UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO “LATU SENSU”
A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DO ENSINO SUPERIOR PARA
À EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
Prof. Dina Lúcia
Rio de Janeiro
2010
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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO “LATU SENSU”
A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DO ENSINO SUPERIOR PARA
À EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
OBJETIVOS:
Este trabalho complementa o curso de
Docência do Ensino Superior, e possui
como objetivo primário a formação do
professor na Educação à Distância,
focando sua capacitação para tal; bem
como a sua importância no cenário sócio-
econômico. Secundariamente, aborda suas
dificuldades nos tempos da “Era da
Informação”, frente aos avanços
tecnológicos que se encontram em
constante mutação.
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AGRADECIMENTOS
A Deus, pelo dom da vida e pela
oportunidade que me concede de concluir
com êxito este trabalho.
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DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a minha família, que
sempre incentivaram a continuidade dos
meus estudos.
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RESUMO
A educação a distância, EaD, em sua forma empírica, é conhecida
desde o século XIX, e nas últimas décadas passou a fazer parte das atenções
pedagógicas. Ela surgiu da necessidade do preparo profissional e cultural de
milhões de pessoas quenão podiam freqüentar um estabelecimento de ensino
presencial, e evoluiu com as tecnologias disponíveis em cada momento
histórico. É marcada pelo advento do computador, criação da Internet e levanta
discussão sobre o papel do professor nesta nova modalidade educacional,
principalmente quanto a sua formação e seus conhecimentos de Informática
Educacional.
A EaD é marcada por uma ferramenta que, no auge da globalização
reflete uma necessidade universal: o computador como instrumento de ensino.
Com o advento da Internet, desenvolvida a partir de modelos criados no
período da Guerra Fria, a EaD caracteriza três gerações principais, conforme
os avanços e recursos tecnológicos e de comunicação de cada época e faz da
Educação algo maior do que apenas uma mera transferência de informações.
Apesar de nova, a EaD, utiliza as mesmas metodologias do ensino presencial e
reflete o papel do professor como o agente fundamental de mudanças e
interações.
A importância da formação contínua do professor coloca em pauta uma
nova cultura, quebra antigos paradigmas propondo uma nova maneira de
formar o professor, principalmente na área de Informática Educacional.
Conclui-se que a EaD é um reflexo da educação do futuro que, não
somente encurta tempo e distância, como disponibiliza ensino de qualidade,
permitindo o contato entre o “velho” e o “novo”, abrangendo uma gama
surpreendente de conhecimentos à todas as camadas sociais. Destarte, a EaD,
surpreende a sociedade com uma nova maneira de pensar a Educação como
uma via dupla onde, educador e educando compartilham conhecimentos em
busca de uma sociedade mais justa e igualitária.
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SUMÁRIO INTRODUÇÃO................................................................................. 7
CAPÍTULO I
BREVE HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA.................... 9
CAPÍTULO II
O COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO DE ENSINO............ 16
CAPÍTULO III
O QUE MUDA?............................................................................. 23
CAPÍTULO IV
A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO CONTÍNUA PARA O PROFESSOR................................................................................ 28
CONCLUSÃO............................................................................... 36
ÍNDICE.......................................................................................... 37
BIBLIOGRAFIA............................................................................ 39
7
INTRODUÇÃO
O mundo, hoje, caracteriza-se por contradições que se acentuaram a
partir da era tecnológica com seus avanços, com o poder multiplicador e a
aplicabilidade das novas tecnologias da informação a todas tarefas humanas.
O computador , por exemplo, está presente nos lares modernos, indústrias,
comércio e é indispensável na propagação da pesquisa e do ensino.
Assim, a escola, mais do que nunca, precisa apropiar-se das novas
linguagens audiovisuais e informáticas para atender a constantes exigências
do mundo moderno que, por sua vez, requer uma sintonia cada vez mais
afinada ao conhecimento, não só científico, mas também quanto aos valores
éticos-culturais.
Nos tempos atuais, percebe-se uma vultosa necessidade do profissional
da educação manter-se atualizado; tudo muda a cada instante, e novas
tecnologias vão surgindo. Torna-se claro que o educador, moderno, precisa
estar qualificado para preparar o educando para os novos desafios.
Ao vislumbrar um futuro em alta velocidade e contemplar um ambiente
educacional mutante, com suas peculiaridades, e deficiente de novas
ferramentas que se adaptem às necessidades cada vez maiores, surge, então,
uma nova metodologia, adequada, para os tempos modernos, a saber: a
Educação à Distância ou mais comumente denominada EaD.
Educação a distância, também conhecida como teleducação, é a
modalidade de ensino que permite que o educando não esteja fisicamente
presente em um ambiente formal de ensino, assim como, permite também que
faça seu auto estudo em tempo distinto. Diz respeito também à separação
temporal ou espacial entre o educador e o educando.
A Educação a distância deve ser vista como possibilidade de inserção
social, propagação do conhecimento individual e coletivo, e como tal pode
ajudar na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. É nesta
direção que vislumbra-se a possibilidade de formar cidadãos conscientes de
seu papel sócio político, ainda que vivam em regiões onde a oportunidade de
ensino de qualidade seja remota ou que a vida contemporânea reduza a
disponibilidade para investir nos estudos.
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Em meios aos grandes desafios, o presente estudo tem por objetivo
subsidiar o educador para a Educação à distância num país de proporções
continentais, como o Brasil. Por isso, se faz necessário, mencionarmos a
história desde o início da antiguidade até o presente momento, dando ênfase
de como a EaD se fez presente e o que foi mudado ao longo dos anos.
De acordo com relatos anteriores, constata-se que o computador
mostra-se, no contexto diário, como um utensílio indispensável. E em um
segundo momento da presente pesquisa, visualiza-se, o computador, como um
dos instrumentos fundamentais, mas não único, para o ensino. Não se trata
apenas do uso do computador como uma simples ferramenta, como a antiga
máquina de escrever, mas sim do conhecimento de um sistema simbólico de
mais essa linguagem, que lhe é apresentada, também, como um meio de
organização cognitiva da realidade pela constuição de novos significados,
expressão, comunicação e informação.
Posteriormente, será abordado as mudanças que a implementação da
EAD inseriu no ambiente educacional, relacionado-as com as gerações,
sistemas e metodologias utilizadas, bem como a postura do professor frente a
tamanha mudança e a necessidade, do mesmo, quanto a uma formação mais
especializada.
Encerrando a presente obra bibliográfica, abre-se um espaço para
análise da formação continuada do professor, pois o processo educacional
renova-se com a mesma rapidez com que surge as novas e influentes
tecnologias. Destartes, a EaD, apresenta-se como um instrumento capaz de
unir o conhecimento tradicional ao desenvolvimento científico do tempo
presente, encurtando distâncias e abrindo novos horizontes na construção de
uma sociedade plena de conhecimento e oportunidades iguais.
No entanto, faz-se necessário esclarecer que a solução para os
problemas do ensino, que têm profundas implicações políticas, econômicas,
sociais e culturais, não depende só da formação de professores em
tecnologias, mas esta pesquisa aponta também a importância de se pensar
uma educação articulada para a formação continuada em Informática
Educacional para os professores.
