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EDUCAÇÃO ESPECIAL E EDUCAÇÃO INCLUSIVA: DAS URGÊNCIAS E INCERTEZAS NO FAZER PEDAGÓGICO Simone Helen Drumond Ischkanian A proposta pedagógica para esses alunos deve ser discutida pela comunidade escolar (gestores , professores, todos os profissionais da escola, pais e o próprio aluno).

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EDUCAÇÃO ESPECIAL E EDUCAÇÃO INCLUSIVA: DAS URGÊNCIAS E INCERTEZAS NO FAZER PEDAGÓGICO

Simone Helen Drumond Ischkanian

A proposta pedagógica para esses alunos deve ser

discutida pela comunidade escolar

(gestores , professores, todos os profissionais da

escola, pais e o próprio aluno).

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A Instituição escolar inclusiva deve estar preparada para atender a

todos os alunos que a procuram. Dentre os alunos com necessidades educativas especiais, encontram-se

os alunos com deficiências. condutas típicas e altas

habilidades, mas também menores de rua.

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O currículo escolar deve ser aberto,

flexível e colado ao contexto sociocultural do meio onde a escola

se encontra.

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Para garantir a inclusão com resposta

educacional exitosa, é necessário se fazer

adequações curriculares

individualizadas.

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Adequações curriculares envolvem avaliação psicopedagógica inicial e

alterações no planejamento, desenvolvimento e avaliação das atividades realizadas em sala de aula, priorização de elementos

curriculares, adaptação ao ritmo do aluno, utilização de

instrumentos ou equipamentos, professor de apoio e professor

especializado.

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Que visões de futuro ocupam as mentes e o

imaginário coletivo através das

escolas, dos meios de comunicação e

de nossa capacidade de criar valores?

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PARA DEBATER

Quem são os sujeitos coletivos gestadores de

nova civilização?

São principalmente os insatisfeitos com o atual modo de viver, de trabalhar, de sofrer, de alegrar-se e de morrer, em

particular, os excluídos, os oprimidos e os marginalizados.

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PARA DEBATER

Quem são os sujeitos coletivos gestadores de nova

civilização?

São aqueles que ousam organizar-se ao redor de certas buscas, valores,

práticas e de certos sonhos que irradiam uma nova vitalidade em

tudo que pensam, projetam, fazem e celebram.

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Alunos surdos podem precisar de horários mais longos fora da classe regular, necessitando de reforço em conceitos de Língua Portuguesa e Matemática, preferencialmente em Língua de Sinais. Estes conceitos devem ser ensinados por professor de apoio ou educador surdo (Kelman, 1999), antes de serem

apresentados à turma da classe regular. Uma vez garantida a sua compreensão, fica mais fácil para os alunos surdos acompanharem a aula.Crianças com condutas típicas ou retardo mental podem precisar permanecer em classe especial. Ainda assim, deve ser evitada a separação em tempo integral dos demais alunos da escola. Apesar da dificuldade, estes alunos precisam conviver com os seus pares em idade. Cabe à escola descobrir as estratégias para que esse momento se concretize. Por último, lembramos que as adequações curriculares também envolvem a utilização de diferentes estratégias de trabalho em sala de aula, alternando o trabalho individual com o competitivo e, sobretudo, com o trabalho cooperativo, que ainda é a maneira mais eficaz do aluno com necessidades educativas especiais aprender com seus pares.

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Certos alunos com necessidades educativas especiais podem manter-se em classe regular o maior tempo possível, bastando que o currículo sofra alguma modificação. Alunos cegos, incluídos, estão nessa categoria. Para que ele aprenda o Braille, no início da sua alfabetização, precisará ser retirado da sala de aula em certos horários, para adquirir esse conteúdo específico com o professor especializado. Já nas séries seguintes, com o domínio e uso do Braille, ele não mais precisará sair da classe regular, desde que o professor especializado faça a transcrição dos trabalhos solicitados para o

Braille, em visitas esporádicas à classe regular. É preciso se adaptar aos recursos e serviços que o sistema educacional oferece. Se todos os alunos cegos da região ou do bairro puderem estudar na mesma escola, o atendimento especializado dirigido a eles fica mais eficiente, bem como a otimização na alocação de recursos. Se esta escola possuísse softwares adaptados, aperfeiçoaria o atendimento educacional.

