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Sumário LEGISLAÇÃO LEI Nº 5.194, DE 24 DEZEMBRO 1966 - Regula o exercício das profissões de Engenheiro,Arquiteto e Engenheiro-Agrônomo, e dá outras providências..........03 LEI Nº 6.496, DE 07 DEZEMBRO 1977 - Institui a “Anotação de Responsabilidade Técnica” na prestação de serviços de Engenharia, de Arquitetura e Agronomia; autoriza a criação, pelo Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CONFEA, de uma Mútua de Assistência Profissional, e dá outras providências..............................................................................................................14 LEI Nº 12.378, DE 31 DEZEMBRO 2010 - Regulamenta o exercício da Arquitetura e Urbanismo; cria o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil - CAUs/BR e os Conselhos de Arquitetura e Urbanismo dos Estados e do Distrito Federal - CAU/UF; e dá outras providências..........................................................................17 LEI Nº 12.462, DE 04 AGOSTO 2011 - Institui o Regime Diferenciado de Contratações Públicas - RDC; altera a Lei nº 10.683, de 28 de maio de 2003, que dispõe sobre a organização da Presidência da República e dos Ministérios, a legislação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a legislação da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero); cria a Secretaria de Aviação Civil, cargos de Ministro de Estado, cargos em comissão e cargos de Controlador de Tráfego Aéreo; autoriza a contratação de controladores de tráfego aéreo temporários; altera as Leis nºs 11.182, de 27 de setembro de 2005, 5.862, de 12 de dezembro de 1972, 8.399, de 7 de janeiro de 1992, 11.526, de 4 de outubro de 2007, 11.458, de 19 de março de 2007, e 12.350, de 20 de dezembro de 2010, e a Medida Provisória nº 2.185-35, de 24 de agosto de 2001; e revoga dispositivos da Lei nº 9.649, de 27 de maio de 1998...............................................27 DECRETO nº 7.581, DE 11 OUTUBRO 2011 - Regulamenta o Regime Diferenciado de Contratações Públicas - RDC, de que trata a Lei no 12.462, de 4 de agosto de 2011.............................................................................................................................50 DECRETO nº 7.983, DE 08 ABRIL 2013 - Estabelece regras e critérios para elaboração do orçamento de referência de obras e serviços de engenharia, contratados e executados com recursos dos orçamentos da União, e dá outras providências..............................................................................................................73 EMENTÁRIO PARCIAL DE RESOLUÇÕES DO CONFEA............................................77 EMENTÁRIO PARCIAL DE RESOLUÇÕES DO CAU/UF ..............................................79 LEITURA COMPLEMENTAR EMENTÁRIOS PARCIAIS DE DECISÕES E ACÓRDÃOS DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO RELATIVAS A OBRAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA.........................80

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Sumário

LEGISLAÇÃO

LEI Nº 5.194, DE 24 DEZEMBRO 1966 - Regula o exercício das profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-Agrônomo, e dá outras providências..........03

LEI Nº 6.496, DE 07 DEZEMBRO 1977 - Institui a “Anotação de Responsabilidade Técnica” na prestação de serviços de Engenharia, de Arquitetura e Agronomia; autoriza a criação, pelo Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CONFEA, de uma Mútua de Assistência Profissional, e dá outras providências..............................................................................................................14

LEI Nº 12.378, DE 31 DEZEMBRO 2010 - Regulamenta o exercício da Arquitetura e Urbanismo; cria o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil - CAUs/BR e os Conselhos de Arquitetura e Urbanismo dos Estados e do Distrito Federal - CAU/UF; e dá outras providências..........................................................................17

LEI Nº 12.462, DE 04 AGOSTO 2011 - Institui o Regime Diferenciado de Contratações Públicas - RDC; altera a Lei nº 10.683, de 28 de maio de 2003, que dispõe sobre a organização da Presidência da República e dos Ministérios, a legislação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a legislação da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero); cria a Secretaria de Aviação Civil, cargos de Ministro de Estado, cargos em comissão e cargos de Controlador de Tráfego Aéreo; autoriza a contratação de controladores de tráfego aéreo temporários; altera as Leis nºs 11.182, de 27 de setembro de 2005, 5.862, de 12 de dezembro de 1972, 8.399, de 7 de janeiro de 1992, 11.526, de 4 de outubro de 2007, 11.458, de 19 de março de 2007, e 12.350, de 20 de dezembro de 2010, e a Medida Provisória nº 2.185-35, de 24 de agosto de 2001; e revoga dispositivos da Lei nº 9.649, de 27 de maio de 1998...............................................27

DECRETO nº 7.581, DE 11 OUTUBRO 2011 - Regulamenta o Regime Diferenciado de Contratações Públicas - RDC, de que trata a Lei no 12.462, de 4 de agosto de 2011.............................................................................................................................50

DECRETO nº 7.983, DE 08 ABRIL 2013 - Estabelece regras e critérios para elaboração do orçamento de referência de obras e serviços de engenharia, contratados e executados com recursos dos orçamentos da União, e dá outras providências..............................................................................................................73

EMENTÁRIO PARCIAL DE RESOLUÇÕES DO CONFEA............................................77

EMENTÁRIO PARCIAL DE RESOLUÇÕES DO CAU/UF..............................................79

LEITURA COMPLEMENTAR

EMENTÁRIOS PARCIAIS DE DECISÕES E ACÓRDÃOS DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO RELATIVAS A OBRAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA.........................80

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LEI Nº 5.194, DE 24 DEZEMBRO DE 1966

Regula o exercício das profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-Agrônomo, e dá outras providências.

O Presidente da República, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO IDo Exercício Profissional da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia

CAPÍTULO IDas Atividades Profissionais

Seção ICaracterização e Exercício das Profissões

Art. 1º. As profissões de engenheiro, arquiteto e engenheiro-agrônomo são caracterizadas pelas realizações de interesse social e humano que importem na realização dos seguintes empreendimentos:

a) aproveitamento e utilização de recursos naturais;b) meios de locomoção e comunicações;c) edificações, serviços e equipamentos urbanos, rurais e regionais, nos seus aspectos técnicos

e artísticos;d) instalações e meios de acesso a costas, cursos, e massas de água e extensões terrestres;e) desenvolvimento industrial e agropecuário.Art. 2º. O exercício, no País, da profissão de engenheiro, arquiteto ou engenheiro-agrônomo,

observadas as condições de capacidade e demais exigências legais, é assegurado:a) aos que possuam, devidamente registrado, diploma de faculdade ou escola superior de

Engenharia, Arquitetura ou Agronomia, oficiais ou reconhecidas, existentes no País;b) aos que possuam, devidamente revalidado e registrado no País, diploma de faculdade ou

escola estrangeira de ensino superior de Engenharia, Arquitetura ou Agronomia, bem como os que tenham esse exercício amparado por convênios internacionais de intercâmbio;

c) aos estrangeiros contratados que, a critério dos Conselhos Federal e Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, considerados a escassez de profissionais de determinada especialidade e o interesse nacional, tenham seus títulos registrados temporariamente.

Parágrafo único. O exercício das atividades de engenheiro, arquiteto e engenheiro- agrônomo é garantido, obedecidos os limites das respectivas licenças e excluídas as expedidas, a título precário, até a publicação desta Lei, aos que, nesta data, estejam registrados nos Conselhos Regionais.

Seção IIDo uso do Título Profissional

Art. 3º. São reservadas exclusivamente aos profissionais referidos nesta Lei as denominações de engenheiro, arquiteto ou engenheiro-agrônomo, acrescidas, obrigatoriamente, das características de sua formação básica.

Parágrafo único. As qualificações de que trata este Artigo poderão ser acompanhadas de designações outras referentes a cursos de especialização, aperfeiçoamento e pós-graduação.

Art. 4º. As qualificações de engenheiro, arquiteto ou engenheiro-agrônomo só podem ser acrescidas à denominação de pessoa jurídica composta exclusivamente de profissionais que possuam tais títulos.

Art. 5º. Só poderá ter em sua denominação as palavras engenharia, arquitetura ou agronomia a firma comercial ou industrial cuja diretoria for composta, em sua maioria, de profissionais registrados nos Conselhos Regionais.

Seção IIIDo exercício ilegal da Profissão

Art. 6º. Exerce ilegalmente a profissão de engenheiro, arquiteto ou engenheiro-agrônomo:a) a pessoa física ou jurídica que realizar atos ou prestar serviços, públicos ou privados,

reservados aos profissionais de que trata esta Lei e que não possua registro nos Conselhos Regionais:b) o profissional que se incumbir de atividades estranhas às atribuições discriminadas em seu

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registro;c) o profissional que emprestar seu nome a pessoas, firmas, organizações ou empresas

executoras de obras e serviços sem sua real participação nos trabalhos delas;d) o profissional que, suspenso de seu exercício, continue em atividade;e) a firma, organização ou sociedade que, na qualidade de pessoa jurídica, exercer atribuições

reservadas aos profissionais da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia, com infringência do disposto no parágrafo único do Art. 8º desta Lei.

Seção IVAtribuições profissionais e coordenação de suas atividades

Art. 7º. As atividades e atribuições profissionais do engenheiro, do arquiteto e do engenheiro-agrônomo consistem em:

a) desempenho de cargos, funções e comissões em entidades estatais, paraestatais, autárquicas e de economia mista e privada;

b) planejamento ou projeto, em geral, de regiões, zonas, cidades, obras, estruturas, transportes, explorações de recursos naturais e desenvolvimento da produção industrial e agropecuária;

c) estudos, projetos, análises, avaliações, vistorias, perícias, pareceres e divulgação técnica;d) ensino, pesquisa, experimentação e ensaios;e) fiscalização de obras e serviços técnicos;f) direção de obras e serviços técnicos;g) execução de obras e serviços técnicos;h) produção técnica especializada, industrial ou agropecuária.Parágrafo único. Os engenheiros, arquitetos e engenheiros-agrônomos poderão exercer qualquer

outra atividade que, por sua natureza, se inclua no âmbito de suas profissões.Art. 8º. As atividades e atribuições enunciadas nas alíneas “a”, “b”, “c”, “d”, “e” e “f” do artigo

anterior são da competência de pessoas físicas, para tanto legalmente habilitadas.Parágrafo único. As pessoas jurídicas e organizações estatais só poderão exercer as atividades

discriminadas no Art. 7º, com exceção das contidas na alínea “a”, com a participação efetiva e autoria declarada de profissional legalmente habilitado e registrado pelo Conselho Regional, assegurados os direitos que esta Lei lhe confere.

Art. 9º. As atividades enunciadas nas alíneas “g” e “h” do Art. 7º, observados os preceitos desta Lei, poderão ser exercidas, indistintamente, por profissionais ou por pessoas jurídicas.

Art. 10. Cabe às Congregações das escolas e faculdades de Engenharia, Arquitetura e Agronomia indicar ao Conselho Federal, em função dos títulos apreciados através da formação profissional, em termos genéricos, as características dos profissionais por elas diplomados.

Art. 11. O Conselho Federal organizará e manterá atualizada a relação dos títulos concedidos pelas escolas e faculdades, bem como seus cursos e currículos, com a indicação das suas características.

Art. 12. Na União, nos Estados e nos Municípios, nas entidades autárquicas, paraestatais e de economia mista, os cargos e funções que exijam conhecimentos de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, relacionados conforme o disposto na alínea “g” do Art. 27, somente poderão ser exercidos por profissionais habilitados de acordo com esta Lei.

Art. 13. Os estudos, plantas, projetos, laudos e qualquer outro trabalho de Engenharia, de Arquitetura e de Agronomia, quer público, quer particular, somente poderão ser submetidos ao julgamento das autoridades competentes e só terão valor jurídico quando seus autores forem profissionais habilitados de acordo com esta Lei.

Art. 14. Nos trabalhos gráficos, especificações, orçamentos, pareceres, laudos e atos judiciais ou administrativos, é obrigatória, além da assinatura, precedida do nome da empresa, sociedade, instituição ou firma a que interessarem, a menção explícita do título do profissional que os subscrever e do número da carteira referida no Art. 56.

Art. 15. São nulos de pleno direito os contratos referentes a qualquer ramo da Engenharia, Arquitetura ou da Agronomia, inclusive a elaboração de projeto, direção ou execução de obras, quando firmados por entidade pública ou particular com pessoa física ou jurídica não legalmente habilitada a praticar a atividade nos termos desta Lei.

Art. 16. Enquanto durar a execução de obras, instalações e serviços de qualquer natureza, é

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obrigatória a colocação e manutenção de placas visíveis e legíveis ao público, contendo o nome do autor e co-autores do projeto, em todos os seus aspectos técnicos e artísticos, assim como os dos responsáveis pela execução dos trabalhos.

CAPÍTULO IIDa Responsabilidade e Autoria

Art. 17. Os direitos de autoria de um plano ou projeto de Engenharia, Arquitetura ou Agronomia, respeitadas as relações contratuais expressas entre o autor e outros interessados, são do profissional que os elaborar.

Parágrafo único. Cabem ao profissional que os tenha elaborado os prêmios ou distinções honoríficas concedidas a projetos, planos, obras ou serviços técnicos.

Art. 18. As alterações do projeto ou plano original só poderão ser feitas pelo profissional que o tenha elaborado.

Parágrafo único. Estando impedido ou recusando-se o autor do projeto ou plano original a prestar sua colaboração profissional, comprovada a solicitação, as alterações ou modificações deles poderão ser feitas por outro profissional habilitado, a quem caberá a responsabilidade pelo projeto ou plano modificado.

Art. 19. Quando a concepção geral que caracteriza um plano ou projeto for elaborada em conjunto por profissionais legalmente habilitados, todos serão considerados co-autores do projeto, com os direitos e deveres correspondentes.

Art. 20. Os profissionais ou organizações de técnicos especializados que colaborarem numa parte do projeto deverão ser mencionados explicitamente como autores da parte que lhes tiver sido confiada, tornando-se mister que todos os documentos, como plantas, desenhos, cálculos, pareceres, relatórios, análises, normas, especificações e outros documentos relativos ao projeto sejam por eles assinados.

Parágrafo único. A responsabilidade técnica pela ampliação, prosseguimento ou conclusão de qualquer empreendimento de engenharia, arquitetura ou agronomia caberá ao profissional ou entidade registrada que aceitar esse encargo, sendo-lhe, também, atribuída a responsabilidade das obras, devendo o Conselho Federal adotar resolução quanto às responsabilidades das partes já executadas ou concluídas por outros profissionais.

Art. 21. Sempre que o autor do projeto convocar, para o desempenho do seu encargo, o concurso de profissionais da organização de profissionais especializados e legalmente habilitados, serão estes havidos como co-responsáveis na parte que lhes diga respeito.

Art. 22. Ao autor do projeto ou aos seus prepostos é assegurado o direito de acompanhar a execução da obra, de modo a garantir a sua realização, de acordo com as condições, especificações e demais pormenores técnicos nele estabelecidos.

Parágrafo único. Terão o direito assegurado neste Artigo, o autor do projeto, na parte que lhe diga respeito, os profissionais especializados que participarem, como co-responsáveis, na sua elaboração.

Art. 23. Os Conselhos Regionais criarão registros de autoria de planos e projetos, para salvaguarda dos direitos autorais dos profissionais que o desejarem.

TÍTULO IIDa Fiscalização do Exercício das Profissões

CAPÍTULO IDos Órgãos Fiscalizadores

Art. 24. A aplicação do que dispõe esta Lei, a verificação e a fiscalização do exercício e atividades das profissões nela reguladas serão exercidas por um Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA), e Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA), organizados de forma a assegurarem unidade de ação. (Revigorado pelo Decreto-Lei nº 711, de 1969)

Art. 25. Mantidos os já existentes, o Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia promoverá a instalação, nos Estados, Distrito Federal e Territórios Federais, dos Conselhos Regionais necessários à execução desta Lei, podendo a ação de qualquer deles estender-se a mais de um Estado.

§ 1º A proposta de criação de novos Conselhos Regionais será feita pela maioria das entidades de classe e escolas ou faculdades com sede na nova Região, cabendo aos Conselhos atingidos pela iniciativa opinar e encaminhar a proposta à aprovação do Conselho Federal.

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§ 2º Cada unidade da Federação só poderá ficar na jurisdição de um Conselho Regional.§ 3º A sede dos Conselhos Regionais será no Distrito Federal, em capital de Estado ou de

Território Federal.CAPÍTULO II

Do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e AgronomiaSeção I

Da Instituição do Conselho e suas Atribuições

Art. 26. O Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, (CONFEA), é a instância superior da fiscalização do exercício profissional da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia.

Art. 27. São atribuições do Conselho Federal:a) organizar o seu regimento interno e estabelecer normas gerais para os regimentos dos

Conselhos Regionais;b) homologar os regimentos internos organizados pelos Conselhos Regionais;c) examinar e decidir em última instância os assuntos relativos ao exercício das profissões de

Engenharia, Arquitetura e Agronomia, podendo anular qualquer ato que não estiver de acordo com a presente Lei;

d) tomar conhecimento e dirimir quaisquer dúvidas suscitadas nos Conselhos Regionais;e) julgar em última instância os recursos sobre registros, decisões e penalidades impostas pelos

Conselhos Regionais;f) baixar e fazer publicar as resoluções previstas para regulamentação e execução da presente

Lei, e, ouvidos os Conselhos Regionais, resolver os casos omissos;g) relacionar os cargos e funções dos serviços estatais, paraestatais, autárquicos e de economia

mista, para cujo exercício seja necessário o título de engenheiro, arquiteto ou engenheiro-agrônomo;h) incorporar ao seu balancete de receita e despesa os dos Conselhos Regionais;i) enviar aos Conselhos Regionais cópia do expediente encaminhado ao Tribunal de Contas, até

30 (trinta) dias após a remessa;j) publicar anualmente a relação de títulos, cursos e escolas de ensino superior, assim como,

periodicamente, relação de profissionais habilitados;k) fixar, ouvido o respectivo Conselho Regional, as condições para que as entidades de classe da

região tenham nele direito à representação;l) promover, pelo menos uma vez por ano, as reuniões de representantes dos Conselhos Federal

e Regionais previstas no Art. 53 desta Lei;m) examinar e aprovar a proporção das representações dos grupos profissionais nos Conselhos

Regionais;n) julgar, em grau de recurso, as infrações do Código de Ética Profissional do engenheiro,

arquiteto e engenheiro-agrônomo, elaborados pelas entidades de classe;o) aprovar ou não as propostas de criação de novos Conselhos Regionais;p) fixar e alterar as anuidades, emolumentos e taxas a pagar pelos profissionais e pessoas

jurídicas referidos no Art. 63.q) autorizar o presidente a adquirir, onerar ou, mediante licitação, alienar bens imóveis. (Redação

dada pela Lei nº 6.619, de 1978)Parágrafo único. Nas questões relativas a atribuições profissionais, a decisão do Conselho

Federal só será tomada com o mínimo de 12 (doze) votos favoráveis.Art. 28. Constituem renda do Conselho Federal: (Redação dada pela Lei nº 6.619, de 1978)I - quinze por cento do produto da arrecadação prevista nos itens I a V do Art. 35; (Incluído pela

Lei nº 6.619, de 1978)II -doações, legados, juros e receitas patrimoniais; (Incluído pela Lei nº 6.619, de 1978)III - subvenções; (Incluído pela Lei nº 6.619, de 1978)IV - outros rendimentos eventuais. (Incluído pela Lei nº 6.619, de 1978)

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Seção IIDa Composição e Organização

Art. 29. O Conselho Federal será constituído por 18 (dezoito) membros, brasileiros, diplomados em Engenharia, Arquitetura ou Agronomia, habilitados de acordo com esta Lei, obedecida a seguinte composição:

a) 15 (quinze) representantes de grupos profissionais, sendo 9 (nove) engenheiros representantes de modalidades de engenharia estabelecidas em termos genéricos pelo Conselho Federal, no mínimo de 3(três) modalidades, de maneira a corresponderem às formações técnicas constantes dos registros nele existentes; 3 (três) arquitetos e 3 (três) engenheiros-agrônomos;

b) 1 (um) representante das escolas de engenharia, 1 (um) representante das escolas de arquitetura e 1 (um) representante das escolas de agronomia.

§ 1º Cada membro do Conselho Federal terá 1 (um) suplente.§ 2º O presidente do Conselho Federal será eleito, por maioria absoluta, dentre os seus membros. § 3º A vaga do representante nomeado presidente do Conselho será preenchida por seu suplente. Art. 30. Os representantes dos grupos profissionais referidos na alínea “a” do Art. 29 e seus

suplentes serão eleitos pelas respectivas entidades de classe registradas nas regiões, em assembléias especialmente convocadas para este fim pelos Conselhos Regionais, cabendo a cada região indicar, em forma de rodízio, um membro do Conselho Federal.

Parágrafo único. Os representantes das entidades de classe nas assembléias referidas neste artigo serão por elas eleitos, na forma dos respectivos estatutos.

Art. 31. Os representantes das escolas ou faculdades e seus suplentes serão eleitos por maioria absoluta de votos em assembléia dos delegados de cada grupo profissional, designados pelas respectivas Congregações.

Art. 32. Os mandatos dos membros do Conselho Federal e do Presidente serão de 3 (três) anos.Parágrafo único. O Conselho Federal se renovará anualmente pelo terço de seus membros.

CAPÍTULO IIIDos Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia

Seção IDa Instituição dos Conselhos Regionais e suas Atribuições

Art. 33. Os Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA) são órgãos de fiscalização do exercício de profissões de engenharia, arquitetura e agronomia, em suas regiões.

Art. 34. São atribuições dos Conselhos Regionais:a) elaborar e alterar seu regimento interno, submetendo-o à homologação do Conselho Federal;b) criar as Câmaras especializadas atendendo às condições de maior eficiência da fiscalização

estabelecida na presente Lei;c) examinar reclamações e representações acerca de registros;d) julgar e decidir, em grau de recurso, os processos de infração da presente Lei e do Código de

Ética, enviados pelas Câmaras Especializadas;e) julgar, em grau de recurso, os processos de imposição de penalidades e multas;f) organizar o sistema de fiscalização do exercício das profissões reguladas pela presente Lei;g) publicar relatórios de seus trabalhos e relações dos profissionais e firmas registrados;h) examinar os requerimentos e processos de registro em geral, expedindo as carteiras

profissionais ou documentos de registro;i) sugerir ao Conselho Federal medidas necessárias à regularidade dos serviços e à fiscalização

do exercício das profissões reguladas nesta Lei;j) agir, com a colaboração das sociedades de classe e das escolas ou faculdades de engenharia,

arquitetura e agronomia, nos assuntos relacionados com a presente Lei;k) cumprir e fazer cumprir a presente Lei, as resoluções baixadas pelo Conselho Federal, bem

como expedir atos que para isso julguem necessários;l) criar inspetorias e nomear inspetores especiais para maior eficiência da fiscalização;m) deliberar sobre assuntos de interesse geral e administrativos e sobre os casos comuns a duas

ou mais especializações profissionais;

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n) julgar, decidir ou dirimir as questões da atribuição ou competência das Câmaras Especializadas referidas no artigo 45, quando não possuir o Conselho Regional número suficiente de profissionais do mesmo grupo para constituir a respectiva Câmara, como estabelece o artigo 48;

o) organizar, disciplinar e manter atualizado o registro dos profissionais e pessoas jurídicas que, nos termos desta Lei, se inscrevam para exercer atividades de engenharia, arquitetura ou agronomia, na Região;

p) organizar e manter atualizado o registro das entidades de classe referidas no artigo 62 e das escolas e faculdades que, de acordo com esta Lei, devam participar da eleição de representantes destinada a compor o Conselho Regional e o Conselho Federal;

q) organizar, regulamentar e manter o registro de projetos e planos a que se refere o artigo 23;r) registrar as tabelas básicas de honorários profissionais elaboradas pelos órgãos de classe;s) autorizar o presidente a adquirir, onerar ou, mediante licitação, alienar bens imóveis. (Incluído

pela Lei nº 6.619, de 1978) Art. 35. Constituem rendas dos Conselhos Regionais: (Redação dada pela Lei nº 6.619, de 1978)I - anuidades cobradas de profissionais e pessoas jurídicas; (Incluído pela Lei nº 6.619, de 1978)II - taxas de expedição de carteiras profissionais e documentos diversos; (Incluído pela Lei nº

6.619, de 1978)III - emolumentos sobre registros, vistos e outros procedimentos;(Incluído pela Lei nº 6.619, de

1978)IV - quatro quintos da arrecadação da taxa instituída pela Lei nº 6.496, de 7 DEZ 1977; (Incluído

pela Lei nº 6.619, de 1978)V - multas aplicadas de conformidade com esta Lei e com a Lei nº 6.496, de 7 DEZ 1977; (Incluído

pela Lei nº 6.619, de 1978)VI - doações, legados, juros e receitas patrimoniais; (Incluído pela Lei nº 6.619, de 1978)VII - subvenções; (Incluído pela Lei nº 6.619, de 1978)VIII - outros rendimentos eventuais” (Incluído pela Lei nº 6.619, de 1978) Art. 36. Os Conselhos Regionais recolherão ao Conselho Federal, até o dia trinta do mês

subseqüente ao da arrecadação, a quota de participação estabelecida no item I do Art. 28. (Redação dada pela Lei nº 6.619, de 1978)

Parágrafo único. Os Conselhos Regionais poderão destinar parte de sua renda líquida, proveniente da arrecadação das multas, a medidas que objetivem o aperfeiçoamento técnico e cultural do Engenheiro, do Arquiteto e do Engenheiro-Agrônomo. (Incluído pela Lei nº 6.619, de 1978)

Seção IIDa Composição e Organização

Art. 37. Os Conselhos Regionais serão constituídos de brasileiros diplomados em curso superior, legalmente habilitados de acordo com a presente Lei, obedecida a seguinte composição:

a) um presidente, eleito por maioria absoluta pelos membros do Conselho, com mandato de 3(três) anos;

b) um representante de cada escola ou faculdade de Engenharia, Arquitetura e Agronomia com sede na Região;

c) representantes diretos das entidades de classe de engenheiro, arquiteto e engenheiro-agrônomo, registradas na Região, de conformidade com o artigo 62.

Parágrafo único. Cada membro do Conselho terá um suplente.Art. 38. Os representantes das escolas e faculdades e seus respectivos suplentes serão indicados

por suas congregações.Art. 39. Os representantes das entidades de classe e respectivos suplentes serão eleitos por

aquelas entidades na forma de seus Estatutos.Art. 40. O número de conselheiros representativos das entidades de classe será fixado nos

respectivos Conselhos Regionais, assegurados o mínimo de 1 (um) representante por entidade de classe e a proporcionalidade entre os representantes das diferentes categorias profissionais.

Art. 41. A proporcionalidade dos representantes de cada categoria profissional será estabelecida em face dos números totais dos registros no Conselho Regional, de engenheiros das modalidades genéricas previstas na alínea “a” do Art. 29, de arquitetos e de engenheiros-agrônomos que houver

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em cada região, cabendo a cada entidade de classe registrada no Conselho Regional o número de representantes proporcional à quantidade de seus associados, assegurando o mínimo de 1 (um) representante por entidade.

Parágrafo único. A proporcionalidade de que trata este Artigo será submetida à prévia aprovação do Conselho Federal.

Art. 42. Os Conselhos Regionais funcionarão em pleno e para os assuntos específicos, organizados em Câmaras Especializadas correspondentes às seguintes categorias profissionais: engenharia nas modalidades correspondentes às formações técnicas referidas na alínea “a” do Art. 29, arquitetura e agronomia.

Art. 43. O mandato dos Conselheiros Regionais será de 3 (três) anos e se renovará anualmente pelo terço de seus membros.

Art. 44. Cada Conselho Regional terá inspetorias, para fins de fiscalização nas cidades ou zonas onde se fizerem necessárias.

CAPÍTULO IVDas câmaras especializadas

Seção IDa instituição das câmaras e suas atribuições

Art. 45. As Câmaras Especializadas são os órgãos dos Conselhos Regionais encarregados de julgar e decidir sobre os assuntos de fiscalização pertinentes às respectivas especializações profissionais e infrações do Código de Ética.

Art. 46. São atribuições das Câmaras Especializadas: a) julgar os casos de infração da presente Lei, no âmbito de sua competência profissional

específica; b) julgar as infrações do Código de Ética; c) aplicar as penalidades e multas previstas; d) apreciar e julgar os pedidos de registro de profissionais, das firmas, das entidades de direito

público, das entidades de classe e das escolas ou faculdades na Região; e) elaborar as normas para a fiscalização das respectivas especializações profissionais; f) opinar sobre os assuntos de interesse comum de duas ou mais especializações profissionais,

encaminhando-os ao Conselho Regional. Seção II

Da composição e organização

Art. 47. As Câmaras Especializadas serão constituídas pelos conselheiros regionais.Parágrafo único. Em cada Câmara Especializada haverá um membro, eleito pelo Conselho

Regional, representando as demais categorias profissionais.Art. 48. Será constituída Câmara Especializada desde que entre os conselheiros regionais haja

um mínimo de 3 (três) do mesmo grupo profissional.CAPÍTULO V

Generalidades

Art. 49. Aos Presidentes dos Conselhos Federal e Regionais compete, além da direção do respectivo Conselho, sua representação em juízo.

Art. 50. O conselheiro federal ou regional que durante 1 (um) ano faltar, sem licença prévia, a 6 (seis) sessões, consecutivas ou não, perderá automaticamente o mandato, passando este a ser exercido, em caráter efetivo, pelo respectivo suplente.

Art. 51. O mandato dos presidentes e dos conselheiros será honorífico. Art. 52. O exercício da função de membro dos Conselhos por espaço de tempo não inferior a

dois terços do respectivo mandato será considerado serviço relevante prestado à Nação. § 1º. O Conselho Federal concederá aos que se acharem nas condições deste Artigo o certificado

de serviço relevante, independentemente de requerimento do interessado, dentro de 12 (doze) meses contados a partir da comunicação dos Conselhos.

§ 2º. Será considerado como serviço público efetivo, para efeito de aposentadoria e disponibilidade, o tempo de serviço como Presidente ou Conselheiro, vedada, porém, a contagem cumulativa com o

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tempo exercido em cargo público. (mantido pelo CN)Art. 53. Os representantes dos Conselhos Federal e Regionais reunir-se-ão pelo menos uma

vez por ano para, conjuntamente, estudar e estabelecer providências que assegurem ou aperfeiçoem a aplicação da presente Lei, devendo o Conselho Federal remeter aos Conselhos Regionais, com a devida antecedência, o temário respectivo.

Art. 54. Aos Conselhos Regionais é cometido o encargo de dirimir qualquer dúvida ou omissão sobre a aplicação desta Lei, com recurso “ex-offício”, de efeito suspensivo, para o Conselho Federal, ao qual compete decidir, em última instância, em caráter geral. (Revigorado pelo Decreto-Lei nº 711, de 1969)

TÍTULO IIIDo registro e fiscalização profissional

CAPÍTULO IDo registro dos profissionais

Art. 55. Os profissionais habilitados na forma estabelecida nesta Lei só poderão exercer a profissão após o registro no Conselho Regional sob cuja jurisdição se achar o local de sua atividade.

Art. 56. Aos profissionais registrados de acordo com esta Lei será fornecida carteira profissional, conforme modelo adotado pelo Conselho Federal, contendo o número do registro, a natureza do título, especializações e todos os elementos necessários à sua identificação.

§ 1º. A expedição da carteira a que se refere o presente artigo fica sujeita a taxa que for arbitrada pelo Conselho Federal.

§ 2º. A carteira profissional, para os efeitos desta Lei, substituirá o diploma, valerá como documento de identidade e terá fé pública.

§ 3º. Para emissão da carteira profissional, os Conselhos Regionais deverão exigir do interessado a prova de habilitação profissional e de identidade, bem como outros elementos julgados convenientes, de acordo com instruções baixadas pelo Conselho Federal.

Art. 57. Os diplomados por escolas ou faculdades de Engenharia, Arquitetura ou Agronomia, oficiais ou reconhecidas, cujos diplomas não tenham sido registrados, mas estejam em processamento na repartição federal competente, poderão exercer as respectivas profissões mediante registro provisório no Conselho Regional.

Art. 58. Se o profissional, firma ou organização, registrado em qualquer Conselho Regional, exercer atividade em outra Região, ficará obrigado a visar, nela, o seu registro.

CAPÍTULO IIDo registro de firmas e entidades

Art. 59. As firmas, sociedades, associações, companhias, cooperativas e empresas em geral, que se organizem para executar obras ou serviços relacionados na forma estabelecida nesta Lei, só poderão iniciar suas atividades depois de promoverem o competente registro nos Conselhos Regionais, bem como o dos profissionais do seu quadro técnico.

§ 1º O registro de firmas, sociedades, associações, companhias, cooperativas e empresas em geral só será concedido se sua denominação for realmente condizente com sua finalidade e qualificação de seus componentes.

§ 2º As entidades estatais, paraestatais, autárquicas e de economia mista que tenham atividade na engenharia, na arquitetura ou na agronomia, ou se utilizem dos trabalhos de profissionais dessas categorias, são obrigadas, sem qualquer ônus, a fornecer aos Conselhos Regionais todos os elementos necessários à verificação e fiscalização da presente Lei.

§ 3º O Conselho Federal estabelecerá, em resoluções, os requisitos que as firmas ou demais organizações previstas neste Artigo deverão preencher para o seu registro.

Art. 60. Toda e qualquer firma ou organização que, embora não enquadrada no artigo anterior, tenha alguma seção ligada ao exercício profissional da Engenharia, Arquitetura e Agronomia, na forma estabelecida nesta Lei, é obrigada a requerer o seu registro e a anotação dos profissionais, legalmente habilitados, delas encarregados.

Art. 61. Quando os serviços forem executados em lugares distantes da sede, da entidade, deverá esta manter junto a cada um dos serviços um profissional devidamente habilitado naquela jurisdição.

Art. 62. Os membros dos Conselhos Regionais só poderão ser eleitos pelas entidades de classe que estiverem previamente registradas no Conselho em cuja jurisdição tenham sede.

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§ 1º Para obterem registro, as entidades referidas neste artigo deverão estar legalizadas, ter objetivo definido permanente, contar no mínimo trinta associados engenheiros, arquitetos ou engenheiros-agrônomos e satisfazer as exigências que forem estabelecidas pelo Conselho Regional.

§ 2º Quando a entidade reunir associados engenheiros, arquitetos e engenheiros-agrônomos, em conjunto, o limite mínimo referido no parágrafo anterior deverá ser de sessenta.

