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l João Os fundamentos da fé cristã e a perfeita comunhão com o Pai

1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

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l JoãoOs fundamentos da fé cristã

e a perfeita comunhão com o Pai

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...Porque todos vós sois um em Cristo Jesus.

'Tf^s^V191 1\

CENTENÁRIO DASASSEMBLEIAS DE DEUS NO BRASIL

Brasil, um país continental que recebeu homens e mulheres dos quatro cantos áafejra: brancos, negros, asiáticos, enfim, pessoas que aqui vieram com seus sonhos,

costumes, tradições e dedicação e, juntos, construíram uma grande nação.

E ao chegarem aqui, conheceram não apenas uma nova terra, para si e seusdescendentes, mas também a Palavra de Deus. Pessoas tão diferentes entre si, mas

unidas naquilo que há de mais importante: na fé salvadora em Jesus Cristo.

E esta maravilhosa diversidade pode ser constatada nas Assembleias de Deus noBrasil, não apenas nas pessoas, mas também nas diversas igrejas, campos, ministériose convenções que as compõem em uma união fraternal entre aqueles que se reconhecem

como irmãos em Cristo e trabalham juntos proclamando afépentecostal

"Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre, não há macho, nemfêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus". GÍ3.28

PR. JOSÉ WELLINGTON BEZERRA DA COSTAPresidente da CGADB

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LIÇÕESBÍBLICAS

Comentário: ELIEZER DE LIRA E SILVA

Consultor Doutrinário e Teológico:ANTÓNIO GILBERTO

Lições do 3° Trimestre de 2009

MESTRE

Lição lA Primeira Carta de João

Lição 2Jesus, o Filho Eterno de Deus

Lição 3Jesus, a Luz do Crente

Lição 4Jesus, o Redentor e Perdoador

Lição 5A Força do Amor Cristão

Lição 6O Sistema de Viver do Mundo

Lição 7A Chegada do Anticristo

Lição 8A Nossa Eterna Salvação

Lição 9O Crente e as Bênçãos da Salvação

Lição 10Os Falsos Profetas

Lição 11O Amor a Deus e ao Próximo

Lição 12O Testemunho Interior do Crente

Lição 13A Segurança em Cristo

3

1 1

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LIVRARIAS CPAD

BÍBLICASMESTREPublicação Trimestralda Casa Publicadoradas Assembleias de DeusPresidente da Convenção Geraldas Assembleias de Deus no BrasilJosé Welíington Bezerra da CostaPresidente do ConselhoAdministrativoJosé Welíington CostajúniorDiretor ExecutivoRonaldo Rodrigues de SouzaGerente de PublicaçõesClaudionor de AndradeGerente FinanceiroJosafá Franklin Santos BomfímGerente de ProduçãoRuy BergstenGerente ComercialCícero da SilvaChefe do Setor de Educação CristãMarcos TulerRedatoresCésar Moisés CarvalhoMíriam ReicheTelma BuenoProjeto GráficoRafael PaixãoDesigner GráficoSuzane BarbozaCapaFlamir Ambrósio

Av. Brasil, 34.401 - BanguCEP 21852002Rio de Janeiro • RJTel.: (21) 2406-7373Fax: (21) 2406-7326

AMAZONAS: Rua Barroso, 36 - Centro - 69010-050 - Manaus-AM -Telefax: (92) 3622-1 678 - E-rnail: [email protected] - Gerente:Edgard Pereira dos Santos JúniorBAHIA: Av. António Carlos Magalhães, 4009 - Loja A - 40280-000 -Pituba-Saivador- BA-Tclefax: (71)2104-5300 - E-mail: [email protected] - Gerente: Alcx ComesBRASÍLIA: Sctor Comercial Sul - Qd-5, BI.-C, Loja 54 - Galeria NovaOuvidor- 70305-918 - Brasília - DF -Telefax: (61)2107-4750 - E-mail:[email protected] - Gerente: Marco Aurélio da SilvaPARANÁ: Rua Senador Xavier da Silva. 450 - Centro Cívico - 80530-060 - Curitiba - PR - Te!.: ( 4 1 ) 2 1 1 7-7950 - E-mail: [email protected] - Gerente: Maria Madalena Pimcntcl da SilvaPERNAMBUCO: Av. Dantas Barreto, 1021- São José - 50020-000- Recife - PE - Telefax: (811 3424-6600 - E-rnail: [email protected] - Gerente: João Batista G. da SilvaRIO DE JANEIRO:Vicente de Carvalha - Av. Vicente de Carvalho, l 083 - Vicente deCarvalho -21210-000- Rio de Janeiro- RJ -Tel.: (21) 2481-21 01 /2481-2350- Fax: (21) 2481 -5913 - E-mail: [email protected] - Gerente: Severino Joaquim da Silva FilhoNiterói - Rua Aurelino Leal, 47 - lojas A e B - Centro - 24020-1 10-Ni teró i -RJ -Tel.: (21) 2620-431 8 / Fax: (21) 262 l-4038 - [email protected] - Gerente: Ricardo dos Santos SilvaNova Iguaçu - Av. Governador Amaral Peixoto, 427 - loja 101 e103 - Galena Veplan - Centro - 2621 0-060 - Nova Iguaçu - RJ - Tei.:(21) 2667-4061 /Tclefax: (2 t i 2667-8163 - E-mail: [email protected] - Gerente: Melquisedeque Leite de MacedoSANTA CATARINA: Rua Felipe Schmidt, 752 - Loja l, 2 c 3 - EdifícioBougainvillea - Centro - 88010-002 - Florianópolis - SC Telefax: (48)3225-3923 / 3225-11 28 - E-maíl: [email protected] - Gerente:Márcio DenysSÃO PAULO - Rua Conselheiro Cotegipe, 21 O - Belcnzinho - 03058-000 - SP- Telefax: (l 1) 2198-2700 - E-mail: [email protected] - Gerente: Jefferson de FreitasMINAS GERAIS-Rua São Paulo, 1371 -Loja l - Centro-301 70-1 31- Belo Horizonte - MC -Tel,: (31) 3224-5900 - E-mail: [email protected] - Gerente: Geziel Vieira DamascenoFLÓRIDA - 3939 North Federal Highway - Pompano Beach, FL33064 - USA - Tel-: (954) 941 -9588 - Fax: (954] 941 -4034 - E-rnail:[email protected] - Site: http://www.editpatrno5.com - Gerente:Jonas Mariano

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CPAD

Page 5: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

Lição 105 de Julho de 2009

A PRIMEIRA CARTA •*DE JOÃO

/

'•'ç •

TEXTO ÁUREO

"Toda Escritura divinamente inspiradaé proveitosa para ensinar, para redar-

guir, para corrigir, para instruir emjustiça" (2 Tm 3.16).

VERDADE PRÁTICA

Esta carta, divinamente inspirada, éaplicável a todo leitor que deseja ter suavida no centro da vontade de Deus.

-HINOS SUGERIDOS J 54, 442, 547

LEITURA DIÁRIA

/\c 5.10,11

'*}) seguira Cristo/^-/r João, um discípulo que deixou tudo para

'',, Terça - Cl 2.9João, uma das colunas da Igreja

Quarta - 1 Jo 4.9,10 A prova do amor de Deus foi enviar seuFilho ao mundo

Quinta- Jo 1.12,13; 1 Jo 5.1 £?Os crentes são filhos de Deus mediante a fé

Sexta-1 Jo4.7 &O novo nascimento nos faz conhecer a Deus

r_Sábado- l Jo 2.24 Conservar-se na Palavra faz-nospermanecer em Deus

'r r3

Page 6: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

rLEITURA BÍBLICAEM CLASSE

l João 1.1-4

l - O que era desde o prin-\ o que ouvimos, o qui

vimos com os nossos olho:o que temos contemplado,as nossas mãos tocaram dePalavra da vida.

\\ - (Porque a vida foi manifestada, e nós a vimos, e testificcmós dela, e vos anunciamosvida eterna, que estava comPai, e nos foi manifestada);

\ - O que vimos e ouvimotisso vos anunciamos, para que'também tenhais comunhãoconosco; e a nossa comunhãoé com o Pai, e com seu FilhoJesus Cristo.

4 - Estas coisas vos escreve-mos, para que o vosso gozo secumpra.

REFLEXÃO

"Os problemas queJoão enfrentou em suaépoca são também osproblemas da época

em que vivemos,os objetivos que eleestabeleceu para sisão os objetivos queos cristãos de hoje

também precisam terse desejam crescerna graça". James

Montgomery Boice

v

INTERAÇAO

Prezado professor, estamos iniciandomais um trimestre de Lições Bíblicase, nesta oportunidade, nosso estudoserá baseado na Primeira Epistola de

amor" — tema recorrente em toda aepístola —, a carta trata de importantesassuntos para a vida cristã: divindadee humanidade de Cristo; a Queda e aexpiação; os anticristos, os falsos profe-tas e o Anticristo; só para citar alguns.O comentário deste terceiro trimestre

e Silva, conhecido conferencista de Es-colas Bíblicas em todo o país e diretordo Projeto Missionário Ide e Ensinai em

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estarapto a:

Enumerar algumas característicaspessoais do autor da epístola.

Defender os fundamentos doutriná-rios da fé cristã.

Descrever as principais heresiasdefendidas pelo gnosticismo e refu-tadas por João.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Caro professor, mesmo sendo relati-vamente pequena (5 capítulos, 105

versículos), a Primeira Epístola de Joãoapresenta porções doutrinárias que sãofundamentais para o perfeito entendi-

mento da fé cristã. Devido à ênfase sobrea encarnação do Filho e sua preexistênciaeterna, estudiosos afirmam que a teolo-gia joanina é essencialmente cristológi-ca. Aliás, tal doutrina, tratada tambémem seu Evangelho, é o ponto central dadiscussão com os gnósticos. Os temascomo justiça, depravação universal, ex-

piação universal, o amor (ágape), tambémrecebem especial atenção do apóstolo.

Apresente o esboço da página seguinte, eaprofunde-se nas doutrinas mencionadas.

Page 7: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

INTRODUÇÃO

Quando aceitamos a Cristocomo nosso Salvador, nos torna-mos filhos de Deus e passamos ausufruir a vida eternapela graça dEle (Jo5.24).Todos os que têm essaconfiança, reconhecema Jesus como seu Se-nhor e Salvador, amama Deus, obedecem aosseus mandamentos enão vivem a pecar deforma consciente e vo-luntária (Cl 2.2,0). Estas são algu-mas das facetas da vida cristã,abordadas na primeira carta deJoão (IJo 5.13). Todo cristão, aoler esta carta, se sente amado porDeus e seguro pela obra da eternaredenção consumada por JesusCristo (2 Co 5.17). '

PALAVRA-CHAVE

Naturezas de CristoExpressão doutrinária

que sintetiza o fatode a Pessoa de Jesus

Cristo ser plenamentedivina e humana.

(D ENTENDENDO A CARTADE JOÃO, O APÓSTOLO

/'/ Diferente das epístolas escri-tas pelo apóstolo Paulo, a primeiracarta de João não começa nem ter-mina com saudações. Ela também

se distingue pelo conte-údo, enriquecido pelasexperiências espirituaisdo autor (1 Jo 1 J:4). Nãopoderia ser diferente,uma vez que foram trêsanos de ininterrupta con-vivência e aprendizagemministerial com o Mestre.Isto a torna um dos livros

da Bíblia mais instrutivos e edifican-,tes para o cristão.

^ SINOPSE DO TÓPICO (1)

Apesar de a experiência nãoser o ponto fundamental da fécristã, se ela estiver doutrinaria-mente fundamentada, torna-se

l EPÍSTOLA DE JOÃO

Título:Autor:Data e Ocasião:Tema:Propósito:

Estrutura:

l JoãoJoão85-95 d.C.A Verdade Cristológica e a Conduta CristãDefender a cristologia (a fé em Jesus Cristo tal como Ele é—ver-dadeiro homem e verdadeiro Deus) da heresia gnostica (cristo-logia deturpada que negava total ou parcialmente as naturezasde Cristo) e, a moral (a conduta própria do cristão) da anomiados gnósticos (que afirmava ser impossível às ações humanasprejudicar o relacionamento com o divino).I. Prefácio (1.1-4)II. A Vida na Luz (l .5—2.29)III. Viver como filhos de Deus, defendendo a fé cristã e as naturezas de Cristo (3.1—5.13)IV. Conclusão: A Confiança do Cristão (5.14-21)

Page 8: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

um importante instrumento deedificação.

RESPONDA

/. Em que se distingue a epístolade João das de Paulo? QyJlnAh

CONHECENDO O l'DA CARTA

João, filho de Zebedeu. É omesmo que escreveu o Evangelhoque leva o seu nome (jo 20.20;comparar l Jo 1 . l ; y cornjo 1.1),a epístola que vamos estudar nestetrimestre e o livro de Apocalipse.Dentre os discípulos de Jesus, foio mais íntimo (Jo_2_Q.2,; 21 .20). Al-gumas peculiaridades comprovameste fato: a)João compartilhou dosmomentos mais difíceis de Jesus(Mç_14.3_3,34); b) Foi o único dosdiscípulos que permaneceu, até aofim, ao pé da cruz (Io 19.^5.26): c)Três dias após o sepultamento doMestre ele foi ao sepulcro em buscado corpo do seu amigo Jesus, quejá não estava lá (20.2). Por tudoisso, mais tarde, entende-se por-que Paulo o considera como umadas colunas da igreja (Cl 2.9).

I. Um autor com umacaracterística singular. Joãoconsegue demonstrar em suascartas que foi transformado peloamor de Deus, o Pai Qp 3.16).e de seu Filho, Jesus Cristo (jo_.ULL3X O apóstolo reconhece noamor do Eterno pela humanidadea essência da vida cristã e do au-têntico cristianismo. É isso que seespera ver no comportamento detodos os que foram alcançadospelo evangelho de Cristo Jesus(2JQ5.6),

A verdade çie_Deus deve jserdita sem rjulelDS, entretanto,é preciso fazê-lo com amor (Ef4.1 5). Esta é outra característicasingular de João, ele apresentaverdades incontestáveis e dou-trinárias, mas sempre dosadascom amor. Motivado por esteatributo de Deus, João mostra oresultado dos que desobedecemàs Santas Escrituras {J Io 1.1 0:JM 1.28: j.14b: 4.8). Elas sãocomo uma lâmpada através daqual o cristão enxerga e entendepara onde está caminhando (S.L119.105). Contudo, não bastaler e entender a Bíblia Sagrada, énecessário ser membro do Corpode Cristo, a sua Igreja (Mi; 1 6.1 8).e submeter-se ao seu pastor localpara cuidar do seu crescimento eaperfeiçoamento espirituais (Ef

SINOPSE DO TÓPICO (2)

tf A transformação radical expe-rimentada porjoão e a quantidadede seus textos dedicada ao tema"amor" demonstram que esta é aprincipal virtude do cristão, y/

RESPONDA

2. Descreva algumas característi-v

cãs do autor desta carta. tfjew-3. Segundo a lição, por que Paulo 3considera João uma das colunasda Igreja?4. Qual a característica singular *do apóstolo João? ^~ ftj€$*

(WS). O PROPÓSITÇ DA" CARTA DE JOÃO

Os escritos de João têm comopropósito apresentar o Senhor

Page 9: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

Jesus Cristo como a manifestaçãodo amor de Deus, Outro objetivoé fazer os irmãos saberem, comcerteza, que os que crêem nonome do Filho de Deus, têm avida eterna (1 Io 5.13: Io 1_J_2).Naqueles dias surgiram na gran-de cidade de Éfeso e região, áreasobre a qual o apóstolo exerciaseu ministério pastoral, muitosenganadores que, através de fal-sas doutrinas, intentavam induziros crentes ao erro, razão pela qualJoão escreveu as três cartas (1 Jo2.1 9,26; 3.2; 2_Jgy^7). Surgiram"anticristos" (l_Jo 2.]_8), mentiro-sos (2.22), e falsos profetas J[4.1),contudo, João expôs a hipocrisiade todos esses e confirmou a fédos autênticos crentes.

(T) Erro concernente a Cris-to. João acusa os hereges deafirmarem "ter" o Pai, mas negaro Filho (2.22-24). Eles ensinavamque Jesus era apenas um homem,filho natural de José e Maria. Emoutras palavras, eles não criamem Cristo como o Deus encarna-do. Não reconhecer a encarnaçãode Cristo é negar as profecias doAntigo Testamento e a mensagemdo seu cumprimento em o Novo(js_7.1.4: 9J>; Jp 1 ..L Ij41. Ao dizerque Jesus é o Cristo prometido,João está afirmando que Ele é oDeus encarnado cujo sacrifícioresgatou-nos da maldição dopecado. Não considerar esse fatoé negar a expiação por Cristo,o Filho de Deus, (Is 53^.4^0; Jo4.25,26; 6.69; Mc_ 15.39). Inclu-sive, o apóstolo afirmou que anegação deste fato era uma dasformas de identificar os "falsosespíritos" (l Jo 4.3).

(2) Auto-engano moral. Osprincípios de comportamento edoutrina desses hereges eramtotalmente enganosos, pois en-sinavam que o corpo é apenas oinvólucro do espírito, de maneiraque seu comportamento nãocompromete o aspecto espiritual,ou seja, nada do que a pessoa fazatravés do corpo pode prejudicaro espírito. O apóstolo previne oscristãos contra este erro e ensinaque quem comete pecado é doDiabo, porque o Adversário pecadesde o princípio. Entretanto, eletambém ensina que o Filho deDeus se manifestou para desfazeras obras do Diabo (3.8,9).

Ainda hoje há pessoas quese enganam com a falsa premissade que Deus quer apenas o cora-ção. Não só o apóstolo João, masPaulo também lutou contra umafalsa doutrina semelhante. Ele nosadverte: o corpo é o templo doEspírito (1 Co 6.1 9; cf 1 Cg .3 J 6),e seremos julgados por tudo oque fizermos por meio do corpo,bem ou mal (2 Co 5._[p). A Bíbliaadverte ainda que, para a vindado Senhor, devemos manter irre-preensíveis espírito, alma e corpo(1 Ts 5.23).

Jesus com ênfase alertou umamulher pecadora trazida à sua pre-sença e um paralítico curado sobre"não pecar mais" flg_8JJ: 5.14).demonstrando-nos que espera umsanto viver de quem o aceita comoSalvador. O apóstolo João destacamuito bem no capítulo l, versícu-los 7 a l O de sua primeira epístola,a correta atitude do crente emrelação ao pecado. O crente não é

Page 10: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

[impecável, mas ele pode triunfar evencer o pecado, por Nosso Senhorlesus Cristo (LJoJ^T^; Rm 8.2;

_JLJ_2-_14X "Meus filhinhos estascoisas vos escrevo, para que nãopequeis: e se alguém pecar, temosum advogado para com o Pai, Jesus

l Cristo, o justo" (1 Io 2.1).3. A auto-exaltação espi-

ritual. Esses heréticos a que sereferejoão se apresentavam comoos homens mais entendidos nosmistérios de Deus e tentavamdesviar os irmãos efésios dasverdades divinas, com falsasrevelações extraordinárias e anti-bíblicas Í4.1 -3). Como ocorreuno passado, nos dias atuais oespírito maligno do engano con-tinua agindo através dos que seauto-intitulam concessionáriosde novas verdades doutrinárias,como se a Bíblia não contivessetudo que o homem necessitapara obter a sua salvação e viveruma vida plena em Cristo Jesus(Rm 5.20). Nestes seus últimosdias na terra, a Igreja deve estaratenta a esta investida satânicade falsas doutrinas (l Tm 4.1.2:2_Cq 11.1.3-15;,2 Tm_3^b5). Eladeve andar embasada somente naverdade que é a Palavra de Deus— as Sagradas Escrituras.

