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Aula 00 Legislação do Sistema de Aviação Civil p/ Especialista em Regulação - ANAC 2016 Professor: Aristócrates Carvalho 00000000000 - DEMO

Legislação do sistema de Aviação Civil p/ Concurso ANAC

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    Legislao do Sistema de Aviao Civil p/ Especialista em Regulao - ANAC 2016

    Professor: Aristcrates Carvalho

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    AULA DEMONSTRATIVA

    Ol, meus amigos e minhas amigas!

    Meu nome Aristcrates Carvalho Ari e vocs no imaginam

    como boa a sensao de estar iniciando este curso da disciplina

    Legislao Especfica para a AGNCIA NACIONAL DE AVIAO

    CIVIL-ANAC.

    Saiu o to aguardado edital para o concurso da ANAC. Para o

    cargo de Especialista em Regulao foram ofertadas 65 (Sessenta e

    cinco) vagas divididas em 05 reas distintas.

    Em comum entre todas as reas a cobrana da Disciplina

    Legislao Especfica. Sero 15 (Quinze) questes com peso 02

    (Dois), totalizando surpreendentes 30 pontos. Percebam que, em

    razo da quantidade de pontos possveis, a nossa matria desponta

    com uma das mais importantes desse concurso. Portanto, essencial

    que voc esteja afinado com esse importante contedo.

    O concurso da ANAC pode ser a oportunidade da sua vida.

    Portanto, uma preparao antecipada essencial sua aprovao.

    Ari, quanta falta de educao. Apresente-se melhor

    para os seus alunos.

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    Pois bem pessoal. Sou Servidor Pblico, especialista e

    mestrando em direito, resido em Braslia-DF e sou professor atuante

    desde o ano de 2011 em cursos presenciais e distncia de grande

    respaldo no Pas. Desde o ano de 2014 tenho a honra de participar

    da forte equipe de Professores do Estratgia Concursos nas

    disciplinas de Legislao Especfica, Direito Martimo e Aeronutico.

    Bom, neste curso iremos trabalhar com questes de vrias

    bancas, incluindo algumas no estilo ESAF, a banca escolhida para

    realizar o novo certame. Alm do mais, teremos vrias questes

    inditas para melhor fixao.

    Sem maiores delongas, vamos ao trabalho.

    Sumrio

    1. Noes preliminares e evoluo histrica. ............................................. 3

    2. A questo da Autoridade Aeronutica. ..................................................... 6

    3. Aplicao do C.B.A. no espao. ............................................................... 7

    Questes para treinar. .................................................................................. 13

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    1. Noes preliminares e evoluo histrica.

    O Direito Aeronutico o conjunto abrangente de normas

    atinentes locomoo e todos os fatores essenciais da navegao

    area, o trfego areo, a infraestrutura aeronutica, a aeronave, os

    contratos de utilizao da aeronave, a tripulao e as relaes

    jurdicas decorrentes, sejam elas nacionais ou internacionais, pblicas

    ou privadas.

    ramo autnomo do direito pblico e no plano nacional

    regulado pelo Cdigo Brasileiro de Aeronutica C.B.A (Lei

    7.565/1986), pelos Tratados, Convenes, Atos Internacionais

    de que o Brasil seja parte e pela Legislao Complementar (Leis

    especiais, Decretos e normas sobre matria aeronutica)1.

    A primeira experincia legislativa do setor foi o Decreto

    16.983/25, que aprovou o Regulamento para os Servios Civis de

    Navegao Area, que dispunha sobre disposies regulamentares

    afetas aviao civil. O artigo 64 desse decreto dispe:

    Dec. 16.983/25. Art. 64. As companhias, emprezas (sic) ou particulares, que pretendam trfego areo no paiz (sic) dependem de prvia concesso do Governo, que

    1 A Lei N 9.614/98, conhecida como Lei do Abate, pode ser includa nesse rol. Tal norma regulamentou os procedimentos a serem seguidos com relao a aeronaves hostis ou suspeitas de trfico de substncias entorpecentes e drogas afins, levando em conta que estas podem apresentar ameaa segurana pblica.

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    ser dada por decreto e requerida por intermdio do Ministrio da Viao e Obras Pblicas.

