com recursos de televisionamento em tempo real aumenta
a segurança da equipe, reduz de cinco dias para quatro horas o tempo necessário à
inspeção e não causa impacto ambiental.
Prêmio SENOP A quarta edição do Seminário Nacional de Operadores de Sistemas Elétricos (SENOP)
premiou o trabalho da CESP sobre limpeza de grades da tomada d’água na categoria
Controle e Segurança da Operação, entre 430 trabalhos de 63 empresas de geração,
transmissão e distribuição de energia elétrica.
O tema vencedor, em 2008, ‑ “Criatividade e Inovação, a Superação no Projeto de
Mecanismo para Limpeza das Grades de Tomada D’Água da Usina Hidrelétrica Engenheiro
Sergio Motta (Porto Primavera)” ‑ destaca os benefícios da execução do trabalho sem o
desligamento das unidades geradoras e a redução de recursos necessários no processo, o
que diminui o risco de acidentes.
Divulgação externa ‑ ReleaseO site de divulgação de textos jornalísticos – Maxpress ‑ classificou o release “CESP
comemora Dia das Aves com filhotes de espécies ameaçadas” como um dos TopMax20
do mês de outubro de 2008. A matéria sobre o nascimento de três filhotes de espécies
ameaçadas de extinção no Centro de Conservação de Fauna Silvestre da CESP em Ilha
Solteira totalizou 446 acessos.
25CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
Cenário
Desempenho Econômico-financeiro
Desempenho Operacional
Mercado de Capitais
Usina Hidrelétrica Engenheiro
Souza Dias (Jupiá)
Ambiente Macro‑EconômicoAté o terceiro trimestre do ano, o Produto Interno
Bruto (PIB) evoluiu, em doze meses, 6,8%, superando
os 5,6% do mesmo período de 2007. No quarto
trimestre, em decorrência da crise econômica mundial,
houve uma redução do crescimento, tendo o ano
encerrado com taxa positiva de 5,1%, revelando‑se a
primeira desaceleração do PIB desde 2004.
A moeda‑norte americana valorizou‑se 31,9% com relação ao Real e terminou o ano cotada a R$ 2,33.
A Taxa Básica de Juros era de 13,75% a.a. e a inflação medida pelo Índice de Preços ao
Consumidor Amplo – IPCA, do IBGE, registrou 5,9% no ano.
Apesar dos impactos da crise, o País conseguiu manter sua balança comercial com
superávit de US$ 24,7 bilhões e alcançar o recorde de R$ 197,9 bilhões em exportações,
um aumento anual de 23,2%. Esses resultados levaram o Brasil a ser qualificado, a partir
de maio de 2008, como país com grau de “Investment Grade”, por duas das principais
agências de classificação de risco, o que proporcionou credibilidade para os investidores
estrangeiros diretos, oferecendo‑lhes mais uma opção para novos investimentos.
Setor de Energia ElétricaO setor de energia elétrica brasileiro é regulado e fiscalizado pela Agência Nacional de
Energia Elétrica (ANEEL). O País está dividido em quatro submercados interligados pelo
sistema de transmissão: Norte, Nordeste, Sudeste/Centro‑Oeste e Sul.
O Operador Nacional do Sistema (ONS) é responsável pela operação e confiabilidade
do SIN ‑ Sistema Interligado Nacional, monitorando todas as regiões para que não haja
desabastecimento de energia em nenhuma região do País.
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) é responsável pela contabilização de
energia em todos os submercados, elaborando as regras de comercialização, como também
divulgando o preço da energia por semana em cada submercado, mediante chancela da
ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica.
Geração A capacidade de geração do País alcançou 102.610
megawatts (MW) produzidos por 1.994 empreendimentos
em operação ao final de 2008, de acordo com dados da
ANEEL. As usinas hidrelétricas representam 73,0% dessa
geração e as termelétricas 22,2%, sendo os 4,8% restantes
provenientes das usinas nucleares (1,96%), PCHs –
Pequenas Centrais Hidrelétricas (2,39%), eólicas (0,33%) e
CGHs – Centrais Geradoras Hidrelétricas (0,15%).
Cenário
Em 2008 a capacidade de geração no País alcançou 102.610 MW, sendo 73% provenientes de hidrelétricas
73,0%
4,8%22,2%
Termelétrica
Outras
Hidrelétrica
Geração no Brasil por Fonte de Energia
27CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
Desempenho Operacional
Consumo O consumo de energia elétrica em 2008 alcançou um total de
aproximadamente 395 mil GWh, segundo dados da Empresa de
Pesquisa Energética (EPE), valor 3,8% superior ao consumido em 2007.
Produção de Energia ElétricaA produção de energia elétrica das usinas da CESP no acumulado
de 2008 alcançou 41.139 GWh, o que representa 4.683 MW médios,
aproximadamente 20% além de sua energia assegurada nominal de
3.916 MW médios anuais.
Energia Produzida e Assegurada (MW médios)
Produção Total Anual (MWh)
Usinas 2008
Ilha Solteira 17.939.479
Três Irmãos 2.662.099
Jupiá 9.720.326
Porto Primavera 10.485.272
Paraibuna 261.882
Jaguari 70.372
Total 41.139.430
2003 4.2253.916
2004 4.1373.916
2005 4.3263.916
2006 4.8923.916
2007 4.7033.916
3.9162008 4.683
Produção Energia Assegurada
28 CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
Comercialização A CESP comercializa sua energia assegurada nos seguintes ambientes:
Ambiente de Contratação Regulado – ACR: mediante os contratos de Compra e Venda de
Energia no Ambiente de Contratação Regulado (CCVEs ‑ ACR) firmados com as grandes
distribuidoras e distribuidoras com carga inferior a 500 GWh/ano.
Ambiente de Contratação Livre – ACL: CCVEs ‑ ACL de curto, médio e longo prazo,
negociados com as geradoras, comercializadoras e consumidores livres.
Além disso, as diferenças entre a energia produzida, assegurada e contratada foram
contabilizadas e liquidadas pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
LeilõesEntre 2004 e 2007 a CESP teve 2.518 MW contratados no ACR, de acordo com os resultados
dos seguintes leilões de energia:
2005800 mw médios - R$ 62,10/MWh
2012
1.178 mw médios - R$ 68,37/MWh2006 2013
20 mw médios - R$ 77,70/MWh2007 2014
170 mw médios - R$ 83,50/MWh2008 2015
120 mw médios - R$ 93,43/MWh2009 2016
2010 2039
2009 2038
1º Leilão de Energia de EmpreendimentosExistentes 07/12/2004
2º Leilão de Energia de EmpreendimentosExistentes 02/04/2005
4º Leilão de Energia de EmpreendimentosExistentes 11/10/2005
1º Leilão de Energia de Novos Empreendimentos 16/12/2005
2º Leilão de Energia de NovosEmpreendimentos 29/06/2006
148 mw médios - R$ 116,00/MWh
82 mw médios - R$ 124,97/MWh
ClientesOs clientes da CESP são as principais distribuidoras de energia elétrica do País ‑ que
compram sua energia por meio de contratos de longo prazo, através dos leilões realizados
no mercado regulado e, no mercado livre, para consumidores finais e comercializadoras,
que adquirem sua energia por meio de contratos bilaterais de médio e longo prazos.
Sistema Elétrico da CESPA CESP atende seus compromissos comerciais em conformidade com a legislação e as
regras e procedimentos de comercialização da Câmara de Comercialização de Energia
Elétrica (CCEE), compromissos operacionais de acordo com os procedimentos de rede
preconizados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e de acordo com as
exigências regulatórias da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).
29CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
Os bons resultados e alcance das metas estabelecidas comprovam o excelente desempenho
da manutenção das usinas e a condução correta de sua operação.
ManutençãoPara garantir as atuais condições de segurança, disponibilidade e confiabilidade da
produção e atender aos requisitos estabelecidos pelos órgãos reguladores, a CESP definiu
em 2008 as prioridades dos programas de revitalização, modernização e automação e do
monitoramento e instalações dos equipamentos.
Os indicadores de disponibilidade (conceito de produtividade) e de taxa de falhas (conceito
de confiabilidade) avaliam o desempenho operacional da Companhia e permitem a busca
da excelência na geração de energia elétrica.
Historicamente, a CESP tem conseguido manter seus indicadores técnicos em padrões
superiores aos da média do setor.
O alto Índice de Disponibilidade, de 93,4%, alcançado pela CESP superou o valor de
referência estabelecido pela ANEEL em 2008 (89,6%). Por meio desse índice, a ONS mede a
eficiência das usinas do Sistema Integrado Nacional (SIN).
Ações Usinas
Plano de Ampliações e Reforços 2007‑2009 do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) Todas as usinas
Plano de Automação das UsinasUHE Jaguari, UHE Três Irmãos, UHE Ilha Solteira e UHE Jupiá
Substituição dos disjuntores DLF 420 instalados nos “bays” de unidades geradoras UHE Ilha Solteira
Correção do desbalanceamento magnético por meio de adaptações das conexões do enrolamento estatórico na Unidade de Geração 11 UHE Ilha Solteira
Taxa de Falhas
2004 1,150,68
2005 1,120,99
2006 1,030,89
2007 1,000,95
0,972008 0,98
Índice de Disponibilidade
2004 89,691,4
2005 89,691,7
2006 89,692,1
2007 89,692,1
93,42008 89,6
CESP Limite Ref. ANEEL
30 CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
Desempenho Econômico‑Financeiro
49 %
Ambiente de Contratação Regulada - ACR
Ambiente de Contratação Livre - ACL
CCEE - Energia de Curto Prazo
45%
6%
Indicadores Econômico‑Financeiros 2008 2007 Var.
Preço Médio Geral – R$ por MWh 89,97 79,91 12,3%
Margem Operacional 41,22% 35,58% ‑5,64 p.p.
Variação do Dólar 31,94% ‑17,15% n.m.
Variação do Euro 24,13% ‑10,11% n.m.
Endividamento do Ativo 0,54 0,47 14,89%
Liquidez Corrente 0,57 0,66 ‑13,64%
ReceitasEm 2008, as Receitas de fornecimento e suprimento de energia
elétrica totalizaram R$ 2.983,0 milhões. Esse resultado é 13,6%
maior que o obtido em 2007, refletindo o reajuste dos preços
contratuais nos segmentos de fornecimento a consumidores
livres e suprimento de energia aos distribuidores.
Receitas por Segmento em 2008 (R$)
A receita decorrente das vendas de energia elétrica no ambiente
de contratação regulada representou 49% do total, superando
o ambiente de contratação livre, que responde por 45%. Os
negócios na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica –
CCEE, por sua vez, totalizaram 6% das receitas.
Usina Hidrelétrica Jaguari
31CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
Deduções da ReceitaAs Deduções da Receita totalizaram R$ 507,2 milhões em 2008, aumento de 14,8%
comparado aos R$ 441,8 milhões somados em 2007, mantendo‑se proporcionalmente no
mesmo patamar de 17% em relação à Receita Bruta.
Composição das Vendas de Energia
MWh R$ (‘000)
2008 2007 Var. 2008 2007 Var.
Ambiente de Contratação Livre ‑ ACL 14.022.313 15.176.935 ‑7,6% 1.328.261 1.227.810 8,2%
Ambiente de Contratação Regulada ‑ ACR 19.128.603 17.668.978 8,3% 1.475.467 1.283.351 15,0%
Energia de Curto Prazo ‑ CCEE ‑ ‑ ‑ 178.903 113.611 57,5%
Total 33.150.916 32.845.913 0,9% 2.982.631 2.624.772 13,6%
A Receita Operacional Líquida em 2008 registrou R$ 2.479,7 milhões, 13,6% superior aos
R$ 2.183,7 milhões obtidos em 2007.
Despesas OperacionaisAs Despesas Operacionais em 2008 totalizaram R$ 1.457,5 milhões, com variação de 3,6%
comparadas a 2007.