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CAPÍTULO I
Breve história da Educação à Distância
A educação a distância, em sua forma empírica, é conhecida desde o
século XIX. Entretanto, somente nas últimas décadas passou a fazer parte das
atenções pedagógicas. Ela surgiu da necessidade do preparo profissional e
cultural de milhões de pessoas que, por vários motivos, não podiam freqüentar
um estabelecimento de ensino presencial, e evoluiu com as tecnologias
disponíveis em cada momento histórico, as quais influenciam o ambiente
educativo e a sociedade.
1.1 - Na Antiguidade
Inicialmente na Grécia antiga, e depois em Roma, existiam redes de
comunicação que permitiam o desenvolvimento significativo da
correspondência e, por conseqüência, a troca de informações. Hoje temos a
educação presencial, semi-presencial (parte presencial/parte virtual ou a
distância) e educação a distância (ou virtual). A presencial é a dos cursos
regulares, em qualquer nível, onde professores e alunos se encontram sempre
num local físico, chamado sala de aula. É o ensino convencional. A semi-
presencial acontece em parte na sala de aula e outra parte a distância, através
de tecnologias. A educação a distância pode ter ou não momentos presenciais,
mas acontece fundamentalmente com professores e alunos separados
fisicamente no espaço e ou no tempo, mas podendo estar juntos através de
tecnologias de comunicação.
1.2 - Os séculos XVII e XVIII
Com a Revolução Científica iniciada no século XVII, as cartas
comunicando informações científicas inauguraram uma nova era na arte de
ensinar. Segundo Lobo Neto (1995), um primeiro marco da educação a
distância foi o anúncio publicado na Gazeta de Boston, no dia 20 de março de
1728, pelo professor de taquigrafia Cauleb Phillips: "Toda pessoa da região,
desejosa de aprender esta arte, pode receber em sua casa várias lições
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semanalmente e ser perfeitamente instruída, como as pessoas que vivem em
Boston".
1.3 - O século XIX
Em 1833, um anúncio publicado na Suécia já se referia ao ensino por
correspondência, e na Inglaterra, em 1840, Isaac Pitman sintetizou os
princípios da taquigrafia em cartões postais que trocava com seus alunos. No
entanto, o desenvolvimento de uma ação institucionalizada de educação a
distância teve início a partir da metade do século XIX.
Em 1856, em Berlim, Charles Toussaint e Gustav Langenscheidt
fundaram a primeira escola por correspondência destinada ao ensino de
línguas. Posteriormente, em 1873, em Boston, Anna Eliot Ticknor criou a
Society to Encourage Study at Home. Em 1891, Thomas J. Foster iniciou em
Scarnton (Pensilvânia) o International Correspondence Institute, com um curso
sobre medidas de segurança no trabalho de mineração.
Em 1891, a administração da Universidade de Wisconsin aceitou a
proposta de seus professores para organizar cursos por correspondência nos
serviços de extensão universitária. Um ano depois, o reitor da Universidade de
Chicago, William R. Harper, que já havia experimentado a utilização da
correspondência na formação de docentes para as escolas dominicais, criou
uma Divisão de Ensino por Correspondência no Departamento de Extensão
daquela Universidade.
Por volta de 1895, em Oxford, Joseph W. Knipe, após experiência bem-
sucedida preparando por correspondência duas turmas de estudantes, a
primeira com seis e a segunda com trinta alunos, para o Certificated Teacher’s
Examination, iniciou os cursos de Wolsey Hall utilizando o mesmo método de
ensino. Já em 1898, em Malmö, na Suécia, Hans Hermod, diretor de uma
escola que ministrava cursos de línguas e cursos comerciais, ofereceu o
primeiro curso por correspondência, dando início ao famoso Instituto Hermod.
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1.4 - História Moderna
No final da Primeira Guerra Mundial, surgiram novas iniciativas de
ensino a distância em virtude de um considerável aumento da demanda social
por educação, confirmando, de certo modo, as palavras de WILLIAM HARPER
(presidente Universidade de Chicago), escritas em 1886:
"Chegará o dia em que o volume da instrução recebida por correspondência será maior do que o transmitido nas aulas de nossas academias e escolas; em que o número dos estudantes por correspondência ultrapassará o dos presenciais."
O aperfeiçoamento dos serviços de correio, a agilização dos meios de
transporte e, sobretudo, o desenvolvimento tecnológico aplicado ao campo da
comunicação e da informação influíram decisivamente nos destinos da
educação a distância. Em 1922, a antiga União Soviética organizou um sistema
de ensino por correspondência que em dois anos passou a atender 350 mil
usuários. A França criou em 1939 um serviço de ensino por via postal para a
clientela de estudantes deslocados pelo êxodo.
A partir daí, começou a utilização de um novo meio de comunicação, o
rádio, que penetrou também no ensino formal. O rádio alcançou muito sucesso
em experiências nacionais e internacionais, tendo sido bastante explorado na
América Latina nos programas de educação a distância do Brasil, Colômbia,
México, Venezuela, entre outros.
Após as décadas de 1960 e 1970, a educação a distância, embora
mantendo os materiais escritos como base, passou a incorporar articulada e
integradamente o áudio e o videocassete, as transmissões de rádio e televisão,
o videotexto, o computador e, mais recentemente, a tecnologia de multimeios,
que combina textos, sons, imagens, assim como mecanismos de geração de
caminhos alternativos de aprendizagem (hipertextos, diferentes linguagens) e
instrumentos para fixação de aprendizagem com feedback imediato (programas
tutoriais informatizados) etc..
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Atualmente, o ensino não presencial mobiliza os meios pedagógicos de
quase todo o mundo, tanto em nações industrializadas quanto em países em
desenvolvimento. Novos e mais complexos cursos são desenvolvidos, tanto no
âmbito dos sistemas de ensino formal quanto nas áreas de treinamento
profissional.
A educação a distância foi utilizada inicialmente como recurso para
superação de deficiências educacionais, para a qualificação profissional e
aperfeiçoamento ou atualização de conhecimentos. Mas, segundo TRINDADE
(1992) a EaD possui uma definição mais “operacional”:
“EaD é uma metodologia desenhada para aprendentes adultos, baseada no postulado que, estando dadas sua motivação para adquirir conhecimento e qualificações e a disponibilidade de materiais apropriados para aprender, eles estão aptos a terem êxito em um modo de auto-aprendizagem.”
Hoje, cada vez mais foi também usada em programas que
complementam outras formas tradicionais, face a face, de interação, e é vista
por muitos como uma modalidade de ensino alternativo que pode
complementar parte do sistema regular de ensino presencial.
1.5 - EaD no mundo
A Suécia registrou sua primeira experiência em 1833, com um curso de
Contabilidade. Na mesma época, fundou-se na Alemanha em 1856 o primeiro
instituto de ensino de línguas por correspondência. O modelo de ensino foi
iniciado na Inglaterra em 1840, e, em 1843 foi criada a Phonografic
Corresponding Society. Fundada em 1962, a Universidade Aberta mantém um
sistema de consultoria, auxiliando outras nações a implementar uma educação
a distância de qualidade. Também no século XIX, a EaD foi iniciada nos
Estados Unidos da América na Illinois Weeleyan University.
Já no século XX, em 1974, a Universidade Aberta Allma Iqbal no
Paquistão iniciou a formação de docentes via EaD. A partir de 1980, a
Universidade Aberta de Sri Lanka passou a atender setores importantes para o
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desenvolvimento do país: profissões tecnológicas e formação docente. Na
Tailândia, a Universidade Aberta Sukhothiai Thommathirat tem cerca de 400
mil estudantes em diferentes setores e modalidades.
