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Trabalho de Educação Física: "Saúde e Condição Física" 12º Ano
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Saúde e Condição Física
1
Escola Secundária Eça de Queirós
Educação Física - 12º Ano
Saúde e Condição Física
Trabalho realizado por:
Luís Rita | Nº16 | 12ºC3
Ano letivo 2012-2013
Saúde e Condição Física
2
Índice
Introdução ..................................................................................................................................... 3
Saúde ............................................................................................................................................. 4
Evolução da Definição de Saúde ............................................................................................... 5
Bem-Estar Físico ........................................................................................................................ 5
Bem-Estar Mental ..................................................................................................................... 9
Bem-Estar Social ...................................................................................................................... 12
Condição Física ............................................................................................................................ 13
Capacidade Motora ................................................................................................................. 13
Capacidades motoras condicionais ..................................................................................... 14
Capacidades motoras coordenativas .................................................................................. 16
Conclusão .................................................................................................................................... 17
Bibliografia .................................................................................................................................. 18
Saúde e Condição Física
3
Introdução
Este trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de Educação Física e a pedido
da professor Vítor Silva, um trabalho de caráter obrigatório exposto aos alunos que
frequentam o 12º ano.
Primeiramente, comecei por recolher alguma informação que considerei
importante para o tema, e acima de tudo interessante. Após a recolha, seleção e
análise acabei por redigir o trabalho a seguir apresentado.
Este trabalho apresenta uma pequena introdução ao conceito de “Saúde”, mas
também uma pequena reflexão à cerca da definição da mesma. Posteriormente
acabei por abordar o tema “Condição Física”, talvez de uma forma um pouco mais
exaustiva, decorrente do facto de estar intimamente relacionado com a “Saúde”.
Espero que este trabalho seja apelativo e informativo, e espero assim explicar e
tratar do melhor modo possível estes dois temas.
Saúde e Condição Física
4
Saúde
Quando a Organização Mundial de Saúde foi criada, pouco após o fim da Segunda
Guerra Mundial, houve uma preocupação crescente
em traçar uma definição positiva de saúde. Que
viria a incluir fatores como a alimentação, a
atividade física, o acesso ao sistema de saúde...
A definição adotada pela OMS tem sido alvo de
inúmeras críticas desde então. Definir a saúde como
um estado de completo bem-estar faz com que a
saúde seja algo ideal, inatingível, e assim a definição
não pode ser usada como meta pelos serviços de
saúde.
Trata-se de uma definição irreal porque, aludindo ao “perfeito bem estar”, coloca
uma utopia. O que é o “perfeito bem estar?” É por acaso possível caraterizar-se a
“perfeição”?
Sigmund Freud (1908 e 1930), em mais do que uma oportunidade, procurou
mostrar como a perfeita felicidade de um indivíduo dentro de uma civilização constitui
algo impossível. Para ele, a civilização passou a existir quando os homens fizeram um
pacto entre si, pelo qual trocaram uma parcela da sua liberdade pulsional por um
pouco de segurança. Desta forma, a própria organização social e a condição mesma da
existência do homem em grupos baseiam-se numa renúncia que, ainda que assegure
ao indivíduo certos benefícios, gera um constante sentimento de “mal-estar”. Desta
condição não se pode fugir, donde resulta que entre o indivíduo e a civilização haverá
sempre uma zona de tensão. Pode-se, inclusivamente, situar o mal-estar num
momento anterior ao da constituição dessa “civilização” de que fala Freud. Afinal, o
homem construiu-a exatamente para poder escapar ao incómodo da insegurança em
que vivia, decorrente da sua exposição a um estado não exatamente sem leis, mas
ditado pela lei do mais forte, que não deixa de ser uma espécie de lei, ainda que
selvagem e injusta.