CAPÍTULO IIIDas anuidades, emolumentos e taxas

Art. 63. Os profissionais e pessoas jurídicas registrados de conformidade com o que preceitua a presente Lei são obrigados ao pagamento de uma anuidade ao Conselho Regional a cuja jurisdição pertencerem. (Redação dada pela Lei nº 6.619, de 1978)

§ 1º A anuidade a que se refere este artigo será devida a partir de 1º de janeiro de cada ano. (Redação dada pela Lei nº 6.619, de 1978)

§ 2º O pagamento da anuidade após 31 de março terá o acréscimo de vinte por cento, a título de mora, quando efetuado no mesmo exercício. (Redação dada pela Lei nº 6.619, de 1978)

§ 3º A anuidade paga após o exercício respectivo terá o seu valor atualizado para o vigente à época do pagamento, acrescido de vinte por cento, a título de mora. (Redação dada pela Lei nº 6.619, de 1978)

Art. 64. Será automaticamente cancelado o registro do profissional ou da pessoa jurídica que deixar de efetuar o pagamento da anuidade, a que estiver sujeito, durante 2(dois) anos consecutivos sem prejuízo da obrigatoriedade do pagamento da dívida.

Parágrafo único. O profissional ou pessoa jurídica que tiver seu registro cancelado nos termos deste Artigo, se desenvolver qualquer atividade regulada nesta Lei, estará exercendo ilegalmente a profissão, podendo reabilitar-se mediante novo registro, satisfeitas, além das anuidades em débito, as multas que lhe tenham sido impostas e os demais emolumentos e taxas regulamentares.

Art. 65. Toda vez que o profissional diplomado apresentar a um Conselho Regional sua carteira para o competente “visto” e registro, deverá fazer prova de ter pago a sua anuidade na Região de origem ou naquela onde passar a residir.

Art. 66. O pagamento da anuidade devida por profissional ou pessoa jurídica somente será aceito após verificada a ausência de quaisquer débitos concernentes a multas, emolumentos, taxas ou anuidades de exercícios anteriores.

Art. 67. Embora legalmente registrado, só será considerado no legítimo exercício da profissão e atividades de que trata a presente Lei o profissional ou pessoa jurídica que esteja em dia com o pagamento da respectiva anuidade.

Art. 68. As autoridades administrativas e judiciárias, as repartições estatais, paraestatais, autárquicas ou de economia mista não receberão estudos, projetos, laudos, perícias, arbitramentos e quaisquer outros trabalhos, sem que os autores, profissionais ou pessoas jurídicas façam prova de estar em dia com o pagamento da respectiva anuidade.

Art. 69. Só poderão ser admitidos nas concorrências públicas para obras ou serviços técnicos e para concursos de projetos, profissionais e pessoas jurídicas que apresentarem prova de quitação de débito ou visto do Conselho Regional da jurisdição onde a obra, o serviço técnico ou projeto deva ser executado.

Art. 70. O Conselho Federal baixará resoluções estabelecendo o Regimento de Custas e, periodicamente, quando julgar oportuno, promoverá sua revisão.

TÍTULO IVDas penalidades

Art. 71. As penalidades aplicáveis por infração da presente Lei são as seguintes, de acordo com a gravidade da falta:

a) advertência reservada; b) censura pública;c) multa; d) suspensão temporária do exercício profissional; e) cancelamento definitivo do registro. Parágrafo único. As penalidades para cada grupo profissional serão impostas pelas respectivas

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Câmaras Especializadas ou, na falta destas, pelos Conselhos Regionais. Art. 72. As penas de advertência reservada e de censura pública são aplicáveis aos profissionais

que deixarem de cumprir disposições do Código de Ética, tendo em vista a gravidade da falta e os casos de reincidência, a critério das respectivas Câmaras Especializadas.

Art. 73. As multas são estipuladas em função do maior valor de referência fixada pelo Poder Executivo e terão os seguintes valores, desprezadas as frações de um cruzeiro: (Redação dada pela Lei nº 6.619, de 1978)

a) de um a três décimos do valor de referência, aos infratores dos arts. 17 e 58 e das disposições para as quais não haja indicação expressa de penalidade; (Redação dada pela Lei nº 6.619, de 1978) (Vide Lei nº 6.496, de 1977)

b) de três a seis décimos do valor de referência, às pessoas físicas, por infração da alínea “b” do Art. 6º, dos arts. 13, 14 e 55 ou do parágrafo único do Art. 64; (Redação dada pela Lei nº 6.619, de 1978)

c) de meio a um valor de referência, às pessoas jurídicas, por infração dos arts. 13, 14, 59 e 60 e parágrafo único do Art. 64; (Redação dada pela Lei nº 6.619, de 1978)

d) de meio a um valor de referência, às pessoas físicas, por infração das alíneas “a”, “c” e “d” do Art. 6º; (Redação dada pela Lei nº 6.619, de 1978)

e) de meio a três valores de referência, às pessoas jurídicas, por infração do Art. 6º (Redação dada pela Lei nº 6.619, de 1978)

Parágrafo único. As multas referidas neste artigo serão aplicadas em dobro nos casos de reincidência.

Art. 74. Nos casos de nova reincidência das infrações previstas no artigo anterior, alíneas “c”, “d” e “e”, será imposta, a critério das Câmaras Especializadas, suspensão temporária do exercício profissional, por prazos variáveis de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos e, pelos Conselhos Regionais em pleno, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.

Art. 75. O cancelamento do registro será efetuado por má conduta pública e escândalos praticados pelo profissional ou sua condenação definitiva por crime considerado infamante.

Art. 76. As pessoas não habilitadas que exercerem as profissões reguladas nesta Lei, independentemente da multa estabelecida, estão sujeitas às penalidades previstas na Lei de Contravenções Penais.

Art. 77. São competentes para lavrar autos de infração das disposições a que se refere a presente Lei os funcionários designados para esse fim pelos Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia nas respectivas Regiões.

Art. 78. Das penalidades impostas pelas Câmaras Especializadas, poderá o interessado, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, contados da data da notificação, interpor recurso que terá efeito suspensivo, para o Conselho Regional e, no mesmo prazo, deste para o Conselho Federal.

§ 1º Não se efetuando o pagamento das multas, amigavelmente, estas serão cobradas por via executiva.

§ 2º Os autos de infração, depois de julgados definitivamente contra o infrator, constituem títulos de dívida líquida e certa.

Art. 79. O profissional punido por falta de registro não poderá obter a carteira profissional, sem antes efetuar o pagamento das multas em que houver incorrido.

TÍTULO VDas disposições gerais

Art. 80. Os Conselhos Federal e Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, autarquias dotadas de personalidade jurídica de direito público, constituem serviço público federal, gozando os seus bens, rendas e serviços de imunidade tributária total (Art. 31, inciso V, alínea “a” da Constituição Federal) e franquia postal e telegráfica. (Revigorado pelo Decreto-Lei nº 711, de 1969)

Art. 81. Nenhum profissional poderá exercer funções eletivas em Conselhos por mais de dois períodos sucessivos.

Art. 82. As remunerações iniciais dos engenheiros, arquitetos e engenheiros-agrônomos, qualquer que seja a fonte pagadora, não poderão ser inferiores a 6 (seis) vezes o salário mínimo da respectiva região (Mantido pelo CN)

Art. 83. (Revogado pela Lei nº 8.666,de 21.6.93)

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Art. 84. O graduado por estabelecimento de ensino agrícola ou industrial de grau médio, oficial ou reconhecido, cujo diploma ou certificado esteja registrado nas repartições competentes, só poderá exercer suas funções ou atividades após registro nos Conselhos Regionais.

Parágrafo único. As atribuições do graduado referido neste Artigo serão regulamentadas pelo Conselho Federal, tendo em vista seus currículos e graus de escolaridade.

Art. 85. As entidades que contratarem profissionais nos termos da alínea “c” do artigo 2º são obrigadas a manter, junto a eles, um assistente brasileiro do ramo profissional respectivo.

TÍTULO VIDas disposições transitórias

Art. 86. São assegurados aos atuais profissionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia e aos que se encontrem matriculados nas escolas respectivas, na data da publicação desta Lei, os direitos até então usufruídos e que venham de qualquer forma a ser atingidos por suas disposições.

Parágrafo único. Fica estabelecido o prazo de 12 (doze) meses, a contar da publicação desta Lei, para os interessados promoverem a devida anotação nos registros dos Conselhos Regionais.

Art. 87. Os membros atuais dos Conselhos Federal e Regionais completarão os mandatos para os quais foram eleitos.

Parágrafo único. Os atuais presidentes dos Conselhos Federal e Regionais completarão seus mandatos, ficando o presidente do primeiro dêsses Conselhos com o caráter de membro do mesmo.

Art. 88. O Conselho Federal baixará resoluções, dentro de 60 (sessenta) dias a partir da data da presente Lei, destinadas a completar a composição dos Conselhos Federal e Regionais.

Art. 89. Na constituição do primeiro Conselho Federal após a publicação desta Lei serão escolhidos por meio de sorteio as Regiões e os grupos profissionais que as representarão.

Art. 90. Os Conselhos Federal e Regionais, completados na forma desta Lei, terão o prazo de 180 (cento e oitenta) dias, após a posse, para elaborar seus regimentos internos, vigorando, até a expiração deste prazo, os regulamentos e resoluções vigentes no que não colidam com os dispositivos da presente Lei.

Art. 91. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 92. Revogam-se as disposições em contrário.Brasília, 24 DEZ l966; 145º da Independência e 78º da República.H. CASTELO BRANCOL. G. do Nascimento e SilvaPublicada no D.O.U. de 27 de dezembro de 1966.

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LEI Nº 6.496, DE 07 DEZEMBRO 1977

Institui a “Anotação de Responsabilidade Técnica” na prestação de serviços de Engenharia, de Arquitetura e Agronomia; autoriza a criação, pelo Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CONFEA, de uma Mútua de Assistência Profissional, e dá outras providências.

O Presidente da República, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º. Todo contrato, escrito ou verbal, para a execução de obras ou prestação de quaisquer serviços profissionais referentes à Engenharia, à Arquitetura e à Agronomia fica sujeito à “Anotação de Responsabilidade Técnica” (ART).

Art. 2º. A ART define para os efeitos legais os responsáveis técnicos pelo empreendimento de engenharia, arquitetura e agronomia.

§ 1º A ART será efetuada pelo profissional ou pela empresa no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA), de acordo com Resolução própria do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA).

§ 2º O CONFEA fixará os critérios e os valores das taxas da ART “ad referendum” do Ministro do Trabalho.

Art. 3º. A falta da ART sujeitará o profissional ou a empresa à multa prevista na alínea “a” do Art. 73 da Lei nº 5.194, de 24 DEZ 1966, e demais cominações legais.

Art. 4º. O CONFEA fica autorizado a criar, nas condições estabelecidas nesta Lei, uma Mútua de Assistência dos Profissionais da Engenharia, Arquitetura e Agronomia, sob sua fiscalização, registrados nos CREAs.

§ 1º A Mútua, vinculada diretamente ao CONFEA, terá personalidade jurídica e patrimônio próprios, sede em Brasília e representações junto aos CREAs.

§ 2º O Regimento da Mútua será submetido à aprovação do Ministro do Trabalho, pelo CONFEA.Art. 5º. A Mútua será administrada por uma Diretoria Executiva, composta de 5 (cinco) membros,

sendo 3 (três) indicados pelo CONFEA e 2 (dois) pelos CREAs, na forma a ser fixada no Regimento. Art. 6º. O Regimento determinará as modalidades da indicação e as funções de cada membro

da Diretoria Executiva, bem como o modo de substituição, em seus impedimentos e faltas, cabendo ao CONFEA a indicação do Diretor-Presidente e aos outros Diretores a escolha, entre si, dos ocupantes das demais funções.

Art. 7º. Os mandatos da Diretoria Executiva terão duração de 3 (três) anos, sendo gratuito o exercício das funções correspondentes.

Art. 8º. Os membros da Diretoria Executiva somente poderão ser destituídos por decisão do CONFEA, tomada em reunião secreta, especialmente convocada para esse fim, e por maioria de 2/3 (dois terços) dos membros do Plenário.

Art. 9º Os membros da Diretoria tomarão posse perante o CONFEA. Art. 10. O patrimônio da Mútua será aplicado em títulos dos Governos Federal e Estaduais ou

por eles garantidos, Carteiras de Poupança, garantidas pelo Banco Nacional da Habilitação (BNH), Obrigações do Tesouro Nacional, imóveis e outras aplicações facultadas por Lei para órgãos da mesma natureza.

Parágrafo único. Para aquisição e alienação de imóveis, haverá prévia autorização do Ministro do trabalho.

Art. 11. Constituirão rendas da Mútua: I - 1/5 (um quinto) da taxa de ART; II - uma contribuição dos associados, cobrada anual ou parceladamente e recolhida,

simultaneamente, com a devida aos CREAs; III - doações, legados e quaisquer valores adventícios, bem como outras fontes de renda

eventualmente instituídas em Lei; IV - outros rendimentos patrimoniais. § 1º A inscrição do profissional na Mútua dar-se-á com o pagamento da primeira contribuição,

quando será preenchida pelo profissional sua ficha de Cadastro Geral, e atualizada nos pagamentos subseqüentes, nos moldes a serem estabelecidos por Resolução do CONFEA.

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§ 2º A inscrição na Mútua é pessoal e independente de inscrição profissional e os benefícios só poderão ser pagos após decorrido 1 (um) ano do pagamento da primeira contribuição.

Art. 12. A Mútua, na forma do Regimento, e de acordo com suas disponibilidades, assegurará os seguintes benefícios e prestações:

I - auxílios pecuniários, temporários e reembolsáveis, aos associados comprovadamente necessitados, por falta eventual de trabalho ou invalidez ocasional;

II - pecúlio aos cônjuges supérstites e filhos menores associados;III - bolsas de estudo aos filhos de associados carentes de recursos ou a candidatos a escolas de

Engenharia, de Arquitetura ou de Agronomia, nas mesmas condições de carência;IV - assistência médica, hospitalar e dentária, aos associados e seus dependentes, sem caráter

obrigatório, desde que reembolsável, ainda que parcialmente; V - facilidade na aquisição, por parte dos inscritos, de equipamentos e livros úteis ou necessários

ao desempenho de suas atividades profissionais; VI - auxílio funeral. § 1º A Mútua poderá financiar, exclusivamente para seus associados, planos de férias no País e/

ou de seguros de vida, acidentes ou outros, mediante contratação. § 2º Visando à satisfação do mercado de trabalho e à racionalização dos benefícios contidos no

item I deste artigo, a Mútua poderá manter serviços de colocação de mão-de-obra de profissionais, seus associados.

§ 3º O valor pecuniário das prestações assistenciais variará até o limite máximo constante da tabela a ser aprovada pelo CONFEA, nunca superior à do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS).

§ 4º O auxílio mensal será concedido, em dinheiro, por períodos não superiores a 12 (doze) meses, desde que comprovada a evidente necessidade para a sobrevivência do associado ou de sua família.

§ 5º As bolsas serão sempre reembolsáveis ao fim do curso, com juros e correção monetária, fixados pelo CONFEA.

§ 6º A ajuda farmacêutica, sempre reembolsável, ainda que parcialmente, poderá ser concedida, em caráter excepcional, desde que comprovada a impossibilidade momentânea de o associado arcar com o ônus decorrente.

§ 7º Os benefícios serão concedidos proporcionalmente às necessidades do assistido, e os pecúlios em razão das contribuições do associado.

§ 8º A Mútua poderá estabelecer convênios com entidades previdenciárias, assistenciais, de seguro e outros facultados por Lei, para o atendimento do disposto neste Artigo.

Art. 13. Ao CONFEA incumbirá, na forma do Regimento:I - a supervisão do funcionamento da Mútua;II - a fiscalização e aprovação do Balanço, Balancete, Orçamento e da Prestação de Contas da

Diretoria Executiva da Mútua; III - a elaboração e aprovação do Regimento da Mútua; IV - a indicação de 3 (três) membros da Diretoria Executiva; V - a fixação da remuneração do pessoal empregado pela Mútua; VI - a indicação do Diretor-Presidente da Mútua; VII - a fixação, no Regimento, da contribuição prevista no item II do Art. 11;VIII - a solução dos casos omissos ou das divergências na aplicação desta Lei. Art. 14. Aos CREAs, e na forma do que for estabelecido no Regimento, incumbirá:I - recolher à Tesouraria da Mútua, mensalmente, a arrecadação da taxa e contribuição prevista

nos itens I e II do Art. 11 da presente Lei; II - indicar os dois membros da Diretoria Executiva, na forma a ser fixada pelo Regimento. Art. 15. Qualquer irregularidade na arrecadação, na concessão de benefícios ou no funcionamento

da Mútua, ensejará a intervenção do CONFEA, para restabelecer a normalidade, ou do Ministro do Trabalho, quando se fizer necessária.

Art. 16. No caso de dissolução da Mútua, seus bens, valores e obrigações serão assimilados pelo CONFEA, ressalvados os direitos dos associados.

Parágrafo único. O CONFEA e os CREAs responderão, solidariamente, pelo déficit ou dívida da

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Mútua, na hipótese de sua insolvência. Art. 17. De qualquer ato da Diretoria Executiva da Mútua caberá recurso, com efeito suspensivo,

ao CONFEA. Art. 18. De toda e qualquer decisão do CONFEA referente à organização, administração e

fiscalização da Mútua caberá recurso, com efeito suspensivo, ao Ministro do Trabalho. Art. 19. Os empregados do CONFEA, dos CREAs e da própria Mútua poderão nela se inscrever,

mediante condições estabelecidas no Regimento, para obtenção dos benefícios previstos nesta Lei. Art. 20. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em

contrário.Brasília, 7 de dezembro de 1977; 156º da Independência e 89º da República.ERNESTO GEISELArnaldo PrietoPublicada no D.O.U. de 09 de dezembro de 1977.

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LEI Nº 12.378 DE DEZEMBRO 2010

Regulamenta o exercício da Arquitetura e Urbanismo; cria o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil - CAU/BR e os Conselhos de Arquitetura e Urbanismo dos Estados e do Distrito Federal - CAUs; e dá outras providências.

O Presidente da República, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

ÂMBITO DE ABRANGÊNCIAArt. 1o. O exercício da profissão de arquiteto e urbanista passa a ser regulado por esta Lei.

ATRIBUIÇÕES DE ARQUITETOS E URBANISTASArt. 2o. As atividades e atribuições do arquiteto e urbanista consistem em:I - supervisão, coordenação, gestão e orientação técnica;II - coleta de dados, estudo, planejamento, projeto e especificação;III - estudo de viabilidade técnica e ambiental;IV- assistência técnica, assessoria e consultoria;V - direção de obras e de serviço técnico;VI - vistoria, perícia, avaliação, monitoramento, laudo, parecer técnico, auditoria e arbitragem;VII - desempenho de cargo e função técnica;VIII - treinamento, ensino, pesquisa e extensão universitária;IX - desenvolvimento, análise, experimentação, ensaio, padronização, mensuração e controle

de qualidade;X - elaboração de orçamento;XI - produção e divulgação técnica especializada; eXII - execução, fiscalização e condução de obra, instalação e serviço técnico.Parágrafo único. As atividades de que trata este artigo aplicam-se aos seguintes campos de

atuação no setor: I - da Arquitetura e Urbanismo, concepção e execução de projetos; II - da Arquitetura de Interiores, concepção e execução de projetos de ambientes;III - da Arquitetura Paisagística, concepção e execução de projetos para espaços externos, livres

e abertos, privados ou públicos, como parques e praças, considerados isoladamente ou em sistemas, dentro de várias escalas, inclusive a territorial;

IV - do Patrimônio Histórico Cultural e Artístico, arquitetônico, urbanístico, paisagístico, monumentos, restauro, práticas de projeto e soluções tecnológicas para reutilização, reabilitação, reconstrução, preservação, conservação, restauro e valorização de edificações, conjuntos e cidades;

V - do Planejamento Urbano e Regional, planejamento físico-territorial, planos de intervenção no espaço urbano, metropolitano e regional fundamentados nos sistemas de infraestrutura, saneamento básico e ambiental, sistema viário, sinalização, tráfego e trânsito urbano e rural, acessibilidade, gestão territorial e ambiental, parcelamento do solo, loteamento, desmembramento, remembramento, arruamento, planejamento urbano, plano diretor, traçado de cidades, desenho urbano, sistema viário, tráfego e trânsito urbano e rural, inventário urbano e regional, assentamentos humanos e requalificação em áreas urbanas e rurais;

VI - da Topografia, elaboração e interpretação de levantamentos topográficos cadastrais para a realização de projetos de arquitetura, de urbanismo e de paisagismo, foto-interpretação, leitura, interpretação e análise de dados e informações topográficas e sensoriamento remoto;

VII - da Tecnologia e resistência dos materiais, dos elementos e produtos de construção, patologias e recuperações;

VIII - dos sistemas construtivos e estruturais, estruturas, desenvolvimento de estruturas e aplicação tecnológica de estruturas;

IX - de instalações e equipamentos referentes à arquitetura e urbanismo;X - do Conforto Ambiental, técnicas referentes ao estabelecimento de condições climáticas,

acústicas, lumínicas e ergonômicas, para a concepção, organização e construção dos espaços; XI - do Meio Ambiente, Estudo e Avaliação dos Impactos Ambientais, Licenciamento Ambiental,

Utilização Racional dos Recursos Disponíveis e Desenvolvimento Sustentável.

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Art. 3o. Os campos da atuação profissional para o exercício da arquitetura e urbanismo são definidos a partir das diretrizes curriculares nacionais que dispõem sobre a formação do profissional arquiteto e urbanista nas quais os núcleos de conhecimentos de fundamentação e de conhecimentos profissionais caracterizam a unidade de atuação profissional.

§ 1o O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil - CAU/BR especificará, atentando para o disposto no caput, as áreas de atuação privativas dos arquitetos e urbanistas e as áreas de atuação compartilhadas com outras profissões regulamentadas.

§ 2o Serão consideradas privativas de profissional especializado as áreas de atuação nas quais a ausência de formação superior exponha o usuário do serviço a qualquer risco ou danos materiais à segurança, à saúde ou ao meio ambiente.

§ 3o No exercício de atividades em áreas de atuação compartilhadas com outras áreas profissionais, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo - CAU do Estado ou do Distrito Federal fiscalizará o exercício profissional da Arquitetura e Urbanismo.

§ 4o Na hipótese de as normas do CAU/BR sobre o campo de atuação de arquitetos e urbanistas contradizerem normas de outro Conselho profissional, a controvérsia será resolvida por meio de resolução conjunta de ambos os conselhos.

§ 5o Enquanto não editada a resolução conjunta de que trata o § 4o ou, em caso de impasse, até que seja resolvida a controvérsia, por arbitragem ou judicialmente, será aplicada a norma do Conselho que garanta ao profissional a maior margem de atuação.

Art. 4o. O CAU/BR organizará e manterá atualizado cadastro nacional das escolas e faculdades de arquitetura e urbanismo, incluindo o currículo de todos os cursos oferecidos e os projetos pedagógicos.

REGISTRO DO ARQUITETO E URBANISTA NO CONSELHOArt. 5o. Para uso do título de arquiteto e urbanista e para o exercício das atividades profissionais

privativas correspondentes, é obrigatório o registro do profissional no CAU do Estado ou do Distrito Federal.

Parágrafo único. O registro habilita o profissional a atuar em todo o território nacional.Art. 6o. São requisitos para o registro:I - capacidade civil; eII - diploma de graduação em arquitetura e urbanismo, obtido em instituição de ensino superior

oficialmente reconhecida pelo poder público.§ 1o Poderão obter registro no CAU dos Estados e do Distrito Federal os portadores de diploma

de graduação em Arquitetura e Urbanismo ou de diploma de arquiteto ou arquiteto e urbanista, obtido em instituição estrangeira de ensino superior reconhecida no respectivo país e devidamente revalidado por instituição nacional credenciada.

§ 2o Cumpridos os requisitos previstos nos incisos I e II do caput, poderão obter registro no CAU dos Estados ou do Distrito Federal, em caráter excepcional e por tempo determinado, profissionais estrangeiros sem domicílio no País.

§ 3o A concessão do registro de que trata o § 2o é condicionada à efetiva participação de arquiteto e urbanista ou sociedade de arquitetos, com registro no CAU Estadual ou no Distrito Federal e com domicílio no País, no acompanhamento em todas as fases das atividades a serem desenvolvidas pelos profissionais estrangeiros.

Art. 7o. Exerce ilegalmente a profissão de arquiteto e urbanista a pessoa física ou jurídica que realizar atos ou prestar serviços, públicos ou privados, privativos dos profissionais de que trata esta Lei ou, ainda, que, mesmo não realizando atos privativos, se apresenta como arquiteto e urbanista ou como pessoa jurídica que atue na área de arquitetura e urbanismo sem registro no CAU.

Art. 8o. A carteira profissional de arquiteto e urbanista possui fé pública e constitui prova de identidade civil para todos os fins legais.

DA INTERRUPÇÃO E DO CANCELAMENTO DO REGISTRO PROFISSIONALArt. 9o. É facultada ao profissional e à pessoa jurídica, que não estiver no exercício de suas

atividades, a interrupção de seu registro profissional no CAU por tempo indeterminado, desde que atenda as condições regulamentadas pelo CAU/BR.

SOCIEDADE DE ARQUITETOS E URBANISTASArt. 10. Os arquitetos e urbanistas, juntamente com outros profissionais, poder-se-ão reunir em

sociedade de prestação de serviços de arquitetura e urbanismo, nos termos das normas de direito

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privado, desta Lei e do Regimento Geral do CAU/BR.Parágrafo único. Sem prejuízo do registro e aprovação pelo órgão competente, a sociedade que

preste serviços de arquitetura e urbanismo dever-se-á cadastrar no CAU da sua sede, o qual enviará as informações ao CAU/BR para fins de composição de cadastro unificado nacionalmente.

Art. 11. É vedado o uso das expressões “arquitetura” ou “urbanismo” ou designação similar na razão social ou no nome fantasia de sociedade que não possuir arquiteto e urbanista entre os sócios com poder de gestão ou entre os empregados permanentes.

DOS ACERVOS TÉCNICOSArt. 12. O acervo técnico constitui propriedade do profissional arquiteto e urbanista e é composto

por todas as atividades por ele desenvolvidas, conforme discriminado nos arts. 2o e 3o, resguardando-se a legislação do Direito Autoral.

Art. 13. Para fins de comprovação de autoria ou de participação e de formação de acervo técnico, o arquiteto e urbanista deverá registrar seus projetos e demais trabalhos técnicos ou de criação no CAU do ente da Federação onde atue.

Parágrafo único. A qualificação técnica de sociedade com atuação nos campos da arquitetura e do urbanismo será demonstrada por meio dos acervos técnicos dos arquitetos e urbanistas comprovadamente a ela vinculados.

Art. 14. É dever do arquiteto e urbanista ou da sociedade de prestação de serviços de arquitetura e urbanismo indicar em documentos, peças publicitárias, placas ou outro elemento de comunicação dirigido a cliente, ao público em geral e ao CAU local:

I - o nome civil ou razão social do(s) autor(es) e executante(s) do serviço, completo ou abreviado, ou pseudônimo ou nome fantasia, a critério do profissional ou da sociedade de prestação de serviços de arquitetura e urbanismo, conforme o caso;

II - o número do registro no CAU local; eIII - a atividade a ser desenvolvida. Parágrafo único. Quando se tratar de atividade desenvolvida por mais de um arquiteto e

urbanista ou por mais de uma sociedade de prestação de serviços de arquitetura e urbanismo e não sendo especificados diferentes níveis de responsabilidade, todos serão considerados indistintamente coautores e corresponsáveis.

Art. 15. Aquele que implantar ou executar projeto ou qualquer trabalho técnico de criação ou de autoria de arquiteto e urbanista deve fazê-lo de acordo com as especificações e o detalhamento constantes do trabalho, salvo autorização em contrário, por escrito, do autor.

Parágrafo único. Ao arquiteto e urbanista é facultado acompanhar a implantação ou execução de projeto ou trabalho de sua autoria, pessoalmente ou por meio de preposto especialmente designado com a finalidade de averiguar a adequação da execução ao projeto ou concepção original.

Art. 16. Alterações em trabalho de autoria de arquiteto e urbanista, tanto em projeto como em obra dele resultante, somente poderão ser feitas mediante consentimento por escrito da pessoa natural titular dos direitos autorais, salvo pactuação em contrário.

§ 1o No caso de existência de coautoria, salvo pactuação em contrário, será necessária a concordância de todos os coautores.

§ 2o Em caso de falecimento ou de incapacidade civil do autor do projeto original, as alterações ou modificações poderão ser feitas pelo coautor ou, em não havendo coautor, por outro profissional habilitado, independentemente de autorização, que assumirá a responsabilidade pelo projeto modificado.

§ 3o Ao arquiteto e urbanista que não participar de alteração em obra ou trabalho de sua autoria é permitido o registro de laudo no CAU de seu domicílio, com o objetivo de garantir a autoria e determinar os limites de sua responsabilidade.

§ 4o Na hipótese de a alteração não ter sido concebida pelo autor do projeto original, o resultado final terá como coautores o arquiteto e urbanista autor do projeto original e o autor do projeto de alteração, salvo decisão expressa em contrário do primeiro, caso em que a autoria da obra passa a ser apenas do profissional que houver efetuado as alterações.

ÉTICAArt. 17. No exercício da profissão, o arquiteto e urbanista deve pautar sua conduta pelos

parâmetros a serem definidos no Código de Ética e Disciplina do CAU/BR.

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Parágrafo único. O Código de Ética e Disciplina deverá regular também os deveres do arquiteto e urbanista para com a comunidade, a sua relação com os demais profissionais, o dever geral de urbanidade e, ainda, os respectivos procedimentos disciplinares, observado o disposto nesta Lei.

Art. 18. Constituem infrações disciplinares, além de outras definidas pelo Código de Ética e Disciplina:

I - registrar projeto ou trabalho técnico ou de criação no CAU, para fins de comprovação de direitos autorais e formação de acervo técnico, que não haja sido efetivamente concebido, desenvolvido ou elaborado por quem requerer o registro;

II - reproduzir projeto ou trabalho técnico ou de criação, de autoria de terceiros, sem a devida autorização do detentor dos direitos autorais;

III - fazer falsa prova de quaisquer documentos exigidos para o registro no CAU;IV - delegar a quem não seja arquiteto e urbanista a execução de atividade privativa de arquiteto

e urbanista;V - integrar sociedade de prestação de serviços de arquitetura e urbanismo sem nela atuar,

efetivamente, com objetivo de viabilizar o registro da empresa no CAU, de utilizar o nome “arquitetura” ou “urbanismo” na razão jurídica ou nome fantasia ou ainda de simular para os usuários dos serviços de arquitetura e urbanismo a existência de profissional do ramo atuando;

VI - locupletar-se ilicitamente, por qualquer meio, às custas de cliente, diretamente ou por intermédio de terceiros;

VII - recusar-se, injustificadamente, a prestar contas a cliente de quantias que houver recebido dele, diretamente ou por intermédio de terceiros;

VIII - deixar de informar, em documento ou peça de comunicação dirigida a cliente, ao público em geral, ao CAU/BR ou aos CAUs, os dados exigidos nos termos desta Lei;

IX - deixar de observar as normas legais e técnicas pertinentes na execução de atividades de arquitetura e urbanismo;

X - ser desidioso na execução do trabalho contratado;XI - deixar de pagar a anuidade, taxas, preços de serviços e multas devidos ao CAU/BR ou aos

CAUs, quando devidamente notificado; XII - não efetuar Registro de Responsabilidade Técnica quando for obrigatório.Art. 19. São sanções disciplinares: I - advertência; II - suspensão entre 30 (trinta) dias e 1 (um) ano do exercício da atividade de arquitetura e

urbanismo em todo o território nacional;III - cancelamento do registro; eIV - multa no valor entre 1 (uma) a 10 (dez) anuidades.§ 1o As sanções deste artigo são aplicáveis à pessoa natural dos arquitetos e urbanistas.§ 2o As sanções poderão ser aplicadas às sociedades de prestação de serviços com atuação

nos campos da arquitetura e do urbanismo, sem prejuízo da responsabilização da pessoa natural do arquiteto e urbanista.

§ 3o No caso em que o profissional ou sociedade de arquitetos e urbanistas deixar de pagar a anuidade, taxas, preços de serviços e multas devidos ao CAU/BR ou aos CAUs, quando devidamente notificado, será aplicada suspensão até a regularização da dívida.

§ 4o A sanção prevista no inciso IV pode incidir cumulativamente com as demais.§ 5o Caso constatado que a infração disciplinar teve participação de profissional vinculado ao

conselho de outra profissão, será comunicado o conselho responsável.Art. 20. Os processos disciplinares do CAU/BR e dos CAUs seguirão as regras constantes da Lei

9784, de 29 de janeiro de 1999, desta Lei e, de forma complementar, das resoluções do CAU/BR.Art. 21. O processo disciplinar instaura-se de ofício ou mediante representação de qualquer

autoridade ou pessoa interessada.§ 1o A pedido do acusado ou do acusador, o processo disciplinar poderá tramitar em sigilo,

só tendo acesso às informações e documentos nele contidos o acusado, o eventual acusador e os respectivos procuradores constituídos.

§ 2o Após a decisão final, o processo tornar-se-á público.Art. 22. Caberá recurso ao CAU/BR de todas as decisões definitivas proferidas pelos CAUs, que

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decidirá em última instância administrativa.Parágrafo único. Além do acusado e do acusador, o Presidente e os Conselheiros do CAU são

legitimados para interpor o recurso previsto neste artigo.Art. 23. Prescreve em 5 (cinco) anos a pretensão de punição das sanções disciplinares, a contar

da data do fato.Parágrafo único - A prescrição interrompe-se pela intimação do acusado para apresentar defesa.

CRIAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO CAU/BR E DOS CAUSArt. 24. Ficam criados o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil - CAU/BR e os Conselhos

de Arquitetura e Urbanismo dos Estados e do Distrito Federal - CAUs, como autarquias dotadas de personalidade jurídica de direito público, com autonomia administrativa e financeira e estrutura federativa, cujas atividades serão custeadas exclusivamente pelas próprias rendas.

§ 1o O CAU/BR e os CAUs têm como função orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão de arquitetura e urbanismo, zelar pela fiel observância dos princípios de ética e disciplina da classe em todo o território nacional, bem como pugnar pelo aperfeiçoamento do exercício da arquitetura e urbanismo.

