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TEXTOS DE TRADIÇÃO ORAL Era uma vez…

Literatura tradicional

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Page 1: Literatura tradicional

TEXTOS DE TRADIÇÃO ORAL

Era uma vez…

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Integram-se obras cuja divulgação se faz

por via da transmissão oral, por vezes

durante séculos, de geração para

geração, de comunidade para

comunidade, de indivíduo para indivíduo.

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GÉNEROS PERTENCENTES À LITERATURA ORAL E TRADICIONAL

• Os contos • As lendas• Os mitos• As fábulas• Parábolas• Os romances

tradicionais• As lengalengas

• Os trava-línguas• As quadras

populares • As cantigas infantis• Os provérbios• As adivinhas• As anedotas

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O CONTO POPULAR Também conhecido como conto tradicional, é

um texto narrativo, geralmente curto.

É criado e enriquecido pela imaginação popular e procura entreter ou educar o ouvinte.

A sua origem perdeu-se no tempo. Ninguém é dono e senhor dos contos populares. Por isso, cada povo e cada geração contam-nos à sua maneira, às vezes corrigindo e acrescentando um ou outro pormenor no enredo. Daí o provérbio: “Quem conta um conto acrescenta um ponto”.

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A LENDA

Narrativa na qual se misturam realidade e ficção.

A finalidade da história narrada é apresentar uma explicação sobre um facto real (por exemplo o nome de uma localidade).

Rainha Santa Isabel

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O MITO• Um mito é uma narrativa de caráter simbólico,

relacionada a uma dada cultura. O mito procura explicar a realidade, os fenómenos naturais, as origens do Mundo e do Homem por meio de deuses, semideuses e heróis.

• Os acontecimentos históricos podem transformar-se em mitos, se adquirem uma determinada carga simbólica para uma dada cultura.

• Na maioria das vezes, o termo refere-se especificamente aos relatos das civilizações antigas que, organizados, constituem uma mitologia - por exemplo, a mitologia grega e a mitologia romana.

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A FÁBULA

Narrativa em prosa ou em verso.

As personagens são geralmente animais com características humanas, que mantêm um diálogo.

No final, retira-se uma lição de moral que resume a história.

Os temas vão desde a vitória da fraqueza sobre a força, da bondade sobre a astúcia ou a derrota dos presunçosos.

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A PARÁBOLA

História curta que ensina a verdade ou dá uma lição de moral.

Muitas vezes, contém um fundo religioso, por exemplo, ensinamentos cristãos.

«Parábola dos sete vimes»

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Era uma vez um pai que tinha sete filhos. Quando estava para morrer chamou-os todos sete e disse-lhes assim:– Filhos, já sei que não posso durar muito: mas antes de morrer, quero que cada um de vós me vá buscar um vime seco, e mo traga aqui.– Eu também? – perguntou o mais pequeno que só tinha quatro anos. O mais velho tinha vinte e cinco, e era um rapaz muito reforçado e o mais valente da freguesia.– Tu também – respondeu o pai ao mais pequeno.Saíram os sete filhos; daí a pouco tornaram a voltar, trazendo cada um o seu vime seco.O pai pegou no vime que trouxe o filho mais velho, e entregou-o ao mais novinho, dizendo-lhe:– Parte esse vime.O pequeno partiu o vime, e não lhe custou nada a partir.Depois o pai entregou o outro ao mesmo filho mais novo, e disse-lhe:– Agora parte também esse.O pequeno partiu-o; e partiu, um a um, todos os outros, que o pai lhe foi entregando, e não lhe custou nada parti-los todos. Partindo o último, o pai disse outra vez aos filhos:– Agora ide por outro vime e trazei-mo.Os filhos tornaram a sair, e daí a pouco estavam outra vez ao pé do pai, cada um com o seu vime.– Agora dai-mos cá – disse o pai.E dos vimes todos fez um feixe, atando-os com um vincelho. E voltando-se para o filho mais velho, disse-lhe assim:– Toma este feixe! Parte-o!O filho empregou quanta força tinha, mas não foi capaz de partir o feixe.– Não podes? – perguntou ele ao filho.– Não, meu pai, não posso.– E algum de vós é capaz de o partir? Experimentai.Não foi nenhum capaz de o partir, nem dois juntos, nem três, nem todos juntos.O pai disse-lhes então:– Meus filhos, o mais pequenino de vós partiu sem lhe custar nada todos os vimes, enquanto os partiu um por um; e o mais velho de vós não pôde parti-los todos juntos; nem vós, todos juntos, fostes capazes de partir o feixe. Pois bem, lembrai-vos disto e do que vos vou dizer: enquanto vós estiverdes unidos, como irmãos que sois, ninguém zombará de vós, nem vos fará mal, ou vencerá. Mas logo que vos separeis, ou reine entre vós a desunião, facilmente sereis vencidos.Acabou de dizer isto e morreu – e os filhos foram muito felizes, porque viveram sempre em boa irmandade ajudando-se sempre uns aos outros; e como não houve forças que os desunissem, também nunca houve forças que os vencessem. 

