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R R EABILITAÇÃO EABILITAÇÃO H H ABITACIONAL EM ABITACIONAL EM P P ORTUGAL ORTUGAL A Avaliação dos Programas RECRIA, REHABITA, RECRIPH E SOLARH Bruno Pereira MARQUES Cátia MADEIRA [email protected] [email protected] e-GEO: Centro de Estudos de Geografia e Plan. Regional CISED Território – Consultores Lda. FCSH - Universidade Nova de Lisboa Escola Secundária do Monte da Caparica Geógrafo, Mestre em Gestão do Território Geógrafa, Mestre em Regeneração Urbana e Ambiental

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RR EABILITAÇÃO EABILITAÇÃO HH ABITACIONAL EM ABITACIONAL EM

PP ORTUGALORTUGALA Avaliação dos Programas RECRIA, REHABITA,

RECRIPH E SOLARH

Bruno Pereira MARQUES Cátia [email protected] [email protected] e-GEO: Centro de Estudos de Geografia e Plan. Regional CISED Território – Consultores Lda. FCSH - Universidade Nova de Lisboa Escola Secundária do Monte da CaparicaGeógrafo, Mestre em Gestão do Território Geógrafa, Mestre em Regeneração Urbana e Ambiental

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Enquadramento da Temática

Cidade Problemas

HabitaçãoSolução

Definição de Políticas e Programas

-RECRIA (Regime Especial de Comparticipação na Recuperação de Imóveis Arrendados)

-REHABITA (Regime de Apoio à Recuperação Habitacional em Áreas Urbanas Antigas)

-RECRIPH (Regime Especial de Comparticipação e Financiamento na Recuperação de

Prédios Urbanos em Regime de Propriedade Horizontal)

-SOLARH (Programa de Apoio Financeiro Especial Para a Reabilitação de Habitações)

-N.º de fogos

-Qualidade de Construção

-Estado de Conservação

-etc.

Avaliação dos Impactes

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Era Industrial - Afluxo às cidades → problemas de n.º de habitantes por fogo e higiene;

Pós-II GM - Necessidade de reconstrução, produção de novas habitações; protecção do património;

Pós-II GM - período de crescimento económico e demográfico, migrações campo-cidade; operações imobiliárias de lucro imediato (renovação urbana e expansão para periferia);

Anos 60 - Lei Malraux – primeira intervenção legislativa de intervenção em tecidos urbanos

Anos 70 - Plano de Bolonha e Carta de Amesterdão

Últimos Anos - Visão Sistémica do Problema

Era Industrial - Tardia embora com fenómenos de êxodo rural

Implantação da República - Fomento de Obras Públicas (expansão e construção de bairros de operários)

Estado Novo (1926- 1960) - face ao êxodo rural houve necessidade de resolver as carências habitacionais nas cidades. Este movimento não foi acompanhado de uma politica de habitação. Inicio da construção de bairros sociais com numero de fogos insuficiente para responder as carências habitacionais.

1948 - Lei 2030 - confere aos municípios a possibilidade de expropriação para utilidade publica. O que possibilita a disponibilidade de solo para construção.

Pós-II GM - Acentuar de carências habitacionais

Anos 60 - Primeira aproximação de uma nova perspectiva de intervenção (Fundo de Fomento de Habitação )

1974- Congelamento de rendas a nível nacional

Internacional Nacional

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Programas de Financiamento

1988 – RECRIA: Assunção pelo Estado de um custo social resultante do

bloqueamento das rendas habitacionais que vigorou durante largos anos. Visa

financiar a execução das obras de conservação e beneficiação que permitam a

recuperação de fogos e imóveis em estado de degradação.

1996 – REHABITA: distingue-se dos restantes porque a sua aplicação não se

restringe a um edifício isolado mas antes abrange uma escala urbanística.

1996 – RECRIPH: Apoio financeiro à realização de obras em edifícios de

propriedade horizontal, na componente de partes comuns.

1999 – SOLARH: Apoiar pequenas reparações de casas habitadas por idosos fora

das áreas urbanas e criar condições que permitam estimular a colocação no

mercado de arrendamento de inúmeros fogos devolutos.

A reabilitação no contexto das políticas públicas: caracterização e avaliação

dos programas RECRIA, REHABITA, RECRIPH, SOLARH

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-Forte crescimento construtivo duplicando o número de alojamentos sem

correspondência com a idêntica dinâmica demográfica;

- Um aumento do acesso à propriedade da casa e uma diminuição – ou pelo menos

estabilização – do mercado de arrendamento até aos finais do século XX;

- Famílias encaram a casa como um investimento:

O aumento do acesso à propriedade;

O aumento da residência secundária;

Os sinais de saturação do mercado imobiliário.

- Até 2002, a reabilitação rondava os 6% do total do volume de intervenções e a

construção nova tinha um peso de cerca de 50%. Já em 2004, a construção nova

passou a representar 34,5% do total e a reabilitação subiu para os 15%.