Criada em 1984, a Universidade de Terbuka na Indonésia surgiu para
atender forte demanda de estudos superiores, e prevê chegar a cinco milhões
de estudantes. Já na Índia, criada em 1985, a Universidade Nacional Aberta
Indira Gandhi tem objetivo de atender a demanda de ensino superior.
A Austrália é um dos países que mais investe em EaD, mas não tem
nenhuma universidade especializada nesta modalidade. Nas universidades de
Queensland, New England, Macquary, Murdoch e Deakin, a proporção de
estudantes a distância é maior ou igual à de estudantes presenciais.
Na América Latina programas existentes incluem o Programa
Universidade Aberta, inserido na Universidade Autônoma do México (criada em
1972), a Universidade Estatal a Distância da Costa Rica (de 1977), a
Universidade Nacional Aberta da Venezuela (também de 1977) e a
Universidade Estatal Aberta e a Distância da Colômbia (criada em 1983).
1.6 - Brasil
No Brasil, desde a fundação do Instituto Rádio Técnico Monitor, em
1939, o hoje Instituto Monitor, depois do Instituto Universal Brasileiro, em 1941,
e o Instituto Padre Reus em 1974, várias experiências de educação a distância
foram iniciadas e levadas a termo com relativo sucesso. As experiências
brasileiras, governamentais e privadas, foram muitas e representaram, nas
últimas décadas, a mobilização de grandes contingentes de recursos. Os
resultados do passado não foram suficientes para gerar um processo de
aceitação governamental e social da modalidade de educação a distância no
país. Porém, a realidade brasileira já mudou e nosso governo criou leis e
estabeleceu normas para a modalidade de educação a distância em nosso
país.
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Em 1904, escolas internacionais, que eram instituições privadas,
ofereciam cursos pagos, por correspondência. Em 1934, Edgard Roquette-
Pinto instalou a Rádio-Escola Municipal no Rio de Janeirono projeto para a
então Secretaria Municipal de Educação do Distrito Federal dirigida por Anísio
Teixeira integrando o rádio com o cinema educativo(Humberto Mauro)a
biblioteca e o museu escolar numa pioneira proposta de educação à distância.
Estudantes tinham acesso prévio a folhetos e esquemas de aulas. Utilizava
também correspondência para contato com estudantes. Já em 1939 surgiu em
São Paulo (cidade) o Instituto Monitor, na época ainda com o nome Instituto
Rádio Técnico Monitor. Dois anos mais tarde surge a primeira Universidade do
Ar, que durou até 1944. Entretanto, em 1947 surge a Nova Universidade do Ar,
patrocinada pelo SENAC, SESC e emissoras associadas.
Durante a década de 1960, com o Movimento de Educação de Base
(MEB), Igreja Católica e Governo Federal utilizavam um sistema radio-
educativo: educação, conscientização, politização, educação sindicalista etc..
Em 1970 surge o Projeto Minerva, um convênio entre Fundação Padre Landell
de Moura e Fundação Padre Anchieta para produção de textos e programas.
Dois anos mais tarde, o Governo Federal enviou à Inglaterra um grupo de
educadores, tendo à frente o conselheiro Newton Sucupira: o relatório final
marcou uma posição reacionária às mudanças no sistema educacional
brasileiro, colocando um grande obstáculo à implantação da Universidade
Aberta e a Distância no Brasil.
Na década de 1970, a Fundação Roberto Marinho era um programa de
educação supletiva a distância, para ensino fundamental e ensino médio. Entre
as décadas de 1970 e 1980, fundações privadas e organizações não-
governamentais iniciaram a oferta de cursos supletivos a distância, no modelo
de teleducação, com aulas via satélite complementadas por kits de materiais
impressos, demarcando a chegada da segunda geração de EaD no país. A
maior parte das Instituições de Ensino Superior brasileiras mobilizou-se para a
EaD com o uso de novas tecnologias da comunicação e da informação
somente na década de 1990. Em 1992, foi criada a Universidade Aberta de
Brasília (Lei 403/92), podendo atingir três campos distintos: a ampliação do
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conhecimento cultural com a organização de cursos específicos de acesso a
todos, a educação continuada, reciclagem profissional às diversas categorias
de trabalhadores e àqueles que já passaram pela universidade; e o ensino
superior, englobando tanto a graduação como a pós-graduação. Em 1994, teve
início a expansão da Internet no ambiente universitário. Dois anos depois,
surgiu a primeira legislação específica para educação a distância no ensino
superior. As bases legais para essa modalidade foram estabelecidas pela Lei
de Diretrizes e Bases na Educação Nacional n°9.394, de 20 de dezembro de
1996, regulamentada pelo decreto n°5.622 de 20 de dezembro de 2005, que
revogou os decretos n°2.494 de 10/02/98, e n°2.561 de 27/04/98, com
normatização definida na Portaria Ministerial n°4.361 de 2004. No decreto
n°5.622 dita que, ficam obrigatórios os momentos presenciais para avaliação,
estágios, defesas de trabalhos e conclusão de curso. Classifica os níveis de
modalidades educacionais em educação básica, de jovens e adultos, especial,
profissional e superior; Os cursos deverão ter a mesma duração definida para
os cursos na modalidade presencial; Os cursos poderão aceitar transferência e
aproveitar estudos realizados em cursos presenciais, da mesma forma que
cursos presenciais poderão aproveitar estudos realizados em cursos à
distância. Regulariza o credenciamento de instituições para oferta de cursos e
programas na modalidade à distância (básica, de jovens e adultos, especial,
profissional e superior).
Em Maio de 2009, a ABED - Associação Brasileira de Educação a
Distância organizou o 7º SENAED - Seminário Nacional ABED de Educação a
Distância totalmente online, envolvendo nas atividades palestrantes do Brasil,
Portugal e outros países de língua portuguesa.
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CAPÍTULO II
O computador como instrumento de ensino
Os instrumentos tecnológicos de comunicação se desenvolvem e se
diversificaram sem parar. Eles se impõem a todos na vida diária e não podem
ser ignorados nem considerados com desprezo. Podemos ensinar e aprender
sem eles, porém sua apropriação é importante tanto ao estudante como aos
professores. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs, 1999),
utilizar as informações através da linguagem digital, tem transformado o
cotidiano da sociedade não só como mundo globalizado, mas também como
uma realidade específica de cada região. Ter acesso ou não à informação pode
se constituir em elemento de discriminação na nova sociedade que se
organiza.
È necessário pensá-los e querê-los, pois ainda não são instrumentos
pedagógicos bem quistos por todos do corpo docente. Portanto, uma boa
tecnologia educacional é aquela que permitirá uma evolução pessoal autônoma
ajustada às competências, às exigências e ao itinerário de cada um. São as
afirmações de Loing (1998), que enfatiza a importância de uma escola que
acompanhe toda essa evolução tecnológica, principalmente acompanhada pelo
professor.
Segundo os Parâmetros Curriculares (PCNs, 1998), a incorporação das
inovações tecnológicas só tem sentido se contribuir para a melhoria da
qualidade na educação, pois a aparente modeernidade pode esconder um
sentido tradicional baseado na recepção e na memorização de informações.
