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Educação especial ciências possibilidades e perspectivas - 2013
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“Educação Especial e Ciências: possibilidades e perspectivas”
MAIO-2013
Professora Fernanda Rezende PedrozaProfessora Guaraci Rocha Simplício
Objetivos:
• Atender aos anseios dos professores de biologia, que se sentem
despreparados e desmotivados ao atender o processo de inclusão, de
acordo com a Resolução SE 11/2008.
• Subsidiar o trabalho pedagógico com o intuito de se atender as diversas
necessidades do cotidiano escolar.
• Refletir sobre estratégias diferenciadas que possam contribuir com o
ensino e a aprendizagem de biologia.
“Trabalhar na perspectiva de educação inclusiva pressupõe, portanto, que os envolvidos sejam capazes de rever sua prática e
seus saberes, abandonando a busca por receitas prontas que despersonalizem o contato com seus alunos ou a busca por diagnósticos que os coloquem reféns de suas limitações. O
professor deve estar aberto a lidar com o novo”
Curso Currículo e Prática Docente
Pauta9h30 – café
• Vídeo: “Bem vindo à Holanda”
• Vídeo: “Visão Histórica da Deficiência”
• Ações e projetos da Secretaria Estadual de Educação para a Educação Especial
• “Conhecendo melhor as deficiências e também suas possibilidades”
Almoço
• Oficina: “Refletindo sobre possibilidades e adaptações de atividades nas Situações de
Aprendizagem”.
16h30 – encerramento e avaliação
Vídeo: “ Bem vindo à Holanda”
Vídeo: “ Visão Histórica da Deficiência”
CENTRO DE APOIO PEDAGÓGICO ESPECIALIZADO - CAPE
Desde 2001 o CAPE atua junto à Rede Estadual de Ensino, no
gerenciamento, acompanhamento e suporte às ações regionais de
educação especial.
Formação continuada
Visita a escolas para acompanhamento dos SAPEs (Serviços de Apoio
Pedagógico): Classes Especiais, Salas de Recurso e Classes
Hospitalares.
Distribuição de materiais adaptados (computadores, Caderno do
Aluno, jogos, etc.)
SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO
Constituições Federais (Art.208,III),e Estaduais;
Estatuto da Criança(ECA,Lei nº8.069);
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional(Lei nº
9.394/96);
Parâmetros Curriculares Nacionais,
Indicação nº70/07;
Deliberação nº68/07 do Conselho Estadual da Educação;
Resolução SE 11/2008,alterada pela Resolução SE nº31/2008.
Proclama o atendimento educacional aos alunos com deficiência preferencialmente em classes comuns da rede de ensino, com apoio
de Serviços Especializados na própria escola, em outra unidade escolar ou em centros de apoios regionais.
SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO
IMPLEMENTAÇÃO DOS SAPEs
Salas de Recurso: professor especializado; 25 aulas semanais ; atendimentos individuais ou pequenos grupos de 10 a 15 alunos. atende de 2 ou mais turnos não ultrapassando a 2 aulas
diárias/horário; Aluno frequenta período inverso ao da sala comum do EF/EM.
Itinerância: • Professor especializado com atividades de apoio ao aluno com
necessidades especiais em trabalho articulado com os demais profissionais da escola;
• Não ultrapassa 2 aulas diárias.
Paradigma da integração Paradigma da inclusão
Visão individualizada. Visão contextualizada social e politicamente.
Fundamenta-se no modelo médico de deficiência, focado no diagnóstico.
Fundamenta-se num modelo social, no qual a ênfase recai sobre as relações e não sobre o diagnóstico.
Propõe condições mínimas para que o aluno com deficiência possa frequentar a sala regular.
Todos os alunos têm direito à classe regular, independentemente de suas características pessoais.
A responsabilidade pela integração na escola fica a cargo da pessoa com deficiência.
A instituição é a responsável por realizar as mudanças necessárias para atender ao aluno com deficiência.
Os programas desenvolvidos nessa perspectiva buscam atender apenas aos alunos com necessidades especiais.
Os programas desenvolvidos buscam melhorar as condições de todos os alunos, estendendo-se para todo o corpo educacional.
Inclusão x Integração
Conceito - DEFICIÊNCIA
“Qualquer perda ou anormalidade da estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica".
(OMS, 1980: 35)
QUAIS SÃO OS TIPOS DE DEFICIÊNCIA?
Perda total ou parcial, congênita ou adquirida, da capacidade de compreender a fala por intermédio do ouvido. Manifesta-se como:
Surdez leve/moderada: perda auditiva de até 70 decibéis, que dificulta, mas não impede o individuo de se expressar oralmente, bem como de perceber a voz humana, com ou sem a utilização de um aparelho auditivo; Surdez severa/profunda: perda auditiva acima de 70 decibéis, que impede o indivíduo de entender, com ou sem aparelho auditivo, a voz humana, bem como de adquirir, naturalmente, o código da língua oral.