Despesas Operacionais (R$ ‘000) 2008 2007 Var.
Pessoal (179.413) (151.920) 18,1%
Entidade de previdência a empregados ‑ Contribuição do Plano (8.386) (7.049) 19,0%
Materiais (9.588) (8.636) 11,0%
Serviços de terceiros (57.382) (52.754) 8,8%
Compensação financeira pela utilização de recursos hídricos (166.726) (160.279) 4,0%
Energia de curto prazo ‑ CCEE (139.490) (47.027) 196,6%
Encargos de uso do sistema de transmissão / serviços do sistema (305.714) (311.006) ‑1,7%
Taxas do setor elétrico (11.035) (8.851) 24,7%
Créditos de COFINS/PIS s/ encargos de uso da rede 39.595 29.945 32,2%
Depreciação (480.804) (479.056) 0,4%
Provisões operacionais (123.478) (192.210) ‑35,8%
Outras despesas (15.093) (17.916) ‑15,8%
Total (1.457.514) (1.406.759) 3,6%
% da Receita Líquida 58,8% 64,4% ‑5,65 p.p.
32 CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
EBIT e EBITDAEm 2008 o EBIT alcançou R$ 1.022,2 milhões devido, principalmente, ao aumento nas receitas
operacionais. A margem EBITDA fechou o ano em 65,6% e o EBITDA Ajustado somou
R$ 1.626,5 milhões, crescimento de 12,3% comparados aos R$ 1.448,3 milhões de 2007.
EBITDA Ajustado
2007
2008
1.448,3
1.626,5
EBITDA Ajustado (R$ ‘000) 2008 2007 Var.
Lucro (prejuízo) líquido (2.351.639) 178.591 n.m.
Imposto de renda e contribuição social (líquido) (700.501) 273.393 n.m.
Resultado financeiro 1.394.212 314.276 343,6%
Entidade de previdência a empregados ‑ deliberação CVM 371/2000 177.285 (284.495) n.m.
Outras receitas / despesas líquidas (antes não operacional) 35.728 295.222 ‑87,9%
Provisão p/ redução ao valor recuperável de ativos 2.467.094 ‑ n.m.
EBIT 1.022.179 776.987 31,6%
Depreciação 480.804 479.056 0,4%
Provisões operacionais 123.478 192.210 ‑35,8%
EBITDA ajustado 1.626.461 1.448.253 12,3%
Resultado FinanceiroO Resultado Financeiro em 2008 foi de R$ 1.394,2 milhões negativos, comparado à despesa
de R$ 314,3 milhões apresentada em 2007.
Essa variação deve‑se, principalmente, à desvalorização de 31,9% do real frente ao dólar
norte‑americano, que impactou negativamente a dívida total da Empresa, composta por
39% em moeda estrangeira.
Lucro (Prejuízo) LíquidoA Companhia registrou prejuízo de R$ 2.351,6 milhões em 2008, ante o lucro de R$ 178,6
milhões registrado em 2007.
O resultado foi impactado negativamente pelo reconhecimento da provisão para redução
ao valor recuperável de ativo imobilizado, referente à Usina Engenheiro Sergio Motta (Porto
Primavera) que, de acordo com os cálculos realizados conforme pronunciamento contábil
CPC – 01, somou o montante de R$ 2.467,0 milhões.
33CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
Composição da Dívida Total
Composição dos Empréstimos
As demais usinas do parque gerador da Companhia, por sua vez, apresentaram fluxo de
caixa positivo, não havendo necessidade de registro de provisão para tal finalidade em
31/12/2008, conforme a tabela a seguir:
Usina Valor de Recuperação (R$ mil) Valor Contábil (R$ mil)
Ilha Solteira + Três Irmãos 7.382.502 3.326.400
Jupiá 1.970.584 275.394
Jaguari 46.793 3.044
Paraibuna 141.296 20.905
Total 9.541.175 3.625.743
EndividamentoEm seu balanço patrimonial de 2008, a CESP registrou Dívida Total no valor de
R$ 7.024,2 milhões, um aumento de 4,8% em comparação com 2007, recorrência da dívida
em moeda estrangeira que teve um aumento de 9,7%, devido à forte valorização do dólar
norte‑americano perante o Real, enquanto que na dívida em moeda nacional houve uma
redução de 0,7%. Na mesma data, as Disponibilidades totalizavam R$ 411,8 milhões.
A Dívida Líquida totalizou R$ 6.532,0 milhões, um aumento de 11,5% na comparação com 2007.
Empréstimos e Financiamentos (R$ ‘000) Total
Moeda estrangeira 2.721.825
Moeda nacional 1.174.022
Outras dívidas 3.128.399
TOTAL do endividamento (1) 7.024.246
Recursos (2) 492.206
Disponibilidades 411.806
Despesas pagas antecipadamente (juros) 80.400
Endividamento Líquido (1)‑(2) 6.532.040
2007
2008
37,0%
38,7%
63,0%
61,3% Moeda Nacional
Moeda Estrangeira
34 CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
A CESP possui ações negociadas no Nível 1 da BM&FBovespa
de práticas diferenciadas de governança corporativa e estão
registradas para negociação sob os códigos: “CESP3” (ações
ordinárias), “CESP5” (ações preferenciais “A”), e “CESP6”
(ações preferenciais “B”). A Companhia possui ainda um
programa de ADR (American Depositary Receipts), com
títulos negociados no mercado de balcão norte‑americano
(OTC – Over the Counter) sob os códigos CSQSY para os
ADRs representativos de ações e CESQY para os ADRs
representativos de ações preferenciais.
As ações da Companhia fazem parte, atualmente, de uma série
de índices do mercado acionário:
Mercado de Capitais
Ibovespa Índice Bovespa
ITAG Índice de Ações com Tag Along Diferenciado
IGC Índice de Ações com Governança Corporativa Diferenciada
ISE Índice de Sustentabilidade Empresarial
IEE Índice de Energia Elétrica
IBrX Índice Brasil
IBrX 50 Índice Brasil 50
IVBX – 2 Índice Valor Bovespa
MLCX Índice Mid‑Large Cap
Ao final de 2008, o valor de mercado da Companhia totalizou
R$ 4.458,29 milhões, composto por 327,5 milhões de ações,
sendo 59,41% em circulação com volume médio de negociação
de R$ 1.488,9 milhões mensais.
Ponte Paulicéia-Brasilândia,
sobre o rio Paraná
35CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
A CESP norteia suas decisões de negócios nas
expectativas, demandas e necessidades de suas
partes interessadas. Nessa linha, foca sua gestão
social em políticas e canais de relacionamento
específicos a cada um de seus públicos estratégicos
‑ público interno, acionistas e investidores, governo,
fornecedores, clientes e consumidores, comunidade,
entre outras partes interessadas relacionadas às
atividades da Companhia ou aos seus impactos.
Público InternoA gestão de recursos humanos da CESP objetiva a
valorização de seu capital humano, base do sucesso e da constante busca da excelência na
geração de energia elétrica da Companhia. Para isso, compromete‑se com a aprendizagem,
capacitação e satisfação de todos seus empregados.
Em 2008 a CESP contou com 1.321 empregados próprios, 100% contratados sob regime CLT.
Seu quadro de estagiários corresponde a 3,5% do quadro de funcionários e o quadro de
aprendizes, a 5,3%.
A gestão de recursos humanos da CESP objetiva a valorização de seu capital humano, base de seu sucesso e da constante busca da excelência na geração de energia elétrica
Indicadores do Quadro Funcional
Empregados por Idade Empregados por Gênero Empregados por Escolaridade
2008 2007 2006
Total de empregados 1.321 1.387 1.403
Admissões 3 16 2
Demissões 43 47 31
Taxa de rotatividade 3,45% 3,47% 2,31%
14,7%
85,3%
Mulheres
Homens
0,4%
44,3%
41,8%
Até 30 anos de idade
Entre 31 e 40 anos
Entre 41 e 50 anos
Acima de 50 anos
13,5%17,3%
42,8%
30,8%
8,9%
Ensino Fundamental
Ensino Médio
Ensino Superior
Pós-Graduação
37CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
Benefícios A CESP proporciona recursos necessários ao desenvolvimento profissional, saúde, conforto
e atendimento das necessidades básicas dos empregados e seus familiares na forma de
benefícios mensais.
Alimentação
Cesta básica alimentícia, benefício alimentação e lanche matinal, totalizando R$ 505,70/mês.2008: R$ 6,7 milhões
TransporteAuxílio transporte no valor total de R$ 131,70/mês (média por empregado).2008: R$ 96,5 mil
Saúde
Assistência médico/hospitalar, odontológica, laboratorial, psiquiátrica, fonoaudiológica, fisioterapeutica e terapia ocupacional.2008: R$ 9,9 milhões
Fundação CESP
Plano de previdência privado composto de 70% de benefício contribuição paritária Empresa e empregado e 30% de contribuição livre por parte do empregado e por parte da Empresa até o limite de 2,5% do salário base.2008: Contribuição de R$ 8,4 milhões
Saúde e SegurançaEm consonância com o seu compromisso com a excelência na geração de energia elétrica,
a Companhia considera o respeito à vida, a proteção à saúde e a segurança no trabalho
de seus empregados e de prestadores de serviço como componentes essenciais do
desempenho empresarial e responsabilidade primordial ao seu objetivo de geração de valor
a todos os seus públicos.
A gestão da Segurança e Saúde da CESP é fundamentada na busca permanente do bem
estar e promoção da saúde e qualidade de vida dos empregados e prestadores de serviço,
no cumprimento da legislação pertinente em vigor e na busca da melhoria contínua dos
processos produtivos, por meio da prevenção, controle e eliminação dos riscos associados
ao trabalho. Para isso, são desenvolvidos diversos procedimentos e ações preventivas e
corretivas, descritos a seguir.
Segurança do Trabalho A CESP vem mantendo resultados satisfatórios na área de segurança do trabalho, com a
superação de metas e registro de Taxa de Segurança de 99,55%, resultados das constantes
ações de conscientização dos empregados e da atuação das Comissões Internas de
Prevenção de Acidentes (CIPAs), dos Serviços Especializados de Segurança e Medicina do
Trabalho (SESMET) e das Brigadas de Incêndio. As CIPAs, SESMET e Brigadas representam
17,8% dos empregados e são compostas por um total de 236 pessoas.
Durante seu turno de trabalho, os empregados contam com o Serviço de Atendimento
“Área Protegida 24 horas”, que consiste no transporte de pessoas que apresentam
problemas de saúde ou lesões, por meio de ambulância simples ou com Unidade de Terapia
Intensiva e médico para primeiros socorros.
Além disso, para prevenir acidentes, a equipe de Segurança do trabalho desenvolveu
atividades rotineiras de inspeções nas instalações da CESP.
Treinamentos sobre a NR‑10 (norma de segurança em eletricidade), CIPA, Brigada de »Incêndio, Procedimentos de Segurança em Espaço Confinado;
38 CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
Indicadores de Saúde e Segurança no Trabalho
Centro de Controle da Produção na Usina Hidrelétrica Engenheiro Souza Dias (Jupiá)
Especificação das vestimentas de proteção contra arco elétrico (NR 10), bem como a elaboração »de Normas e Procedimentos, especificamente para controle e higienização das vestimentas;
Investigação e análise de acidentes do trabalho; »Controle das empreiteiras e prestadores de serviços, incluindo exigências de »atendimento NR10; e
Reuniões com órgãos e entidades ligados à Segurança e Saúde no Trabalho e Projeto »de Ergonomia na Empresa.
Em 2008, cabe destacar o recorde da usina Engenheiro Sergio Motta (Porto Primavera),
que completou 1.000 dias (639.799,50 homens/horas expostos ao risco) sem acidentes com
afastamento de empregados.