“A saúde é o estado de
perfeito bem-estar físico,
mental e social e não
apenas a ausência de
doença”
OMS
Saúde e Condição Física
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Evolução da Definição de Saúde
Christopher Boorse definiu em 1977 a saúde como a simples “ausência de
doença”. Em 1981, Leon Kass mencionou que o bem-estar mental deveria também
fazer parte do campo da saúde; a sua definição de saúde consistiu em: "o bem-
funcionar de um organismo como um todo", ou ainda "uma atividade do organismo
vivo de acordo com as suas excelências específicas". Lennart Nordenfelt definiu
em 2001 a saúde como um “estado físico e
mental em que é possível alcançar todas as
metas vitais, dadas as circunstâncias”.
As definições acima têm os seus méritos,
mas provavelmente a segunda definição mais
citada também é a da OMS, mais
especificamente do Escritório Regional
Europeu: “A medida em que um indivíduo ou
grupo é capaz, por um lado, de realizar
aspirações e satisfazer necessidades e, por
outro, de lidar com o meio ambiente. A saúde é, portanto, vista como um recurso para
a vida diária, não o objetivo dela; abranger os recursos sociais e pessoais, bem como as
capacidades físicas, é um conceito positivo”.
Bem-Estar Físico
Advém do respeito e cuidado pelo nosso corpo, realizando escolhas saudáveis e
positivas no que respeita a uma enorme variedade de questões. Incluindo a nutrição, a
atividade física, o sono etc.
Fig.1 - Hipócrates
Saúde e Condição Física
6
De que forma é importante a nutrição para o bom funcionamento do nosso
organismo e consequente bem-estar físico?
São os alimentos que fornecem todas as substâncias necessárias para a
manutenção da vida (minerais, vitaminas, proteínas, açúcar, gordura) e, na criança,
determinam o seu crescimento, sendo transformados em ossos, músculos, órgãos,
gordura, pele, sangue e tudo mais.
A alimentação influi no funcionamento de todos os sistemas: nervoso, glandular,
ósseo, muscular, urinário, digestivo, respiratório, cárdio-circulatório, assim como no
comportamento, humor, memória, inteligência, na mente e na disposição física e
sexual.
Dependendo da alimentação, o sangue ficará mais "limpo", vitalizador, levando
saúde para todo o organismo, ou será intoxicado, cheio de venenos, provocando
doenças e morte. Hipócrates, o pai da medicina, disse: "Que o teu alimento seja o teu
medicamento e que o teu medicamento seja o teu alimento". E disse também: "Deixa
de lado a droga, se puderes curar o paciente com alimento"
De que forma é importante a atividade física para o bom funcionamento do nosso
organismo e consequente bem-estar físico?
Atualmente, os profissionais de saúde reconhecem que a realização de exercício
físico é fundamental para o bom equilíbrio
psicológico e como prevenção de numerosas
doenças. No entanto, o ritmo de vida atual faz com
que a maioria das pessoas não tenha tempo
suficiente para a prática de atividade física, além do
que, com a evolução tecnológica existente, cada vez
há menor necessidade de nos movimentarmos.
A atividade física consiste em todos os
movimentos corporais produzidos pelos músculos e
que requerem um gasto energético. Quando o
movimento é programado, estruturado, repetitivo e é realizado para melhorar ou
manter a forma física, é denominado exercício físico. Quando a quantidade de
“Os que não
encontram tempo para
o exercício terão de
encontrar tempo para
as doenças”
Edward Derby
Saúde e Condição Física
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atividade física não é suficiente para manter um estado saudável, falamos de
sedentarismo.
A Organização Mundial de Saúde aponta para a necessidade de políticas e
programas que levem em conta as necessidades e possibilidades das diferentes
populações e sociedades, com o objetivo de integrar a atividade física no dia-a-dia de
todas as faixas de idades, incluindo mulheres, idosos, trabalhadores e portadores de
deficiências, em todos os setores sociais, especialmente na escola, no local de trabalho
e nas comunidades.
A atividade física para além de ajudar a atingir o peso corporal apropriado e
contribuir positivamente para a supressão de outros fatores de risco, também permite
aumentar a nossa energia de diversas maneiras: melhorando o transporte de
substâncias essenciais e facilitando a eliminação de resíduos tóxicos.