§ 2o O CAU/BR e o CAU do Distrito Federal terão sede e foro em Brasília.§ 3o Cada CAU terá sede e foro na capital do Estado, ou de um dos Estados de sua área de

atuação, a critério do CAU/BR.Art. 25. O CAU/BR e os CAUs gozam de imunidade a impostos (art. 150, inciso VI, alínea a, da

Constituição Federal).Art. 26. O Plenário do Conselho do CAU/BR será constituído por:I - 1 (um) Conselheiro representante de cada Estado e do Distrito Federal; II - 1 (um) Conselheiro representante das instituições de ensino de arquitetura e urbanismo.§ 1o Cada membro do CAU/BR terá 1 (um) suplente.§ 2o Os Conselheiros do CAU/BR serão eleitos pelo voto direto e obrigatório dos profissionais do

Estado que representam ou do Distrito Federal. § 3o O Presidente será eleito entre seus pares por maioria de votos dos conselheiros, em votação

secreta, e terá direito apenas a voto de qualidade nas deliberações do CAU/BR.§ 4o As instituições de ensino de arquitetura e urbanismo oficialmente reconhecidas serão

representadas por 1 (um) conselheiro, por elas indicado, na forma do Regimento Geral do CAU/BR.Art. 27. O CAU/BR tem sua estrutura e funcionamento definidos pelo seu Regimento Geral,

aprovado pela maioria absoluta dos conselheiros federais.Parágrafo único. A prerrogativa de que trata o caput será exercida com estrita observância às

possibilidades efetivas de seu custeio com os recursos próprios do Conselho Federal de Arquitetura e Urbanismo, considerados ainda seus efeitos nos exercícios subsequentes.

Art. 28. Compete ao CAU/BR:I - zelar pela dignidade, independência, prerrogativas e valorização da arquitetura e do

urbanismo; II - editar, alterar o Regimento Geral, o Código de Ética, as Normas Eleitorais e os provimentos

que julgar necessários;III - adotar medidas para assegurar o funcionamento regular dos CAUs; IV - intervir nos CAUs quando constatada violação desta Lei ou do Regimento Geral; V - homologar os regimentos internos e as prestações de contas dos CAUs; VI - firmar convênios com entidades públicas e privadas, observada a legislação aplicável; VII - autorizar a oneração ou a alienação de bens imóveis de sua propriedade; VIII - julgar, em grau de recurso, as questões decididas pelos CAUs; IX - inscrever empresas ou profissionais estrangeiros de arquitetura e urbanismo sem domicílio

no País; X - criar órgãos colegiados com finalidades e funções específicas; XI - deliberar sobre assuntos administrativos e financeiros, elaborando programas de trabalho

e orçamento; XII - manter relatórios públicos de suas atividades;XIII - representar os arquitetos e urbanistas em colegiados de órgãos públicos federais que

tratem de questões de exercício profissional referentes à arquitetura e ao urbanismo;

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XIV - aprovar e divulgar tabelas indicativas de honorários dos arquitetos e urbanistas; XV - contratar empresa de auditoria para auditar o CAU/BR e os CAUs, conforme dispuser o

Regimento Geral.§ 1o O quorum necessário para a deliberação e aprovação das diferentes matérias será definido

no Regimento. § 2o O exercício das competências enumeradas nos incisos V, VI, VII, X, XI e XV do caput terá como

limite para seu efetivo custeio os recursos próprios do Conselho Federal de Arquitetura e Urbanismo, considerados os seus efeitos nos exercícios subsequentes, observadas as normas de ordem pública quanto à alienação de bens patrimoniais e à contratação de serviços.

Art. 29. Compete ao Presidente do CAU/BR, entre outras questões que lhe forem atribuídas pelo Regimento Geral do CAU/BR:

I - representar judicialmente e extrajudicialmente o CAU/BR;II - presidir as reuniões do Conselho do CAU/BR, podendo exercer o voto de desempate;III - cuidar das questões administrativas do CAU/BR, ouvindo previamente o Conselho quando

exigido pelo Regimento Geral.Art. 30. Constituem recursos do Conselho Federal de Arquitetura e Urbanismo - CAU/BR:I - 20% (vinte por cento) da arrecadação prevista no inciso I do art. 37;II - doações, legados, juros e receitas patrimoniais;III - subvenções;IV - resultados de convênios;V - outros rendimentos eventuais.Parágrafo único. A alienação de bens e a destinação de recursos provenientes de receitas

patrimoniais serão aprovadas previamente pelo Plenário do Conselho Federal de Arquitetura e Urbanismo - CAU/BR.

Art. 31. Será constituído um CAU em cada Estado da Federação e no Distrito Federal.§ 1o A existência de CAU compartilhado por mais de um Estado da Federação somente será

admitida na hipótese em que o número limitado de inscritos inviabilize a instalação de CAU próprio para o Estado.

§ 2o A existência de CAU compartilhado depende de autorização do CAU/BR em decisão que será reavaliada, no máximo, a cada 6 (seis) anos.

Art. 32. O Plenário do CAU de cada Estado da Federação e do Distrito Federal é constituído de 1 (um) presidente e de conselheiros.

§ 1o Os conselheiros, e respectivos suplentes, serão eleitos na seguinte proporção:I - até 499 (quatrocentos e noventa e nove) profissionais inscritos: 5 (cinco) conselheiros;II - de 500 (quinhentos) a 1.000 (mil) profissionais inscritos: 7 (sete) conselheiros;III - de 1.001 (mil e um) a 3.000 (três mil) profissionais inscritos: 9 (nove) conselheiros;IV - acima de 3.000 (três mil) profissionais inscritos: 9 (nove) conselheiros mais 1 (um) para cada

1.000 (mil) inscritos ou fração, descontados os 3.000 (três mil) iniciais.§ 2o O Presidente será eleito entre seus pares em Plenário pelo voto direto por maioria de votos

dos conselheiros e terá direito apenas a voto de qualidade nas deliberações dos CAUs.§ 3o Na hipótese de compartilhamento de CAU, nos termos do § 2o do art. 31:I - as eleições serão realizadas em âmbito estadual;II - o número de membros do conselho será definido na forma do § 1o; eIII - a divisão das vagas por Estado do Conselho compartilhado será feita segundo o número de

profissionais inscritos no Estado, garantido o número mínimo de 1 (um) conselheiro por Estado.Art. 33. Os CAUs terão sua estrutura e funcionamento definidos pelos respectivos Regimentos

Internos, aprovados pela maioria absoluta dos conselheiros.Art. 34. Compete aos CAUs:I - elaborar e alterar os respectivos Regimentos Internos e demais atos administrativos;II - cumprir e fazer cumprir o disposto nesta Lei, no Regimento Geral do CAU/BR, nos demais

atos normativos do CAU/BR e nos próprios atos, no âmbito de sua competência;III - criar representações e escritórios descentralizados no território de sua jurisdição, na forma

do Regimento Geral do CAU/BR;IV - criar colegiados com finalidades e funções específicas;

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V - realizar as inscrições e expedir as carteiras de identificação de profissionais e pessoas jurídicas habilitadas, na forma desta Lei, para exercerem atividades de arquitetura e urbanismo, mantendo o cadastro atualizado;

VI - cobrar as anuidades, as multas e os Registros de Responsabilidade Técnica;VII - fazer e manter atualizados os registros de direitos autorais, de responsabilidade e os

acervos técnicos;VIII - fiscalizar o exercício das atividades profissionais de arquitetura e urbanismo;IX - julgar em primeira instância os processos disciplinares, na forma que determinar o

Regimento Geral do CAU/BR;X - deliberar sobre assuntos administrativos e financeiros, elaborando programas de trabalho

e orçamento;XI - sugerir ao CAU/BR medidas destinadas a aperfeiçoar a aplicação desta Lei e a promover o

cumprimento de suas finalidades e a observância aos princípios estabelecidos;XII - representar os arquitetos e urbanistas em colegiados de órgãos públicos estaduais e

municipais que tratem de questões de exercício profissional referentes à arquitetura e ao urbanismo, assim como em órgãos não governamentais da área de sua competência;

XIII - manter relatórios públicos de suas atividades; e XIV - firmar convênios com entidades públicas e privadas.§ 1o O exercício das competências enumeradas nos incisos III, IV, X e XIV do caput terá como

limite para seu efetivo custeio os recursos próprios do respectivo Conselho Regional de Arquitetura e Urbanismo, considerados os seus efeitos nos exercícios subsequentes, observadas as normas de ordem pública relativas à contratação de serviços e à celebração de convênios.

§ 2o Excepcionalmente, serão considerados recursos próprios os repasses recebidos do Conselho Federal de Arquitetura e Urbanismo pelo Conselho Regional de Arquitetura e Urbanismo, a conta do fundo especial a que se refere o art. 60.

Art. 35. Compete ao presidente do CAU, entre outras questões que lhe forem atribuídas pelo Regimento Geral do CAU/BR e pelo Regimento Interno do CAU respectivo:

I - representar judicialmente e extrajudicialmente o CAU;II - presidir as reuniões do Conselho do CAU, podendo exercer o voto de desempate;III - cuidar das questões administrativas do CAU, ouvindo previamente o Conselho quando

exigido pelo Regimento Geral do CAU/BR ou pelo Regimento Interno do CAU respectivo.Art. 36. É de 3 (três) anos o mandato dos conselheiros do CAU/BR e dos CAUs sendo permitida

apenas uma recondução.§ 1o O mandato do presidente será coincidente com o mandato do conselheiro.§ 2o Perderá o mandato o conselheiro que:I - sofrer sanção disciplinar;II - for condenado em decisão transitada em julgado por crime relacionado com o exercício do

mandato ou da profissão; ouIII - ausentar-se, sem justificativa, a 3 (três) reuniões do Conselho, no período de 1 (um) ano.§ 3o O presidente do CAU/BR e os presidentes dos CAUs serão destituídos pela perda do mandato

como conselheiro, nos termos do § 2o ou pelo voto de 3/5 (três quintos) dos conselheiros.Art. 37. Constituem recursos dos Conselhos Regionais de Arquitetura e Urbanismo - CAUs:I - receitas com anuidades, contribuições, multas, taxas e tarifas de serviços;II - doações, legados, juros e rendimentos patrimoniais;III - subvenções;IV - resultados de convênios;V - outros rendimentos eventuais.Art. 38. Os presidentes do CAU/BR e dos CAUs prestarão, anualmente, suas contas ao Tribunal

de Contas da União. § 1o Após aprovação pelo respectivo Plenário, as contas dos CAUs serão submetidas ao CAU/BR

para homologação. § 2o As contas do CAU/BR, devidamente homologadas, e as dos CAUs serão submetidas à

apreciação do Tribunal de Contas da União. § 3o Cabe aos presidentes do CAU/BR e de cada CAU a responsabilidade pela prestação de contas.

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Art. 39. Cabe ao CAU/BR dirimir as questões divergentes entre os CAUs baixando normas complementares que unifiquem os procedimentos.

Art. 40. O exercício das funções de presidente e de conselheiro do CAU/BR e dos CAUs não será remunerado.

Art. 41. Os empregados do CAU/BR e dos demais CAUs Estaduais e do Distrito Federal serão contratados mediante aprovação em concurso público, sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho.

ANUIDADE DEVIDA PARA OS CAUSArt. 42. Os profissionais e as pessoas jurídicas inscritas no CAU pagarão anuidade no valor de

R$ 350,00 (trezentos e cinquenta reais).§ 1o Os valores das anuidades serão reajustados de acordo com a variação integral do Índice

Nacional de Preços ao Consumidor - INPC, calculado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, nos termos de ato do CAU/BR.

§ 2o A data de vencimento, as regras de parcelamento e o desconto para pagamento à vista serão estabelecidos pelo CAU/BR.

§ 3o Os profissionais formados há menos de 2 (dois) anos e acima de 30 (trinta) anos de formados, pagarão metade do valor da anuidade.

§ 4o A anuidade deixará de ser devida após 40 (quarenta) anos de contribuição da pessoa natural. Art. 43. A inscrição do profissional ou da pessoa jurídica no CAU não está sujeita ao pagamento

de nenhum valor além da anuidade, proporcionalmente ao número de meses restantes no ano.Art. 44. O não pagamento de anuidade no prazo, sem prejuízo da responsabilização pessoal

pela violação ética, sujeita o infrator ao pagamento de multa de 20% (vinte por cento) sobre o valor devido e à incidência de correção com base na variação da Taxa Referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC até o efetivo pagamento.

REGISTRO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA - RRTArt. 45. Toda realização de trabalho de competência privativa ou de atuação compartilhadas

com outras profissões regulamentadas será objeto de Registro de Responsabilidade Técnica - RRT.§ 1o Ato do CAU/BR detalhará as hipóteses de obrigatoriedade da RRT.§ 2o O arquiteto e urbanista poderá realizar RRT, mesmo fora das hipóteses de obrigatoriedade,

como meio de comprovação da autoria e registro de acervo. Art. 46. O RRT define os responsáveis técnicos pelo empreendimento de arquitetura e urbanismo,

a partir da definição da autoria e da coautoria dos serviços.Art. 47. O RRT será efetuado pelo profissional ou pela pessoa jurídica responsável, por intermédio

de seu profissional habilitado legalmente no CAU.Art. 48. Não será efetuado RRT sem o prévio recolhimento da Taxa de RRT pela pessoa física do

profissional ou pela pessoa jurídica responsável.Art. 49. O valor da Taxa de RRT é, em todas as hipóteses, de R$ 60,00 (sessenta reais).Parágrafo único. O valor referido no caput será atualizado, anualmente, de acordo com a variação

integral do Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC, calculado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, nos termos de ato do CAU/BR.

Art. 50. A falta do RRT sujeitará o profissional ou a empresa responsável, sem prejuízo da responsabilização pessoal pela violação ética e da obrigatoriedade da paralisação do trabalho até a regularização da situação, à multa de 300% (trezentos por cento) sobre o valor da Taxa de RRT não paga corrigida, a partir da autuação, com base na variação da Taxa Referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC, acumulada mensalmente, até o último dia do mês anterior ao da devolução dos recursos, acrescido este montante de 1% (um por cento) no mês de efetivação do pagamento.

Parágrafo único. Não se aplica o disposto no caput no caso de trabalho realizado em resposta a situação de emergência se o profissional ou a pessoa jurídica diligenciar, assim que possível, na regularização da situação.

DA COBRANÇA DE VALORES PELOS CAUSArt. 51. A declaração do CAU de não pagamento de multas por violação da ética ou pela não

realização de RRT, após o regular processo administrativo, constitui título executivo extrajudicial.Parágrafo único. Na hipótese do caput, os valores serão executados na forma da Lei 5869, de 11

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de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil.Art. 52. O atraso no pagamento de anuidade sujeita o responsável à suspensão do exercício

profissional ou, no caso de pessoa jurídica, à proibição de prestar trabalhos na área da arquitetura e do urbanismo, mas não haverá cobrança judicial dos valores em atraso, protesto de dívida ou comunicação aos órgãos de proteção ao crédito.

Art. 53. A existência de dívidas pendentes não obsta o desligamento do CAU.Art. 54. Os valores devidos aos CAUs referentes a multa por violação da ética, multa pela não

realização de RRT ou anuidades em atraso, prescrevem no prazo de 5 (cinco) anos.INSTALAÇÃO DO CAU/BR E DOS CAUS

Art. 55. Os profissionais com título de arquitetos e urbanistas, arquitetos e engenheiro arquiteto, com registro nos atuais Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CREAs terão, automaticamente, registro nos CAUs com o título único de arquiteto e urbanista.

Parágrafo único. Os CREAs enviarão aos CAUs a relação dos arquitetos e urbanistas, arquitetos e engenheiro arquiteto inscritos, no prazo de 30 (trinta) dias da instalação do CAU, bem como os prontuários, dados profissionais, registros e acervo de todas as ARTs emitidas pelos profissionais e todos os processos em tramitação.

Art. 56. As Coordenadorias das Câmaras de Arquitetura dos atuais CREAs e a Coordenadoria Nacional das Câmaras de Arquitetura do atual CONFEA gerenciarão o processo de transição e organizarão o primeiro processo eleitoral para o CAU/BR e para os CAUs dos Estados e do Distrito Federal.

§ 1o Na primeira eleição para o CAU/BR o representante das instituições de ensino será estabelecido pela Coordenadoria Nacional das Câmaras de Arquitetura.

§ 2o A eleição para os conselheiros do CAU/BR e dos CAUs dar-se-á entre 3 (três) meses e 1 (um) ano da publicação desta Lei.

§ 3o Realizada a eleição e instalado o CAU/BR, caberá a ele decidir os CAUs que serão instalados no próprio Estado e os Estados que compartilharão CAU por insuficiência de inscritos.

§ 4o As entidades nacionais dos arquitetos e urbanistas participarão do processo de transição e organização do primeiro processo eleitoral.

Art. 57. Os atuais Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia a contar da publicação desta Lei, passarão a depositar mensalmente em conta específica, 90% (noventa por cento) do valor das anuidades, das anotações de responsabilidade técnicas e de multas recebidas das pessoas físicas e jurídicas de arquitetos e urbanistas, arquitetos e engenheiros arquitetos até que ocorra a instalação do CAU/BR.

Parágrafo único. A quantia a que se refere o caput deverá ser usada no custeio do processo eleitoral de que trata o art. 56, sendo repassado o restante para o CAU/BR utilizar no custeio da sua instalação e da instalação dos CAUs.

Art. 58. (VETADO)Art. 59. O CAU/BR e os CAUs poderão manter convênio com o CONFEA e com os CREAs, para

compartilhamento de imóveis, de infraestrutura administrativa e de pessoal, inclusive da estrutura de fiscalização profissional.

Art. 60. O CAU/BR instituirá fundo especial destinado a equilibrar as receitas e despesas dos CAUs, exclusivamente daqueles que não conseguirem arrecadação suficiente para a manutenção de suas estruturas administrativas, sendo obrigatória a publicação dos dados de balanço e do planejamento de cada CAU para fins de acompanhamento e controle dos profissionais.

Parágrafo único. Resolução do CAU/BR, elaborada com a participação de todos os presidentes dos CAUs, regulamentará este artigo.

Art. 61. Em cumprimento ao disposto no inciso X do art. 28 e no inciso IV do art. 34, o CAU/BR instituirá colegiado permanente com participação das entidades nacionais dos arquitetos e urbanistas, para tratar das questões do ensino e do exercício profissional.

§ 1o No âmbito das unidades da federação os CAUs instituirão colegiados similares com participação das entidades regionais dos arquitetos e urbanistas.

§ 2o Fica instituída a Comissão Permanente de Ensino e Formação, no âmbito dos CAUs em todas as Unidades da Federação que se articulará com o CAU/BR por intermédio do conselheiro federal representante das instituições de ensino superior.

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Art. 62. O CAU/BR e os CAUs serão fiscalizados pelo Tribunal de Contas da União e auditados, anualmente, por auditoria independente e os resultados divulgados para conhecimento público.

MÚTUAS DE ASSISTÊNCIA DOS PROFISSIONAIS VINCULADOS AOS CAUSArt. 63. Os arquitetos e urbanistas que por ocasião da publicação desta Lei se encontravam

vinculados à Mútua de que trata a Lei 6496, de 7 de dezembro de 1977, poder-se-ão se manter associados.

Adaptação do CONFEA e dos CREAsArt. 64. O Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CONFEA passa a se

denominar Conselho Federal de Engenharia e Agronomia - CONFEA.Art. 65. Os Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CREAs passam a se

denominar Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia - CREAs.ADAPTAÇÃO DAS LEIS NOS 5.194, DE 1966, 6.496, DE 1977

Art. 66. As questões relativas a arquitetos e urbanistas constantes das Leis nos 5.194, de 24 de dezembro de 1966 e 6.496, de 7 de dezembro de 1977, passam a ser reguladas por esta Lei.

Parágrafo único. (VETADO)Art. 67. (VETADO)

VIGÊNCIAArt. 68. Esta Lei entra em vigor:I - quanto aos arts. 56 e 57, na data de sua publicação; e II - quanto aos demais dispositivos, após a posse do Presidente e dos Conselheiros do CAU/BR.Brasília, 31 de dezembro de 2010; 189o da Independência e 122o da República.LUIZ INÁCIO LULA DA SILVALuiz Paulo Teles Ferreira BarretoFernando HaddadCarlos LupiPaulo Bernardo SilvaEste texto não substitui o publicado no D.O.U. de 31 de dezembro de 2010 - Edição extra.

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LEI Nº 12.462, DE 4 DE AGOSTO DE 2011

Institui o Regime Diferenciado de Contratações Públicas - RDC; altera a Lei no  10.683, de 28 de maio de 2003, que dispõe sobre a organização da Presidência da República e dos Ministérios, a legislação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a legislação da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero); cria a Secretaria de Aviação Civil, cargos de Ministro de Estado, cargos em comissão e cargos de Controlador de Tráfego Aéreo; autoriza a contratação de controladores de tráfego aéreo temporários; altera as Leis nos 11.182, de 27 de setembro de 2005, 5.862, de 12 de dezembro de 1972, 8.399, de 7 de janeiro de 1992, 11.526, de 4 de outubro de 2007, 11.458, de 19 de março de 2007, e 12.350, de 20 de dezembro de 2010, e a Medida Provisória no 2.185-35, de 24 de agosto de 2001; e revoga dispositivos da Lei no 9.649, de 27 de maio de 1998.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO IDo Regime Diferenciado de Contratações Públicas - RDC

Seção IAspectos Gerais

Art. 1o  É instituído o Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC), aplicável exclusivamente às licitações e contratos necessários à realização:

I - dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, constantes da Carteira de Projetos Olímpicos a ser definida pela Autoridade Pública Olímpica (APO); e

II - da Copa das Confederações da Federação Internacional de Futebol Associação - Fifa 2013 e da Copa do Mundo Fifa 2014, definidos pelo Grupo Executivo - Gecopa 2014 do Comitê Gestor instituído para definir, aprovar e supervisionar as ações previstas no Plano Estratégico das Ações do Governo Brasileiro para a realização da Copa do Mundo Fifa 2014 - CGCOPA 2014, restringindo-se, no caso de obras públicas, às constantes da matriz de responsabilidades celebrada entre a União, Estados, Distrito Federal e Municípios;

III - de obras de infraestrutura e de contratação de serviços para os aeroportos das capitais dos Estados da Federação distantes até 350 km (trezentos e cinquenta quilômetros) das cidades sedes dos mundiais referidos nos incisos I e II.

IV - das ações integrantes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)  (Incluído pela Lei nº 12.688, de 2012)

V - das obras e serviços de engenharia no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS. (Incluído pela Lei nº 12.745, de 2012)

VI - das obras e serviços de engenharia para construção, ampliação e reforma e administração de estabelecimentos penais e de unidades de atendimento socioeducativo; (Incluído pela Lei nº 13.190, de 2015)

VII - das ações no âmbito da segurança pública;  (Incluído pela Lei nº 13.190, de 2015)

VIII - das obras e serviços de engenharia, relacionadas a melhorias na mobilidade urbana ou ampliação de infraestrutura logística; e  (Incluído pela Lei nº 13.190, de 2015)

IX - dos contratos a que se refere o art. 47-A.   (Incluído pela Lei nº 13.190, de 2015)

 X - das ações em órgãos e entidades dedicados à ciência, à tecnologia e à inovação. (Incluído pela Lei nº 13.243, de 2016)

§ 1o  O RDC tem por objetivos:

I - ampliar a eficiência nas contratações públicas e a competitividade entre os licitantes;

II - promover a troca de experiências e tecnologias em busca da melhor relação entre

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custos e benefícios para o setor público;

III - incentivar a inovação tecnológica; e

IV - assegurar tratamento isonômico entre os licitantes e a seleção da proposta mais vantajosa para a administração pública.

§ 2o  A opção pelo RDC deverá constar de forma expressa do instrumento convocatório e resultará no afastamento das normas contidas na Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, exceto nos casos expressamente previstos nesta Lei.

§ 3o  Além das hipóteses previstas no caput, o RDC também é aplicável às licitações e aos contratos necessários à realização de obras e serviços de engenharia no âmbito dos sistemas públicos de ensino e de pesquisa, ciência e tecnologia.    (Redação dada pela Lei nº 13.190, de 2015)

Art. 2o  Na aplicação do RDC, deverão ser observadas as seguintes definições:

I - empreitada integral: quando se contrata um empreendimento em sua integralidade, compreendendo a totalidade das etapas de obras, serviços e instalações necessárias, sob inteira responsabilidade da contratada até a sua entrega ao contratante em condições de entrada em operação, atendidos os requisitos técnicos e legais para sua utilização em condições de segurança estrutural e operacional e com as características adequadas às finalidades para a qual foi contratada;

II - empreitada por preço global: quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo e total;

III - empreitada por preço unitário: quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo de unidades determinadas;

IV - projeto básico: conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para, observado o disposto no parágrafo único deste artigo:

a) caracterizar a obra ou serviço de engenharia, ou complexo de obras ou serviços objeto da licitação, com base nas indicações dos estudos técnicos preliminares;

b) assegurar a viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento; e

c) possibilitar a avaliação do custo da obra ou serviço e a definição dos métodos e do prazo de execução;

V - projeto executivo: conjunto dos elementos necessários e suficientes à execução completa da obra, de acordo com as normas técnicas pertinentes; e

VI - tarefa: quando se ajusta mão de obra para pequenos trabalhos por preço certo, com ou sem fornecimento de materiais.

Parágrafo único.  O projeto básico referido no inciso IV do caput deste artigo deverá conter, no mínimo, sem frustrar o caráter competitivo do procedimento licitatório, os seguintes elementos:

I - desenvolvimento da solução escolhida de forma a fornecer visão global da obra e identificar seus elementos constitutivos com clareza;

II - soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente detalhadas, de forma a restringir a necessidade de reformulação ou de variantes durante as fases de elaboração do projeto executivo e de realização das obras e montagem a situações devidamente comprovadas em ato motivado da administração pública;

III - identificação dos tipos de serviços a executar e de materiais e equipamentos a incorporar à obra, bem como especificações que assegurem os melhores resultados para o empreendimento;

IV - informações que possibilitem o estudo e a dedução de métodos construtivos, instalações provisórias e condições organizacionais para a obra;

V - subsídios para montagem do plano de licitação e gestão da obra, compreendendo a sua programação, a estratégia de suprimentos, as normas de fiscalização e outros dados necessários em cada caso, exceto, em relação à respectiva licitação, na hipótese de contratação integrada;

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VI - orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado em quantitativos de serviços e fornecimentos propriamente avaliados.

Art. 3o As licitações e contratações realizadas em conformidade com o RDC deverão observar os princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da eficiência, da probidade administrativa, da economicidade, do desenvolvimento nacional sustentável, da vinculação ao instrumento convocatório e do julgamento objetivo.

Art. 4o  Nas licitações e contratos de que trata esta Lei serão observadas as seguintes diretrizes:

I - padronização do objeto da contratação relativamente às especificações técnicas e de desempenho e, quando for o caso, às condições de manutenção, assistência técnica e de garantia oferecidas;

II - padronização de instrumentos convocatórios e minutas de contratos, previamente aprovados pelo órgão jurídico competente;

III - busca da maior vantagem para a administração pública, considerando custos e benefícios, diretos e indiretos, de natureza econômica, social ou ambiental, inclusive os relativos à manutenção, ao desfazimento de bens e resíduos, ao índice de depreciação econômica e a outros fatores de igual relevância;

IV - condições de aquisição, de seguros, de garantias e de pagamento compatíveis com as condições do setor privado, inclusive mediante pagamento de remuneração variável conforme desempenho, na forma do art. 10; (Redação dada pela Lei nº 12.980, de 2014)

V - utilização, sempre que possível, nas planilhas de custos constantes das propostas oferecidas pelos licitantes, de mão de obra, materiais, tecnologias e matérias-primas existentes no local da execução, conservação e operação do bem, serviço ou obra, desde que não se produzam prejuízos à eficiência na execução do respectivo objeto e que seja respeitado o limite do orçamento estimado para a contratação; e

VI - parcelamento do objeto, visando à ampla participação de licitantes, sem perda de economia de escala.

VII - ampla publicidade, em sítio eletrônico, de todas as fases e procedimentos do processo de licitação, assim como dos contratos, respeitado o art. 6o desta Lei.  (Incluído pela Lei nº 13.173, de 2015)

§ 1o  As contratações realizadas com base no RDC devem respeitar, especialmente, as normas relativas à:

I - disposição final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos gerados pelas obras contratadas;

II - mitigação por condicionantes e compensação ambiental, que serão definidas no procedimento de licenciamento ambiental;

III - utilização de produtos, equipamentos e serviços que, comprovadamente, reduzam o consumo de energia e recursos naturais;

IV - avaliação de impactos de vizinhança, na forma da legislação urbanística;

V - proteção do patrimônio cultural, histórico, arqueológico e imaterial, inclusive por meio da avaliação do impacto direto ou indireto causado pelas obras contratadas; e

VI - acessibilidade para o uso por pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida.

§ 2o O impacto negativo sobre os bens do patrimônio cultural, histórico, arqueológico e imaterial tombados deverá ser compensado por meio de medidas determinadas pela autoridade responsável, na forma da legislação aplicável.

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Seção IIDas Regras Aplicáveis às Licitações no Âmbito do RDC

Subseção IDo Objeto da Licitação

Art. 5o O objeto da licitação deverá ser definido de forma clara e precisa no instrumento convocatório, vedadas especificações excessivas, irrelevantes ou desnecessárias.

Art. 6o Observado o disposto no § 3o, o orçamento previamente estimado para a contratação será tornado público apenas e imediatamente após o encerramento da licitação, sem prejuízo da divulgação do detalhamento dos quantitativos e das demais informações necessárias para a elaboração das propostas.

§ 1o  Nas hipóteses em que for adotado o critério de julgamento por maior desconto, a informação de que trata o caput deste artigo constará do instrumento convocatório.

§ 2o No caso de julgamento por melhor técnica, o valor do prêmio ou da remuneração será incluído no instrumento convocatório.

§ 3o  Se não constar do instrumento convocatório, a informação referida no  caput  deste artigo possuirá caráter sigiloso e será disponibilizada estrita e permanentemente aos órgãos de controle externo e interno.

Art. 7o No caso de licitação para aquisição de bens, a administração pública poderá:

I - indicar marca ou modelo, desde que formalmente justificado, nas seguintes hipóteses:

a) em decorrência da necessidade de padronização do objeto;

b) quando determinada marca ou modelo comercializado por mais de um fornecedor for a única capaz de atender às necessidades da entidade contratante; ou

c) quando a descrição do objeto a ser licitado puder ser melhor compreendida pela identificação de determinada marca ou modelo aptos a servir como referência, situação em que será obrigatório o acréscimo da expressão “ou similar ou de melhor qualidade”;

II - exigir amostra do bem no procedimento de pré-qualificação, na fase de julgamento das propostas ou de lances, desde que justificada a necessidade da sua apresentação;

III - solicitar a certificação da qualidade do produto ou do processo de fabricação, inclusive sob o aspecto ambiental, por qualquer instituição oficial competente ou por entidade credenciada; e

IV - solicitar, motivadamente, carta de solidariedade emitida pelo fabricante, que assegure a execução do contrato, no caso de licitante revendedor ou distribuidor.

Art. 8o Na execução indireta de obras e serviços de engenharia, são admitidos os seguintes regimes:

I - empreitada por preço unitário;

II - empreitada por preço global;

III - contratação por tarefa;

IV - empreitada integral; ou

V - contratação integrada.

§ 1o  Nas licitações e contratações de obras e serviços de engenharia serão adotados, preferencialmente, os regimes discriminados nos incisos II, IV e V do caput deste artigo.

§ 2o  No caso de inviabilidade da aplicação do disposto no § 1o  deste artigo, poderá ser adotado outro regime previsto no caput deste artigo, hipótese em que serão inseridos nos autos do procedimento os motivos que justificaram a exceção.

§ 3o O custo global de obras e serviços de engenharia deverá ser obtido a partir de custos unitários de insumos ou serviços menores ou iguais à mediana de seus correspondentes ao Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi), no caso de

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construção civil em geral, ou na tabela do Sistema de Custos de Obras Rodoviárias (Sicro), no caso de obras e serviços rodoviários.

§ 4o No caso de inviabilidade da definição dos custos consoante o disposto no § 3o deste artigo, a estimativa de custo global poderá ser apurada por meio da utilização de dados contidos em tabela de referência formalmente aprovada por órgãos ou entidades da administração pública federal, em publicações técnicas especializadas, em sistema específico instituído para o setor ou em pesquisa de mercado.

§ 5o Nas licitações para a contratação de obras e serviços, com exceção daquelas onde for adotado o regime previsto no inciso V do caput deste artigo, deverá haver projeto básico aprovado pela autoridade competente, disponível para exame dos interessados em participar do processo licitatório.

§ 6o  No caso de contratações realizadas pelos governos municipais, estaduais e do Distrito Federal, desde que não envolvam recursos da União, o custo global de obras e serviços de engenharia a que se refere o § 3o deste artigo poderá também ser obtido a partir de outros sistemas de custos já adotados pelos respectivos entes e aceitos pelos respectivos tribunais de contas.

§ 7o É vedada a realização, sem projeto executivo, de obras e serviços de engenharia para cuja concretização tenha sido utilizado o RDC, qualquer que seja o regime adotado.

Art. 9o  Nas licitações de obras e serviços de engenharia, no âmbito do RDC, poderá ser utilizada a contratação integrada, desde que técnica e economicamente justificada e cujo objeto envolva, pelo menos, uma das seguintes condições:  (Redação dada pela Lei nº 12.980, de 2014)

I - inovação tecnológica ou técnica; (Incluído pela Lei nº 12.980, de 2014)

II - possibilidade de execução com diferentes metodologias; ou  (Incluído pela Lei nº 12.980, de 2014)

III - possibilidade de execução com tecnologias de domínio restrito no mercado.  (Incluído pela Lei nº 12.980, de 2014)

§ 1o A contratação integrada compreende a elaboração e o desenvolvimento dos projetos básico e executivo, a execução de obras e serviços de engenharia, a montagem, a realização de testes, a pré-operação e todas as demais operações necessárias e suficientes para a entrega final do objeto.

§ 2o No caso de contratação integrada:

I - o instrumento convocatório deverá conter anteprojeto de engenharia que contemple os documentos técnicos destinados a possibilitar a caracterização da obra ou serviço, incluindo:

a) a demonstração e a justificativa do programa de necessidades, a visão global dos investimentos e as definições quanto ao nível de serviço desejado;

b) as condições de solidez, segurança, durabilidade e prazo de entrega, observado o disposto no caput e no § 1o do art. 6o desta Lei;

c) a estética do projeto arquitetônico; e

d) os parâmetros de adequação ao interesse público, à economia na utilização, à facilidade na execução, aos impactos ambientais e à acessibilidade;

II - o valor estimado da contratação será calculado com base nos valores praticados pelo mercado, nos valores pagos pela administração pública em serviços e obras similares ou na avaliação do custo global da obra, aferida mediante orçamento sintético ou metodologia expedita ou paramétrica.  (Redação dada pela Lei nº 12.980, de 2014)

III - (Revogado). (Revogado pela Medida Provisória nº 630, de 2013)

§ 3o Caso seja permitida no anteprojeto de engenharia a apresentação de projetos com metodologias diferenciadas de execução, o instrumento convocatório estabelecerá critérios objetivos para avaliação e julgamento das propostas.

