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Informação com qualidade no coração da Zona Leste Ano XXXIII - Nº 1247 - De 18 a 24 de janeiro de 2012 www.noticiasdeitaquera.com.br - Presidente: Lidia Paniaga Fones: 2524-7991 - 2524-9675 VENDO FIA T DOBLÔ Ano 2009/2010, prata, 69 mil km, ót. estado. Lindo! R$ 40 mil. Fone: 7881 5860 c/ José Carlos. A equipe de Fiscalização da Subprefeitura de Itaquera começou o ano, no mesmo ritmo de 2011, a todo vapor, atuando para fazer valer a Lei Cida- de Limpa e as normas da Administração, princi- palmente com relação à permissão do exercício co- mercial no bairro. Na “indústria” das multas na ci- dade de São Paulo, com certeza, a Subprefeitura de Itaquera tem peso dois. Quase que diariamente comerciantes são autua- dos pela propaganda irregular em placas e faxadas, mas principalmente pela falta de alvará de funciona- mento. Exemplo mais recente ocorreu na manhã desta quarta-feira, 18, no Jardim Fernandes, distri- to Cidade Líder. Dois bares foram fechados por fal- ta de licença de funcionamento. Os estabelecimentos foram emparedados e la- crados, além de receber multas no valor de R$ 6.060,00 cada um. O primeiro bar fechado fica na rua Palmeira-Laca, e já havia sido autuado em 14/ 04/2009 por meio do processo 2009-0.110.751-0, e intimado a apresentar licença de funcionamento. Já o segundo, na rua Ari José Liguori foi autuado em 08/ 12/2010 por meio do processo 2010-0.334.580-4, e intimado a apresentar a licença. Os agentes de fiscalização da Subprefeitura retornaram aos locais em datas distintas e os estabele- cimentos foram novamente autuados, agora no valor de R 1 mil o primeiro, e o segundo, R$ 1.430,00. Além disso, foram intimados a regularizar a situação ou encer- rar as atividades dentro de 30 dias. A força tarefa con- tou com o apoio da Guarda Civil Metropolitana. Subprefeitura não dá trégua e investe toda força nas multas

Notícias de Itaquera nº 1247 - 18 de janeiro de 2012

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Informação com qualidade no coração da Zona LesteAno XXXIII - Nº 1247 - De 18 a 24 de janeiro de 2012

www.noticiasdeitaquera.com.br - Presidente: Lidia PaniagaRua Rio Mamanguape, 52 - Cidade Líder - Itaquera - São Paulo - SP - Fones: (11) 2748-7300 2748-6785

Ponto tradicional na Av. Harry DannembergClientela fiel. Tr. c/ NininhoFones: 2524-7991 - 2524-9675

VENDO FIAT DOBLÔAno 2009/2010, prata, 69 mil km, ót.estado. Lindo! R$ 40 mil. Fone: 78815860 c/ José Carlos.

A equipe de Fiscalização da Subprefeitura deItaquera começou o ano, no mesmo ritmo de 2011,a todo vapor, atuando para fazer valer a Lei Cida-de Limpa e as normas da Administração, princi-palmente com relação à permissão do exercício co-mercial no bairro. Na “indústria” das multas na ci-dade de São Paulo, com certeza, a Subprefeiturade Itaquera tem peso dois.

Quase que diariamente comerciantes são autua-dos pela propaganda irregular em placas e faxadas,mas principalmente pela falta de alvará de funciona-mento. Exemplo mais recente ocorreu na manhãdesta quarta-feira, 18, no Jardim Fernandes, distri-to Cidade Líder. Dois bares foram fechados por fal-ta de licença de funcionamento.

Os estabelecimentos foram emparedados e la-crados, além de receber multas no valor de R$6.060,00 cada um. O primeiro bar fechado fica narua Palmeira-Laca, e já havia sido autuado em 14/04/2009 por meio do processo 2009-0.110.751-0,e intimado a apresentar licença de funcionamento. Jáo segundo, na rua Ari José Liguori foi autuado em 08/12/2010 por meio do processo 2010-0.334.580-4,e intimado a apresentar a licença.

Os agentes de fiscalização da Subprefeituraretornaram aos locais em datas distintas e os estabele-cimentos foram novamente autuados, agora no valorde R 1 mil o primeiro, e o segundo, R$ 1.430,00. Alémdisso, foram intimados a regularizar a situação ou encer-rar as atividades dentro de 30 dias. A força tarefa con-tou com o apoio da Guarda Civil Metropolitana.