A tecnologia deve servir para enriquecer o ambiente educacional,
proporcionando a construção de conhecimentos por meio de uma atuação
ativa, crítica e criativa por parte de alunos e professores.
Ainda, de acordo com os PCNs (1998), em particular, o computador,
permite novas formas de trabalho, possibilitando a criação de ambientes de
aprendizagem em que os alunos pesquisam, fazem antecipações e
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simulações, confirmam ideias prévias, experimentam, criam soluções e
constroem novas formas de representações mental.
Não pretendemos criar a apologia do uso do computador como
instrumento de ensino, mas sim destacar que pode ser mais uma forma de
ensinar a ser utilizada pelo professor, visando principalmente tornar a escola
mais atualizada empregando novas tecnologias,
Segundo Lévy (1998: 8):
“É certo que a escola é uma instituição que há cinco mil anos se baseia no falar/ditar do mestre, na escrita manuscrita do aluno e, há quatro séculos, em um uso moderado da impressão. Uma verdadeira integração da informática (como do audiovisual) supóe portanto o abandono de um hábito antropólogo mais que milenar, o que não pode ser feito em alguns anos.”
O autor reconhece que é preciso tempopara se abandonar hábitos
arraigados, mas mudar paradigmas é a chave para acompanhar tantas
transformações, que exigem da sociedade o desenvolvimento de uma nova
mentalidade e de um novo olhar ao se interpretar o mundo digital. Tais
mudanças são asseguradas por meio de uma educação continuada.
O uso dessa tecnologia no ensino não deve ser reduzir apenas à
aplicação de técnicas por meio de máquinas ou apertando teclas e digitando
textos, embora possa limitar-se a isso,caso não haja reflexão sobre a finalidade
da utilização de recursos tecnológicos nas atividades de ensino.
Segundo Dertouzos ( 1997), há 25 anos os professores valorizam as
vantagens operacionais do computador, tais como distribuir lições de casa,
receber trabalhos de alunos, passar notas, sem que, contudo, essa vantagens
impliquem benrfícios diretos à educação.
A importância de os professores utilizarem a Informática citada por
Schaff (1998), já é considerada como certa, trazendo mudanças nos programas
de estudos das escolas, em nossa sociedade informatizada, em qu e se tem à
disposição computadores e autômatos com programas especializados para o
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ensino. Assim os professores poderiam desenvolver uma independência de
pensamento, pois teriam muito mais tempo, uma vez que não precisariam
memorizar tantas informações, já que isso seria feito pela máquina. Não
pretendemos, é lógico, que as máquinas fiquem apenas armazenando
informações, mas queremos que as escolas utilizem os computadores de forma
reflexiva.
No Brasil, os computadores começaram a se tornar aliados do professor
no começo dos anos 80, como já foi dito anteriormente, nas escolas
particulares, que têm maior capacidade de realizar investimentos. Mas apenas
no final daquela década, as experiências começaram a se consolidar. Hoje,
essa tecnologia é uma ferramenta incorporada ao cotidiano de muitas
instituições, num processo que está começando agora na rede pública.
Segundo Costa (2001: 110),
“A Internet é uma rede mundial de computadores interconectados entre si,criada pelo os Estados Unidos para interligar centros de investigação e defesa norte-americanos espalhados pelo planeta. Essa intrincada comunicação é feita através de satélites e inúmeras redes locias, além de convenção técnica que homogeneizam as mensagens e as formas de comunicação.”
Diferentemente de outros meios de comunicação, voltados
principalmente para o lazer eo entretenimento, como a ttelevisão, os
computadores integram-se mais facilmente ao universo da pesquisa e do
conhecimento (Costa,2001).
Projetos seculares, como o de uma biblioteca mundial que integre toda
produção cultural e científica da humanidade parecem menos ousados graças
às possibilidaes das novas teconologias da informação e da comunicação.
Por meio da Internet, rede mundial de computadores ou de correios
eletrônicos, os computadores permitem a busca e o intercãmbio de
informações nas mais diversas áreas. Um trabalho de Educação Artística pode
ser enriquecido por uma visita virtual ao Museu do Louvre. Da mesma forma,
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as grandes bibliotecas universitárias internacionais permitem o acesso via
Internet.
Para Deutorzos (1997), A Internet trouxe vantagens, pois os alunos
podem acessar, com comandos em linguagem comum, uma biblioteca de
arquivos de fotos e muito mais, de forma bem mais atraente para o autor, são
os hiperdocumentos de conhecimento especializados – ferramentas de
pragramas aplicativos que organizam matérias para o uso dos estudantes. Os
hiperdocumentos representam uma mudança significativa em relação à
organização linear do conhecimento usada há séculos nos livros.
Utilizando a Internet, os alunos terão a oportunidade de se comunicar
com muitos recptores. Isso permite a troca de informações, e o
desenvolvimento do senso crítico e pode contribuir para aprimorar a escrita.
Segundo Tajra (2000), não existem avaliações definitivas quanto à
utilização do computador como máquina de ensino. Existem apenas algumas
análises parciais, que enftizam a necessiadade de formação e de atualização
dos educadores. Também se percebe que a tecnologia atrai mais a atenção
dos alunos, pois o computador torna mais fácil o aprendizado de disciplinas
consideradas difíceis, como a Física e a Química, melhorando, assim o
desempenho escolar.
Conforme a proposta pedagógica das escolas, podemos classificar a
utilização do computador de duas formas, segundo Bettega (2004):
Por disciplinas: os professores utilizam os computadores como reforço,
complementação ou sensibilização para os conteúdos abordados em sala de
aula. È uma ação isolada, de interesse específico do professor, conforme a
disciplina que ele leciona.
Por meios de projetos educacionais: a Informática é utilizada num plano
mais abrangente, pois integra as disciplinas aos temas geradores das
propostas de projetos. Nesse caso, o uso do computador pode ocorrer durante
toda a pesquisa, para buscar informações na Internet e em CDs, para rever
conteúdos disciplinares básicos, para elaborar rascunhos, textos,
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apresentações e gráficos como forma de exibição dos resultados das
pesquisas realizadas.
De acordo com os PCNs (1998), para elaborar uma proposta de trabalho
com o computador, é interessante incluir a realização de um levantamento
sobre alunos e professores que já tenham familiaridade com essa tecnologia. È
necessário para exploração dos programas, sites ou CD-Roms antes de iniciar
proposta de trabalho.
2.1 - Programas e aplicativos mais utilizados.
O que de fato vem a ser um programa aplicativo? Podemos citar duas
conceituações, segundo Tajra (2000): programa desenvolvido especificamente
para finalidades educativas ou qualquer programa utilizado para atingir
resultados educativos. Tais programas não foram desenvolvidos originalmente
com finalidades educativas, porém podem ser utilizados para esse fim: editores
de texto, planilha eletrônica etc.
Podemos classificar, de um modo geral, os programas aplicativos em
grandes grupos, segundo Bettega, (2004): tutoriais, exercitação, investigação,
simulação, jogos, abertos, editores de textos, banco de dados, planilhas
eletrônicas, programas gráficos, programas de autoria, de apresentação e
programas para programação.