§ 4o Nas hipóteses em que for adotada a contratação integrada, é vedada a celebração de

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termos aditivos aos contratos firmados, exceto nos seguintes casos:

I - para recomposição do equilíbrio econômico-financeiro decorrente de caso fortuito ou força maior; e

II - por necessidade de alteração do projeto ou das especificações para melhor adequação técnica aos objetivos da contratação, a pedido da administração pública, desde que não decorrentes de erros ou omissões por parte do contratado, observados os limites previstos no § 1o do art. 65 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993.

§ 5o  Se o anteprojeto contemplar matriz de alocação de riscos entre a administração pública e o contratado, o valor estimado da contratação poderá considerar taxa de risco compatível com o objeto da licitação e as contingências atribuídas ao contratado, de acordo com metodologia predefinida pela entidade contratante.   (Incluído pela Lei nº 13.190, de 2015)

Art. 10. Na contratação das obras e serviços, inclusive de engenharia, poderá ser estabelecida remuneração variável vinculada ao desempenho da contratada, com base em metas, padrões de qualidade, critérios de sustentabilidade ambiental e prazo de entrega definidos no instrumento convocatório e no contrato.

Parágrafo único.  A utilização da remuneração variável será motivada e respeitará o limite orçamentário fixado pela administração pública para a contratação.

Art. 11. A administração pública poderá, mediante justificativa expressa, contratar mais de uma empresa ou instituição para executar o mesmo serviço, desde que não implique perda de economia de escala, quando:

I - o objeto da contratação puder ser executado de forma concorrente e simultânea por mais de um contratado; ou

II - a múltipla execução for conveniente para atender à administração pública.

§ 1o Nas hipóteses previstas no caput deste artigo, a administração pública deverá manter o controle individualizado da execução do objeto contratual relativamente a cada uma das contratadas.

§ 2o O disposto no caput deste artigo não se aplica aos serviços de engenharia.

Subseção IIDo Procedimento Licitatório

Art. 12. O procedimento de licitação de que trata esta Lei observará as seguintes fases, nesta ordem:

I - preparatória;

II - publicação do instrumento convocatório;

III - apresentação de propostas ou lances;

IV - julgamento;

V - habilitação;

VI - recursal; e

VII - encerramento.

Parágrafo único.  A fase de que trata o inciso V do  caput deste artigo poderá, mediante ato motivado, anteceder as referidas nos incisos III e IV do  caput  deste artigo, desde que expressamente previsto no instrumento convocatório.

Art. 13. As licitações deverão ser realizadas preferencialmente sob a forma eletrônica, admitida a presencial.

Parágrafo único.  Nos procedimentos realizados por meio eletrônico, a administração pública poderá determinar, como condição de validade e eficácia, que os licitantes pratiquem seus atos em formato eletrônico.

Art. 14. Na fase de habilitação das licitações realizadas em conformidade com esta Lei,

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aplicar-se-á, no que couber, o disposto nos arts. 27 a 33 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, observado o seguinte:

I - poderá ser exigida dos licitantes a declaração de que atendem aos requisitos de habilitação;

II - será exigida a apresentação dos documentos de habilitação apenas pelo licitante vencedor, exceto no caso de inversão de fases;

III - no caso de inversão de fases, só serão recebidas as propostas dos licitantes previamente habilitados; e

IV - em qualquer caso, os documentos relativos à regularidade fiscal poderão ser exigidos em momento posterior ao julgamento das propostas, apenas em relação ao licitante mais bem classificado.

Parágrafo único.  Nas licitações disciplinadas pelo RDC:

I - será admitida a participação de licitantes sob a forma de consórcio, conforme estabelecido em regulamento; e

II - poderão ser exigidos requisitos de sustentabilidade ambiental, na forma da legislação aplicável.

Art. 15. Será dada ampla publicidade aos procedimentos licitatórios e de pré-qualificação disciplinados por esta Lei, ressalvadas as hipóteses de informações cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, devendo ser adotados os seguintes prazos mínimos para apresentação de propostas, contados a partir da data de publicação do instrumento convocatório:

I - para aquisição de bens:

a) 5 (cinco) dias úteis, quando adotados os critérios de julgamento pelo menor preço ou pelo maior desconto; e

b) 10 (dez) dias úteis, nas hipóteses não abrangidas pela alínea a deste inciso;

II - para a contratação de serviços e obras:

a) 15 (quinze) dias úteis, quando adotados os critérios de julgamento pelo menor preço ou pelo maior desconto; e

b) 30 (trinta) dias úteis, nas hipóteses não abrangidas pela alínea a deste inciso;

III - para licitações em que se adote o critério de julgamento pela maior oferta: 10 (dez) dias úteis; e

IV - para licitações em que se adote o critério de julgamento pela melhor combinação de técnica e preço, pela melhor técnica ou em razão do conteúdo artístico: 30 (trinta) dias úteis.

§ 1o  A publicidade a que se refere o  caput  deste artigo, sem prejuízo da faculdade de divulgação direta aos fornecedores, cadastrados ou não, será realizada mediante:

I - publicação de extrato do edital no Diário Oficial da União, do Estado, do Distrito Federal ou do Município, ou, no caso de consórcio público, do ente de maior nível entre eles, sem prejuízo da possibilidade de publicação de extrato em jornal diário de grande circulação; e

II - divulgação em sítio eletrônico oficial centralizado de divulgação de licitações ou mantido pelo ente encarregado do procedimento licitatório na rede mundial de computadores.

§ 2o No caso de licitações cujo valor não ultrapasse R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais) para obras ou R$ 80.000,00 (oitenta mil reais) para bens e serviços, inclusive de engenharia, é dispensada a publicação prevista no inciso I do § 1o deste artigo.

§ 3o No caso de parcelamento do objeto, deverá ser considerado, para fins da aplicação do disposto no § 2o deste artigo, o valor total da contratação.

§ 4o As eventuais modificações no instrumento convocatório serão divulgadas nos mesmos prazos dos atos e procedimentos originais, exceto quando a alteração não comprometer a formulação das propostas.

Art. 16. Nas licitações, poderão ser adotados os modos de disputa aberto e fechado, que

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poderão ser combinados na forma do regulamento.

Art. 17. O regulamento disporá sobre as regras e procedimentos de apresentação de propostas ou lances, observado o seguinte:

I - no modo de disputa aberto, os licitantes apresentarão suas ofertas por meio de lances públicos e sucessivos, crescentes ou decrescentes, conforme o critério de julgamento adotado;

II - no modo de disputa fechado, as propostas apresentadas pelos licitantes serão sigilosas até a data e hora designadas para que sejam divulgadas; e

III - nas licitações de obras ou serviços de engenharia, após o julgamento das propostas, o licitante vencedor deverá reelaborar e apresentar à administração pública, por meio eletrônico, as planilhas com indicação dos quantitativos e dos custos unitários, bem como do detalhamento das Bonificações e Despesas Indiretas (BDI) e dos Encargos Sociais (ES), com os respectivos valores adequados ao lance vencedor.

§ 1o Poderão ser admitidos, nas condições estabelecidas em regulamento:

I - a apresentação de lances intermediários, durante a disputa aberta; e

II - o reinício da disputa aberta, após a definição da melhor proposta e para a definição das demais colocações, sempre que existir uma diferença de pelo menos 10% (dez por cento) entre o melhor lance e o do licitante subsequente.

§ 2o Consideram-se intermediários os lances:

I - iguais ou inferiores ao maior já ofertado, quando adotado o julgamento pelo critério da maior oferta; ou

II - iguais ou superiores ao menor já ofertado, quando adotados os demais critérios de julgamento.

Art. 18. Poderão ser utilizados os seguintes critérios de julgamento:

I - menor preço ou maior desconto;

II - técnica e preço;

III - melhor técnica ou conteúdo artístico;

IV - maior oferta de preço; ou

V - maior retorno econômico.

§ 1o O critério de julgamento será identificado no instrumento convocatório, observado o disposto nesta Lei.

§ 2o  O julgamento das propostas será efetivado pelo emprego de parâmetros objetivos definidos no instrumento convocatório.

§ 3o  Não serão consideradas vantagens não previstas no instrumento convocatório, inclusive financiamentos subsidiados ou a fundo perdido.

Art. 19. O julgamento pelo menor preço ou maior desconto considerará o menor dispêndio para a administração pública, atendidos os parâmetros mínimos de qualidade definidos no instrumento convocatório.

§ 1o  Os custos indiretos, relacionados com as despesas de manutenção, utilização, reposição, depreciação e impacto ambiental, entre outros fatores, poderão ser considerados para a definição do menor dispêndio, sempre que objetivamente mensuráveis, conforme dispuser o regulamento.

§ 2o  O julgamento por maior desconto terá como referência o preço global fixado no instrumento convocatório, sendo o desconto estendido aos eventuais termos aditivos.

§ 3o No caso de obras ou serviços de engenharia, o percentual de desconto apresentado pelos licitantes deverá incidir linearmente sobre os preços de todos os itens do orçamento estimado constante do instrumento convocatório.

Art. 20. No julgamento pela melhor combinação de técnica e preço, deverão ser avaliadas e

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ponderadas as propostas técnicas e de preço apresentadas pelos licitantes, mediante a utilização de parâmetros objetivos obrigatoriamente inseridos no instrumento convocatório.

§ 1o O critério de julgamento a que se refere o caput deste artigo será utilizado quando a avaliação e a ponderação da qualidade técnica das propostas que superarem os requisitos mínimos estabelecidos no instrumento convocatório forem relevantes aos fins pretendidos pela administração pública, e destinar-se-á exclusivamente a objetos:

I - de natureza predominantemente intelectual e de inovação tecnológica ou técnica; ou

II - que possam ser executados com diferentes metodologias ou tecnologias de domínio restrito no mercado, pontuando-se as vantagens e qualidades que eventualmente forem oferecidas para cada produto ou solução.

§ 2o É permitida a atribuição de fatores de ponderação distintos para valorar as propostas técnicas e de preço, sendo o percentual de ponderação mais relevante limitado a 70% (setenta por cento).

Art. 21. O julgamento pela melhor técnica ou pelo melhor conteúdo artístico considerará exclusivamente as propostas técnicas ou artísticas apresentadas pelos licitantes com base em critérios objetivos previamente estabelecidos no instrumento convocatório, no qual será definido o prêmio ou a remuneração que será atribuída aos vencedores.

Parágrafo único. O critério de julgamento referido no caput deste artigo poderá ser utilizado para a contratação de projetos, inclusive arquitetônicos, e trabalhos de natureza técnica, científica ou artística, excluindo-se os projetos de engenharia.

Art. 22. O julgamento pela maior oferta de preço será utilizado no caso de contratos que resultem em receita para a administração pública.

§ 1o Quando utilizado o critério de julgamento pela maior oferta de preço, os requisitos de qualificação técnica e econômico-financeira poderão ser dispensados, conforme dispuser o regulamento.

§ 2o  No julgamento pela maior oferta de preço, poderá ser exigida a comprovação do recolhimento de quantia a título de garantia, como requisito de habilitação, limitada a 5% (cinco por cento) do valor ofertado.

§ 3o Na hipótese do § 2o deste artigo, o licitante vencedor perderá o valor da entrada em favor da administração pública caso não efetive o pagamento devido no prazo estipulado.

Art. 23. No julgamento pelo maior retorno econômico, utilizado exclusivamente para a celebração de contratos de eficiência, as propostas serão consideradas de forma a selecionar a que proporcionará a maior economia para a administração pública decorrente da execução do contrato.

§ 1o O contrato de eficiência terá por objeto a prestação de serviços, que pode incluir a realização de obras e o fornecimento de bens, com o objetivo de proporcionar economia ao contratante, na forma de redução de despesas correntes, sendo o contratado remunerado com base em percentual da economia gerada.

§ 2o  Na hipótese prevista no  caput  deste artigo, os licitantes apresentarão propostas de trabalho e de preço, conforme dispuser o regulamento.

§ 3o Nos casos em que não for gerada a economia prevista no contrato de eficiência:

I - a diferença entre a economia contratada e a efetivamente obtida será descontada da remuneração da contratada;

II - se a diferença entre a economia contratada e a efetivamente obtida for superior à remuneração da contratada, será aplicada multa por inexecução contratual no valor da diferença; e

III - a contratada sujeitar-se-á, ainda, a outras sanções cabíveis caso a diferença entre a economia contratada e a efetivamente obtida seja superior ao limite máximo estabelecido no contrato.

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Art. 24. Serão desclassificadas as propostas que:

I - contenham vícios insanáveis;

II - não obedeçam às especificações técnicas pormenorizadas no instrumento convocatório;

III - apresentem preços manifestamente inexequíveis ou permaneçam acima do orçamento estimado para a contratação, inclusive nas hipóteses previstas no art. 6o desta Lei;

IV - não tenham sua exequibilidade demonstrada, quando exigido pela administração pública; ou

V - apresentem desconformidade com quaisquer outras exigências do instrumento convocatório, desde que insanáveis.

§ 1o  A verificação da conformidade das propostas poderá ser feita exclusivamente em relação à proposta mais bem classificada.

§ 2o A administração pública poderá realizar diligências para aferir a exequibilidade das propostas ou exigir dos licitantes que ela seja demonstrada, na forma do inciso IV do caput deste artigo.

§ 3o No caso de obras e serviços de engenharia, para efeito de avaliação da exequibilidade e de sobrepreço, serão considerados o preço global, os quantitativos e os preços unitários considerados relevantes, conforme dispuser o regulamento.

Art. 25. Em caso de empate entre 2 (duas) ou mais propostas, serão utilizados os seguintes critérios de desempate, nesta ordem:

I - disputa final, em que os licitantes empatados poderão apresentar nova proposta fechada em ato contínuo à classificação;

II - a avaliação do desempenho contratual prévio dos licitantes, desde que exista sistema objetivo de avaliação instituído;

III - os critérios estabelecidos no art. 3o da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991, e no § 2º do art. 3º da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993; e

IV - sorteio.

Parágrafo único. As regras previstas no caput deste artigo não prejudicam a aplicação do disposto no art. 44 da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006.

Art. 26. Definido o resultado do julgamento, a administração pública poderá negociar condições mais vantajosas com o primeiro colocado.

Parágrafo único. A negociação poderá ser feita com os demais licitantes, segundo a ordem de classificação inicialmente estabelecida, quando o preço do primeiro colocado, mesmo após a negociação, for desclassificado por sua proposta permanecer acima do orçamento estimado.

Art. 27. Salvo no caso de inversão de fases, o procedimento licitatório terá uma fase recursal única, que se seguirá à habilitação do vencedor.

Parágrafo único. Na fase recursal, serão analisados os recursos referentes ao julgamento das propostas ou lances e à habilitação do vencedor.

Art. 28. Exauridos os recursos administrativos, o procedimento licitatório será encerrado e encaminhado à autoridade superior, que poderá:

I - determinar o retorno dos autos para saneamento de irregularidades que forem supríveis;

II - anular o procedimento, no todo ou em parte, por vício insanável;

III - revogar o procedimento por motivo de conveniência e oportunidade; ou

IV - adjudicar o objeto e homologar a licitação.

Subseção IIIDos Procedimentos Auxiliares das Licitações no Âmbito do RDC

Art. 29. São procedimentos auxiliares das licitações regidas pelo disposto nesta Lei:

I - pré-qualificação permanente;

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II - cadastramento;

III - sistema de registro de preços; e

IV - catálogo eletrônico de padronização.

Parágrafo único.  Os procedimentos de que trata o caput deste artigo obedecerão a critérios claros e objetivos definidos em regulamento.

Art. 30. Considera-se pré-qualificação permanente o procedimento anterior à licitação destinado a identificar:

I - fornecedores que reúnam condições de habilitação exigidas para o fornecimento de bem ou a execução de serviço ou obra nos prazos, locais e condições previamente estabelecidos; e

II - bens que atendam às exigências técnicas e de qualidade da administração pública.

§ 1o O procedimento de pré-qualificação ficará permanentemente aberto para a inscrição dos eventuais interessados.

§ 2o  A administração pública poderá realizar licitação restrita aos pré-qualificados, nas condições estabelecidas em regulamento.

§ 3o  A pré-qualificação poderá ser efetuada nos grupos ou segmentos, segundo as especialidades dos fornecedores.

§ 4o A pré-qualificação poderá ser parcial ou total, contendo alguns ou todos os requisitos de habilitação ou técnicos necessários à contratação, assegurada, em qualquer hipótese, a igualdade de condições entre os concorrentes.

§ 5o A pré-qualificação terá validade de 1 (um) ano, no máximo, podendo ser atualizada a qualquer tempo.

Art. 31. Os registros cadastrais poderão ser mantidos para efeito de habilitação dos inscritos em procedimentos licitatórios e serão válidos por 1 (um) ano, no máximo, podendo ser atualizados a qualquer tempo.

§ 1o  Os registros cadastrais serão amplamente divulgados e ficarão permanentemente abertos para a inscrição de interessados.

§ 2o Os inscritos serão admitidos segundo requisitos previstos em regulamento.

§ 3o  A atuação do licitante no cumprimento de obrigações assumidas será anotada no respectivo registro cadastral.

§ 4o A qualquer tempo poderá ser alterado, suspenso ou cancelado o registro do inscrito que deixar de satisfazer as exigências de habilitação ou as estabelecidas para admissão cadastral.

Art. 32. O Sistema de Registro de Preços, especificamente destinado às licitações de que trata esta Lei, reger-se-á pelo disposto em regulamento.

§ 1o Poderá aderir ao sistema referido no caput deste artigo qualquer órgão ou entidade responsável pela execução das atividades contempladas no art. 1o desta Lei.

§ 2o O registro de preços observará, entre outras, as seguintes condições:

I - efetivação prévia de ampla pesquisa de mercado;

II - seleção de acordo com os procedimentos previstos em regulamento;

III - desenvolvimento obrigatório de rotina de controle e atualização periódicos dos preços registrados;

IV - definição da validade do registro; e

V - inclusão, na respectiva ata, do registro dos licitantes que aceitarem cotar os bens ou serviços com preços iguais ao do licitante vencedor na sequência da classificação do certame, assim como dos licitantes que mantiverem suas propostas originais.

§ 3o  A existência de preços registrados não obriga a administração pública a firmar os contratos que deles poderão advir, sendo facultada a realização de licitação específica, assegurada

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ao licitante registrado preferência em igualdade de condições.

Art. 33. O catálogo eletrônico de padronização de compras, serviços e obras consiste em sistema informatizado, de gerenciamento centralizado, destinado a permitir a padronização dos itens a serem adquiridos pela administração pública que estarão disponíveis para a realização de licitação.

Parágrafo único. O catálogo referido no caput deste artigo poderá ser utilizado em licitações cujo critério de julgamento seja a oferta de menor preço ou de maior desconto e conterá toda a documentação e procedimentos da fase interna da licitação, assim como as especificações dos respectivos objetos, conforme disposto em regulamento.

Subseção IVDa Comissão de Licitação

Art. 34. As licitações promovidas consoante o RDC serão processadas e julgadas por comissão permanente ou especial de licitações, composta majoritariamente por servidores ou empregados públicos pertencentes aos quadros permanentes dos órgãos ou entidades da administração pública responsáveis pela licitação.

§ 1o As regras relativas ao funcionamento das comissões de licitação e da comissão de cadastramento de que trata esta Lei serão estabelecidas em regulamento.

§ 2o Os membros da comissão de licitação responderão solidariamente por todos os atos praticados pela comissão, salvo se posição individual divergente estiver registrada na ata da reunião em que houver sido adotada a respectiva decisão.

Subseção VDa Dispensa e Inexigibilidade de Licitação

Art. 35. As hipóteses de dispensa e inexigibilidade de licitação estabelecidas nos  arts. 24  e  25 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, aplicam-se, no que couber, às contratações realizadas com base no RDC.

Parágrafo único. O processo de contratação por dispensa ou inexigibilidade de licitação deverá seguir o procedimento previsto no art. 26 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.

Subseção VIDas Condições Específicas para a Participação nas Licitações

e para a Contratação no RDCArt. 36. É vedada a participação direta ou indireta nas licitações de que trata esta Lei:

I - da pessoa física ou jurídica que elaborar o projeto básico ou executivo correspondente;

II - da pessoa jurídica que participar de consórcio responsável pela elaboração do projeto básico ou executivo correspondente;

III - da pessoa jurídica da qual o autor do projeto básico ou executivo seja administrador, sócio com mais de 5% (cinco por cento) do capital votante, controlador, gerente, responsável técnico ou subcontratado; ou

IV - do servidor, empregado ou ocupante de cargo em comissão do órgão ou entidade contratante ou responsável pela licitação.

§ 1o  Não se aplica o disposto nos incisos I, II e III do  caput  deste artigo no caso das contratações integradas.

§ 2o O disposto no caput deste artigo não impede, nas licitações para a contratação de obras ou serviços, a previsão de que a elaboração de projeto executivo constitua encargo do contratado, consoante preço previamente fixado pela administração pública.

§ 3o É permitida a participação das pessoas físicas ou jurídicas de que tratam os incisos II e III do caput deste artigo em licitação ou na execução do contrato, como consultor ou técnico, nas funções de fiscalização, supervisão ou gerenciamento, exclusivamente a serviço do órgão ou entidade pública interessados.

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§ 4o  Para fins do disposto neste artigo, considera-se participação indireta a existência de qualquer vínculo de natureza técnica, comercial, econômica, financeira ou trabalhista entre o autor do projeto, pessoa física ou jurídica, e o licitante ou responsável pelos serviços, fornecimentos e obras, incluindo-se os fornecimentos de bens e serviços a estes necessários.

§ 5o O disposto no § 4o deste artigo aplica-se aos membros da comissão de licitação.

Art. 37. É vedada a contratação direta, sem licitação, de pessoa jurídica na qual haja administrador ou sócio com poder de direção que mantenha relação de parentesco, inclusive por afinidade, até o terceiro grau civil com:

I - detentor de cargo em comissão ou função de confiança que atue na área responsável pela demanda ou contratação; e

II - autoridade hierarquicamente superior no âmbito de cada órgão ou entidade da administração pública.

Art. 38. Nos processos de contratação abrangidos por esta Lei, aplicam-se as preferências para fornecedores ou tipos de bens, serviços e obras previstos na legislação, em especial as referidas:

I - no art. 3o da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991;

II - no art. 3º da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993; e

III - nos arts. 42 a 49 da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006.

Seção IIIDas Regras Específicas Aplicáveis aos Contratos Celebrados no Âmbito do RDC

Art. 39. Os contratos administrativos celebrados com base no RDC reger-se-ão pelas normas da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, com exceção das regras específicas previstas nesta Lei.

Art. 40. É facultado à administração pública, quando o convocado não assinar o termo de contrato ou não aceitar ou retirar o instrumento equivalente no prazo e condições estabelecidos:

I - revogar a licitação, sem prejuízo da aplicação das cominações previstas na Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, e nesta Lei; ou

II - convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificação, para a celebração do contrato nas condições ofertadas pelo licitante vencedor.

Parágrafo único. Na hipótese de nenhum dos licitantes aceitar a contratação nos termos do inciso II do  caput  deste artigo, a administração pública poderá convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificação, para a celebração do contrato nas condições ofertadas por estes, desde que o respectivo valor seja igual ou inferior ao orçamento estimado para a contratação, inclusive quanto aos preços atualizados nos termos do instrumento convocatório.

Art. 41. Na hipótese do  inciso XI do art. 24 da Lei no  8.666, de 21 de junho de 1993, a contratação de remanescente de obra, serviço ou fornecimento de bens em consequência de rescisão contratual observará a ordem de classificação dos licitantes remanescentes e as condições por estes ofertadas, desde que não seja ultrapassado o orçamento estimado para a contratação.

Art. 42. Os contratos para a execução das obras previstas no plano plurianual poderão ser firmados pelo período nele compreendido, observado o disposto no caput do art. 57 da Lei no8.666, de 21 de junho de 1993.

Art. 43.  Na hipótese do  inciso II do art. 57 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, os contratos celebrados pelos entes públicos responsáveis pelas atividades descritas nos incisos I a III do art. 1o desta Lei poderão ter sua vigência estabelecida até a data da extinção da APO. (Redação dada pela Lei nº 12.688, de 2012)

Art. 44. As normas referentes à anulação e revogação das licitações previstas no art. 49 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, aplicar-se-ão às contratações realizadas com base no disposto nesta Lei. 

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Art. 44-A. Nos contratos regidos por esta Lei, poderá ser admitido o emprego dos mecanismos privados de resolução de disputas, inclusive a arbitragem, a ser realizada no Brasil e em língua portuguesa, nos termos da Lei no 9.307, de 23 de setembro de 1996, e a mediação, para dirimir conflitos decorrentes da sua execução ou a ela relacionados.  (Incluído pela Lei nº 13.190, de 2015)

Seção IVDos Pedidos de Esclarecimento, Impugnações e Recursos

Art. 45. Dos atos da administração pública decorrentes da aplicação do RDC caberão:

I - pedidos de esclarecimento e impugnações ao instrumento convocatório no prazo mínimo de:

a) até 2 (dois) dias úteis antes da data de abertura das propostas, no caso de licitação para aquisição ou alienação de bens; ou

b) até 5 (cinco) dias úteis antes da data de abertura das propostas, no caso de licitação para contratação de obras ou serviços;

II - recursos, no prazo de 5 (cinco) dias úteis contados a partir da data da intimação ou da lavratura da ata, em face:

a) do ato que defira ou indefira pedido de pré-qualificação de interessados;

b) do ato de habilitação ou inabilitação de licitante;

c) do julgamento das propostas;

d) da anulação ou revogação da licitação;

e) do indeferimento do pedido de inscrição em registro cadastral, sua alteração ou cancelamento;

f) da rescisão do contrato, nas hipóteses previstas no inciso I do art. 79 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993;

g) da aplicação das penas de advertência, multa, declaração de inidoneidade, suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a administração pública; e

III - representações, no prazo de 5 (cinco) dias úteis contados a partir da data da intimação, relativamente a atos de que não caiba recurso hierárquico.

§ 1o Os licitantes que desejarem apresentar os recursos de que tratam as alíneas a, b e c do inciso II do caput deste artigo deverão manifestar imediatamente a sua intenção de recorrer, sob pena de preclusão.

§ 2o  O prazo para apresentação de contrarrazões será o mesmo do recurso e começará imediatamente após o encerramento do prazo recursal.

§ 3o  É assegurado aos licitantes vista dos elementos indispensáveis à defesa de seus interesses.

§ 4o Na contagem dos prazos estabelecidos nesta Lei, excluir-se-á o dia do início e incluir-se-á o do vencimento.

§ 5o Os prazos previstos nesta Lei iniciam e expiram exclusivamente em dia de expediente no âmbito do órgão ou entidade.

§ 6o  O recurso será dirigido à autoridade superior, por intermédio da autoridade que praticou o ato recorrido, cabendo a esta reconsiderar sua decisão no prazo de 5 (cinco) dias úteis ou, nesse mesmo prazo, fazê-lo subir, devidamente informado, devendo, neste caso, a decisão do recurso ser proferida dentro do prazo de 5 (cinco) dias úteis, contados do seu recebimento, sob pena de apuração de responsabilidade.

Art. 46. Aplica-se ao RDC o disposto no art. 113 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.

Seção VDas Sanções Administrativas

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Art. 47. Ficará impedido de licitar e contratar com a União, Estados, Distrito Federal ou Municípios, pelo prazo de até 5 (cinco) anos, sem prejuízo das multas previstas no instrumento convocatório e no contrato, bem como das demais cominações legais, o licitante que:

I - convocado dentro do prazo de validade da sua proposta não celebrar o contrato, inclusive nas hipóteses previstas no parágrafo único do art. 40 e no art. 41 desta Lei;

II - deixar de entregar a documentação exigida para o certame ou apresentar documento falso;

III - ensejar o retardamento da execução ou da entrega do objeto da licitação sem motivo justificado;

IV - não mantiver a proposta, salvo se em decorrência de fato superveniente, devidamente justificado;

V - fraudar a licitação ou praticar atos fraudulentos na execução do contrato;

VI - comportar-se de modo inidôneo ou cometer fraude fiscal; ou

VII - der causa à inexecução total ou parcial do contrato.

§ 1o  A aplicação da sanção de que trata o  caput  deste artigo implicará ainda o descredenciamento do licitante, pelo prazo estabelecido no caput deste artigo, dos sistemas de cadastramento dos entes federativos que compõem a Autoridade Pública Olímpica.

§ 2o As sanções administrativas, criminais e demais regras previstas no Capítulo IV da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, aplicam-se às licitações e aos contratos regidos por esta Lei.

Art. 47-A.  A administração pública poderá firmar contratos de locação de bens móveis e imóveis, nos quais o locador realiza prévia aquisição, construção ou reforma substancial, com ou sem aparelhamento de bens, por si mesmo ou por terceiros, do bem especificado pela administração.   (Incluído pela Lei nº 13.190, de 2015)

§ 1o    A contratação referida no  caput  sujeita-se à mesma disciplina de dispensa e inexigibilidade de licitação aplicável às locações comuns.   (Incluído pela Lei nº 13.190, de 2015)

§ 2o   A contratação referida no caput poderá prever a reversão dos bens à administração pública ao final da locação, desde que estabelecida no contrato.   (Incluído pela Lei nº 13.190, de 2015)

§ 3o   O valor da locação a que se refere o caput não poderá exceder, ao mês, 1% (um por cento) do valor do bem locado.  (Incluído pela Lei nº 13.190, de 2015)

CAPÍTULO IIOutras Disposições

Seção IAlterações da Organização da Presidência da República e dos Ministérios

Art. 48. A Lei no 10.683, de 28 de maio de 2003, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 1o A Presidência da República é constituída, essencialmente:

I - pela Casa Civil;

II - pela Secretaria-Geral;

III - pela Secretaria de Relações Institucionais;

IV - pela Secretaria de Comunicação Social;

V - pelo Gabinete Pessoal;

VI - pelo Gabinete de Segurança Institucional;

VII - pela Secretaria de Assuntos Estratégicos;

VIII - pela Secretaria de Políticas para as Mulheres;

IX - pela Secretaria de Direitos Humanos;

X - pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial;

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XI - pela Secretaria de Portos; e

XII - pela Secretaria de Aviação Civil.

§ 1o  ..............................................................................

............................................................................................

X - o Conselho de Aviação Civil.

............................................................................” (NR)

“Art. 2o  À Casa Civil da Presidência da República compete:

I - assistir direta e imediatamente ao Presidente da República no desempenho de suas atribuições, especialmente:

a) na coordenação e na integração das ações do Governo;

b) na verificação prévia da constitucionalidade e legalidade dos atos presidenciais;

c) na análise do mérito, da oportunidade e da compatibilidade das propostas, inclusive das matérias em tramitação no Congresso Nacional, com as diretrizes governamentais;

d) na avaliação e monitoramento da ação governamental e da gestão dos órgãos e entidades da administração pública federal;

II - promover a publicação e a preservação dos atos oficiais.

Parágrafo único.  A Casa Civil tem como estrutura básica:

I - o Conselho Deliberativo do Sistema de Proteção da Amazônia;

II - a Imprensa Nacional;

III - o Gabinete;

IV - a Secretaria-Executiva; e

V - até 3 (três) Subchefias.” (NR)

“Art. 3o  ..............................…………………...................

.............................................................................................

§ 1o  À Secretaria-Geral da Presidência da República compete ainda:

I - supervisão e execução das atividades administrativas da Presidência da República e, supletivamente, da Vice-Presidência da República; e

II - avaliação da ação governamental e do resultado da gestão dos administradores, no âmbito dos órgãos integrantes da Presidência da República e Vice-Presidência da República, além de outros determinados em legislação específica, por intermédio da fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial.

§ 2o  A Secretaria-Geral da Presidência da República tem como estrutura básica:

I - o Conselho Nacional de Juventude;

II - o Gabinete;

III - a Secretaria-Executiva;

IV - a Secretaria Nacional de Juventude;

V - até 5 (cinco) Secretarias; e

VI - 1 (um) órgão de Controle Interno.

§ 3o  Caberá ao Secretário-Executivo da Secretaria-Geral da Presidência da República exercer, além da supervisão e da coordenação das Secretarias integrantes da estrutura da Secretaria-Geral da Presidência da República subordinadas ao Ministro de Estado, as funções que lhe forem por este atribuídas.” (NR)

“Art. 6o  Ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República compete:

I - assistir direta e imediatamente ao Presidente da República no desempenho de suas atribuições;

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II - prevenir a ocorrência e articular o gerenciamento de crises, em caso de grave e iminente ameaça à estabilidade institucional;

III - realizar o assessoramento pessoal em assuntos militares e de segurança;

IV - coordenar as atividades de inteligência federal e de segurança da informação;

V - zelar, assegurado o exercício do poder de polícia, pela segurança pessoal do Chefe de Estado, do Vice-Presidente da República e respectivos familiares, dos titulares dos órgãos essenciais da Presidência da República e de outras autoridades ou personalidades quando determinado pelo Presidente da República, bem como pela segurança dos palácios presidenciais e das residências do Presidente e do Vice-Presidente da República.

§ 1o  (Revogado).

§ 2o  (Revogado).

...........................................................................

§ 4o  O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República tem como estrutura básica:

I - a Agência Brasileira de Inteligência (Abin);

II - o Gabinete;

III - a Secretaria-Executiva; e

IV - até 3 (três) Secretarias.” (NR)

“Art. 11-A.    Ao Conselho de Aviação Civil, presidido pelo Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, com composição e funcionamento estabelecidos pelo Poder Executivo, compete estabelecer as diretrizes da política relativa ao setor de aviação civil.”