Subprefeitura não dá trégua einveste toda força nas multas

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Página 4 Notícias de Itaquera - Zona Leste De 18 a 24 de janeiro de 2012

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Michel Teló, BBB e os conceitos sobre cultura

* Sylvio Micelli é jornalista

Os assuntos mais discutidos na pri-meira semana de 2012, ao menos nasredes sociais (que hoje pautam muitacoisa), versam sobre a capa da revistasemanal Época com o cantor (?) MichelTeló e sobre o início de mais uma ediçãodo Big Brother Brasil transmitido pelaRede Globo de Televisão. Por sinal, ape-nas para constar, Época e Globo perten-cem à mesma organização.

O paranaense Teló foi parar na capada publicação por ser o “cantor, composi-tor, multiinstrumentista” que mais tocounas rádios em 2011. Sua música (?) “AiSe Eu Te Pego” vendeu horrores. Ele fezcentenas de shows, ganhou um bom di-nheiro e a segunda revista semanal maisvendida do Brasil achou por bem colocá-lo na primeira capa do ano. Mais que isso:destinou 12 páginas, isso mesmo, 12 lon-gas páginas e o apresentou como a tradu-ção de “valores da cultura popular para osbrasileiros de todas as classes”. Teló estána dele. Não tem culpa nenhuma.

O Big Brother Brasil, por sua vez, com-pleta dez anos de transmissão e chega àsua 12ª edição. A temática é a mesma desempre, em que pese a produção do pro-grama tentar dar uma reciclada. Trancafiapessoas dentro de uma casa. Elas deve-rão viver e conviver com as diferençasao longo das semanas. O jogo vai se de-senrolando. As máscaras caem e o maisforte, ou o mais popular, ou o que dermais retorno de mídia, sagra-se o cam-peão. Tem gente que fez carreira artísti-ca e até política no jogo.

Vamos, enfim, aos fatos - Inicialmen-te, fico numa enorme sinuca de bico. Por-que se eu elevar Teló e o BBB à condiçãode “cultura” irei contra tudo aquilo que su-ponho ser cultura e estarei a nivelar, porbaixo, o que efetivamente entendo o queseja cultura. Se eu chamar o músico e atra-ção global de subcultura, os patrulheiros

Michel Teló gravou seu ‘hit’ em diversos

idiomas.

A entrada do Ano Novo é o evento maisimportante do calendário chinês. Em SãoPaulo, pelo sétimo ano consecutivo, a cida-de recebe as comemorações do Ano NovoChinês com uma série de atividades quemarcam a entrada do Ano do Dragão, pin-tando a Capital de vermelho, amarelo e dou-rado, cores típicas do evento. Nas estaçõesdo Metrô, a comemoração aconteceu nopalco do projeto Encontros, dentro da es-tação Paraíso, na quarta-feira, 18, com a apre-sentação da tradicional Dança do Leão, às17h. Na quinta-feira, 19, a estação Luz rece-be a grandiosa Dança do Dragão, executa-da por 12 atletas que manipulam a figura deum Dragão com mais de dez metros de com-primento.

No dia 12 de janeiro, antecipando asapresentações de dança da cultura chine-sa, uma aula experimental de Tai Chi Chuanfoi realizada na estação Paraíso, também nopalco do projeto Encontros. As comemora-ções culminam em uma grande festa realiza-da na praça da Liberdade entre os dias 21 e22 de janeiro, com atrações de palco ebarraquinhas de comidas e artesanatos.

Sobre o Ano Novo Chinês - Diversasnações orientais seguem o tradicional ca-lendário chinês. Os chineses relacionamcada novo ano a um dos 12 animais queteriam atendido ao chamado de Buda parauma reunião. Apenas 12 se apresentaram,e, em sinal de agradecimento, Buda os trans-formou nos signos da astrologia chinesa.Os animais do horóscopo chinês são o rato,o búfalo/boi, o tigre, o coelho, o dragão, acobra, o cavalo, a cabra, o macaco, o galo, ocão e o porco – de acordo com a ordem queteriam se apresentado a Buda. O ano de2012 é atribuído ao Dragão.