Nenhum programa aplicativo funciona automaticamente para promover
aprendizagens, pois é necessário que sua utilização esteja atrelada a um
contexto de ensino e de aprendizagem, ou seja, à colocação de problemas
cognitivos considerados aquilo que o aluno já sabe. Freire (2000), dedica parte
de seus escritos enfatizando que ensinar exige respeito aos saberes dos
educandos, sobretudo os das classes populares, pois todos possuem saberes
socialmente construídos na prática comunitária. Procurar discutir com os
alunos a relação desses saberes com o ensino dos conteúdos. Freire (2000)
enfatiza a importância de se estabelecer uma necessária “intimidade” entre os
saberes curriculares fundamentais aos alunos e a experiência social que eles
têm como indivíduos. Esses saberes atualmente envolvem o uso dos
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computadores e de seus aplicativos no processo ensino-aprendizagem,
portanto por que não aproveitá-los ou ensiná-los quando não houver domínio
pelos estudantes?
È muito importante que o professor estimule os alunos a fazerem o
registro intelectual, em pastas e subpastas e em arquivos do computador, de
sua experiência individual de aprendizagem e em grupo.
Para que os professores se apropriem dos programas como recurso
didático, é necessário que estejam capacitados para utilizar o computador
como instrumento pedagógico. Por meio da educação continuada em
Informática Educacional, os professores irão conhecer os vários recursos que
estão a sua disposição e , a partir daí, efetuar a adequação do programa à
necessidade educacional (BETTEGA, 2004).
Segundo Emília Ferreiro (2001: 24):
“A presença da escrita na tela co computador é hoje um fato universal. A tecnologia da informação e da comunicação está trazendo mudanças importantes não apenas no mercado de trabalho, mas também nas práticas de leitura e escrita. Navegar na Internet exige um comportamento do leitor bastante diferente do comportamento que ele tem diante do livro.”
Vivemos dentro de um ambiente escolar, que parte dos professores são,
ainda analfabetos ou semi – analfabetos digitais. Hoje o mercado de trabalho
é instável e competitivo, e estarão em vantagem aqueles que tiverem
habilidade em Informática.
Precisamos tomar cuidado para não ficar propagando o uso do
computador como a solução para todos os problemas de ensino. Temos de ter
consciência de nosso papel social e não ficar pregando uma democracia
cibernética para todos. Isso ainda é um engodo (DEMO, 2001).
Devemos sim, ocupar os espaços possíveis, mesmo que inicialmente de
“carona”, para depois assumir sistematicamente a direção, com vistas à
humanização desse mundo das tecnologias (BETTEGA, 2004).
As comunidades virtuais de aprendizagem, o ensino colaborativo, a
conexão planetária, a mudança dos papéis de professores e de alunos nas
relações de ensino-aprendizagem ainda são situações que escapam da
realidade presente para a maioria dos indivíduos e das possibilidades
22
tecnológicas e culturais existentes no ambiente educacional ( KENSKI, 1998),
reforçando o fato de que não basta utilizar novas tecnologias obedecendo a
currículos e programas, sem alterações na forma como se faz e se dá a
educação neste início de século. Utilizar o computador desse modo não
significa mudança nenhuma no processo de ensino-aprendizagem.
Podemos dizer que o professor é alguém que interage com o aluno de
forma a facilitar suas experiências educativas e a instigar sua imaginação.
O computador, apesar dês seus inúmeros recursos, tem limites precisos
e irreversíveis. Abrem-se, assim, novas perspectivas para o trabalho do
professor, desde que se disponha a trabalhar com os alunos em um plano
criativo e inventivo (BARILLI, 1998).
De acordo com Almeida (2002), os recursos de Informática agora
disponíveis para que se possa refletir sobre o conhecimento e sobre como os
alunos aprendem. Afirma, ainda, que os computadores são verdadeiros
laboratórios, sempre disponíveis para se pensar sobre o ato de pensar. Se a
utilização dos computadores como instrumento de ensino conseguir promover
algumas dessas reflexões, já será uma conquista.
23
CAPÍTULO III
O que muda?
A sociedade está caminhando para ser uma sociedade que aprende de
novas maneiras, por novos caminhos, com novos participantes, de forma
contínua. As cidades tornam-se cidades educadoras, integrando todas as
competências e serviços presenciais e digitais. A educação escolar precisa,
cada vez mais, ajudar todos a aprender de forma mais integral, humana, afetiva
e ética, integrando o individual e o social, os diversos ritmos, métodos,
tecnologias, com o intuito de construir cidadãos plenos em todas as dimensões.
A educação é um todo complexo e abrangente, que não se resolve
somente na sala de aula. Ela envolve todos os cidadão, as organizações e o
Estado e depende intimamente de políticas públicas e institucionais coerentes,
sérias e inovadoras. Mas é na relação pedagógica que se centra o processo de
ensino e aprendizagem. Destartes, percebe-se que as mudanças trazidas pelas
tecnologias para a educação presencial e à distância, em todos os níveis de
ensino, principalmente no ensino superior procura contextualizar o papel de
professores e alunos na revolução que está acontecendo (MORAN, 2007).
As maiores mudanças inerentes a sociedade atual, referem-se a
necessidade de uma educação mais qualificada e que possa atingir, de
maneira eficiente, aqueles que, por algum motivo, não conseguiram alcançar,
de maneira imediatista, os anseios do mercado de trabalho, que procura
capacitar os seus profissionais, ao mesmo tempo que busca aumentar o seu
nível intelectual.
Com a educação a distância, muitas transformações ocorreram na
sociedade. O papel do educador e do educando, inseriu-se, neste novo modo
de pensar a educação, modificando o ambiente. Tudo é novo: as gerações, os
aspectos ideológicos, a sistemática, as metodologias, tudo mudou! Constata-se
que este novo modo de pensar a educação, busca redefinir o papel do
educador e do educando no contexto socio-educacional reinante.
24
3.1 - Gerações
Segundo, Maia (2007) o desenvolvimento da EaD pode ser descrito
basicamente em três gerações, conforme os avanços e recursos tecnológicos e
de comunicação de cada época.
• Primeira geração: Ensino por correspondência,
caracterizada pelo material impresso iniciado no século XIX. Nesta
modalidade, por exemplo, o pioneiro no Brasil é o Instituto Monitor, que,
em 1939, ofereceu o primeiro curso por correspondência, de
Radiotécnico. Em seguida, temos o Instituto Universal Brasileiro atuando
há mais de dezenas de anos nesta modalidade educativa, no país...
• Segunda geração: Teleducação/Telecursos, com o recurso
aos programas radiofônicos e televisivos, aulas expositivas, fitas de
vídeo e material impresso. A comunicação síncrona predominou neste
período. Nesta fase, por exemplo, destacaram-se a Telescola, em
Portugal, e o Projeto Minerva, no Brasil;
• Terceira geração: Ambientes interativos, com a eliminação
do tempo fixo para o acesso à educação, a comunicação é assíncrona
em tempos diferentes e as informações são armazernadas e acessadas
em tempos diferentes sem perder a interatividade. As inovações da
World Wide Web possibilitaram avanços na educação a distância nesta
geração do século XXI. Hoje os meios disponíveis são: teleconferência,
chat, fóruns de discussão, correio eletrônico, weblogs, espaços wiki,
plataformas de ambientes virtuais que possibilitam interação
multidirecional entre alunos e tutores.
