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Aula 6 história economia do es

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Ciclos de desenvolvimento econômico do ES:

◦ 1850-1960- caracterizado pelo predomínio da cafeicultura

◦ 1960-1990 - 2º ciclo de desenvolvimento econômico ◦ 1990- Início o 3º ciclo de desenvolvimento econômico.

Espírito Santo Espírito Santo

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Resumão:◦ O projeto de erradicação de cafeeiros antieconômicos acarretou

diversificação das culturas◦ Nas áreas liberadas e com a renovação racional das lavouras cafeeiras,

ações implementadas pelo GERCA ocorreram mudanças significativas no panorama rural do Espírito Santo

◦ O programa de erradicação, executado entre junho/62 e maio/67, atingiu mais da metade do cafezal capixaba, liberando 71% da área plantada com café

◦ Consequências: Praticamente 60 mil pessoas sem emprego na área rural. Profunda crise social: êxodo de famílias para as cidades (basicamente região

da Grande Vitória) que não dispunha de infraestrutura urbana suficiente para abrigar o número elevado de pessoas que se deslocaram e, muito menos oferecia empregos para essa massa de trabalhadores desempregados.

2º Ciclo de desenvolvimento econômico (1960-1990)

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◦ A bonificação paga por cafeeiro erradicado não possibilitou aos pequenos e médios cafeicultores a mesma flexibilidade de mudança de atividade permitida aos grandes proprietários.

◦ Os primeiros possuíam condição financeira precária, decorrente do baixo nível de renda e do alto grau de endividamento, o que acabou obrigando-os a vender ou a abandonar suas terras, e a integrarem-se ao mercado de trabalho já estruturalmente saturado.

◦ Os grandes proprietários, por outro lado, ocuparam-se com a pecuária devido aos incentivos estatais à formação de pastagens que acompanharam a erradicação dos cafezais.

2º Ciclo de desenvolvimento econômico (1960-1990)

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◦ As políticas de incentivo à pastagens, ao reflorestamento e à erradicação dos cafezais influenciaram a estrutura fundiária no Estado entre as décadas de 1970 à 1996

◦ até então marcada por baixa concentração relativa de terra, passa a ter crescente concentração a partir de 1970

◦ Em alguns municípios apresentou-se a formação da grande propriedade devido à existência de culturas como a pecuária, na região Norte do estado, e a canavieira e a cafeeira, no Sul;

◦ as regiões Serrana e Central desenvolveram o predomínio da pequena propriedade, com a produção de café e culturas de subsistência.

2º Ciclo de desenvolvimento econômico (1960-1990)

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A questão Fundiária no Espírito Santo:◦ O Estado possuía a menor concentração de terras em

relação às outras unidades da federação ◦ A partir da década de 1970, passa a apresentar forte

aceleração no processo de concentração de terras. ◦ Censo Agropecuário de 1970

estabelecimentos com menos de 100 ha participavam com 89,4% do total e ocupavam 49,7% das áreas agrícolas do Estado,

estabelecimentos acima de 100 ha participavam com 10,5% do número total de estabelecimentos e ocupavam 50,2% das áreas agrícolas.

2º Ciclo de desenvolvimento econômico (1960-1990)

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A questão Fundiária no Espírito Santo:◦ Censo Agropecuário de 1985

estabelecimentos com mais de 100 ha respondiam por 10,7% do total, tendo aumentado sua participação na ocupação das terras para 68,4%.

A concentração de terra no período influencia na concentração de renda.

O Índice de Concentração de Gini, passou de 0,604 em 1970 para 0,671 em 1985, revelando a aceleração na concentração de terras no intervalo.

Em praticamente todos os municípios o índice cresceu, comprovando o processo generalizado de concentração de terras no Estado do Espírito Santo no período em tela.

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A questão Fundiária no Espírito Santo:◦ Vetores da concentração de terras

vários programas de incentivos a agropecuária capixaba direcionados para a grande propriedade: o programa de crédito do CONDEPE, para incentivo da pecuária bovina; programas de promoção do reflorestamento; e programas para incentivo da cana-de-açúcar, todos beneficiando a

grande propriedade.

◦ Tais medidas, aliadas à erradicação dos cafezais, foram responsáveis pelo início do acelerado processo de concentração de terras a partir da década de 1970 no Espírito Santo.

2º Ciclo de desenvolvimento econômico (1960-1990)

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2ª fase do 2º Ciclo de Desenvolvimento ( 1975-1990) grandes projetos foram implementados no Estado como resultado da

atração de investimentos do governo federal e das empresas públicas, bem como da política de atração de recursos (nacional e estrangeiro).

Os governos estaduais da época tinham a convicção de que o desenvolvimento da economia capixaba teria que passar necessariamente pela industrialização e pela maior articulação com a economia nacional

Marcaram um redirecionamento da integração da economia capixaba aos mercados nacional e internacional.

Foi esse conjunto de investimentos que modificou, a partir da ação estatal, o perfil da economia capixaba, fato que seria impossível a partir dos desdobramentos de sua cafeicultura.

2º Ciclo de desenvolvimento econômico (1960-1990)

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2ª fase do 2º Ciclo de Desenvolvimento ( 1975-1990) Em termos de infraestrutura, as décadas de 70 e 80 foram

marcadas pela realização de grandes investimentos estatais nos setores de portos, telecomunicações e transportes.

Esses “grandes projetos” contribuíram para gerar uma especialização produtiva em commodities industriais, de produção em grande escala e intensiva em recursos naturais.

Assim, o Espírito Santo, em menos de 20 anos, transitou de uma economia primária exportadora, fundada na monocultura cafeeira, para uma economia industrial, já nos anos 80.

2º Ciclo de desenvolvimento econômico (1960-1990)

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2ª fase do 2º Ciclo de Desenvolvimento ( 1975-1990) Grandes Projetos industriais:

◦ Entrada em operação da usina de pelotização da Samarco (1978), no município de Anchieta, de capital canadense, com uma moderna infraestrutura de transporte marcada pela implantação do Porto de Ubu e de um mineroduto.

◦ implantação da Aracruz Celulose (1979)◦ Implantação da CST (1983)◦ Melhorias no sistema de transportes◦ Modernização da infraestrutura portuária

2º Ciclo de desenvolvimento econômico (1960-1990)

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2ª fase do 2º Ciclo de Desenvolvimento ( 1975-1990) Como resultado dos investimentos em grandes projetos

industriais realizados até o início dos anos 80, três setores industriais se desenvolveram:

o de papel e celulose, com a implementação dos bosques, primeiro, e, posteriormente, da fábrica da Aracruz Celulose S.A.;

o de beneficiamento do minério de ferro, com a inauguração de mais usinas de pelotização da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), a partir de 1971;

e o metalúrgico, com a implementação e operacionalização da Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST), em fins de 1983.

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