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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS COLÉGIO TÉCNICO PATOLOGIA CLÍNICA PROFA: MARIANA COSTA RELATÓRIO DE MICROBIOLOGIA CLÍNICA Nome: Esther Iolanda Silva Frois Turma: P3A Data: 16 Mai. 2014 Identificação laboratorial de Enterobactérias. BACTERIA USADA: N°4 INTRODUÇÃO Enterobactérias são as bactérias da família Enterobacteriaceae, que incluem 42 gêneros e centenas de espécies. As Enterobactérias apresentam as seguintes características em comum: são bastonetes Gram negativos, são fermentadores de glicose, são oxidase negativa e catalase positiva, não formam esporos, reduzem nitrato e crescem bem em meios comuns. Algumas bactérias desse grupo podem ser imóveis ou móveis e podem ser aeróbios ou anaeróbios facultativos. Devido ao fato de serem Gram negativas, as Enterobactérias possuem Lipopolissacarídeo central (LPS), uma endotoxina indutora de febre no hospedeiro, possuem cápsula na parte externa da parede celular, impedindo a fagocitose, e são naturalmente resistentes à medicações antimicrobianas. São os principais componentes da flora intestinal normal humana, mas são frequentemente vistas em laboratório pois muitas espécies de Enterobactérias são patogênicas para o homem, causando vários tipos de doenças. Essas incluem doenças diarreicas, infecções em feridas e queimaduras, infecção no trato urinário e respiratório, septicemia e meningite, sendo responsáveis por cerca de 70% das infecções urinárias e 50% das septicemias. Algumas espécies são consideradas enteropatogênicas, por causarem preferencialmente infecções gastrointestinais, gerando DTAs (Doenças Transmitidas por Alimento), em surtos ou casos isolados e em infecções nasocomiais (hospitalares), normalmente transmitidas por água ou alimentos contaminados. São considerados enteropatógenos clássicos: Salmonella, Shigella spp, categorias diarreiogênicas de E. coli e Yersinia enterocolitica. Alguns desses podem, ainda, estar associados a infecções extraintestinais. Em casos de infecções extra-intestinais, acometem o ambiente hospitalar e comunidade no geral. Os patógenos frequentes são Enterobactérias de qualquer gênero, principalmente: E. coli, Klebsiella pneumoniae, Klebsiela oxytoca, Proteus mirabilis, Enterobacter spp., Salmonella, Serratia mascescens, Citrobacter spp. e Providência spp.. São identificadas através de provas microbiológicas bioquímicas, com uma série de testes cujos resultados orientam o profissional à identificar corretamente a bactéria analisada (tabela de identificação em anexo). As provas bioquímicas mais utilizadas são: Indol, Simmons Citrato, Motilidade, Fermentação da lactose, produção de H 2 S, produção de gás de D-glucose, Malonato, Urease e Lisina descarboxilase.

Enterobactérias

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Page 1: Enterobactérias

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

COLÉGIO TÉCNICO

PATOLOGIA CLÍNICA

PROFA: MARIANA COSTA

RELATÓRIO DE MICROBIOLOGIA CLÍNICA

Nome: Esther Iolanda Silva Frois Turma: P3A Data: 16 Mai. 2014

Identificação laboratorial de Enterobactérias.

BACTERIA USADA: N°4

INTRODUÇÃO

Enterobactérias são as bactérias da família Enterobacteriaceae, que incluem 42 gêneros e

centenas de espécies. As Enterobactérias apresentam as seguintes características em comum: são

bastonetes Gram negativos, são fermentadores de glicose, são oxidase negativa e catalase positiva,

não formam esporos, reduzem nitrato e crescem bem em meios comuns. Algumas bactérias desse

grupo podem ser imóveis ou móveis e podem ser aeróbios ou anaeróbios facultativos. Devido ao

fato de serem Gram negativas, as Enterobactérias possuem Lipopolissacarídeo central (LPS), uma

endotoxina indutora de febre no hospedeiro, possuem cápsula na parte externa da parede celular,

impedindo a fagocitose, e são naturalmente resistentes à medicações antimicrobianas.