3.2 - Aspecto ideológico
A EaD caracteriza-se pelo estabelecimento de uma comunicação de
múltiplas vias, suas possibilidades ampliaram-se em meio às mudanças
tecnológicas como uma modalidade alternativa para superar limites de tempo e
espaço. Seus referenciais são fundamentados nos quatro pilares da Educação
25
do Século XXI publicados pela UNESCO, que são: aprender a conhecer,
aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser (DELORS,1999).
Assim, a Educação deixa de ser concebida como mera transferência de
informações e passa a ser norteada pela contextualização de conhecimentos
úteis ao aluno. Na educação a distância, o aluno é desafiado a pesquisar e
entender o conteúdo, de forma a participar da disciplina.
3.3 - Sistemática
Nesta modalidade de ensino estudantes e professores não necessitam
estar presentes num local específico durante o período de formação. Desde os
primórdios do ensino a distância, utiliza-se a correspondência postal para
enviar material ao estudante, seja na forma escrita, em vídeos, cassetes áudio
ou CD-ROMs, bem como a correcção e comentários aos exercícios enviados,
depois de feitos pelo estudante. Depois do advento da Internet, o e-mail e
todos os recursos disponíveis na World Wide Web tornaram-se largamente
utilizados, ampliando o campo de abrangência da EaD (MAIA, 2007) . Em
alguns casos, é pedido ao estudante que esteja presente em determinados
locais para realizar a sua avaliação. A presencialidade é muitas vezes
necessária no processo de educação.
3.4 - Metodologias utilizadas
No ensino a distância não deve haver diferença entre a metodologia
utilizada no ensino presencial. As metodologias mais eficientes no ensino
presencial são também as mais adequadas ao ensino a distância. O que muda,
basicamente, não é a metodologia de ensino, mas a forma de comunicação. As
estratégias de ensino devem incorporar as novas formas de comunicação e,
também, incorporar o potencial de informação da Internet.
A Educação apoiada pelas novas tecnologias digitais foi enormemente
impulsionada assim que a banda larga começou a se firmar, e a Internet
passou a ser potencialmente um veículo para a comunicação a distância.
26
A EaD caracteriza-se pelo estabelecimento de uma comunicação de
múltiplas vias, suas possibilidades ampliaram-se em meio às mudanças
tecnológicas como uma modalidade alternativa para superar limites de tempo e
espaço.
3.5 - O papel do professor na EAD.
Nesse processo de aprendizagem, assim como no ensino regular o
orientador ou o tutor da aprendizagem atua como "mediador", isto é, aquele
que estabelece uma rede de comunicação e aprendizagem multidirecional,
através de diferentes meios e recursos da tecnologia da comunicação, não
podendo assim, se desvincular do sistema educacional e deixar de cumprir
funções pedagógicas no que se refere à construção da ambiência de
aprendizagem. Esta mediação tem a tarefa adicional de vencer a distância
física entre educador e o educando. O qual, deverá ser auto-disciplinado e
auto-motivado, para que possa superar os desafios e as dificuldades que
surgirem durante o processo de ensino-aprendizagem.
O professor é o agente fundamental de mudanças e interações, que tem
que ser covinientemente entendidas e articuladas, permitindo assim, que o
conhecimento seja uma constante na EaD (MORAN, 2007). Ele abandona o
método de ensino tradicional da mera transmissão de conhecimento para:
• Ser um pesquisador, que participa das pesquisas de seus alunos,
refletindo assim na sua prática pedagógica.
• Ser um parceiro, pois partilha dos sucessos e obstáculos,das
dúvidas e das certezas dos alunos.
• Promover a construção coletiva do conhecimento, através da
partilha e da pesquisa.
• Proceder as atualizações constantes, não só das mat´perias de
sua disciplinas, mas também do ambiente virtual, onde se
encontra com os alunos.
• Promover diálogos nas plataformas de ensino, bem como
discussões e trabalhos em grupo, privilegiando o trabalho
colaborativo de aprendizagem.
27
A importância do papel do professor na EaD, é muito maior do que
se imagina. O professor é a “porta de entrada”, num ambiente de
aprendizagem a Distância, onde se promove a construção do
conhecimento, tendo um papel cooperativo, colaborativo e
comunicativo.
“ O professor e o grupo como um todo passa a ser solicitado a interagir como diferentes meios e sujeitos a compartilhar, para constrir novas relações, fazendo e desfazendo a informações dadas, reconstrindo-as em novos espaços em diferenciados significados e novas formas de organização (BELLONI, 2009 ).”
As professores se deparam a cada dia com novos recursos trazidos por
esta tecnologia, que evolui rapidamente atingindo os ramos das instituições de
ensino. Falar de educação hoje, tem uma abrangência muito maior, e fica
impossível não falar na educação sem nos remetermos à educação a distância,
com todos os avanços tecnológicos proporcionando maior interatividade entre
as pessoas. Utilizando os meios tecnológicos a EaD veio para derrubar tabus e
começar uma nova era em termo de educação.
28
CAPÍTULO IV
A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO CONTÍNUA PARA O
PROFESSOR
4.1 – Formação inicial x formação contínua: uma nova
cultura profissional
Independente das condições nas quais a formação inicial do educador
foi efetuada e, ainda, do meio educacional em que leciona. Esse profissional
tem a necessidade de continuar seus estudos, suas pesquisas e principalmente
uma atualização constante frente aos avanços tecnológicos e sociais dos
tempos atuais. A continuidade não está restrita apenas a sua área de atuação
apenas para ficar atualizado, mas pela própria natureza do fazer pedagógico
(Barilli, 1998).
Segundo Imbernon (2002), a escola e a profissão docente desenvolvem-
se num contexto marcado por mudanças aceleradas, especialmente nas
formas adotadas pela sociedade, tanto no conhecimento científico quanto, nos
produtos do pensamento, como a cultura e a arte. Também conclui que existe
uma evolução acelerada da comunidade social em suas estruturas materiais,
institucionais e formas organizacionais de convivência, modelos de família, de
produção e de compartilhamento, que refletem na mudança das atuais formas
de pensar, sentir e agir das novas gerações.
As enormes mudanças provocadas pelos meios de comunicação e pela
tecnologia, acompanhadas das profundas transformações na vida institucional
das organizações, abalaram a transmissão do conhecimento (Imbernon ,2002).
A idéia de que toda a sociedade está bem informada, na verdade, deixa muitas
pessoas marginalizadas pela ausência da informação, ao passo que outras
acumulam o capital informativo em seu próprio benefício. Analisando a
educação não como um patrimônio exclusivo dos docentes e sim de toda a
comunidade e dos meios que esta dispõe, estabelece-se modelos novos
relacionais e participativos na prática educativa.
29
Para Imbernon (2002), torna-se inquestionável que há uma nova forma
de ver a instituição educativa, novas funções do professor, uma nova cultura
profissional e uma mudança de posicionamento de todos os envolvidos na
prática educativa, visando a uma maior participação social do docente.
Fica claro pelo pensamento de Imbernon (2002), que existe uma busca
por uma atualização profissional, mas sem perder de vista o profissional que
dará novo significado do seu papel como docente, diante de um perfil que
estará mudando em face das transformações que ocorrem na sociedade.
“ A formação assume um papel que vai além do ensino que pretende uma mera atualização científica, pedagógica e didática e se transforma na possibilidade de criar espaços de participação, reflexão e formação para que as pessoas aprendam a se adaptem para poder conviver com a mudança e com a incerteza (IMBERNÓN, 2002 ).”
