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História da Economia do Espírito Santo
Aula 3
Espírito Santo
Ciclos de desenvolvimento econômico do ES:◦ 1850-1960- caracterizado pelo predomínio da
cafeicultura ◦ 1960-1990 - 2º ciclo de desenvolvimento econômico ◦ 1990- Início o 3º ciclo de desenvolvimento econômico.
Espírito Santo
1º Ciclo de desenvolvimento econômico do ES (1850-1960) caracterizado pelo predomínio da cafeicultura até os anos 1950. Principais características:
◦ Monocultura mercantil de base familiar;◦ pequenas propriedades;◦ Principais atividades urbanas eram voltadas à atividade
predominantemente agrícola comercialização e beneficiamento de café.
Espírito Santo
Resumo:◦ Até 1940, Espírito Santo continuaria a ter como centro
dinâmico da sua economia as exportações de café.◦ Região mais próspera era o Sul, centralizada em Cachoeiro de
Itapemirim.◦ A economia dessa região era um prolongamento da economia
cafeeira da região fluminense, a cujo sistema financeiro e comercial esteve inteiramente ligada.
◦ Desse modo, grande parte do café produzido na região era escoado pelo porto do Rio de Janeiro,
◦ A capital do estado era uma cidade nitidamente burocrática e seu comércio pouco incrementava sua dinâmica econômica e social.
1º Ciclo de desenvolvimento econômico (1850-1960)
Governo Moniz Freire (1892/1896) ascendeu ao poder no Espírito Santo em um momento marcado
pela hegemonia das oligarquias mercantis-exportadoras em nível nacional, logo após a proclamação da República
Percebeu a necessidade de desenvolver economicamente o Estado.
Objetivo Principal:◦ centralizar a arrecadação e exportações pelo Porto de Vitória, para
evitar que parte considerável da renda estadual continuasse a ser apropriada pelo Rio de Janeiro.
1º Ciclo de desenvolvimento econômico (1850-1960)
Governo Moniz Freire (1892/1896)◦ Plano de Ação centrado em três pontos:
investimento em infraestrutura: Facilitar o escoamento interno da produção cafeeira através da
construção de ferrovias, especialmente uma que ligasse a região sul à Vitória, para centralizar o comércio capixaba junto ao porto de Vitória;
estimular a imigração para aumentar a população do Espírito Santo oferecer mais braços à lavoura cafeeira – principalmente à
grande propriedade -, que se ressentia da falta de mão de obra após o término da escravidão;
implementar a modernização estrutural de capital capixaba: formulação de políticas de aterramento de áreas insalubres,
construção de estradas, melhorias no porto de Vitória e construção de uma rede regular de água encanada e esgoto
1º Ciclo de desenvolvimento econômico (1850-1960)
Governo Moniz Freire (1892/1896) Não conseguiu alcançar seu objetivo plenamente Motivo:
◦ A crise do café, verificada ao término do seu primeiro mandato devido à mesma crise, não foi possível perseguir tal
objetivo com o mesmo afinco no seu segundo mandato, que ocorrera entre os anos de 1900-1904.
A crise econômica capixaba era consequência da nacional e só teve fim no final da primeira década do século XX.
1º Ciclo de desenvolvimento econômico (1850-1960)
Governo Jerônimo Monteiro(1908/1912)◦ Objetivo:
diversificar a economia do Espírito Santo, ainda exclusivamente agrícola, o que a tornava extremamente vulnerável ante às oscilações dos preços do seu quase exclusivo produto: o café
◦ Ações: assinou numerosos contratos para a construção de fábricas. Investimento principal: criação da Companhia Industrial do Espírito
Santo holding que abrigava inúmeros estabelecimentos industriais
uma fábrica de tecidos para aproveitamento de fibras têxteis (Tecida);
uma indústria de açúcar no baixo Vale do Itapemirim; fábrica de papel; fábrica de óleo vegetal; serraria industrial e Usina Hidrelétrica do Rio Fruteiras
1º Ciclo de desenvolvimento econômico (1850-1960)
Governo Jerônimo Monteiro(1908/1912) Resultado:
◦ Empreendimentos superavam, e muito, as possibilidades financeiras do estado, levando a um grande endividamento
◦ Mesmo assim, os governadores se destacam na história econômica capixaba por seus objetivos de transformação da estrutura da economia do Espírito Santo.
Este ciclo político-econômico do café se finda com a Revolução de 1930. ◦ Com a ascensão de Getúlio Vargas ao poder inicia-se,
lentamente, o processo de industrialização do Espírito Santo.
1º Ciclo de desenvolvimento econômico (1850-1960)
Governo Jones dos Santos Neves (1943/1945/1951-1955)
demarcou a história capixaba entre antes e depois dele. audacioso projeto desenvolvimentista “Os galhos dos cafezais do Espírito Santo já são insuficientes
para suportar o peso de nossa economia”. planejamento como linha mestra para viabilizar ação
administrativa. Inspirado pelo Welfare state, instituiu o Plano de Valorização
Econômica do Espírito Santo introduziu o processo de mudança em uma economia que era
totalmente agrícola para direcioná-la nos rumos da industrialização
1º Ciclo de desenvolvimento econômico (1850-1960)
Governo Jones dos Santos Neves (1943/1945/1951-1955)
Plano de Valorização Econômica do Espírito Santo: aparelhamento e ampliação do porto de Vitória; aumento do suprimento de energia elétrica (Usina Rio Bonito); ampliação de vias rodoviárias (foram criados mais de 150 Km de
estradas, tendo pavimentado 100 Km com asfalto quando todo o Brasil só possuía 2.500 Km de estradas pavimentadas);
construção de pontes, prédios públicos, e obras urbanísticas em geral na cidade de Vitória.
1º Ciclo de desenvolvimento econômico (1850-1960)
Governo Jones dos Santos Neves (1943/1945/1951-1955)
A iniciativa jonista só foi possível graças ao cenário de crise econômica verificada a partir da década de 1950
sua principal atividade econômica, a cafeeira, encontrava-se em crise.
Visando contorná-la, foram criadas medidas pelo governo federal, sendo a política de erradicação dos cafezais o primeiro passo nessa direção (CAÇADOR, 2008).
Com a grave crise, ocorria, finalmente, o rompimento da dinâmica tradicional da cafeicultura, o que fez abrir oportunidades de diversificação econômica.
1º Ciclo de desenvolvimento econômico (1850-1960)