São os principais componentes da flora intestinal normal humana, mas são frequentemente

vistas em laboratório pois muitas espécies de Enterobactérias são patogênicas para o homem,

causando vários tipos de doenças. Essas incluem doenças diarreicas, infecções em feridas e

queimaduras, infecção no trato urinário e respiratório, septicemia e meningite, sendo responsáveis

por cerca de 70% das infecções urinárias e 50% das septicemias. Algumas espécies são

consideradas enteropatogênicas, por causarem preferencialmente infecções gastrointestinais,

gerando DTA’s (Doenças Transmitidas por Alimento), em surtos ou casos isolados e em

infecções nasocomiais (hospitalares), normalmente transmitidas por água ou alimentos

contaminados. São considerados enteropatógenos clássicos: Salmonella, Shigella spp, categorias

diarreiogênicas de E. coli e Yersinia enterocolitica. Alguns desses podem, ainda, estar associados

a infecções extraintestinais. Em casos de infecções extra-intestinais, acometem o ambiente

hospitalar e comunidade no geral. Os patógenos frequentes são Enterobactérias de qualquer

gênero, principalmente: E. coli, Klebsiella pneumoniae, Klebsiela oxytoca, Proteus mirabilis,

Enterobacter spp., Salmonella, Serratia mascescens, Citrobacter spp. e Providência spp..

São identificadas através de provas microbiológicas bioquímicas, com uma série de testes

cujos resultados orientam o profissional à identificar corretamente a bactéria analisada (tabela de

identificação em anexo). As provas bioquímicas mais utilizadas são: Indol, Simmons Citrato,

Motilidade, Fermentação da lactose, produção de H2S, produção de gás de D-glucose, Malonato,

Urease e Lisina descarboxilase.

Page 2: Enterobactérias

OBJETIVOS

Aprender a realizar provas microbiológicas bioquímicas para a identificação de bacilos Gram

negativos, as Enterobactérias.

Identificar a bactéria disponibilizada pela professora, a bactéria n° 4.

METODOLOGIA

Todo o procedimento foi realizado em área limpa com Álcool 70°, em torno do bico de Bunsen.

Ágar SIM

Detecta a capacidade da bactéria de liberar Enxofre na forma de H2S a partir de compostos que

contenham Enxofre. Permite o estudo da motilidade da bactéria. Detecta a capacidade da bactéria

de produzir o Indol, que é o produto do metabolismo de degradação do aminoácido Triptofano.

o Plantio e cultivo da bactéria em Ágar SIM.

Teste Simmons Citrato.

Avalia se a bactéria tem a capacidade de utilizar citrato de sódio como única fonte de carbono

para metabolismo e crescimento.

o Plantio e cultivo da bactéria em Ágar Citrato.

Prova da Urease

Determina se a bactéria produz a enzima Urease, hidrolisando a ureia em amônia.

o Plantio e cultivo da bactéria em Ágar Urease.

Prova da Lisina descarboxilase

Detecta a ação de enzimas descarboxilases sobre aminoácidos, gerando produtos aminados

específicos.

o Plantio e cultivo da bactéria em Ágar Lisina.

Prova do gás de D-Glucose

o Plantio e cultivo da bactéria em Ágar Lisina com óleo.

Prova Malonato

Determina a capacidade da bactéria de utilizar Malonato como única fonte de carbono para

metabolismo e crescimento.

o Plantio e cultivo da bactéria em Caldo Malonato.

Os meios foram incubados a 37°, por no mínimo 24 hs.

Page 3: Enterobactérias

APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

A análise dos resultados partiu de algumas informações disponibilizadas pela professora e dos

resultados das provas realizadas.

Coloração de Gram: Bastonetes Gram-negativos

Prova do Indol: positiva

Fermentação: positiva

Teste Simmons Citrato: negativa.

Prova da Urease: negativa

Prova da Lisina descarboxilase: positiva

Prova do gás de D-Glucose: positiva

Prova da fermentação da lactose: positiva.

Prova Malonato: negativa

Produção de H2S: negativa.

Motilidade: negativa, mas apresentou crescimento entorno da picada após 48 horas de

incubação.

CONCLUSÃO

Com o auxílio da tabela de identificação disponibilizada na aula, foi possível concluir que a

bactéria analisada é a Escherichia coli (E. coli).