2008 2007 2006
Média de horas extras por empregado/ano 3,01 2,63 2,44
Número total de acidentes de trabalho com empregados 25 24 3
Número total de acidentes de trabalho com terceirizados/contratados 33 18 1
Média de acidentes de trabalho por empregado/ano 0,02 0,02 0,0
Acidentes com afastamento temporário de empregados e/ou de prestadores de serviço (%) 1,09 0,56 0,04
Acidentes que resultaram em lesões com afastamento permanente do cargo (%) 0 0 0
Acidentes que resultaram em morte 0 0 0
Dias perdidos 6.701 5.820 5.363
Doenças ocupacionais (nº de funcionários) 4 4 4
Taxa de freqüência total da empresa para empregados 2,39 2,75 0,38
Taxa de freqüência total da empresa para terceirizados/contratados Não disponível
Absenteísmo 1,33 1,25 1,22
39CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
Promoção da saúdeA CESP investe na saúde e promoção do bem estar de todos os seus colaboradores
por meio da realização de exames periódicos e análise dos resultados, que permitem o
planejamento e execução de iniciativas para melhoria da qualidade de vida, redução das
doenças ocupacionais e acidentes de trabalho, além de racionalizar o padrão de utilização
dos serviços de saúde de todos os seus empregados.
Ações de medicina preventivaVacinação antigripal dos empregados; »Semana de controle da Pressão Arterial dos empregados lotados na Unidade de »Produção de Jupiá;
Programa de controle da Glicemia, Pressão Arterial e Colesterol, durante e Semana »Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho, em São Paulo;
Caminhadas matinais na Unidade de Produção Ilha Solteira/ Três Irmãos; »Medida de Circunferência da Cintura dos empregados para a prevenção do risco de »doença cardiovascular;
Prevenção de doenças da tireóide, com a realização de exame de dosagem de TSH de »todos os empregados;
Triagem de todos os empregados acima de 50 anos com a pesquisa de sangue oculto »nas fezes para a prevenção de tumor de cólon;
Programa de controle do peso e pressão arterial do grupo de mergulhadores CESP »Ilha Solteira;
Campanha de combate ao mosquito da dengue, com realização de palestras e »orientações aos empregados de Ilha Solteira e Três Irmãos; e
Tratamento preventivo da dengue, com medicação homeopática aos empregados de »Ilha Solteira e Três Irmãos.
Ações de promoção da saúde e bem estarAtendimentos individuais, através de orientações e encaminhamentos das demandas »apresentadas (funeral, convênios médicos, visitas domiciliares, hospitalares,
orientação financeira, etc.);
Atendimentos e encaminhamentos de dependentes dos empregados; »Atendimentos às áreas da Empresa, com foco na convivência e estimulo a um bom »ambiente de trabalho, visando dirimir conflitos;
Atendimentos de funeral; »Atendimentos de readaptação funcional; »Atendimentos a dependentes químicos; e »Atendimentos de mudança de área por insatisfação. »
Em 2008 foram realizados 380 atendimentos individuais de diversos tipos ‑ funeral,
convênios médicos, visitas domiciliares e hospitalares, orientação financeira, readaptação
funcional, entre outros.
40 CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
Treinamento e DesenvolvimentoVisando o aprimoramento e atualização constante de seus empregados, a CESP promove
programas de treinamento e desenvolvimento com cursos, palestras, seminários,
congressos e eventos. Em 2008, foram investidos aproximadamente R$ 700 mil em
treinamentos e as atividades contaram com 4.181 participações de empregados, totalizando
6.501 horas oferecidas e uma média geral de 31 horas de desenvolvimento profissional por
empregado/ano.
Além disso, a CESP oferece oportunidades para que seus empregados possam ampliar
sua aprendizagem contínua, por meio de cursos de idiomas e extensão, dentre os quais
merecem destaque:
Programa de Concessão de Bolsa de EstudosA CESP oferece bolsas de estudos com o objetivo de colaborar com a formação escolar dos
empregados que freqüentam cursos pagos de primeiro, segundo ou terceiro grau. Em 2008,
o programa beneficiou 53 empregados.
Programa de Estágio RemuneradoDestinado aos estudantes de nível universitário e técnico, o programa visa
proporcionar‑lhes a oportunidade de aprimoramento de sua formação escolar, conhecendo
a profissão na prática, e oferece bolsa de complementação, auxílio alimentação e
assistência médico‑hospitalar. Em 2008 a CESP recebeu 42 estagiários.
Programa de AprendizesO programa contrata aprendizes oriundos de famílias carentes, por meio de contrato com
o Centro de Aprendizado e Monitoramento Profissional do Caxingui e o Núcleo Rotary de
Aprendizagem Profissional – NURAP. Com isso, a CESP proporciona melhor aproveitamento
do programa educativo ministrado pelas entidades de ensino com o objetivo de preparar os
jovens para o mercado de trabalho.
Ao longo da permanência na Companhia, com o desenvolvimento de um conjunto
de ações integradas, os aprendizes passam por processo educativo que abrange sua
profissionalização e a socialização para o ambiente do trabalho. No ano de 2008 foram
destinadas 70 vagas ao Programa de Aprendizes.
Participação em Eventos ExternosEm 2008 a CESP participou de uma série de eventos técnicos a fim de buscar o intercâmbio de
informações e a ampliação do conhecimento na área de atuação de seus especialistas e técnicos.
Entre os principais eventos do período estão: 1º Simpósio de Recursos Hídricos da Bacia
do Rio Paraíba do Sul, em Resende (RJ), 5º Simpósio Brasileiro sobre Pequenas e Médias
41CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
Centrais Hidrelétricas, em Belo Horizonte (MG) e 4º Encontro de Jornalistas de Mato
Grosso do Sul, em Três Lagoas (MS); Seminário sobre Ecologia, Conservação e Manejo do
Cervo‑do‑Pantanal, em Araçatuba (SP), 8º Seminário Nacional da Gestão da Informação e do
Conhecimento no Setor de Energia Elétrica (Sinconee) e 4º Encontro Nacional da Gestão da
Documentação do Setor de Energia Elétrica (Gedoc), em Brasília (DF); 5º Congresso Estadual
de Traders (Expo Trader), no Rio de Janeiro (RJ); 3º Seminário Brasileiro de Meio Ambiente
e Responsabilidade Social no Setor Elétrico, em Belo Horizonte (MG); 50º Congresso
Brasileiro do Concreto (Ibracon), em Salvador (BA); 9º Encontro de Negócios de Energia,
em São Paulo (SP), 2º Simpósio de Atualização em Recuperação de Áreas Degradadas com
Ênfase em Matas Ciliares, em Mogi‑Guaçu (SP) e 1º Fórum de Energia, Meio Ambiente e
Comunicação Social e 8º Encontro Nacional de Engenharia de Sedimentos (Enes).
RemuneraçãoA CESP tem Plano de Cargos e Salários desde 1990, constituído de famílias de cargos dos
níveis operacional, técnico/administrativo e universitário, sendo que todos os empregados
que compõem o corpo gerencial estão enquadrados em cargos de nível universitário.
Conforme cláusula constante do Acordo Coletivo de Trabalho, a CESP disponibiliza verba
correspondente a 2,0% sobre a folha de pagamento nominal de dezembro do ano anterior para a
implantação do Planejamento de Cargos e Salários. As regras de movimentação de pessoal são
estabelecidas pelo Departamento de Recursos Humanos e aprovadas pela Diretoria, sendo que as
avaliações de desempenho de todos os empregados são realizadas pelas próprias áreas de lotação.
Relacionamento SindicalA CESP fundamenta suas relações com os Sindicatos no efetivo reconhecimento de que
são essas entidades os legítimos representantes dos empregados na apresentação de
reivindicações e na condução de negociações, visando à solução de questões nas relações
do trabalho. As relações do trabalho e sindicais são de responsabilidade da área de
Recursos Humanos e 100% dos empregados são abrangidos pelos acordos de negociação
coletiva e têm como direito a liberdade sindical.
Entidades InternasA Companhia reconhece e respeita o direito de seus empregados de se afiliarem e atuarem
em Entidades Internas, com personalidades jurídicas próprias, legalmente instituídas. A
CESP propõe‑se a receber e apreciar propostas e sugestões das Associações que visem o
aprimoramento das atividades da Empresa e do relacionamento com seus empregados.
Acionistas e Investidores A CESP dispõe de uma área de relações com investidores (RI) que coordena a distribuição
das informações ao mercado financeiro em geral, investidores, analistas de mercado,
instituições financeiras e órgãos reguladores e fiscalizadores por meio da realização de
reuniões públicas anuais, teleconferências de resultados trimestrais, cerca de 50 reuniões
privadas (“one‑to‑one”) por ano, participação em eventos como “Utilities Day”, informações
42 CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
divulgadas por “mailing list” e postagens, na página de Relações com Investidores do “site” Corporativo
(http://ri.cesp.com.br), de “release” de resultados, “fact sheets”, “webcasts”, vídeo institucional,
calendário de eventos, comunicados em geral, entre outros, bem como informações e notícias de caráter
institucional e de utilidade pública disponíveis à sociedade no “site” corporativo www.cesp.com.br.
Governo A CESP mantém relacionamento com o Governo por meio de sua participação em várias entidades do setor:
Representação, como Usuária de Recursos Hídricos, no segmento “Concessionárias e Autorizadas »Hidrelétricas” perante o Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), na Câmara Técnica de Elaboração
do Plano Nacional de Recursos Hídricos e na Associação Brasileira de Geradores de Energia Elétrica;
Grupos de trabalho da Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica (ABRAGE) e »Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia (APINE), por meio das quais a CESP
atua perante o Congresso Nacional, no acompanhamento de processos de construção de leis setoriais;
Atividades de acompanhamento regulatório, junto à Agência Reguladora de Energia Elétrica »(ANEEL) e Agência Nacional de Águas (ANA), participando das audiências públicas que
consubstanciam as resoluções emitidas; e
Comitês de Bacias Hidrográficas Estaduais e Federais, representando o Estado, ou como Usuária de »Recursos Hídricos, participando da definição de investimentos públicos nas bacias.
Fornecedores Em 2008, aproximadamente 80% do valor total das compras de materiais e serviços realizadas pela CESP couberam
aos fornecedores do estado de São Paulo e cerca de 20% aos fornecedores de outros estados da federação.
Todos os contratos de serviços, firmados entre a CESP e seus fornecedores, contemplam cláusulas
relativas a questões de responsabilidade social, ambiental e direitos do trabalho, nas quais a CESP
condiciona o pagamento à comprovação de conformidade por parte do fornecedor contratado.
Hidrovia Tietê-Paraná (Eclusa de Três Irmãos)
43CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
Política de não Contratação e Combate à Mão‑de‑obra Infantil Consolidando a tradição da CESP de compromisso com o futuro das crianças e explicitando
sua filosofia de respeito e fomento ao desenvolvimento dos jovens, bem como a sua
posição de total repúdio ao trabalho infantil, a CESP aprovou e publicou, em 2007, sua
Política Social Empresarial, com cláusula específica ao tema, que estabelece:
“Vedar a utilização de qualquer forma de contratação de trabalho infantil, direta ou
indiretamente, na Empresa” e “Excluir qualquer fornecedor de bens e serviços, que explore,
direta ou indiretamente, mão‑de‑obra infantil ou escrava, trabalho forçado ou compulsório,
devendo constar em todos os editais públicos essa exigência”.
Clientes e ConsumidoresA CESP atua de acordo com sua Política de Qualidade buscando a excelência operacional
para sempre atender aos requisitos dos clientes e garantir sua satisfação. Por meio
da ouvidoria, a Companhia disponibiliza aos clientes um canal de relacionamento e
comunicação que tem como missão defender seus interesses dentro da CESP.
A ouvidoria atua como instância final, com a finalidade de acolher, esclarecer e responder
toda e qualquer manifestação, de forma a provocar ações de transformação interna e
melhorar a qualidade dos serviços prestados pela CESP. A Ouvidoria pode ser acessada pelo
“site” corporativo, no ícone “Fale Conosco”.