“Art. 24-D.  À Secretaria de Aviação Civil compete:

I - formular, coordenar e supervisionar as políticas para o desenvolvimento do setor de aviação civil e das infraestruturas aeroportuária e aeronáutica civil, em articulação, no que couber, com o Ministério da Defesa;

II - elaborar estudos e projeções relativos aos assuntos de aviação civil e de infraestruturas aeroportuária e aeronáutica civil e sobre a logística do transporte aéreo e do transporte intermodal e multimodal, ao longo de eixos e fluxos de produção em articulação com os demais órgãos governamentais competentes, com atenção às exigências de mobilidade urbana e acessibilidade;

III - formular e implementar o planejamento estratégico do setor, definindo prioridades dos programas de investimentos;

IV - elaborar e aprovar os planos de outorgas para exploração da infraestrutura aeroportuária, ouvida a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac);

V - propor ao Presidente da República a declaração de utilidade pública, para fins de desapropriação ou instituição de servidão administrativa, dos bens necessários à construção, manutenção e expansão da infraestrutura aeronáutica e aeroportuária;

VI - administrar recursos e programas de desenvolvimento da infraestrutura de aviação civil;

VII - coordenar os órgãos e entidades do sistema de aviação civil, em articulação com o Ministério da Defesa, no que couber; e

VIII - transferir para Estados, Distrito Federal e Municípios a implantação, administração, operação, manutenção e exploração de aeródromos públicos, direta ou indiretamente.

Parágrafo único.  A Secretaria de Aviação Civil tem como estrutura básica o Gabinete, a Secretaria-Executiva e até 3 (três) Secretarias.”

“Art. 25.  ......................................................................

.............................................................................................

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Parágrafo único.  São Ministros de Estado:

I - os titulares dos Ministérios;

II - os titulares das Secretarias da Presidência da República;

III - o Advogado-Geral da União;

IV - o Chefe da Casa Civil da Presidência da República;

V - o Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República;

VI - o Chefe da Controladoria-Geral da União;

VII - o Presidente do Banco Central do Brasil.” (NR)

“Art. 27.  .......................................................................

.............................................................................................

VII - Ministério da Defesa:

.............................................................................................

y) infraestrutura aeroespacial e aeronáutica;

z) operacionalização do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam);

...........................................................................................

XII - .............................................................................

...........................................................................................

i) ...................................................................................

.............................................................................................

6.  (revogado);

.............................................................................................

XIV - ..............................................................................

.............................................................................................

m) articulação, coordenação, supervisão, integração e proposição das ações do Governo e do Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas nos aspectos relacionados com as atividades de prevenção, repressão ao tráfico ilícito e à produção não autorizada de drogas, bem como aquelas relacionadas com o tratamento, a recuperação e a reinserção social de usuários e dependentes e ao Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas;

n) política nacional de arquivos; e

o) assistência ao Presidente da República em matérias não afetas a outro Ministério;

...................................................................................” (NR)

“Art. 29.  .....................................................................

...........................................................................................

VI -  do Ministério da Cultura: o Conselho Superior do Cinema, o Conselho Nacional de Política Cultural, a Comissão Nacional de Incentivo à Cultura e até 6 (seis) Secretarias;

VII - do Ministério da Defesa: o Conselho Militar de Defesa, o Comando da Marinha, o Comando do Exército, o Comando da Aeronáutica, o Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, a Escola Superior de Guerra, o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), o Hospital das Forças Armadas, a Representação Brasileira na Junta Interamericana de Defesa, até 3 (três) Secretarias e um órgão de Controle Interno;

.............................................................................................

XIV - do Ministério da Justiça: o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, o Conselho Nacional de Segurança Pública, o Conselho Federal Gestor do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos, o Conselho Nacional de Combate à Pirataria e Delitos contra a Propriedade Intelectual, o Conselho Nacional de Arquivos, o Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas, o

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Departamento de Polícia Federal, o Departamento de Polícia Rodoviária Federal, o Departamento de Polícia Ferroviária Federal, a Defensoria Pública da União, o Arquivo Nacional e até 6 (seis) Secretarias;

..........................................................................................

§ 3o  (Revogado).

............................................................................................

§ 8o  Os profissionais da Segurança Pública Ferroviária oriundos do grupo Rede, Rede Ferroviária Federal (RFFSA), da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e da Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb) que estavam em exercício em 11 de dezembro de 1990, passam a integrar o Departamento de Polícia Ferroviária Federal do Ministério da Justiça.” (NR)

Art. 49.  São transferidas as competências referentes à aviação civil do Ministério da Defesa para a Secretaria de Aviação Civil.

Art. 50.  O acervo patrimonial dos órgãos transferidos, incorporados ou desmembrados por esta Lei será transferido para os Ministérios, órgãos e entidades que tiverem absorvido as correspondentes competências.

Parágrafo único.  O quadro de servidores efetivos dos órgãos de que trata este artigo será transferido para os Ministérios e órgãos que tiverem absorvido as correspondentes competências.

Art. 51.  O Ministério da Defesa e o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão adotarão, até 1o de junho de 2011, as providências necessárias para a efetivação das transferências de que trata esta Lei, inclusive quanto à movimentação das dotações orçamentárias destinadas aos órgãos transferidos.

Parágrafo único.  No prazo de que trata o caput, o Ministério da Defesa prestará o apoio administrativo e jurídico necessário para garantir a continuidade das atividades da Secretaria de Aviação Civil.

Art. 52.  Os servidores e militares requisitados pela Presidência da República em exercício, em 31 de dezembro de 2010, no Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia, no Arquivo Nacional e na Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, poderão permanecer à disposição, respectivamente, do Ministério da Defesa e do Ministério da Justiça, para exercício naquelas unidades, bem como ser novamente requisitados caso tenham retornado aos órgãos ou entidades de origem antes de 18 de março de 2011.

§ 1o  Os servidores e militares de que trata o caput poderão ser designados para o exercício de Gratificações de Representação da Presidência da República ou de Gratificação de Exercício em Cargo de Confiança nos órgãos da Presidência da República devida aos militares enquanto permanecerem nos órgãos para os quais foram requisitados.

§ 2o (Revogado pela Lei nº 12.702, de 2012)

§ 3o  Aplica-se o disposto no parágrafo único do art. 2o da Lei no 9.007, de 17 de março de 1995, aos servidores referidos neste artigo.

Seção IIDas Adaptações da Legislação da Anac

Art. 53.  A Lei no  11.182, de 27 de setembro de 2005, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 3o    A Anac, no exercício de suas competências, deverá observar e implementar as orientações, diretrizes e políticas estabelecidas pelo governo federal, especialmente no que se refere a:

...................................................................................” (NR)

“Art. 8o  ...........…………...............……….....................

...........................................................................................

XXII - aprovar os planos diretores dos aeroportos;

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XXIII - (revogado);

............................................................................................

XXVII - (revogado);

XXVIII - fiscalizar a observância dos requisitos técnicos na construção, reforma e ampliação de aeródromos e aprovar sua abertura ao tráfego;

............................................................................................

XXXIX - apresentar ao Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República proposta de orçamento;

XL - elaborar e enviar o relatório anual de suas atividades à Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República e, por intermédio da Presidência da República, ao Congresso Nacional;

.............................................................................................

XLVII - (revogado);

.......................................................................................” (NR)

“Art. 11............................................................................

I - propor, por intermédio do Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, ao Presidente da República, alterações do regulamento da Anac;

...................................................................................” (NR)

“Art. 14. ........................................................................

.............................................................................................

§ 2o  Cabe ao Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República instaurar o processo administrativo disciplinar, que será conduzido por comissão especial constituída por servidores públicos federais estáveis, competindo ao Presidente da República determinar o afastamento preventivo, quando for o caso, e proferir julgamento.” (NR)

Seção IIIDa Adaptação da Legislação da Infraero

Art. 54.  O art. 2o da Lei no 5.862, de 12 de dezembro de 1972, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 2o  A Infraero terá por finalidade implantar, administrar, operar e explorar industrial e comercialmente a infraestrutura aeroportuária que lhe for atribuída pela Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República.

..................................................................................” (NR)

Seção IVDa Adaptação do Programa Federal de Auxílio a Aeroportos

Art. 55.  O art. 1o da Lei no 8.399, de 7 de janeiro de 1992, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 1o  ........................................................................

.............................................................................................

§ 2o  A parcela de 20% (vinte por cento) especificada neste artigo constituirá o suporte financeiro do Programa Federal de Auxílio a Aeroportos a ser proposto e instituído de acordo com os Planos Aeroviários Estaduais e estabelecido por meio de convênios celebrados entre os Governos Estaduais e a Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República.

§ 3o  Serão contemplados com os recursos dispostos no § 2o  os aeroportos estaduais constantes dos Planos Aeroviários e que sejam objeto de convênio específico firmado entre o Governo Estadual interessado e a Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República.

...................................................................................” (NR)

Seção V

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Dos Cargos Decorrentes da Reestruturação da Secretaria de Aviação CivilArt. 56.  É criado o cargo de Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Aviação Civil da

Presidência da República.

Art. 57.  É criado o cargo em comissão, de Natureza Especial, de Secretário-Executivo da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República.

Art. 58.  São criados, no âmbito da administração pública federal, os seguintes cargos em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores destinados à Secretaria de Aviação Civil:

I - 2 (dois) DAS-6;

II - 9 (nove) DAS-5;

III - 23 (vinte e três) DAS-4;

IV - 39 (trinta e nove) DAS-3;

V - 35 (trinta e cinco) DAS-2;

VI - 19 (dezenove) DAS-1.

Art. 59.  É transformado o cargo, de Natureza Especial, de Secretário Nacional de Políticas sobre Drogas no cargo, de Natureza Especial, de Assessor Chefe da Assessoria Especial do Presidente da República.

Art. 60.  A Tabela a do Anexo I da Lei no 11.526, de 4 de outubro de 2007, passa a vigorar acrescida da seguinte linha:Assessor Chefe da Assessoria Especial do Presidente da República

11.179,36

Seção VIDo Pessoal Destinado ao Controle de Tráfego Aéreo

Art. 61.  O art. 2o da Lei no 11.458, de 19 de março de 2007, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 2o   A contratação de que trata esta Lei será de, no máximo, 160 (cento e sessenta) pessoas, com validade de até 2 (dois) anos, podendo ser prorrogada por sucessivos períodos até 18 de março de 2013.

§ 1o  Prorrogações para períodos posteriores à data prevista no caput deste artigo poderão ser autorizadas, por ato conjunto dos Ministros de Estado da Defesa e do Planejamento, Orçamento e Gestão, mediante justificativa dos motivos que impossibilitaram a total substituição dos servidores temporários por servidores efetivos admitidos nos termos do inciso II do art. 37 da Constituição Federal.

§ 2o  Na hipótese do § 1o deste artigo, regulamento estabelecerá critérios de substituição gradativa dos servidores temporários.

§ 3o  Nenhum contrato de que trata esta Lei poderá superar a data limite de 1o de dezembro de 2016.” (NR)

Art. 62.  São criados, no Quadro de Pessoal do Comando da Aeronáutica, 100 (cem) cargos efetivos de Controlador de Tráfego Aéreo, de nível intermediário, integrantes do Grupo-Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo, código Dacta-1303.

Seção VIIDa Criação do Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC)

Art. 63.   É instituído o Fundo Nacional de Aviação Civil - FNAC, de natureza contábil e financeira, vinculado à Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, para destinação dos recursos do sistema de aviação civil. (Redação dada pela Lei nº 12.833, de 2013)

§ 1o  São recursos do FNAC: (Redação dada pela Lei nº 12.648, de 2012)

I - os referentes ao adicional tarifário previsto no art. 1º da Lei nº 7.920, de 12 de dezembro de 1989; (Incluído pela Lei nº 12.648, de 2012)

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II - os referidos no art. 1º da Lei nº 9.825, de 23 de agosto de 1999; (Incluído pela Lei nº 12.648, de 2012)

III - os valores devidos como contrapartida à União em razão das outorgas de infraestrutura aeroportuária; (Incluído pela Lei nº 12.648, de 2012)

IV - os rendimentos de suas aplicações financeiras;  (Incluído pela Lei nº 12.833, de 2013)

V - os que lhe forem atribuídos para os fins de que trata o art. 63-A; e  (Redação dada pela Lei nº 12.833, de 2013)

VI - outros que lhe forem atribuídos.  (Incluído pela Lei nº 12.833, de 2013)

§ 2o  Os recursos do FNAC serão aplicados exclusivamente no desenvolvimento e fomento do setor de aviação civil e das infraestruturas aeroportuária e aeronáutica civil. (Redação dada pela Lei nº 12.648, de 2012)

§ 3o  As despesas do FNAC correrão à conta de dotações orçamentárias específicas alocadas no orçamento geral da União, observados os limites anuais de movimentação e empenho e de pagamento.

§ 4o  Deverão ser disponibilizadas, anualmente, pela Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, em seu sítio eletrônico, informações contábeis e financeiras, além de descrição dos resultados econômicos e sociais obtidos pelo FNAC.

§ 5o  Os recursos do FNAC também poderão ser aplicados no desenvolvimento, na ampliação e na reestruturação de aeroportos concedidos, desde que tais ações não constituam obrigação do concessionário, conforme estabelecido no contrato de concessão, nos termos das normas expedidas pela Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC e pela Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República - SAC, observadas as respectivas competências.    (Incluído pela Lei nº 12.648, de 2012)

§ 6o  Os recursos do FNAC, enquanto não destinados às finalidades previstas no art. 63-A, ficarão depositados na Conta Única do Tesouro Nacional.  (Incluído pela Lei nº 12.833, de 2013)

Art. 63-A.   Os recursos do FNAC serão geridos e administrados pela Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República ou, a seu critério, por instituição financeira pública federal, quando destinados à modernização, construção, ampliação ou reforma de aeródromos públicos. (Incluído pela Lei nº 12.833, de 2013)

§ 1o  Para a consecução dos objetivos previstos no caput, a Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, diretamente ou, a seu critério, por intermédio de instituição financeira pública federal, realizará procedimento licitatório, podendo, em nome próprio ou de terceiros, adquirir bens, contratar obras e serviços de engenharia e de técnicos especializados e utilizar-se do Regime Diferenciado de Contratações Públicas - RDC.  (Incluído pela Lei nº 12.833, de 2013)

§ 2o  Ato conjunto dos Ministros da Fazenda e da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República fixará a remuneração de instituição financeira que prestar serviços, na forma deste artigo.  (Incluído pela Lei nº 12.833, de 2013)

CAPÍTULO IIIDisposições Finais

Art. 64.  O Poder Executivo federal regulamentará o disposto no Capítulo I desta Lei.

Art. 65.  Até que a Autoridade Pública Olímpica defina a Carteira de Projetos Olímpicos, aplica-se, excepcionalmente, o disposto nesta Lei às contratações decorrentes do inciso I do art. 1o desta Lei, desde que sejam imprescindíveis para o cumprimento das obrigações assumidas perante o Comitê Olímpico Internacional e o Comitê Paraolímpico Internacional, e sua necessidade seja fundamentada pelo contratante da obra ou serviço.

Art. 66.  Para os projetos de que tratam os incisos I a III do art. 1o  desta Lei, o prazo estabelecido no inciso II do § 1o do art. 8o da Medida Provisória no 2.185-35, de 24 de agosto de 2001, passa a ser o de 31 de dezembro de 2013.

Art. 67.  A Lei no 12.350, de 20 de dezembro de 2010, passa a vigorar acrescida do seguinte

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art. 62-A:

“Art. 62-A.  Para efeito da análise das operações de crédito destinadas ao financiamento dos projetos para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, para a Copa das Confederações da Federação Internacional de Futebol Associação - Fifa 2013 e para a Copa do Mundo Fifa 2014, a verificação da adimplência será efetuada pelo número do registro no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) principal que represente a pessoa jurídica do mutuário ou tomador da operação de crédito.”

Art. 68.  O inciso II do § 1o do art. 8o da Medida Provisória no 2.185-35, de 24 de agosto de 2001, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 8o  .........................................................................

..............................................................................................

§ 1o  ..................................................................................

..............................................................................................

II -  os empréstimos ou financiamentos tomados perante organismos financeiros multilaterais e instituições de fomento e cooperação ligadas a governos estrangeiros, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Caixa Econômica Federal, que tenham avaliação positiva da agência financiadora, e desde que contratados no prazo de 2 (dois) anos, contados a partir da publicação da Lei de conversão da Medida Provisória no 527, de 18 de março de 2011, e destinados exclusivamente à complementação de programas em andamento;

...................................................................................” (NR)

CAPÍTULO IVDas Revogações

Art. 69.  Revogam-se:

I - os §§ 1o e 2o do art. 6o, o item 6 da alínea i do inciso XII do art. 27 e o § 3o do art. 29, todos da Lei no 10.683, de 28 de maio de 2003;

II - os §§ 4o e 5o do art. 16 da Lei no 9.649, de 27 de maio de 1998; e

III - os incisos XXIII, XXVII e XLVII do art. 8º e o § 2º do art. 10 da Lei nº 11.182, de 27 de setembro de 2005.

Art. 70.  Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos financeiros, no tocante ao art. 52 desta Lei, a contar da transferência dos órgãos ali referidos.

Brasília, 4 de agosto de 2011; 190o da Independência e 123o da República.

DILMA ROUSSEFF

Jose Eduardo Cardozo

Nelson Henrique Barbosa Filho

Iraneth Rodrigues Monteiro

Orlando Silva de Jesus Júnior

Luís Inácio Lucena Adams

Wagner Bittencourt de Oliveira

Este texto não substitui o publicado no DOU de 5.8.2011 - Edição extra e retificada em 10.8.2011

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DECRETO Nº 7.581, DE 11 DE OUTUBRO DE 2011

Regulamenta o Regime Diferenciado de Contratações Públicas - RDC, de que trata a Lei nº 12.462, de 4 de agosto de 2011. (Redação dada pelo Decreto nº 8.251, de 2014)

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, e tendo em vista o disposto na Lei no 12.462, de 5 de agosto de 2011, 

DECRETA: Art. 1o  O Regime Diferenciado de Contratações Públicas - RDC, de que trata a Lei no 12.462, de 5

de agosto de 2011, fica regulamentado por este Decreto. TÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS 

Art. 2o O RDC aplica-se exclusivamente às licitações e contratos necessários à realização:I - dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, constantes da Carteira de Projetos Olímpicos a

ser definida pela Autoridade Pública Olímpica - APO;II - da Copa das Confederações da Fedération Internationale de Football Association - FIFA 2013

e da Copa do Mundo FIFA 2014, definidos em instrumento próprio pelo Grupo Executivo da Copa do Mundo FIFA 2014 - GECOPA, vinculado ao Comitê Gestor da Copa do Mundo FIFA 2014 - CGCOPA; e

III - de obras de infraestrutura e à contratação de serviços para os aeroportos das capitais dos Estados distantes até trezentos e cinquenta quilômetros das cidades sedes das competições referidas nos incisos I e II do caput. 

Parágrafo único.  Nos casos de obras públicas necessárias à realização da Copa das Confederações da FIFA 2013 e da Copa do Mundo FIFA 2014, aplica-se o RDC às obras constantes da matriz de responsabilidade celebrada entre a União, Estados, Distrito Federal e Municípios. 

TÍTULO IIDO PROCEDIMENTO DA LICITAÇÃO 

CAPÍTULO IDAS VEDAÇÕES 

Art. 3o.  É vedada a participação direta ou indireta nas licitações:I - da pessoa física ou jurídica que elaborar o projeto básico ou executivo correspondente;II - da pessoa jurídica que participar de consórcio responsável pela elaboração do projeto básico

ou executivo correspondente;III  -  da pessoa jurídica na qual o autor do projeto básico ou executivo seja administrador,

sócio com mais de cinco por cento do capital votante, controlador, gerente, responsável técnico ou subcontratado; ou

IV - do servidor, empregado ou ocupante de cargo em comissão do órgão ou entidade contratante ou responsável pela licitação. 

§ 1o Caso adotado o regime de contratação integrada:I - não se aplicam as vedações previstas nos incisos I, II e III do caput; eII  - é vedada a participação direta ou indireta nas licitações da pessoa física ou jurídica que

elaborar o anteprojeto de engenharia. § 2o  O disposto no caput não impede, nas licitações para a contratação de obras ou serviços, a

previsão de que a elaboração do projeto executivo constitua encargo do contratado, consoante preço previamente fixado pela administração pública. 

§ 3o  É permitida a participação das pessoas jurídicas de que tratam os incisos II e III do caput em licitação ou na execução do contrato como consultores ou técnicos, nas funções de fiscalização, supervisão ou gerenciamento, exclusivamente a serviço do órgão ou entidade pública interessados. 

§  4o    Para fins do disposto neste artigo, considera-se participação indireta a existência de qualquer vínculo de natureza técnica, comercial, econômica, financeira ou trabalhista entre o autor do projeto, pessoa física ou jurídica, e o licitante ou responsável pelos serviços, fornecimentos e obras, incluindo-se o fornecimento de bens e serviços a estes necessários.  

§ 5o O disposto no § 4o aplica-se aos membros da comissão de licitação. 

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CAPÍTULO IIDA FASE INTERNA 

Seção IDos atos preparatórios 

Art. 4o. Na fase interna a administração pública elaborará os atos e expedirá os documentos necessários para caracterização do objeto a ser licitado e para definição dos parâmetros do certame, tais como:

I - justificativa da contratação e da adoção do RDC;II - definição:a) do objeto da contratação;b) do orçamento e preço de referência, remuneração ou prêmio, conforme critério de julgamento

adotado;c) dos requisitos de conformidade das propostas;d) dos requisitos de habilitação;e) das cláusulas que deverão constar do contrato, inclusive as referentes a sanções e, quando

for o caso, a prazos de fornecimento; ef) do procedimento da licitação, com a indicação da forma de execução, do modo de disputa e

do critério de julgamento;III - justificativa técnica, com a devida aprovação da autoridade competente, no caso de adoção

da inversão de fases prevista no parágrafo único do art. 14;IV - justificativa para:a) a fixação dos fatores de ponderação na avaliação das propostas técnicas e de preço, quando

escolhido o critério de julgamento por técnica e preço;b) a indicação de marca ou modelo;c) a exigência de amostra;d) a exigência de certificação de qualidade do produto ou do processo de fabricação; ee) a exigência de carta de solidariedade emitida pelo fabricante;V - indicação da fonte de recursos suficiente para a contratação;VI  -  declaração de compatibilidade com o plano plurianual, no caso de investimento cuja

execução ultrapasse um exercício financeiro;VII - termo de referência que contenha conjunto de elementos necessários e suficientes, com

nível de precisão adequado, para caracterizar os serviços a serem contratados ou os bens a serem fornecidos;

VIII - projeto básico ou executivo para a contratação de obras e serviços de engenharia;IX - justificativa da vantajosidade da divisão do objeto da licitação em lotes ou parcelas para

aproveitar as peculiaridades do mercado e ampliar a competitividade, desde que a medida seja viável técnica e economicamente e não haja perda de economia de escala;

X - instrumento convocatório;XI - minuta do contrato, quando houver; eXII - ato de designação da comissão de licitação.  Art. 5o. O termo de referência, projeto básico ou projeto executivo poderá prever requisitos de

sustentabilidade ambiental, além dos previstos na legislação aplicável.  Seção II

Da Comissão de Licitação 

Art. 6o.  As licitações serão processadas e julgadas por comissão permanente ou especial. §  1o    As comissões de que trata o  caput  serão compostas por, no mínimo, três membros

tecnicamente qualificados, sendo a maioria deles servidores ou empregados públicos pertencentes aos quadros permanentes dos órgãos ou entidades responsáveis pela licitação. 

§  2o    Os membros da comissão de licitação responderão solidariamente por todos os atos praticados pela comissão, salvo se posição individual divergente estiver registrada na ata da reunião em que adotada a decisão. 

Art. 7o. São competências da comissão de licitação:I - elaborar as minutas dos editais e contratos ou utilizar minuta padrão elaborada pela Comissão

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do Catálogo Eletrônico de Padronização, e submetê-las ao órgão jurídico;II - processar licitações, receber e responder a pedidos de esclarecimentos, receber e decidir as

impugnações contra o instrumento convocatório;III  - receber, examinar e julgar as propostas conforme requisitos e critérios estabelecidos no

instrumento convocatório;IV - desclassificar propostas nas hipóteses previstas no art. 40;V - receber e examinar os documentos de habilitação, declarando habilitação ou inabilitação de

acordo com os requisitos estabelecidos no instrumento convocatório;VI - receber recursos, apreciar sua admissibilidade e, se não reconsiderar a decisão, encaminhá-

los à autoridade competente;VII - dar ciência aos interessados das decisões adotadas nos procedimentos;VIII  -  encaminhar os autos da licitação à autoridade competente para adjudicar o objeto,

homologar a licitação e convocar o vencedor para a assinatura do contrato;IX - propor à autoridade competente a revogação ou a anulação da licitação; eX - propor à autoridade competente a aplicação de sanções. § 1o  É facultado à comissão de licitação, em qualquer fase da licitação, promover as diligências

que entender necessárias. § 2o    É facultado à comissão de licitação, em qualquer fase da licitação, desde que não seja

alterada a substância da proposta, adotar medidas de saneamento destinadas a esclarecer informações, corrigir impropriedades na documentação de habilitação ou complementar a instrução do processo. 

Seção IIIDo instrumento convocatório 

Art. 8o. O instrumento convocatório definirá:I - o objeto da licitação;II - a forma de execução da licitação, eletrônica ou presencial;III - o modo de disputa, aberto, fechado ou com combinação, os critérios de classificação para

cada etapa da disputa e as regras para apresentação de propostas e de lances;IV - os requisitos de conformidade das propostas;V - o prazo de apresentação de proposta pelos licitantes, que não poderá ser inferior ao previsto

no art. 15 da Lei no 12.462, de 2011;VI - os critérios de julgamento e os critérios de desempate;VII - os requisitos de habilitação;VIII .- a exigência, quando for o caso:a) de marca ou modelo;b) de amostra;c) de certificação de qualidade do produto ou do processo de fabricação; ed) de carta de solidariedade emitida pelo fabricante;IX - o prazo de validade da proposta;X - os prazos e meios para apresentação de pedidos de esclarecimentos, impugnações e recursos;XI - os prazos e condições para a entrega do objeto;XII - as formas, condições e prazos de pagamento, bem como o critério de reajuste, quando for

o caso;XIII - a exigência de garantias e seguros, quando for o caso;XIV - os critérios objetivos de avaliação do desempenho do contratado, bem como os requisitos

da remuneração variável, quando for o caso;XV - as sanções;XVI - a opção pelo RDC; eXVII - outras indicações específicas da licitação. § 1o  Integram o instrumento convocatório, como anexos:I  -  o termo de referência mencionado no inciso VII do  caput  do art. 4o, o projeto básico ou

executivo, conforme o caso;II - a minuta do contrato, quando houver;III - o acordo de nível de serviço, quando for o caso; e

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IV - as especificações complementares e as normas de execução. § 2o  No caso de obras ou serviços de engenharia, o instrumento convocatório conterá ainda:I - o cronograma de execução, com as etapas necessárias à medição, ao monitoramento e ao

controle das obras;II  - a exigência de que os licitantes apresentem, em suas propostas, a composição analítica

do percentual dos Benefícios e Despesas Indiretas - BDI e dos Encargos Sociais - ES, discriminando todas as parcelas que o compõem, exceto no caso da contratação integrada prevista no art. 9º da Lei nº 12.462, de 2011; e (Redação dada pelo Decreto nº 8.080, de 2013)

III  -  a exigência de que o contratado conceda livre acesso aos seus documentos e registros contábeis, referentes ao objeto da licitação, para os servidores ou empregados do órgão ou entidade contratante e dos órgãos de controle interno e externo.  

Art. 9o. O orçamento previamente estimado para a contratação será tornado público apenas e imediatamente após a adjudicação do objeto, sem prejuízo da divulgação no instrumento convocatório do detalhamento dos quantitativos e das demais informações necessárias para a elaboração das propostas. 

§ 1o   O orçamento previamente estimado estará disponível permanentemente aos órgãos de controle externo e interno. 

§ 2o  O instrumento convocatório deverá conter:I  -  o orçamento previamente estimado, quando adotado o critério de julgamento por maior

desconto;II - o valor da remuneração ou do prêmio, quando adotado o critério de julgamento por melhor

técnica ou conteúdo artístico; eIII - o preço mínimo de arrematação, quando adotado o critério de julgamento por maior oferta. Art.  10.    A possibilidade de subcontratação de parte da obra ou dos serviços de engenharia

deverá estar prevista no instrumento convocatório. § 1o   A subcontratação não exclui a responsabilidade do contratado perante a administração

pública quanto à qualidade técnica da obra ou do serviço prestado. § 2o   Quando permitida a subcontratação, o contratado deverá apresentar documentação do

subcontratado que comprove sua habilitação jurídica, regularidade fiscal e a qualificação técnica necessária à execução da parcela da obra ou do serviço subcontratado. 

Seção IVDa publicação 

Art.11. A publicidade do instrumento convocatório, sem prejuízo da faculdade de divulgação direta aos fornecedores, cadastrados ou não, será realizada mediante:

I - publicação de extrato do instrumento convocatório no Diário Oficial da União, do Estado, do Distrito Federal ou do Município, conforme o caso, ou, no caso de consórcio público, do ente de maior nível entre eles, sem prejuízo da possibilidade de publicação em jornal diário de grande circulação; e

II  -  divulgação do instrumento convocatório em sítio eletrônico oficial centralizado de publicidade de licitações ou sítio mantido pelo órgão ou entidade responsável pelo procedimento licitatório. 

§ 1o  O extrato do instrumento convocatório conterá a definição precisa, suficiente e clara do objeto, a indicação dos locais, dias e horários em que poderá ser consultada ou obtida a íntegra do instrumento convocatório, bem como o endereço onde ocorrerá a sessão pública, a data e hora de sua realização e a indicação de que a licitação, na forma eletrônica, será realizada por meio da internet. 

§ 2o  A publicação referida no inciso I do caput também poderá ser feita em sítios eletrônicos oficiais da administração pública, desde que certificados digitalmente por autoridade certificadora credenciada no âmbito da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. 

§ 3o  No caso de licitações cujo valor não ultrapasse R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais) para obras ou R$ 80.000,00 (oitenta mil reais)  para bens e serviços, inclusive de engenharia, fica dispensada a publicação prevista no inciso I do caput. 

§  4o    No caso de parcelamento do objeto, deverá ser considerado, para fins da aplicação do disposto no § 3o, o valor total da contratação. 

§ 5o  Eventuais modificações no instrumento convocatório serão divulgadas nos mesmos prazos

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dos atos e procedimentos originais, exceto quando a alteração não comprometer a formulação das propostas. 

Art. 12.  Caberão pedidos de esclarecimento e impugnações ao instrumento convocatório nos prazos e conforme descrito no art. 45, inciso I do caput, da Lei no 12.462, de 2011.

CAPÍTULO IIIDA FASE EXTERNA 

Seção IDisposições Gerais 

Art. 13.  As licitações deverão ser realizadas preferencialmente sob a forma eletrônica. § 1o   Nos procedimentos sob a forma eletrônica, a administração pública poderá determinar,

como condição de validade e eficácia, que os licitantes pratiquem seus atos em formato eletrônico. § 2o  As licitações sob a forma eletrônica poderão ser processadas por meio do sistema eletrônico

utilizado para a modalidade pregão, de que trata o Decreto no 5.450, de 31 de maio de 2005. Art. 14.   Após a publicação do instrumento convocatório inicia-se a fase de apresentação de

propostas ou lances. Parágrafo único.  A fase de habilitação poderá, desde que previsto no instrumento convocatório,

anteceder à fase de apresentação de propostas ou lances. Seção II

Da Apresentação das Propostas ou Lances Subseção I

Disposições Gerais 

Art. 15.  As licitações poderão adotar os modos de disputa aberto, fechado ou combinado. Art.  16.    Os licitantes deverão apresentar na abertura da sessão pública declaração de que

atendem aos requisitos de habilitação.  § 1o  Os licitantes que se enquadrem como microempresa ou empresa de pequeno porte deverão

apresentar também declaração de seu enquadramento. § 2o  Nas licitações sob a forma eletrônica, constará do sistema a opção para apresentação pelos

licitantes das declarações de que trata este artigo. § 3o  Os licitantes, nas sessões públicas, deverão ser previamente credenciados para oferta de

lances nos termos do art. 19. Art.  17.   A comissão de licitação verificará a conformidade das propostas com os requisitos

estabelecidos no instrumento convocatório quanto ao objeto e ao preço.  Parágrafo  único.    Serão imediatamente desclassificados, mediante decisão motivada, os

licitantes cujas propostas não estejam em conformidade com os requisitos. Subseção II

Do modo de disputa aberto 

Art.  18.    No modo de disputa aberto, os licitantes apresentarão suas propostas em sessão pública por meio de lances públicos e sucessivos, crescentes ou decrescentes, conforme o critério de julgamento adotado. 

Parágrafo único. O instrumento convocatório poderá estabelecer intervalo mínimo de diferença de valores entre os lances, que incidirá tanto em relação aos lances intermediários quanto em relação à proposta que cobrir a melhor oferta. (Redação dada pelo Decreto nº 8.080, de 2013)

Art. 19.  Caso a licitação de modo de disputa aberto seja realizada sob a forma presencial, serão adotados, adicionalmente, os seguintes procedimentos:

I - as propostas iniciais serão classificadas de acordo com a ordem de vantajosidade;II - a comissão de licitação convidará individual e sucessivamente os licitantes, de forma sequencial,

a apresentar lances verbais, a partir do autor da proposta menos vantajosa, seguido dos demais; eIII  - a desistência do licitante em apresentar lance verbal, quando convocado, implicará sua

exclusão da etapa de lances verbais e a manutenção do último preço por ele apresentado, para efeito de ordenação das propostas, exceto no caso de ser o detentor da melhor proposta, hipótese em que poderá apresentar novos lances sempre que esta for coberta, observado o disposto no parágrafo único do art. 18. (Redação dada pelo Decreto nº 8.080, de 2013)

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Art. 20.   O instrumento convocatório poderá estabelecer a possibilidade de apresentação de lances intermediários pelos licitantes durante a disputa aberta. 

Parágrafo único.  São considerados intermediários os lances:I - iguais ou inferiores ao maior já ofertado, mas superiores ao último lance dado pelo próprio

licitante, quando adotado o julgamento pelo critério da maior oferta de preço; ouII - iguais ou superiores ao menor já ofertado, mas inferiores ao último lance dado pelo próprio

licitante, quando adotados os demais critérios de julgamento. Art. 21.  Após a definição da melhor proposta, se a diferença em relação à proposta classificada

em segundo lugar for de pelo menos dez por cento, a comissão de licitação poderá admitir o reinício da disputa aberta, nos termos estabelecidos no instrumento convocatório, para a definição das demais colocações. 

§ 1o  Após o reinício previsto no caput, os licitantes serão convocados a apresentar lances. § 2o  Os licitantes poderão apresentar lances nos termos do parágrafo único do art. 20. § 3o Os lances iguais serão classificados conforme a ordem de apresentação. 

Subseção IIIDo modo de disputa fechado

Art. 22.  No modo de disputa fechado, as propostas apresentadas pelos licitantes serão sigilosas até a data e hora designadas para sua divulgação. 