SINOPSE DO TÓPICO (3)

O mais eficaz dos métodosde prevenção contra os falsosensinos é uma sólida instrução bí-blica em relação à Pessoa dejesusCristo e ao nosso comportamentocomo cristãos.

RESPONDA

5. Mencione os propósitos da canade João.

^ CONCLUSÃO

A visão panorâmica da pre-sente lição realça a importânciadesta carta do apóstolojoão que,como toda a Bíblia, é sempreatual. Ela vem ao encontro dasnecessidades da Igreja de todasas épocas, principalmente a dopresente momento, que vemsendo atacada pela oferta decoisas terrenas, cujos valores sãoilusórios e passageiros se com-parados às riquezas espirituais eeternas que já temos recebido deDeus por meio de seu Filho. Cadacristão deve, além de estar emcontato permanente com a Palavrade Deus — condição básica paramanter-se fiel até a volta de Cristo—, permanecer na luz e cultivar oseu amor pelos irmãos. ^-

REFLEXÃO

"João ensina que a retidãoprecisa caracterizar a

vida daqueles quealegam ser cristãos"

James Montgomery Boice

Page 11: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

VOCABULÁRIO

Anomia: Ausência de leis, nor-mas ou regras de organização.

Gnósticos: Adeptos do gnosti-cismo, uma doutrina do século2, segundo a qual a salvaçãovem através de conhecimentosespeciais superiores.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

BOICE, J. M. As Epístolas deJoão. RJ: CPAD, 2006.STRONSTAD, R.; ARRINCTON, F.

L (Eds.) Comentário BíblicoPentecostal. RJ: CPAD, 2003.ZUCK, R. B. (Ed.) Teologia doNovo Testamento. RJ: CPAD,

SAIBA MAIS

Revista Ensinador Cristão,CPAD, n°39, p.36.

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

1. Ela não inicia nem termina comsaudações. Além disso, também sedistingue pelo conteúdo, enriqueci-do pelas experiências espirituais do

autor (l Jo 1.1-4).2. O mais íntimo entre os discípu-los do Senhor; e o que conseguiuapresentar verdades incontestáveise doutrinárias sem ser austero, antes

as ensinava com amor.3. Por João ter compartilhado osmomentos mais difíceis de Cristo(Mc 14.33,34); ser o único discípuloque permaneceu, até o fim, ao pé dacruz Qo 19.25,26); e, após três diasde sepuítamento, ter ido ao sepulcro

do Mestre (20.2).4. O amor.

5. Apresentarjesus como a manifes-tação do amor de Deus e reafirmar acerteza de salvação que os crentes

devem possuir.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO

Subsídio Teológico"Teologia dos Escritos Jo

aninosA teologia joanina, em essên-

cia, é cristológica. A pessoa dejesusCristo está no centro de tudo que oapóstolo escreve. Quer no Evange-lho de João, com sua ênfase únicana Palavra de vida em meio à con-trovérsia do cisma da Igreja, querem Apocalipse, com suas visões doCristo exaltado (Ap 1_J2J_6) e deseu triunfo final, o principal objetivodo apóstolo é explicar a seus leito-res quem Jesus é. Inevitavelmente,a tentativa de discutir a teologiados escritos joaninos dividindo-osentre as categorias tradicionais dateologia sistemática (por exemplo,antropologia, soteriplpgia, pneuma-tologia, escatologia) gera algumasdistorções, poisjoão não organizouseu material de acordo com essaslinhas. Ao contrário, ele tinha umfoco central, Jesus Cristo. Muitodo que João escreveu a respeito deJesus, em especial, no Evangelho enas três epístolas, foi temperadopor anos de reflexão e experiênciacristã, mas Cristo está sempre nocentro.

Todavia, isso não quer dizerque João não fala nada sobre an-tropologia, soteriologia, pneuma-tologia ou escatologia. Isso só querdizer que tudo que ele diz sobreesses tópicos e outros está quasesempre relacionado à sua ênfasecristológica."(HARRIS W. H. In ZUCK, R. B. (Ed.) Teo-logia do Novo Testamento. Rio deJaneiro: CPAD, 2008, p.187).

/

Page 12: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

APLICAÇÃO PESSOAL

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As expressões utilizadas por João no trato

com as suas ovelhas — "Filhinhos" —, podem

oferecer uma falsa Impressão sobre esse

homem, que foi considerado por Paulo como

uma das colunas da Igreja (Cl 2.9). É possível

que alguém o ache fleumático "por natureza"

e, assim, pense que era fácil ser "amoroso".

Não obstante, não se pode perder de vista o

fato indiscutível de que este mesmo homem,

que é carinhosamente tratado pelos cristãos

de "apóstolo do amor", já foi chamado pelo

próprio Senhor Jesus Cristo, Juntamente com

seu irmão Tiago, de "Filhos do Trovão" (Mc

3~L7-), No episódio narrado pelo evangelista

Lucas, em que o Senhor e os seus discípulos

estavam de viagem para Jerusalém, o caminho

alternativo para encurtar a rota levava-os a

passar Justamente por Samaria (Lc 9.5}-56).

Devido à animosidade que havia entre os sama-

ritanos e Judeus, os discípulos que precederam

o Senhor não foram recebidos. A reação dos

"Filhos do Trovão" foi não somente intempestiva

e arbitrária, como odiosa e vingativa: "Senhor,

queres que digamos que desça fogo do céu e os

consuma, como Elias também fez?" (Lc_9.54).

Esse comportamento não se parece em nada

com o João amoroso das epístolas. Na reali-

dade é a mesma pessoa, entretanto, há uma

diferença: Aquele era o João carnal, querendo

fazer justiça com as próprias mãos, e o das

epístolas é o homem que nasceu de novo e foi

transformado pelo Senhor Jesus Cristo.

K

10 LIÇÕES BÍBLICAS

Page 13: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

Lição 212 de Julho de 2009

JESUS, o FILHO ETERNODE DEUS

TEXTO ÁUREO

"No princípio era o Verbo, e oVerbo estava com Deus, e o Verbo

era Dews"(Jo 1.1).

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Jo 1.18Jesus Cristo, eterno como o Pai

Terça - Is 9.6Jesus, nascido de mulher, maseternamente divino

x-4,

Quarta- Mt 3.17Jesus é apresentado ao mundo como oFilho de Deus

Quinta - Mt 27.54Jesus, reconhecido na terra comoFilho de Deus

Sexta -Hb 1.8Jesus Cristo, O Rei Eterno

Sábado - Ap 3.21O vencedor reinará com Cristona glória

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LEITURA BÍBLICAEM CLASSE

l João 1.1-4; João 1.1-4;Colossenses 1.16,17

1 João l" - O que era desde, o princí-pio, o que vimos com os nossosolhos, o que temos contempla-do, e as nossas mãos tocaramda Palavra da vida2 - (Porque a vida foi manifes-tada, e nós a vimos, e testifica-mos dela, e vos anunciamos avida eterna, que estava com oPai, e nos foi manifestada);3 - O que vimos e ouvimos, issovos anunciamos, para que tam-bém tenhais comunhão conosco;e a nossa comunhão é com o Paie com seu Filho Jesus Cristo.4 - Estas coisas vos escrevopara que o vosso gozo secumpra.João 11 - No princípio, era o Verbo,e o Verbo estava com Deus, e oVerbo era Deus.2 ~ Ele estava no princípiocom Deus.3 - Todas as coisas foramfeitas por Ele, e sem ele nadado que foi feito se fez.

- Nele, estava a vida e a vidaera a luz dos homens.Colossenses l16 - Porque nele foram cria-das todas as coisas que hános céus e na terra, visíveis einvisíveis, sejam tronos sejamdominações, sejam principa-dos, sejam potestades; tudofoi criado por ele e para ele.l 7 - E ele é antes de todasas coisas, e todas as coisassubsistem por ele.

INTERAÇÃO

Estimado professor, com a atual ondado evangelho antropocèntrico, nadamais especial que estudar sobre Jesus, oFilho Eterno de Deus. Aproveite a aula dehoje para falar aos alunos acerca desseperigo. Relembre-os que o Evangelho deJesus Cristo é a mensagem de salvação,e não de bênçãos materiais como hojese vê. Peca-lhes que prestem à atençãonas mensagens e hinos que ouvem, eavaliem aquilo que lêem e reproduzemem suas pregações e testemunhos.

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estarapto a:

Entender a filiação de Cristo comouma forma de identificá-io comoDeus e de demonstrar o seu relacio-namento com o Pai.

Demonstrar a eternidade de Jesuscom exemplos do AT e NT,

Assumir as responsabilídades ine-rentes ao fato de ser participante danatureza de Cristo.

Estimado professor, ciente de que a aulade hoje traz um tema essencialmentecristológico, é imprescindível fazer a

distinção entre filiação como título/re-lação (Jesus Cristo), filiação por eleição(Israel), filiação por adoção (gentios) efiliação consanguínea (Isaque, filho de

Abraão). O fato de Jesus ser chamado de"Filho de Deus" GO 5.25), "unigénito doPai" Qo l. 14) ou "primogénito de toda acriação" (Cl 1.1 5), não significa, em hi-

pótese alguma, que Ele tenha sido criadoou gerado pelo Eterno, pois, assim comoDeus, preexiste eternamente e, por isso,Isaías o chama de "pai da eternidade" (Is9.6). O próprio contexto de Colossensesdemonstra perfeitamente a eternidade e

divindade do Senhor Jesus (1.13-18).

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INTRODUÇÃO

Nesta lição, alguns aspectosdoutrinários a respeito da divin-dade e da eternidadede Jesus Cristo serãodestacados. O esclare-cimento desse assuntofoi importante para osnossos irmãos do pri-meiro século e consisteem doutrina relevantepara os dias atuais. Seuconhecimento reforça aconvicção do futuro daIgreja, pois é através deJesus que fomos salvose nos tornamos participantes davida eterna.

I. O PROPÓSITO DO AUTORDA EPÍSTOLA

João inicia sua primeiraepístola tratando de sua res-ponsabil idade em solidif icara convicção de seus leitores arespeito da eternidade de JesusCristo, o Filho de Deus. A Igreja,naquela época, sofria o ataquedireto dos gnósticos que, emsíntese, pregavam que Jesus eramais um dos salvadores do serhumano, e que Ele apenas tinha

PALAVRA-CHAVE

Filho Eternode Deus

ria que demonstrao relacionamento

eterno de Jesus comDeus, bem como a

sua divindade.

algo divino em seu ser. Eles ain-da ensinavam que, pelo fato deJesus ter nascido neste mundode corrupção, seria impossívelEle ser Deus perfeitamente e,portanto, eterno. Paulo já ha-

via prevenido a igrejaem Colossos contraessa heresia (Cl 2.9;1.19).

João é enfático aoafirmar que o eternoFilho de Deus, nossoSalvador, veio a estemundo at ravés donascimento (l Jo 5.6;4.1 ,2). Ele tornou-sehumano, mas sem peca-do e sem abrir mão da

sua divindade (Mt 28.19), do seupoder (Mt 9.6), de sua onisciência{Mt 9.4) e do seu atributo de sereterno (Rm 9.5).

SINOPSE DO TÓPICO (1)

Jesus tornou-se humano, massem pecado e sem abrir mão dasua divindade, do seu poder, desua onisciência e do seu atributode ser eterno.

RESPONDA

/ . Qual o propósito de João aoescrever sua primeira epístola?

EXPRESSÕES PARENTAIS APLICADAS AO SENHOR JESUS v

1) "Filho" 2) "Unigénito" 3) "Primogénito"

Identificação "Natureza, "Primeirocaráter e tipo" e em categoria"demonstrativa de

que Ele é "igual aDeus" Oo 5.18)

"relacionamentoexclusivo" (Jo 1.14)

(Cl 1.15-19)

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II. A VIDA ETERNAMANIFESTA EM CRISTO

João discorre sobre a eterni-dade de Jesus, reafirmando suadeidade e a vida eterna que Eleconcede aos que lhe pertencem.Ele foi testemunha dos ensinos deCristo (l Jo 1.1 -4), teve comunhãopessoal com Jesus e, por isso,possui idoneidade suficiente paraexpressar-se sobre a vida plenae atemporal do Filho de Deus. Oapóstolo do amor refere-se à vidade Cristo na eternidade, antes dacriação dos "mundos" e de todasas coisas que neles existem,incluindo o homem GO l .1-4,14;cf. Hb 11.3). Entretanto, é bomlembrar que, uma vez que todossomos feituras de suas mãos,Jesus transcende toda e qualquerconsideração de tempo que al-guém tente fazer a seu respeito.Ele está acima da vida física eespiritual (Cl 1.16).

As palavras de João — "noprincípio era o verbo" —, no iníciode seu Evangelho, referem-se aCristo, que é a Palavra de Deusmanifesta GO 1.1). Elas conduzem

REFLEXÃO

'O eterno Verbo de Deustomou sobre si a naturezahumana e se fez homem, a

fim de revelar o Deus eternoatravés de uma personalidade

humana." Myer Pearlman

o leitor ao momento da criação,para que se certifique de queo Verbo divino não é somentedistinto do que foi criado, maso próprio Criador Qo 1.3; Gn1.1-31).

João, ao dizer em sua primei-ra epístola, "O que era desde oprincípio" (1.1), refere-se a JesusCristo que é desde o princípio Qo1.1; Gn 1.1; l Jo 2.7,13,14,24;3.1 1). Em continuidade, eie diz: "oque vimos com os nossos olhos,o que temos contemplado, e asnossas mãos tocaram da Palavrada vida" (l Jo l .1). Essa expressãoreafirma que Jesus, o Deus Filho,veio em carne {Lc 2.1 0-1 2) e quenesta condição habitou entre nós;não só revelando o Pai Oo 1.18;14.9) e o seu amor, mas tambémoferecendo a sua vida (Jo l 9.30)como única condição de salvara todos quantos crêem em seunome Oo 1.12; Hb 9.26-28).

1. O que vimos com osnossos olhos (1.1). João de-monstra ter sido atencioso emtodos os momentos em que es-teve com Jesus. Ao dizer: "o quetemos visto com os nossos olhos,o que temos contemplado", Joãodá ênfase ao fato de os discípulosterem convivido com Jesus fisica-mente — experiência que o após-tolo Paulo não teve (no caminhode Damasco, quando Cristo lhefalou em meio a um resplendorde luz, Eleja havia retornado aocéu; At 9.3-6). Aqui João está afir-mando que Jesus tinha um corpofísico tal qual profetizou Isaías(Is 53.3-7) e Davi (SI 22.14,17).Para os apóstolos de Jesus, foium privilégio; para nós, que não

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o vimos, mas cremos, é uma bem-aventurança GO 20.29).

2. O que ouvimos (1.3).João e os demais apóstolos pre-senciaram tudo o que Jesus re-alizou enquanto estiveram comEle, porque foram convocadospelo Senhor, justamente a fim deque o vissem e ouvissem e depoistestificassem, para o engrande-cimento do Reino de Deus (Mt28.18-20).

3. O que temos contem-plado e as nossas mãos toca-ram (1.1). O apóstolo investe asua atenção ao usar todos os seusrecursos para certificar seus leito-res da presença física do Senhorentre os onze. Aqui pode estarincluído o momento em que Jesusapareceu-lhes no cenáculo ondeestavam reunidos, e convidou-osa tocá-lo e constatarem que, se Elefosse apenas um espírito, não te-ria carne nem ossos. Para conso-lidar suas convicções, pediu-lheso que comer e, recebendo, comeu(Lc 24.36-43; cf Jo 20.20-24).

SINOPSE DO TÓPICO (2)

Por ser eterno e estar acimada vida física e espiritual, Jesustranscende toda e qualquer con-sideração de tempo que alguémtente fazer a seu respeito.

RESPONDA

2. Mencione uma referência bíbli-ca que comprove a manifestaçãodo Filho de Deus em carne.3. Mediante quais expressões jo-aninas fica evidente a ênfase doautor ao fato de que os apóstoloshaviam convivido com Jesus?

III. CRISTO - A VIDA SEMANIFESTOU

Visto que no Verbo está avida, Ele "se fez carne e habitouentre nós", a fim de oferecer avida eterna ao homem (Jo 1.14;3.16). Quando João escreve queo Verbo se fez carne, está dizen-do que Deus planejou e tornourealidade a encarnação do seuEterno Filho para que, na condiçãode homem, vivesse entre nós (Is7.14; Mt 1.23). Nessa forma, aosacrificar-se, Jesus oferece a vidaeterna aos que o aceitam comoseu salvador Oo 3.16), os quais,por isso, tornam-se participantesda natureza divina (Jo 15.4,5).João anuncia estas verdades cha-mando a atenção da Igreja para asobrigações concernentes ao queestá recebendo, pois, ao tomarconhecimento de doutrinas tãoessenciais para a vida cristã, nostornamos responsáveis diante deDeus pela aceitação e observânciadestas Oo 5.39; Lc 12.48).

SINOPSE DO TÓPICO (3)

Ao recebermos a vida eterna,tornamo-nos não somente parti-cipantes da natureza divina, mastambém responsáveis pela obser-vância das doutrinas essenciais davida cristã.

IV. JESUS ETERNO E ATU-ANTE DESDE O PRINCÍPIO '

1. No Antigo Testamento.Jesus sempre esteve presente e ativoantes e depois da sua vinda a estemundo como homem. Por Ele, todasas coisas foram criadas (Cn 1.26;

LIÇÕES BÍBLICAS 15

Page 18: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

rCl 1.16.17; Rm 11.36). O AntigoTestamento relata algumas de suasaparições, em forma humana, antesmesmo da encarnação. A Abrão, Eleapareceu acompanhado de dois an-jos nos carvalhais de Manre e aindase alimentou (Cn 18.1-8); no vau deJaboque mudou o nome dejacó paraIsrael (Gn 32.22-30) manifestou-se aJosué antes da destruição de JericóGS 5.1 3-15), e apareceu aos pais deSansão(Jz 13.2-22).

2. No Novo Testamento,após sua morte redentora. Acaminho de Damasco, Paulo tevea maior e melhor de todas as suasexperiências com o Senhorjesus,momento em que foi salvo e in-cumbido de levar o evangelho aomundo inteiro (At 9.1 -8).

Quando o próprio João esteveem grande dificuldade na ilha dePatmos, o Senhorjesus lhe apare-ceu para confortá-lo e lhe confiourevelações que, além de edificar-lhe, ofereceram sustentação dou-trinária à Igreja do Senhor (Ap 1.17— 22.21). A variedade de registrosa respeito da ressurreição de Cristorealizada pelos escritores do NovoTestamento é a mais evidente provade que o Senhorjesus está e perma-necerá vivo eternamente.

SINOPSE DO TÓPICO (4)

As aparições de Jesus antesde sua encarnação, o fato de Eleter participado da criação de todasas coisas, bem como a variedadede registros a respeito de suaressurreição pelos escritores doNT, indicam que Ele vive eterna-mente.

RESPONDA

4. Cite algumas referências bíblicasque comprovam a aparição de Je-sus em forma humana no AT.5. Em relação ao Novo Testamento,qual é a prova mais evidente deque Jesus está vivo?

CONCLUSÃO

O nascimento de Jesus, seuministério, morte, sepultamen-to, ressurreição e ascensão, sãoas expressões máximas de suaperfeita humanidade e divindade.Sua onipresença^em toda a his-tória, sua indispensável estada,na forma humana, por um breveperíodo no universo dos homens,e a direção da sua Igreja, são aprova de que Ele está conosco (Mt28.20). Bem aventurados os quecrêem assim.

REFLEXÃO

"No princípio, era o Verbo, eo Verbo estava com Deus, e

o Verbo era Deus."

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VOCABULÁRIO

Feitura: Efeito do trabalho;obra, produto.

Idoneidade: Qualidade deidóneo; aptidão, capacidade,competência.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

BERGSTÉN, E. Teologia Siste-mática. RJ: CPAD, 2004.

