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Leitura dos textos: Unidade 1 Seção: Aprofundando o tema

Pnaic 4ª aula avaliação parte i só sistematização dos textos

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Leitura dos textos: Unidade 1

Seção: Aprofundando o tema

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Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa

SISTEMATIZAÇÃO SOBRE AVALIAÇÃO

NOS CADERNOS

Cadernos 01,02 e 03

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Apresentação de breve síntese do grupo que leu o

Caderno 01

Ano 1 Unidade 1 - CURRÍCULO NA ALFABETIZAÇÃO: CONCEPÇÕES E PRINCÍPIOS

Avaliação no ciclo de alfabetização - Eliana Borges Correia de Albuquerque -p. 24 a 29

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Perspectiva Histórica Alfabetização X Avaliação

Até meados da década de 1980, as práticas de alfabetização se baseavam em métodos considerados hoje como “tradicionais”, que tornavam artificiais as práticas escolares da leitura e da escrita. Atreladas a essas práticas e alfabetização desenvolvidas na 1º série do Ensino Fundamental observávamos a realização de práticas de avaliação nomeadas hoje como tradicionais, cuja ênfase era na medição/mensuração das aprendizagens dos alunos e na classificação deles como aptos ou não aptos para progredir no ensino.Antes de iniciar o processo formal de alfabetização, era preciso avaliar se os alunos apresentavam a “prontidão” necessária para tal processo, relacionada ao desenvolvimento de habilidades “psiconeurológicas” ou “perceptivo-motoras” (coordenação motora, discriminação auditiva e visual, etc.).Com a elevação do índice de repetência na 1ª série do Ensino Fundamental da escola pública, vimos surgir programas de Educação Compensatória que tinham o objetivo de preparar os alunos, na Educação Infantil (denominada de pré-escola na época), para o início do processo de alfabetização, compensando as supostas carências culturais, deficiências linguísticas e defasagens afetivas que esses alunos – provenientes das camadas populares – apresentavam (KRAMER,2006).Considerava-se, naquele contexto, que as crianças que ingressavam no Ensino Fundamental não possuíam conhecimentos sobre a língua e, ao mesmo tempo, julgava-se necessário que todas elas tivessem desenvolvido uma maturidade para aprender a ler e escrever relacionadas com as habilidades anteriormente mencionadas. Uma vez diagnosticado que elas estavam “aptas” para iniciar esse processo, cabia ao professor, que seguia um determinado método, apresentar as unidades sonoras (sílaba, fonema) em uma sequência pré-estabelecida, unidades estas que deveriam ser memorizadas pelos alunos.

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Nessa prática de ensino da leitura e da escrita, a avaliação era fundamental para o bom andamento do processo. Avaliava-se se os alunos estavam aprendendo o código alfabético na perspectiva da memorização das unidades apresentadas/ ensinadas pelo professor e presentes no livro didático utilizado. O objetivo de tal avaliação era o de medir e classificar a aprendizagem dos alunos para determinar seu prosseguimento nos estudos, tanto no que se refere à sequência de apresentação das lições/unidades ao longo do ano, como à passagem para a 2ª série.

A partir da década de 1980, o fracasso escolar que até então era visto como um problema de deficiência ou carência cognitiva e cultural dos alunos do meio popular, passou a ser relacionado, à luz das teorias construtivistas e sociointeracionistas de ensino (em geral) e da língua (em particular), às práticas tradicionais de ensino da leitura e da escrita.

No campo da alfabetização, como vimos anteriormente, os trabalhos de Emília Ferreiro e Ana Teberosky vão dar um novo sentido aos erros ou escritas não convencionais dos alunos, que passaram a ser vistos como reveladores de suas hipóteses de escrita.

Como abordado por Albuquerque e Morais (2006), diferentemente de uma prática tradicional de alfabetização e avaliação, na perspectiva construtivista e interacionista de ensino, e também na perspectiva inclusivista, avaliam-se as conquistas e as possibilidades dos estudantes ao longo do ano escolar, e não apenas os impedimentos e as condutas finais e acabadas.

O erro, que antes precisava a todo custo ser evitado, já que era o principal sintoma de exclusão escolar, passa a ser considerado como indicador da forma como os alunos pensam sobre determinado conhecimento.