Parágrafo único.   No caso de licitação presencial, as propostas deverão ser apresentadas em envelopes lacrados, abertos em sessão pública e ordenadas conforme critério de vantajosidade.

Subseção IVDa combinação dos modos de disputa 

Art. 23.  O instrumento convocatório poderá estabelecer que a disputa seja realizada em duas etapas, sendo a primeira eliminatória. 

Art. 24.  Os modos de disputa poderão ser combinados da seguinte forma:I - caso o procedimento se inicie pelo modo de disputa fechado, serão classificados para a etapa

subsequente os licitantes que apresentarem as três melhores propostas, iniciando-se então a disputa aberta com a apresentação de lances sucessivos, nos termos dos arts. 18 e 19; e

II - caso o procedimento se inicie pelo modo de disputa aberto, os licitantes que apresentarem as três melhores propostas oferecerão propostas finais, fechadas. 

Seção IIIDo julgamento das propostas 

Subseção IDisposições gerais 

Art. 25.  Poderão ser utilizados como critérios de julgamento:I - menor preço ou maior desconto;II - técnica e preço;III - melhor técnica ou conteúdo artístico;IV - maior oferta de preço; ouV - maior retorno econômico. § 1o  O julgamento das propostas observará os parâmetros definidos no instrumento convocatório,

sendo vedado computar vantagens não previstas, inclusive financiamentos subsidiados ou a fundo perdido. 

§ 2o  O julgamento das propostas deverá observar a margem de preferência prevista no art. 3o da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, observado o disposto no Decreto no 7.546, de 2 de agosto de 2011.  

Subseção IIMenor Preço ou Maior Desconto 

Art. 26.   O critério de julgamento pelo menor preço ou maior desconto considerará o menor dispêndio para a administração pública, atendidos os parâmetros mínimos de qualidade definidos no instrumento convocatório. 

§  1o    Os custos indiretos, relacionados às despesas de manutenção, utilização, reposição, depreciação e impacto ambiental, entre outros fatores, poderão ser considerados para a definição

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do menor dispêndio, sempre que objetivamente mensuráveis, conforme parâmetros definidos no instrumento convocatório. 

§ 2o  Parâmetros adicionais de mensuração de custos indiretos poderão ser estabelecidos em ato do Secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

Art. 27.   O critério de julgamento por maior desconto utilizará como referência o preço total estimado, fixado pelo instrumento convocatório.  

Parágrafo  único.    No caso de obras ou serviços de engenharia, o percentual de desconto apresentado pelos licitantes incidirá linearmente sobre os preços de todos os itens do orçamento estimado constante do instrumento convocatório. 

Subseção IIITécnica e Preço 

Art. 28.   O critério de julgamento pela melhor combinação de técnica e preço será utilizado exclusivamente nas licitações destinadas a contratar objeto:

I - de natureza predominantemente intelectual e de inovação tecnológica ou técnica; ouII - que possa ser executado com diferentes metodologias ou tecnologias de domínio restrito no

mercado, pontuando-se as vantagens e qualidades oferecidas para cada produto ou solução. Parágrafo  único.    Será escolhido o critério de julgamento a que se refere o  caput  quando a

avaliação e a ponderação da qualidade técnica das propostas que superarem os requisitos mínimos estabelecidos no instrumento convocatório forem relevantes aos fins pretendidos. 

Art.  29.   No julgamento pelo critério de melhor combinação de técnica e preço, deverão ser avaliadas e ponderadas as propostas técnicas e de preço apresentadas pelos licitantes, segundo fatores de ponderação objetivos previstos no instrumento convocatório. 

§ 1o  O fator de ponderação mais relevante será limitado a setenta por cento. § 2o   Poderão ser utilizados parâmetros de sustentabilidade ambiental para a pontuação das

propostas técnicas. § 3o  O instrumento convocatório estabelecerá pontuação mínima para as propostas técnicas,

cujo não atingimento implicará desclassificação. Subseção IV

Melhor Técnica ou Conteúdo Artístico 

Art. 30.  O critério de julgamento pela melhor técnica ou pelo melhor conteúdo artístico poderá ser utilizado para a contratação de projetos e trabalhos de natureza técnica, científica ou artística, incluídos os projetos arquitetônicos e excluídos os projetos de engenharia. 

Art.  31.    O critério de julgamento pela melhor técnica ou pelo melhor conteúdo artístico considerará exclusivamente as propostas técnicas ou artísticas apresentadas pelos licitantes, segundo parâmetros objetivos inseridos no instrumento convocatório. 

§ 1o   O instrumento convocatório definirá o prêmio ou a remuneração que será atribuída ao vencedor. 

§ 2o   Poderão ser utilizados parâmetros de sustentabilidade ambiental para a pontuação das propostas nas licitações para contratação de projetos. 

§ 3o  O instrumento convocatório poderá estabelecer pontuação mínima para as propostas, cujo não atingimento implicará desclassificação. 

Art. 32.  Nas licitações que adotem o critério de julgamento pelo melhor conteúdo artístico a comissão de licitação será auxiliada por comissão especial integrada por, no mínimo, três pessoas de reputação ilibada e notório conhecimento da matéria em exame, que podem ser servidores públicos. 

Parágrafo único.   Os membros da comissão especial a que se refere o caput  responderão por todos os atos praticados, salvo se posição individual divergente estiver registrada na ata da reunião em que adotada a decisão.  

Subseção VMaior oferta de preço 

Art. 33.  O critério de julgamento pela maior oferta de preço será utilizado no caso de contratos que resultem em receita para a administração pública. 

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§ 1o  Poderá ser dispensado o cumprimento dos requisitos de qualificação técnica e econômico-financeira. 

§  2o    Poderá ser requisito de habilitação a comprovação do recolhimento de quantia como garantia, limitada a cinco por cento do valor mínimo de arrematação.  

§ 3o   Na hipótese do § 2o, o licitante vencedor perderá a quantia em favor da administração pública caso não efetue o pagamento devido no prazo estipulado. 

Art. 34.  Os bens e direitos a serem licitados pelo critério previsto no art. 33 serão previamente avaliados para fixação do valor mínimo de arrematação.  

Art. 35.  Os bens e direitos arrematados serão pagos à vista, em até um dia útil contado da data da assinatura da ata lavrada no local do julgamento ou da data de notificação. 

§  1o    O instrumento convocatório poderá prever que o pagamento seja realizado mediante entrada em percentual não inferior a cinco por cento, no prazo referido no caput, com pagamento do restante no prazo estipulado no mesmo instrumento, sob pena de perda em favor da administração pública do valor já recolhido. 

§ 2o  O instrumento convocatório estabelecerá as condições para a entrega do bem ao arrematante. Subseção VI

Maior retorno econômico

Art. 36.  No critério de julgamento pelo maior retorno econômico as propostas serão consideradas de forma a selecionar a que proporcionar a maior economia para a administração pública decorrente da execução do contrato. 

§ 1o  O critério de julgamento pelo maior retorno econômico será utilizado exclusivamente para a celebração de contrato de eficiência. 

§  2o    O contrato de eficiência terá por objeto a prestação de serviços, que poderá incluir a realização de obras e o fornecimento de bens, com o objetivo de proporcionar economia ao órgão ou entidade contratante, na forma de redução de despesas correntes. 

§  3o    O instrumento convocatório deverá prever parâmetros objetivos de mensuração da economia gerada com a execução do contrato, que servirá de base de cálculo da remuneração devida ao contratado. 

§ 4o  Para efeito de julgamento da proposta, o retorno econômico é o resultado da economia que se estima gerar com a execução da proposta de trabalho, deduzida a proposta de preço. 

Art. 37.  Nas licitações que adotem o critério de julgamento pelo maior retorno econômico, os licitantes apresentarão:

I - proposta de trabalho, que deverá contemplar:a) as obras, serviços ou bens, com respectivos prazos de realização ou fornecimento; eb) a economia que se estima gerar, expressa em unidade de medida associada à obra, bem ou

serviço e expressa em unidade monetária; eII  - proposta de preço, que corresponderá a um percentual sobre a economia que se estima

gerar durante determinado período, expressa em unidade monetária. Subseção VII

Preferência e desempate 

Art. 38.   Nos termos da Lei Complementar no  123, de 14 de dezembro de 2006, considera-se empate aquelas situações em que a proposta apresentada pela microempresa ou empresa de pequeno porte seja igual ou até dez por cento superior à proposta mais bem classificada. 

§  1o    Nas situações descritas no  caput,  a microempresa ou empresa de pequeno porte que apresentou proposta mais vantajosa poderá apresentar nova proposta de preço inferior à proposta mais bem classificada. 

§ 2o  Caso não seja apresentada a nova proposta de que trata o § 1o, as demais microempresas ou empresas de pequeno porte licitantes com propostas até dez por cento superiores à proposta mais bem classificada serão convidadas a exercer o mesmo direito, conforme a ordem de vantajosidade de suas propostas. 

Art.  39.    Nas licitações em que após o exercício de preferência de que trata o art. 38 esteja configurado empate em primeiro lugar, será realizada disputa final entre os licitantes empatados, que poderão apresentar nova proposta fechada, conforme estabelecido no instrumento convocatório. 

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§ 1o  Mantido o empate após a disputa final de que trata o caput, as propostas serão ordenadas segundo o desempenho contratual prévio dos respectivos licitantes, desde que haja sistema objetivo de avaliação instituído. 

§ 2o  Caso a regra prevista no § 1o não solucione o empate, será dada preferência:I - em se tratando de bem ou serviço de informática e automação, nesta ordem:a) aos bens e serviços com tecnologia desenvolvida no País;b)  aos bens e serviços produzidos de acordo com o processo produtivo básico definido

pelo Decreto no 5.906, de 26 de setembro de 2006;c) produzidos no País;d) produzidos ou prestados por empresas brasileiras; ee) produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de

tecnologia no País; ouII - em se tratando de bem ou serviço não abrangido pelo inciso I do § 2o, nesta ordem:a) produzidos no País;b) produzidos ou prestados por empresas brasileiras; ec) produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de

tecnologia no País.  § 3o Caso a regra prevista no § 2o não solucione o empate, será realizado sorteio. 

Subseção VIIIAnálise e classificação de proposta 

Art. 40.  Na verificação da conformidade da melhor proposta apresentada com os requisitos do instrumento convocatório, será desclassificada aquela que:

I - contenha vícios insanáveis;II - não obedeça às especificações técnicas previstas no instrumento convocatório;III - apresente preço manifestamente inexequível ou permaneça acima do orçamento estimado

para a contratação, inclusive nas hipóteses previstas no caput do art. 9o;IV - não tenha sua exequibilidade demonstrada, quando exigido pela administração pública; ouV - apresente desconformidade com quaisquer outras exigências do instrumento convocatório,

desde que insanável. § 1o  A comissão de licitação poderá realizar diligências para aferir a exequibilidade da proposta

ou exigir do licitante que ela seja demonstrada. § 2º   Com exceção da contratação integrada prevista no art. 9º da Lei nº 12.462, de 2011, nas

licitações de obras ou serviços de engenharia, o licitante da melhor proposta apresentada deverá reelaborar e apresentar à comissão de licitação, por meio eletrônico, conforme prazo estabelecido no instrumento convocatório, planilha com os valores adequados ao lance vencedor, em que deverá constar: (Redação dada pelo Decreto nº 8.080, de 2013)

a) indicação dos quantitativos e dos custos unitários, vedada a utilização de unidades genéricas ou indicadas como verba;

b)  composição dos custos unitários quando diferirem daqueles constantes dos sistemas de referências adotados nas licitações; e

c) detalhamento das Bonificações e Despesas Indiretas - BDI e dos Encargos Sociais - ES. § 3º  No caso da contratação integrada prevista no art. 9º da Lei nº 12.462, de 2011, o licitante

que ofertou a melhor proposta deverá apresentar o valor do lance vencedor distribuído pelas etapas do cronograma físico, definido no ato de convocação e compatível com o critério de aceitabilidade por etapas previsto no § 5º do art. 42. (Incluído pelo Decreto nº 8.080, de 2013)

§ 4º   Salvo quando aprovado relatório técnico conforme previsto no § 2º, II, e § 4º, II, do art. 42, o licitante da melhor proposta deverá adequar os custos unitários ou das etapas propostos aos limites previstos nos § 2º, § 4ºou § 5º do art. 42, sem alteração do valor global da proposta, sob pena de aplicação do art. 62. (Incluído pelo Decreto nº 8.080, de 2013)

Art. 41. Nas licitações de obras e serviços de engenharia, consideram-se inexequíveis as propostas com valores globais inferiores a setenta por cento do menor dos seguintes valores:

I - média aritmética dos valores das propostas superiores a cinquenta por cento do valor do orçamento estimado pela administração pública, ou

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II - valor do orçamento estimado pela administração pública.§ 1o A administração deverá conferir ao licitante a oportunidade de demonstrar a exequibilidade

da sua proposta.§ 2o  Na hipótese de que trata o § 1o, o licitante deverá demonstrar que o valor da proposta

é compatível com a execução do objeto licitado no que se refere aos custos dos insumos e aos coeficientes de produtividade adotados nas composições de custos unitários.

§ 3o A análise de exequibilidade da proposta não considerará materiais e instalações a serem fornecidos pelo licitante em relação aos quais ele renuncie a parcela ou à totalidade da remuneração, desde que a renúncia esteja expressa na proposta.

Art. 42. Nas licitações de obras e serviços de engenharia, a economicidade da proposta será aferida com base nos custos globais e unitários.

§ 1º  O valor global da proposta não poderá superar o orçamento estimado pela administração pública, com base nos parâmetros previstos nos §§ 3o, 4o ou 6o do art. 8o da Lei no 12.462, de 2011, e, no caso da contratação integrada, na forma estabelecida no art. 9°, § 2º, inciso II, da Lei nº 12.462, de 2011.  (Redação dada pelo Decreto nº 8.080, de 2013)

§ 2o No caso de adoção do regime de empreitada por preço unitário ou de contratação por tarefa, os custos unitários dos itens materialmente relevantes das propostas não podem exceder os custos unitários estabelecidos no orçamento estimado pela administração pública, observadas as seguintes condições:

I - serão considerados itens materialmente relevantes aqueles que representem pelo menos oitenta por cento do valor total do orçamento estimado ou sejam considerados essenciais à funcionalidade da obra ou do serviço de engenharia; e

II - em situações especiais, devidamente comprovadas pelo licitante em relatório técnico circunstanciado aprovado pela administração pública, poderão ser aceitos custos unitários superiores àqueles constantes do orçamento estimado em relação aos itens materialmente relevantes.

I - serão considerados itens materialmente relevantes aqueles de maior impacto no valor total da proposta e que, somados, representem pelo menos oitenta por cento do valor total do orçamento estimado ou que sejam considerados essenciais à funcionalidade da obra ou do serviço de engenharia; e  (Redação dada pelo Decreto nº 8.080, de 2013)

II - em situações especiais, devidamente comprovadas pelo licitante em relatório técnico circunstanciado aprovado pela administração pública, poderão ser aceitos custos unitários superiores àqueles constantes do orçamento estimado em relação aos itens materialmente relevantes, sem prejuízo da avaliação dos órgãos de controle, dispensada a compensação em qualquer outro serviço do orçamento de referência;  (Redação dada pelo Decreto nº 8.080, de 2013)

§ 3o Se o relatório técnico de que trata o inciso II do §2o não for aprovado pela administração pública, aplica-se o disposto no art. 62, salvo se o licitante apresentar nova proposta, com adequação dos custos unitários propostos aos limites previstos no §2o, sem alteração do valor global da proposta.

§ 4o No caso de adoção do regime de empreitada por preço global ou de empreitada integral, serão observadas as seguintes condições:

I – no cálculo do valor da proposta, poderão ser utilizados custos unitários diferentes daqueles previstos nos §§ 3o, 4o ou 6o do art. 8o da Lei no 12.462, de 2011, desde que o valor global da proposta e o valor de cada etapa prevista no cronograma físico-financeiro seja igual ou inferior ao valor calculado a partir do sistema de referência utilizado;

II - em situações especiais, devidamente comprovadas pelo licitante em relatório técnico circunstanciado, aprovado pela administração pública, os valores das etapas do cronograma físico-financeiro poderão exceder o limite fixado no inciso I; e

III - as alterações contratuais sob alegação de falhas ou omissões em qualquer das peças, orçamentos, plantas, especificações, memoriais ou estudos técnicos preliminares do projeto básico não poderão ultrapassar, no seu conjunto, dez por cento do valor total do contrato.

§ 5º  No caso de adoção do regime de contratação integrada, deverão ser previstos no instrumento convocatório critérios de aceitabilidade por etapa, estabelecidos de acordo com o orçamento estimado na forma prevista no art. 9º da Lei nº 12.462, de 2011, e compatíveis com o cronograma físico do objeto licitado. (Redação dada pelo Decreto nº 8.080, de 2013)

§ 6º    O orçamento estimado das obras e serviços de engenharia será aquele resultante da

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composição dos custos unitários diretos do sistema de referência utilizado, acrescida do percentual de BDI de referência, ressalvado o disposto no art. 9º  da Lei nº  12.462, de 2011, para o regime de contratação integrada. (Redação dada pelo Decreto nº 8.080, de 2013)

§ 7º    A diferença percentual entre o valor global do contrato e o valor obtido a partir dos custos unitários do orçamento estimado pela administração pública não poderá ser reduzida, em favor do contratado, em decorrência de aditamentos contratuais que modifiquem a composição orçamentária.  (Incluído pelo Decreto nº 8.080, de 2013)

Art. 43.  Após o encerramento da fase de apresentação de propostas, a comissão de licitação classificará as propostas por ordem decrescente de vantajosidade. 

§  1o    Quando a proposta do primeiro classificado estiver acima do orçamento estimado, a comissão de licitação poderá negociar com o licitante condições mais vantajosas. 

§ 2o  A negociação de que trata o § 1o poderá ser feita com os demais licitantes, segundo a ordem de classificação, quando o primeiro colocado, após a negociação, for desclassificado por sua proposta permanecer superior ao orçamento estimado. 

§ 3º   Encerrada a etapa competitiva do processo, poderão ser divulgados os custos dos itens ou das etapas do orçamento estimado que estiverem abaixo dos custos ou das etapas ofertados pelo licitante da melhor proposta, para fins de reelaboração da planilha com os valores adequados ao lance vencedor, na forma prevista no art. 40, § 2º. (Incluído pelo Decreto nº 8.080, de 2013)

Art.  44.    Encerrado o julgamento, será disponibilizada a respectiva ata, com a ordem de classificação das propostas. 

Seção IVDa Habilitação 

Art. 45.  Nas licitações regidas pelo RDC será aplicado, no que couber, o disposto nos arts. 27 a 33 da Lei no 8.666, de 1993. 

Art.  46.    Será exigida a apresentação dos documentos de habilitação apenas pelo licitante classificado em primeiro lugar. 

§  1o    Poderá haver substituição parcial ou total dos documentos por certificado de registro cadastral e certificado de pré-qualificação, nos termos do instrumento convocatório. 

§ 2o  Em caso de inabilitação, serão requeridos e avaliados os documentos de habilitação dos licitantes subsequentes, por ordem de classificação. 

Art. 47.  O instrumento convocatório definirá o prazo para a apresentação dos documentos de habilitação.  

Art. 48.   Quando utilizado o critério de julgamento pela maior oferta de preço, nas licitações destinadas à alienação, a qualquer título, dos bens e direitos da administração pública, os requisitos de qualificação técnica e econômico-financeira poderão ser dispensados, se substituídos pela comprovação do recolhimento de quantia como garantia, limitada a cinco por cento do valor mínimo de arrematação.  

Parágrafo único.  O disposto no caput não dispensa os licitantes da apresentação dos demais documentos exigidos para a habilitação. 

Art. 49.  Em qualquer caso, os documentos relativos à regularidade fiscal poderão ser exigidos em momento posterior ao julgamento das propostas, apenas em relação ao licitante mais bem classificado. 

Art. 50.  Caso ocorra a inversão de fases prevista no parágrafo único do art. 14:I - os licitantes apresentarão simultaneamente os documentos de habilitação e as propostas;II - serão verificados os documentos de habilitação de todos os licitantes; eIII - serão julgadas apenas as propostas dos licitantes habilitados. 

Seção VDa Participação em Consórcio 

Art.  51.    Quando permitida a participação na licitação de pessoas jurídicas organizadas em consórcio, serão observadas as seguintes condições:

I - comprovação do compromisso público ou particular de constituição de consórcio, subscrito pelos consorciados;

II - indicação da pessoa jurídica responsável pelo consórcio, que deverá atender às condições de

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liderança fixadas no instrumento convocatório;III  -  apresentação dos documentos exigidos no instrumento convocatório quanto a cada

consorciado, admitindo-se, para efeito de qualificação técnica, o somatório dos quantitativos de cada consorciado;

IV - comprovação de qualificação econômico-financeira, mediante:a) apresentação do somatório dos valores de cada consorciado, na proporção de sua respectiva

participação, podendo a administração pública estabelecer, para o consórcio, um acréscimo de até trinta por cento dos valores exigidos para licitante individual; e

b) demonstração, por cada consorciado, do atendimento aos requisitos contábeis definidos no instrumento convocatório; e

V - impedimento de participação de consorciado, na mesma licitação, em mais de um consórcio ou isoladamente. 

§ 1o  O instrumento convocatório deverá exigir que conste cláusula de responsabilidade solidária:I - no compromisso de constituição de consórcio a ser firmado pelos licitantes; eII - no contrato a ser celebrado pelo consórcio vencedor. § 2o  No consórcio de empresas brasileiras e estrangeiras, a liderança caberá, obrigatoriamente,

à empresa brasileira, observado o disposto no inciso II do caput. § 3o  O licitante vencedor fica obrigado a promover, antes da celebração do contrato, a constituição

e o registro do consórcio, nos termos do compromisso referido no inciso I do caput. § 4o  A substituição de consorciado deverá ser expressamente autorizada pelo órgão ou entidade

contratante. §  5o    O instrumento convocatório poderá, no interesse da administração pública, fixar a

quantidade máxima de pessoas jurídicas organizadas por consórcio.  § 6o  O acréscimo previsto na alínea “a” do inciso IV do caput não será aplicável aos consórcios

compostos, em sua totalidade, por microempresas e empresas de pequeno porte. Seção VI

Dos Recursos 

Art. 52.  Haverá fase recursal única, após o término da fase de habilitação. Art. 53.  Os licitantes que desejarem recorrer em face dos atos do julgamento da proposta ou

da habilitação deverão manifestar imediatamente, após o término de cada sessão, a sua intenção de recorrer, sob pena de preclusão. 

Parágrafo único.  Nas licitações sob a forma eletrônica, a manifestação de que trata o caput deve ser efetivada em campo próprio do sistema. 

Art. 54.  As razões dos recursos deverão ser apresentadas no prazo de cinco dias úteis contado a partir da data da intimação ou da lavratura da ata, conforme o caso. 

§  1o    O prazo para apresentação de contrarrazões será de cinco dias úteis e começará imediatamente após o encerramento do prazo a que se refere o caput. 

§ 2o  É assegurado aos licitantes obter vista dos elementos dos autos indispensáveis à defesa de seus interesses. 

Art. 55.  Na contagem dos prazos estabelecidos no art. 54, exclui-se o dia do início e inclui-se o do vencimento. 

Parágrafo único.  Os prazos se iniciam e expiram exclusivamente em dia útil no âmbito do órgão ou entidade responsável pela licitação. 

Art.  56.    O recurso será dirigido à autoridade superior, por intermédio da autoridade que praticou o ato recorrido, que apreciará sua admissibilidade, cabendo a esta reconsiderar sua decisão no prazo de cinco dias úteis ou, nesse mesmo prazo, fazê-lo subir, devidamente informado, devendo, neste caso, a decisão do recurso ser proferida dentro do prazo de cinco dias úteis, contado do seu recebimento, sob pena de apuração de responsabilidade. 

Art.  57.    O acolhimento de recurso implicará invalidação apenas dos atos insuscetíveis de aproveitamento. 

Art. 58.  No caso da inversão de fases prevista no parágrafo único do art. 14, os licitantes poderão apresentar recursos após a fase de habilitação e após a fase de julgamento das propostas.

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Seção VIIDo Encerramento

Art. 59.   Finalizada a fase recursal, a administração pública poderá negociar condições mais vantajosas com o primeiro colocado. 

Art. 60.  Exaurida a negociação prevista no art. 59, o procedimento licitatório será encerrado e os autos encaminhados à autoridade superior, que poderá:

I - determinar o retorno dos autos para saneamento de irregularidades que forem supríveis;II - anular o procedimento, no todo ou em parte, por vício insanável;III - revogar o procedimento por motivo de conveniência e oportunidade; ouIV - adjudicar o objeto, homologar a licitação e convocar o licitante vencedor para a assinatura

do contrato, preferencialmente em ato único. §  1o    As normas referentes a anulação e revogação de licitações previstas no  art. 49 da Lei

no 8.666, de 1993, aplicam-se às contratações regidas pelo RDC. §  2o    Caberá recurso no prazo de cinco dias úteis contado a partir da data da anulação ou

revogação da licitação, observado o disposto nos arts. 53 a 57, no que couber. Art. 61.  Convocado para assinar o termo de contrato, aceitar ou retirar o instrumento equivalente,

o interessado deverá observar os prazos e condições estabelecidos, sob pena de decair o direito à contratação, sem prejuízo das sanções previstas em lei.  

Art.  62.    É facultado à administração pública, quando o convocado não assinar o termo de contrato, ou não aceitar ou retirar o instrumento equivalente, no prazo e condições estabelecidos:

I - revogar a licitação, sem prejuízo da aplicação das cominações previstas na Lei no 8.666, de 1993, e neste Decreto; ou

II  -  convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificação, para a celebração do contrato nas condições ofertadas pelo licitante vencedor. 

Parágrafo único.   Na hipótese de nenhum dos licitantes aceitar a contratação nos termos do inciso II do caput, a administração pública poderá convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificação, para a celebração do contrato nas condições ofertadas por estes, desde que o valor seja igual ou inferior ao orçamento estimado para a contratação, inclusive quanto aos preços atualizados, nos termos do instrumento convocatório. 

TÍTULO IIIDOS CONTRATOS E DE SUA EXECUÇÃO 

Art. 63.  Os contratos administrativos celebrados serão regidos pela Lei no 8.666, de 1993, com exceção das regras específicas previstas na Lei no 12.462, de 2011, e neste Decreto. 

Art.  64.    Os contratos para a execução das obras previstas no plano plurianual poderão ser firmados pelo período nele compreendido, observado o disposto no caput do art. 57 da Lei no 8.666, de 1993. 

Art. 65.  Na hipótese do inciso II do caput do art. 57 da Lei no 8.666, de 1993, os contratos regidos por este Decreto poderão ter sua vigência estabelecida até a data da extinção da APO. 

Art. 66.  Nos contratos de obras e serviços de engenharia, a execução de cada etapa será precedida de projeto executivo para a etapa e da conclusão e aprovação, pelo órgão ou entidade contratante, dos trabalhos relativos às etapas anteriores. 

§ 1º  O projeto executivo de etapa posterior poderá ser desenvolvido concomitantemente com a execução das obras e serviços de etapa anterior, desde que autorizado pelo órgão ou entidade contratante.   (Incluído pelo Decreto nº 8.080, de 2013)

§ 2º  No caso da contratação integrada prevista no art. 9º da Lei nº 12.462, de 2011, a análise e a aceitação do projeto deverá limitar-se a sua adequação técnica em relação aos parâmetros definidos no instrumento convocatório, em conformidade com o art. 74, devendo ser assegurado que as parcelas desembolsadas observem ao cronograma financeiro apresentado na forma do art. 40, § 3º.  (Incluído pelo Decreto nº 8.080, de 2013)

§ 3º   A aceitação a que se refere o § 2º não enseja a assunção de qualquer responsabilidade técnica sobre o projeto pelo órgão ou entidade contratante.  (Incluído pelo Decreto nº 8.080, de 2013)

§ 4º  O disposto no § 3º do art. 8º da Lei nº 12.462 não se aplica à determinação do custo global para execução das obras e serviços de engenharia contratados mediante o regime de contratação

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integrada.  (Incluído pelo Decreto nº 8.080, de 2013)Art. 67.  A inexecução total ou parcial do contrato enseja a sua rescisão, com as consequências

contratuais, legais e regulamentares. § 1o  Não haverá rescisão contratual em razão de fusão, cisão ou incorporação do contratado,

ou de substituição de consorciado, desde que mantidas as condições de habilitação previamente atestadas.  

§ 2o  Os contratos de eficiência referidos no art. 36 deverão prever que nos casos em que não for gerada a economia estimada:

I  -  a diferença entre a economia contratada e a efetivamente obtida será descontada da remuneração do contratado;

II - será aplicada multa por inexecução contratual se a diferença entre a economia contratada e a efetivamente obtida for superior à remuneração do contratado, no valor da referida diferença; e

III  - aplicação de outras sanções cabíveis, caso a diferença entre a economia contratada e a efetivamente obtida seja superior ao limite máximo estabelecido no contrato. 

Art. 68.  Caberá recurso no prazo de cinco dias úteis a partir da data da intimação ou da lavratura da ata da rescisão do contrato, nas hipóteses previstas no inciso I do caput do art. 79 da Lei no 8.666, de 1993, observado o disposto nos arts. 53 a 57, no que couber. 

Art. 69.  Na hipótese do inciso XI do caput do art. 24 da Lei no 8.666, de 1993, a contratação de remanescente de obra, serviço ou fornecimento de bens em consequência de rescisão contratual observará a ordem de classificação dos licitantes e as condições por estes ofertadas, desde que não seja ultrapassado o orçamento estimado para a contratação. 

TÍTULO IVDISPOSIÇÕES ESPECÍFICAS 

CAPÍTULO IDA REMUNERAÇÃO VARIÁVEL 

Art. 70.   Nas licitações de obras e serviços, inclusive de engenharia, poderá ser estabelecida remuneração variável, vinculada ao desempenho do contratado, com base em metas, padrões de qualidade, parâmetros de sustentabilidade ambiental e prazo de entrega definidos pela administração pública no instrumento convocatório, observado o conteúdo do projeto básico, do projeto executivo ou do termo de referência.  

§  1o    A utilização da remuneração variável respeitará o limite orçamentário fixado pela administração pública para a contratação e será motivada quanto:

I - aos parâmetros escolhidos para aferir o desempenho do contratado;II - ao valor a ser pago; eIII - ao benefício a ser gerado para a administração pública.  § 2o  Eventuais ganhos provenientes de ações da administração pública não serão considerados

no cômputo do desempenho do contratado. § 3o  O valor da remuneração variável deverá ser proporcional ao benefício a ser gerado para a

administração pública. § 4o  Nos casos de contratação integrada, deverá ser observado o conteúdo do anteprojeto de

engenharia na definição dos parâmetros para aferir o desempenho do contratado.  CAPÍTULO II

DA CONTRATAÇÃO SIMULTÂNEA

Art. 71.  A administração pública poderá, mediante justificativa, contratar mais de uma empresa ou instituição para executar o mesmo serviço, desde que não implique perda de economia de escala, quando:

I - o objeto da contratação puder ser executado de forma concorrente e simultânea por mais de um contratado; e

II - a múltipla execução for conveniente para atender à administração pública. Parágrafo único.  A contratação simultânea não se aplica às obras ou serviços de engenharia. Art.  72.    A administração pública deverá manter o controle individualizado dos serviços

prestados por contratado. Parágrafo único.  O instrumento convocatório deverá disciplinar os parâmetros objetivos para a

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alocação das atividades a serem executadas por contratado.  CAPÍTULO III

DA CONTRATAÇÃO INTEGRADA

Art. 73.   Nas licitações de obras e serviços de engenharia, poderá ser utilizada a contratação integrada, desde que técnica e economicamente justificada. 

§  1o    O objeto da contratação integrada compreende a elaboração e o desenvolvimento dos projetos básico e executivo, a execução de obras e serviços de engenharia, a montagem, a realização de testes, a pré-operação e todas as demais operações necessárias e suficientes para entrega final do objeto. 

§ 2o  Será adotado o critério de julgamento técnica e preço. Art. 74.  O instrumento convocatório das licitações para contratação de obras e serviços de engenharia

sob o regime de contratação integrada deverá conter anteprojeto de engenharia com informações e requisitos técnicos destinados a possibilitar a caracterização do objeto contratual, incluindo:

I - a demonstração e a justificativa do programa de necessidades, a visão global dos investimentos e as definições quanto ao nível de serviço desejado;

II - as condições de solidez, segurança, durabilidade e prazo de entrega;III - a estética do projeto arquitetônico; eIV - os parâmetros de adequação ao interesse público, à economia na utilização, à facilidade na

execução, aos impactos ambientais e à acessibilidade. § 1o  Deverão constar do anteprojeto, quando couber, os seguintes documentos técnicos:I - concepção da obra ou serviço de engenharia;II - projetos anteriores ou estudos preliminares que embasaram a concepção adotada;III - levantamento topográfico e cadastral;IV - pareceres de sondagem; eV  -  memorial descritivo dos elementos da edificação, dos componentes construtivos e dos

materiais de construção, de forma a estabelecer padrões mínimos para a contratação. §  2o    Caso seja permitida no anteprojeto de engenharia a apresentação de projetos com

metodologia diferenciadas de execução, o instrumento convocatório estabelecerá critérios objetivos para avaliação e julgamento das propostas. 

§ 3o  O anteprojeto deverá possuir nível de definição suficiente para proporcionar a comparação entre as propostas recebidas das licitantes.  

§  4º    Os Ministérios supervisores dos órgãos e entidades da administração pública poderão definir o detalhamento dos elementos mínimos necessários para a caracterização do anteprojeto de engenharia.  (Incluído pelo Decreto nº 8.080, de 2013)

Art. 75.  O orçamento e o preço total para a contratação serão estimados com base nos valores praticados pelo mercado, nos valores pagos pela administração pública em contratações similares ou na avaliação do custo global da obra, aferida mediante orçamento sintético ou metodologia expedita ou paramétrica.  

