ISSN: 2596-0229
Revista do Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas Universidade Federal de Ouro Preto - vol. 1 - nº 1 - 2018/1
Ephemera, nº1, 2018
EPHEMERA – Revista do Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas
número 01, volume 1, dezembro de 2018
Expediente
Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas - UFOP
Coordenação: Prof. Dr. Paulo Marcos Cardoso Maciel
Vice Coordenação: Prof.ª Dr.ª Luciana da Costa Dias
Equipe editorial
Editor-chefe: Luciana da Costa Dias
Editores responsáveis: Elen de Medeiros, Ernesto Valença e Ricardo Gomes
Comissão Científica
Cláudia Tatinge Nascimento (Macalester College - E.U.A.)
Cassiano Sydow Quilici (UNICAMP)
Fernando Mencarelli (UFMG)
Nanci de Freitas (UERJ)
Tatiana Motta Lima (UNIRIO)
Comissão editorial
Éden Silva Peretta
Ernesto Gomes Valença
Letícia Mendes de Oliveira
Luciana da Costa Dias
Marcelo Rocco
Paulo Marcos Cardoso Maciel
Ricardo Gomes
Universidade Federal de Ouro Preto
R. Diogo de Vasconcelos, 122
Pilar - Ouro Preto
Minas Gerais
CEP 35400-000
Fone: +55 (31) 3559-1189
Projeto Gráfico
Éden Silva Peretta
Plataforma SEER: Editora da UFOP
Ephemera, nº1, 2018 3
SUMÁRIO
EDITORIAL 4
A ESSÊNCIA DO TEATRO 7
Eugenio Barba
CAMINHOS DA ESCUTA: PRESENÇA SONORA E ESCURIDÃO 23
Maria Clara Ferrer e Juliana Mota
VOZ E PRESENÇA: A UTILIZAÇÃO DOS ARQUÉTIPOS SONOROS
NO TRABALHO DO ATOR 31
Juliana Mota
A OPERETA FRANCESA: ALGUNS APONTAMENTOS PARA
COMPREENDER SUA HISTÓRIA 41
Larissa Neves
A MEMÓRIA COMO DISPOSITIVO DE RESISTÊNCIA:
DO PROCESSO DE CRIAÇÃO DO ESPETÁCULO A MULHER QUE
ANDAVA EM CÍRCULOS ATÉ O ENCONTRO COM O PÚBLICO 61
Éder Rodrigues e Sara Rojo
ISTA – UMA NARRAÇÃO DE TRANSIÇÕES 69
Julia Varley
Ephemera, nº1, 2018
EDITORIAL
É com alegria que o PPGAC/UFOP (Programa de Pós-Graduação em Artes
Cênicas da Universidade Federal de Ouro Preto) lança, com este número inaugural, sua
primeira revista, Ephemera, cujo projeto, previsto ainda na formação do programa, está
vinculado especialmente às linhas de pesquisa desenvolvidas pelos docentes e discentes,
a saber: Estética, Crítica e História das Artes Cênicas e Processos e Poéticas da Cena Contemporânea.
Voltada à publicação de artigos, ensaios, resenhas, críticas e entrevistas que estejam
ligados às práticas da cena – teatro, performance, dança. A Ephemera pretende abarcar,
em perspectiva abrangente, diferentes pesquisas desenvolvidas no âmbito das artes
cênicas através de experimentações e processos criativos e do diálogo multidisciplinar
com áreas afins (como a filosofia, as letras, a história, as artes plásticas etc.), aceitando
contribuições de autores nacionais e estrangeiros.
Para este número de lançamento, contamos com colaborações importantes, que se
dividem aqui em três grupos principais: aspectos da poética da cênica contemporânea,
com os textos de Eugenio Barba e Julia Varley; reflexões sobre o teatro brasileiro, com
as contribuições de Larissa Neves e Éder Rodrigues em co-autoria com Sara Rojo; e,
também, articulações sobre o processo criativo, com dois textos de Juliana Mota, um
deles em parceria com Maria Clara Ferrer.
No primeiro artigo, A essência do Teatro, Eugênio Barba nos brinda com sua
brilhante apresentação daquilo que chama de “história subterrânea” da tradição teatral
ocidental, evocada em paralelo com sua própria trajetória pessoal e de formação do Odin
Teatret, na Dinamarca. Ao perguntar “o que resta do teatro?”, partindo das “feridas e
das faltas que determinam o essencial”, traça algumas linhas que definiriam a essência
da tradição teatral que ajudou a (re-)inventar no século XX.
Por sua vez, Maria Clara Ferrer e Juliana Mota, em Caminhos da Escuta: Presença
Sonora e Escuridão, discutem a escuridão como ferramenta que potencializa o trabalho
vocal do ator em direção àquilo que definem como presença sonora. Já em Voz e Presença:
A utilização dos arquétipos sonoros no trabalho do ator, Juliana Mota, discute experiências
vivenciadas pelo grupo de pesquisa Casa Aberta, vinculado ao curso de Teatro da
Universidade Federal de São João del-Rei, com o intuito de questionar relações entre
memória, trabalho vocal do ator e presença cênica.
Ephemera, nº1, 2018 5
No que diz respeito aos textos sobre o teatro brasileiro, em seu artigo sobre a
Opereta Francesa, A Opereta Francesa: alguns apontamentos para compreender sua história,
Larissa de Oliveira Neves faz uma pequena revisão histórico-crítica da opereta, gênero
francês que se desenvolveu vastamente no Brasil, e dos contornos que assume nas mãos
dos autores nacionais como Arthur Azevedo. Por outro lado, em A Memória como
Dispositivo de Resistência: do processo de criação do espetáculo A Mulher Que Andava Em Círculos
até o encontro com o público, Éder Rodrigues reflete sobre a criação do referido espetáculo,
dirigido por Sara Rojo no Mayombe Grupo de Teatro, discutindo a memória enquanto
dispositivo de resistência diante de regimes autoritários e ditatoriais.
Por último, Julia Varley nos traz sua Carta aberta aos participantes e à equipe da XV
sessão da ISTA – International School of Theatre Anthropology (Escola Internacional de Antropologia
Teatral), na qual rememora sua trajetória, transições e transformações, nos
proporcionando um belíssimo panorama do fazer cênico e da antropologia teatral
contemporânea, a fechar com chave de ouro esta primeira edição de nossa revista.
Agradecemos aos editores responsáveis pelo belíssimo trabalho na organização
deste número: Elen de Medeiros (UFMG), Ernesto Valença (UFOP) e Ricardo Gomes
(UFOP).
Esperamos que todos tenham uma excelente leitura!
Luciana da Costa Dias
(em nome da Coordenação do PPGAC/UFOP)
Ephemera, nº1, 2018