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Ano Novo Chinês écomemorado em

São Paulo

lúdico, mesmo de gosto duvidoso é im-portante. E aqui não reside nenhumpreconceito da minha parte. É que ahegemonia faz com que boa parte doscidadãos acredite que tratar de temaspolêmicos não lhes pertence. Mas per-tence, sim. Só nesta semana posso des-tacar três: as questões que envolvemo Conselho Nacional de Justiça (CNJ)e a tentativa de abertura do Poder Ju-diciário, as chuvas que voltam sempreem janeiro (a natureza é perfeita) e opouco que se fez desde a desgraça doano anterior e as eleições de 2012 quechegam logo, e há muito que mudar.

Enquanto deveríamos gastar nos-so tempo com isso, e reitero que nãose trata de discussão de elites, a mídiahegemônica nos impõe coisas“desimportantes”. E isso também nãoé novidade. É o “velho e bom” Paniset Circenses com que a Roma Antigabrindava seu povo. A única diferença éque os gladiadores de hoje não derra-mam uma gota de sangue sequer.

Ao final de tudo mantenho a espe-rança de que dias melhores virão.Sempre acredito que o Brasil, enquan-to sociedade, ainda é novo e devemospassar por tudo isso para que possa-mos amadurecer e chegar, um dia, aosconceitos de cultura de países nemtão longínquos daqui como a Argen-tina ou o Chile. Já estaria feliz.

de plantão (e eles sempre estão presentes)vão me chamar de preconceituoso, quiçá bur-guês, e de desrespeitar a cultura, que elesassim entendem, diversificada e multifa-cetada do meu país.

Então sobram duas óticas: Teló e BBB sãoestratégias de marketing para ganhar dinhei-ro. E muito dinheiro. Simples assim.

No caso do cantor, você pega um rapazdo interior do Paraná, jovem e simpático, quecai no gosto de jovens iguais a ele. Cria umamúsica (?) de pouquíssimos versos e de letrapaupérrima, põe uma pegajosa melodia e usade todos os métodos para que isso vire umhit. O resultado é infalível. Não é a primeiravez que acontece e também (infelizmente) nãoserá a última. O Brasil passará por Teló, comojá passou pelo Tcham, Créu, dancinha da gar-rafa e tantas coisas efêmeras que depois apo-drecem nos sebos da vida.

O BBB é a catarse humana em versãocompacta. Da mesma forma que se colocauma dúzia ou mais pessoas dentro de umacasa, para que se suportem, mas no fundotodos são inimigos e buscam o prêmio oufama (ou ambos), também em nosso dia-a-dia lidamos com diversas pessoas que adora-ríamos mandar para o paredão (e vice-ver-sa), mas que a santa hipocrisia social nos(lhes) impede.

Há, ainda, uma outra ótica. Essa muitomais perigosa e é dela que devemos (ou de-veríamos) nos resguardar. Teló e BBB sãobraços fortes da grande mídia, em busca dahegemonia na comunicação, como nos en-sina o mestre Vito Giannotti do NúcleoPiratininga de Comunicação. Quando a Épo-ca decreta que Teló traduz “valores da cul-tura popular para os brasileiros de todas asclasses”, ela quer dar hegemonia ao Brasil.Dizer que somos todos felizes como osSmurfs e que a música de Teló, que faz su-cesso com a doméstica e com o empresá-rio, acaba por aproximar todos nós. Olhaque lindo! Um país sem preconceitos, ondetodos somos rigorosamente iguais.

Por outro lado, o BBB, que (lembrando)pertence ao mesmo grupo de Época mostraque, sob confinamento, vence o mais forteou o que cai no gosto da população. Dessamesma população hegemônica que discuti-rá nas próximas semanas quem deve ir parao paredão e ficará a bisbilhotar se um novocasal é feito na casa (e, certamente, doissão desfeitos fora). Então, todas as terças ànoite, o mercador de ilusões Pedro Bial, deforma histriônica, unirá um país de Norte aSul, porque todos estarão (assim eles que-rem que seja) interessados em descobrirquem se dará mal naquela semana.

Essa hegemonia, meus caros, é o nossogrande problema. O Brasil deveria buscar adiscussão de assuntos de mais importância.Claro que devemos ter lazer. Claro que o

O BBB Daniel, eliminado do programa

global por adotar comportamento inade-

quado, polêmica da semana.

* Sylvio Micelli