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Sonhos, só? Tenho sonhos, muitos sonhos, a gente sem sonhos morre. Para mim a vida sem sonhos nao é vida. Desde criança que sempre tenho querido morar na África, faz parte dos projetos de vida que eu tinha enquando fazia parte da turma da “Infancia Misionera” no Chile, uma equipa pertencente às escolas salesianas das freiras chamadas “Hijas de María Auxiliadora”. Foi nesses encontros pastorais onde conheci a realidade de pobreza que inunda ao continente africano, da falta de acesso aos recursos básicos, da falta de atenção em saúde, das faltas graves na educação de má qualidade; sempre achei bem interessante entregar a vida ao serviço dos que não têm as mesmas possibilidades do que eu. Sem saber e até sem querer, nem planejar, estudei e me formei como profissional do ensino. Hoje por esta profissão posso ajudar ainda mais em organizações internacionais ou projetos pessoais. Além de ter escolhido, pelo acaso, uma língua que me permite comunicar nos paises africanos que gostaria de conhecer: Angola e Mocambique. Hoje aquele sonho pode convertir-se en realidade. Como não tenho certeza do que irá a acontecer depois deste meu passo por Mexico, tenho pensado como possibilidade partir para lá, para terra dos saráfis, dos povos cujos homens estão cheios de força e das mães que carregan a àgua para os seus lares. Quando eu acabar estes estudos poderia cumprir o sonho. Se tiver que elegir, gostaria de morar no Moçambique, preferivelmente no interior do país, ora na província de Niassa, ora na de Tete, porque são as mais internas no continente, afastada das beiras que mantem contato e comércio com os países de oriente. Gostaria de poder trabalhar numa instituição de ensino, com projetos do governo em educação, mas se for possível morar na casa de alguma família, eu ficaria ainda mais feliz. Compartilar-lhes- ia não só os meus conhecimentos em ciências, mas também em fisolofia e as cosisas da vida, os valores do deus que hoje carrego, do deus que não se impõe, mas se vive, demonstra-se e oferta-se. Se puder, daria oportunidade ao destino de me marcar os caminhos, de me levar pelas ruas de vida do serviço real, sem obrigações, sem contratos de trocas. Gostaria de ter um amor apaixonado por isto tanto como eu, para arrumar a vida em equipa de gente comprometida com o ensino, com a educação da honestidade, dos recursos naturais que fazem à vida acontecer, das verdades sociais dos cometimentos atuais, que além de ser uma bandeira de luta direta, também fazem com que a sociedade seja uma oportunidade para quem não nasce com boas oportunidades. Procurarei algum projeto ou emprego lá na África, agora que tenho esta oportunidade de cumplir o sonho que me acompanha desde criança... Loreto A. Mora Muñoz. Quarto Nível 2014-II.

Sonhos, só?

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Page 1: Sonhos, só?

Sonhos, só?

Tenho sonhos, muitos sonhos, a gente sem sonhos morre. Para mim

a vida sem sonhos nao é vida. Desde criança que sempre tenho

querido morar na África, faz parte dos projetos de vida que eu tinha

enquando fazia parte da turma da “Infancia Misionera” no Chile,

uma equipa pertencente às escolas salesianas das freiras chamadas

“Hijas de María Auxiliadora”. Foi nesses encontros pastorais onde

conheci a realidade de pobreza que inunda ao continente africano,

da falta de acesso aos recursos

básicos, da falta de atenção em

saúde, das faltas graves na educação

de má qualidade; sempre achei bem

interessante entregar a vida ao

serviço dos que não têm as mesmas

possibilidades do que eu.

Sem saber e até sem querer, nem

planejar, estudei e me formei como

profissional do ensino. Hoje por esta

profissão posso ajudar ainda mais em

organizações internacionais ou

projetos pessoais. Além de ter

escolhido, pelo acaso, uma língua que me permite comunicar nos

paises africanos que gostaria de conhecer: Angola e Mocambique.

Hoje aquele sonho pode convertir-se en realidade. Como não tenho

certeza do que irá a acontecer depois deste meu passo por Mexico,

tenho pensado como possibilidade partir para lá, para terra dos

saráfis, dos povos cujos homens estão cheios de força e das mães

que carregan a àgua para os seus lares. Quando eu acabar estes

estudos poderia cumprir o sonho.

Se tiver que elegir, gostaria de morar no Moçambique,

preferivelmente no interior do país, ora na província de Niassa, ora

na de Tete, porque são as mais internas no continente, afastada das

beiras que mantem contato e comércio com os países de oriente.

Gostaria de poder trabalhar numa instituição de ensino, com

projetos do governo em educação, mas se for possível morar na

casa de alguma família, eu ficaria ainda mais feliz. Compartilar-lhes-

ia não só os meus conhecimentos

em ciências, mas também em

fisolofia e as cosisas da vida, os

valores do deus que hoje carrego, do

deus que não se impõe, mas se vive,

demonstra-se e oferta-se.

Se puder, daria oportunidade ao

destino de me marcar os caminhos,

de me levar pelas ruas de vida do

serviço real, sem obrigações, sem

contratos de trocas. Gostaria de ter

um amor apaixonado por isto tanto

como eu, para arrumar a vida em

equipa de gente comprometida com o ensino, com a educação da

honestidade, dos recursos naturais que fazem à vida acontecer, das

verdades sociais dos cometimentos atuais, que além de ser uma

bandeira de luta direta, também fazem com que a sociedade seja

uma oportunidade para quem não nasce com boas oportunidades.

Procurarei algum projeto ou emprego lá na África, agora que tenho

esta oportunidade de cumplir o sonho que me acompanha desde

criança...

Loreto A. Mora Muñoz. Quarto Nível 2014-II.