    Ato contnuo, eis que surge o Decreto 20.914/32, que Regula

    a Execuo dos Servios Areos Civis. Tal norma estabeleceu que a

    operao das linhas areas dependeria de uma concesso

    governamental, conforme passagem a seguir:

    Dec. 20.914/32. Art. 46. As linhas areas entre pontos do territrio nacional e as de trfego internacional que nele tinha incio, s podero ser estabelecidas e exploradas mediante concesso do Governo Federal, sem privilgio ou monoplio de espcie alguma, por empresas, sociedades ou companhias nacionais idneas. Pargrafo nico. Os concessionrios das linhas interiores podero estabelecer trfego mtuo com as empresas ou companhias estrangeiras de navegao area, mediante convnio ou ajustes previamente aprovados pelo governo

    No ano de 1938 foi promulgado o primeiro Cdigo de Leis

    gerais para aviao civil, o Cdigo Brasileiro do Ar, por meio do

    Decreto 483. Esse Cdigo foi atualizado pelo Decreto-Lei 21, de

    18/11/1967, que manteve a mesma nomenclatura.

    No dia 19 de dezembro de 1986 foi promulgada a Lei 7.565,

    que instituiu o Cdigo Brasileiro de Aeronutica, em vigor at hoje.

    Cumpre informar que, em virtude do descompasso entre a legislao

    e a modernizao do setor da aviao civil, o Congresso Nacional j

    possui uma comisso especfica que tem discutido a criao de um

    novo Cdigo (Projeto de Lei 2.452/07). De toda forma, o nosso

    estudo ter como base do atual C.B.A, j que no h prazo para

    promulgao de um novo texto.

    Por fim, vale destacar que, ainda no plano nacional, o Direito

    Aeronutico se socorre do Cdigo Civil (Art. 730 a 756, regras

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    gerais sobre transporte) e Cdigo de Defesa do Consumidor em

    relao responsabilidade civil oriunda de danos causados no bojo de

    um contrato de transporte areo. Durante o curso, teremos uma aula

    especifica em que trataremos desse importante assunto.

    A Constituio Federal de 1988 estabelece no seu artigo 22,

    inciso I, que compete privativamente Unio legislar sobre Direito

    Aeronutico e Direito Espacial. Ainda no art. 22, inciso XXVIII, o

    legislador constituinte reafirma que compete privativamente Unio

    legislar sobre defesa aeroespacial.

    CF-88, art. 22. Compete privativamente Unio legislar sobre:

    I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrrio, martimo, aeronutico, espacial e do trabalho;

    (...)

    XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial,

    defesa martima, defesa civil e mobilizao

    nacional;

    correto afirmar que, apesar de existir regulamentao

    nacional, o Direito Aeronutico brasileiro sofre mais influncia legal

    das normas internacionais em razo da existncia de teias globais e

    unificao de normas no setor de aviao civil em nvel mundial.

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    Abaixo, lista com as principais normas internacionais aplicadas

    no Brasil (Faremos os devidos comentrios durante o curso):

    I) Conveno de Varsvia (1929) Cuida da

    responsabilidade civil no transporte areo internacional;

    II) Conveno de Chicago (1944) - estabeleceu a OACI

    (International Civil Aviation Organization) como agncia especializada

    da ONU para coordenar e regular o transporte areo internacional,

    bem como fomentar o desenvolvimento seguro e ordenado da

    Aviao Civil Internacional.

    III) Conveno de Montreal (1999) - A Conveno de

    Montreal enfatiza o conceito de segurana, que corresponde

    operao e tcnica de construo e manuteno de aeronaves, cuja

    palavra em ingls safety, termo que significa o valor da preveno

    relativa aos casos fortuitos e aos atos lcitos meramente culposos,

    geradores de prejuzos numa tica extracontratual2.

    2. A questo da Autoridade Aeronutica.

    Questo geradora de muitas dvidas a referente a quem ,

    de fato, a Autoridade Aeronutica brasileira. Assim afirma o C.B.A:

    Art. 2 Para os efeitos deste Cdigo consideram-se autoridades aeronuticas competentes as do Ministrio da Aeronutica, conforme as atribuies definidas nos respectivos regulamentos.

    Inicialmente, impende mencionar que a denominao

    Ministrio da Aeronutica h muito foi extinta, dando lugar a

    Comando da aeronutica. De outro lado, desde o advento da lei

    11.182/05, a maior parte das atribuies atinentes Autoridade

    Aeronutica foi entregue Agncia Nacional de Aviao Civil

    2 (GOUVEIA, 2007, p. 138-139).

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    (ANAC), autarquia vinculada a Secretaria de Aviao Civil da

    Presidncia da Repblica (Teremos uma aula sobre essa lei).