Benefícios do desporto:
Sistema Cárdio-Circulatório
Para além de um coração em excelente forma também a tensão arterial se
equilibra, o fluxo nervoso melhora, o coração aumenta de volume, o número de
capilares aumenta e consequentemente dá-se um melhoramento da irrigação
sanguínea.
Diminuição da frequência cardíaca, quer em repouso, quer em atividade.
Enquanto que para um indivíduo sedentário, a frequência cardíaca em repouso
situa-se entre os 70-80 batimentos por minuto, num indivíduo fisicamente saudável
esta pode não passar dos 50 bpm.
A recuperação da frequência cardíaca após o esforço, ou seja, o regresso ao
seu valor normal, em repouso, é também mais rápida.
Sistema Respiratório
Aumento da superfície pulmonar. A prática de exercício físico obriga os pulmões
a captarem mais oxigénio, o que possibilita uma melhor oxigenação sanguínea e
consequentemente maior transporte de oxigénio pela corrente sanguínea até aos
diferentes tecidos.
Diminuição do ritmo respiratório, já que a inspiração é bem mais profunda e
eficiente. Os praticantes de atividades físicas terão que inspirar menos vezes que os
indivíduos sedentários, para absorverem a mesma quantidade de oxigénio.
Saúde e Condição Física
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Sistema Locomotor
Aumento do volume, do número de capilares sanguíneos e dos materiais de
reserva nos músculos (glicogénio, adenosina trifosfato), o que faz com que estes
tenham mais força e resistam melhor à fadiga.
Melhor formação e desenvolvimento dos ossos. O exercício físico praticado com
regularidade faz com que os ossos se tornem mais largos e mais fortes, o que
impede os desvios de coluna e outras mal formações corporais.
Também as articulações passam a ter uma mobilidade superior e uma duração
(em boas condições) incrivelmente mais alargada.
Sistema Nervoso
Execução de movimentos mais exatos, preciosos e seguros, ou seja, uma boa
coordenação motora.
Melhor estabilidade do individuo em termos nervosos. Os indivíduos que
praticam regularmente uma atividade física não sofrem tanto dos efeitos do stress
e consequentemente não têm tantas perturbações ao nível psíquico.
Aparelho Digestivo
Para além de um melhor funcionamento dos processos digestivos também a
probabilidade de desenvolvimento de tumores (essencialmente no cólon) decresce.
Sangue/Estética
Redução dos níveis de colesterol em circulação na corrente sanguínea e nas
membranas celulares. A acumulação de grandes níveis de colesterol provoca uma
acentuada diminuição na fluidez das membranas plasmáticas. Posteriormente isto
pode provocar acidentes vasculares cerebrais, bem como, enfartes ao nível do
miocárdio.
Obviamente que tudo isto acaba por se refletir no nosso aspeto físico,
podendo-o melhorar significativamente.
De que forma é importante o sono para o bom funcionamento do nosso organismo e
consequente bem-estar físico?
Saúde e Condição Física
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Dormir bem é essencial para a melhor execução das tarefas quotidianas. Sendo
assim de extrema importância para a saúde e para o bem-estar físico. O sono é uma
necessidade metabólica de recuperação vital ligada a todos os órgãos do corpo.
Funções importantes como conservação da energia, metabolismo anabólico (síntese
de substâncias), amadurecimento do sistema nervoso central, consolidação da
memória e secreção hormonal têm lugar durante esse período.
Passamos cerca de um terço de nossa vida a dormir. Dormir bem é essencial não
apenas para ficar acordado no dia seguinte, mas, para nos mantermos saudáveis,
melhorando a qualidade de vida e até aumentando a longevidade. O nosso
desempenho físico e mental está diretamente relacionado a uma boa noite de sono. O
efeito de uma madrugada em claro é semelhante ao de uma embriaguez leve: a
coordenação motora é prejudicada e a capacidade de raciocínio fica comprometida, ou
seja, sem o merecido descanso o organismo deixa de cumprir uma série de tarefas
importantíssimas. O que nos aconteceria se não dormíssemos?