SAIBA MAIS

Revista Ensinador Cristão,CPAD, n°39, p.37.

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

1. Solidificar a convicção de seusleitores a respeito da eternidade de

Jesus Cristo, o Filho de Deus.2. l Jo 1.1.

3. "O que vimos com os nossosolhos", "o que temos contemplado","nossas mãos tocaram" e "o que

vimos e ouvimos".4. Gn 18.1-8; 32.22-30; Js 5 .13-15 ;

Jz 13.2-22.5. Avariedade de registros a respeitode sua ressurreição realizada pelos

escritores do Novo Testamento.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO

Subsídio Teológico

"Jesus teve, no seu nasci-mento, duas naturezas distintas

Pela concepção sobrenatural deMaria, Jesus herdou do seu Pai, petaoperação do Espírito Santo (cf. Lc1.35), a natureza divina com todasas suas características. De Maria,Ele recebeu a natureza humana. Assuas naturezas divina e humanase uniram na constituição de suapessoa de modo perfeito. As duasnaturezas não se misturam, isto é,Jesus não ficou com a sua divindade'humanizada' ou com a sua nature-za humana 'divinizada'. Em Cana,quandojesus transformou a água emvinho, a água deixou de ser água epassou a ser integralmente vinho (cf.Jo 2.8-1 0). Quando, porém, Jesus sefez homem, continuou sendo Deusverdadeiro, mesmo estando sob aforma de homem verdadeiro.

As duas naturezas operavamassim simultânea e separadamentena sua pessoa. Jamais houve confli-to entre as duas naturezas, porqueJesus, como homem, seja nas suasdeterminações ou autoconsciência,sempre conforme a direção do Espí-rito Santo, sujeitava-se à vontade deDeus, de acordo com a sua naturezadivina (cf.Jo 4.34; 5.30; 6.38; SI 40.8;Mt 26.39).

Assim Jesus possuía duas na-turezas em uma só personalidade,as quais operavam de modo har-monioso e perfeito, em uma uniãoindissolúvel e eterna".

(BERCSTÉN, Eurico. TeologiaSistemática. Rio de Janeiro: CPAD,2004, pp.66,67).

LIÇÕES BÍBLICAS 17

Page 20: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

APLICAÇÃO PESSOAL

O fato de Jesus ter se tornado humano,

deixado a sua glória junto ao Pai, descido à

terra e aqui vivido como um comum mortal

é a maior prova de amor que possa existir.

Lamentavelmente, essa mensagem tem de-

saparecido de muitos púlpitos. O evangelho

pragmático tem tomado conta dos livros,

hinos, mensagens e muitos outros meios, os

quais deveriam ser usados para a glória e

a honra do Senhor. O sacrifício redentor foi

reduzido e rebaixado à categoria de balcão

de empregos, sistema de saúde, consultório

psicológico e tem sido confundido até mesmo

com uma espécie de "jogo de azar", ao qual

as pessoas recorrem para enriquecer com

facilidade e sem nenhum esforço.

Nós, que temos consciência da importân-

cia e do valor que esse gesto de amor possui,

devemos agradecer ao Eterno Deus e procla-

má-lo aos que estão à nossa volta. Enquanto

o Evangelho é loucura para os gregos, cujos

deuses "evoluíam" da condição humana para

a divina, o nosso Cristo deixou a sua glória

e fez o caminho inverso: continuou sendo

Deus, mas também se tornou homem, expe-

rimentando a morte. Tudo para nos salvar! Se

esta mensagem divina é loucura para os que

perecem, para nós, é o poder de Deus, pois

seu teor, conteúdo e aceitação, salvou-nos a

vida da perdição eterna.

Page 21: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

Lição 319 de Julho de 2009

JESUS, A Luz DO CRENTETEXTO ÁUREO

"Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo:Eu sou a luz do mundo; quem me segue

não andará em trevas, mas terá a luz da<Jo8.12).

VERDADE PRÁTICA

Somente iluminados por Cristo pode-mos refletir a sua glória e ser luz parao mundo.

HINOS SUGERIDOS 91, U 6, 204

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Mt 4.16A presença de Jesus dissipaas trevas

Terça - Lc 2.32Jesus se revela como a luzdas Nações

Quarta - Jo l .9Jesus, a luz autêntica e imparcial

Quinta- Mt 4.16Jesus, a luz que sara

Sexta-Mt 5.14,15A luz do crente deve serconstante

Sábado-Ap 21.23Na glória, Cristo será a eterna luz

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Page 22: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

LEITURA BÍBLICAEM CLASSE

1 João 1.5-7; João 1.4-12

1 João 15 - E esta é a mensagem quedele ouvimos e vos anuncia-mos: que Deus é luz e não hánele treva nenhuma.6 - Se dissermos que temos co-munhão com ele e andarmosem trevas, mentimos e nãopraticamos a verdade.7 - Mas, se andarmos na luz,como ele na luz está, temos co-munhão uns com os outros, e osangue de Jesus Cristo, seu Filho,nos purifica de todo pecado.

INTERAÇÃO

Professor, esta lição trata do tema"luz". O assunto será primeiramenteabordado tendo em vista o conhe-cimento da fonte de luz, e só entãopassará à análise do testemunhocristão. Pessoas há que acreditam queo "ser luz" resume-se à observaçãode um conjunto de regras, as quaisfarão com que elas se sobressaiamentre as demais. Entretanto, nãopodemos perder de vista o fato deque não temos "luz própria". Deus é afonte de luz, e somente os que foramtransformados pela Palavra de Deuse dEle se aproximaram é que podemrealmente brilhar como testemunhovivo neste mundo (Fp 2.15).

João l4 - Nele, estava a vida e a vidaera a luz dos homens;5 - e a luz resplandece nastrevas, e as trevas não a com-preenderam.6 -Houve um homem enviadode Deus, cujo nome era João.7 - Este veio para testemu-nho para que testificasse daluz, para que todos cressempor ele.8 - Não era ele a luz, mas veiopara que testificasse da luz.9 -Ali estava a luz verdadeira,que alumia a todo homem quevem ao mundo,l O - estava no mundo, e omundo foi feito por ele e omundo não o conheceu.l l - Veio para o que era seu, eos seus não o receberam.12 - Mas a todos quantos oreceberam deu-lhes o poderde serem feitos filhos de Deus:aos que crêem no seu nome.

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estarapto a:

Reconhecer que o testemunhocristão só pode ser real se estiverbaseado na fonte de luz.

Entender o uso diferente das ex-pressões "luz" e "trevas" nos várioscontextos da Bíblia.

Conscientizar-se do que, de fato,significa ser "luz".

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Prezado professor, compreender autilização de uma mesma palavra em

diferentes contextos da Bíblia, é impres-cindível para entender corretamente amensagem escriturística. Reproduza atabela da página ao lado e, após dis-

correr sobre o primeiro tópico da liçãoque versa sobre cristologia, introduzaos tópicos 2, 3 e 4 usando a tabela da

página seguinte.

20 i .IÇÕES BÍBLICAS

Page 23: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

.INTRODUÇÃO

Nesta lição, com o propósito demanifestar Cristo como a luz divinae, seus seguidores como depen-dentes desta claridade,o apóstolo João fala doFilho de Deus como "Luzdo mundo" Oo 1.9; 8.12;9.5), e chama os seusservos de "filhos da luz"GO 12.36). Isto significaque os cristãos compartilham danatureza divina, tão logo se tornamfilhos do Altíssimo Co l .12,13)

I. JESUS, O FILHO DE DEUS

João apresenta o Mestre como0 homem perfeito, mas tambémdivino. Ele é realista ao afirmarque Jesus tem um corpo físico,ou seja, é plenamente humano (Jo1 9.38-40; 20.25-27) e, ao mesmotempo, divino Oo 20.28-31). As-sim, contrariando os gnósticos (lJo 4.1-3; 2 Jo v. 7), João enfatizaque negar que Cristo veio emcarne também é negar que Jesusé o Filho de Deus.

1. Jesus, o Filho de Deus.A Bíblia revela quejesus é o Filho

PALAVRA-CHAVE

LuzClaridade,

luminosidade

de Deus, através do qual temos:comunhão com o Pai GO 14.6),purificação de todo o pecado(l .7-9) e defesa diante do Senhor(2.1). João estava plenamenteconvicto do que Isaías profe-tizara concernente ao Messias

(Is 9.6), do que Deusdissera (Lc 3.21,22) edo que o próprio Cristotambém afirmara de simesmo enquanto exer-cia o seu ministério Oo8.36) no Getsêmani (Lc

22.42), perante o sinédrio (Mc14.61,62) e até mesmo na cruz(Lc 23.46).

2. Os pilares da doutrinacristã proclamados por João.O apóstolojoão defende que deve-mos crer no nome de Jesus comoFilho de Deus (l Jo 3.23), aceitarque Ele veio a este mundo emcarne para nos salvar (4.2), e queesta é a única condição de termoscomunhão com Ele (4.1 5; 5.1).

SINOPSE DO TÓPICO (1)

Devemos crer em Jesus comoFilho de Deus e aceitá-lo tal comoveio a este mundo: Homem semdeixar de ser Deus.

Deus

Jesus

Cristão

Pecado

Satanás

Demónios

LUZ

2 Co 4.6; l Jo 1.5; Ap 22.5

Mt4.16;Jo 1.4-9; 3.19;8.12; 12.46,35,36

MtS.14; 2 Co 6.14; Ef 5.8;l Ts 5.5

TREVAS

2 Co 11.14

Mt4.16; 6.23;Jo 12.46; Rm13.12

Lc22 .53 ; Ef 6.12

LIÇÕES BÍBLICAS 21

Page 24: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

REFLEXÃO

"Cristo procurava todas asoportunidades de brilhar

visivelmente entre oshomens, deixando-os ver

Deus." Myer Pearlman

RESPONDA

/. Cite os pilares da doutrina cristãproclamados por João.

II. JESUS É A LUZ

João, inspirado pelo EspíritoSanto, teve a missão de levar àIgreja a mensagem doutrinária so-bre quem é Jesus Cristo. E, comojá vimos, ele o faz destacando ofato de ter convivido com o MestreOo 21.24; l Jo 5.20). O apóstoloPedro também dá idêntico teste-munho (2 Pé 1.16-18), e todossabemos que, segundo a lei, otestemunho de dois homens éverdadeiro Qo 8.1 7).

1. Deus é luz. A luz é umadas mais perfeitas figuras paraexprimir a santidade, perfeição,justiça e sabedoria de Deus (2Co 4.6). Isto é perceptível emtoda a Bíblia. O apóstolo do amorafirma: "E esta é a mensagem quedele ouvimos e vos anunciamos:que Deus é luz, e não há neletreva nenhuma" (l Jo 1.5). Noúltimo livro do Antigo Testamen-to, Malaquias profetiza o nascerdo sol dajustiça, referindo-se aoSenhor Jesus por ocasião da suasegunda vinda (Ml 4.2). Isaíasprofetizou sobre essa luz, que éCristo (Is 9.1,2); Mateustregistrou

o seu cumprimento (Mt 4 .12-16); e Simeão o aguardava (Lc2.28-35).

2. Jesus, a luz do mundo.Cristo, no início do seu ministé-rio, habitou em Cafarnaum, naGaliléia, e ali iluminou diversasvidas (Mt 4.l 2-] 6). Muitas pes-soas, alcançadas neste período,continuaram firmes e tornaram-setestemunhas do Senhor medianteo Espírito Santo (At 1.8). Jesusmanifestou-se publicamente, de-clarando: "Eu sou a luz do mundo;quem me segue não andará emtrevas, mas terá a luz da vida" GO8.1 2). Sua mensagem adverte queo homem só terá a vida eterna seaceitar a Cristo e viver segundoa sua Palavra, nosso manual deregra de fé e prática de vida Qo5.24).

A luz é uma das mais perfeitasfiguras que expressam a santida-de, perfeição, justiça e sabedoriade Deus.

RESPONDA

2. Mencione duas referências bí-blicas relacionadas a Jesus comoa luz do mundo.

III. AS TREVAS OPÕEM-SEÀ LUZ

As trevas representam o nívelde degradação espiritual e moralem que o mundo e o homem semDeus se encontram. Elas se carac-terizam pelo estado e pelas açõespecaminosas do homem, resultan-tes da transgressão de Adão paracom Deus (Cn 3.6).

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Page 25: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

1. A origem das trevas dopecado. Trevas é um dos nomesdo pecado (Jo 3.19; At 26.18), etiveram sua origem na rebelião deSatanás contra Deus e no pecadode Adão e Eva contra o seu Cria-dor e Senhor. A partir da Queda,a maldade, a corrupção, a depra-vação, o sofrimento, os vícios ea morte foram introduzidos nomundo (Rm 5.12). E foi para dissi-par este estado de densas trevasque Deus enviou o seu Filho {Mt4.16; Jo 3.16,1 7). Assim como atragédia ocorrida no Éden afetoutoda a humanidade, através dosacrifício de Jesus Cristo, todosaqueles que o aceitam como oseu Salvador são redimidos (Rm5.17-21).

2. Outros usos da expres-são trevas. Algumas vezes,dependendo do contexto, a Bíbliaemprega este termo para referir-se a uma estrutura complexa deseres, composta por anjos malig-nos e seres humanos a serviço domal e regidos pelo Diabo, que éo seu príncipe Qo 14.30; 16.11;Ef 6.1 2; Jd v,6). Os homens nãoregenerados também são chama-dos de trevas (Ef 5.8), bem comoos espíritos malignos (6.11,12).Em sua ignorância ou resistênciaà Palavra de Deus, os homens semDeus estão indo de mal a pior e,caso não se convertam a Cristo,seu fim será o lago de fogo reser-vado para o Diabo e seus anjos(Mt 25.41).

SINOPSE DO TÓPICO (3)

As trevas representam o nívelde degradação espiritual e moral

em que o mundo e o homem semDeus se encontram.

RESPONDA

3. Qual a origem das trevos?4. Que outros sentidos, além depecado, o termo trevas pode terna Bíblia?

IV. VIVENDO COMOFILHOS DA LUZ

Andar na luz (l Jo l .7) signi-fica viver uma vida de santidadediante do Senhor, da Igreja e domundo; viver uma vida de per-manente separação de atitudes,atos e condutas pecaminosas.Esse modo de vida tem inícioquando o homem aceita a Cristoe sua Palavra e rejeita, cônscia eespontaneamente, toda a práti-ca que fere os mandamentos doSenhor. Colocando essa decisãoem prática, demonstramos quesomos "luz no Senhor" (Ef 5.8).

1. Filhos da luz. Contras-tando o estado dos efésios, antesda conversão, o apóstolo dosgentios os qualifica agora como"luz no Senhor" (Ef 5.8). Por suavez, a Bíblia denomina os servosde Deus como filhos da luz, pelofato de termos o privilégio de serparticipantes da sua natureza di-vina, da imagem moral de Cristo.Uma vez que, através de CristoJesus , somos filhos de Deus,nosso viver em bondade, purezae retidão deve refletir o caráterde Deus (Mt 5.48). Por isso, nãosomos apenas um briiho, maspessoas comprometidas com aexaltação do nome de Deus pormeio da nossa conduta em meio

LIÇÕES BÍBLICAS 23

Page 26: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

a uma sociedade corrompida (Fp2.15).

2. A luz está intimamenteligada à vida. Do cristão se esperauma vida de alegria, segurança eirrepreensível em todas as esferas eem toda e qualquer circunstância (2Rs 4.9;Jr l 7.7,8; Ec 9.8;). Tal pessoatornou-se membro da família deDeus (Ef 2.19; Lc 8.21) e participanteda plenitude do Senhor e de suasbênçãos (Ef 3.19; l .3). Além disso,agora compartilha da natureza deCristo, e suas atitudes expressam re-tidão (Mt 5.48), bondade (Lc l 0.25-37) e justiça (Rm 6.18-22). Enquantoos homens pecadores evitam a luz(Jo 3.1 9,20), Jesus ordena aos salvos

l a manifestarem a sua luz para que o! Pai seja glorificado por meio de suasvidas (Mt 5.14-16).

SINOPSE DO TÓPICO (4)

Pelo fato de sermos filhos daluz, somos participantes da nature-za divina e temos a imagem moralde Cristo. -

RESPONDA

5. Que características possuem osfilhos da luz?

CONCLUSÃO

Jesus é a Luz do mundo, porEle fomos feitos filhos da Luz. É oseu desejo que nossa luz resplan-deça no meio de uma geração alie-nada de Deus, incrédula, mundanae perdida, para que o povo vejanossas boas obras, converta-se eglorifique ao nosso Pai que estános céus.

Page 27: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

VOCABULÁRIO

Alienado: Alheio, ignorante.Depravação: Perversão, cor-rupção.Exprimir: Revelar, manifestar,expressar.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

RICHARDS, L. ComentárioHistórico-Cultural do NovoTestamento. RJ: CPAD, 2007.

SAIBA MAIS

Revista Ensinador Cristão,CPAD, n°39, p.37.

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

1. A crença no nome de Jesus comoFilho de Deus, o ato de aceitar queEle veio em carne e que esta é a únicacondição de termos comunhão com

o Senhor.2. Mt 4.12-16; Jo 8.12.

3. As trevas tiveram origem na re-belião de Satanás contra Deus e nopecado de Adão e Eva contra o seu

Criador e Senhor.Algumas vezes a Bíblia emprega

este termo para referir-se a uma es-trutura complexa de seres, compostapor anjos malignos e seres humanosa serviço do mal e regidos pelo Dia-bo, que é o seu príncipe Oo 14.30;16.1 1; Ef 6.12; Jd v.6). Os homensnão regenerados também são cha-mados de trevas (Ef 5.8), bem como

os espíritos malignos (6.1 1,1 2).Bondade, pureza e retidão.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO

Subsídio Teológico"Imagem de luz e trevas nas

epístolas joaninasA polarização entre luz e trevas

encontrada no Evangelho de João étransportada para suas epístolas epara o livro de Apocalipse. Em l João2.8 encontramos nuanças escatológi-cas na imagem luz/trevas: '[...] vãopassando as trevas, e já a verdadeiraluz alumia' (cf. Rm 13.12). Isso éconsistente com a ênfase joanina navida eterna como uma experiência jádisponível para os crentes, emboraa ser consumada no futuro. A luzdo mundo continua a brilhar após oretorno de Jesus para o Pai; as trevasnão conseguem dominá-la. Contudo,na presente era, as trevas não passamtotalmente.

A afirmação: 'Deus é luz' (l Jo1.5) é uma metáfora. Não obstante,no mesmo versículo aparece o temado contraste das trevas em oposiçãoà luz: 'Não há nele treva nenhuma.A natureza absoluta da polarizaçãotambém é indicada: para João, a luze as trevas são mutuamente exciu-dentes e não podem coexistir. Nadaque tenha alguma coisa que ver comtrevas pode ter alguma coisa quever com Deus. Assim, no versículoseguinte (l .6), por implicação, a pes-soa que afirma ter comunhão com oSenhor e, contudo, caminha nas tre-vas não tem nenhum relacionamentocom Deus, independentemente doque ela afirme".(ZUCK, Roy B. Teologia do NovoTestamento. Rio de Janeiro: CPAD,2008, p.228).

Page 28: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

APLICAÇÃO PESSOAL

Estar na luz é a condição que

dá ao crente a possibilidade de

avaliar sua conduta diante de Deus.

Buscar esconder-se nas trevas é

uma ilusão, pois o próprio senso co-

mum sabe que escuridão é apenas

a ausência da luz. Na realidade, as

trevas não existem por si mesmas.