Comunidade A CESP alia seu foco de qualidade na geração de energia para o crescimento regional ao
desenvolvimento sustentável e integrado das cidades e populações onde constrói seus
reservatórios e opera suas usinas.
A Companhia acredita no conceito de que é preciso conhecer a realidade socioeconômica
e físico‑biótica de cada reservatório e de seu entorno para empreender um conjunto de
ações que gerem valor a todos os públicos envolvidos. Nesse sentido, nas últimas quatro
décadas, foram desenvolvidos e implantados pela CESP inúmeros programas e ações no
seu entorno nas áreas de reflorestamento, manejo pesqueiro, remanejamento populacional,
educação ambiental, conservação da fauna e salvamento arqueológico, entre outros.
Projetos Socioeconômicos A CESP desenvolveu, ao longo de sua história, programas de atenuação dos impactos
socioeconômicos nas áreas de influência de suas usinas hidrelétricas, beneficiando
agricultores, pecuaristas e pescadores das comunidades que foram criadas ou
modernizadas com essas ações da Companhia.
44 CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
ReassentamentosA infra‑estrutura básica executada pela CESP no
projeto de reassentamento consiste na construção de
estradas internas, rede de energia elétrica e hidráulica,
perfuração de poços para abastecimento d’água,
construção de casas de alvenaria de 52,2 m², campo
de futebol, centro comunitário, postos de saúde e
escolas, entre outros. Nos reassentamentos rurais
são fornecidas sementes para a primeira safra e cinco
hectares de área preparada com correção do solo em
cada lote, além de cesta básica mensal até a colheita
da primeira safra para cada família reassentada.
Os técnicos da CESP também repassam às famílias orientações sobre saúde, educação
e trabalho em comunidade, otimizando seus resultados econômicos. Entre os cursos
realizados estão: organização comunitária, derivados de leite, formação e manejo de
capineiras e conservação de hortaliças.
Após conhecer em detalhes o perfil de cada família, a Companhia atua na preparação das
famílias para a mudança, provendo‑as com as condições necessárias para reinserção no
novo contexto geográfico, social e econômico, focando nos seguintes objetivos:
viabilizar a permanência da família no novo local, apresentando alternativas de »produção e melhoria de renda;
adequar a produção ao perfil da família e às características da nova propriedade; »facilitar o acesso assistência técnica e aos financiamentos oficiais; »evitar a terceirização total ou parcial da exploração da terra; e »contribuir para que a família reassentada alcance condições de vida melhores do que »as de origem, sempre que possível.
Reassentamento e outras Obras do Reservatório de Porto PrimaveraConstrução de 893 casas em nove
reassentamentos populacionais rurais e
quatro urbanos, além de diversas edificações
urbanas como creches, hospitais, escolas, etc.
e infra‑estrutura de saneamento básico como
redes de água, esgoto, águas pluviais etc.
Construção de 26 pontes, 17 galerias, 370 km
de estradas, 11 km de proteção de encostas,
três portos fluviais, cinco áreas de lazer, duas
estações de tratamento de esgoto, entre outras.
Reassentamento Populacional - Nova Porto XV - Bataguassu - MS
45CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
Com isso, a CESP procura garantir às famílias de produtores
rurais, impactadas pela formação de reservatórios, soluções
socialmente justas, economicamente viáveis e que, além disso,
atendam aos seus anseios e expectativas.
Já foram concluídos os reassentamentos agropecuários
decorrentes da formação do reservatório da UHE Engenheiro
Sergio Motta (Porto Primavera) nas Fazendas de Santa Ana
(Anaurilândia ‑ MS), Aruanda (Bataguassu/Anaurilândia ‑ MS),
Pedra Bonita (Brasilândia ‑ MS), Buritis (Paulicéia ‑ SP), Santo
Antonio (Caiuá ‑ SP), Lagoinha (Presidente Epitácio ‑ SP)
e Piaba (Três Lagoas ‑ MS), com a concessão de 410 lotes
dotados de infra‑estrutura local e comunitária básicas para 361
famílias beneficiárias, em uma área total de 15.530,39 ha.
Uso e ocupação das bordas de reservatórios A CESP desenvolve o programa de regularização de uso e
ocupação das bordas dos reservatórios com o objetivo de
preservar os recursos hídricos, a estabilidade geológica, a
biodiversidade, o fluxo gênico da fauna e da flora e proteger o solo
no entorno dos seus reservatórios, as quais somam cerca de 6.550
quilômetros de perímetro.
Esse programa de regularização de uso dessas áreas visa tornar
compatível a área de propriedade da Companhia com os outros
usos múltiplos, em particular as atividades socioeconômicas
atraídas pelo reservatório.
Para proporcionar o desenvolvimento econômico sem degradar
o meio ambiente local, foi elaborado um conjunto de normas,
com base na legislação ambiental, para disciplinar o uso
das bordas de reservatórios. Em seguida, foi desenvolvido
o aplicativo GEORIAP (Relatório de Informações Ambientais
e Patrimoniais em Base Georreferenciada) e atualização de
bases georreferenciadas com informações de ocupação das
bordas dos reservatórios, a partir do qual são analisadas as
solicitações de regularização de uso de áreas desapropriadas
pela CESP.
Controle de CheiasA CESP possui um Plano de Controle de Cheias para orientar e
informar à comunidade que se inicia na época da seca com a
realização da reciclagem técnica de empregados e revisão de
equipamentos e estruturas de controle de vazões.
Instituto Criança Cidadã
(ICC) - Circo-escola
46 CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
A partir de novembro é acionado o Comitê de Gestão de Cheias, que coordena as atividades
do plano e organiza a divulgação de informações nos municípios das áreas de influência
dos reservatórios. Para a CESP, a transparência de suas ações aliada à rapidez e precisão
das informações são fundamentais para a organização das populações ribeirinhas em casos
críticos de cheias.
O Plano inclui a divulgação de informações no site da CESP, a publicação do Boletim
Informativo de Vazões (BIV), da linha telefônica 24 horas “Telecheia” (0800‑647‑9001) e de
um e‑mail para contato da comunidade ([email protected]).
Programa de Visitas O Programa de Visitas das usinas da CESP é uma das formas com as quais a Empresa se
relaciona com as comunidades que vivem em torno desses empreendimentos, alunos
e pessoas interessadas em conhecer de perto como funcionam as usinas. Em 2008 a
Companhia recepcionou 69.169 visitantes.
Ações SociaisA CESP desenvolve uma série de ações de educação ambiental e de responsabilidade social, por
meio de afiliação ou colaboração com entidades que atuam na área educacional, cultural e social.
Instituto Criança Cidadã (ICC) - Programa Geração de Renda
47CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
Coral CESP
Principais Instituições Apoiadas
Adeva ‑ Associação de Deficientes Visuais e Amigos Fundação Dorina Nowill
Associação Paulista Viva Fundação Energia e Saneamento
Associação Viva e Deixe ViverFundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia
Coep ‑ Comitê de Entidades no Combate à Fome e pela Vida Instituto Criança Cidadã ‑ ICC
Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do Adolescente Instituto Educacional Amélia Rodrigues
Instituto Criança Cidadã (ICC) A CESP apóia o ICC, que atende mensalmente cerca de cinco mil pessoas oriundas de
famílias de baixa renda. São crianças, jovens e adultos beneficiados por quatro projetos do
instituto: Creche Pré‑Escola, Complementação Escolar, Centro de Iniciação ao Trabalho e
Nossa Comunidade. Os projetos são realizados em 14 unidades educacionais localizadas na
periferia dos municípios de São Paulo e Guarulhos.
Coral CESP O Coral CESP é uma atividade cultural mantida pela Companhia, que conta com a
participação de funcionários, aposentados da Empresa e pessoas da comunidade.
Voluntariado A CESP possui um Programa de Voluntariado Empresarial que amplia a participação nas
ações relacionadas à responsabilidade social e aproxima a Companhia dos interesses dos
empregados, prestadores de serviços, acionistas, governo e sociedade.
O principal público–alvo da realização do programa é a comunidade localizada no entorno
das unidades da CESP.
48 CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
Ciente da relevância dos impactos gerados ao meio
ambiente pela construção dos empreendimentos que
viabilizam suas atividades, a CESP tem procurado
conduzir sua gestão ambiental de forma compatível com
a responsabilidade socioambiental que lhe cabe, atuando
historicamente além dos limites legais na prevenção,
redução ou compensação das interferências provocadas.
São desenvolvidos programas que têm por objetivo
a conservação ambiental dos ecossistemas em toda
a área de influência de seus empreendimentos, além
de atender às exigências da legislação ambiental
vigente e dos órgãos ambientais licenciadores. Essas
iniciativas são um compromisso público, assumido
perante a comunidade, agentes institucionais e
órgãos licenciadores, que se encontra expresso nos
cinco princípios que resumem sua Política Ambiental.
Licenciamentos dos Empreendimentos Os órgãos e agências reguladoras exigem das Companhias do setor uma série de
licenças/autorizações ambientais para a construção, implantação e operação das usinas
hidrelétricas. As usinas da CESP atendem a todas as exigências legais e encontram‑se,
atualmente, licenciadas conforme exposto a seguir:
UHE Engenheiro Sergio Motta (Porto Primavera): Renovação da Licença de Operação nº 121/00 ‑ originalmente expedida pelo IBAMA em
2000 ‑ com validade prorrogada até manifestação do órgão licenciador.
UHE Ilha Solteira e UHE Engenheiro Souza Dias (Jupiá): Empreendimentos anteriores a 1986, sendo objeto de Regularização Ambiental a cargo do IBAMA/
DF, em curso desde o ano de 1998. Na atual fase, a CESP está elaborando os PACUERAs – Planos
de Conservação e Uso do Entorno de Reservatórios Artificiais ‑ nos moldes preconizados pela
Resolução CONAMA 302 e de acordo com Termo de Referência emitido pelo IBAMA. Os planos
serão protocolados em setembro de 2009 no IBAMA, que deverá avaliá‑los e submetê‑los à consulta
pública, para, então providenciar a expedição da Licença de Operação desses empreendimentos.
UHE Três Irmãos: Renovação da Licença de Operação – originalmente concedida pela deliberação CONSEMA
em 1990 ‑ com validade prorrogada até manifestação do órgão licenciador.
UHE Paraibuna e UHE Jaguari:Empreendimentos anteriores a 1986, em situação regular, conforme parecer emitido em
1999 pelo Departamento de Avaliação de Impacto Ambiental – DAIA, da Secretaria do Meio
Ambiente do Estado de São Paulo.
Política de Meio ambiente
A CESP Companhia Energética de São Paulo, tendo como consideração básica a integração da geração de energia elétrica ao Sistema de Gestão Ambiental, a fim de harmonizar suas atividades com as questões ambientais, compromete‑se a:
1. Incorporar as variáveis ambientais às políticas e diretrizes da empresa;
2. Desenvolver suas atividades, considerando o cumprimento da legislação ambiental;
3. Otimizar a utilização dos recursos naturais, buscando, na fonte, a redução dos poluentes, oriundos de suas atividades;
4. Buscar a melhoria contínua dos processos da empresa, quanto aos aspectos ambientais; e
5. Estabelecer e manter programas para promover o desenvolvimento sustentável, procurando assegurar às gerações presentes e futuras o direito de uma convivência harmônica com a natureza.
50 CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
Programas AmbientaisPara minimizar os impactos causados pela construção de seus empreendimentos
promovendo a conservação ambiental dos ecossistemas em toda a área de influência
direta e indiretamente afetada, em conformidade com as exigências da legislação
ambiental vigente e dos órgãos ambientais licenciadores, a CESP desenvolve atividades
de implantação que abrangem programas ambientais físico‑bióticos e socioeconômicos,
programas de monitoramento e manejo de reservatórios, além de pesquisas e
desenvolvimento de tecnologia ambiental.