Num estudo realizado pela Universidade de Chicago – EUA, onze pessoas com idades
compreendidas entre os 18 e os 27 anos foram impedidas de dormir mais de quatro horas
durante seis dias. O efeito foi assustador. No final desse período, o funcionamento do
organismo delas era comparado ao de uma pessoa de 60 anos de idade. E os níveis de
insulina eram semelhantes aos dos portadores de diabetes. Em pesquisas laboratoriais, ratos
usados como cobaias não aguentaram mais de dez dias sem dormir. A consequência: morte
por infeção generalizada.
Bem-Estar Mental
No geral, entende-se ter saúde mental como o oposto de doença mental ou a
ausência de psicopatologia, ou seja, um estado de saúde normal.
No entanto, a ausência de sintomas psiquiátricos é apenas a parte visível de uma
normalidade objetiva que não revela outros aspetos importantes da saúde mental,
como a resiliência e a capacidade mental.
Assim, para ter saúde mental não basta a ausência de sintomas psiquiátricos, mas
é necessária a presença de capacidades e recursos para enfrentar as dificuldades da
Saúde e Condição Física
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vida, não adoecendo, e viver em bem estar psíquico, ou seja, ter robustez mental.
Algumas capacidades indicadoras de saúde mental e que podem ser melhoradas
são: a de adaptação ao trabalho, a de estabelecer relações afetivas estáveis e
duradouras, a resiliência, a inteligência emocional, a maturidade, a autonomia,
capacidade para estar só, etc.
Uma pessoa com saúde mental sente-se bem, feliz, com alegria. Estes sentimentos
subjetivos advêm do bem-estar conseguido, por exemplo, pelo autocontrolo, auto-
eficácia, amar e ser amado e não o obtido através do uso de drogas, comportamentos
de risco ou satisfação imediata de necessidades primitivas.
Também temos de distinguir que o fato de vivenciarmos emoções negativas não
significa ausência de saúde mental. No caso de perda, luto, tragédia, etc., a capacidade
de reconhecer e lidar com as próprias emoções negativas e as dos outros é um sinal de
saúde mental.
Se tivermos como exemplo as capacidades intelectuais das pessoas, dizemos que é
doente quem tem défice intelectual, mas um não doente pode ter vários níveis
intelectuais, nomeadamente, médio, superior e muito superior.
A pessoa com um elevado nível de saúde mental tem capacidades que a tornam
adequada, estável, capaz, equilibrada, mesmo em situações adversas.
Portanto, podemos ter mais ou menos saúde mental, mesmo sem estarmos
doentes. Tal como uma pessoa pode não ter uma doença cardíaca, mas ter uma
capacidade de resistência ao exercício físico maior ou menor. Do mesmo modo que,
através de medidas de saúde, alimentação, prática regular de exercício físico, a pessoa
pode melhorar a sua saúde cardiovascular e condição física, também é possível intervir
no sentido de se aumentar o estado de saúde mental.
A exigência de robustez mental é maior conforme determinadas profissões ou
desempenhos. São exemplos disso, a aviação comercial e, no extremo, a aviação
espacial, mas também outras áreas, como a educação e a saúde são exemplos da
importância de saúde mental.
Para se atingir um bom estado de saúde mental a pessoa deverá aumentar o seu
nível de auto-conhecimento, aumentar a capacidade para lidar com as diferentes
emoções e elaborar os conflitos internos. Para tal, pode necessitar de intervenção
psicológica especializada.
Saúde e Condição Física
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Para além disso, uma vida equilibrada, com baixos níveis de stress,
relacionamentos familiares e sociais estáveis, prática de atividade física regular,
respeito pelos ritmos sono/vigília, respeito pelos limites físicos e psíquicos individuais,
equilíbrio entre as atividades profissionais e os tempos de lazer, constituem alguns
factores que podem contribuir para uma melhor saúde mental.