Elas só se alojam onde não há

claridade. Como cristãos, devemos

procurar a presença do Senhor

Jes'us. É ela que expõe a verdade

sobre nós mesmos. A luz que emana

do Senhor revela-nos a situação em

que nos encontramos. Talvez nossa

auto-imagem não corresponda à

imagem real que conhecemos dian-

te da presença de Deus. Sobretudo,

mesmo na vida biológica, a luz é

uma condição para a nossa existên-

cia, o que não é diferente em nossa

vida espiritual. Aproximemo-nos do

Senhor e deixemos que a sua glória

revele nosso real estado. Mesmo não

sendo o que esperávamos ver, será

benéfico para tomarmos a decisão

de estar mais próximos dEle. Esta

salutar atitude fará com que não

nos desviemos e nos manterá firmes

até a sua Vinda.

Page 29: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

Lição 426 de Julho de 2009

JESUS, o REDENTORE PERDOADOR

TEXTO ÁUREO

"Se confessarmos os nossos pecados, ele éfiel e justo para nos perdoar os pecados enos purificar de toda injustiça" (1 Jo l .9).

VERDADE PRÁTICA

Cristo, na cruz, tornou possível atodos os que nEle crêem o perdãodo pecado que afasta o homem deDeus.

HINOS SUGERIDOS 310,491.541

LEITURA DIÁRIA

Segunda- Ef 2.2Éramos por natureza filhos da ira

Terça- 1 Co 15.3Jesus morreu por nossos pecados

Quarta- Hb 2.17Cristo é o Cordeiro e o Sumo Sacerdoteque expiou os nossos pecados

Quinta- Ef 2.13-16Cristo, pela sua morte na cruz, nosreconciliou com Deus

Sexta - l Jo 1.7O sangue de Jesus nos purifica detodo pecado

Sábado- Hb 9.15A morte de Jesus proporcionou-nosa promessa da herança eterna

Page 30: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

LEITURA BÍBLICAEM CLASSE

1 João 2.1,2; Efésios 1.6,7;

Apocalipse 5.8-10

1 João 2l - Meus filhinhos, estas coi-sas vos escrevo para que nãopequeis; e, se alguém pecar,temos um Advogado para como Pai, Jesus Cristo, o justo,

2- E ele é a propiciação pelosnossos pecados e não somentepelos nossos, mas tambémpelos de todo o inundo.

Efésios l6 - para louvor e glória dasua graça, pela qual nos fezagradáveis a si no Amado.

7 - Em quem temos a reden-ção pelo seu sangue, a remis-são das ofensas, segundo asriquezas da sua graça.

Apocalipse 58 - E, havendo tomado o livro,os quatro animais e os vinte equatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendotodos eles harpas e salvas deouro cheias de incenso, quesão as orações dos santos.

9 -f cantavam um novo cânti-co, dizendo: Digno és de tomar0 livro, e de abrir os seus selos;porque foste morto, e com oteu sangue compraste paraDeus homens de toda tribo, elíngua, e povo, e nação;

1 O - e para o nosso Deus osfizeste reis e sacerdotes; e elesreinarão sobre a terra.

INTERAÇÃO

Querido professor, neste domingo vocêterá oportunidade de lecionar sobre amaior e mais importante mensagemda Bíblia. Ao estudar a Palavra deDeus, percebe-se claramente que, des-de o Génesis até o Apocalipse, Cristoé o seu grande tema, pois os textosconvergem para o Salvador. Apesar deesta ser uma verdade inquestionável,parece que a mensagem do sacrifíciode Jesus está não apenas se tornandoa cada dia mais escassa mas tambémvem sendo substituída por um evange-lho estranho às Escrituras Sagradas.Aproveite a aula de hoje para alertarsobre esta prática perniciosa.

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estarapto a:

Compreender que a certeza do per-dão não é um incentivo ao pecado, masjustamente o contrário.

Considerar que, mesmo que a salva-ção nada custou para nós, não pode-mos esquecer quejesus pagou um altopreço por ela.

Mostrar em atitudes que realmenteconhece a Deus.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Caro professor, em seu livro O Taberná-culo e a igreja, pastor Abraão de Almeidaafirma que o "tipo bíblico é uma represen-

tação pré-ordenada, pela qual pessoas,eventos e instituições do Antigo Testa-

mento prefiguram pessoas, eventos e ins-tituições no Novo Testamento." Tendo emvista a necessidade de explicar aos alunos

a relação tipológica entre o sacrifício deCristo e os rituais do judaísmo no Antigo

Testamento, e que estes eram apenasa sombra daquele, reproduza em uma

cartolina ou quadro-de-giz a ilustração dapágina ao lado, e introduza o assunto a

partir do tópico três.

28 LIÇÕES BÍBLICAS

Page 31: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

INTRODUÇÃO

O Senhor providenciou ummeio de se relacionar com os peca-dores: Jesus Cristo, que justifica atodos os que aceitam seu sacrifício(Rm 3.26). É impossívelpensar num cristianismosem a cruz, sem o sacrifí-cio vicário de Jesus, sema quitação da dívida hu-mana com Deus atravésde seu Filho. Nesta lição,veremos mais uma vezo que o Senhor realizoupela humanidade GO 3.16). Veremosainda que a autêntica liberdadeconsiste em vencer o pecado atra-vés do sacrifício de Nosso SenhorJesus Cristo Oo 8.36), e por meiodo Espírito Santo que em nós habita(Rm 8.2-9).

PALAVRA-CHAVE

PropiciaçãoSatisfação da justiça

divina através dosacrifício de Jesus

Cristo.

I. A REALIDADE DO PECADOOs escritores da Bíblia estavam

cientes da realidade do pecado eda força que ele exerce sobre o ho-mem. Paulo colocou de forma clarae didática esta luta diária do cristãocontra o pecado, quando escreveuaos gaiatas (Cl 5,16-21). Embora

salvos, nascidos de novo,participantes da nature-za divina, estamos nomundo e num corpo hu-mano rendido ao pecado(Rm 6.6). Como filhos deDeus, queremos fazer suavontade; como humanos,podemos falhar neste

propósito (Rm 7.14-25).1. A responsabilidade hu-

mana. O livre-arbítrio não nos foidado por Deus para escolhermos omal, mas o bem. Compartilhandosuas experiências, Paulo, pela graçade Deus teve uma vida moral exem-

O SIGNIFICADO ESPIRITUAL DO TABERNÁCULO "\ tabernáculo tipifica a obra redentora de Cristo de levar os pecadores a Deus

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No evangelhode João

Na epistolaaos Hebreus

CRISTO

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'Eu c o Pai j "Eu sou o 'Eusuuopaa "Eu sou a luzsomos um" caminho da vida...' do mundo(Jo 10.30) (Jo 14.6) (Jo63S) (Jo 9 5)

" . Crisio, o»<jmo

sacerdote ...(«i 9.11.12)

Nossopropiciatório

"... * Mediador de umnovo testamento.. " (HU915)

Nosso Nosso Nossor.ííidudor sustento guia

"... uma lonle d':;j;iua

Uo 4.13,14)

'"Eis o Cordeiro 'Eu seu ade Deus, que poita... "tirão pecado (Jo 10.9)do mundo

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". o cof»ç*°purificado...'(Hb 10.19.22)

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uma vez... "(Hb9.2B)

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LIÇÕES BÍBLICAS 29

Page 32: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

piar e foi fiel ao Senhor até o fim (2Co 6.4-10; 2 Tm 4.6-8). O nosso alvoé a perfeição (Ef 4. l 3). Manter-sefiela Cristo até o fim deve ser a decisãode todos os que experimentaram onovo nascimento, mediante o qualtornaram-se participantes da natu-reza divina, passando a gozar dacomunhão com Deus (l Jo l .7). É oque se espera de quem se converteua Cristo e que deixou de ser escravodo pecado, tornando-se servo doSenhor Jesus (Rm 6.1-23).

2. O ideal cristão (2.1). Joãoadverte-nos contra os males dopecado, com a expressão: "não pe-queis" (2.1). Assim devemos todosconduzir-nos fiéis ao Senhor e àsSantas Escrituras, determinados anão pecar (l Jo 2,1a). Por isso Joãoalerta os irmãos a não pecarem,mostrando-lhes que evitar a trans-gressão deve ser o propósito detodo crente (Rm 8.1 3; Cl 5.16,1 7).

3. E se pecarmos? Embora onascido de novo tenha recebido umanova natureza que aspira à santidadee repele o pecado, está sujeito a darlugar à carne, isto é, à natureza velha,da qual surge o desejo pecaminoso(Rm 7.5; Cl 5.17-21). O apóstolo doamor fala da possibilidade de pecar-mos quando diz, mas "se alguémpecar" (2.1). Todo o crente é passívelde pecar, bastando para isso, não

REFLEXÃO

"A morte de Jesusproporcionou-nos a promessa

da herança eterna."

vigiar e negligenciar o hábito de orar(l Ts 5. l 7; Lc 22.39,40; ver também1 Jo 1.8,10;Ec7.20).

SINOPSE DO TÓPICO (l)

Embora o nascido de novotenha recebido uma nova naturezaque aspira à santidade e repele opecado, está sujeito a dar lugar àcarne, isto é, à natureza velha, daqual surge o desejo pecaminoso.

RESPONDA

/. Qual é o ideal cristão?

H. O PERDÃO AO NOSSOALCANCE

Quem pecar deve buscar ime-diatamente a Cristo Jesus que secompadece das nossas fraquezase aceita-nos no trono da graça,desde que estejamos arrependidose dispostos a confessar nossospecados (l jo l .9).

1. "Temos um Advogado"(2.1). Ninguém que se diz segui-dor de Cristo e da sua Palavra vivecontando com o perdão antecipa-damente e mantendo uma condutade vida pecaminosa (Rm 6.1,2). En-tretanto, todo crente que, pecando,arrepender-se de seus pecados decoração, tem um Advogado juntoa Deus que é fiel, justo e o conhececompletamente—Jesus Cristo, Filhode Deus (l Jo l .9; 2.2). O crente quepor fraqueza, falta de vigilância edesobediência, cometeu algum peca-do, não pode e nem deve duvidar doamor de Deus e do poder restauradordo Evangelho por meio de JesusCristo (Pv 28.1 3; Rm 1.16).

2. Porque Jesus pode perdo-ar. A santidade de Deus requer uma

30 LIÇÕES BÍBLICAS

Page 33: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

punição para o pecado. Mas Cristo,amorosa e voluntariamente, sofreuem nosso lugar, tomando sobre si apena do pecado. Assim, toda exigên-cia da lei divina quanto ao culpado,foi satisfeita plenamente na cruzquando Ele efetuou a nossa redençãopelo seu sangue (Ef l .7). Por esse atode amor, obtivemos o perdão dospecados; assim, fomos salvos daperdição eterna (Cl 3.13,14).

SINOPSE DO TÓPICO (2)

O crente que por fraqueza,falta de vigilância e desobediência,cometeu algum pecado, não pode enem deve duvidar do amor de Deuse do poder restaurador do Evange-lho por meio de Jesus Cristo.

RESPONDA2. Se acaso o crente, vier a falhar, oque ele deve fazer?3. Por que somente Jesus podeperdoar?

III. A SATISFAÇÃO DAJUSTIÇA DIVINA

O apóstolo do amor afirmaque Jesus, além de Advogado, étambém a "propiciação" pelos nos-sos pecados (l Jo 2.2; 4.10). Propi-ciar é satisfazer a lei divina violadapelo transgressor. Jesus, como anossa propiciação, cumpriu a penado pecado em nosso lugar e abriuo caminho para a nossa justifica-ção (Rm 3.24,25; 5.1).

1. Como e por que Cristose tornou propiciação? Propi-ciação era uma palavra utilizadapara identificar o sacrifício vicárioe expiador com derramamento desangue, aplacando a ira da divin-dade (Hb 10.10,14; Lv 6.24,25;7.2). Como o Cordeiro escolhido

por Deus desde a fundação domundo para morrer em nosso lu-gar (Ap l 3.8), Jesus se fez ofertasacrificai por nós (Ef 5.2b). Istorealça o propósito do Senhor paragarantir o nosso perdão.

2. A abrangência da pro-piciação. Da mesma maneira,como o pecado abrange o univer-so (Rm 8.19-23), somente Deuspode alcançar todos os homensde todas as gerações, culturas ecircunstâncias (Jo 3.16). O sacrifí-cio de Jesus foi único e portodos,indistintamente (l Jo 2.2).

SINOPSE DO TÓPICO (3)

Propiciar é satisfazer a leidivina violada pelo transgressor.Jesus, como nossa propiciação,cumpriu a pena do pecado emnosso lugar e abriu o caminhopara a nossa justificação.

IV. LIVRES DO PECADO

A reconciliação com Deus eo fato de sermos participantes desua natureza, só foi possível porsua misericórdia em enviar o seuFilho para morrer em nosso lugar.Tendo em vista esta verdade, comodeve o crente honrar a Deus e ser-lhe sempre grato pela grandiosadádiva da salvação?

1. Guardando os mandamentos. O apóstolo do amorafiijna que guardar os manda-mentos de Deus é uma demons-tração de que estamos nEle eigualmente Ele em nós (l Jo2.3,4; 3.24; 5.3; 2 Jo v. 6). Essaé uma verdade muito bem relem-brada na vida do povo de DeusOs 1.7,8; SI 1.1-3; 119.141,166).Para João, guardar os manda-mentos não significa escondê-los

LIÇÕES BÍBLICAS 31

Page 34: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

em algum lugar da memória,mas, sim, vivê-los e fazer comque façam parte do nosso coti-diano, até que chegue o dia em

í que se possa dizer: "vivo, nãomais eu, mas Cristo vive emmim" {Cl 2.20).

2. Vivenciando a Palavra.João, o apóstolo do amor, demodo enfático e claro, afirma quequem alega que conhece a Deus,e não guarda (coloca em prática)os mandamentos do Senhor, émentiroso. Quem diz que conhecea Deus, deve deixar claro, no seuviver e no seu agir, que guardaos seus mandamentos e andade acordo com eles. Pois é nistomesmo que certificamo-nos deque estamos nEle (l Jo 2.5).

SINOPSE DO TÓPICO (4)

Guardar os mandamentos deDeus é uma demonstração de que

estamos nEle e igualmente Ele, emnós.

RESPONDA

4. O que demonstramos quandoobedecemos aos mandamentos?5. O que significa guardar os man-damentos?

CONCLUSÃO

Cristo morreu pelos nossospecados, para salvar-nos, santi-ficar-nos e fazer-nos agradáveisa Deus. Não obstante, enquantoestivermos no mundo, estamossujeitos a pecar. Se isso aconte-cer, temos um Advogado, peranteo Pai e a sua santa lei. Daí, nossopropósito amoroso deve ser ode viver para agradá-lo. Isto é,uma vida pautada pelo querer deDeus, segundo os mandamentosdivinos para um santo viver (1Pé 1.16).

REFLEXÃO

"É no propiciatório que o Deusjusto e o ser humano pecador

se encontram como amigose mantêm mútua e plena

comunhão, porque o sangue alisalpicado solucionou tudo parasempre. Tendo a justiça de Deus

representada pelo conteúdoda arca, e a misericórdia de

Deus representada pelo sangueaspergido no propiciatório,

Deus pode ser perfeitamenteglorificado, e o pecador pode

ser perfeitamente salvo!."Abraão de Almeida

Page 35: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

rBIBLIOGRAFIA SUGERIDA

ALMEIDA, A. O Tabernáculo ea Igreja. RJ: CPAD, 2004.PFEIFFER, C. F., REAJ.. VOS, H.F. Dicionário Bíblico Wycliffe.RJ: CPAD, 2006.

SAIBA MAIS

Revista Ensinador Cristão,CPAD, n°39, p.38.

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

1. O ideal do crente é não pecar.Evitar a transgressão deve ser o

propósito de todo crente.2. Buscar imediatamente a CristoJesus que se compadece das nossasfraquezas e aceita-nos no trono dagraça, desde que estejamos arre-pendidos e dispostos a confessar

nossos pecados.3. Porque amorosa e voluntariamen-te, sofreu em nosso lugar, tomando

sobre si a pena do pecado.4. Que estamos em Deus e que,

igualmente, Ele está em nós.5. Não significa escondê-los emalgum lugar da memória, mas, sim,vivê-los e fazer com que façam partedo nosso cotidiano, até que chegueo dia em que se possa dizer: "vivo,não mais eu, mas Cristo vive em

mim"(GI 2.20).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO

Subsídio Teológico

"PropiciaçãoNo AT, o propiciatório era o lugar

onde o Deus santo encontrava-se comos homens pecadores; ali o sangueera aspergido. No NT, a cruz tornou-se o lugar onde Deus irá encontrar ohomem através do sangue de Cristo.Dessa forma, João pôde dizer que Cris-to é a propiciação, a expiação pelospecados dos crentes e também pelospecados dos não crentes (1 Jo 2.2).

A doutrina da propiciação ensinaclaramente que a morte de Cristo nacruz representava uma substituiçãopor causa do pecado. Sua morte satis-fazia as justas exigências de Deus Pai,provocadas pelo pecado do homem.Como resultado dessa propiciação,Deus ficou satisfeito e o relaciona-mento do mundo todo com Ele foialterado. O sacrifício da propiciação deCristo foi a base para a reconciliaçãodo mundo com o próprio Deus (2 Co5.19). A reconciliação estava ligada aofato do mundo ter mudado a relaçãoa Deus através da morte de Cristo. Apropiciação está relacionada com areparação apresentada a Deus comoresultado da morte de Cristo. Deus foiofendido pelo pecado do homem, e éEle quem precisa ser satisfeito atravésdo pagamento por esse pecado".{PFEIFFER, C R, REAJ., VOS, H. F. Di-cionário Bíblico Wycliffe. RJ: CPAD,2006, p.1612).

LIÇÕES BÍBLICAS 33

Page 36: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

APLICAÇÃO PESSOAL

O propiciatório era uma peça feita de

ouro, que representava o trono de Deus (Is

6.1). Era um trono de misericórdia, pois a

palavra propiciatório significa "onde Deus

nos é propício", "nos é favorável". O pro-

piciatório era guardado pelos querubins,

símbolo do poder de Deus. Nos querubins

resplandecia o fogo da glória de Deus, fa-

zendo sombra sobre o propiciatório. Ora,

se os querubins faziam sombra sobre o

Propiciatório é porque estava sobre eles o

Shekinah, ou fogo terrível, fogo de Deus, que

neles resplandecia. Depois de haver engran-

decido e honrado a lei de Moisés em sua vida

terrena, Jesus, ao morrer como justo em

lugar do culpado, tornou-se a propiciação ou

propiciatório para todo aquele que crê.

É no propiciatório que o Deus justo

e o ser humano pecador se encontram

como amigos e mantêm mútua e plena

comunhão, porque o sangue ali salpicado

solucionou tudo para sempre. Tendo a jus-

tiça de Deus representada pelo conteúdo da

arca, e a misericórdia de Deus representa-

da pelo sangue aspergido no propiciatório,

Deus pode ser perfeitamente glorificado, e

o pecador pode ser perfeitamente salvo!

(ALMEIDA, A. de, O Tabernáculo e aIgreja, RJ: CPAD, pp.59,60).

Page 37: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

Lição 502 de Agosto de 2009

FORÇADO AMOR'CRISTÃO

"Um novo mandamento vos dou:vos ameis uns aos outros; como eu vosamei a vós, que também vós uns aos

outros vos ameis" (Jo 13.34).

RDADE PRÁTICA

tr cristão é o resultado da trans-ação espiritual experimentada

no novo nascimento e a prática cen-tral do conteúdo da fé cristã.