Cabe registrar que, muito antes da formalização da legislação ambiental, a CESP
implementou, por iniciativa própria, programas de minimização de impactos ambientais
em todas as UHEs de sua propriedade. Vários desses programas estenderam‑se além
das medidas propostas pelos estudos ou das exigências legais impostas pelos órgãos
ambientais. Para isso, a CESP mantém junto às suas seis usinas hidrelétricas, duas estações
de hidrobiologia e aqüicultura, três centros de produção de mudas de árvores nativas e três
centros de conservação de fauna silvestre, sendo um deles exclusivo à reprodução de aves
da Mata Atlântica.
A maior parte dos programas ambientais já foi encerrada com a evolução das etapas de
implantação dos empreendimentos da Companhia. Dentre aqueles em desenvolvimento,
destacam‑se os descritos a seguir.
Educação AmbientalO trabalho de educação e conscientização ambiental constitui uma meta estratégica, por
meio da qual se busca comprometer colaboradores dentro e fora da Companhia com a
sustentabilidade ambiental.
As diversas atividades que compõem o Programa de Educação Ambiental visam disseminar
o conhecimento, estimulando os cidadãos a exercerem a cidadania plena contribuindo
com a internalização de novos valores e comportamentos, além de responderem o
questionamento cada vez maior da sociedade em relação às alterações ambientais
provocadas por grandes empreendimentos.
Dentre as atividades realizadas, destacam‑se: passeios educacionais com o Barco e Ônibus
de Educação Ambiental, cursos, palestras, visitas orientadas ao Centro de Conservação de
Fauna de Ilha Solteira, atividades lúdicas, exposições em eventos comemorativos, entre
outras atividades que totalizaram em 2008 um público de 61.746 participantes.
Remanejamento da PopulaçãoO objetivo principal desse programa é proporcionar condições de reposição de moradia às
famílias diretamente afetadas pela perda de patrimônio, seja por meio de viabilização de
novas propriedades ou através de indenizações.
Foram concluídos os reassentamentos agropecuários decorrentes da formação do
reservatório da UHE Engenheiro Sergio Motta (Porto Primavera) nas Fazendas de
Santa Ana (Anaurilândia‑MS), Aruanda (Bataguassu/Anaurilândia‑MS), Pedra Bonita
51CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
(Brasilândia‑MS), Buritis (Paulicéia‑SP), Santo Antonio
(Caiuá‑SP), Lagoinha (Presidente Epitácio‑SP) e Piaba (Três
Lagoas‑MS), com a concessão de 410 lotes dotados de
infra‑estrutura local e comunitária básicas para 361 famílias
beneficiárias, em área de 15.530,39 ha.
Em todos os projetos de ressentamento é realizado um
trabalho de assistência técnica e extensão rural, tendo em
vista as atividades produtivas que incluem o cultivo de
culturas diversificadas e pecuária leiteira. Em alguns deles,
são desenvolvidas atividades na área de saúde (palestras
preventivas, aplicação de vacinas e exames laboratoriais) e
de apoio social (palestra sobre direitos previdenciários do
trabalhador rural), além de cursos de industrialização caseira.
Também têm sido conduzidas etapas visando à regularização e
emancipação dos projetos.
Manejo da Fauna Silvestre A implantação de uma usina causa perda de habitats da fauna
terrestre e redução da complexidade estrutural dos ambientes
remanescentes na área diretamente afetada. Além disso, pode
ocorrer também a perda de habitats críticos (sítios de reprodução
e pouso de animais migratórios, entre outros) e de conectividade
da paisagem (rotas migratórias, corredores de dispersão e fluxo
gênico), com impactos na variabilidade genética das populações.
Para minimizar os impactos de suas atividades na biodiversidade
a CESP desenvolve o programa de manejo da fauna silvestre
com planos de conservação das espécies mais afetadas por seus
empreendimentos, de modo a garantir as condições necessárias
para sua reprodução e perenidade.
Há três grandes programas em desenvolvimento: manejo
e conservação de grandes felídeos, conservação do
cervo‑do‑pantanal e monitoramento de fauna silvestre realocada.
Atualmente, a CESP mantém três centros de conservação
de animais silvestres nas regiões onde atua, dedicados à
pesquisa, manejo e educação ambiental, nos quais é feito o
manejo conservacionista de espécies impactadas por meio da
reprodução e repovoamento de habitat.
Centro de Conservação de Fauna Silvestre de Ilha Solteira »Centro de Conservação de Aves Silvestres de Paraibuna »Centro de Conservação do Cervo‑do‑Pantanal de »Promissão
Centro de Conservação
do Cervo-do-Pantanal
de Promissão
52 CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
Centro de Conservação Acervo 2008
Cervo‑do‑Pantanal ‑ Promissão 40 cervos
Fauna Silvestre ‑ Ilha Solteira
81 mamíferos (18 espécies)29 répteis (8 espécies)97 aves (23 espécies)
Aves Silvestres ‑ Paraibuna 320 aves
Total 567
Reservatórios ‑ Rios Paraná e Tietê Alevinos
Engenheiro Sergio Motta (Porto Primavera) 413.000
Ilha Solteira 650.000
Engenheiro Souza Dias (Jupiá) 1.228.000
Três Irmãos 1.009.000
Total 3.300.000
Manejo Pesqueiro A formação de reservatórios afeta as características físicas, químicas e biológicas dos
rios. Podem ocorrer alterações na abundância das espécies, com proliferação excessiva
de algumas e redução de outras. Esses processos são agravados por ocupação das
bacias, práticas agrícolas inadequadas, perda das matas ciliares e poluição das águas,
empobrecendo a diversidade biológica e reduzindo os estoques pesqueiros.
Nesse contexto, a CESP tem o compromisso de desenvolver o manejo dos recursos
pesqueiros de seus reservatórios, integrando informações biológicas, ecológicas, sociais,
culturais, econômicas e políticas para embasar decisões que possibilitem a conservação da
biodiversidade e a sustentabilidade das atividades pesqueiras.
O Programa de Manejo Pesqueiro, desenvolvido há aproximadamente 40 anos, inclui monitoramento
permanente da qualidade ecológica dos reservatórios, por meio de levantamentos limnológicos que
pesquisam qualidade da água e produtividade dos ambientes e organismos aquáticos:
Monitoramento da ictiofauna: acompanhamento das espécies de peixes que habitam os
reservatórios e aspectos de sua alimentação e reprodução, incluindo áreas de desova e
desenvolvimento de formas jovens como larvas e alevinos.
Monitoramento da produção pesqueira: implantação e controle de equipamentos de transposição
para peixes, como o elevador e escada da UHE Engenheiro Sergio Motta (Porto Primavera).
Com base nesses monitoramentos são definidas as medidas de manejo adequadas a cada
reservatório, que envolvem a produção de alevinos, a estocagem (repovoamento) e o
monitoramento genético das populações manejadas. O programa compreende também
a cooperação científica com instituições nacionais e estrangeiras, buscando também
contribuir com a formulação da legislação de pesca nos órgãos competentes.
Repovoamento dos Reservatórios 2008
53CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
Reservatórios ‑ Rio Paraíba do Sul Alevinos
Paraibuna 203.840
Jaguari 282.100
Total 485.940
Manejo da Flora e Reflorestamento O programa consiste em um conjunto de atividades que resultam na conservação da flora,
do solo e dos recursos hídricos nas regiões dos reservatórios da CESP. Tais atividades
compreendem coleta de sementes, produção de mudas, reflorestamento ciliar dos
reservatórios e de seus afluentes, revegetação das áreas degradadas em canteiros de obras
das usinas e conservação genética das espécies arbóreas.
Centros de Produção de Mudas (Jupiá, Paraibuna e Primavera): produção anual de
3.000.000 de mudas de alta qualidade genética e fisiológica de árvores como ipês, figueiras,
perobas, jequitibás, aroeiras, guaritas, ipês e embaúbas, entre outras.
Programa de Reflorestamento Ciliar: recuperação das matas ciliares dos reservatórios da
CESP e de seus afluentes, essenciais para a conservação dos recursos hídricos, do solo e
das espécies da flora e da fauna.
Programa de Fomento Florestal: doação de mudas, projetos e assistência técnica necessária
para a recuperação de matas ciliares de reservatórios e afluentes em áreas de terceiros, por
meio de Contratos de Cooperação Recíproca com os proprietários rurais interessados, aos
quais cabe implantar e conservar as áreas reflorestadas.
Lobo-guará – Centro de Conservação de Fauna Silvestre de Ilha Solteira
54 CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
Coleta de Sementes: procedimento que impede a perda de variabilidade genética das
espécies manejadas, por meio da coleta de amostragem representativa da variabilidade
genética das diversas espécies locais e dos genes existentes em cada população de árvores,
fazendo do reflorestamento uma ferramenta efetiva de conservação dessas espécies.
Implantação e Manutenção de Reflorestamento: tecnologia de restauração florestal
desenvolvida por meio de cooperação com o Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais,
vinculado à Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz/USP e fundamentada nos
conceitos de sucessão ecológica e de diversidade de espécies. Com esse processo as
espécies são plantadas de modo a garantir a sustentabilidade da mata no longo prazo.
Área Própria / Usinas Área Implantada (ha)
Engenheiro Sergio Motta 1.660,32
Três Irmãos 2.921,08
Total 4.581,40
Fomento Florestal / Usinas Área Implantada (ha)
Engenheiro Sergio Motta 992,79
Três Irmãos, Engenheiro Souza Dias e Ilha Solteira 867,28
Paraibuna / Jaguari 672,07
Total 2.532,14
Áreas Reflorestadas ‑ Total Acumulado até 2008
Unidades de ConservaçãoEstão em fase de implantação cinco Unidades de Conservação nos estados de São Paulo
e Mato Grosso do Sul, sendo três parques estaduais e duas reservas particulares do
patrimônio natural:
Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema (MS) ‑ 73.345,15 ha »Parque Estadual do Aguapeí (SP) ‑ 9.043,97 ha »Parque Estadual do Rio do Peixe (SP) ‑ 7.720,00 ha »Reserva Particular do Patrimônio Natural Cisalpina (MS) ‑ 6.261,25 ha »Reserva Particular do Patrimônio Natural Foz do Aguapeí (SP) ‑ 13.953,79 ha »
As Unidades de Conservação irão contribuir para a proteção dos ecossistemas típicos de
cada região; conservar a fauna e a flora, principalmente as espécies raras, endêmicas, em
perigo ou ameaçadas de extinção; contribuir para a manutenção da diversidade genética; e
propiciar pesquisa científica, educação ambiental e recreação.
A área das cinco unidades totalizará 110 mil hectares de matas nativas, refúgios ecológicos
de espécies de animais e ampla biodiversidade.
55CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
Monitoramento Além dos programas ambientais, cinco programas de monitoramento têm sido desenvolvidos
com a finalidade de acompanhar e registrar as mudanças das condições ambientais provocadas
pela implantação da UHE Engenheiro Sergio Motta (Porto Primavera), assim como a eficácia
dos programas de mitigação dos impactos físico‑bióticos e socioeconômicos da CESP.
Projetos Ambientais A CESP desenvolve, por iniciativa própria, diversos projetos ambientais que objetivam,
sintonizados com o 5º princípio de sua Política Ambiental, “empreender ações sustentáveis
que contribuam em última análise com o esforço de assegurar às gerações presentes e
futuras o direito de uma convivência harmônica com a natureza”.
As ações de conservação são implantadas em parceria com a comunidade científica, de forma a
promover o intercâmbio de informações com entidades e institutos de pesquisa do Brasil e do Exterior.
Sistema de Gestão AmbientalEm 2001 a CESP implantou o Sistema de Gestão Ambiental, baseada na NBR ISO 14001, nas
UHEs Ilha Solteira e Três Irmãos a fim de aprimorar as práticas e procedimentos relativos à
conservação do meio ambiente.