COELHO, Trindade, Os Meus Amores, Biblioteca Ulisseia de Autores Portugueses

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ROMANCEIROS• Coleção de romances, isto é, de antigas

narrativas de factos reais, imaginários ou lendas,

em prosa ou em verso, ou de poemas em versos

curtos e simples, baseados em assunto capaz de

comover, próprios para serem cantados.

• Em Portugal, o primeiro romanceiro remonta à

primeira geração romântica, devendo-se a sua

organização a Almeida Garrett (1843).

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O PROVÉRBIO

Frase da sabedoria popular que nos dá conselhos, ensinamentos ou sugestões.

Não é diretamente percebido, parecendo um «código» cujo sentido é preciso decifrar.

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A LENGALENGA Texto oral de origem popular. Forma de divertimento que, por

vezes, tem uma intenção crítica ou transmite uma moral.

Tem repetições de palavras e frases para criar um ritmo

musical e cantante,

facilitando a sua memorização. Uma lengalenga é para ser dita… e

memorizada.

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TRAVA-LÍNGUAS

Simples passatempo com palavras cuja pronúncia se torna difícil.

Forma de divertimento que serve como exercício de «destrava-línguas», ou seja, para pronunciar letras/ sons corretamente.

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A ADIVINHA

Frase ou pergunta enigmática e, em geral, com graça.

Tem o objetivo de levar alguém a encontrar a solução ou resposta adequada.

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A ANEDOTA• Uma piada ou anedota é uma breve

história, de final engraçado e às

vezes surpreendente, cujo objetivo é

provocar risos ou gargalhadas em

quem a ouve ou lê. É um recurso

humorístico utilizado na comédia e

também na vida quotidiana.

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EXERCÍCIO

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1. Da tradição oral fazem parte os provérbios, para além das adivinhas, das quadras populares e dos contos tradicionais.

Verdadeira.Falsa.

2. Os textos da tradição oral são transmitidos através da escrita.

Verdadeira.Falsa.

3. Adivinhas, contos populares e provérbios têm sempre um autor que é identificado.

Verdadeira.Falsa.

X

4. Uma das funções destes textos é o entretenimento, durante o convívio entre pessoas de diferentes gerações.

Verdadeira.Falsa.

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X

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5. Trata-se de um repertório muito significativo para um povo, já que encerra e perpetua um conjunto de ensinamentos morais.

Verdadeira.Falsa.

6. As crianças e os jovens só começam a contactar com este tipo de textos quando já sabem ler e escrever.

Verdadeira.Falsa.

7. A transmissão destes textos dá origem à produção de variantes, pois cada emissor, tendo sido já um receptor, altera o discurso que ouviu, acrescentando ou omitindo pormenores.

Verdadeira.Falsa.

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