'IMOS SUGERIDOS 27, 35, 164

LEITURA DIÁRIA

Segunda -Mc 12.33O amor cristão é o resumo da lei de DeusTerça- l Jo 3.17 <*?O amor de Deus leva o crente a seraltruísta

Quarta- l Jo 3.18 'O amor verdadeiro não consiste em pala-vras, mas em obras

•j-rQuinta- l Jo 3.15"Quem odeia o seu irmão é consideradohomicida

Sexta -Mt 24.12 A multiplicação da iniquidade é a cau-sa do esfriamento do amor

Sábado - Rm 8.35,39 -*Nada pode nos separar do amor de Cristo

LIÇÕES BÍBLICAS 35

Page 38: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

LEITURA BÍBLICAEM CLASSEl João 2.7-11; 3.14-18

II João 27 - Irmãos, não vos escrevomandamento novo, mas o man-damento antigo, que desde oprincípio tivestes. Este manda-mento antigo é a palavra quedesde o princípio ouvistes.8 - Outra vez vos escrevo um

% mandamento novo, que é ver-dadeiro nele e em vós; porquevão passando as trevas, e já averdadeira luz alumia.9 - Aquele que diz que está naluz e aborrece a seu irmão atéagora está em trevas.I o - Aquele que ama a seu ir-mão está na luz, e nele não háescândalo.I1 - Mas aquele que aborrecea seu irmão está em trevas, eanda em trevas, e não sabe paraonde deva ir; porque as trevas lhecegaram os olhos.

1 João 3 -*314 -Nós sabemos que passamosda morte para a vida, porqueamamos os irmãos; quem nãoama a seu irmão permanece namorte.l 5 - Qualquer que aborrece aseu irmão é homicida. E vós sa-beis que nenhum homicida tempermanente nele a vida eterna.16 - Conhecemos a caridadenisto: que ele deu a sua vida pornós, e nós devemos dar a vidapelos irmãos.l 7 - Quem, pois, tiver bens domundo e, vendo o seu irmãonecessitado, lhe cerrar o seucoração,- como estará nele acaridade de Deus?18 -Meusfilhinhos, não amemosde palavra, nem de língua, maspor obra e em verdade.

INTERAÇÃO

Estimado professor, a época queestamos atravessando é um períodoem que o individualismo, o egoísmo,

mentos perniciosos têm dominado os

nesta sociedade, lamentavelmente,tais posturas acabam sendo reproduzi-das até mesmo por cristãos. Com basenesse pressuposto, ministre o conte-údo desta aula tendo como principalobjetivo conclamar os seus alunos àprática e vivência dessa característicaimprescindível ao povo de Deus.

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar

apto a:

Explicar porque o amor é atemporal.

Entender que amar aos irmãos é aprática que evidencia a sua salvação.

Praticar o amor segundo o padrãobíblico.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Sendo o amor um dos temas principaisda primeira epístola de João e o principaldesta lição, é interessante considerá-lo

teologicamente. Charles Fínney, eminenteteólogo norte-americano do século l 9,em sua Teologia Sistemática, dedica umgrande capítulo para falar dos "atributosdo amor". Tomando apenas os atributos,que se dividem em dois - naturais e mo-rais -, formulamos o quadro sintético da

página ao lado. A fim de inteirar-se acercada argumentação de Finney, leia a referida

obra (pp.l 91-237), e utilize o quadrocomo forma de mefhor demonstrar tais

atributos na ministração da aula.

36

Page 39: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

INTRODUÇÃO

Não é sem razão que Joãoé carinhosamente chamado de"apóstolo do amor". O tema — emseus vários aspectos — é o assun-to central de sua primeira epís-tola (2.15; 3J,16,17;4J-10,12,16-18; 5.3).

PALAVRA-CHAVE

Assim como no textobíblico, ele apareceráem nosso estudo váriasvezes, pois não se podefalar de cristianismo, devida cristã, sem falar deamor. A abordagem doassunto em várias ocasiões dáa ideia de sua importância e, aomesmo tempo, da obrigatorieda-de de sua prática.

(j)o MANDAMENTOATEMPORAL

Em seus ensinamentos, JesusCristo enfatizou reiteradas vezesa importância do fundamento daobediência e a razão principal desua prática: o amor (^\t2.2.37139^

Jo 133-4: IJLJ-ZL João focalizao amor entre os irmãos, relem-brando o ensino do Mestre, quedisse aos seus seguidores queseriam conhecidos como "seus

AmorSentimentoe dedicaçãovoluntários e

desinteressados

discípulos" pelo amor com que seamavam (jo 1 3.35). Além disso, oensinamento bíblico é claro quan-do afirma que, havendo cessadoos dons espirituais, o amor aindaadentrará os portais da eternidade

1. Mandamento "antigo" enovo". Neste texto, o apóstolo

João chama os nascidosde novo à obediência domandamento de amar;porque, ao praticá-lo, ocristão cumpre a lei (Mt_

.34-40; Rm.13,8-l Q;2.8). Ele nos fala de

algo, aparentementecontraditório, que é o

"antigo" e o "novo" mandamento.Na realidade, os dois adjetivos sereferem ao mesmo mandamentoque é o de amar. Como servimosao Deus imutável, que nos mandaamar tanto no Antigo quanto noNovo Testamento (Ly_l_9-lS; Mg6.8; Mc 12.33), e que inspirou

"Paulo a escrever que o "amornunca passará" (1 Cg 13.8), éplenamente claro que o amor éatemporai, ou seja, independentedo tempo.

(2) Em que sentido o man-damento de amar é antigo enovo. Apesar de a epístola deJoão ser universal, ela foi produzi-

A T R I B U T O S DO AMOR

NATURAIS 1. Voluntariedade; 2. Liberdade; 3. Inteligência;

MORAIS 4. Virtude; 5. Desinteresse; 6. Imparcialidade;7. Universalidade; 8. Eficiência; 9. Satisfação;10. Oposição ao pecado; 11. Compaixão pelosmiseráveis; 12. Misericórdia; l 3. Justiça;14. Veracidade; l 5. Paciência; 16. Mansidão;l 7. Humildade; 18. Abnegação; 19. Condescendência;20. Estabilidade; 21. Santidade.

Page 40: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

REFLEXÃO

. que ama a seu irmãostá na luz, e nele não háescândalo." (l Jc

da dentro de uma realidade local,ou seja, para uma comunidade defé, para uma igreja. Considerandoa época em que foi escrita e omomento em que o grupo cristãoa recebeu, é possível entenderque João se referia a um assuntobasilar aprendido no início da fé,quando de sua conversão ícf. l,«If-AJJ)- Neste sentido ele nãoé novo, mas antigo. Por outrolado, João destaca o ensino deJesus Cristo que disse: "Um novomandamento vos dou: Que vosameis uns aos outros; como euvos amei a vós, que também vósuns aos outros vos ameis" f|0-J3-34). A ideia não é que cadaum deve amar do jeito que puder,pois o padrão de amor é o mesmodo Meigo Nazareno (1 Jo 3.161.Em contraposição à postura quesupervalorizava o exterior, os cris-tãos não devem ser conhecidospela observação cega e legalistade regras, mas pela vivência doamor em seus diversos relacio-namentos. Em outro sentido, nãodevemos esquecer que, como umorganismo vivo, a igreja recebeju>y_ps membros constantementé,ejal mandamento para os povosconvertidos torna-se então novo.

(3p O Senhor Jesus é o nos-so exemplo de amor. O objetivode cada cristão é ser como Cristo(Ef 4.13). No quesito amor, Ele nosdeixou o exemplo de um amorincondicional ao comer com pe-cadores e publicanos (Mt 9.1 0.1 1:

Declarou que há festano céu quando um pecador se

j arrepende (Lc 1.5.7.10). demons-| trando o valor que atribui a cadaser humano. Era sobre este amor

í que João pensava quando disseque devemos amar uns aos outros(Jo 13.34; 15.12,17), dando umanova roupagem aos mandamen-tos das leis do Antigo Testamento(Lv 19J_8; jjt 6.5). Na verdade, omandamento "amarás o teu próxi-mo" recebeu um significado todoespecial a partir do ensinamentode Cristo sobre quem é o próxi-mo (^cJ_p.2âi37). Para o Mestre,judeus, publicanos, gentios ouqualquer outro estranho, têm omesmo valor (C[3.11).

SHUOPSE DO TÓPICO (1)

y^ O fundamento da obediênciae a razão principal de sua práticaX-,é o amor. / /f

RESPONDA

1. Por que João é chamado ca-rinhosamente de "apóstolo doamor"?2. Quem é o nosso maior exemplode amor?

(\Çò CONTRASTE ENTRE- LUZ E TREVAS

Mesmo tendo abordado o as-sunto anteriormente em uma úni-ca lição, a exemplo do que ocorrecom o amor, João utiliza mais deuma vez o contraste entre "luz etrevas", de maneira completa ouimplícita n.S.7:_2.8-im_

( 1, Os filhos da luz. O con-traste entre luz e trevas é umafigura muito usada no Novo Tes-tamento para exemplificar a dife-rença entre o mundo e o Reino de

38 I.IÇÕHS BÍBLICAS

Page 41: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

Deus. Os nascidos de novo vieramdas trevas para a luz (Jo 8.1__2). esão, eles mesmos, consideradosluz (Mt 5.14). Fazendo alusão aesta mesma figura de linguagem,João explica que, uma vez salvosdas trevas, se quisermos perma-necer na luz, devemos amar unsaos outros assim como Cristo nosamou. Na realidade, a comunhãocom os irmãos é a prova de queestamos na luz.

(2. Evitando o ódio e man-tendo-se na luz. As Escriturasdeixam claro que é impossívelalguém odiar seu irmão e andarna luz. Aliás, o simples fato dealguém confessar Cristo como seuSalvador e aborrecer ("odiar" naARA) os seus irmãos, demonstraque esta pessoa está em trevas,isto é, não tem a Cristo (yvjí JJ_L_Quando João fala de ódio, trans-mite a ideia de algo habitual, quecaracteriza um estilo de vida, umestado no qual a pessoa vive. Esseestado pode resultar em homicí-dio (JJ-U1 5; 4.20,21).

(3, Em relação ao pecado,os princípios da graça sãomais profundos que as exigên-cias da lei. Jesus exemplificoueste ensinamento de diversasformas em seu conhecido "Ser-mão do Monte" (MtJL17;lã). AJeicondena o homicídio; a graça seantecipa ao expor a força motrizdo homicídio — o ódio. É seguin-do esta linha de pensamento queJoão afirma ser homicida qualquerque aborrece ao seu irmão (1 Jo

_3JJ>). Assim, pelos padrões cris-tãos, não é necessário chegar amatar para ser considerado umhomicida. O ódio faz parte dagaleria dos pecados que levam ohomem à morte espiritual (5.1 6).

Contra este pecado, ou a fim depreveni-lo, só há um remédio: oamor. Por outro lado, aquele queama a seu irmão, permanece naluz e nele não há tropeço (v. 1 0).Se quisermos permanecer na luz,devemos amar uns aos outrosassim como Cristo nos amou.

SINOPSE DO TÓPICO (2)

Contra o pecado do ódio, Iou a fim de preveni-lo, só há um lremédio: o amor.

RESPONDA

3. Qual a ideia transmitida por

João quando fala de ódio?

(Mj) A DEMONSTRAÇÃOCOMUNITÁRIA DO AMOR

João deixa claro que o amorprecisa ser materializado atravésde ações que o demonstrem (w. 16- lJJ3), Isso aponta para a necessidadede a igreja ser conclamada a exer-cer o amor cristão. Fala também, *como já vimos, nos tópicos ante-riores, da importância de enfatizaro mandamento do amor.

(ípo primeiro motivo parademonstrarmos o amor. A men-sagem desta carta também nos edi-fica pelo fato de nos lembrar quemsomos em contraste com o nossoestado anterior fyv. 14.16). A vida docrente em Jesus necessita ser nutri-da por devida gratidão a Deus pelaobra substitutiva de Cristo na cruz.Esta obra vicária não só garante o

REFLEXÃO

ai-vos cordialmenteuns aos outros com amor

fraternal" (Rm J 2. l O).

39

Page 42: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

r

perdão, como limpa o homem detoda a iniquidade Qs 53.5,6,11; RmAZX A falta desse reconhecimentotorna-nos incrédulos, mesmo quevenhamos a dizer que somos pie-dosos (Rml.21; 2 Tm 3.1-5).

^.2)0 desenvolvimento pro-gressivo do amor. Conforme jáfoi dito, quando João estabeleceum tempo específico, devemos le-var em conta que a expressão "des-de o princípio" se refere ao começode suas vidas espirituais QJ_J-). Àmedida que o homem recebe a luzdo evangelho, as trevas vão sendodissipadas, e ele passa a amar aosseus irmãos. Com o passar dotempo e sendo constantementeexercitado, tal amor tende a sercada vez mais intenso e visível^m^JJL9JO; 1J..8J 0;Jj3_L9L

CÍTA necessidade do en-sino sobre o amor cristão. Oapóstolo, ao mesmo tempo emque fundamenta seu ensino nainstrução que os irmãos já haviamrecebido, aponta para a respon-sabilidade com que os primeiroscrentes conduziram o discipulado

da Igreja Primitiva, formandodiscípulos embasados em valoreséticos e bíblicos, dos quais o amoré a mola mestra (3.1 .

SINOPSE DO TÓPICO (3)

Sendo constantemente exer-citado, o amor tende a ser cadavez mais intenso e visível.

RESPONDA

4. De acordo com João 13.35.,como seriam conhecidos os discí-pulos de Jesus?5. Deus nos manda amar tantono Antigo Testamento como noNovo. Cite referências bíblicas quecomprovem esta verdade.

CONCLUSÃO

Os que pregam e ensinamprecisam motivar a igreja a buscaresses valores e se aperfeiçoar emtodos os aspectos (Cl 3.1 2-]_7). Foí_nesta perspectiva que o SenhorJesus iniciou a formação dos seusdiscípulos ÍMt 5.4^48). e assimdevemos viver.

REFLEXÃO

"O nosso amor ao próximo deveser direcionado por aquilo queele é: um ser criado à imagem

e semelhança de Deus, de quemtem as marcas na própria

existência, assim como nós.Assim, em Deus, ama-se oamigo; por Ele, o inimigo".

Ceremias do Couto

40 LIÇÕES BÍBLICAS

Page 43: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

VOCABULÁRIO

ARA: Almeida Revista e Atua-lizada.

Atributo: Qualidade perma-nente de algo.

Basilar: Básico.

Vicário: Substituto.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

FINNEY, C. Teologia Sistemá-tica, RJ: CPAD, 2001.BRUNELLI, D. Conhecidos peloAmor. RJ: CPAD, 1995.

SAIBA MAIS

Revista Ensinador CristãCPAD, n°39, p.38.

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

1. Porque o amor, em seus váriosaspectos, é o assunto principal de

sua epístola.2. O Senhor Jesus Cristo.

3. Transmite a ideia de algo habitual,que caracteriza um estilo de vida, um

estado no qual a pessoa vive.4. Como pessoas que amam.

5. Lv 19.18; Mq 6.8; Mc 12.33; Jo13.34; l J03.16.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO

Subsídio Teológico"Passo agora a destacar os

atributos daquele amor que seconstitui obediência à lei deDeus

Esse amor, portanto, não sóconsiste num estado de consagra-ção a Deus e ao universo, mas tam-bém implica emoções profundas deamor a Deus e aos homens. Aindaque seja um fenómeno da vontade,ele implica a existência de todosaqueles sentimentos de amor eafeição a Deus e aos homens quenecessariamente resultam da consa-gração do coração ou da vontade aomáximo bem-estar deles. Tambémimplica todo aquele curso visível devida que necessariamente flui deum estado de vontade consagradaa esse fim. Tenha-se em mente quese esses sentimentos não brotam dasensibilidade e se esse curso de vidanão existe, ali não existe o verdadei-ro amor ou consagração voluntáriaa Deus e ao universo requerido pelalei. Aqueles brotam desta por uma!ei de necessidade. Aqueles, ou seja,sentimentos e emoções de amor, euma vida exterior correta, podemexistir sem esse amor voluntário,conforme terei ocasião de mostrarno devido momento; mas esse amornão pode existir sem aqueles, umavez que brotam dele por uma leida necessidade. Essas emoçõesvariam em força, de acordo comas variações de constituição e dascircunstâncias, mas precisam existirem algum grau perceptível, desdeque a vontade esteja numa atitudebenevolente".(FINNEY, C. Teologia Sistemática.RJ: CPAD,

Page 44: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

APLICAÇÃO PESSOAL

Quando olhamos para a primeira epístola

de João e vemos o teste que ele apresenta para

comprovar o amor cristão na vida do salvo -

"Conhecemos o amor nisto: que ele deu a sua

vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos

irmãos" (3.16) -, pensamos ser esta avaliação

um pouco exagerada. Contudo, recorrendo aos

escritos paulinos, encontramos sua recomenda-

ção aos crentes de Éfeso: "Sede, pois, imitadores

de Deus, como filhos amados; e andai em amor,

como também Cristo vos amou e se entregou a

si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus,

em cheiro suave" (Ef 5.1,2). Como nós, meros

mortais, podemos imitar o Imortal e Supremo?

Como o finito e efémero pode imitar o Infinito e

Eterno? Tanto o apóstolo do amor quanto o dos

gentios, não está insinuando que existe a míni-

ma possibilidade de o ser humano igualar-se a

Deus. O que se entende, e é ponto pacífico em

ambos os textos, é o inegável fato de que, após

entregar-se novamente aos cuidados do Eterno,

o ser humano tem possibilidade de desfrutar de

um dos atributos comunicáveis de Deus. Exercer

o amor cristão é uma das formas mais eficazes

de pregar o evangelho. Jesus disse em João 13.35

que seus discípulos seriam conhecidos pelo amor

entre eles. Apesar da questão temporal, esta pa-

lavra é estendívei a cada um de nós, discípulos do

Mestre, no tempo presente, pois o teste joanino

continua em vigor.

Page 45: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

9 de Agosto de 2009

TEXTO ÁUREO"E não vos conformeis com este mundo,mas transformai-vos pela renovação do

vosso entendimento, para que experi-menteis qual seja a boa, agradável e

perfeita vontade de Deus" (Rm 12.2).

VERDADE PRÁTICA

Todo crente fiel a Cristo precisa conhe-cer os nocivos padrões de procedimen-tos deste mundo, a fim de que possarejeitá-los e firmar-se cada vez mais nossantos preceitos da Palavra de Deus.

HINOS SUGERIDOS 107, 186,252

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Tg 4.4Um amigo do mundo é um inimigo de Deus

Terça - Ef 2.2; l Jo 5.19O mundo, que jaz no maligno, é regidopor Satanás

Quarta - Rm 8.20-22O mundo passa; ele está em processocontínuo de desintegração

Quinta-Mt 6.24i Ou amamos a Deus ou amamos ao mundo

Sexta-Jo 17.14Não somos deste mundo

Sábado-Jo 16.33L Com Jesus o crente vence o mundo

Page 46: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

LEITURA BÍBLICAEM CLASSE

l João 2.15-19; João 15.18,1!

l João 215- Não ameis o mundo, nero que no mundo há. Se alguétama o mundo, o amor do Pçnão está nele.

16 - Porque tudo o que hámundo, a concupiscência de.carne, a concupiscência deolhos e a soberba da vida, nãté do Pai, mas do mundo.

17- E o mundo passa, e a suiconcupiscência; mas aqueltque faz a vontade de Deu:permanece para sempre.

18 - Filhinhos, é já a últimahora; e, como ouvistes quevem o anticristo, tambémagora muitos se têm feito anti-cristos; por onde conhecemosque é já a última hora.

19 - Saíram de nós, masnão eram de nós; porque,se fossem de nós, ficariamconosco; mas isto é para quese manifestasse que não sãotodos de nós.

João 1518- Se o mundo vos aborrece,sabei que, primeiro do que avós, me aborreceu a mim.

19 - Se vós fosseis do mundo,o mundo amaria o que eraseu, mas, porque não sois domundo, antes eu vos escolhido mundo, por isso é que omundo vos aborrece.