O diagnóstico inicial do sistema realizado identificou 171 aspectos ambientais relacionados
com as atividades das usinas, agrupados em: Geração de Resíduos Sólidos; Geração de
Resíduos Sólidos Perigosos; Geração de Efluentes; Emissões Atmosféricas e Radiações,
Ruídos e Vibrações.
Exemplar de Jacutinga - Centro de Conservação de Aves Silvestres de Paraibuna
56 CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
A partir daí, foram estabelecidos objetivos e metas de melhoria ambiental que têm sido
mensalmente monitorados:
Redução da emissão de resíduos; »Medição de fumaça de óleo diesel; »Aumento da destinação correta de resíduos; »Operação da estação de tratamento de esgoto; »Melhoria no controle de resíduos perigosos; »Redução do consumo de papéis e copos plásticos descartáveis; »Redução no consumo de panos para limpeza com a utilização de toalhas recicláveis; »Redução no consumo de solventes com a utilização de tanques para lavagem de peças; »Eliminação do consumo de detergentes industriais; »Procedimentos documentados para execução de atividades com cuidados ambientais; »Melhoria da imagem da Empresa por meio da orientação a visitantes; e »Criação de áreas para fumantes. »
Para cada uma das metas há um programa associado, dos quais, podem ser citados:
Disposição de Resíduos A CESP destina todos os seus resíduos, inclusive os industriais e perigosos, de acordo com
a classificação estipulada pela legislação vigente e com a norma NBR‑10.004 da ABTN ‑
Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Além disso, as Usinas de Produção da CESP estão ampliando a sua abrangência, de forma a
integrar as iniciativas já existentes em um programa mais amplo, que contemple questões
como o uso de material reciclável, o reuso da água e campanhas de conservação de água e
energia elétrica, dentre outras.
Disposição de Resíduos Industriais, Perigosos e Efluentes Essa categoria é acumulada em almoxarifados de resíduos, em acordo à legislação especifica,
para aguardar a reutilização, reciclagem ou destinação adequada, feita pelas empresas
especializadas em descontaminação ou incineração contratadas, e posteriormente disposição em
aterro industrial.
As lâmpadas fluorescentes estão sendo acumuladas e regularmente enviadas a empresas de
descontaminação contratadas para essa finalidade.
Os efluentes líquidos são destinados a estações de tratamento específicas nas usinas ou lançados
na rede pública de tratamento. Além disso, os óleos, graxas, solventes e metais, são doados ao
Fundo de Solidariedade do Estado de São Paulo.
Refrigeração com Óleo AscarelA CESP deverá concluir, em 2010, a substituição de 66 transformadores que usam o
óleo ascarel como líquido refrigerante na Usina Ilha Solteira. O ascarel, que é utilizado
amplamente como líquido refrigerante em transformadores e capacitores, tem sua utilização
57CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
proibida a partir de 2020 por causa de seus efeitos nocivos ao meio ambiente. Os novos
transformadores do tipo seco são encapsulados em resina epóxi com sistema reforçado com
fibras de vidro, não propagam chama e não liberam gases tóxicos, fatores que preservam a
saúde dos empregados e contribuem com os aspectos ambientais de sustentabilidade.
Retirada e Disposição de Lixo O lixo comum é enviado regularmente a aterros e lixões municipais licenciados na região de
influência das usinas. Por sua vez, o lixo hospitalar originado pelos ambulatórios médicos instalados
em Porto Primavera, Ilha Solteira e Jupiá, de acordo com a legislação vigente e orientação do órgão
ambiental do Estado de São Paulo, é enviado regularmente aos aterros municipais, nos locais
reservados para esse fim. O mesmo procedimento é adotado com os resíduos produzidos no
Ambulatório Veterinário do Centro de Conservação de Fauna Silvestre de Ilha Solteira.
No caso da sede da CESP, em São Paulo, os resíduos sólidos dos serviços de saúde são tratados
pela Prefeitura Municipal, por meio do Processo de Desativação Eletrotérmica (ETD), que consiste
em triturar o material e depois aquecê‑lo, em processo semelhante ao funcionamento do
microondas doméstico.
Projetos de Coleta SeletivaDesde 2004, a equipe de trabalho de Educação Ambiental da CESP, por meio da criação
de uma Patrulha Ecológica no Reassentamento Santo Antônio do Rio do Peixe (Caiuá –
SP), atua em um programa de coleta seletiva do lixo rural e a tentativa de certificação de
produtos orgânicos.
A Patrulha Ecológica é formada por beneficiários do projeto que buscam levantar os
problemas ambientais, elegendo como prioridade a disposição correta dos resíduos sólidos
produzidos pela comunidade.
Em 2008, a coleta atingiu 90,6% dos resíduos, com o recolhimento de 1.648 kg de materiais
como plástico, metal, papelão, alumínio, garrafas pet, entre outros materiais não recicláveis.
Os recursos obtidos com a venda dos materiais recicláveis são revertidos em obras
objetivando o lazer da população.
Além disso, duas propriedades obtiveram certificação para seus produtos orgânicos
(urucum e eucalipto).
Na usina Engenheiro Souza Dias (Jupiá) foi constituído um grupo multidisciplinar
(ECOTIME) com integrantes de todas as áreas da Unidade de Produção, visando reunir
subsídios para a implantação de um projeto de coleta seletiva. O programa, implantado em
2008, recolheu, no período de maio a dezembro, 7.350 kg de materiais.
58 CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
Semana Interna do Meio AmbienteEm 2008 foi realizada a quarta versão da semana interna do meio ambiente, que tem
como objetivo proporcionar aos empregados em geral informações sobre os trabalhos
ambientais desenvolvidos pela CESP e outras empresas, buscando assim, despertar uma
conscientização relativa aos temas da responsabilidade socioambiental e sustentabilidade.
A programação da semana, que contou com aproximadamente 600 participantes, inclui
a apresentação de vídeos educativos, filmes, teatro de fantoches, painéis e palestras
apresentadas por técnicos e gerentes da CESP e por autoridades convidadas.
Projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) A formalização do Contrato de Concessão com a ANEEL, em 12.11.2004, tornou obrigatório
às concessionárias e permissionárias do serviço público de energia elétrica o investimento
de 1% da Receita Operacional Líquida (ROL) em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), de
acordo com a Lei nº 9.991, de 24 de julho de 2000 sendo os recursos destinados como
disposto a seguir:
40% ao FNDCT – Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico; »20 % ao MME – Ministério de Minas e Energia; e »40% diretamente aos projetos realizados pela concessionária. »
A CESP vem desenvolvendo, desde o seu 1º ciclo (2005/2006), cerca de 35 projetos, entre
os quais destacam‑se: estudo de alternativas de proteção para o controle de erosão nas
Cachorro-do-mato-vinagre - Centro de Conservação de Fauna Silvestre de Ilha Solteira
59CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
margens do reservatório da UHE Sergio Motta (Porto Primavera); corrosão sob tensão
em equipamentos hidromecânicos de usinas hidrelétricas; sistema de monitoramento
do desempenho dos grupos geradores das usinas hidrelétricas, com base na medição
dinâmica do torque no eixo da turbina; investigações relativas a reações álcali‑agregados
em estruturas de concreto.
Objetivando a melhoria de seus processos, a CESP vem desenvolvendo projetos de
natureza ambiental como:
Desenvolvimento de um banco ativo de germoplasma, que consiste na proteção da »diversidade de espécies arbóreas por meio do plantio de uma amostragem genética
diversificada. O banco já conta com espécies de árvores de Mata de Planalto (SP),
Savana Arbóreo Densa (cerradão) e Cerrado em duas áreas: margem esquerda do rio
Paraná, em São Paulo (21,6 hectares e 32 espécies), e margem direita do rio Paraná, no
Mato Grosso do Sul (18 hectares e 33 espécies);
Estruturação de um banco genômico, visando à reprodução assistida da onça‑pintada, »realizada com a coordenação do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de
Carnívoros ‑ CENAP/IBAMA, em parceria com a Associação Pró‑Carnívoros; e
Reprodução induzida por meio da técnica de criopreservação de sêmen, visando »aumentar a reprodutividade das espécies nas Estações de Hidrobiologia e Aquicultura.
Além desses projetos, podem ser citados ainda: formação de um banco de germoplasma
da ictiofauna ameaçada da Bacia do Rio Paraíba do Sul; monitoramento e estudo da
migração de peixes na UHE Engenheiro Sergio Motta (Porto Primavera); e desenvolvimento
de estudos de ocorrência, distribuição, densidade e crescimento de plantas aquáticas no
Reservatório de Porto Primavera.
Mudanças ClimáticasEm 2007 a CESP criou o Programa de Mudanças Climáticas, em conformidade com sua
Política de Meio Ambiente, visando à promoção do desenvolvimento sustentável, o
exercício da responsabilidade social e a gestão ambiental de suas atividades.
Em junho de 2008, foi concluído o primeiro inventário de gases de efeito estufa, referente
ao ano de 2007, que incluiu os trabalhos do Programa de Mudança Climática e Seqüestro
de Carbono. No inventário, foi registrada a emissão de 8.748,29 toneladas de carbono
equivalente (tCO2), a partir do uso diverso de combustíveis, compra de eletricidade,
resíduos orgânicos (conservação de gramados, taludes de barragens, macrófitas aquáticas,
entre outros), esgoto, utilização de fertilizantes e fuga de hexafluoreto de enxofre (SF6).
A partir do inventário, foi elaborado um Programa de Redução de Emissão, com meta de
redução fixada em 10%.
60 CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
Controle do Mexilhão Dourado Para minimizar o efeito dessa invasão nas usinas, a
CESP implementou o Programa de Manejo e Controle
do Mexilhão Dourado, que vem sendo desenvolvido
de maneira conjunta e integrada pelas áreas de meio
ambiente e de manutenção.
As metodologias adotadas para controle da infestação
de estruturas de resfriamento das usinas por
mexilhão dourado se baseiam no monitoramento
de sua presença em equipamentos que possam
afetar diretamente a geração de energia elétrica. As
principais medidas tomadas são a execução de limpezas periódicas, com remoção mecânica
e destinação adequada dos resíduos da infestação, e a adição de ativos nos sistemas de
resfriamento das unidades geradoras, visando evitar a incrustação das larvas de mexilhões.
Com a comprovada eficiência das técnicas de controle do mexilhão dourado, o Ministério
do Meio Ambiente, em 2004, solicitou à CESP que assumisse a coordenação da implantação
da Força‑Tarefa Nacional para o Controle de Mexilhão Dourado na região da bacia
hidrográfica do Alto do Paraná.
Desde então, vem sendo realizado um amplo trabalho de conscientização sobre o
mexilhão dourado e de técnicas para seu controle. Foi produzido material educativo sobre
o assunto e divulgadas informações sobre a espécie às populações ribeirinhas, por meio
de atividades desenvolvidas no barco‑escola e no ônibus‑escola utilizados pelo Programa
de Educação Ambiental.
O que é?Espécie invasora de molusco de água doce, com grande capacidade de incrustação, rápida taxa de crescimento e grande força reprodutiva.
Principais problemas‑ obstrução de tubulações, filtros e sistemas
industriais;
‑ alterações nos ecossistemas aquáticos e nas rotinas de pesca.
Barco-escola do Programa de Educação Ambiental da CESP
61CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
Programa das Nações Unidas Para o Meio Ambiente (PNUMA)
O PNUMA, estabelecido em 1972, é a agência
da Organização das Nações Unidas (ONU)
responsável por catalisar a ação internacional e
nacional para a proteção do meio ambiente no
contexto do desenvolvimento sustentável. Seu
mandato é prover liderança e encorajar parcerias
no cuidado ao ambiente, inspirando, informando
e capacitando nações e povos a aumentar sua
qualidade de vida sem comprometer a das
futuras gerações.