De fato, no futuro, o “ser professor” se desenvolverá em uma sociedade em
mudança, com alto nível tecnológico e vertiginoso avanço do conhecimento
(Imbernon,2002). Acompanhar tais mudanças requer envolvimento teórico e
prático nessas transformações
4.2 – Como deve ocorrer a formação do professor?
De modo geral, buscam-se os responsáveis pelos altos índices de
reprovação e evasão, ou pelo “fracasso escolar” apontando como culpados os
poderes públicos, o contexto social da escola, as desigualdades econômicas, o
desempenho da instituição e o despreparo dos professores (Barilli, 1998).
Segundo Barilli(1998), existe um distanciamento singular entre a
formação inicial do professor e sua atuação prática diante das demandas
educacionais advindas de seu contexto profissional. Esse cenário reafirma a
necessidade de uma educação contínua em serviço, uma vez que, além de
fornecer conhecimento e de corrigir distorções do processo inicial, isso também
contribuirá para uma reflexão acerca de mudanças nesses cursos.
30
Podemos dizer que professores profissionalmente motivados, prontos a
dedicar-se integralmente a sua autoformação como condição básica para seu
bom desempenho na escola, em equilíbrio na relação com seus alunos, com
políticas educacionais e consigo mesmo, obviamente necessitam ter satisfeitas
as suas condições básicas, isto é, ter uma remuneração condizente com sua
atribuição de educador. Portanto, o investimento financeiro no educador é de
fundamental importância para garantir sua atualização.
Investimentos estruturais e financeiros tornam-se imprescindíveis para a
elevação da qualidade do ensino no país. A criação de planos de carreira
baseados no mérito, no nível de formação e na aplicação do saber aprendido
ao ambiente da escola pode ser uma política promissora para estimular o
profissional a dedicar-se a sua atualização para a prática pedagógica. “Desse
modo, seria resgatada a idéia do “salto de qualidade” em professor-operário”
no sentido de operar (Barilli, 1998).
Segundo a mesma autora, a formação continuada se dá por duas
categorias: sistemas formais e sistemas informais. Os sistemas formais são
efetuados por órgão governamentais, geralmente estruturados em cursos
específicos, com temáticas específicas e voltadas para professores de
diferentes instituições.
A autora, entretanto, chama a atenção para o fato de que a obtenção de
certificados e de pontuação para a progressão na carreira do magistério pode
transformar-se em um fim em si mesmo, na medida em que o docente se
interessa mais por essa, quando é recompensado pela aprendizagem que
obtém. Outra limitação citada é o fato de os professores participantes, na
maioria das vezes, ficarem responsáveis pela aplicação dos conhecimentos
supostamente aprendidos em sala de aula (transposição didática), sem
qualquer tipo de suporte dos agentes responsáveis pelo curso.
Os sistemas informais caracterizam-se pela aprendizagem
contextualizada mediante o saber fazer e por saberes comportamentais, essa
abordagem busca captar como, no cotidiano da escola, o professor emprega
um saber sobre a sua profissão (Nóvoa, 1998). Este por sua vez, reporta-se ao
31
conceito de habitus o qual, segundo Santos (Barilli, 1998), funciona como uma
matriz de percepções tornando possível a concretização de tarefas
diferenciadas, podendo ser, uma “gramática geradora de práticas”. Nesse
processo, o professor é capaz de tornar-se consciente das crenças, dos
valores e dos conhecimentos que influenciam seu fazer e, dessa forma, ter
melhores condições para modificar seu comportamento profissional.
Algumas iniciativas bem-sucedidas resultam da reaproximação da
escola coma a universidade, reconhecendo a pesquisa como aliada importante
no trabalho e na formação de professores.
Os encontros periódicos programados, que acontecem durante o ano
letivo entre todos os profissionais da área educacional, são momentos
importantes para a formação contínua do professor, pois o ambiente
proporciona discussões sobre questões pertinentes ao ambiente escolar.
Nesses encontros, acontece o estabelecimento de uma dinâmica de relato e de
estudo de casos com troca de experiências que tende a criar um clima de
confiança entre pares e com a equipe de orientadores, bem como aulas
teóricas apoiadas por leituras e discussões sobre o uso da tecnologia na
prática docente.
Segundo Nóvoa (2001), o aprender contínuo é essencial da profissão do
professor e deve concentrar-se em dois pilares: na própria pessoa do
professor, como agente e, na escola como lugar de crescimento permanente.
Toda a formação é um ciclo que abrange a experiência docente como aluno-
mestre, como estagiário e como titular formado, mas, todos esses momentos,
só serão formadores se forem objetos de um esforço de reflexão permanente.
Portanto, o aprender contínuo é de responsabilidade, também, do
professor que deve vislumbrar a escola não só como o lugar onde se ensina,
mas também se aprende. A atualização e a produção de novas práticas de
ensino surgem de uma reflexão do grupo e nasce na escola. Mas não pode-se
esquecer que o debate sobre a formação está associada à política de melhoria
das escolas e de definição de uma carreira docente digna e prestigiada.
32
Nóvoa (2001), também cita a importância de a escola organizar
momentos interdisciplinares de trabalho, e promover uma integração dos
conteúdos de várias matérias. O método de educação continuada que alia
esses aspectos é constituído de: alguns programas que integram atividades
para discutir preocupações comuns de forma útil e criativa, como seminários de
observação mútua, espaços de prática reflexiva, laboratórios de análise
coletiva das práticas e dispositivos de supervisão dialógica.
A articulação entre teoria e prática só funciona se não houver divisão de
tarefas e se todos se sentirem responsáveis por facilitar a relação entre
aprendizagens teóricas e as vivências e observações práticas.
4.3 – Para que a formação contínua do professor?
De acordo com Becker e Marques (2002), a formação contínua do
professor serve para defender a necessidade de construir uma escola de
qualidade capaz de bem ensinar aos alunos, ajudando-os a tornarem-se
indivíduos críticos engajados nos esforços em prol da justiça social, segundo o
autor,a educação articulada com as demais políticas públicas pode contribuir
para uma melhor situação social e econômica da população, sendo, portanto,
indispensável que se ofereça aos alunos com menos possibilidades uma
educação que auxilie na compreensão do papel que devem desempenhar na
mudança que os envolve e na realidade em que vivem e, ainda, no processo
de desenvolvimento de uma sociedade mais igualitária e coerente com o que
se espera de um país que anseia um futuro promissor.
Pensar a criação dessa escola, não obstante, requer pensar em
professores capazes de ajudar a construí-la e de desenvolvê-la, o que implica
valorização da atuação dos professores por parte das instâncias públicas e de
ensino traduzida em investimentos que resultem em condições dignas de vida
e de trabalho; implantação e adequação de programas institucionalizados que
capacitem os professores a dominar suas habilidades e a adquirir tantas
quantas sejam necessárias a contribuir para a formação do indivíduo
polivalente que o mercado de trabalho exige: capacitação não somente de
33
comunicar, como também de construir modelos práticos voltados para as
realidades dos contextos sociais foco de sua atividade profissional.
4.4 – Formação contínua em Informática Educacional
Segundo Almeida (2000), pensar na introdução de computadores na
educação significa pensar na preparação de professores para utilizá-los.
