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O que é a placa bacteriana?
A placa bacteriana, ou biofilme dental é uma película aderente e transparente, constituída por bactérias e seus produtos, formando-se constantemente sobre dentes e gengiva
Inicialmente esta película assume uma consistência mole e, se não for removida nesta fase, vai se mineralizar, tornando-se dura (tártaro ou cálculo).
Esse acúmulo é mais intenso nos locais onde a higiene bucal não está sendo feita de maneira adequada. A placa bacteriana, que não é removida, provoca inflamação gengival, conduzindo às doenças periodontais e a cárie (através da desmineralização ocasionada por essas bactérias)
Formação:
Durante a dentição decídua, a placa bacteriana se caracteriza pela presença de microorganismos de menor potencial patogênico
A partir da dentição mista, as reações aos microorganismos fica mais exacerbada. Porém, foram observadas bactérias anaeróbicas Gram-negativas, em crianças com
idade média de 6 meses, provenientes da superfície da mucosa e saliva, assim demonstrando que algumas espécies bacterianas anaeróbicas não necessitam de dentes ou sítios subgengivais para a sua colonização.
Dieta e placa bacteriana:
CONSISTÊNCIA:Alimentos mais fibrosos ajudam na limpeza dental, enquanto alimentos mais pegajosos dificultam a higiene e possibilitam a propagação bacteriana.
COMPOSIÇÃO :Existe íntima relação com a presença de sacarose e a formação mais rápida de placa bacteriana e formação de ácidos na superfície dentária e no periodonto, produzindo a descalcificação.Familiares de pacientes portadores de doenças periodontais mais agressivas devem ser examinados regularmente, com o objetivo de detectar precocemente qualquer sinal de doença periodontal, pois há indícios fortes das possíveis fontes de infecção.
A formação de placa bacteriana, pode ser influenciada pelo tipo
de dieta, que deve ser analisado em relação a consistência e a
composição.
Controle químico:
Ainda não existe uma substância ideal em relação ao controle químico. Tetraclina e metronidazol além de outros antibióticos, são formas sistêmicas de tentar este
controle, porém devem ser usados em casos específicos As melhores possibilidades são através do Controle tópico, como o degluconato de clorexidina,
0,12%, que tem uma boa efetividade, levando controle completo da placa bacteriana e gengivite, porém seu uso deve ser feito em condições especiais, como no caso de pacientes excepcionais ou pacientes sem a possibilidade de realizar a higienização, como no caso de pacientes acidentados.
Além dos efeitos colaterais, uma vez suspenso seu uso, permite uma rápida repopulação bacteriana e eventualmente mutações, fazendo com que as mesmas tornem-se invisíveis aos quimioterápicos.
Ou seja a maneira mais eficiente é a remoção mecânica, escovas dentais para as faces livres e fio dental para as faces proximais, prevenindo a formação de doenças periodontais e da cárie.
Evidenciadores de placa bacteriana:
São agentes auxiliares que objetivam corar a placa bacteriana presente, tornando-a visível para que os pacientes possam eliminá-la mais facilmente durante a escovação. Também são utilizados pelos pacientes para detecção da placa bacteriana remanescente após a escovação
Existem vários tipos de evidenciadores, os quais podem ser encontradas nas formas de gel, pastilhas, pasta e soluções,por eritrosina a 2% , entre outros
O uso dos evidenciadores pode ser muito útil como recurso de estimulação para o controle do biofilme dental em crianças.
Dentifrício fluoretado: Quantidade de dentifrício fluoretado de acordo com a idade
1- Bebês (0 a 3 anos) – metade de um grão de arroz cru (0,05g)
2- Crianças que não sabem cuspir (3 a 7 anos de idade) – um grão de arroz (0,1g)
3- Crianças que já sabem cuspir (acima de 7 anos de idade) – um grão de ervilha (0,3g)
O creme dental com flúor (1.100 ppm/flúor) deve ser usado, no mínimo 2x ao dia como auxiliar de limpeza dos dentes de todas as crianças. Enquanto a criança não tiver condições de escovar
seus próprios dentes adequadamente, o uso do dentifrício fluoretado é de responsabilidade dos pais.
Técnicas de escovação: Pais escovarem seus próprios dentes na frente do
filho. Fazer com que a criança entenda, que a
escovação é uma extensão da alimentação. Motivação do profissional. Auxiliar pais e filhos, ao mesmo tempo (como por
exemplo em relação a alimentação) Manutenção de tratamento após 3 a 6 meses. Os pais devem realizar a escovação de seus
filhos até a idade escolar e, depois de 7 ou 8 anos supervisionar a escovação.
Primeiramente a criança deve ser motivada, de diversas
maneiras, como por exemplo:
Posição de Starkey: A criança fica em pé, de costas para a mãe, que por sua vez estará atrás do filho, e usará a mão esquerda para estabilizar a mandíbula da criança e com os dedos da mesma mão, afasta os lábios e bochechas e com a mão direita faz os movimentos com a escova.
Para a escovação da arcada inferior a mandíbula ficará em plano Horizontal e para a arcada superior, a cabeça da criança ficará inclinada para trás, para a mãe ter visualização da cavidade oral.
Os movimentos da escovação podem ser da Técnica de Fones ou de Stillman modificada.
Idade pré escolar (com pouca habilidade manual)
Maiores a 3 anos de idade
Técnicas para idade Escolar.
Com os dentes cerrados. Faz movimentos circulares, nas faces de todos os
dentes superiores e inferiores. Indo de um último dente de um hemiarco, ao
outro. Nas faces lingual e palatina os movimentos
também são circulares. Já nas faces oclusais e incisais os movimentos
são ântero-posterior.
(em média 4 anos de idade)
Técnica de Fones:
Técnicas para idade Escolar
Longo eixo das cerdas da escova colocados lateralmente contra gengiva, assim deslizando da gengiva, para a incisal ou oclusal, fazendo movimentos vibratórios nos pontos de contato dos dentes.
O movimento é igual para arcada superior e inferior.
Esta técnica remove a placa e massageia a gengiva.
Técnica utilizada para todas as faces (vestibular, lingual e palatina).
(em média 6 anos de idade)
Técnicas mais complexas e eficientes
Técnica de Stillman modificada:
Técnicas para idade Escolar
Recomendado para crianças que usem aparelho ortodôntico fixo.
As cerdas são forçadas no sulco gengival, (em um ângulo de 45 graus, com o eixo do dente),
Faz- se movimentos curtos, para frente e para trás e vibratórios.
Nas faces oclusais e incisais os movimentos serão para frente e para trás.
Técnicas mais complexas e eficientes
Técnica de Bass:
Fio dental: Deve ser utilizado com cuidado pelos pais,para
não machucar a papilas dental. Deve ter de 25 a 45 centímetros. O fio deve ser enrolado no dedo médio de uma
das mãos e posicionado com as pontas dos dedos indicadores. A distância dos dedos indicadores deve ser de 2cm a 3cm
O fio deve ser esticado, porém não tensionado. Fazendo movimentos vestbulo-linguais até a área
de contato, sendo então trabalhado apicalmente dentro do sulco gengival, não traumatizando a gengiva.
O fio deve fazer movimentos de cima para baixo, abraçando o dente, para que seja feita a limpeza interproximal.
O que não pode ser dispensado também, é a utilização do fio
dental, para a limpeza interdental.