Os objetivos das avaliações não se relacionam mais à simples medição de conhecimentos para determinar se estão aptos a progredir nos estudos, mas à identificação dos conhecimentos que os estudantes já desenvolveram, com o objetivo de fazê-los avançar em suas aprendizagens.

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Nessa perspectiva, a avaliação atende a diferentes objetivos, como alguns apontados por Leal (2003, p. 20):

a) Identificar os conhecimentos já construídos pelos alunos, a fim de planejar as novas atividades de ensino de forma ajustada, isto é, considerando as aprendizagens que eles já desenvolveram, as dificuldades ou lacunas que precisam superar;

b) Decidir sobre a necessidade ou não de retomar o ensino de certos itens já ensinados ou de usar estratégias de ensino alternativas, a partir da verificação do que os alunos aprenderam;

c) Decidir sobre se os alunos estão emcondições de progredir para um nível (série, ciclo, etc.) escolar mais avançado.

Nessa perspectiva, avalia-se tanto os alunos, para mapear seus percursos de aprendizagem, como as práticas pedagógicas com o objetivo de analisar as estratégias de ensino adotadas de modo a relacioná-las às possibilidades dos educandos. Como abordado por Ferreira e Leal (2006), “é papel de a escola ensinar, favorecendo, por meio de diferentes estratégias, oportunidades de aprendizagem, e avaliar se tais estratégias estão sendo de fato adequadas”(p. 16).

Quanto ao registro dessas avaliações, pode-se também propor diversificação quanto aos instrumentos: cadernos de registros dos estudantes; os portfólios com a coletânea de atividades/registros realizados pelas crianças ao longo de um determinado período que permitem que tanto o professor como os próprios alunos acompanhem as dificuldades e os avanços em uma determinada matéria; a ficha de acompanhamento individual (de cada aluno) e coletiva (da classe).

Nessa perspectiva, avalia-se tanto os alunos, para mapear seus percursos de aprendizagem, como as práticas pedagógicas com o objetivo de analisar as estratégias de ensino adotadas de modo a relacioná-las às possibilidades dos educandos. Como abordado por Ferreira e Leal (2006), “é papel de a escola ensinar, favorecendo, por meio de diferentes estratégias, oportunidades de aprendizagem, e avaliar se tais estratégias estão sendo de fato adequadas”(p. 16).

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Apresentação de breve síntese do grupo que leu o

Caderno 02

Ano 2 Unidade 1 - CURRÍCULO NO CICLO DE ALFABETIZAÇÃO: CONSOLIDAÇÃO E MONITORAMENTO DO PROCESSO DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM

Avaliação no ciclo de alfabetização: o monitoramento do processo de ensino e de aprendizagem das crianças- Magna do Carmo Silva Cruz- p.19 a 26

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Em Contrapartida...

Contrapondo-nos a uma concepção de escola seletiva na qual avaliação tinha como objetivo medir resultados finais em detrimento da aprendizagem, consideramos que a avaliação tem como objetivo regular e adaptar a prática pedagógica às necessidades dos alunos, considerando nesse processo avaliativo o professor, o aluno, a escola e a família.A concepção de avaliação que adotamos parte da defesa da não repetência, considerando o processo avaliativo nãocomo instrumento de exclusão, mas caracterizando-o como contínuo, inclusivo, regulador, prognóstico, diagnóstico, emancipatório, mediador, qualitativo, dialético, dialógico, informativo, formativo- regulador. Segundo Leal (2003, p.30), as finalidades do eixo central de uma proposta de avaliação formativa envolveriam:

[...] avaliar para identificar conhecimentos prévios; avaliar para conhecer as dificuldades e planejar atividades adequadas; avaliar para verificar o aprendizado e decidir o que precisa retomar; avaliar para verificar se os alunos estão em condição de progredir; avaliar para verificar a utilidade/validade das estratégias de ensino; avaliar as estratégias didáticas para redimensionar o ensino.A Pesquisa GERESOs direitos de aprendizagens permitem, nesse contexto, planejar e orientar as progressões do ensino e das aprendizagens, delimitando os saberes que devem ser construídos pelas crianças ao final de cada ano escolar do ciclo de alfabetização. Estes não devem ser entendidos como formas padronizadas, mas como caminhos a serem construídos por cada criança na sua singularidade, para que o processo de alfabetizar letrando não perca o foco pela ausência de intencionalidade. Portanto,