    Portanto, h atualmente duas autoridades aeronuticas, mas uma

    exercendo certo monoplio.

    Em suma, a entidade responsvel pela regulao do setor de

    aviao civil brasileiro a ANAC, exceto naquilo que diz respeito ao

    Controle de Trfego Areo e Investigao e Preveno de

    Acidentes, ligados ao Comando da Aeronutica COMAER.

    3. Aplicao do C.B.A. no espao.

    Veja agora como se posicionou o nosso legislador ao cuidar

    das disposies gerais do Cdigo Brasileiro de Aeronutica (CBA):

    Art. 1 O Direito Aeronutico regulado pelos Tratados,

    Convenes e Atos Internacionais de que o Brasil seja

    Autoridades

    Aeronuticas

    ANAC Regula a maior parte

    dos assuntos .

    COMAER

    Sistema de Controle do

    Espao Areo Brasileiro

    (SISCEAB)

    Sistema de Investigao

    e Preveno de

    Acidentes Aeronuticos

    (SIPAER)

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    parte, por este Cdigo e pela legislao

    complementar.

    1 Os Tratados, Convenes e Atos Internacionais,

    celebrados por delegao do Poder Executivo e aprovados

    pelo Congresso Nacional, vigoram a partir da data

    neles prevista para esse efeito, aps o depsito ou

    troca das respectivas ratificaes3, podendo, mediante

    clusula expressa, autorizar a aplicao provisria de suas

    disposies pelas autoridades aeronuticas, nos limites de

    suas atribuies, a partir da assinatura (artigos 14, 204 a

    214).

    2 Este Cdigo se aplica a nacionais e estrangeiros,

    em todo o Territrio Nacional, assim como, no exterior,

    at onde for admitida a sua extraterritorialidade.

    3 A legislao complementar formada pela

    regulamentao prevista neste Cdigo, pelas leis

    especiais, decretos e normas sobre matria aeronutica

    (artigo 12).

    Tomando com base o 2 acima, a competncia para a aplicao do

    CBA relaciona-se ao local e hipteses em que admitida a aplicao

    do cdigo. Tal premissa est calcada na ideia de territorialidade e

    extraterritorialidade.

    Assim, de acordo com o princpio da territorialidade, o

    Cdigo aplicvel no espao areo acima do territrio brasileiro, 3 Ao se elaborar o texto do tratado, ele submetido ratificao dos Estados signatrios. O instrumento

    de ratificao ser depositado no lugar indicado, a cargo de determinado Estado ou organizao

    internacional, ao qual cabe levar ao conhecimento dos Estados ratificantes ou aderentes a data em que

    o tratado entrar em vigor. Somente aps a troca de notas ou depsito dos instrumentos de ratificao,

    conforme o caso, que se torna efetivada e confirmada, entre as partes, no plano internacional, a

    aceitao e participao no tratato. (PACHECO, Jos da Silva. Comentrios ao Cdigo Brasileiro de

    Aeronutica. Ed. Forense, 2006. P. 26).

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    mesmo que por aeronave estrangeira (Exceto as militares ou

    pertencentes a estado estrangeiro).

    J a extraterritorialidade refere-se aplicabilidade do C.B.A

    em outros territrios que no o brasileiro, a exemplo da aeronave

    que sobrevoa o alto mar ou regio que no pertena a qualquer

    estado (Antrtida, por exemplo), mesmo que fora do seu territrio.

    Outro exemplo de aplicao do princpio da

    extraterritorialidade seria o da aeronave privada a servio do

    Governo brasileiro. Neste caso, deve-se aplicar a lei brasileira em

    territrio estrangeiro, desde que a aeronave privada realmente esteja

    a servio do nosso estado.

    Extraterritorialidade

    (Aplica-se a lei

    brasileira)

    Aeronaves brasileiras

    em alto mar ou regio

    que no pertena a

    qualquer estado.

    Aeronaves militares

    brasileiras em

    territrio estrangeiro

    Aeronaves privadas a

    servio do Governo

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    Art. 3 Consideram-se situadas no territrio do Estado de

    sua nacionalidade:

    I - as aeronaves militares, bem como as civis de

    propriedade ou a servio do Estado, por este

    diretamente utilizadas (artigo 107, 1 e 3);

    II - as aeronaves de outra espcie, quando em alto mar

    ou regio que no pertena a qualquer Estado.