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O conceito de escola inclusiva redimensiona o conjunto de ações que ocorrem no interior desta nova escola e

isso passa necessariamente pelas adequações curriculares voltadas para os

alunos com necessidades educativas especiais. Este grupo se constitui no

conjunto de alunos com deficiência, altas habilidades e , condutas típicas, mas

também, entre outros, de alunos oriundos de minorias étnicas (como os índios),

linguísticas (filhos de recém imigrantes), menores de rua,

menores trabalhadores rurais, etc.

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A inclusão teve sua origem no movimento da sociedade inclusiva, explicitado em

Assembleia Geral da ONU, em 1990.

O termo expressa um modelo de sociedade que deve

contemplar as necessidades de cada cidadão.

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A escola inclusiva deve atender ao pluralismo cultural do seu alunado e buscar respostas individuais para as necessidades especiais individuais. Se antes cabia ao aluno com

deficiência se adaptar a escola, agora, dentro da concepção da escola inclusiva, é ela quem

deve se adaptar. Para que isso ocorra, conjugam-se as responsabilidades do

professor da turma onde o aluno se encontra, do diretor, dos demais professores, dos

servidores da escola, para discutirem sobre os mecanismos que devem ser utilizados para

se encontrar uma resposta exitosa à diversidade.

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A mediação dos demais colegas irá beneficiar a todos, com ou sem deficiência (Kelman, Carvalho, Machado e Goffredo,1998).O

currículo é o mesmo, fazendo-se necessário investigar quais

adequações curriculares devem ser feitas para cada aluno,

individualmente, de forma a se obter melhores resultados.

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Quando, entretanto, o currículo da escola regular não atende às necessidades educativas especiais

dos alunos, eles devem estudar em escola especial, com currículo específico, diferente do da escola regular. O artigo 8 da Declaração de

Salamanca prevê que a classe regular não satisfaz às necessidades educativas ou sociais de algumas crianças. São alunos que apresentam, em geral, deficiências múltiplas, deficiência mental severa

ou condutas típicas de ordem tal que os impeçam do convívio com as demais crianças. Nestes casos raros, a adequação curricular não

dá as respostas necessárias e o que se impõe é um desenho curricular próprio para

uma escola especial.

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Cardoso assinala (1997), o currículo deve ser construído dentro de uma abordagem ecológica,

diferenciando-se do tradicional, tanto no que refere aos conteúdos, quanto à metodologia. É um currículo

centrado no aluno, respeitando-se suas vontades, interesses e idade cronológica e não baseado e

restrito à fase de desenvolvimento cognitivo em que o aluno se encontra, pois o aluno deve ser

considerado como um ser integral, em todos os seus aspectos: cognitivo, social, emocional e psicomotor. Este currículo deve considerar o contexto ecológico-

comunitário, dentro de uma visão participativa, interativa. Cardoso exemplifica que um aluno de 20

anos pode não saber fazer um bolo, ma sabe mexer a massa perfeitamente e, portanto, participa, ainda que

parcialmente, da atividade.

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O projeto político-pedagógico da escola tem vinculação estreita com o currículo. É através dele

que a escola "cria vida", guiando as atividades educacionais,

apontando para as intenções que se quer atingir. É na elaboração do

currículo que se inclui informações sobre o que, quando

e como ensinar e avaliar.

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O currículo é comum a todos os alunos da escola, mas deve ser aberto e flexível, uma ferramenta

que promova o desenvolvimento apesar das diferentes necessidades, respeitando a

peculiaridade do contexto sócio-educacional onde se desenvolve o processo ensino-aprendizagem. Ele expressa os conteúdos culturais considerados

fundamentais em cada sociedade para que os futuros cidadãos possam se tornar membros

ativos. Para alunos com necessidades educativas especiais, deve se proporcionar um currículo

equilibrado, adaptando-o e dosando-o, na medida do possível e do necessário, mas sem perder de

vista os objetivos que são perseguidos por todos os alunos.