Freqüentemente. Isso se realiza mediante cursos ou treinamentos de pequena
duração, para exploração de determinados programas aplicativos. Cabe,
portanto, ao professor desenvolver atividades com essa nova ferramenta com
os alunos, mesmo sem ter a oportunidade de analisar as dificuldades e as
potencialidades de seu uso na prática pedagógica, menos ainda de realizar
reflexões e depurações dessa nova prática.
Como os alunos crescem em uma sociedade permeada de recursos
tecnológicos, são mais hábeis que seus professores. Por isso professores
treinados apenas para uso de certos recursos computacionais são rapidamente
ultrapassados por seus alunos, que acabam explorando o computador de
forma mais criativa (Almeida, 2000).
Quando o educador é preparado para utilizar o computador como
máquina que transmite informações ao aluno por meio de programas, começa
a refletir e se pergunta qual será seu papel no futuro de sua profissão, numa
sociedade em que aparecem outros espaços de conhecimento e de
aprendizagem fora do ambiente escolar.
Para Schon (2000), o conceito de reflexão pode ser considerado análogo
ao de fazer e compreender. Isso quer dizer que compreender uma dada
situação para tingir seus objetivos equivale à reflexão na ação. Por isso a
importância da reflexão do professor ao assumir o computador cpomo
instrumento de ensino.
34
Segundo Almeida (2000). A preparação do professor, que utilizará o
computador com seus alunos, deve ter um processo que o mobilize e que o
prepare para incitar seus educandos a:
“Aprender a aprender, ter autonomia para selecionar as informações pertinentes à sua ação, refletir sobre uma situação-problema e escolher a alternativa adequada de atuação para resolvê-la, refletir sobre os resultados obtidos e depurar seus procedimentos, reformulando suas ações e buscar compreender os conceitos envolvidos ou levantar e testar outras hipóteses.”
É necessário que se articule a prática, a reflexão e conhecimento teórico
no processo de formação, para promover uma transformação na ação
pedagógica. Como parte do processo, deve-se possibilitar que o professor em
formação vivencie situações em que a Informática seja usada como recurso
educacional. A fim de poder entender o que significa o aprendizado por meio
da Informática, qual é o seu papel como educador nessa situação e que
metodologia é mais adequada ao seu estilo de trabalho.
Propõe-se uma ação reflexiva com o uso do computador, em que se
aplicam, quando necessário, estratégias de caráter técnico escolhidas segundo
a natureza da situação contextual.
A reflexão na ação representa o saber fazer (que ultrapassa o fazer
automatizado) e a reflexão sobre a ação representa o saber compreender.
Essa atitude reflexiva não é uma prática usual que se observa na situação real
dos cursos de formação de professores, continuada ou não, ligado a um grupo
de formação continuada, no qual a reflexão coletiva seja uma prática freqüente.
Segundo Almeida (2000) o educador é um eterno aprendiz, que realiza
uma “leitura” e uma reflexão sobre sua própria prática, partindo para alterações
metodológicas e de conceitos, frutos de uma depuração reflexiva. O
computador pode ser empregado como ferramenta de reflexão pedagógica,
pode ajudar o professor a tomar consciência de sua prática e a tentar modificá-
la. Mas para isso é necessário que o professor faça uma “leitura” dessa prática,
fundamentado em teorias que lhe permitam identificar os problemas, limitações
35
e o estilo assumido em seu modo de agir e ainda buscar formas de atuação
que promovam um maior desenvolvimento de seus alunos.
Como afirma Barilli(1998), não se questiona mais, hoje, o conhecimento
técnico para uso eficiente e correto do computador, mas sim como essa
ferramenta ajusta-se ao processo de socialização do ano e como o professor
está sendo preparado para minimizar e superar possíveis distorções em
relação aos objetivos sociais e individuais da escolarização. Por isso a reflexão
na ação é necessária.
36
CONCLUSÃO
A escola, como instituição que é, nem sempre consegue assimilar as
marcantes transformações vivenciadas pela comunidade. Percebe-se que
existe um grande volume de informações rodeando a comunidade escolar, ao
passo que olhando criticamente constata-se uma escola vagarosa frente às
mudanças vertiginosas do mundo atual. É fato que, todo processo de mudança,
resulta numa assimilação que tende a acompanhar o desejo da massa
populacional. As novas tecnologias tendem a abraçar a educação moderna
com o intuito de responder às necessidades, principalmente do mercado de
trabalho e do contexto social complexo em que vivemos. Nota-se que a
informação define a importância do cidadão no meio sócio-econômico
vivenciado. Em virtude desta importância singular, se dá uma educação que
procura atingir todas as camadas sociais encurtando tempo e espaços e
interagindo com todos os membros da comunidade: a Educação a Distância.
Não se pode mudar a forma de ensinar apenas seguindo o que está na
moda, utilizando indiscriminadamente as tecnologias disponíveis, mas é
fundamental, acreditar no que se pode, e ter a certeza, e a convicção do que
se quer fazer na busca incessante dos nobres objetivos educacionais,
especialmente uma sociedade mais justa e igualitária.
Ao término desta obra, percebe-se que, ao utilizar uma nova tecnologia,
interagimos com o grupo de forma mais rápida e, a eficiência, a eficácia do
processo educacional, depende da formação e da qualificação do profissional
em questão.
Num momento de grandes desafios, mediantes os fatos apresentados
ao longo desta obra, conclui-se que a Educação a Distância possibilita um novo
e importante momento no complexo mundo pedagógico que resulta num
horizonte translúcido e concreto que, num futuro próximo, todos estarão em
pleno processo de ensino-aprendizagem sem interferência e segregações. A
EaD, como modalidade educacional realiza sonhos e aspirações,
concretizando um objetivo, agora mais próximo, que é disponibilizar educação
de qualidade para todos, mediante profissionais mais preparados e certos de
saber bem utilizar as novas tecnologias disponíveis.
37
ÍNDICE
INTRODUÇÃO.................................................................................................... 7 CAPÍTULO I........................................................................................................ 9 BREVE HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA........................................ 9 1.1– Na antiguidade............................................................................................ 9
1.2 – Os séculos XVII e XVIII.............................................................................. 9
1.3 – O século XIX............................................................................................ 10
1.4 – História Moderna...................................................................................... 11
1.5 - EaD no mundo...........................................................................................12
1.6 – Brasil........................................................................................................ 13
CAPÍTULO II..................................................................................................... 16 O COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO DE ENSINO................................ 16 2.1 - Programas e aplicativos mais utilizados.................................................. 20 CAPÍTULO III.................................................................................................... 23 O que muda?.................................................................................................... 23
3.1 – Gerações................................................................................................. 24
3.2 - Aspecto ideológico................................................................................... 24
3.3 – Sistemática.............................................................................................. 25
3.4 - Metodologias utilizadas .......................................................................... 25
3.5 - O papel do professor na EAD................................................................... 26
CAPÍTULO IV................................................................................................... 28
A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO CONTÍNUA PARA O PROFESSOR........28
4.1 – Formação inicial x formação contínua: uma nova cultura profissional.... 28
4.2 – Como deve ocorrer a formação do professor?........................................ 29
38
4.3 – Para que a formação contínua do professor?.......................................... 32
4.4 – Formação contínua em Informática Educacional..................................... 33
CONCLUSÃO................................................................................................... 36 ÍNDICE............................................................................................................. 37 BIBLIOGRAFIA................................................................................................. 39
39
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