    Pargrafo nico. Salvo na hiptese de estar a servio do

    Estado, na forma indicada no item I deste artigo, no

    prevalece a extraterritorialidade em relao aeronave

    privada, que se considera sujeita lei do Estado onde se

    encontre.

    Foi o que a banca CESPE-UNB cobrou no ltimo concurso da

    Agncia Nacional de Aviao Civil (ANAC), para o cargo de

    Tcnico em Regulao:

    (CESPE/ANAC-2012/Tcnico em Regulao) Uma aeronave

    privada de empresa area brasileira, contratada pelo Governo

    Federal para ser utilizada no transporte internacional do

    presidente da Repblica, ainda que estacionada no aeroporto

    de Montevidu, no Uruguai, se sujeita s leis brasileiras.

    Considerando o que estudamos, no h dvidas de que a

    afirmativa est plenamente correta. Aplica-se a lei brasileira a

    aeronave privada a servio do Governo brasileiro.

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    Qualquer ato que, iniciado a bordo de aeronave no

    estrangeiro, vier a produzir os seus efeitos no territrio brasileiro,

    reger-se- pelas leis nacionais.

    Produzir efeito significa ter eficcia, consequncia, resultado

    ou repercusso material ou jurdica no territrio brasileiro.

    Imagine a situao hipottica a seguir: Durante um voo

    comercial entre Berlim e So Paulo, A ministra veneno na bebida de

    B. Este agoniza durante toda a viagem e vem a bito quando a

    nave sobrevoava o territrio brasileiro. Logo, os efeitos (morte)

    foram produzidos em territrio nacional. Neste caso, cabe ao estado

    brasileiro investigar e punir o autor do fato.

    O art. 5 afirma que os atos iniciados em aeronaves brasileiras

    sero regidos pelas leis nacionais, desde que as leis dos outros

    pases no tragam para si essa responsabilidade, como fez o

    Brasil no Art. 4.

    Art. 4 Os atos que, originados de aeronave, produzirem

    efeito no Brasil, regem-se por suas leis, ainda que

    iniciados no territrio estrangeiro.

    Art. 5 Os atos que, provenientes da aeronave, tiverem

    incio no Territrio Nacional, regem-se pelas leis

    brasileiras, respeitadas as leis do Estado em que

    produzirem efeito.

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    Art. 9 A assistncia, o salvamento e o abalroamento regem-se pela

    lei do lugar em que ocorrerem (artigos 23, 2, 49 a 65).

    Pargrafo nico. Quando pelo menos uma das aeronaves

    envolvidas for brasileira, aplica-se a lei do Brasil assistncia,

    salvamento e abalroamento ocorridos em regio no submetida a

    qualquer Estado.

    As providncias iniciais no caso da ocorrncia dos fatos

    previstos acima devero tomar como base a lei vigente no pas

    onde os fatos ocorreram.

    Se o fato se der em alto mar ou regio no sujeita jurisdio

    de qualquer pas, aplica-se a lei brasileira quando pelo menos

    uma das aeronaves envolvidas4 ostentar a bandeira

    (nacionalidade) brasileira.

    Art. 10. No tero eficcia no Brasil, em matria de transporte

    areo, quaisquer disposies de direito estrangeiro, clusulas

    constantes de contrato, bilhete de passagem, conhecimento e outros

    documentos que:

    I - excluam a competncia de foro do lugar de destino;

    II - visem exonerao de responsabilidade do transportador, quando

    este Cdigo no a admite;

    III - estabeleam limites de responsabilidade inferiores aos

    estabelecidos neste Cdigo (artigos 246, 257, 260, 262, 269 e 277).

    4 Aeronave envolvida a que causou ou sofreu o albaroamento, ou est sujeita a busca, salvamento ou

    assistncia.

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    O Art. 28 da Conveno de Varsovia determina que ficar a

    critrio do autor propor a ao de responsabilidade civil:

    no foro do domiclio do transportador, da sede principal

    do seu negcio ou do lugar onde possuir

    estabelecimento, por cujo intermdio se realizou o

    contrato de transporte ou;

    (II) no foro do lugar do destino.

    O que fez o nosso cdigo foi considerar ineficaz a clusula

    contratual que exclua a competncia de foro (onde as aes sero

    julgadas) do lugar do destino.

    Logo, se excluda essa alternativa, tal clusula ser ineficaz.

    Questes para treinar.

    (CESPE/ANTAQ/TCNICO/2009) Compete privativamente

    Unio legislar sobre direito martimo, aeronutico, espacial e do

    trabalho.