Com o desenvolvimento de um Plano Preliminar
de Implementação, a CESP tornou‑se signatária
da Declaração Internacional sobre Produção Mais
Limpa do PNUMA. O Plano especifica as ações
pelas quais a Companhia planeja tornar concretos
os seis princípios da Declaração: “Liderança”,
“Conscientização, Educação e Formação”,
“Integração”, “Pesquisa e Desenvolvimento”,
“Difusão (comunicação)” e “Implementação”.
Apoio a Publicações O apoio à publicação de livros alinha‑se
ao esforço da CESP em contribuir com o
registro histórico das mudanças ocorridas
pela intervenção humana na construção de
usinas hidrelétricas, bem como em multiplicar
na sociedade conceitos conservacionistas,
essenciais à sobrevivência de todas as espécies
de vida no planeta.
“Pio da Esperança” ‑ O livro reúne uma série
de informações históricas sobre a flora e
avifauna brasileiras, incluindo referências ao
trabalho desenvolvido pela CESP no Centro de
Conservação de Aves Silvestres de Paraibuna.
“40 Peixes do Brasil” ‑ O livro retrata um longo
trabalho de pesquisa relacionado ao manejo
pesqueiro e estudo da ictiofauna, realizado nas
Estações de Hidrobiologia e Aquicultura das
UHEs Engenheiro Souza Dias (Jupiá) e Paraibuna.
São abordados aspectos como caracterização,
Onça-pintada, espécie
monitorada no Centro de
Conservação de Fauna
Silvestre de Ilha Solteira
62 CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
Indicadores Ambientais Consolidados
Indicador ambientalAno base
2008Unidade de
medida Meta
Recuperação de Áreas Degradadas
Implantação de reflorestamento em área própria 473,40 ha 500,00
Recuperação de áreas de empréstimo 45,00 ha 80,00
Implantação de fomento florestal em área de terceiros 282,15 ha 250,00
Número de mudas de espécies florestais produzidas 3.000.000 n° 3.000.000
Manejo de Fauna Silvestre
Número de espécies manejadas 49 n° ‑‑‑
Número de indivíduos referente às espécies manejadas 209 n° ‑‑‑
Conservação da Ictiofauna
Quantidade de monitoramentos ictiológicos e limnológicos 57 n° 60
Número de espécies produzidas para estocagem 10 n° 10
Número de alevinos utilizados para estocagem 3.830.000 n° 4.000.000
Preservação de Áreas de Patrimônio da União
Quantidade de regularizações de uso de áreas da CESP 1.336 n° ‑‑‑
Geração e Tratamento de Resíduos
Quantidade de plantas aquáticas retiradas na tomada de água das usinas 3.063,5 m³/ano ‑‑‑
Educação Ambiental
Quantidade de municípios atendidos 86 n° 90
Quantidade de unidades de ensino e entidades atendidas 127 n° 130
Número de alunos atendidos 27.260 n° 30.000
Número de professores capacitados 303 n° 350
Número de visitantes dos Centros de Conservação da Fauna 30.690 n° 32.000
Número de empregados atendidos 2.270 n° 2.500
Pesquisa & Desenvolvimento – P&D
Quantidade de projetos em desenvolvimento 3 n° ‑‑‑
Recursos aplicados em P&D 476.225,87 R$ ‑‑‑
distribuição, biologia e pesca de 40 espécies que habitam as bacias onde a CESP edificou
seu parque hidrelétrico.
“Afluentes” – O documentário baseia‑se em relatos de uma série de 25 viagens realizadas
em 11 rios da bacia do Rio Paraná e constitui uma leitura crítica dos impactos e mudanças
provocados antes e durante a formação do reservatório da usina Engenheiro Sergio Motta
(Porto Primavera). Além disso, é relatada a história das primeiras expedições da Comissão
Geográfica e Geológica, realizadas a partir de 1905.
63CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
Demonstrações Financeiras Resumidas
1‑ Base de Cálculo 2008 R$ Mil 2007 R$ Mil
1‑ Base de Cálculo
Receita líquida (RL) ‑ DRE 2.479.693 2.183.746
Lucro operacional bruto (LOB) ‑ DRE 1.160.921 1.420.415
Folha de pagamento bruta (FPB) 187.799 181.940
2‑ Indicadores Sociais Internos R$ Mil% sobre
FPB % sobre RL R$ Mil% sobre
FPB % sobre RL
Alimentação 6.677 3,56% 0,27% 6.626 3,64% 0,30%
Encargos Sociais Compulsórios 40.393 21,51% 1,63% 38.982 21,43% 1,79%
Previdência Privada 8.386 4,47% 0,34% 7.049 3,67% 0,32%
Saúde 9.870 5,26% 0,40% 9.143 5,03% 0,42%
Capacitação e desenvolvimento profissional 624 0,33% 0,03% 638 0,35% 0,03%
Creches ou auxílio‑creche 69 0,04% 0,00% 70 0,04% 0,00%
Outros 112 0,06% 0,00% 111 0,06% 0,01%
Total ‑ Indicadores Sociais Internos 66.131 35,21% 2,67% 62.619 34,42% 2,87%
3‑ Indicadores Sociais Externos R$ Mil % sobre RO % sobre RL R$ Mil % sobre RO % sobre RL
Educação 2.380 0,21% 0,10% 1.795 0,13% 0,08%
Total de contribuições para sociedade 2.380 0,21% 0,10% 1.795 0,13% 0,08%
Tributos (excluídos encargos sociais) (1) 456.822 39,35% 18,42% 499.506 35,17% 22,87%
Total ‑ Indicadores Sociais Externos 459.202 39,55% 18,52% 501.301 35,29% 22,96%
4‑ Indicadores Ambientais R$ Mil % sobre RO % sobre RL R$ Mil % sobre RO % sobre RL
Investimentos relacionados com a operação da empresa 38.565 3,32% 1,56% 27.236 1,92% 1,25%
Total dos investimentos em meio ambiente 38.565 3,32% 1,56% 27.236 1,92% 1,25%
Balanço Social
64 CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
5‑ Indicadores do Corpo Funcional 2008 2007
Nº de empregados(as) ao final do período 1.321 1.369
Nº de estagiários(as) 36 43
Nº de empregados(as) acima de 45 anos 992 919
Nº de mulheres que trabalham na empresa 194 201
% de cargos de chefia ocupados por mulheres 11,90% 12,00%
Nº de portadores de deficiência ou necessidades especiais 18 19
6‑ Informações relevantes quanto ao exercício da cidadania empresarial 2008 Metas 2009
Relação entre a maior e a menor remuneração na empresa 18,9 20,5
Número total de acidentes de trabalho 1 com afastamento e 24 sem afastamento 2 com afastamento e 18 sem afastamento
Os projetos sociais e ambientais desenvolvidos pela empresa foram definidos por:
( ) direção( x ) direção e gerências
( ) todos(as) empregados(as)
( ) direção( x ) direção e gerências
( ) todos(as) empregados(as)
Os padrões de segurança e salubridade no ambiente de trabalho foram definidos por:
( ) direção e gerências
( ) todos(as) empregados(as)
( x ) todos(as) + Cipa
( ) direção e gerências
( ) todos(as) empregados(as)
( x ) todos(as) + Cipa
A previdência privada contempla:( ) direção
( ) direção e gerências
( x ) todos(as) empregados(as)
( ) direção( ) direção e gerências
( x ) todos(as) empregados(as)
A participação dos lucros ou resultados contempla:
( ) direção( ) direção e gerências
( x ) todos(as) empregados(as)
( ) direção( ) direção e gerências
( x ) todos(as) empregados(as)
Na seleção dos fornecedores, os mesmos padrões éticos e de responsabilidade social e ambiental adotados pela empresa:
( ) não são considerados
( ) são sugeridos
( x ) são exigidos
( ) não são considerados
( ) serão sugeridos
( x ) serão exigidos
Quanto à participação de empregados(as) em programas de trabalho voluntário, a empresa:
( ) não se envolve
( ) apóia( x ) organiza e incentiva
( ) não se envolverá
( ) apoiará( x ) organizará e incentivará
Valor adicionado total a distribuir (em mil R$): (1) Em 2008: 1.894.478 Em 2007: 2.048.331
Distribuição do Valor Adicionado (DVA):26% governo 8% colaboradores(as) 26% governo 6% colaboradores(as)
6% acionistas 60% terceiros 0% retido 9% acionistas 59% terceiros 0% retido
65CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
Demonstrações do Valor AdicionadoExercícios Findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 (valores em milhares de reais)
2008 2007
GERAÇÃO DO VALOR ADICIONADO
Receitas operacionais 2.986.866 2.625.513
Reversão / (Provisão) p/ créditos de liquidação duvidosa ‑ PCLD 2.736 (2.711)
2.989.602 2.622.802
Menos:
Insumos
Encargos de uso da rede elétrica/serviços do sistema 305.714 311.006
Energia de curto prazo ‑ CCEE 139.490 47.027
Serviços de terceiros 57.382 52.754
Materiais 9.588 8.636
Outros custos operacionais 10.560 11.272
Outras despesas / (receitas) líquidas (nota 26) 19.371 40.568
542.105 471.263
VALOR ADICIONADO BRUTO 2.447.497 2.151.539
Retenções
Depreciação 480.804 479.056
VALOR ADICIONADO LÍQUIDO GERADO 1.966.693 1.672.483
TRANSFERÊNCIAS
Receitas financeiras 123.224 141.054
Ganhos na alienação de bens e direitos (nota 26) 39.314 44.031
Variações cambiais (664.036) 520.021
Entidade de prev. a empregados ‑ Deliberação CVM nº 371/2000 (177.285) 284.495
Imposto de renda e contribuição social diferidos (ativo) 458.194 (63.835)
(220.589) 925.766
OUTRAS
Provisão p/ realização de créditos ‑ RTE/Outras (73.667) (104.236)
Provisões operacionais (52.547) (87.974)
Provisão p/ Investimentos ‑ Quotas FINAM (nota 26) (6.667) ‑
Provisão p/ Desapropriações ‑ empresas cindidas (nota 26) (42.067) (272.392)
Indenizações ‑ empresas cindidas (nota 26) (6.938) (26.293)
Imposto de renda e contribuição social diferidos (passivo) 330.260 (59.023)
148.374 (549.918)
VALOR ADICIONADO A DISTRIBUIR 1.894.478 2.048.331
66 CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
2008 2007
DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO
Pessoal:
Remuneração do trabalho (Não incluí INSS) 146.004 123.144
Entidade de previdência a empregados ‑ Contribuição ao Plano 8.386 7.049
Remuneração administradores 2.322 1.906
156.712 132.099
Financiadores e aluguéis:
Juros e encargos de dívidas 498.110 639.322
Variações monetárias 355.289 312.071
Arrendamentos e aluguéis 4.533 3.933
857.932 955.326
Intrasetoriais ‑ Encargos regulamentares:
Compensação financeira pela utilização de recursos hídricos 166.726 160.279
Reserva Global de Reversão ‑ RGR 74.147 65.141
Pesquisa e desenvolvimento ‑ P&D 24.562 21.668
Taxa de Fiscalização ‑ ANEEL 11.035 8.851
276.470 255.939
Tributos e contribuições sociais:
Federal:
INSS 31.087 26.870
COFINS 217.851 192.096
PIS 47.295 41.702
( ‑ ) Crédito COFINS/PIS s/ enc. uso do Sistema Transmissão (39.595) (29.945)
Imposto de renda 62.697 108.406
Contribuição social 25.256 42.129
CPMF ‑ 23.958
344.591 405.216
Estadual:
ICMS 143.318 121.160
487.909 526.376
Outros:
Provisão de redução ao valor recuperável de ativos 2.467.094 ‑
Acionistas:
Lucro líquido (prejuízo) do exercício (2.351.639) 178.591
TOTAL 1.894.478 2.048.331
67CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
Indicadores GRI
Indicadores GRI Página Observações
Perfil
1. Estratégia e Análise
1.1Declaração do detentor do cargo com maior poder de decisão sobre a relevância da sustentabilidade para a organização 6 e 7
1.2 Descrição dos principais impactos, riscos e orportunidades 19, 49 a 61
2. Perfil Organizacional
2.1 Nome da organização 9
2.2 Principais marcas, produtos e/ou serviços 9 a 13
2.3 Estrutura operacional 9 a 13
2.4 Localização da sede 9
2.5 Número de países em que a organização opera As operações da CESP localizam‑se no Brasil
2.6 Tipo e natureza jurídica da propriedade 9
2.7 Mercados atendidos 9
2.8 Porte da organização 9
2.9 Principais mudanças durante o período coberto
Não houveram mudanças estruturais ou operacionais significativas no período coberto pelo relatório
2.10 Prêmios recebidos no período 24 e 25
Parâmetros para o Relatório
Perfil do Relatório
3.1 Período coberto pelo relatório 5
3.2 Data do relatório anterior mais recenteEste é o primeiro Relatório de Sustentabilidade da Companhia
3.3 Ciclo de emissão dos relatórios 5
3.4 Dados para contato 73
3.5 Processo para definição do conteúdo do relatório 5