Considerar as potencialidades e permitir uma abertura para novas capacidades requer mudança de postura do professor, que irá investir mais nos alunos. Isso repercutirá no modo como concebe a avaliação, que auxiliará no diagnóstico, no acompanhamento e em novas propostas para o desenvolvimento dos alunos, diversificando as estratégias utilizadas para melhorar a aprendizagem. No paradigma educacional centrado nas aprendizagens signifi cativas, a avaliação é concebida como processo/instrumento de coleta de informações, sistematização e interpretação das informações, julgamento de valor do objeto avaliativo através das informações tratadas e decifradas, e por fim, tomada de decisão (como intervir para promover o desenvolvimentodas aprendizagens significativas)

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Nessa perspectiva de avaliação, é importante pensarmos em: Por que e para quê avaliar? Para quem? Onde? Quando? Oquê? Como? Com quem? Quais os resultados das ações empreendidas? É importante considerar que a avaliação visa gerar informações para que professores e alunos possam refletir e criar estratégias de superação dos seus limites e ampliar suas possibilidades sobre cada eixo da língua trabalhado. Ao conhecer as formas pelas quais as crianças aprendem, o professor poderá planejar melhor a sua intervenção pedagógica, pois mapear a reação da criança à intervenção docente é a razão de ser do processo avaliativo em sala de aula, considerando os percursos diferenciados. A proposta é de potencializar a formação das crianças, garantindo a continuidade da aprendizagem ao longo dos três anos e o monitoramento da aprendizagem pelas crianças.

Com a avaliação diagnóstica é possível acompanhar se os objetivos foram atingidos, possibilitando regulações interativas e integradoras. É necessário criar instrumentos de avaliação variados para níveis de conhecimentos diversos e saber lidar com a heterogeneidade das aprendizagens, respeitando os percursos distintos e diferenciando o atendimento, instrumentos e encaminhamentos.

A Provinha Brasil é uma avaliação diagnóstica do nível de alfabetização das crianças matriculadas no 2º ano de escolarização, das escolas públicas brasileiras, elaborada pelo INEP e distribuída para as secretarias de educação municipais, estaduais e do Distrito Federal. Na sua última edição (2012) avaliou, por meio de 20 questões, o nível de alfabetização dos alunos /turma nos anos iniciais do ensino. Por meio desse instrumento, é possível diagnosticar possíveis insuficiências das habilidadesde leitura e escrita.

Consideramos, portanto, a importância da elaboração de uma proposta de continuidade e aprofundamento dos conhecimentos a serem explorados na busca pela efetivação da progressão escolar da criança e de suas aprendizagens a cada ano do ciclo, garantindo o seu direito à alfabetização em tempo oportuno.

Apesar de a diagnose configurar-se como um elemento de extrema importância para a prática das professoras alfabetizadoras, é imprescindível que também sejam desenvolvidas ações de acompanhamento e de intervenções ante os resultados das aprendizagens das crianças.

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Apresentação de breve síntese do grupo que leu o

Caderno 03

Ano 3 unidade 1 - CURRÍCULO INCLUSIVO: O DIREITO DE SER ALFABETIZADO

Avaliação para inclusão: alfabetização para todos Ana Lúcia Guedes-Pinto e Telma Ferraz Leal - p.22 a 27

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O princípio do processo...