Avaliação do estado do parque edificado

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Se por um lado, o parque habitacional existente não mereceu o devido acompanhamento

em termos de monitorização, por outro, o parque habitacional recente também não foi

acompanhado por estudos de procura capazes de ajustar o número e a tipologia de

habitação à diversidade familiar entretanto existente.

Ambas as situações acabaram por se traduzir num conjunto de fogos vagos resultantes

ora pela não absorção do mercado de aquisição ora pela não absorção do mercado de

arrendamento.

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Avaliação dos programas: RECRIA, REHABITA, RECRIPH, SOLARH

Decréscimo significativo da importância dos programas de reabilitação (n.º de

candidaturas e montantes investidos)

RECRIA: Nos primeiros anos de aplicação teve uma adesão modesta embora

crescente. Em 1992 o programa teve um impulso considerável mas a partir de 2000

decresce. Sem grande impacte nacional sobressaindo-se, contudo, o distrito de

Lisboa.

REHABITA: Igual decréscimo, especialmente, depois de 2001. Sem grande impacto

nacional, embora com pequeno destaque para o distrito da capital.

RECRIPH: Aplicação bastante modesta com um pico de adesões em 2002. Pouco

expressivo em todo o território.

SOLARH: Adesão crescente até 2001 tendo desde então oscilações. Ao contrário dos

outros programas destacam-se os distritos de Viseu, Vila Real e Beja

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PROHABITA (Programa de Financiamento para Acesso à Habitação): visa a resolução de situações de grave

carência habitacional de agregados familiares estabelecendo para esse efeito acesso a

financiamento e contempla também a concessão de apoios para construção de nova ou

reabilitação de habitação.

PROREABILITA (apoio à reabilitação de edifícios): visa apoiar os proprietários de edifícios ou

habitações arrendadas através do apoio à reabilitação de casas próprias, de população

de baixos recursos, que não estejam incluídas numa área de reabilitação urbana.

Contempla ainda a concessão de apoio à intervenção coerciva dos municípios.

Sociedades de Reabilitação Urbana: confere aos municípios meios reforçados de

intervenção. Introduz novas valências no sentido de melhorar a vida urbana dos seus

habitantes bem como de criar economia na própria escala do bairro.

POLIS XXI: permite conjugar a habitação e a reabilitação já que valorizou a função

habitacional enquanto elemento fundamental para a requalificação das cidades.

A Emergência de um Novo Paradigma na política de habitação

Novos Programas:

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Política de Cidades

POLIS XXI:

Configuração Geral

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Tornar as cidades portuguesas: Territórios de inovação e competitividade

Territórios de cidadania e coesão social

Territórios de qualidade de ambiente e de vida

Territórios bem planeados e governados

Regeneração

Urbana

Competitividade/

Diferenciação

Integração

Regional

Espaços Urbanos

Específicos

Cidade/ Rede de Cidades

Cidade Região

Parcerias para a regeneração Urbana

Acções inovadoras para o desenho urbano

Redes urbanas para a competitividade e a inovação

Acções inovadoras para o desenvolvimento urbano

PROHABITA

PROREABILITA

PO Regional/QREN

PO Valorização Território / QREN

PO Regional/QREN PO Valorização Território / QREN

BEI

Mecanismo Financeiro EEE

PO Temáticos/QREN PO Regional/QREN

Dimensões de Intervenção

Territórios – Alvo

Instrumentos de Política

Programas de Financiamento Público

Outras fontes de financiamento

Ambição

Fonte: MAOTDR–SEOTC (2007)

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Plano Estratégico da Habitação: mais do que produzir nova habitação zela pelo

funcionamento dos mercados habitacionais e apoia o acesso à habitação de

população com mais fracos recursos, facilitando a oferta de habitação a baixo custo e

rentabilizando e ajustando o parque existente. Centra as atenções nas necessidades

de revivificação do parque habitacional urbano degradado de forma a aumentar a

qualidade de vida de famílias.

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- Existem várias vantagens associadas aos processos de reabilitação (é mais

vantajoso renovar e utilizar edifícios já existentes do que demolir e construir de novo)

- Portugal entrou com algum atraso no processo de reabilitação e os programas

criados neste domínio não foram eficazes na prática. Serviram, contudo, para

sensibilizar as populações e as autarquias para a importância desta temática.

- Foi possível concluir que não existem dados reais e validados que permitam uma

avaliação rigorosa do estado da arte.

- A ineficácia dos programas de reabilitação habitacional analisados decorre em

grande parte de dificuldades de ordem administrativa e burocrática.

- Existe uma crescente percepção da importância da reabilitação do parque

habitacional.

Conclusões

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Rua dos Correeiros em Lisboa

OBRIGADO PELA ATENÇÃO