§ 1º  Na elaboração do orçamento estimado na forma prevista no caput, poderá ser considerada taxa de risco compatível com o objeto da licitação e as contingências atribuídas ao contratado, devendo a referida taxa ser motivada de acordo com metodologia definida em ato do Ministério supervisor ou da entidade contratante.  (Incluído pelo Decreto nº 8.080, de 2013)

§ 2º   A taxa de risco a que se refere o § 1º não integrará a parcela de benefícios e despesas indiretas - BDI do orçamento estimado, devendo ser considerada apenas para efeito de análise de aceitabilidade das propostas ofertadas no processo licitatório.  (Incluído pelo Decreto nº 8.080, de 2013)

Art. 76.  Nas hipóteses em que for adotada a contratação integrada, fica vedada a celebração de termos aditivos aos contratos firmados, exceto se verificada uma das seguintes hipóteses:

I - recomposição do equilíbrio econômico-financeiro, devido a caso fortuito ou força maior;II - necessidade de alteração do projeto ou das especificações para melhor adequação técnica

aos objetivos da contratação, a pedido da administração pública, desde que não decorrentes de erros ou omissões por parte do contratado, observados os limites previstos no § 1o do art. 65 da Lei no 8.666, de 1993.

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TÍTULO VDOS PROCEDIMENTOS AUXILIARES 

CAPÍTULO IDISPOSIÇÕES GERAIS 

Art. 77.  São procedimentos auxiliares das licitações regidas por este Decreto:I - cadastramento;II - pré-qualificação;III - sistema de registro de preços; eIV - catálogo eletrônico de padronização. 

CAPÍTULO IIDO CADASTRAMENTO 

Art. 78.  Os registros cadastrais serão feitos por meio do Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores - SICAF, conforme disposto Decreto no 3.722, de 9 de janeiro de 2001. 

Art. 79.  Caberá recurso no prazo de cinco dias úteis contado a partir da data da intimação ou do indeferimento do pedido de inscrição em registro cadastral, de sua alteração ou de seu cancelamento, observado o disposto nos arts. 53 a 57, no que couber. 

CAPÍTULO IIIDA PRÉ-QUALIFICAÇÃO 

Art. 80.  A administração pública poderá promover a pré-qualificação destinada a identificar:I - fornecedores que reúnam condições de qualificação técnica exigidas para o fornecimento

de bem ou a execução de serviço ou obra nos prazos, locais e condições previamente estabelecidos; eII - bens que atendam às exigências técnicas e de qualidade estabelecida pela administração

pública.  §  1o    A pré-qualificação poderá ser parcial ou total, contendo alguns ou todos os requisitos

de habilitação técnica necessários à contratação, assegurada, em qualquer hipótese, a igualdade de condições entre os concorrentes. 

§  2o    A pré-qualificação de que trata o inciso I do  caput  poderá ser efetuada por grupos ou segmentos de objetos a serem contratados, segundo as especialidades dos fornecedores.  

Art. 81.  O procedimento de pré-qualificação ficará permanentemente aberto para a inscrição dos eventuais interessados.  

Art. 82.  A pré-qualificação terá validade máxima de um ano, podendo ser atualizada a qualquer tempo.  

Parágrafo único.  A validade da pré-qualificação de fornecedores não será superior ao prazo de validade dos documentos apresentados pelos interessados. 

Art. 83.   Sempre que a administração pública entender conveniente iniciar procedimento de pré-qualificação de fornecedores ou bens, deverá convocar os interessados para que demonstrem o cumprimento das exigências de qualificação técnica ou de aceitação de bens, conforme o caso. 

§ 1o  A convocação de que trata o caput será realizada mediante:I - publicação de extrato do instrumento convocatório no Diário Oficial da União, do Estado, do

Distrito Federal ou do Município, conforme o caso, sem prejuízo da possibilidade de publicação de extrato em jornal diário de grande circulação; e

II  -  divulgação em sítio eletrônico oficial centralizado de publicidade de licitações ou sítio mantido pelo órgão ou entidade.  

§ 2o   A convocação explicitará as exigências de qualificação técnica ou de aceitação de bens, conforme o caso. 

Art. 84.   Será fornecido certificado aos pré-qualificados, renovável sempre que o registro for atualizado. 

Art. 85.  Caberá recurso no prazo de cinco dias úteis contado a partir da data da intimação ou da lavratura da ata do ato que defira ou indefira pedido de pré-qualificação de interessados, observado o disposto nos arts. 53 a 57, no que couber. 

Art.  86.    A administração pública poderá realizar licitação restrita aos pré-qualificados, justificadamente, desde que:

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I - a convocação para a pré-qualificação discrimine que as futuras licitações serão restritas aos pré-qualificados;

II - na convocação a que se refere o inciso I do caput conste estimativa de quantitativos mínimos que a administração pública pretende adquirir ou contratar nos próximos doze meses e de prazos para publicação do edital; e

III - a pré-qualificação seja total, contendo todos os requisitos de habilitação técnica necessários à contratação.  

§ 1o  O registro cadastral de pré-qualificados deverá ser amplamente divulgado e deverá estar permanentemente aberto aos interessados, obrigando-se a unidade por ele responsável a proceder, no mínimo anualmente, a chamamento público para a atualização dos registros existentes e para o ingresso de novos interessados. 

§ 2o  Só poderão participar da licitação restrita aos pré-qualificados os licitantes que, na data da publicação do respectivo instrumento convocatório:

I - já tenham apresentado a documentação exigida para a pré-qualificação, ainda que o pedido de pré-qualificação seja deferido posteriormente; e

II - estejam regularmente cadastrados. § 3o   No caso de realização de licitação restrita, a administração pública enviará convite por

meio eletrônico a todos os pré-qualificados no respectivo segmento. § 4o   O convite de que trata o § 3o não exclui a obrigação de atendimento aos requisitos de

publicidade do instrumento convocatório. CAPÍTULO IV

DO SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS 

Art. 87.   O Sistema de Registro de Preços destinado especificamente ao RDC - SRP/RDC será regido pelo disposto neste Decreto. 

Art. 88.  Para os efeitos deste Decreto, considera-se:I - Sistema de Registro de Preços - SRP - conjunto de procedimentos para registro formal de

preços para contratações futuras, relativos à prestação de serviços, inclusive de engenharia, de aquisição de bens e de execução de obras com características padronizadas;  (Redação dada pelo Decreto nº 8.080, de 2013)

II  -  ata de registro de preços – documento vinculativo, obrigacional, com característica de compromisso para futura contratação, em que se registram os preços, fornecedores, órgãos participantes e condições a serem praticadas, conforme as disposições contidas no instrumento convocatório e propostas apresentadas;

III - órgão gerenciador – órgão ou entidade pública responsável pela condução do conjunto de procedimentos do certame para registro de preços e gerenciamento da ata de registro de preços dele decorrente;

IV  -  órgão participante – órgão ou entidade da administração pública que participe dos procedimentos iniciais do SRP e integre a ata de registro de preços; e

V - órgão aderente – órgão ou entidade da administração pública que, não tendo participado dos procedimentos iniciais da licitação, adere a uma ata de registro de preços. 

VI - órgão participante de compra nacional - órgão ou entidade da administração pública que, em razão de participação em programa ou projeto federal, é contemplado no registro de preços independentemente de manifestação formal;e (Incluído pelo Decreto nº 8.251, de 2014)

VII - compra nacional - compra ou contratação de bens, serviços e obras com características padronizadas, inclusive de engenharia, em que o órgão gerenciador conduz os procedimentos para registro de preços destinado à execução descentralizada de programa ou projeto federal, mediante prévia indicação da demanda pelos entes federados beneficiados. (Incluído pelo Decreto nº 8.251, de 2014

Art. 89. O SRP/RDC poderá ser adotado para a contratação de bens, de obras com características padronizadas e de serviços, inclusive de engenharia, quando:  (Redação dada pelo Decreto nº 8.080, de 2013)

I - pelas características do bem ou serviço, houver necessidade de contratações frequentes;  (Redação dada pelo Decreto nº 8.080, de 2013)

II - for mais conveniente a aquisição de bens com previsão de entregas parceladas ou contratação

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de serviços remunerados por unidade de medida ou em regime de tarefa;  (Redação dada pelo Decreto nº 8.080, de 2013)

III - for conveniente para atendimento a mais de um órgão ou entidade, ou a programas de governo; ou  (Redação dada pelo Decreto nº 8.080, de 2013)

IV - pela natureza do objeto, não for possível definir previamente o quantitativo a ser demandado pela administração pública.  (Redação dada pelo Decreto nº 8.080, de 2013)

Parágrafo único. O SRP/RDC, no caso de obra, somente poderá ser utilizado:  (Incluído pelo Decreto nº 8.080, de 2013)

I - nas hipóteses dos incisos III ou IV do caput; e  (Incluído pelo Decreto nº 8.080, de 2013)II - desde que atendidos, cumulativamente, os seguintes requisitos:      (Incluído pelo Decreto nº

8.080, de 2013)a) as licitações sejam realizadas pelo Governo federal;  (Incluído pelo Decreto nº 8.080, de 2013)b) as obras tenham projeto de referência padronizado, básico ou executivo,  consideradas as

regionalizações necessárias; e  (Incluído pelo Decreto nº 8.080, de 2013)c) haja compromisso do órgão aderente de suportar as despesas das ações necessárias à

adequação do projeto padrão às peculiaridades da execução.  (Incluído pelo Decreto nº 8.080, de 2013)Art. 90.  A licitação para o registro de preços:I - poderá ser realizada por qualquer dos modos de disputa previstos neste Decreto, combinados

ou não;II - poderá utilizar os critérios de julgamento menor preço, maior desconto ou técnica e preço;

e (Redação dada pelo Decreto nº 8.251, de 2014)III - será precedida de ampla pesquisa de mercado. Art.  91.    Na licitação para registro de preços, a indicação da dotação orçamentária só será

necessária para a formalização do contrato ou instrumento equivalente. Art. 92.  A licitação para registro de preços será precedida de divulgação de intenção de registro

de preços com a finalidade de permitir a participação de outros órgãos ou entidades públicas. § 1o  Observado o prazo estabelecido pelo órgão gerenciador, os órgãos ou entidades públicas

interessados em participar do registro de preços deverão:I - manifestar sua concordância com o objeto do registro de preços; eII - indicar a sua estimativa de demanda e o cronograma de contratações. § 2o  Esgotado o prazo para a manifestação de interesse em participar do registro de preços, o

órgão gerenciador:I - consolidará todas as informações relativas às estimativas individuais de demanda;II - promoverá a adequação de termos de referência ou projetos básicos encaminhados, para

atender aos requisitos de padronização e racionalização;III - realizará ampla pesquisa de mercado para a definição dos preços estimados; eIV - apresentará as especificações, termos de referência, projetos básicos, quantitativos e preços

estimados aos órgãos ou entidades públicas interessados, para confirmação da intenção de participar do registro de preço. 

V - estabelecerá, quando for o caso, o número máximo de participantes, em conformidade com sua capacidade de gerenciamento; (Incluído pelo Decreto nº 8.251, de 2014)

VI - aceitará ou recusará, justificadamente, os quantitativos considerados ínfimos ou a inclusão de novos itens; e (Incluído pelo Decreto nº 8.251, de 2014)

VII - deliberará quanto à inclusão posterior de participantes que não manifestaram interesse durante o período de divulgação daintenção de registro de preços. (Incluído pelo Decreto nº 8.251, de 2014)

§ 3º No caso de compra nacional, o órgão gerenciador promoverá a divulgação da ação, a pesquisa de mercado e a consolidação da demanda dos órgãos e entidades da administração direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. (Incluído pelo Decreto nº 8.251, de 2014)

Art. 93.  O órgão gerenciador poderá subdividir a quantidade total de cada item em lotes, sempre que comprovada a viabilidade técnica e econômica, de forma a possibilitar maior competitividade, observada a quantidade mínima, o prazo e o local de entrega ou de prestação dos serviços. 

§ 1o  No caso de serviços, a subdivisão se dará em função da unidade de medida adotada para

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aferição dos produtos e resultados esperados, e será observada a demanda específica de cada órgão ou entidade participante. 

§ 2o  Na situação prevista no § 1o, será evitada a contratação de mais de uma empresa para a execução do mesmo serviço em uma mesma localidade no âmbito do mesmo órgão ou entidade, com vistas a assegurar a responsabilidade contratual e o princípio da padronização. 

Art. 94.   Constará do instrumento convocatório para registro de preços, além das exigências previstas no art. 8o:

I - a especificação ou descrição do objeto, explicitando o conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para a caracterização do bem ou serviço, inclusive definindo as respectivas unidades de medida usualmente adotadas;

II - a estimativa de quantidades a serem adquiridas no prazo de validade do registro;III - a quantidade mínima de unidades a ser cotada, por item ou lote, no caso de bens;IV - as condições quanto aos locais, prazos de entrega, forma de pagamento e, complementarmente,

nos casos de serviços, quando cabíveis, a frequência, periodicidade, características do pessoal, materiais e equipamentos a serem fornecidos e utilizados, procedimentos a serem seguidos, cuidados, deveres, disciplina e controles a serem adotados;

V - o prazo de validade do registro de preço;VI - os órgãos e entidades participantes;VII - os modelos de planilhas de custo, quando couber;VIII - as minutas de contratos decorrentes do SRP/RDC, quando for o caso; eIX - as penalidades a serem aplicadas por descumprimento das condições estabelecidas. § 1º Quando o instrumento convocatório previr o fornecimento de bens ou prestação de serviços

em locais diferentes, é facultada a exigência de apresentação de proposta diferenciada por região, de modo que os custos variáveis por região sejam acrescidos aos respectivos preços. (Incluído pelo Decreto nº 8.251, de 2014)

§ 2º O exame e a aprovação das minutas do instrumento convocatório e do contrato serão efetuados exclusivamente pela assessoria jurídica do órgão gerenciador. (Incluído pelo Decreto nº 8.251, de 2014)

Art. 95.  Caberá ao órgão gerenciador:I - promover os atos preparatórios à licitação para registro de preços, conforme o art. 92;II - definir os itens a serem registrados, os respectivos quantitativos e os órgãos ou entidades

participantes;III - realizar todo o procedimento licitatório;IV - providenciar a assinatura da ata de registro de preços;V - encaminhar cópia da ata de registro de preços aos órgãos ou entidades participantes;VI - gerenciar a ata de registro de preços, indicando os fornecedores que poderão ser contratados

e os respectivos quantitativos e preços, conforme as regras do art. 103;VII  -  manter controle do saldo da quantidade global de bens e serviços que poderão ser

contratados pelos órgãos aderentes, observado o disposto nos §§ 3o e 4o do art. 102;VIII - aplicar eventuais sanções que decorrerem:a) do procedimento licitatório;b) de descumprimento da ata de registro de preços, ressalvado o disposto no art. 96, inciso III

do caput, alínea “a”; ec) do descumprimento dos contratos que celebrarem, ainda que não haja o correspondente

instrumento;IX - conduzir eventuais negociações dos preços registrados, conforme as regras do art. 105; eX - anular ou revogar o registro de preços. XI - autorizar, excepcional e justificadamente, a prorrogação do prazo previsto no § 4º do art.

103 deste Decreto, respeitado o prazo de vigência da ata, quando solicitada pelo órgão aderente; e (Incluído pelo Decreto nº 8.251, de 2014)

XII - realizar pesquisa de mercado para identificação do valor estimado da licitação e consolidar os dados das pesquisas de mercado realizadas pelos órgãos e entidades participantes, inclusive nas hipóteses previstas no § 3º do art. 92 e no § 2º do art. 96 deste Decreto. (Incluído pelo Decreto nº 8.251, de 2014)

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§ 1o  O órgão gerenciador realizará todos os atos de controle e administração do SRP/RDC. § 2o  O órgão gerenciador somente considerará os itens e quantitativos referentes aos órgãos ou

entidades que confirmarem a intenção de participar do registro de preços, na forma do inciso IV do § 2o do art. 92.  

Art. 96.  Caberá aos órgãos ou entidades participantes:I - consultar o órgão gerenciador para obter a indicação do fornecedor e respectivos quantitativos

e preços que poderão ser contratados;II - fiscalizar o cumprimento dos contratos que celebrarem; eIII - aplicar eventuais sanções que decorrerem:a) do descumprimento da ata de registro de preços, no que se refere às suas demandas; eb) do descumprimento dos contratos que celebrarem, ainda que não haja o correspondente

instrumento. § 1º Os órgãos participantes deverão informar ao órgão gerenciador: (Incluído pelo Decreto nº

8.251, de 2014)I - as sanções que aplicarem; e (Incluído pelo Decreto nº 8.251, de 2014)II - o nome do responsável pelo acompanhamento e fiscalização dos contratos que celebrarem.

(Incluído pelo Decreto nº 8.251, de 2014)§ 2º Na hipótese prevista no §3º do art. 92, comprovada a vantajosidade, fica facultada aos órgãos

ou entidades participantes de compra nacional a execução da ata de registro de preços vinculada ao programa ou projeto federal. (Incluído pelo Decreto nº 8.251, de 2014)

§ 3º Os entes federados participantes de compra nacional poderão utilizar recursos de transferências legais ou voluntárias da União, vinculados aos processos ou projetos objeto de descentralização e de recursos próprios para suas demandas de aquisição no âmbito da ata de registro de preços de compra nacional. (Incluído pelo Decreto nº 8.251, de 2014)

§ 4º Caso o órgão gerenciador aceite a inclusão de novos itens, o órgão participante demandante elaborará sua especificação ou termo de referência ou projeto básico, conforme o caso, e a pesquisa de mercado, observado o disposto no art. 96. (Incluído pelo Decreto nº 8.251, de 2014)

§ 5º Caso o órgão gerenciador aceite a inclusão de novas localidades para entrega do bem ou execução do serviço, o órgão participante responsável pela demanda elaborará, ressalvada a hipótese do § 3º do art. 92, pesquisa de mercado que contemple a variação de custos locais ou regionais. (Incluído pelo Decreto nº 8.251, de 2014)

Art. 97.  Após o encerramento da etapa competitiva, os licitantes poderão reduzir seus preços ao valor igual ao da proposta do licitante mais bem classificado.  

§  1o    Havendo apresentação de novas propostas na forma do  caput, o órgão gerenciador estabelecerá nova ordem de classificação, observadas as regras do art. 98. 

§  2o    A apresentação de novas propostas na forma do  caput  não prejudicará o resultado do certame em relação ao licitante mais bem classificado. 

Art. 98.  Serão registrados na ata de registro de preços os preços e os quantitativos do licitante mais bem classificado durante a etapa competitiva. (Redação dada pelo Decreto nº 8.251, de 2014

§ 1º Será incluído na ata de registro de preços, na forma de anexo, o registro dos licitantes que aceitarem cotar os bens ou serviços com preços iguais aos do licitante vencedor na sequência da classificação do certame, excluído o percentual referente à margem de preferência, quando o objeto não atender aos requisitos previstos no art. 3º da Lei nº 8.666, de 1993. (Incluído pelo Decreto nº 8.251, de 2014)

§ 2º Se houver mais de um licitante na situação de que trata o §1º, os licitantes serão classificados segundo a ordem da última proposta apresentada durante a fase competitiva. (Incluído pelo Decreto nº 8.251, de 2014)

§ 3º A habilitação dos fornecedores que comporão o cadastro de reserva,nos termos do §1º, será efetuada nas hipóteses previstas no art. 62 e quando da necessidade de contratação de fornecedor remanescente, nas hipóteses previstas no art. 107. (Incluído pelo Decreto nº 8.251, de 2014)

§ 4º O anexo de que trata o §1º consiste na ata de realização da sessão pública, que conterá a informação dos licitantes que aceitarem cotar os bens ou serviços com preços iguais ao do licitante vencedor do certame. (Incluído pelo Decreto nº 8.251, de 2014)

Art. 99.  A ata de registro de preços obriga os licitantes ao fornecimento de bens ou à prestação

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de serviço, conforme o caso, observados os preços, quantidades e demais condições previstas no instrumento convocatório. 

Parágrafo único.  O prazo de validade da ata de registro de preços será definido pelo instrumento convocatório, limitado ao mínimo de três meses e ao máximo de doze meses.  

Art. 100.  Os contratos decorrentes do SRP/RDC terão sua vigência conforme as disposições do instrumento convocatório, observadas, no que couber, as normas da Lei no 8.666, de 1993. 

§ 1o  Os contratos decorrentes do SRP/RDC não poderão sofrer acréscimo de quantitativos. § 2o  Os contratos decorrentes do SRP/RDC poderão ser alterados conforme as normas da Lei

no 8.666, de 1993, ressalvado o disposto no § 1o. Art. 101.   A existência de preços registrados não obriga a administração pública a firmar os

contratos que deles poderão advir. Parágrafo único.  Será facultada a realização de licitação específica para contratação de objetos

cujos preços constam do sistema, desde que assegurada aos fornecedores registrados a preferência em igualdade de condições. 

Art.  102.    O órgão ou entidade pública responsável pela execução das obras ou serviços contemplados no art. 2o  que não tenha participado do certame licitatório, poderá aderir à ata de registro de preços, respeitado o seu prazo de vigência. 

§ 1o  Os órgãos aderentes deverão observar o disposto no art. 96. § 2o  Os órgãos aderentes não poderão contratar quantidade superior à soma das estimativas de

demanda dos órgãos gerenciador e participantes. § 3o  A quantidade global de bens ou de serviços que poderão ser contratados pelos órgãos

aderentes e gerenciador, somados, não poderá ser superior a cinco vezes a quantidade prevista para cada item e, no caso de obras, não poderá ser superior a três vezes.  (Redação dada pelo Decreto nº 8.080, de 2013)

§ 4o  Os fornecedores registrados não serão obrigados a contratar com órgãos aderentes.  § 5o   O fornecimento de bens ou a prestação de serviços a órgãos aderentes não prejudicará

a obrigação de cumprimento da ata de registro de preços em relação aos órgãos gerenciador e participantes. 

Art.  103.    Quando solicitado, o órgão gerenciador indicará os fornecedores que poderão ser contratados pelos órgãos ou entidades participantes ou aderentes, e os respectivos quantitativos e preços, conforme a ordem de classificação. 

§ 1o  O órgão gerenciador observará a seguinte ordem quando da indicação de fornecedor aos órgãos participantes:

I - o fornecedor registrado mais bem classificado, até o esgotamento dos respectivos quantitativos oferecidos;

II - os fornecedores registrados que registraram seus preços em valor igual ao do licitante mais bem classificado, conforme a ordem de classificação; e

III - os demais fornecedores registrados, conforme a ordem de classificação, pelos seus preços registrados. 

§ 2o  No caso de solicitação de indicação de fornecedor por órgão aderente, o órgão gerenciador indicará o fornecedor registrado mais bem classificado e os demais licitantes que registraram seus preços em valor igual ao do licitante mais bem classificado. 

§ 3o  Os órgãos aderentes deverão propor a celebração de contrato aos fornecedores indicados pelo órgão gerenciador seguindo a ordem de classificação. 

§ 4o  Os órgãos aderentes deverão concretizar a contratação no prazo de até trinta dias após a indicação do fornecedor pelo órgão gerenciador, respeitado o prazo de vigência da ata. 

Art.  104.    O órgão gerenciador avaliará trimestralmente a compatibilidade entre o preço registrado e o valor de mercado.  

Parágrafo único.   Constatado que o preço registrado é superior ao valor de mercado, ficarão vedadas novas contratações até a adoção das providências cabíveis, conforme o art. 105. 

Art.  105.  Quando o preço registrado tornar-se superior ao preço praticado no mercado por motivo superveniente, o órgão gerenciador convocará os fornecedores para negociarem a redução dos preços aos valores praticados pelo mercado. 

§ 1o  Os fornecedores que não aceitarem reduzir seus preços aos valores praticados pelo mercado

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serão liberados do compromisso assumido, sem aplicação de penalidade. § 2o  A ordem de classificação dos fornecedores que aceitarem reduzir seus preços aos valores

de mercado observará a classificação original. Art. 106.  Os órgãos ou entidades da administração pública federal não poderão participar ou

aderir a ata de registro de preços cujo órgão gerenciador integre a administração pública de Estado, do Distrito Federal ou de Município, ressalvada a faculdade de a APO aderir às atas gerenciadas pelos respectivos consorciados. 

Parágrafo único.  Os órgãos ou entidades públicas estaduais, municipais ou do Distrito Federal poderão participar ou aderir a ata de registro de preços gerenciada pela administração pública federal, observado o disposto no § 1o do art. 92 e no caput do art. 102. 

Art. 107.  O registro de preços será revogado quando o fornecedor:I - descumprir as condições da ata de registro de preços;II - não retirar a respectiva nota de empenho ou instrumento equivalente, no prazo estabelecido

pela administração pública, sem justificativa aceitável;III - não aceitar reduzir o seu preço registrado, na hipótese de este se tornar superior àqueles

praticados no mercado; eIV - sofrer as sanções previstas nos incisos III e IV do caput do art. 87 da Lei no 8.666, de 1993, e

no art. 7o da Lei no 10.520, de 17 de julho de 2002. § 1o  A revogação do registro poderá ocorrer:I - por iniciativa da administração pública, conforme conveniência e oportunidade; ouII - por solicitação do fornecedor, com base em fato superveniente devidamente comprovado

que justifique a impossibilidade de cumprimento da proposta. § 2o  A revogação do registro nas hipóteses previstas nos incisos I, II e IV do caput será formalizado

por decisão da autoridade competente do órgão gerenciador, assegurados o contraditório e a ampla defesa. 

§ 3o  A revogação do registro em relação a um fornecedor não prejudicará o registro dos preços dos demais licitantes. 

Art.  108.    No âmbito da administração pública federal competirá ao Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão estabelecer normas complementares necessárias para a operação do SRP/RDC. 

CAPÍTULO VDO CATÁLOGO ELETRÔNICO DE PADRONIZAÇÃO 

Art.  109.    O Catálogo Eletrônico de Padronização é o sistema informatizado destinado à padronização de bens, serviços e obras a serem adquiridos ou contratados pela administração pública.  

Parágrafo único.  O Catálogo Eletrônico de Padronização será gerenciado de forma centralizada pela Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.  

Art. 110.  O Catálogo Eletrônico de Padronização conterá:I - a especificação de bens, serviços ou obras;II - descrição de requisitos de habilitação de licitantes, conforme o objeto da licitação; eIII - modelos de:a) instrumentos convocatórios;b) minutas de contratos;c) termos de referência e projetos referência; ed) outros documentos necessários ao procedimento de licitação que possam ser padronizados. § 1o   O Catálogo Eletrônico de Padronização será destinado especificamente a bens, serviços

e obras que possam ser adquiridos ou contratados pela administração pública pelo critério de julgamento menor preço ou maior desconto. 

§ 2o  O projeto básico da licitação será obtido a partir da adaptação do “projeto de referência” às peculiaridades do local onde a obra será realizada, CONSIDERANDO aspectos relativos ao solo e à topografia do terreno, bem como aos preços dos insumos da região que será implantado o empreendimento.  

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TÍTULO VIDAS SANÇÕES 

Art. 111.  Serão aplicadas sanções nos termos do art. 47 da Lei no 12.462, de 2011, sem prejuízo das multas previstas no instrumento convocatório. 

§ 1o  Caberá recurso no prazo de cinco dias úteis contado a partir da data da intimação ou da lavratura da ata da aplicação das penas de advertência, multa, suspensão temporária de participação em licitação, impedimento de contratar com a administração pública e declaração de inidoneidade, observado o disposto nos arts. 53 a 57, no que couber. 

§ 2o  As penalidades serão obrigatoriamente registradas no SICAF. TÍTULO VII

DISPOSIÇÕES FINAIS 

Art. 112.  Na contagem dos prazos estabelecidos neste Decreto, exclui-se o dia do início e inclui-se o do vencimento. 

Parágrafo único.  Os prazos estabelecidos neste Decreto se iniciam e expiram exclusivamente em dia útil no âmbito do órgão ou entidade responsável pela licitação ou contratante. 

Art. 113.  Competirá ao Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão expedir normas e procedimentos complementares para a execução deste Decreto no âmbito da administração pública federal. 

Art. 114.  Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 11 de outubro de 2011; 190o da Independência e 123o da República. DILMA ROUSSEFFGuido MantegaMiriam BelchiorOrlando Silva de Jesus JúniorLuís Inácio Lucena AdamsJorge Hage SobrinhoWagner Bittencourt de Oliveira Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 13 de outubro de 2011.

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DECRETO Nº 7.983, DE 8 DE ABRIL DE 2013

Estabelece regras e critérios para elaboração do orçamento de referência de obras e serviços de engenharia, contratados e executados com recursos dos orçamentos da União, e dá outras providências.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, caput, incisos IV e VI, alínea “a”, da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 7º, § 2º, no art. 40, caput, inciso X, e no art. 43, caput, inciso IV, da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, e no art. 13 do Decreto-Lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967, DECRETA:

CAPÍTULO IDISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art.1º. Este Decreto estabelece regras e critérios a serem seguidos por órgãos e entidades da administração pública federal para a elaboração do orçamento de referência de obras e serviços de engenharia, contratados e executados com recursos dos orçamentos da União.

Parágrafo único. Este Decreto tem por finalidade padronizar a metodologia para elaboração do orçamento de referência e estabelecer parâmetros para o controle da aplicação dos recursos referidos no caput.

Art. 2º. Para os fins deste Decreto, considera-se:I - custo unitário de referência - valor unitário para execução de uma unidade de medida do

serviço previsto no orçamento de referência e obtido com base nos sistemas de referência de custos ou pesquisa de mercado;

II - composição de custo unitário - detalhamento do custo unitário do serviço que expresse a descrição, quantidades, produtividades e custos unitários dos materiais, mão de obra e equipamentos necessários à execução de uma unidade de medida;

III - custo total de referência do serviço - valor resultante da multiplicação do quantitativo do serviço previsto no orçamento de referência por seu custo unitário de referência;

IV - custo global de referência - valor resultante do somatório dos custos totais de referência de todos os serviços necessários à plena execução da obra ou serviço de engenharia;

V - benefícios e despesas indiretas - BDI - valor percentual que incide sobre o custo global de referência para realização da obra ou serviço de engenharia;

VI - preço global de referência - valor do custo global de referência acrescido do percentual correspondente ao BDI;

VII - valor global do contrato - valor total da remuneração a ser paga pela administração pública ao contratado e previsto no ato de celebração do contrato para realização de obra ou serviço de engenharia;

VIII - orçamento de referência - detalhamento do preço global de referência que expressa a descrição, quantidades e custos unitários de todos os serviços, incluídas as respectivas composições de custos unitários, necessários à execução da obra e compatíveis com o projeto que integra o edital de licitação;

IX - critério de aceitabilidade de preço - parâmetros de preços máximos, unitários e global, a serem fixados pela administração pública e publicados no edital de licitação para aceitação e julgamento das propostas dos licitantes;

X - empreitada - negócio jurídico por meio do qual a administração pública atribui a um contratado a obrigação de cumprir a execução de uma obra ou serviço;

XI - regime de empreitada - forma de contratação que contempla critério de apuração do valor da remuneração a ser paga pela administração pública ao contratado em razão da execução do objeto;

XII - tarefa - quando se ajusta mão de obra para pequenos trabalhos por preço certo, com ou sem fornecimento de materiais;

XIII - regime de empreitada por preço unitário - quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo de unidades determinadas;

XIV - regime de empreitada por preço global - quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo e total; e

XV - regime de empreitada integral - quando se contrata um empreendimento em sua

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integralidade, compreendendo todas as etapas das obras, serviços e instalações necessárias, sob inteira responsabilidade da contratada até a sua entrega ao contratante em condições de entrada em operação, atendidos os requisitos técnicos e legais para sua utilização em condições de segurança estrutural e operacional e com as características adequadas às finalidades para que foi contratada.

CAPÍTULO IIDA ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO DE REFERÊNCIA DE OBRAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA

Art. 3º. O custo global de referência de obras e serviços de engenharia, exceto os serviços e obras de infraestrutura de transporte, será obtido a partir das composições dos custos unitários previstas no projeto que integra o edital de licitação, menores ou iguais à mediana de seus correspondentes nos custos unitários de referência do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil - SINAPI, excetuados os itens caracterizados como montagem industrial ou que não possam ser considerados como de construção civil.

Parágrafo único. O SINAPI deverá ser mantido pela Caixa Econômica Federal - CEF, segundo definições técnicas de engenharia da CEF e de pesquisa de preço realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

Art. 4º. O custo global de referência dos serviços e obras de infraestrutura de transportes será obtido a partir das composições dos custos unitários previstas no projeto que integra o edital de licitação, menores ou iguais aos seus correspondentes nos custos unitários de referência do Sistema de Custos Referenciais de Obras - SICRO, cuja manutenção e divulgação caberá ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT, excetuados os itens caracterizados como montagem industrial ou que não possam ser considerados como de infraestrutura de transportes.

Art. 5º. O disposto nos arts. 3º e 4º não impede que os órgãos e entidades da administração pública federal desenvolvam novos sistemas de referência de custos, desde que demonstrem sua necessidade por meio de justificativa técnica e os submetam à aprovação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

Parágrafo único. Os novos sistemas de referência de custos somente serão aplicáveis no caso de incompatibilidade de adoção dos sistemas referidos nos arts. 3º e 4º, incorporando-se às suas composições de custo unitário os custos de insumos constantes do SINAPI e SICRO.

Art. 6º. Em caso de inviabilidade da definição dos custos conforme o disposto nos arts. 3º, 4º e 5º, a estimativa de custo global poderá ser apurada por meio da utilização de dados contidos em tabela de referência formalmente aprovada por órgãos ou entidades da administração pública federal em publicações técnicas especializadas, em sistema específico instituído para o setor ou em pesquisa de mercado.

Art. 7º. Os órgãos e entidades responsáveis por sistemas de referência deverão mantê-los atualizados e divulgá-los na internet.

Art. 8º. Na elaboração dos orçamentos de referência, os órgãos e entidades da administração pública federal poderão adotar especificidades locais ou de projeto na elaboração das respectivas composições de custo unitário, desde que demonstrada a pertinência dos ajustes para a obra ou serviço de engenharia a ser orçado em relatório técnico elaborado por profissional habilitado.

Parágrafo único. Os custos unitários de referência da administração pública poderão, somente em condições especiais justificadas em relatório técnico elaborado por profissional habilitado e aprovado pelo órgão gestor dos recursos ou seu mandatário, exceder os seus correspondentes do sistema de referência adotado na forma deste Decreto, sem prejuízo da avaliação dos órgãos de controle, dispensada a compensação em qualquer outro serviço do orçamento de referência.

Art. 9º. O preço global de referência será o resultante do custo global de referência acrescido do valor correspondente ao BDI, que deverá evidenciar em sua composição, no mínimo:

I - taxa de rateio da administração central;II - percentuais de tributos incidentes sobre o preço do serviço, excluídos aqueles de natureza

direta e personalística que oneram o contratado;III - taxa de risco, seguro e garantia do empreendimento; eIV - taxa de lucro. § 1º Comprovada a inviabilidade técnico-econômica de parcelamento do objeto da licitação, nos

termos da legislação em vigor, os itens de fornecimento de materiais e equipamentos de natureza

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específica que possam ser fornecidos por empresas com especialidades próprias e diversas e que representem percentual significativo do preço global da obra devem apresentar incidência de taxa de BDI reduzida em relação à taxa aplicável aos demais itens.