O estado de saúde mental depende também do estado biológico global e cerebral,
sendo muito importante o uso de fármacos para o alcançar ou manter, apesar de
outras medidas de saúde mental.
As intervenções terapêuticas psiquiátricas e psicológicas, neste sentido, não se
limitam ao patológico, mas promovem os mecanismos de defesa e adaptação mais
saudáveis quando a pessoa está em risco, conflito, indefesa ou simplesmente quer
melhorar a sua qualidade de vida.
Os fármacos constituíram um grande avanço e contribuíram significativamente
para a melhoria do bem-estar mental, mas não constituem a única resposta. Muitas
outras intervenções são importantes. Por exemplo, no âmbito da prevenção do
aparecimento da doença mental e na recuperação psicossocial das pessoas afetadas
pela doença mental.
A saúde mental, apesar de avaliada pela psiquiatria e psicologia, diz respeito a
muitas outras áreas do conhecimento humano e social, como a filosofia, a sociologia, o
direito, a política, etc.
A pobreza, a negligência, o abuso, a violência familiar, são exemplos de situações
que podem provocar a perda de saúde mental. Deste modo, para se promover a saúde
mental, em termos sociais, é necessário intervir nestas condições preventivamente,
através de uma intervenção multidisciplinar.
Este modelo de saúde mental implica também que, mesmo as pessoas que não
tenham sintomatologia psiquiátrica ou doença mental beneficiem de intervenções ou
ajuda que promovam as suas capacidades mentais. Portanto também os “normais”,
isto é, sem sintomas, podem melhorar a sua saúde mental e, consequentemente,
aumentar a qualidade de vida.
A OMS foi a primeira organização internacional de saúde a considerar-se
responsável pela saúde mental, e não apenas pela saúde do corpo.
Saúde e Condição Física
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Bem-Estar Social
O bem-estar social engloba portanto as coisas que incidem de forma positiva na
qualidade de vida: um emprego digno, recursos económicos para satisfazer as
necessidades, um lar para viver, acesso à educação e à saúde, tempo para o lazer, etc.
Apesar da noção de bem-estar ser subjetiva (aquilo que é bom/favorável para uma
pessoa pode não o ser para outra), o bem-estar social está associado a fatores
económicos objetivos.
Por exemplo: num país onde uma família típica (quatro integrantes) necessita de
1200 euros mensais para satisfazer as suas necessidades básicas, todas as famílias que
auferem rendimentos inferiores a esse valor dificilmente conseguem usufruir de um
bem-estar social. É muito provável que os membros de um agregado familiar que
vivam com apenas 600 euros por mês sofram de distúrbios (carências) alimentares e
tenham uma menor qualidade de vida.
O Estado deve promover o bem-estar social entre todos os seus cidadãos. Para
esse efeito, são necessárias medidas e políticas que corrijam as injustiças próprias do
mercado capitalista. A distribuição do rendimento e o desenvolvimento de serviços
sociais livres e gratuitos para todas as pessoas são condições necessárias para alcançar
o bem-estar social.
A possibilidade de expandir o bem-estar social a todos os estratos sociais implica a
existência de riqueza (para responder aos gastos estatais); posto isto, compete
também a cada governo assegurar a criação de riquezas.
O "bem-estar social" da definição veio da preocupação com a devastação causada
pela guerra, assim como de um otimismo em relação à paz mundial.
Saúde e Condição Física
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Condição Física
Muitos fatores exercem influência direta sobre a condição física dos indivíduos.
Dentre eles, a alimentação, o repouso, o exercício físico, o estado geral de saúde, além
de fatores emocionais, sociais e económicos. O nível de condição física de uma pessoa
é a soma de todos esses fatores.
Podemos definir condição física como sendo a capacidade orgânica do ser humano
para realizar as tarefas diárias (trabalho, estudo, lazer, treino, etc.), sem apresentar
cansaço físico ou mental extremo que impeça a realização dos seus afazeres.