INTERAÇÃO

Prezado professor, você está preparadopara a ministração de mais uma aula? Otema de hoje, como todos do trimestre,é muito relevante, pois vamos estudarde modo enfático e direto a respeito danecessidade de o crente não se confor-mar com este mundo (Rm 12.2).Estamosvivendo tempos trabalhosos, em quemuitos crentes estão perdendo a visãodo Reino de Deus e fixando seus olhosnas ilusões passageiras deste mundo.No decorrer da semana, ore e peça aDeus unção e sabedoria para que atra-vés do ensino desta lição seus alunosse conscientizem de que não podemosser manipulados pela forma mundana

k de pensar.

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estarapto a:

Explicar o significado da palavra"mundo" de acordo com as EscriturasSagradas.

Saber que a Bíblia adverte a nãoamarmos o mundo.

Compreender que o crente nãopode conformar-se com a mentali-dade mundana.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, converse com seus alunosexplicando que vivemos em um mundo

secular e relativista, onde os valoresbíblicos são a cada dia mais rejeitados.Todavia, como servos de Deus, não po-demos ser moldados, influenciados, pelamaneira de pensar deste mundo. Nossoviver deve ser pautado pela Palavra de

Deus. Para facilitar a aprendizagem,reproduza no quadro-de-giz a tabela

da página ao lado. De modo resumido,estabeleça as principais diferenças entre

o cristianismo e o mundo não-cristão,sem Deus.

Page 47: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

INTRODUÇÃO

O "sistema do mundo", confor-me denominado pela Bíblia, alémde manipular, subjugar e manteros seres humanos sob o domíniode Satanás, também ob-jetiva desviar, por todosos meios, os crentes doscaminhos do Senhor. AIgreja jamais pode mi-nimizar, ou ignorar, asardilosas tramas destesistema. Ela precisa,sim, posicionar-se con-tra ele, a fim de pros-seguir vitoriosamenteem Cristo Jesus (l Jo5.4,5).

PALAVRA-CHAVE

Mundo (kosnios)Sistema constituídode pessoas, ideias,leis, instituições,comportamentos

e atividadesconduzidos por

Satanás.

I. O QUE É O MUNDO?

A palavra "mundo", confor-me expressa na Leitura Bíblia emClasse, não diz respeito aos cam-pos, mares, escarpas, acidentesgeográficos e nem à ordem geralda criação. Este "mundo" designaa maneira de viver organizada,conduzida por Satanás e caracte-rizada pela indiferença, rejeição eoposição a Deus, à sua Palavra e aoseu Reino. Trata-se de um sistema

constituído de pessoas, ileis, instituições, comportamentose atividades. Lerjo 3.19; Tg 4.4;1.27; 2 Co 4.4.

No princípio, Deus criou omundo perfeito e bom {Cn 1.31).Todavia, lá no Éden, Satanás, emforma de serpente, induziu Eva a

desejar ser igual a Deus(Gn 2 .15 -17 ; 3.1-6; 2Co l 1.3; l Tm 2.14).Foi a partir desta infe-liz c ircunstância quetodos os descendentesde Adão tornaram-se in-ternamente portadoresde uma natureza peca-minosa, e externamenteopositores de Deus (Rm5.12;Tg 1.14,15).

Com a contamina-*cão do pecado, "o cosmos" (lJo 5.19) tornou-se um sistemamaligno (Ef 2.2; Gl l .4; 2 Co 4.4),controlado por Satanás, o príncipedeste mundo (Mt 4.8; Jo 14.30;16.11; 2 Tm 2.26; l Jo 5.19). Ele';exerce autoridade sobre grande |parte das atividades típicas deste lmundo e chefia um sistema invi-"sível de maldade e destruição, noqual anjos malignos e homens aoseu serviço fazem direta oposição,a Deus (At 8.4), à sua Palavra e ao'

CRISTIANISMOUm só Deus, Criador e Senhor

Verdades Absolutas

Fundamentos Bíblicos

Deus é o centro

Fazer a vontade de Deus

Amor altruísta

MUNDO NÃO-CRISTAONão há Deus

Verdades Relativas

Fundamentos Mundanos

O homem é o centro

Hedonismo

Egoísmo

LIÇÕES BÍBLICAS 45

Page 48: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

REFLEXÃO

"Fomos chamados a viveruma vida separada deste

mundo, com objetivosinfinitamente mais nobrese que honram o nome do

Altíssimo, que nos chamoudas trevas para sua

maravilhosa luz" (1 Pé 2.9).

seu povo (l Pé 1.18,19; At 26.18).Isto pode ser claramente visto namentalidade mundana dos nos-sos dias, expressa pelas ideias,opiniões, posicionamentos, leis,objetivos e metas do povo, dosgovernos, das nações e até mesmode "certas igrejas" semelhantes àLaodicéia (Ap 3.14-18). Ler 2 Co4.4; 2 Tm 3.1-5.

l. Os atrativos do mundo(v. 16). Quando o cristão se deixaenganar pelas propostas dessemundo espiritualmente tenebroso,torna-se escravo de um sistemamaligno que rouba, mata e destróiQo 10.10). Sua única saída é retor-nar imediatamente ao seio do Pai,por Jesus Cristo, nosso libertador(Jo 8.36). Foi o que aconteceu como filho pródigo: desprezando oamor do pai e a vida abençoadano lar, resolveu bandear-se para omundo, a fim de desfrutar de seusprazeres. Todavia, após perdertoda a sua herança, abandonado emiserável, decidiu regressar a suafamília. Retornando ao aconchegodo lar, foi festivamente recebidopelo pai, que lhe restituiu tudoo que, no mundo, havia perdido(Lc 15.11-32). Todo crente fiel a

Cristo deve evitar tal experiência(l Jo 2.15). Ananias e Safira nãotiveram a mesma sorte: amandoo dinheiro e o engano, mentiramao Espírito Santo e foram punidoscom a morte (At 5.1-11). .

2. O mundo sob a óticade Deus. A Bíblia adverte-nos anão amarmos o mundo, uma vezque ele é dominado pelas trevas(Ef 6.1 2) e "jaz no maligno" (l Jo5.19;Jo 14.30). O mundo, ou seja,as pessoas são alvos do amor deDeus. Nesta perspectiva, temos aresponsabilidade de resgatar domundo todos os que vivem semDeus, sem luz e sem salvação."Deus amou o mundo de tal manei-ra que deu o Seu Filho" Oo 3.16).Em sua oração sacerdotal, Jesusrogou ao Pai que não nos tirasse domundo, mas que nos livrasse domal. Ele, na verdade, queria que,pelo evangelho, alcançássemos ahumanidade perdida neste cosmosOo 17.15,18). Deus não tem prazerna condenação do homem. O Se-nhor tem manifestado seu infinitoamor desde que o primeiro homemlhe desobedeceu (Cn 3 .15 ,21 ;Ez.18.4; ITm 2.4). Todavia, estemundo não escapará da condena-ção eterna, caso não se arrependade seus pecados, especialmenteda incredulidade. É por isso queo apóstolo João registrou em seuevangelho: "a luz veio ao mundo, eos homens amaram mais as trevasdo que a luz" Qo 3.1 9).

SINOPSE DO TÓPICO (1)

Com a contaminação do pe-cado, "o cosmos" tornou-se umsistema maligno, controlado por

46 LIÇÕES BÍBLICAS

Page 49: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

Satanás, o príncipe deste mundo.Ele exerce autoridade sobre grandeparte das atividades típicas destemundo, e chefia um sistema invi-sível de maldade e destruição, noqual anjos malignos e homens aoseu serviço fazem direta oposiçãoa Deus.

RESPONDA/. O que significa "mundo", con-forme expresso na Leitura Bíblicaem Classe?2. O que ocorre quando o cristãose deixa enganar pelas propostasdesse mundo?3. Qual a única saída para aque-les que se deixaram levar pelosatrativos mundanos?

II. COMO O CRISTÃO DEVEVIVER NESTE MUNDO

A expressão "não ameis omundo nem o que no mundo há"(v.15) não é uma sugestão ouconselho, mas uma ordenançasevera da Palavra de Deus. Todadesobediência tem suas conse-quências. Imagine o que aconte-ceria se, diante de um semáforoassinalando vermelho para ospedrestes, resolvêssemos atraves-sar uma avenida de grande fluxo.Provavelmente, sofreríamos umaterrível e traumática consequência.Consideremos, pois, este exemplona perspectiva de nossa salvaçãoeterna (Hb 2.1-3).

1. Os elementos do mun-do (v. 16). A Palavra de Deus nosalerta contra a concupiscência dacarne, a concupiscência dos olhose a soberba da vida.

a) A concupiscência da carneengloba desejos impuros, vícios e

prazeres sensuais. A Bíblia exorta-nos a fugir de toda e qualquerimpureza (l Co 6.18). O corpo nãoé rnau em si mesmo, mas é umapresa fácil para o pecado. Por isso,devemos vigiar e orar sem cessar.O crente deve estar ciente de queele é templo do Espírito Santo (l Co3.16; 6.19) e, portanto, deve viveruma vida piedosa e consagradaa Deus. Seu corpo deve ser umsacrifício vivo, santo e agradávelao Senhor (Rm 12.1,2).

Os vícios podem ser consi-derados concupiscência da carne.Ninguém que se deixa vencer poreles herdará o Reino dos céus (Cl5.21, Ef 5.3-5).

b) Pela concupiscência dosolhos, o homem se torna cativo da-quilo que ele vê. Para que isto nãoaconteça, é preciso que o crentemantenha-se constantemente emvigilância e oração (Mt 26.36). Foipor essa via que Eva desobedeceu(Gn 3.6). O mesmo se deu comAcã: "vendo" entre os despojosdos inimigos do povo de Deus umacapa babilónica, desejou-a, trouxe-a para si e morreu com toda suafamília GS 7.20-26). Davi tambémfoi atraído pela concupiscência dosolhos. Olhando com lascívia, deulugar ao pecado, arruinando suafidelidade a Deus (2 Sm l 1.2). APalavra de Deus exorta-nos a nãonos conformarmos com este mun-do, a fim de que possamos viverno centro da vontade do Eterno(Rm 12.1,2).

c) A soberba da vida. Desdeo princípio, Satanás engana o serhumano com a falsa ideia de que épossível ser igual a Deus (Gn 3.5).Com isso, o homem tenta a todoj

LiçõiiS BÍBLICAS 47

Page 50: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

custo viver à parte de seu Criador,buscando sua própria exaltação,através de riquezas, "status", títu-los e posições, com o intuito de serhonrado por seus pares.

Muitos lutam aferradamentepelo poder, pelo direito de exercerautoridade sobre seus semelhan-tes, ou pelo simples deleite queisso possa lhe trazer. Ser visto eadmirado por todos é o objetivomáximo da vida de muitas pesso-as. A Palavra de Deus nos asseveraque isto não vem de Deus, mas domundo; deste sistema que Satanásgoverna (l Jo 2.16). Jesus nos ensi-nou qual deve ser o maior objetivoda nossa vida: buscar o Reino deDeus e a suajustiça (Mt 6.33). Nes-ta busca devemos investirtodas asnossas energias.

SINOPSE DO TÓPICO (2)

A expressão "não ameis omundo nem o que no mundo há"

não é uma sugestão ou conselho,mas uma ordenança severa da Pa-lavra de Deus. Toda desobediênciatem suas consequências.

RESPONDA

4. De acordo com a lição, cite oselementos do mundo.5.0 que precisamos fazer paraque não nos tornemos cativo da-quilo que vemos?

CONCLUSÃO

O autêntico crente, que pra-tica os princípios do cristianismobíblico, não deve adequar-se aopresente sistema mundano queengoda a humanidade e, se possí-vel, até mesmo os filhos de Deus.Fomos chamados a viver uma vidaseparada deste mundo, com obje-tivos infinitamente mais nobres eque honram o nome do Altíssimo,que nos chamou das trevas parasua maravilhosa luz (l Pé 2.9).

REFLEXÃO

"Mundo em João não serefere tanto a grandeza

como a maldade. Novocabulário de João,

mundo é primeiramente aordem moral em rebelião

intencional e culpávelcontra Deus". D. A. Carson

Page 51: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

VOCABULÁRIO

Aferradamente: Entregar-secom afinco.

Concupiscência: Apetite car-nal exagerado.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

COLSON, Charles; PEARCEY,Nancy. O cristão na culturade hoje. Rio de Janeiro: CPAD,2006.BLACKABY, Henry. Santidade.Rio de Janeiro: CPAD, 2005.

SAIBA MAIS

Revista Ensinador CristãoCPAD, n°39, p. 39.

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

1. A maneira de viver organizada,conduzida por Satanás e caracte-rizada pela indiferença, rejeição eoposição a Deus, à sua Palavra e aoseu Reino. Trata-se de um sistemaconstituído de pessoas, ideias, leis,inst i tu ições, comportamentos e

atividades.2. O cristão torna-se escravo de umsistema maligno que rouba, mata e

destrói (Jo 10.10).3. A única saída é retornar imedia-tamente ao seio do Pai, por Jesus

Cristo, nosso libertador GO 8.36).4. A concupiscência da carne, a con-cupiscência dos olhos e a soberba

da vida.5. Precisamos estar em constante

vigilância e oração (Mt 26.36).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO

Subsídio TeológicoNão amar o mundoO apelo de João a seus leitores é

feito de forma negativa, mas o fadopositivo precisa ser compreendidotambém. Os cristãos não devem amaro mundo. Ao mesmo tempo, é preci-so dizer que eles devem amar a Deuse fazer sua vontade. De fato, é apenasà medida que o amor de Deus os en-che e o desejo de Deus os motiva, omundo pode ser conquistado.

[...] Quando João diz que oscristãos não devem "amar o mun-do ou nada que está no mundo",não está pensando tanto a respeitodo materialismo ("coisas"), masnas atitudes que estão por trás domaterialismo. Pois ele sabe, comotodos nós deveríamos saber, queuma pessoa sem os bens mundanospode ser tão materialista como umapessoa que possui muitos dessesbens; e, de igual modo, uma pessoarica pode ser bastante desapegadadessa e de qualquer outra forma demundanismo. Na verdade, João estápensando a respeito de ambiçãoegoísta, do orgulho, do amor pelosucesso ou o luxo e de outras carac-terísticas parecidas. Law reconheceisso em sua excelente paráfrase doapelo do apóstolo. Ele escreve 'nãobusque a intimidade e o favor domundo não-cristão que o cerca; nãoaceite seus costumes como sendosuas leis, não adote ideais nemreceba seus prémios, muito menosbusque confraternizar-se com suavida'". (BOICE, James Montgomery.As Epístolas de João. Rio de Ja-neiro: CPAD, 2006, pp.73,74.)

Page 52: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

APLICAÇÃO PESSOAL

Deus quer usar a sua vida para pro-

clamar sua Palavra ao mundo quejaz no

-^.jfmaliano. Mas, para que você seja usado

pelo Senhor, precisa manter-se puro. É

necessário resistir aos impulsos diabólicos,

que chegam a sua mente tentando destruí-

lo. "... Toda pessoa que diz que pertence ao

Senhor precisa abandonar o pecado" (2 Tm

2.19 NTLH). A falta de santidade conduz a

inutilidade. Jesus nos advertiu: "Vós sois

o sal da terra; e se o sal for insípido, com

que se há de salgar? Para nada mais presta

senão para ser lançado fora..." (Mt 5.13).

De acordo com Henry Blackaby, na

sua obra Santidade, "Deus está chamando

seu povo para voltar para Ele e ser um ca-

minho de santidade, por meio do qual Ele

possa alcançar o mundo perdido. Devemos

construir nosso relacionamento com Deus

de tal forma que nossas vidas possam ser

uma estrada, por meio da qual, Deus possa

alcançar o resto de nossa nação mediante

um grande reavivamento entre o povo de

Deus e um grande despertamento espiritual

nos corações daqueles que não conhecem

ao Senhor". O Senhor quer usá-lo neste

mundo tenebroso.

Page 53: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

A CHEGADA DOANTICRISTO

TEXTO ÁUREO

"E todo o espírito que não confessa queJesus Cristo veio em carne não é de Deus;mas este é o espírito do anticristo, do qualjá ouvistes que há de vir, e eis que já está

no mundo" (1 Jo 4.3).

á VERDADE PRÁTICA

O conhecimento bíblico e o dom de dis-cernimento são ferramentas eficazesna prevenção contra os falsos ensinosinspirados pelo espírito do Anticristo.

HINOS SUGERIDOS 492, 506, 525

LEITURA DIÁRIA

Segunda - 2 Ts 2.3Anticristo, o filho da perdição

r Terça- 2 Ts 2.7O Anticristo e o ministérioda injustiça

Quarta - 2 Ts 2.9Prodígios e sinais do Anticristo

-^Quinta- l Jo 2.2O Anticristo é mentiroso

Sexta -Ap 13.7O Anticristo guerreia contraos crentes

Sábado - Dn 7.8O poder político do Anticristo

>3«5««.W3LS£3

Page 54: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

LEITURA BÍBLICAEM CLASSE1 João 2.18-26; 2 João 1.;

1 João 2j g - Filhinhos, é já a últimthora; e, como ouvistes qutvem o anticristo, tambéiagora muitos se têm feito anticristos, por onde conhecemosque é já a última hora.19 - Saíram de nós, mas nã(eram de nós; porque, se fosseide nós, ficariam conosco;isto é para que se manifestasstque não são todos de nós.20 - E vós tendes a unção díSanto, e sabeis tudo.2| -Não vos escrevi porque nãosoubésseis a verdade, mas por-que a sabeis, e porque nenhumamentira vem da verdade.22 ~ Quem é o mentiroso, senãoaquele que nega que Jesus é oCristo? É o anticristo esse mes-mo que nega o Pai e o Filho.23 - Qualquer que nega oFilho, também não tem o Pai;e aquele que confessa o Filhotem também o Pai.24 - Portanto, o que desde oprincípio ouvistes permaneçaem vós. Se em vós permanecero que desde o princípio ouvis-tes, também permanecereisno Filho e no Pai.2 5 - E esta é a promessa queele nos fez: a vida eterna.26 - Estas coisas vos escreviacerca dos que vos enganam.

2 João 17 - Porque já muitos engana-dores entraram no mundo, osquais não confessam que JesusCristo veio em carne. Este tal éo enganador e o anticristo.

INTERAÇÃO

Professor, o tema da lição de hojerevela-nos que um dos sinais de que avolta de Jesus poderá ocorrer a qual-quer momento é a operação do Anti-cristo. De acordo com João, o espíritodElejá está atuando no mundo (1 Jo4.3). Necessitamos de discernimentopara enfrentar este mundo dominadopelo deus deste século, Satanás (2Co 4.4; / Jo 5.19). Mostre aos seusalunos que precisamos orar e vigiar,pois mais do que nunca necessitamosdo poder divino, para que possamosvencer as forças do mal, as influênciasmundanas e as obras da carne.

______ ^>BJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estarapto a:

Identificar que o espírito do Anti-cristo já opera no mundo,

Compreender que a manifestaçãopública do Anticristo só ocorrerá apósJesus retirar seu povo da Terra.

Entender que apesar dos seus feitose poder, o Anticristo já possui um fimpré-determinado na Bíblia.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, explique aos seus alunos queo Anticristo será um homem, porém ele

vai apresentar-se ao mundo como se fos-se Deus. Depois, reproduza no quadro-de-giz a tabela abaixo. É importante quevocê leia, juntamente com seus alunos,

as referências bíblicas.

O Anticristo

Sua aparição

Sua identidade

Suas atividades

Seu fim

Dn 9.27

2Ts 2.8; Dn 7.8

Dn 9.20-27

Ap 19.19-21

Page 55: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

INTRODUÇÃO

Ao falar sobre o Anticristo eos anticristos, João não estava sereferindo unicamente a um assuntoescatológico, isto é, ao que faz partedas últimas coisas e aalgo que pertence apenasaos últimos tempos. Eleestava também advertin-do seus leitores a respeitode um espírito que jáameaçava a igreja naque-le período e que aindaestá em plena atuação.Um espírito que nega a divindade eo senhorio de Cristo (1 Jo 4.3).