    Comentrios:

    Exato. A nossa Constituio Federal de 1988 estabelece no seu

    artigo 22, inciso I, que compete privativamente Unio legislar sobre

    Direito Aeronutico e Direito Espacial. Ainda no art. 22, inciso XXVIII, o

    legislador constituinte reafirma que compete privativamente Unio

    legislar sobre defesa aeroespacial.

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    CF-88, art. 22. Compete privativamente Unio legislar sobre:

    I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrrio, martimo, aeronutico, espacial e do trabalho;

    (...)

    XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa martima, defesa civil e mobilizao nacional;

    Gabarito: Correto.

    (NCE - ANAC - Tcnico Administrativo - Apoio Administrativo 2007/ADAPTADA) Conforme a Lei 7.565, de 19 de dezembro de 1986, consideram-se situadas no territrio do Estado de sua nacionalidade somente as aeronaves militares, sempre.

    Comentrios:

    A competncia para a aplicao do CBA baseia-se na ideia de

    territorialidade e extraterritorialidade. Assim, o Cdigo aplicvel no

    espao areo acima do seu territrio, mesmo que por aeronave

    estrangeira, e nas hipteses em que se admita a extraterritorialidade, a

    exemplo da aeronave que sobrevoa espao internacional (rea comum) e

    avies militares submetidos jurisdio do Estado de origem, mesmo

    que fora do seu territrio.

    Um outro exemplo de extraterritorialidade seria a aeronave

    privada a servio do Governo brasileiro. Neste caso, deve-se aplicar a

    lei brasileira em territrio estrangeiro.

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    Art. 3 Consideram-se situadas no territrio do Estado de sua

    nacionalidade:

    I - as aeronaves militares, bem como as civis de propriedade ou a

    servio do Estado, por este diretamente utilizadas (artigo 107, 1

    e 3);

    II - as aeronaves de outra espcie, quando em alto mar ou regio

    que no pertena a qualquer Estado.

    Pargrafo nico. Salvo na hiptese de estar a servio do Estado, na

    forma indicada no item I deste artigo, no prevalece a

    extraterritorialidade em relao aeronave privada, que se considera

    sujeita lei do Estado onde se encontre.

    Portanto, a afirmativa no considerou a hiptese de aeronaves privadas a servio do governo e aquelas que sobrevoam o alto mar ou regio no pertencente a qualquer estado.

    Gabarito: Errado

    (Estratgia Concursos) Os atos que, originados de aeronave,

    produzirem efeito no Brasil, regem-se por suas leis, ainda que

    iniciados no territrio estrangeiro.

    Comentrios:

    Qualquer ato que, iniciado a bordo de aeronave no estrangeiro,

    vier a produzir os seus efeitos no territrio brasileiro, reger-se- pelas

    leis nacionais.

    Produzir efeito significa ter eficcia, consequncia, resultado ou

    repercusso material ou jurdica no territrio brasileiro.

    O art. 5 afirma que os atos iniciados em aeronaves brasileiras

    sero regidos pelas leis nacionais, desde que as leis dos outros pases

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    no tragam para si essa responsabilidade, como fez o Brasil no Art. 4.

    Gabarito: Correto

    (Estratgia Concursos) No tero eficcia no Brasil, em matria de transporte areo, quaisquer disposies de direito estrangeiro, clusulas constantes de contrato, bilhete de passagem, conhecimento e outros documentos que visem exonerao de responsabilidade do transportador, quando o Cdigo Brasileiro de Aeronutica no a admite

    Comentrios:

    exatamente o que preconiza o Art. 10.

    Art. 10. No tero eficcia no Brasil, em matria de

    transporte areo, quaisquer disposies de direito

    estrangeiro, clusulas constantes de contrato, bilhete de

    passagem, conhecimento e outros documentos que:

    I - excluam a competncia de foro do lugar de destino;

    II - visem exonerao de responsabilidade do

    transportador, quando este Cdigo no a admite;

    III - estabeleam limites de responsabilidade inferiores

    aos estabelecidos neste Cdigo (artigos 246, 257, 260,

    262, 269 e 277).

    Gabarito: Correto

    _____________________

    Pois bem, meus amigos e amigas. Essa foi a demonstrao da

    dinmica do nosso curso. A partir da prxima aula teremos a

    oportunidade de aprofundar bastante o estudo dessa disciplina to

    importante para o seu concurso.

    Um abrao. Prof. Ari

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    00000000000 - DEMO