DEFICIÊNCIA AUDITIVA
ORIENTAÇÕES PARA TRABALHAR COM D.A. Resolução SE - 38, de 19-6-2009 – INTERLOCUTOR
Admissão de docentes com qualificação na Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS, nas escolas da rede estadual de ensino.
Alerte-o para que mantenha sempre a atenção voltada para o interlocutor.
Sempre fale de frente para o aluno. Facilite a compreensão da mensagem, utilizando sinais, gestos, figuras,
etc. Evite movimentos bruscos de cabeça, de corpo e o uso de objetos e
detalhes obstrutivos. Forneça informações sobre as atividades realizadas por escrito. Informe sempre que houver mudança de atividades.
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
Caracteriza-se por registrar um funcionamento intelectual geral significativamente
abaixo da média, oriundo do período de desenvolvimento, concomitante com
limitações associadas a duas ou mais áreas da conduta adaptativa ou da
capacidade do indivíduo em responder adequadamente às demandas da sociedade,
nos seguintes aspectos: comunicação, auto-cuidado, habilidades sociais,
participação familiar e comunitária, autonomia, saúde e segurança, funcionalidade
acadêmica, lazer e trabalho.
Manifesta-se antes dos dezoito anos
( American Association of Mental Retardation- Associação Americana de Deficiência Mental)
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
A deficiência intelectual não pode ser confundida com doença mental (esquizofrenia, paranóias, e outras)
São fenômenos completamente diferentes.A pessoa com deficiência intelectual não tem surtos não tem ataques e não tem convulsões.É possível conviver com ela.
O aluno com deficiência intelectual tem potencial, que pode ser estimulado na sala de aula e através do convívio com os outros alunos.
Posicione o aluno nas primeiras carteiras;Estimule o desenvolvimento de habilidades interpessoais;Trate-o de acordo com a faixa etária;Avalie este aluno pelo progresso individual e com base em seus talentos e suas habilidades naturais, sem compará-lo com a turma;Aprendizagem cooperativa .
ORIENTAÇÕES PARA TRABALHAR COM D.I.
DEFICIÊNCIA VISUAL
Abrange desde a cegueira até a visão subnormal ( ou baixa visão),
que é uma diminuição significativa da capacidade de enxergar, com
redução importante do campo visual e da sensibilidade aos
contrastes e limitação de outras capacidades; pode ser adquirida ou
congênita.
Visão reduzida: acuidade visual dentre 6/20 e 6/60, no melhor olho, após correção máxima. Sob enfoque educacional, trata-se de resíduo visual que permite ao educando ler impressos à tinta, desde que se empreguem recursos didáticos e equipamentos especiais.
A visão se apresenta embaçada, diminuída, restrita em seu campo visual.
A melhor maneira de guiar o cego é oferecer-lhe o braço flexionado, de forma que
ele possa segurá-lo pelo cotovelo;
Descreva os ambientes com detalhes e não mude os móveis de lugar com frequência;
Recursos didáticos aconselhados são: lupa, livro falado, bola com guizo, soroban,
máquina para escrita Braille;
Busque na turma colegas dispostos a ajudá-lo.
A escola deve solicitar material didático necessário.
Existem técnicas para trabalhar o resíduo visual usando auxílios ópticos como (óculos,
lupas e etc.) as pessoas com baixa visão distinguem vultos, a claridade, ou objetos a
pouca distância.
ORIENTAÇÕES PARA TRABALHAR COM D.V.
DEFICIÊNCIA FÍSICA
“A deficiência física se refere ao comprometimento do aparelho
locomotor que compreende o Sistema Osteoarticular, Sistema Muscular e
o Sistema Nervoso, as doenças ou lesões que afetam quaisquer desses
sistemas, isoladamente ou em conjunto, podem produzir grande
limitações físicas de grau e gravidades variáveis, segundo os segmentos
corporais afetados e o tipo de lesão ocorrida.
Ter deficiência física não significa ter, necessariamente, rebaixamento
intelectual. É importante saber fazer esta diferença para não ignorar o
potencial deste aluno.
DEFICIÊNCIA FÍSICA
Adaptações arquitetônicas;
Materiais de apoio pedagógico pranchas, presilhas suporte para lápis,
mobiliário;
Pergunte ao aluno que tipo de ajuda ele necessita: idas ao banheiro,
medicamento, posição na cadeira de rodas;
Ouça com paciência quem tem comprometimento na fala e não termine as
frases por ele. Colaboração Convênio com a SEE – CUIDADOR.
É a associação, no mesmo indivíduo, de duas ou mais deficiências
primárias (mental/visual/auditiva/física), com comprometimentos que
acarretam atrasos no desenvolvimento global e na capacidade adaptativa.
DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA
SURDOCEGUEIRA
É uma deficiência singular que apresenta perdas auditivas e visuais
concomitantemente em diferentes graus, levando a pessoa com
surdocegueira a desenvolver diferentes formas de comunicação para
entender e interagir com as pessoas e o meio ambiente, para ter acesso a
informações, uma vida social com qualidade, orientação, mobilidade,
educação e trabalho.