I. O ESPÍRITO DOANTICRISTO NO MUNDO

João deixa claro que já é a últi-ma hora, ou seja, a vinda de Cristo sedará em breve (v. 18). Muitos são ossinais de que a volta de Jesus poderáocorrer a qualquer momento. Umdos sinais é a operação do Anticris-to. De acordo com João, o espíritodEle já está no mundo (l Jo 4.3).Ele exercerá domínio sobre todasas nações. Daniel fala a respeito dogoverno do Anticristo, mostrandoque este será de grande influência:"[...] se levantará, e se engrandecerásobre todo deus; e contra o Deus dosdeuses e falará coisas incríveis e serápróspero"!...] (Dn 11.36).

l. O terreno está sendo pre-parado. Atualmente observamos ofortalecimento das grandes organi-zações geopolíticas e a unificaçãodos blocos económicos. Na verdade,trata-se de uma preparação paraum único governo mundial, pois,de acordo com a Palavra de Deus,o Anticristo assumirá grande poderpolítico (Dn 7.8), comercial e religio-

PALAVRA-CHAVE

AnticristoUm homem personi-ficando o Diabo, po-

como se fosse Deus.

só (Dn 8.25; Ap 13.16,] 7). Segundoas Escrituras, ele terá o controle daeconomia mundial {Ap 13.16,17).

2. Prodígios e sinais. O Anti-cristo fará muitos sinais e prodígios,ou seja, obras sobrenaturais paraque suas mentiras sejam confirma-das: "A esse cuja vinda é segundo a

eficácia de Satanás, comtodo poder, e sinais, eprodígios de mentira" (2Ts 2.9). Ele usará destessinais mentirosos parase impor e atrair segui-dores. Porém, só conse-guirá enganar aquelesque rejeitaram crer na

verdade de Deus (2 Ts 2.1 0-12).3. Sua aparição. Alguns pre-

gadores e escritores, diante degrandes acontecimentos históricos epersonalidades importantes, acabamafirmando que determinado líder po-lítico, ou religioso, é o Anticristo; quetal evento marcou ou marcará a suachegada e muitas outras colocaçõesde natureza duvidosa. Tenhamoscuidado com tais especulações, pois,apesar de seu surgimento ocorrerantes do arrebatamento da Igreja —tendo alguns sinais precedentes indi-cados no texto de 2 Tessalonicenses2.1-12 — sua manifestação públicacomo tal só ocorrerá após Jesusretirar o seu povo da Terra, e ele sóse revelará demonstrando toda suaoposição ao Senhor Deus, na metadeda Grande Tribulação (Dn 9.27).

SINOPSE DO TÓPICO (1)

O espírito do Anticristo já estáno mundo (l Jo 4.3). Ele exercerá ^domínio sobre todas as nações,

RESPONDA

/ . Cite um dos sinais da voltade Cristo, segundo a lição.

JÇÕES BÍBLICAS 53

Page 56: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

II. A PESSOA DO ANTICRISTO

Em um mundo influenciadopela mídia e inclinado à mitologia,á possível alguém pensar que oAnticristo será um ser estranho,de chifres, com aquela aparênciacaricaturada das representaçõesdemoníacas. Nada mais errado!Ele será uma pessoa influente queatrairá até mesmo os "cautelosos"udeus (Dn 9.20-27; Mt 24.22-27).

1. Sua identidade. Ele seráuma personificação do Diabo, umíder mundial de habilidades e capa-cidades desconhecidas até o dia deloje, possuirá um carisma irresis-ível e uma oratória extremamente

persuasiva. É descrito também peloapóstolo Paulo como o iníquo (2 Ts2.8), pelo próprio João, no Apoca-ipse, como a besta, e pelo profetaDaniel como um "príncipe que háde vir" e o "chifre pequeno" (Dn 7.8;9.26; Ap 13.2-10,18; 19.20).

2. Suas atividades. De acor-do com as Escrituras, no início, oAnticristo fará um pacto com Israel,restaurando a antiga prática desacrifícios no Templo em JerusalémDn 9.20-27). Todavia, na metade

deste período, ele quebrará esteacordo, tornar-se-á um governan-e mundial, declarar-se-á Deus,

proibirá a adoração ao Senhor eperseguira terrivelmente aquelesque desejarem ser fiéis a Cristo (2 Ts2.4). Conforme as profecias bíblicas,o filho da perdição realizará, porntermédio do poder satânico, sinais

e prodígios de mentira (2 Ts 2.7-10).Este período é chamado de GrandeTribulação (Ap 7.14), um tempode grande perseguição e oposiçãoa tudo o que se chama Deus (Ap2,17; 13.15).

3. Seu fim. Apesar dos seuseitos e poder, o Anticristo já possui

um fim pré-determinado na Bíblia.Sua atividade se encerrará naBatalha do Armagedon quando oSenhorjesus vier com a sua Igreja.Naquela ocasião, o Rei dos reis eSenhor dos senhores destruirá oAnticristo, seus exércitos e todosos que o seguirem (Mt 24.30; Ap19.19-21). /^

SINOPSE DO TÓPICO (2)Apesar dos seus feitos e po-

der, o Anticristo já possui um fimpré-determinado na Bíblia.

RESPONDA

2. Como Paulo e Daniel des-crevem o Anticristo?

III. OS ANTICRISTOSNO MUNDO

Diferentemente do Anticristoque virá, muitos anticristos já na-quele tempo haviam se manifestadoe ainda se manifestam (2 Jo 1.7).Além destes, existem ainda os falsosprofetas, homens enganadores quese fazem de cristãos para, se possí-vel, enganar a Igreja (2 Pé 2.1; l Jo4.1). Este fato atesta a advertênciado apóstolo do amor quanto à reali-dade de que o "espírito do anticristo"(4.3) já está atuante e em plena ope-ração, delineando a plataforma paraa sua aparição e, ao mesmo tempo,guiando os pequenos anticristos.João apresenta algumas caracte-rísticas destes anticristos, as quaismerecem ser estudadas.

l. Saíram do seio da igreja.Estes falsos mestres se haviam infil-trado na comunidade cristã com ofim de mesciar-se entre os irmãospara perverter a doutrina dos após-tolos. Pareciam cristãos, mas não oeram de fato. Abandonaram a igrejatalvez por terem falhado em seus

Page 57: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

propósitos de desviar o povo. Estafeia prova que desmascarou sua real in-tenção. Ainda hoje há muitos que sedizem cristãos, mas na verdade não0 são. Misturados no meio do povode Deus, são verdadeiros lobos empeles de ovelha. A Bíblia nos advertevárias vezes contra estas pessoas(Mt 24.24; l Tm 4.1,2; 2 Pé 2.1 ;Jd1 -l 9). Cabe a nós apercebermo-nosda existência destes falsos mestresem nosso meio.

2. Negavam a sã e principaldoutrina cristã. Os falsos mestresda época não admitiam que Cristotivesse vindo em carne, negandoassim o próprio Deus, já que Elemesmo deu testemunho de Jesus (lJo 5.9; Jo 5.32-38; 8.18). O Filho deDeus é a mensagem central de todaa Bíblia; o apóstolo Paulo nos ensinaque, em Cristo, todas as coisas se-rão congregadas (Ef l .10) e que aonome dEle todo joelho se dobrará,e toda língua confessará que Eleé Senhor (Fp 2.10,1 1). Qualquerensinamento que negue isso é mal-dito (l Co l 6.22; Cl l .8,9). Assim,esses mestres negavam a Cristo, asã doutrina e a própria fé.

3. Queriam enganar os fi-éis. A intenção dos falsos cristose falsos profetas é enganar (Mt24.24; l Tm 4.1,2). E só não con-seguiram seu intento entre os lei-tores de João porque estes tinhamo Espírito de Deus (v.20) e sabiama verdade (v. 21). Jesus, quandofalou a respeito do Espírito queenviaria, disse que Ele nos guiariaem toda a verdade (Jo 16.1 3), poisé chamado de "Espírito da verda-de". Ele nunca deixará que sejamenganados aqueles que o têm emseus corações (l Co 3.16; 6.19).Entretanto, espera-se dos filhosde Deus que conheçam as Escri-turas (SI 1), porque são Elas que

nos fazem sábios (2 Tm 3.1 5). Osalmista compara a Palavra a umalâmpada para os pés e a uma luzpara o caminho (SI 119.105). Ela éa nossa bússola que não nos deixaerrar o alvo (Fp 3.14). Nenhumfalso mestre terá êxito em desviarpessoas que conhecem a verdade.Pois estes cristãos, alicerçados naPalavra, farão como os crentes emBeréia, que examinavam as Escri-turas para confirmar se a pregaçãode Paulo e Silas era biblicamenteconfiável (At 17.1 1)

SINOPSE DO TÓPICO (3)

Nenhum falso mestre teráêxito em desviar pessoas queconhecem a verdade.

RESPONDA3. Quando a atividade do

Anticristo se encerrará?4. Qual a intenção dos falsos

cristos e falsos profetas?5. De acordo com a Verdade

Prática, cite duas ferramentas quepodem ser utilizadas na preven-ção contra os falsos ensinos.

CONCLUSÃO

O espírito do Anticristo já estáno mundo, usando homens engana-dores na realização de falsos mila-gres e manifestações, tentando ilu-diras igrejas. Se estas não estiveremcultivando a presença do Espírito deDeus, poderão cair em seus laços.Por isso, devemos estar alicerçadosna Paíavra de Deus, ocupando-se emmeditar nEIa de dia e de noite, pois oque qualifica um verdadeiro mestreou pregador como homem de Deussão os seus frutos e obras (Mt 7.1 5- .-.20), e não os supostos sinais que "fazem até mesmo usando o nomede Jesus (Mt 7.22,23).

LIÇÕES BÍBLICAS 55

Page 58: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO

Subsídio TeológicoA Besta ou Anticristo será uma

personagem de uma habilidade ecapacidade desconhecidas até hoje.Será o maior líder de toda a história;acima mesmo de qualquer famosogeneral ou governante mundialconhecido. Será portador de umapersonalidade irresistível. Sua sabe-doria e capacidade serão sobrena-turais, quando consideramos seusatos à luz do relato bíblico. Alémda ação diabólica direta, outrosfatores contribuirão decisivamentepara a implantação do governo doAnticristo, como poderio bélico, altatecnologia e poder económico.

Será um grande demagogo.Influenciará decisivamente as mas-sas com seus discursos inflamados(Ap 13.5). A Bíblia diz que toda aterra se maravilhará após a Besta(Ap 13.3).

O Anticristo surgirá da área doantigo Império Romano, porque emDaniel 9.26 está escrito que o seupovo (isto é, o povo donde procedeo Anticristo) destruíra a cidade deJerusalém, e esse povo foi o roma-no, como bem documenta a histó-ria. Talvez ele seja nativo da Síria,porque Antíoco Epifânio, tipo futurodo Anticristo, era da Síria. (Ver Mi-quéias 5.5 na Tradução Brasileira.)(GILBERTO, António. O Calendárioda Profecia. Rio de Janeiro: CPAD,

, pp. 48-50)

VOCABULÁRIO

Caricaturado: Reproduçãofalsa de algo, mas aceita pelasociedade.

Mitologia: O estudo da ciênciados mitos.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

GILBERTO, António. O Calendá-rio da Profecia. Rio de Janeiro:CPAD, 2001.

SAIBA MAIS

Revista Ensinador GristãoCPAD, n°39, p.39.

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

1. Um dos sinais é a operação doAnticristo.

2. O apóstolo Paulo o descreve comoiníquo (2 Ts 2.8), e o profeta Danielcomo um "príncipe que há de vir" eo "chifre pequeno" (Dn 7.8; 9.26; Ap

13.2-10,18; 19.20).3. Sua atividade se encerrará naBatalha do Armagedon quando oSenhor Jesus vier com a sua Igreja.Naquela ocasião, o Rei dos reis eSenhor dos senhores destruirá oAnticristo, seus exércitos e todos os

que o seguiram.4. Enganar a Igreja (2 Pé 2.1; l Jo4.1).5. O conhecimento bíblico e o dom

de discernimento.

Page 59: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

APLICAÇÃO PESSOAL

Paulo escreveu que o Anticristo será destru-

ído pela Palavra de Deus (2 Ts 2.7,8). No Apoca-

lipse, assim está narrado o seu fim: "E a besta foi

presa e, com ela, o falso profeta, que, diante dela,

fizera os sinais com que enganou os que recebe-

ram o sinal da besta e adoraram a sua imagem.

Estes dois foram lançados vivos no ardente lago

de fogo e enxofre" (Ap 19.20).

O Senhor Jesus mostrará a todos que o seu

poder é irresistível. Ele é o Rei dos reis e Senhor

dos senhores.

"Senhor Jesus, não nos deixes ser seduzidos

pelo engano nem pelas mentiras do adversário.

Que possamos, nestes instantes que ainda nos

restam, agir de maneira santa e irrepreensível

até que venhas buscar a tua Igreja".

Somente uma igreja cheia do Espírito Santo

poderá resistir ao espírito do Anticristo que está

em operação no mundo.

Claudionor de Andrade -í?

W / l

Page 60: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

Lição 823 de Agosto de 2009

A NOSSA ETERNA

TEXTO ÁUREO

// Porque Deus amou o mundo de tal ma-neira que deu o seu Filho unigénito, paraque todo aquele que nele crê não pereça,

mas tenha a vida eterna"<Jo 3.16).

VERDADE PRÁTICA

Somente o imensurável amor doAltíssimo poderia elevar o pecadorconvertido à condição de santo, justoe filho de Deus.

HINOS SUGERIDOS 104,156,201

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Is 12.2A salvação vem de Deus

Terça- Ef 2.4-7 ^Deus proveu a salvação da humanidade

Quarta-At 4.12 ^Só há salvação em Cristo

Quinta - Hb 5.9Jesus é o autor da salvação

Sexta-Ef 1.13,14 ^"••"«it- w»"^' Selados com o Espírito Santo

Sábado - Cl 4.6O Espírito nos assegura que somosfilhos de Deus

Page 61: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

LEITURA BÍBLICAEM CLASSEl João 3.1-5; Romanos 8.14-1:

1 João 3t - Vede quão grande caridadenos tem concedido o Pai, que fôssemos chamados filhos de DeusPor isso, o mundo não nos conhecê; porque não conhece a ele.2 - Amados, agora somo<filhos de Deus, e ainda nãomanifesto o que havemos dêser. Mas sabemos que, quandcele se manifestar, seremos SÉmelhantes a ele; porque assircomo é o veremos.3 - £ qualquer que nele tem esteesperança purifica-se a si mêsmo, como também ele é puro.4 - Qualquer que cometepecado também comete iniquidade; porque o pecadoiniquidade.5 - E bem sabeis que ele se ma-nifestou para tirar os nossos pe-cados; e nele não há pecado.Romanos 814 - Porque todos os que sãoguiados pelo Espírito de Deus,esses são filhos de Deus.15 - Porque não recebestes oespírito de escravidão, para,outra vez, estardes em temor,mas recebestes o Espírito deadoção de filhos, pelo qual cla-mamos: Aba, Pai.16 - O mesmo Espírito testi-fica com o nosso espírito quesomos filhos de Deus.l 7 - f, se nós somos filhos, so-mos, logo, herdeiros também,herdeiros de Deus e co-herdeirosde Cristo: se é certo que com elepadecemos, para que tambémcom ele sejamos glorificados.

INTERAÇAO

Caro professor, nesta lição, é necessárioque você trabalhe com seus alunos osignificado mais profundo de "salvação".Infelizmente, hoje em dia, já não se valori-za a salvação eterna como antes. Pareceque não há mais interesse e esperançano Porvir. O termo "salvação" é de pro-fundo significado e de infinito alcance.Muitos têm uma pobre ideia da inefávelsalvação consumada por Jesus, o que, àsvezes, reflete-se numa vida espiritual des-cuidada e negligente, onde falta aqueleamor ardente e total por Jesus, e buscaconstante de sua comunhão.Enfatize diante da classe que a nossabendita salvação não significa apenaslivramento da condenação do inferno.Ela abarca todos os atos e processosredentores e transformadores daparte de Deus para com o homem e omundo através de Jesus, o Redentor,nesta vida e na outra.

OBJETIVOSApós esta aula, o aiuno deverá estarapto a:

Explicar o processo da redençãohumana mediante a morte expiatóriade Jesus Cristo.

Compreender como a regeneraçãoé operada pelo Espírito Santo nointerior do crente.

Conscientizar-se de que a salvaçãoé obtida pela graça.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Pergunte aos seus alunos: Em que consistea salvação para vocês? Espere um pouco

e, a seguir, reproduza o quadro da páginaao lado e peça a três alunos para explicá-ioà luz do comentário da lição. É importan-te que os alunos tentem argumentar por •*-eles mesmos, sem a sua ajuda. Faça seus

comentários somente quando perceber queesgotaram as possibilidades de resposta.

Page 62: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

INTRODUÇÃO

A salvação é o resultadodo grandioso propósito da San-tíssima Trindade de resgatar ahumanidade perdida. Deus, o Pai,arquitetou a salvação;o Filho a consumouquando veio ao mundo,morreu, ressuscitou,retornou aos céus; e oEspírito Santo a aplicano pecador contritoque, pela fé, aceita aobra redentora de Jesusefetuada no Calvário. Asalvação não é primeiramente aprática de uma religião, mas umrelacionamento real e vital com oSenhor Jesus Cristo GO l 5.1-8).

DEUS, O PROVEDORADA SALVAÇÃO ^

O apóstolo João, com muitacerteza e entusiasmo, destacou ogrande amor de Deus por nós aonos tornar seus filhos, e, assim, par-ticipantes de uma tão grande salva-ção (3J ; Hb 2.3). Deus não somenteconcedeu-nos o perdão dos nossospecados, mas manifestou seu amorgraciosamente; enchendo-nos aalma de paz, convicção e consolo.Por sua imensa compaixão, substi-tuiu nossa miséria, vazio e incerte-zas por júbilo, amor e esperança (Ef

(K?A salvação na eternidadepassada. No Éden, quando o pri-meiro casal pecou, imediatamenteescondeu-se de Deus, pois o peca-do afasta o homem de seu Criador(GlLâJLb)- Todavia, Deus, por seuamor indizível, busca o pecadora fim de restaurá-lo e livrá-lo da

servidão do pecado (Gn

PALAVRA-CHAVE

SalvaçãoLivramento do queaceita a Cristo do

poder e da maldiçãodo pecado.

Lá no Éden, o Se-nhor proferiu uma sen-tença acerca da serpentedizendo que sua cabeçaseria esmagada. Esta foia primeira promessa deredenção da humanida-de (Gn 3.15). A Bíblia

nos garante que na eternidadeDeus em Cristo nos abençooucom todas as bênçãos espirituaise elegeu-nos, predestinando-nospara filhos de adoção (Ef .1 .3-5).Assim, pela providência de Deus,hoje somos seus filhos, salvos eherdeiros da coroa da vida (Ap..7-10; ZlniJ S). Esse poder defiliação é tão expressivo que nostira da dimensão terrena para acelestial (Io 1.12.JJ: CJJ.K3).

Çz^A salvação hoje. O após-tolo João, em sua primeira epístola,usa a expressão "filhos de Deus"para identificar os crentes comocriancinhas, nascidas de novoJ1_

_Jp_2.1,12,28). A referida expressãoestá relacionada à comunhão e àconvivência da criança com seuspais. Através da regeneração, Deus

A SALVAÇÃO PODE SER VISTA EM TRÊS TEMPOS:

Passado Presente Futuro

a) No passado asalvação significou

o livramento dacondenação do pecado;

b) No presente, asalvação significa olivramento do poder

do pecado;

c) No futuro, asalvação significará o

livramento dapresença do pecado.