Sendo assim, a condição física nada mais significa que a aptidão física da pessoa,
representada pelo conjunto de todas as suas capacidades motoras, como a resistência,
a força muscular, a flexibilidade, a coordenação, a velocidade e a agilidade, aliada às
suas perceções psicológicas e respostas emocionais aos conflitos quotidianos.
O estado individual de cada um desses fatores, desenvolvidos de acordo com os
esforços diários de cada um (através do treino), é que irá determinar a condição física
de cada pessoa.
Pesquisas indicam que é através do exercício físico contínuo e realizado de forma
correta, obedecendo-se aos princípios científicos que norteiam o treino desportivo,
que a condição física é melhorada.
Um nível ótimo de condição física melhora a auto-estima, tornando a pessoa mais
confiante e apta a solucionar os conflitos diários.
Capacidade Motora
A capacidade motora de um indivíduo está relacionada com o seu desempenho
num vasto leque de habilidades e tarefas. Podendo ainda ser definida como a
capacidade que o ser humano tem de desenvolver certas atividades. Refere-se à
potencialidade individual para a execução de habilidades motoras, que podem ser
desenvolvidas pelo treino. Por exemplo: todos nascemos com um potencial para
desenvolvermos a força, ou a resistência. Acredita-se que as capacidades motoras
sejam determinadas geneticamente, mas não podem ser quantificadas (não se pode
Saúde e Condição Física
14
afirmar até onde um indivíduo pode desenvolver a velocidade ou a flexibilidade),
porque, para atingir o potencial individual, existem muitos fatores a considerar.
O período de desenvolvimento de cada uma das capacidades é diferente, razão
pela qual uma ginasta pode atingir o seu auge muito antes de um futebolista. Além do
mais, no desporto, é muito difícil que as capacidades motoras sejam requeridas na sua
forma pura e, geralmente, manisfestam-se de forma associada.
As capacidades motoras podem ser divididas em:
Capacidades motoras condicionais
São capacidades ligadas ao processo energético e metabólico, determinadas pela
obtenção e transformação de energia. São, geralmente, divididas em: força,
velocidade, resistência e flexibilidade.
Força
É a capacidade que permite reagir contra uma resistência através da contração
muscular. Esta possibilita, entre outros esforços: saltar, empurrar, levantar, puxar... o
desenvolvimento da força pode ser:
Geral – quando visamos o desenvolvimento
de todos os grupos musculares;
Específico – quando visamos o
desenvolvimento de um ou vários grupos
musculares caraterísticos dos gestos de
cada modalidade.
Velocidade
Capacidade motora que permite
realizar movimentos ou percorrer uma
distância no mais curto espaço de tempo.
Exemplos: atletismo (100 metros);
natação (100 metros crawl); desportos
coletivos.
Fig.2 – Importância da velocidade na natação
Saúde e Condição Física
15
Para treinar a velocidade devem ser utilizados exercícios de grande intensidade e
curta duração.
Resistência
Capacidade de suportar um esforço eficaz tanto tempo quanto possível, num
esforço de não menos de três minutos e recuperar da fadiga psíquica e principalmente
da física.
A resistência está diretamente relacionada com a capacidade dos sistemas
circulatório e respiratório fornecerem oxigénio e nutrientes aos músculos, bem como,
com a eliminação de resíduos que se formam durante o exercício (o aparecimento de
cãibras aquando de uma atividade física intensa deve-se à presença de ácido lático,
produto resultante da fermentação lática realizada pelos músculos em condições de
anaerobiose).
Geral - quando é solicitada mais de 1/6 da massa muscular. É limitada pelo sistema
cárdio-respiratório.
Local - quando é solicitada menos de 1/6 da massa muscular total. É determinada pela
resistência geral pela força e capacidade anaeróbica.
Flexibilidade
Capacidade que o atleta tem para executar movimentos de grande amplitude por
si mesmo ou por influência de forças exteriores.