Partimos de um princípio fundamental da ação pedagógica: o princípio da inclusão.Uma primeira implicação desse princípio é que avaliamos para favorecer aprendizagens e não para legitimar as desigualdades perversas que servem, na maior parte das vezes, para promover a exclusão e a competitividade. Assim, a avaliação precisa ser encarada como uma forma de compreender o que os estudantes já sabem ou ainda não sabem sobre determinados conhecimentos escolares, quais são suas concepções, para planejar uma ação educativa que possa ajudá-los a aprender mais e avançar no processo de apropriação de conhecimento. Assim,

[...] a avaliação cruza o trabalho pedagógico desde seu planejamento até a execução, coletando dados para melhor compreensão da relação entre o planejamento, o ensino e a aprendizagem e poder orientar a intervenção didática para que seja qualitativa e contextualizada (SILVA, 2003, p.14).Uma segunda implicação de uma perspectiva avaliativa para inclusão é a defesa da não repetência. O objetivo de avaliar, nessa abordagem, não é reter as crianças em uma mesma etapa escolar, mas, sim, garantir que as aprendizagens não consolidadas em uma determinada etapa escolar, que pode corresponder a um mês, a um semestre, ou a um ano de escolaridade, sejam garantidas em outra etapa posterior de escolaridade. Essa recomendação decorre, sobretudo, da constatação de que a reprovação provoca, via de regra, a construção de uma auto imagem negativa de si que, em lugar de estimular o aluno a querer aprender, faz com que se sinta “fracassado”.Uma terceira implicação do princípio da avaliação para inclusão é que não é apenasm o estudante que precisa ser avaliado. Ferreira e Leal (2006, p. 14) destacam que:

[...] avaliar as próprias estratégias didáticas é fundamental para que possamos redimensionar o ensino, tendo como norte a avaliação do que os alunos fazem e dizem. Ou seja, ouvir o aluno e tentar entender as respostas que eles nos dão a partir dos instrumentos de avaliação é o primeiro passo para pensar sobre os procedimentos didáticos que usamos no nosso cotidiano.

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As práticas avaliativas que estimulam a criança a analisar seus próprios percursos, como, por exemplo, ao analisarem portfólios, pode ajudar bastante a desenvolver

tais capacidades. Concebemos que a avaliação precisa ser realizada no início de etapas escolares, de projetos didáticos

ou de sequências didáticas; durante um determinado período, para investigar se as aprendizagens estão sendo efetivadas; e no final, para avaliar os resultados obtidos e se é necessário retomar o que foi trabalhado. Assim:

[...] a avaliação sempre tem que ser formativa, de maneira que o processo avaliador independente de seu objeto de estudo, tem que observar as diferentes fases de uma intervenção que deverá ser estratégica. Quer dizer, que permita conhecer qual é a situação da partida, em função de determinados objetivos

gerais bem definidos (avaliação inicial); um planejamento de intervenção fundamentado e, ao mesmo tempo, flexível, entendido como uma hipótese de intervenção; uma atuação na sala de aula, em que as atividades e tarefas e os próprios conteúdos de trabalho se adequarão constantemente (avaliação reguladora) às necessidades que vão se apresentando para chegar a determinados resultados (avaliação final) e a uma compreensão e valoração sobre o processo seguido, que permita estabelecer novas propostas deintervenção (avaliação integradora). (Zabala, 1998, p. 201)

É necessário, ao se optar por uma prática avaliativa sistemática, como a citada por Ana Lúcia, atentar para diferentes cuidados que devem ser tomados nesses processos de avaliação. Para a avaliação da leitura, é fundamental selecionar bem o texto, buscando um material que trate de um tema sobre o qual os estudantes tenham familiaridade e um gênero que seja de uso frequente no seu cotidiano ou tenha feito parte de intervenção didática sistemática. As questões também precisam ser bem elaboradas, e destinadas a avaliar conhecimentos e habilidades pertinentes ao currículo vivenciado.

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Quanto ao domínio do Sistema de Escrita Alfabética e da ortografia, sem dúvida a produção de textos escritos nos dá muitas informações sobre o processo de apropriação da língua, mas podemos também estruturar instrumentos com objetivos específicos.

Quanto à oralidade, é necessário, após delimitar claramente o que se pretende ensinar, criar situações favoráveis à fala e à escuta, tanto entre o professor e as crianças quanto entre elas mesmas e criar critérios para análise de como interagiram nas situações.

Assim como é preciso planejar bem a situação de avaliação e elaborar instrumentos de avaliação adequados aos nossos propósitos pedagógicos, registrar os resultados das crianças e acompanhar suas aprendizagens também é uma tarefa de fulcral importância.

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