3.6 Limite do relatório 5
3.7Declaração sobre quaisquer limitações específicas quanto ao escopo ou ao limite do relatório 5
3.8
Base para elaboração do relatório no que se refere a joint ventures, subsidiárias, instalações arrendadas, operações terceirizadas e outras organizações 5
3.10Explicação das conseqüências de quaisquer reformulações de informações fornecidas em relatórios anteriores
Este é o primeiro Relatório de Sustentabilidade da Companhia
3.11
Mudanças significativas em comparação com anos anteriores no que se refere a escopo, limite ou métodos de medição aplicados no relatório
Este é o primeiro Relatório de Sustentabilidade da Companhia
Sumário de Conteúdo da GRI
3.12 Tabela que identifica a localização das informações no relatório 68
68 CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
Indicadores GRI Página Observações
Governança, Compromissos e Engajamento
Governança
4.1 Estrutura de governança 20 a 24
4.2Indicação caso o presidente do mais alto órgão de governança também seja um diretor executivo 20 a 24
A Presidente do Conselho de Administração da CESP não é membro da Diretoria Executiva
4.3
Para organizações com uma estrutura de administração unitária, declaração do número de membros independentes ou não executivos do mais alto órgão de governança
A estrutura de administração da CESP não é unitária
4.4
Mecanismos para que acionistas e empregados façam recomendações ou dêem orientações ao mais alto órgão de governança
A CESP não possui mecanismos formalizados para que acionistas e empregados façam recomendações ao Conselho de Administração
4.7
Processo para determinação das qualificações e conhecimento dos membros do mais alto órgão de governança para definir a estratégia da organização, para questões relacionadas a temas econômicos, sociais e ambientais 20 Parcialmente respondido
4.8
Declarações de missão e valores, códigos de conduta e princípios internos relevantes para o desempenho econômico, ambiental e social, assim como estágio de sua implementação
5, 24, 56 e 57 Parcialmente respondido
4.9
Procedimentos do mais alto órgão de governança para supervisionar a identificação e gestão por parte da organização do desempenho econômico, ambiental e social 20 a 24 Parcialmente respondido
4.10
Processos para a auto‑avaliação do desempenho do mais alto órgão de governança, especialmente com respeito ao desempenho econômico, ambiental e social
A CESP não possui processo formalizado de auto‑avaliação do desempenho do Conselho de Administração
4.12
Cartas, princípios ou outras iniciativas desenvolvidas externamente de caráter econômico, ambiental e social, que a organização subscreve ou endossa
46 a 48 e 60 a 62
4.13
Participação significativa em associações e/ou organismos nacionais/internacionais de defesa em que a organização: possui assento em grupos responsáveis pela governança corporativa; integra projetos ou comitês; contribui com recursos de monta além da taxa básica como organização associada 43
Engajamento com Stakeholders
4.14 Relação de grupos de stakeholders engajados pela organização 37 a 48
4.15Base para identificação e seleção dos stakeholders com os quais se engajar 37 a 48
69CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
Indicadores de Desempenho Página Observações
Econômico
Aspecto: Desempenho Econômico
EC1 Valor Econômico direto gerado e distribuído 66 e 67
EC2
Implicações financeiras e outros riscos e oportunidades para as atividades da organização devido a mudanças climáticas 60 Parcialmente respondido
EC3Cobertura das obrigações do plano de pensão de benefício definido que a organização oferece 38
Aspecto: Presença no Mercado
EC6
Políticas, práticas e proporção de gastos com fornecedores locais em unidades operacionais importantes 43 Parcialmente respondido
Aspecto: Impactos Econômicos Indiretos
EC8
Desenvolvimento e impacto de investimentos em infra‑estrutura e serviços oferecidos, principalmente para benefício público, por meio de engajamento comercial, em espécie ou atividades pro bono 44 a 48
EC 9
Identificação e descrição de impactos econômicos indiretos significativos, incluindo a extensão dos impactos 44 a 48
Meio Ambiente
Aspecto: Energia
EN6
Iniciativas para fornecer produtos e serviços com baixo consumo de energia, ou que usem energia gerada por recursos renováveis, e a redução na necessidade de energia resultante dessas iniciativas Não se aplica à geração de energia elétrica
Aspecto: Água
EN9Fontes hídricas significativamente afetadas por retirada de água Não se aplica ao negócio da CESP
Aspecto: Biodiversidade
EN12
Descrição dos impactos significativos na biodiversidade de atividades, produtos e serviços em áreas protegidas e em áreas de alto índice de biodiversidade fora das áreas protegidas 51 a 56
EN13 Habitats protegidos ou restaurados 51 a 56
EN14Estratégia, medidas em vigor e planos futuros para a gestão de impactos na biodiversidade 51 a 56
Aspecto: Emissões, Efluentes e Resíduos
EN16Total de emissões diretas e indiretas de gases causadores do efeito estufa, por peso 60
EN18Iniciativas para reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa e as reduções obtidas 60
EN21 Descarte total de água, por qualidade e destinação 57 Parcialmente respondido
EN22 Peso total de resíduos, por tipo e método de disposição 57 e 58 Parcialmente respondido
70 CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
Indicadores de Desempenho Página Observações
Aspecto: Produtos e Serviços
EN26
Iniciativas para mitigar os impactos ambientais de produtos e serviços e a extensão da redução desses impactos Não se aplica à geração de energia elétrica
EN27
Percentual de produtos e suas embalagens recuperados em relação ao total de produtos vendidos, por categoria de produto Não se aplica à geração de energia elétrica
Práticas Trabalhistas e Trabalho Decente
Aspecto: Emprego
LA1Total de trabalhadores por tipo de emprego, contrato de trabalho e região 37
LA2Número total e taxa de rotatividade de empregados por faixa etária, gênero e região 37 Parcialmente respondido
LA3
Benefícios oferecidos a empregados de tempo integral que não são oferecidos a empregados temporários ou em regime de meio período, discriminados pelas principais operações 38
Aspecto: Relações entre os Trabalhadores e a Governança
LA4Percentual de empregados abrangidos por acordos de negociação coletiva 42
Aspecto: Segurança e Saúde no Trabalho
LA6
Percentual de empregados representados em comitês formais de segurança e saúde, compostos por gestores e trabalhadores, que ajudam no monitoramento e aconselhamento sobre programas de segurança e saúde ocupacional 38
LA7Taxas de lesões, doenças ocupacionais, dias perdidos, absenteísmo e óbitos relacionados ao trabalho, por região 39
LA8
Programas de educação, treinamento, aconselhamento, prevenção e controle de risco em andamento para dar assistência a empregados, seus familiares ou membros da comunidade com relação a doenças graves 40
Aspecto: Treinamento e Educação
LA10Média de horas de treinamento por ano, por empregado, discriminadas por categoria funcional 41 Parcialmente respondido
LA11
Programas para gestão de competências e aprendizagem contínua que apóiam a continuidade da empregabilidade dos funcionários e para gerenciar o fim da carreira 42 Parcialmente respondido
LA12
Percentual de empregados que recebem regularmente análises de desempenho e de desenvolvimento de carreira 42
Direitos Humanos
Aspecto: Práticas de Investimento e de Processos de Compra
HR2
Percentual de empresas contratadas e fornecedores críticos que foram submetidos a avaliações referentes a direitos humanos e as medidas tomadas 43
Todos os contratos padrão da Companhia possuem cláusula de direitos humanos (proibindo mão‑de‑obra infantil e qualquer tipo de trabalho escravo)
Aspecto: Não Discriminação
HR4Número total de casos de discriminação e as medidas tomadas
Não foram registrados casos de discriminação em 2008
Aspecto: Trabalho Infantil
HR6
Operações identificadas como de risco significativo de ocorrência de trabalho infantil e as medidas tomadas para contribuir para a abolição do trabalho infantil 44
Não foram identificadas operações com risco de trabalho infantil em 2008
71CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
Indicadores de Desempenho Página Observações
Aspecto: Trabalho Forçado ou Análogo ao Escravo
HR7
Operações identificadas como de risco significativo de ocorrência de trabalho forçado ou análogo ao escravo e as medidas tomadas para contribuir para a erradicação do trabalho forçado ou análogo ao escravo 43
Não foram identificadas operações com risco de trabalho escravo em 2008
Aspecto: Direitos Indígenas
HR9Número total de casos de violação de direitos dos povos indígenas e medidas tomadas
Não foram registrados casos de violação em 2008
Aspecto: Comunidade
SO1
Natureza, escopo e eficácia de quaisquer programas e práticas para avaliar e gerir os impactos das operações nas comunidades, incluindo a entrada, operação e saída 44 a 48
Aspecto: Corrupção
SO4 Medidas tomadas em resposta a casos de corrupçãoNão foram registrados casos de corrupçaõ em 2008
SO5Posições quanto a políticas públicas e participação na elaboração de políticas públicas e lobbies 43
Responsabilidade pelo Produto
Aspecto: Saúde e Segurança do Cliente
PR1
Fases do ciclo de produtos e serviços em que os impactos na saúde e segurança são avaliados visando melhoria, e o percentual de produtos e serviços sujeitos a esses procedimentos Não se aplica à geração de energia elétrica
PR2
Número total de casos de não‑conformidade com regulamentos e códigos voluntários relacionados aos impactos causados por produtos e serviços na saúde e segurança durante o ciclo de vida, discriminados por tipo de resultado Não se aplica à geração de energia elétrica
Aspecto: Rotulagem de Produtos e Serviços
PR3
Tipo de informação sobre produtos e serviços exigida por procedimentos de rotulagem, e o percentual de produtos e serviços sujeitos a tais exigências Não se aplica à geração de energia elétrica
PR4
Número total de casos de não conformidades com regulamentos e códigos voluntários relacionados a informações e rotulagem de produtos e serviços, discriminados por tipo de resultado Não se aplica à geração de energia elétrica
Aspecto: Conformidade
PR9
Valor monetário de multas (significativas) por não‑conformidade com leis e regulamentos relativos ao fornecimento e uso de produtos e serviços
Não foi registrada nenhuma multa por estes aspectos em 2008
72 CESP / Relatório de Sustentabilidade 2008
Informações Corporativas
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São Paulo – SP
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Relações com Investidores
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Fotografias
Acervo CESP
Acervo ICC
José Caldas
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O presente Relatório de Sustentabilidade 2008 foi elaborado pelo
Comitê de Sustentabilidade da CESP, com Projeto Visual e Diagramação da
MZ Design e Consultoria em GRI da MZ Comunicação Corporativa Integrada
Créditos