O desenvolvimento desta capacidade para além de melhorar a elasticidade
muscular, também aumenta a mobilidade articular, melhora o transporte de energia,
aumenta a capacidade mecânica dos músculos, permite um aproveitamento mais
económico da energia mecânica, previne lesões musculares, aumenta a amplitude dos
movimentos inerentes à atividade, promove o relaxamento muscular, oferece a
possibilidade e a capacidade ao atleta de se aperfeiçoar com maior rapidez técnica.
Geral – consiste na amplitude geral de oscilação das articulações, especialmente nas
dos ombros, anca e coluna vertebral.
Específica – consiste na amplitude necessária para a realização de movimentos
específicos de cada modalidade.
Saúde e Condição Física
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Capacidades motoras coordenativas
São essencialmente determinadas por processos de controlo motor e regulação do
sistema nervoso central, constituindo portanto a base para a aprendizagem, execução
e domínio dos gestos técnicos.
Segundo Kiphard (1976), “a coordenação do movimento, de acordo com a idade, é
a interacção harmoniosa e, na medida do possível, económica, dos músculos, nervos e
órgãos dos sentidos, com o fim de produzir ações cinéticas precisas e equilibradas e
reações rápidas e adaptadas à situação”. A coordenação motora permite, então, obter
uma ação óptima dos diversos grupos musculares na sequência de movimentos com
um máximo de eficiência e economia.
Fig.3 – Importância das capacidades motoras coordenativas no atletismo
Saúde e Condição Física
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Conclusão
Este trabalho foi realizado com empenho e penso que cumpri os objetivos
impostos.
No início deparei-me com algumas dúvidas, que foram ultrapassadas à medida
que encontrava informação, informação essa muito escassa e não aprofundada (daí
a necessidade de pesquisa em inúmero sites, tal como se pode verificar pela
extensão da bibliografia).
Como comentários finais, gostaria de acrescentar que gostei de realizar este
trabalho pois adquiri muita informação nova sobre um dos temas mais importantes
da atualidade.
Espero que este trabalho tenha incitado a uma profunda reflexão acerca da
importância da atividade física para a nossa saúde.
“Zelar pela saúde do corpo não é ter medo da
morte. É cuidar bem da obra do Criador, que é
o templo da nossa alma.”
Anónimo
Saúde e Condição Física
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Bibliografia
Sites Consultados
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sa%C3%BAde
http://pt.wikipedia.org/wiki/Aptid%C3%A3o_f%C3%ADsica
http://www.notapositiva.com/pt/trbestbs/educfisica/11_aptidao_fisica.htm
http://www.academia-aad.com/academia/aulas/condicao-fisica/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Capacidade_motora
http://conceito.de/bem-estar-social
http://www.clinicadesaudementaldoporto.pt/002.aspx?dqa=0:0:0:49:0:0:-1:0:0&ct=48
http://www.terrazul.com.br/avaliacaofisica/o-que-e-bem-estar/
http://www.nutrindocomsaude.com/2011/06/importancia-de-uma-boa-
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http://www.notapositiva.com/pt/trbestbs/educfisica/09_actividade_fisica_e_saude_d
.htm
http://bemleve.bolsademulher.com/mostra_artigo_rewrite.php?id_artigo=1376&seca
o=saude
http://pt.wikiteka.com/anotacoes/condicao-fisica-1/
http://www.scielosp.org/pdf/rsp/v31n3/2334.pdf
http://dicasnocab.blogspot.pt/2004/09/dicas-para-uma-boa-condio-fsica.html
http://amentehumana.no.sapo.pt/projecto/sono.pdf
http://www.notapositiva.com/pt/trbestbs/educfisica/12_capacidades_motoras_d.htm
Saúde e Condição Física
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Livros Consultados
ROMÃO, Paula e PAIS Silvina. Educação Física 7.º/8.º/9.º. 1ª edição, Porto
Editora, Porto, 2002, págs. 23-58.