§ 2º No caso do fornecimento de equipamentos, sistemas e materiais em que o contratado não atue como intermediário entre o fabricante e a administração pública ou que tenham projetos, fabricação e logísticas não padronizados e não enquadrados como itens de fabricação regular e contínua nos mercados nacional ou internacional, o BDI poderá ser calculado e justificado com base na complexidade da aquisição, com exceção à regra prevista no § 1º.

Art. 10. A anotação de responsabilidade técnica pelas planilhas orçamentárias deverá constar do projeto que integrar o edital de licitação, inclusive de suas eventuais alterações.

Art. 11. Os critérios de aceitabilidade de preços deverão constar do edital de licitação para contratação de obras e serviços de engenharia.

Art. 12. A minuta de contrato deverá conter cronograma físico-financeiro com a especificação física completa das etapas necessárias à medição, ao monitoramento e ao controle das obras.

CAPÍTULO IIIDA FORMAÇÃO DOS PREÇOS DAS PROPOSTAS E CELEBRAÇÃO DE ADITIVOS EM OBRAS E SERVIÇOS

DE ENGENHARIA

Art. 13. Em caso de adoção dos regimes de empreitada por preço global e de empreitada integral, deverão ser observadas as seguintes disposições para formação e aceitabilidade dos preços:

I - na formação do preço que constará das propostas dos licitantes, poderão ser utilizados custos unitários diferentes daqueles obtidos a partir dos sistemas de custos de referência previstos neste Decreto, desde que o preço global orçado e o de cada uma das etapas previstas no cronograma físico-financeiro do contrato, observado o art. 9o, fiquem iguais ou abaixo dos preços de referência da administração pública obtidos na forma do Capítulo II, assegurado aos órgãos de controle o acesso irrestrito a essas informações; e

II - deverá constar do edital e do contrato cláusula expressa de concordância do contratado com a adequação do projeto que integrar o edital de licitação e as alterações contratuais sob alegação de falhas ou omissões em qualquer das peças, orçamentos, plantas, especificações, memoriais e estudos técnicos preliminares do projeto não poderão ultrapassar, no seu conjunto, dez por cento do valor total do contrato, computando-se esse percentual para verificação do limite previsto no § 1º do art. 65 da Lei nº 8.666, de 1993.

Parágrafo único. Para o atendimento do art. 11, os critérios de aceitabilidade de preços serão definidos em relação ao preços global e de cada uma das etapas previstas no cronograma físico-financeiro do contrato, que deverão constar do edital de licitação.

Art. 14. A diferença percentual entre o valor global do contrato e o preço global de referência não poderá ser reduzida em favor do contratado em decorrência de aditamentos que modifiquem a planilha orçamentária.

Parágrafo único. Em caso de adoção dos regimes de empreitada por preço unitário e tarefa, a diferença a que se refere o caput poderá ser reduzida para a preservação do equilíbrio econômico-financeiro do contrato em casos excepcionais e justificados, desde que os custos unitários dos aditivos contratuais não excedam os custos unitários do sistema de referência utilizado na forma deste Decreto, assegurada a manutenção da vantagem da proposta vencedora ante a da segunda colocada na licitação.

Art. 15. A formação do preço dos aditivos contratuais contará com orçamento específico detalhado em planilhas elaboradas pelo órgão ou entidade responsável pela licitação, na forma prevista no Capítulo II, observado o disposto no art. 14 e mantidos os limites do previsto no § 1º do art. 65 da Lei nº 8.666, de 1993.

CAPÍTULO IVDISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 16. Para a realização de transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios, os órgãos e entidades da administração pública federal somente poderão celebrar convênios, contratos de repasse, termos de compromisso ou instrumentos congêneres que contenham cláusula que obrigue o beneficiário ao cumprimento das normas deste Decreto nas licitações que realizar para a contratação

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de obras ou serviços de engenharia com os recursos transferidos.§ 1º A comprovação do cumprimento do disposto no caput será realizada mediante declaração

do representante legal do órgão ou entidade responsável pela licitação, que deverá ser encaminhada ao órgão ou entidade concedente após a homologação da licitação.

§ 2º A documentação de que trata o § 1º será encaminhada à instituição financeira mandatária, quando houver.

Art. 17. Para as transferências previstas no art. 16, a verificação do disposto no Capítulo II será realizada pelo órgão titular dos recursos ou mandatário por meio da análise, no mínimo:

I - da seleção das parcelas de custo mais relevantes contemplando na análise no mínimo dez por cento do número de itens da planilha que somados correspondam ao valor mínimo de oitenta por cento do valor total das obras e serviços de engenharia orçados, excetuados os itens previstos no inciso II do caput; e

II - dos custos dos serviços relativos à mobilização e desmobilização, canteiro e acampamento e administração local.

§ 1º Em caso de celebração de termo aditivo, o serviço adicionado ao contrato ou que sofra alteração em seu quantitativo ou preço deverá apresentar preço unitário inferior ao preço de referência da administração pública, mantida a proporcionalidade entre o preço global contratado e o preço de referência, ressalvada a exceção prevista no parágrafo único do art. 14 e respeitados os limites do previstos no § 1º do art. 65 da Lei nº 8.666, de 1993.

§ 2º O preço de referência a que se refere o § 1º deverá ser obtido na forma do Capítulo II, CONSIDERANDO a data-base de elaboração do orçamento de referência da Administração, observadas as cláusulas contratuais.

Art. 18. A elaboração do orçamento de referência e o custo global das obras e serviços de engenharia nas contratações regidas pela Lei nº 12.462, de 04 de agosto de 2011, obedecerão às normas específicas estabelecidas no Decreto n. 7.581, de 11 de outubro de 2011.

Art. 19. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.Brasília, 8 de abril de 2013; 192º da Independência e 125º da República.

DILMA ROUSSEFFMiriam BelchiorJorge Hage SobrinhoEste texto não substitui o publicado no D.O.U. de 9 de abril de 2013.

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EMENTÁRIO PARCIAL DE RESOLUÇÕES DO CONFEA

RESOLUÇÃO Nº 209, DE 1º SETEMBRO 1972: Dispõe sobre o registro de pessoas jurídicas estrangeiras

RESOLUÇÃO Nº 213, DE 10 NOVEMBRO 1972: Caracteriza o preposto e dispõe sobre suas atividades.

RESOLUÇÃO Nº 218, DE 29 JUNHO 1973: Discrimina atividades das diferentes modalidades profissionais da Engenharia, Arquitetura e Agronomia. (Revogado o art. 24 deste Resolução, pela Resolução nº 1.057, de 31 de julho de 2014)

RESOLUÇÃO Nº 221, DE 29 AGOSTO 1974: Dispõe sobre o acompanhamento pelo autor, ou pelos autores ou co-autores, do projeto de execução da obra respectiva de Engenharia, Arquitetura ou Agronomia.

RESOLUÇÃO Nº 229, DE 27 JUNHO 1975: Dispõe sobre a regularização dos trabalhos de engenharia, arquitetura e agronomia iniciados ou concluídos sem a participação efetiva de responsável técnico.

RESOLUÇÃO Nº 266, DE 15 DEZEMBRO 1979: Dispõe sobre a expedição de certidões às pessoas jurídicas pelos Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia.

RESOLUÇÃO Nº 282, DE 24 AGOSTO 1983: Dispõe sobre o uso obrigatório do título profissional e número da Carteira do CREA nos documentos de caráter técnico e técnico-científico.

RESOLUÇÃO Nº 336, DE 27 OUTUBRO 1989: Dispõe sobre o registro de pessoas jurídicas nos Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia.

RESOLUÇÃO Nº 361, DE 10 DEZEMBRO 1991: Dispõe sobre a conceituação de Projeto Básico em Consultoria de Engenharia, Arquitetura e Agronomia.

RESOLUÇÃO Nº 407, DE 09 AGOSTO 1996: Revoga a Resolução nº 250/77, que regula o tipo e uso de placas de identificação de exercício profissional em obras, instalações e serviços de Engenharia, Arquitetura e Agronomia.

RESOLUÇÃO Nº 413, DE 27 JUNHO 1997: Dispõe sobre o visto em registro de pessoa jurídica.

RESOLUÇÃO Nº 1.002 , DE 26 DE NOVEMBRO DE 2002: Adota o Código de Ética Profissional da Engenharia, da Arquitetura, da Agronomia, da Geologia, da Geografia e da Meteorologia e dá outras providências.

RESOLUÇÃO Nº 1.007, DE 5 DE DEZEMBRO DE 2003: Dispõe sobre o registro de profissionais, aprova os modelos e os critérios para expedição de Carteira de Identidade Profissional e dá outras providências. (Os arts. 11, 15 e 19 tiveram nova redação conforme Resolução nº 1.016, de 25 de agosto de 2006 e os arts. 23, 24, 25, 28 e 52 e os anexos II e III foram revogados pela Resolução nº 1.059, de 28 de outubro de 2014)

RESOLUÇÃO Nº 1.010, DE 22 DE AGOSTO DE 2005: Dispõe sobre a regulamentação da atribuição de títulos profissionais, atividades, competências e caracterização do âmbito de atuação dos profissionais inseridos no Sistema Confea/Crea, para efeito de fiscalização do exercício profissional. (Resolução suspensa pela Resolução nº 1062 de 29 de dezembro de 2014)

RESOLUÇÃO N° 1.016, DE 25 DE AGOSTO DE 2006: Altera a redação dos arts. 11, 15 e 19 da Resolução nº 1.007, de 5 de dezembro de 2003.

RESOLUÇÃO N° 1.024, DE 21 DE AGOSTO DE 2009: Dispõe sobre a obrigatoriedade de adoção do Livro de Ordem de obras e serviços de Engenharia, Arquitetura, Agronomia, Geografia, Geologia, Meteorologia e demais profissões vinculadas ao Sistema Confea/Crea.

RESOLUÇÃO Nº 1.025, DE 30 DE OUTUBRO DE 2009: Dispõe sobre a Anotação de Responsabilidade Técnica e o Acervo Técnico Profissional, e dá outras providências. (Art. 28, § 2º e art. 79 foram

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revogados pela Resolução nº 1.050, de 13 de dezembro de 2013)

RESOLUÇÃO Nº 1.029, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2010: Estabelece normas para o registro de obras intelectuais no Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - Confea.

RESOLUÇÃO Nº 1.040, DE 25 DE MAIO DE 2012: Suspende a aplicabilidade da Resolução nº 1.010, de 2005.

RESOLUÇÃO Nº 1.044, DE 25 DE MARÇO DE 2013: Altera o art. 79 da Resolução nº 1.025, de 30 de outubro de 2009, que dispõe sobre a Anotação de Responsabilidade Técnica e o Acervo Técnico Profissional, e dá outras providências.

RESOLUÇÃO Nº 1.048, DE 14 DE AGOSTO DE 2013: Consolida as áreas de atuação, as atribuições e as atividades profissionais relacionadas nas leis, nos decretos-lei e nos decretos que regulamentam as profissões de nível superior abrangidas pelo Sistema Confea/Crea.

RESOLUÇÃO Nº 1.050, DE 13 DE DEZEMBRO DE 2013: Dispõe sobre a regularização de obras e serviços de Engenharia e Agronomia concluídos sem a devida Anotação de Responsabilidade Técnica – ART e dá outras providências.

RESOLUÇÃO Nº 1.057, DE 31 DE JULHO DE 2014: Revoga a Resolução nº 262, de 28 de julho de 1979, a Resolução nº 278, de 27 de maio de 1983 e o art. 24 da Resolução nº 218, de 29 de junho de 1973 e dá outras providências.

RESOLUÇÃO Nº 1.062, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2014: Suspende a aplicabilidade da Resolução nº 1.010, de 22 de agosto de 2005, que dispõe sobre a regulamentação da atribuição de títulos profissionais, atividades, competências e caracterização do âmbito de atuação dos profissionais inseridos no Sistema Confea/Crea, para efeito de fiscalização do exercício profissional.

RESOLUÇÃO Nº 1.067, DE 25 DE SETEMBRO DE 2015: Fixa os critérios para cobrança de registro da Anotação de Responsabilidade Técnica – ART e dá outras providências.

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EMENTÁRIO PARCIAL DE RESOLUÇÕES DO CAU/BR

RESOLUÇÃO Nº 22, 04 DE MAIO DE 2012: Dispõe sobre a fiscalização do exercício profissional da Arquitetura e Urbanismo, os procedimentos para formalização, instrução e julgamento de processos por infração à legislação e a aplicação de penalidades, e dá outras providências.

RESOLUÇÃO Nº 24, DE 6 JUNHO DE 2012: Dispõe sobre o acervo técnico do arquiteto e urbanista e a emissão de Certidão de Acervo Técnico (CAT), sobre o registro de atestado emitido por pessoa jurídica de direito público ou privado, e sobre a baixa, o cancelamento e a nulidade do Registro de Responsabilidade Técnica (RRT), e dá outras providências.

RESOLUÇÃO N° 28, DE 6 DE JULHO DE 2012: Dispõe sobre o registro e sobre a alteração e a baixa de registro de pessoa jurídica de Arquitetura e Urbanismo nos Conselhos de Arquitetura e Urbanismo dos Estados e do Distrito Federal e dá outras providências.

RESOLUÇÃO N° 31, DE 2 DE AGOSTO DE 2012: Dispõe sobre o Registro de Responsabilidade Técnica (RRT) Extemporâneo, referente a atividade concluída ou em andamento e dá outras providências.

RESOLUÇÃO N° 46, DE 8 DE MARÇO DE 2013: Dispõe sobre o Registro de Responsabilidade Técnica (RRT), a constituição de acervo técnico e a emissão de Certidão de Acervo Técnico (CAT) referente à atividade técnica realizada no exterior por arquiteto e urbanista registrado no CAU.

RESOLUÇÃO N° 54, DE 6 DE SETEMBRO DE 2013: Dispõe sobre a emissão de certidões ordinárias pelos Conselhos de Arquitetura e Urbanismo dos Estados e do Distrito Federal (CAU/UF) e dá outras providências.

RESOLUÇÃO N° 67, DE 05 DE DEZEMBRO DE 2013: Dispõe sobre os Direitos Autorais na Arquitetura e Urbanismo, estabelece normas e condições para o registro de obras intelectuais no Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), e dá outras providências.

RESOLUÇÃO Nº 74, DE 28 DE FEVEREIRO DE 2014: Adia o termo inicial de vigência da Resolução CAU/BR n° 67, de 2013, que trata do registro de obras intelectuais no Conselho de Arquitetura e Urbanismo, e dá outras providências.

RESOLUÇÃO Nº 75, DE 10 DE ABRIL DE 2014: Dispõe sobre a indicação da responsabilidade técnica referente a projetos, obras e serviços no âmbito da Arquitetura e Urbanismo, em documentos, placas, peças publicitárias e outros elementos de comunicação.

RESOLUÇÃO Nº 91, DE 09 DE OUTUBRO DE 2014: Dispõe sobre o Registro de Responsabilidade Técnica (RRT) referente a projetos, obras e demais serviços técnicos no âmbito da Arquitetura e Urbanismo e dá outras providências.

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EMENTÁRIO PARCIAL DE DECISÕES DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

DECISÃO N° 292/1998: Define que o número de atestados ou certidões de qualificação técnica a serem exigidos pela Administração não pode extrapolar a um.

DECISÃO N° 215/1999: Possibilita ultrapassar o limite de 25% e 50%, desde que a alteração seja qualitativa e obedeça requisitos específicos.

DECISÃO N° 451/2000: Nulidade da prorrogação de contrato após encerramento de sua vigência.

DECISÃO N° 1.526/2002: Abstenção de exigir Certificados da série ISO 9000 como item de inabilitação dos participantes.

EMENTÁRIO PARCIAL DE ACÓRDÃOS DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

ACÓRDÃO Nº 717/2005 – Plenário: Abstenha-se de licitar obra ou serviço sem a prévia aprovação de projeto básico.

ACÓRDÃO N° 2.194/2005 – 1ª Câmara: Obrigatoriedade do “Livro de Boletim de Ocorrência” no canteiro de obras.

ACÓRDÃO N° 262/2006 – 2ª Câmara: Obrigatoriedade do registro de ocorrências no “Livro de Boletim de Ocorrência”.

ACÓRDÃO N° 1.738/2006 – Plenário: Proíbe a medição chamada “Medição de Gaveta”.

ACÓRDÃO N° 325/2007 – 2ª Câmara: Registro e recolhimento da ART referente a projetos básicos.

ACÓRDÃO N° 325/2007 – Plenário: Premissas acerca de lucros e despesas indiretas envolvendo: IRPJ e CSLL, administração local, instalação de canteiro, mobilização e desmobilização e composição do BDI.

ACÓRDÃO N° 566/2007 – 2ª Câmara: Obrigatoriedade de verificar a viabilidade da proposta de preços em princípio considerada inexeqüível.

ACÓRDÃO Nº 703/2007 – Plenário: Exigência de comprovação de inscrição, junto a órgão de fiscalização profissional do local só deve ser exigida por ocasião da contratação.

ACÓRDÃO Nº 992/2007 – 1ª Câmara: Veda a exigência do Visto do Registro – CREA dos interessados em participar em licitação.

ACÓRDÃO Nº 1.013/2007 – TCU – Plenário: 2. O projeto básico incompleto e inadequado, (...) restringiu o caráter competitivo do processo licitatório.

ACÓRDÃO Nº 1.014/2007 – Plenário: Limita em 25% a alteração quantitativa, podendo ultrapassar este limite mediante justificativa qualitativa e demais providência.

ACÓRDÃO Nº 1.090/2007 – Plenário: Evitar execução e conclusão dos serviços após o término da vigência do contrato.

ACÓRDÃO Nº 1.644/2007 – 2ª Câmara: Memorial descritivo e especificações técnicas são indispensáveis para o acompanhamento de obra.

ACÓRDÃO Nº 1.764/2007 – Plenário: Veda a formalização de contratos com prazo de vigência indeterminado.

ACÓRDÃO Nº 1.873/2007 – 2ª Câmara: Obrigatoriedade do número mínimo de três propostas válidas para homologação quando da modalidade “Convite” e determina providências compatíveis.

ACÓRDÃO Nº 2.565/2007 – 1ª Câmara: Veda pagamentos antecipados de fornecimento de

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materiais, exceto quando for comprovada a existência de interesse público e desde que observado os requisitos específicos.

ACÓRDÃO Nº 2.606/2007 – 2ª Câmara: Obrigatoriedade de atender os arts. 13 e 14 da Lei nº 5.194/66 e art. 1º, inciso IV da Resolução nº 282.

ACÓRDÃO Nº 2.194/2007 – Plenário: Veda a exigência nas licitações número mínimo de atestados ou certidões de qualificação técnica.

ACÓRDÃO Nº 2.251/2007 – Plenário: Anulação de pregão anula os atos dele decorrentes.

ACÓRDÃO Nº 2.293/2007 – Plenário: Obrigatoriedade de designação de fiscais com competência técnica compatível com as peculiaridades do contrato.

ACÓRDÃO Nº 2.299/2007 – Plenário: Veda estabelecer para a avaliação da qualificação técnica, percentuais acima de 50% dos itens de maior relevância técnica de obra e serviço.

ACÓRDÃO Nº 2.359/2007 – Plenário: Veda limitação de número de atestados ou certidões de capacidade técnica.

ACÓRDÃO Nº 2.324/2007 – Plenário: Obrigatoriedade de realização de “Medição Parcial” na data de aniversário do contrato para fins de reajuste.

ACÓRDÃO Nº 3.360/2007 – 2ª Câmara: Exige Anotação de Responsabilidade Técnica – ART nas obras e serviços de engenharia para possibilitar a responsabilização do autor de projeto por eventual erro ou falha técnica.

ACÓRDÃO Nº 3.796/2007 – 1ª Câmara: Obrigatoriedade da elaboração de projeto básico e/ou executivo com todas suas partes, desenhos, especificações e outros, orçamento, de tal forma a ensejar a determinação do custo global da obra com precisão de mais ou menos 15%, conforme art. 3º, alínea “f” da Resolução nº 361.

ACÓRDÃO Nº 3.505/2007 – 2ª Câmara: Que o responsável técnico pelo futuro contrato possuísse nível superior, se certificasse de que as atividades que lhe estariam sendo atribuídas não poderiam ser realizadas por profissional de nível técnico, de acordo com as normas das entidades de fiscalização profissional competentes.

ACÓRDÃO Nº 440/2008 – Plenário: Exigi de todos os participantes apresentem propostas de preços com idêntico padrão de itens que compõem o BDI, observando as premissas relativas a esses componentes, nos moldes definidos nos subitens 9.1.1 a 9.1.4 do Acórdão nº 325/2007 - TCU – Plenário.

ACÓRDÃO Nº 452/2008 – Plenário: Critério para estabelecer índices mínimos de qualificação econômico-financeira das empresas, atentando para que a média aritmética dos índices do setor em um determinado período não deveria ser o único critério adotado, devendo ser levado em consideração, também, as peculiaridades do objeto licitado, de forma que tais índices fossem exigidos nos limites estritamente necessários à demonstração da capacidade financeira do licitante.

ACÓRDÃO Nº 608/2008 – Plenário: Abster de exigir no rol da documentação de qualificação técnica certificado do Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade de Habitat (PBQPH) - Nível A, aceitando-o, somente, se fosse o caso, como critério de pontuação técnica.

ACÓRDÃO Nº 1.458/2008 – 2 ª Câmara: Na modalidade de empreitada por preço global, seja fornecido obrigatoriamente, junto com o edital, todos os elementos e informações necessários para que os licitantes possam elaborar suas propostas de preços com total e completo conhecimento do objeto da licitação.

ACÓRDÃO Nº 1.229/2008 – Plenário: Observasse, em licitações com recursos federais: a) que as exigências quanto à qualificação técnico-profissional e técnico-operacional deveriam se limitar às parcelas de maior relevância e valor significativo do objeto da licitação.

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ACÓRDÃO Nº 1.230/2008 – Plenário: O TCU determinou à UFMT que antes de proceder à anulação de processos licitatórios, assegurasse o estabelecimento do contraditório e da ampla defesa aos licitantes.

ACÓRDÃO Nº 1.330/2008 – Plenário: Observar os critérios de julgamento de uma licitação, como fatores de ponderação de técnica e preço.

ACÓRDÃO Nº 1.330/2008 – Plenário: Que, nas alterações contratuais, o limite de 25% incide sobre custo unitário do serviço a ser adicionado ou suprimido, não no valor total do contrato.

ACÓRDÃO Nº 2.284/2008 – 1ª Câmara: Determinação da anexação aos processos licitatórios diversos documentos.

ACÓRDÃO Nº 2.351/2008 – 2ª Câmara: Exigência da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) do responsável pelo projeto, execução e fiscalização da obra de engenharia.

ACÓRDÃO Nº 2.575/2008 – 2ª Câmara: Vedação de apresentação de certificado PBQP-H (Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat) como condição eliminatória dos licitantes.

ACÓRDÃO Nº 1.536/2008 – Plenário: Como proceder, em licitações onde o objeto fosse dividido em lotes, com os requisitos de habilitação econômico-financeira.

ACÓRDÃO Nº 1.547/2008 – 1ª Plenário: Abster-se de exigir comprovação de vínculo empregatício do responsável técnico de nível superior com a empresa licitante.

ACÓRDÃO Nº 2.749/2008 – 2ª Câmara: A observância ao princípio da segregação de função.

ACÓRDÃO Nº 1.644/2008 – Plenário: Mesmo em obras emergenciais é necessário o projeto básico e de outras providências.

ACÓRDÃO Nº 1.616/2008 – Plenário: Que o critério para aferição de inexeqüibilidade de preços conduz a uma presunção relativa de inexeqüibilidade de preços.

ACÓRDÃO Nº 1.678/2008 – Plenário: Erros cometido pelas empresas projetistas,as mesmas devem ser responsabilizadas administrativamente por inexecução parcial dos respectivos contratos.

ACÓRDÃO Nº 1.599/2008 – Plenário: Formalização de termo aditivo aplicáveis sobre os pagamentos efetuados após 31.12.2007 em decorrência da extinção da CPMF.

ACÓRDÃO Nº 2.985/2008 – 2ª Câmara: Obrigatoriedade de condições razoáveis para realização de visita técnica ao local das obras.

ACÓRDÃO Nº 1.908/2008 – Plenário: As exigências de capacitação técnico-profissional sobressaem às parcelas que, simultaneamente, possuam maior relevância técnica e representem valor significativo do objeto da licitação.

ACÓRDÃO Nº 2.105/2008 – Plenário: Vedação de quesito de pontuação técnica que atribua pontos à licitante tão-somente pelo seu tempo de existência no mercado.

ACÓRDÃO Nº 3.281/2008 – 1ª Câmara: Na realização de processo licitatório no regime de empreitada por preço global, é obrigatório constar do edital diversos requisitos.

ACÓRDÃO Nº 4.240/2008 – 1ª Câmara: Determina a seleção de empresas/profissionais distintos para a elaboração do projeto básico e para a execução da obra correspondente.

ACÓRDÃO Nº 2.617/2008 – Plenário: Determina preliminarmente à licitação de lotes de obras e serviços de engenharia a observância de diversos elementos técnicos.

ACÓRDÃO Nº 2.835/2008 – Plenário: Celebração de aditivos contratuais visando ao aumento dos quantitativos de insumos asfálticos, adote como critérios de aceitabilidade de preços, acréscimos do BDI de 15% e do frete, e demais providências.

ACÓRDÃO Nº 3.086/2008 – Plenário: Na utilização de peças pré-moldadas de concreto exija-se que o orçamento-base e as propostas das licitantes contenham o devido detalhamento desses

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elementos estruturais e demais providências.

ACÓRDÃO Nº 374/2009 – 1ª Câmara: Constatação de coincidências entre os dados das empresas licitantes (sócios, responsáveis técnicos, endereços e outros) ou da existência de outros indícios que possam indicar um possível inter-relacionamento entre as licitantes.

ACÓRDÃO Nº 758/2009 – 2ª Câmara: Abster de exigir no rol da documentação de qualificação técnica certificações do tipo Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H), e de outros documentos que não integrem a relação exaustiva constante dos arts. 28 a 33 da Lei nº 8.666/1993.

ACÓRDÃO Nº 1.905/2009 – Plenário: Se admita comprovação da capacitação técnico-profissional, realizada mediante a apresentação de contrato de prestação de serviços, sem vínculo trabalhista e regido pela legislação civil comum.

ACÓRDÃO Nº 4.999/2009 – 2ª Câmara: A inexeqüibilidade dos valores referentes a itens isolados da planilha de custos, desde que não contrariem instrumentos legais, não caracteriza motivo suficiente para a desclassificação da proposta.

ACÓRDÃO Nº 3.051/2009 – Plenário: Para que se abstenha de utilizar plantas e especificações técnicas padrão, com múltiplas soluções, porquanto, na fase de projeto básico, já deve estar definida a melhor alternativa a ser implantada em cada empreendimento.

ACÓRDÃO Nº 137/2010 – 1ª Câmara: Aplicação das penalidades, estabelecendo gradações entre as sanções de acordo com o potencial de lesão que poderá advir de cada conduta a ser penalizada.

ACÓRDÃO Nº 326/2010 – Plenário: Em licitações custeadas com recursos federais, abstenha-se de incluir, em edital de licitação, exigência de desconto único para todos os preços unitários.

ACÓRDÃO Nº 1.166/2010 – 1ª Câmara: Caso do impedimento de participação de interessados suspensos por entidade distinta da Administração.

ACÓRDÃO Nº 1.183/2010 – Plenário: Nas contratações de projetos de arquitetura e urbanismo com inexigibilidade de licitação, na forma do inc. II do art. 25 da Lei nº 8.666/1993, devem ser obrigatoriamente licitados os projetos de instalações e serviços complementares.

ACÓRDÃO Nº 1.447/2010 – Plenário: Hipótese de ser considerado inadequado o BDI de 15% sobre o fornecimento de produtos asfálticos. Como proceder.

ACÓRDÃO Nº 1.711/2010 – 2ª Câmara: Determinação à SPOA/ME para que procure planejar melhor suas licitações, de modo a somente lançar edital após haver certeza quanto as especificações dos bens.

ACÓRDÃO Nº 1.818/2010 – Plenário: Receber definitivamente o objeto contratado e, consequentemente, libere quaisquer pagamentos e a garantia contratual sob responsabilidade objetiva da contratada após verificação da conformidade e perfeito estado dos serviços executados, nos termos do art. 67, § 1º, art. 80, incisos III e IV, da Lei nº 8.666/1993, bem como do art. 618 da Lei nº 10.406/2002.

ACÓRDÃO Nº 2.462/2010 – Plenário: A comprovação de capacidade técnico-profissional pode ser apresentada mediante atestado de responsabilidade técnica pela execução de obra ou serviço de características semelhantes (não necessariamente idênticas), limitadas estas exclusivamente às parcelas de maior relevância e valor significativo.

ACÓRDÃO Nº 3.131/2010 – 2ª Câmara: Se observe os princípios da segregação de funções e da moralidade administrativa.

ACÓRDÃO Nº 3.422/2010 – Plenário: Para obras de construção de unidades habitacionais e infraestrutura urbana: a) realize sondagens para fundamentação da solução das fundações; b) identifique, em planta, a usina de asfalto; as jazidas de areia, brita, solo para base, solo para sub-base e de material de empréstimo para os aterros; bem como o local de bota-fora; c) contemple,

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nos projetos e na planilha orçamentária, os serviços de impermeabilização e sinalização viária vertical e horizontal.

ACÓRDÃO Nº 6.595/2010 – 2ª Câmara: Para as contratações de grande vulto, efetue a licitação por lotes de forma a aumentar a competitividade, realizando licitações distintas para cada etapa ou conjunto de etapas da obra.

ACÓRDÃO Nº 834/2011 – 1ª Câmara: Não incluir em editais imposição de vínculo empregatício permanente dos responsáveis técnicos de nível superior (engenheiros civil e elétrico) prevendo no ato convocatório, de forma expressa, outras espécies de vínculo.

ACÓRDÃO Nº 1.139/2011 – Plenário: Considerar inadequada a exigência de certificação ISO e outras assemelhadas para habilitação de licitantes ou como critério de desclassificação de propostas.

ACÓRDÃO Nº 1.514/2011 – Plenário: Impropriedades: a) não foi considerado, no BDI de uma obra, alíquota de ISS proporcional, levando-se em conta que o imposto não incide sobre despesas com materiais e fornecimento de equipamentos, em desacordo com os arts. 1º e 2º, II, da Lei Complementar nº 116/2003; b) empresas desclassificas de maneira inadequada, por apresentarem em sua composição de BDI alíquota de ISS inferior à adotada pelo município da execução da obra.

ACÓRDÃO Nº 1.216/2011 – 2ª Câmara: Considerar as reduções ou supressões de quantitativos de forma isolada, ou seja, o conjunto de reduções e o conjunto de acréscimos devem ser sempre calculados sobre o valor original do contrato, aplicando-se a cada um desses conjuntos, individualmente e sem nenhum tipo de compensação entre eles.

ACÓRDÃO Nº 1.832/2011 – Plenário: Irregularidade: a) a exigência de apresentação, pelos licitantes, de certificação PBQP-H (Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat); b) a exigência, dos licitantes, de experiência técnico-profissional e técnico-operacional em serviços que não possuem cumulativamente maior relevância nem valor significativo em relação ao total da obra, e em percentuais mínimos superiores a 50% dos quantitativos dos itens de maior relevância.

ACÓRDÃO Nº 3.757/2011- 1ª – Câmara: Decide que “...a vedação à participação em licitações e à contratação de particular incurso na sanção prevista no inciso III do art. 87 da Lei 8.666/1993 estende-se a toda a Administração direta e indireta”.

ACÓRDÃO Nº 632/2012 – Plenário: As orientações constantes da OT IBR 01/2006, editada pelo Instituto Brasileiro de Auditoria de Obras Públicas (IBRAOP), passarão a ser observadas pela Corte de Contas, quando da fiscalização de obras públicas; b) nas fiscalizações de licitações de obras públicas, passe a avaliar a compatibilidade do projeto básico com a OT IBR 01/2006 e, na hipótese de inconformidades relevantes, represente ao Relator com proposta de providências.

ACÓRDÃO Nº 836/2012-Plenário: Omissão de gestor em aplicar sanções de suspensão do direito de licitar e contratar a empresa que paralisou a execução de obra.

ACÓRDÃO Nº 1042/2012 – 2ª Câmara: É impróprio a não inclusão de custos com engenheiro, mestre de obra, vigia, alimentação, transporte e equipamentos de proteção individual (EPIs) na planilha orçamentária da obra.

ACÓRDÃO Nº 581/2013 – Plenário: É obrigatória a emissão de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) de fiscalização para um profissional registrado junto ao CREA, não devendo ser confundida com a fiscalização prevista na Lei de Licitações (item 9.2.1, TC-035.317/2012-4, Acórdão nº 581/2013-Plenário).

ACÓRDÃO Nº 1977/2013 – Plenário: Determinar parâmetros para as fiscalizações de obras e serviços de engenharia executadas sob o regime de empreitada por preço global, a serem aplicados de acordo com as circunstâncias de cada caso concreto.

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ACÓRDÃO Nº 1978/2013 – Plenário: Determinar à Infraero providências relativas à repactuação do contrato e o regime de execução para empreitada por preço unitário.

ACÓRDÃO Nº 2622/2013 – Plenário: Determinar às unidades técnicas deste Tribunal que, nas análises do orçamento de obras públicas, utilizem os parâmetros para taxas de BDI a seguir especificados, em substituição aos referenciais contidos nos Acórdãos ns. 325/2007 e 2.369/2011.

ACÓRDÃO Nº 3.332/2013 – Plenário: O TCU deu conhecimento à Secretaria de Estado de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (SEAPROF/AC) de que o TCU, visando dar maior proteção à Administração Pública e ao interesse público, reviu seu posicionamento sobre o alcance da penalidade prevista no art. 87, inciso III, da Lei nº 8.666/93.

ACÓRDÃO Nº 4.239/2014 – 2ª Câmara: O TCU deu ciência à Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos sobre a impropriedade caracterizada pela falta de inclusão de critérios de sustentabilidade ambiental em procedimentos licitatórios, a ausência de destinação e separação adequada de resíduos recicláveis descartados, afrontando o disposto na Lei nº 12.187/2009, art. 6º, inciso XII, na Instrução Normativa/SLTI-MP nº 01/2010 e no Decreto nº 5.940/2006, art. 6º.