Transtornos Invasivos do Desenvolvimento
Os Transtornos Invasivos do Desenvolvimento, classificados no
Manual Diagnóstico Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV), da
Associação Americana de Psiquiatria (APA, 1995), caracterizam-se
por prejuízo severo e invasivo em diversas áreas do desenvolvimento:
habilidades de interação social recíproca, de comunicação e atividades
estereotipadas.
Transtornos invasivos do desenvolvimento: autismo infantil,
síndrome de Asperger, síndrome de Rett, transtorno desintegrativo da
infância e transtorno invasivo do desenvolvimento.
Síndrome de Asperger Síndrome de Rett
Transtorno Global do Desenvolvimento sem outra especificação
Autismo
Na caderneta:
Au CLMulti
Sugestões de Filmes
AUTISMO/ASPERGER:- Meu filho, meu mundo;- Rain man.
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL:- O garoto selvagem;- Aprendiz de sonhador;- Meu nome é Rádio;- Simples como amar;- Do luto à luta (documentário).
DEFICIÊNCIA VISUAL: - A Cor do Paraíso (Programa Cultura é Currículo.
Oficina: “Refletindo sobre possibilidades e adaptações de atividades nas Situações de Aprendizagem”.
Formar 6 grupos de aproximadamente 8 pessoas:
Grupos 1 e 2: deficiência visual DV
Grupos 2 e 3: deficiência auditiva DA
Grupos 3 e 4: deficiência intelectual DI
Sexualidade na deficiência intelectual: mitos e verdades
Os deficientes não são pessoas assexuadas. Possuem desejos, emoções,
trocam carinhos, etc;
Possuem impulsos sexuais igual aos de todas as pessoas;
Passam pela puberdade e descoberta da satisfação pela masturbação;
Trazem dúvidas e curiosidades como todas as outras crianças;
Apenas podem em alguns momentos apresentar dificuldades de elaborar as
perguntas ou compreender as explicações;
Também pensam em casamento e filhos.
Sexualidade na deficiência: mitos e verdades
Masturbação (conhecimento do corpo, sensação de prazer, saudável)
• se machucar: orientar que alguns objetos não podem, usar as mãos, deitar a
criança na cama.
• se masturbar em público: explicar que ali não pode, esperar chegar em casa,
tirar a criança de perto do público e colocar em local separado caso não
pare.
• Excesso: apresentar outras atividades às crianças, sem criar rotina que não
deixe à ela um tempo livre para fazer o que gosta.
• Não punir, nem verbalizar a preocupação.
O que fazer com a masturbação?
Responder somente o necessário.
Dar respostas curtas.
A falta de respostas favorece a imaginação, equívocos e pode trazer
consequências como abuso sexual, gravidez e DSTs. Faz a pessoa se sentir
culpada, com medo e ter comportamentos inadequados.
Dizer o nome correto às partes do corpo (pênis, vagina).
Esclarecer os palavrões de acordo com seu significado.
Dar resposta apenas quando houver perguntas, mas conversar com as
crianças na medida da necessidade: puberdade.
O que fazer com as perguntas?
Tratar de sexualidade ainda é um tabu para muitas pessoas. É preciso
quebrar esse tabu.
Procurar tratar o assunto com naturalidade, como trataria com qualquer
criança que não seja deficiente.
Se não estiver segura para conversar, procure ler e/ou dar livros às crianças
de acordo com sua idade que possam ajudar a compreender o assunto.
Porém, o diálogo é sempre mais significativo.
Supervisão demais pode gerar desconfiança por parte da criança ou
adolescente.
Crianças gostam de limites, apesar de apresentarem resistência.
Alguns pontos importantes:
Orientar os adolescentes sobre o cuidado com o corpo, a gravidez, e os
métodos contraceptivos.
Explicar que as pessoas não podem fazer o que querem com nosso corpo.
Os pais devem refletir caso os filhos deficientes desejem se casar:
• Até que ponto meu filho sabe manter um relacionamento longo?
• Até que ponto sabe assumir responsabilidades por si e por outros?
• Como é que ele lida com seus sentimentos? Ele os compreende?
Compreende os sentimentos dos outros?
Filhos, perceber a razão para tê-los: tomar conta e brincar ou por pensar a
maternidade como regra para as mulheres. Dialogar.
Levar para o aconselhamento genético
O namoro e o casamento
Vídeo: “Eu não quero voltar sozinho”
“Os deficientes têm os mesmos direitos básicos que os outros membros da
sociedade das mesma idade tenham. Além disto, a Declaração das Nações
Unidas diz que “cada pessoa deficiente mental tem direito à educação,
treino e aconselhamento que o possa ajudar a desenvolver suas habilidades
e potenciais ao máximo”
Artigo 1º da Declaração das Nações Unidas.