60

Page 63: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

colocou em nós uma nova natureza(|o_3.5J>), sem a qual não teríamosnos tornado novas criaturas (2 Co5.1 7). Essa nova natureza, oriundade Deus, habilita-nos a um novoestilo de vida, que nos conduz àboa, agradável e perfeita vontadede Deus. Esta divina natureza écompíetamente estranha aos quenão conhecem a Cristo. É por issoque o mundo nos aborrece (1 Co2J_5,]_6; 1 Pé 4.3.4).

O fato é que estamos de pas-sagem neste mundo. Aqui, somosestrangeiros e forasteiros JJdb.11.13; 2 Pé 2.1J). Quando Cristovoltar, estaremos para semprecom Ele (JZ3-U;

SINOPSE DO TÓPICO (l)

Deus não somente concedeu-nos o perdão dos nossos pecados,mas manifestou seu amor gracio-samente; enchendo-nos a alma depaz, convicção e consolo. ^

RESPONDA

/ . Depois de pecar, qual foi aprimeira reação de Adão e Eva emrelação a Deus?2. Qual foi a sentença proferidapelo Senhor contra Satanás noÉden?.

(íh JESUS, O AUTOR DASALVAÇÃO (H&5.9)

Ao falarmos da missão salví-fica de Jesus, devemos realçar seunascimento, porque, sem o seusacrifício, como propiciação pelosnossos pecados, jamais teríamoso poder de sermos feitos filhos deDeus Q Jo 2.2; J Pé 2.2_4).

Em decorrência do pecado, ahumanidade ficou sob o domínio

t ir*. .-%-*de Satanás. Só Cristo poderiamudar essa situação, e de fato ofez: resgatou-nos das garras doDiabo, pagando um alto preçopor nossa redenção (1 Pé 3.1J3)."Sabendo que não foi com coi-sas corruptíveis, como prata ououro, que fostes resgatados davossa vã maneira de viver que,por tradição, recebestes dosvossos pais, mas com o preciososangue de Cristo, como de umcordeiro imaculado e inconta-minado" (1 Pé U 8. J£). Cristonos resgatou com seu preciososangue: "Sem derramamento desangue não há remissão de pé-cados (Hb 9.22: Mc 10.45; J. Co

jx2Q: 1 Tm 2.6).Q) Resgatados da prisão

do pecado. Uma vez resgatadoporjesus, o crente precisa crescere desenvolver-se na vida cristã. ABíblia afirma que "se alguém estáem Cristo, nova criatura é" (2 Co5.1 7). Portanto, não existe meiotermo. Ou a pessoa está em Cristoou está sem Cristo. Está salva ouperdida. Permanecer saivo, dolado humano, depende da nossadisposição de seguir a Cristo até ofim (HbJU4;J. Co 1 .8; Mt 1 0.27).A salvação não é somente um ato,mas também um processo querequer exercício e vigilância (1Co 10. 12). É a nossa união ctfrn^Cristo que nos mantém salvos Qol 5.4,1 0). E essa união não consis-te numa simples relação afetivacom Jesus, mas numa inserçãointegral no Ser divino GO l 5.5).

2. O Espírito Santo é omantenedor da salvação. É oEspírito Santo que aplica a salva-ção à nossa vida. Ele é o guardião

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LlÇÕLS BíBLICA.S 61

Page 64: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

REFLEXÃO

"A salvação não é somenteum ato, mas também

um processo que requerexercício e vigilância"

(] Co 10.12).

que ajuda o crente a alcançar aestatura completa de Cristo (Ef4.13; 2 Co 3.18; 2 Tm 4.18).

a) O Espírito Santo convence.Ele convence plenamente o ho-mem das realidades espirituais doEvangelho, especialmente no quediz respeito ao pecado, à justiça eao juízo divino Qo 16.8-11). Ele re-gistra nitidamente essas verdadesna mente do homem fazendo-oentendê-las e reconhecer que elassão vitais para a sua vida aqui e noalém. É o Espírito de Deus que fazo crente entender a Palavra lida eouvida, para que ele cresça e sefortaleça (2 Tm 3.16,17).

b) O Espírito Santo habita nocrente. Ele habita permanente-mente na pessoa que, arrependidados seus pecados, pela fé aceitoua Cristo e nasceu de novo Oo14.16,17; 1 Pé 1.23). É a presen-ça do Espírito Santo aluando emnós que nos dá a certeza de quepertencemos a Deus (l Jo 4.13;3.24; l Co 3.16).

c) O Espírito Consolador. É oEspírito Santo que confirma noíntimo do crente que, em Cristo,somos filhos de Deus, dando se-gurança espiritual aos nascidos denovo (Rm 8.15,16).

d) O Espírito Santo promovecrescimento e fortalecimento

espiritual. Ele produz em nós oseu fruto (Cl 5.22,23). A Bíblia,na Epístola aos Romanos, tratadas bênçãos do Espírito na vidado crente fiel (Rm 8.4-13). É im-possível ao crente vivera vida queagrada a Deus sem o auxílio doEspírito Santo. A recíproca é ver-dadeira: se somos filhos de Deuspela conversão, e o seu Espíritohabita em nós, devemos viver emsantidade e justiça (Lc 1.75). Asantificação é um processo inicia-do e levado a efeito pelo EspíritoSanto durante toda a nossa vida.(2 Co 7.1; 6.1-3).

SINOPSE DO TÓPICO (2)

Sem o sacrifício de Jesus,como propiciação pelos nossospecados, jamais teríamos o poderde sermos feitos filhos de Deus.

RESPONDA

3. Em decorrência do pecado, ahumanidade ficou sob o domíniode quem?4. Qual a única maneira de ohomem ser resgatado da prisãodo pecado?5. Quem é o mantenedor da sal-vação?

CONCLUSÃO

Vemos nesta lição a Trinda-de empenhada na salvação dohomem, unida em prol do rela-cionamento íntimo do homemcom Deus. A responsabilidade dohomem é aceitar, sem restrições, oamor de Deus e o sacrifício vicáriode Cristo, permitindo, incondicio-nalmente, que o Espírito trabalheem sua vida.

Page 65: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

VOCABULÁRIO

Indizível: Que não se podedizer; raro, incomum.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

HORTON, Stanley M. TeologiaSistemática: Uma PerspectivaPentecostal. R|: CPAD, 1996.MENZIES, William W. & HORTON,Stanley M. Doutrinas Bíblicas:Os fundamentos da nossa Fé.RJ: CPAD, 2005.

SAIBA MAISRevista Ensinador Cristão,

CPAD, n° 39, p.40.

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

1. Eles (Adão e Eva), imediatamente,esconderam-se de Deus.

2, O Senhor disse que esmagaria acabeça da serpente (Gn 3.1 5).

3. Satanás.4. Mediante o precioso sangue de

Jesus Cristo.5, O Espírito Santo.

AUXILIO BIBLIOGRÁFICO

Subsídio Doutrinário

"A salvação não consiste numasérie complicada de ritos, ou numa sériede passos místicos. Ela ocorre instanta-neamente na vida do que, de maneirasincera, busca a Deus. Entretanto, mes-mo que não haja ordem cronológica noseventos que cercam a salvação, há umasequência lógica, conforme nos mostraclaramente a Bíblia.

Vários termos cruciais estãovitalmente relacionados à admirávelexperiência da salvação. Comecemos,pois, com o ministério da convicção.[...] Esse gracioso ato de Deus, embo-ra atribuído ao Pai, é realizado atravésdo Espírito Santo. Como o executorda divindade, Ele aplica os métodosda redenção aos que se entregam aCristo. [...] O principal instrumentousado pelo Espírito Santo nessa obraé a Palavra de Deus. [...] Embora o Es-pírito Santo não restrinja a liberdadedo indivíduo, chama os pecadores avirem a Cristo Jesus. Esse trabalho doEspírito é chamado de 'a doutrina davocação' ou 'do chamamento'.(MENZIES, W. W. & HORTON, S. M.Doutrinas Bíblicas. RJ: CPAD,2005, pp.85,86.)

APLICAÇÃO PESSOALA única esperança de redenção da humanidade encontra-

se no sangue de Jesus Cristo, o Filho de Deus, derramado no

Calvário. A salvação é recebida através do arrependimento dos

pecados, diante de Deus, e da fé em Jesus Cristo. Pela lavagem

da regeneração e da renovação do Espírito Santo, o homem é Jus-

tificado pela graça, mediante a fé tornando-se herdeiro de Deus,

de conformidade com a esperança da vida eterna.

A evidência interior da salvação é o testemunho direto do

Espírito. A evidência externa, a todos os homens, é uma vida de

retidão e de verdadeira santidade. iLIÇÕES BÍBLICAS 63

Page 66: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

Lição 930 de Agosto de 2009

O CRENTE E ASAOS DA r~^

AO

"De sorte que, meus amados, assim comosempre obedecestes, não só na minha

presença, mas muito mais agora na minhaausência, assim também operai a vossa

salvação com temor e tremor"(fp 2.12).

JRA DIÁRIA

Segunda - Cl 4.2A perseverança na oração é um ato deautodisciplina

Terça - Pv 19.23O temor conduz à vida

Quarta -2 Tm 2.1A graça de Cristo fortalece o crente

Quinta - Lc 2.37A idade não determina a nossadiligência espiritual

Sexta- Jo 12.26Quando servimos ao Senhor, somospor Ele honrados

Sábado-2 Co 13.11A busca do aperfeiçoamento garante a

Page 67: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

LEITURA BÍBLICAEM CLASSE

l João 3.6-10

6 - Qualquer que permanecenele não peca; qualquer quepeca não o viu nem o conhe-ceu.

7 - Filhinhos, ninguém vos en-gane. Quem pratica justiça éjusto, assim como ele é justo.

S - Quem comete o pecado édo Diabo; porque o diabo pecadesde o princípio. Para isto oFilho de Deus se manifestou:para desfazer as obras dodiabo.

9 - Qualquer que é nascido deDeus não comete pecado; por-que a sua semente permanecenele; e não pode pecar, porqueé nascido de Deus.

10 - Nisto são manifestos osfilhos de Deus e os filhos dodiabo. Qualquer que não pra-tica a justiça e não ama a seuirmão não é de Deus.

REFLEXÃO

"É impossível ao homemviver sob a orientação

das Sagradas Escrituras,sem que se debruce sobre

ela com o propósito deaprender o seu conteúdo"

(jo 5.39).

INTERAÇÃO

Caro professor, ao mencionar as bên-çãos da salvação, não se esqueça dedestacar o fato de que, hoje em dia,muitos valorizam mais as bênçãostrazidas pelo Salvador que o próprioSalvador. Em outras palavras, valo-rizam mais a dádiva que o Doador.Tais pessoas se esquecem de que asalvação é o dom mais precioso querecebemos de nosso amado Mestre.

_____ OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estarapto a:

Conscientizar-se sobre sua posiçãodiante do pecado.

Explicar como a salvação habilita ocrente para o serviço cristão.

Destacar que o crente deve valori-zar mais a salvação que as bênçãos

! que acompanham a salvação.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, em Efésios capítulo 6, o após-tolo Pauío discorre sobre a armadura docristão. Ali, ele apresenta cinco peças doequipamento bélico do "soldado" cristão:

a) Lombos-verdade; b) Couraça da justiça;c) Pés-preparação do evangelho;

d) Escudo da fé; e) Capacete da salvação;f) Espada do Espírito.

No versículo l 7, Paulo apresenta juntos, ocapacete da salvação e a espada do Espíri-

to: uma arma de defesa e outra de ataque edefesa. O capacete protegia a cabeça. Istosignifica que o "conhecimento da salvação"

deve ocupar a nossa mente.Enfatize para seus alunos que para empre-

endermos com êxito a batalha contra omal, precisamos da Espada do Espírito namão e o conhecimento e a certeza de sal-

vação em nossa mente. O Diabo, ao tentarJesus no deserto, concentrou-se em lançardúvida em sua mente: "Se tu és o Filho de

Deus". Não será diferente conosco!Pergunte a seus alunos se eles estão con-

victos acerca da própria salvação.

Page 68: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

INTRODUÇÃOAo tomar conhecimento do

amor de Deus e aceitar Jesus eseu plano divino de salvação, ohomem recebe de Deus a vidaeterna — a maior dádivaque existe. Entretanto,para manter esta comu-nhão, é necessário serdiligente e produtivocom aquilo que recebeudo Senhor. Por isso, estalição tem como objetivoprincipal despertar-nospara um apego maior aos fun-damentos da fé e aos princípiosbásicos da Bíblia. Somente atravésdas Sagradas Escrituras, é possívelter uma vida de compromissoabsoluto com Deus, de forma queela não seja somente conceituai eteórica, mas prática, assim como omodo de viver de Cristo e de seusdiscípulos.

PALAVRA-CHAVE

BênçãoTodo e qualquer bemdispensado por Deus

aos que o temem.

I. A POSIÇÃO DO CRENTEDIANTE DO PECADO

O homem que vive a pecar,sem ter tristeza ou arrependimentode suas más ações, comporta-secomo se a lei divina não existisse.Sua atitude demonstra rebeliãocontínua e deliberada contra oSenhor (2 Pé 2.10,12). O salvo édiferente, pois sua vida reflete odesejo de servir a Deus (Mt 5.1 6).

1. Cristo veio para des-truir as obras de Satanás. Aprincipal missão do Diabo é opor-se a Deus e aos seus planos, insti-gando a rebelião contra o Senhore à sua lei. O Inimigo de nossasalmas opera no mundo, porém,em breve estaremos livres de sua

tirania, e toda a sua obra destru-tiva cessará (Ap 20.10).

2. A morte de Jesus tornoupossível viver em santidade.Ainda que requeira uma grande re-núncia, Jesus espera que seus segui-dores rompam definitivamente coma prática do pecado (Mt 5.29,30;

18.8,9). A Bíblia declaraque quem permaneceem Cristo não peca (lJo 3.6). Isto é, não vivena prática do pecado,pois tem um "sistemade alerta" que o prevenicontra a transgressão: asadvertências do Espírito

Santo que nele habita (Tg 4.5). ABíblia é enfática ao dizer que umapessoa que vive a pecar não conhe-ce a Jesus (3Jo v. 11).

3. Viver na prática do pe-cado é incompatível com oministério do Espírito Santo.Uma das tarefas do Espírito Santo éa implantação da nova natureza nocrente GO 3.5-8). Quando o homemrecebe esta nova natureza ao aceitara Cristo como seu Salvador e Senhor,passa a fazer parte da família deDeus (Ef 2.19). Essa nova naturezaproveniente de Deus reflete o carã-ter de Cristo, produzido no crentepelo Espírito Santo (Cl 5.22-24).

SINOPSE DO TÓPICO (1)

O salvo não vive na práticado pecado. Sua vida deve refletirseu desejo de servir a Deus comfidelidade e santidade.

RESPONDA

/. De acordo com a lição, qual aprincipal missão do Diabo?2. Cite uma das tarefas do EspíritoSanto na vida do crente.

Page 69: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

M. O CRENTE E SUACOMUNHÃO COM DEUS

É impossível ao homem viversob a orientação das Sagradas Es-crituras, sem que se debruce sobreela com o propósito de aprender oseu conteúdo GO 5.39). Quanto maiso homem dedica-se a Deus, menostempo e oportunidade tem parapecar. Sua vida vai, paulatinamente,sendo moldada e transformada peloEspírito Santo, e ele torna-se cadavez mais contrário ao pecado (SI119,11; Ef 4.22-24). Algumas atitu-des auxiliam-nos a estreitar a nossacomunhão com Deus. São elas:

1. Meditação na Palavra deDeus. A meditação unida à oração éa maneira mais produtiva de o cren-te desenvolver o seu conhecimentoda Palavra de Deus e seus valores.Pela meditação, estudo e oração, ocrente "come" a Palavra de Deus, istoé, apropria-se dela Gr l 5.16). Medi-tamos quando submetemos a nossamente ao que Deus é, no que Ele emCristo fez e faz por nós e no que Elequer de nós (Cl 3.1,2). Esta é umasanta e bendita atividade na qual ocrente deve se ocupar todos os diasOs l .8; SI l .2; 119.97). Paulo instacom os irmãos filipenses para quedisciplinem e ocupem suas mentescom o que for verdadeiro, honesto,justo, puro, amável, de boa fama,virtuoso e louvável (4.8). Ao jovempastor Timóteo, ele recomenda me-ditar e ocupar-se para ser operoso(1 Tm 4.15).

2. Oração. A oração é a ma-neira direta de o crente falar comDeus. Orar não é um monólogo,mas um diálogo do cristão e Deus,como filho e pai. A oração é umaprática indispensável à vida de todocrente em Jesus. Ela é o instrumentoprovido pelo Eterno, através do qual

podemos nos dirigir a Ele como õ*Concessor da grande salvação e aJesus Cristo que a executou quandomorreu em nosso lugar Qo 15.16;16.23). A oração é um meio decomunhão entre Deus e o crente,e deve ser um exercício espiritualvoluntário, almejado, indispensávele constante em nossa vida.

3. Jejum. A prática do jejum,juntamente com a oração, é reco-mendada biblicamente (Mt 17.21).Inúmeros crentes negligenciam aobservação do jejum como ensinaa Bíblia, e por fim o abandonam devez. Além do seu valor espiritual, ojejum ensina o crente a disciplinarseus apetites carnais, fortalecendosua vida espiritual. Jesus jejuou eensinou seus discípulos ajejuar. Eledisse: "[...] quando jejuardes" (Mt6.16), o que deixa claro que esta -era uma prática de cunho espiritual lna vida de seus discípulos (Mt 9. l 5;l 7.21 ;Lc 2.37; At 13.2,3; 14.23).

4. Imitar o exemplo dequem manteve comunhão como céu. Jesus é o maior exemplo deuma vida de oração. Ele orava cos-tumeiramente(Lc22.39; Lc 5.16;Jo12.20-28; l 7.6-19) e nos ensina quedevemos orar para que não caiamosem tentação (Mt 26.41). O Filho deDeus ensinou seus discípulos a orar,deixando claro que a oração é parteintegrante e fundamental da vidacristã. Várias vezes Ele expressou:"quando orares"; "mas tu quandoorares"; "e orando"; "portanto vósorareis" (Mt 6.5,6,7,9).

Paulo, um exemplo de fé,começou a sua vida cristã comoração (At 9.9,11). Ele admoestavaos irmãos a uma vida de constanteoração. Em suas cartas Ele recomen-da ao crente orar sem cessar (l Ts5.1 7), isto é, "em todo tempo, comtoda oração e súplica" como um dos

LIÇÕES BÍBLICAS 67

Page 70: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

rprocedimentos na guerra contrao mal, bem como condição paramanter-se firme na fé (Ef 6. 10-19).

Nenhum ser humano tem, emsi mesmo, mérito algum diantede Deus, mas através do nome deCristo, podemos esperar respostaspara as nossas orações Qo 14.13,14;l Tm 2.5). Em nossa jornada terrenaé preciso buscar do Senhor forçasespirituais para vencer as astutasciladas do Maligno (Mt 6.1 3).

SINOPSE DO TÓPICO (2)

Algumas atitudes como medi-tar na Palavra de Deus, orar, jejuar,e seguir o exemplo de quem temintimidade com o Senhor, auxiliam-nos a estreitar a nossa comunhãocom Deus.

RESPONDA

3. Qual é o instrumento provido porDeus, através do qual podemos nosdirigir a Ele?

III. A SALVAÇÃO NOSHABILITA PARA

O SERVIÇO CRISTÃO

O homem é apenas um servo.A Bíblia nos ensina essa verdadede maneira muito clara (Fp 2.7,8).Quando alguém aceita ao SenhorJesus Cristo como seu Salvador eSenhor, deixa de ser "servo do peca-do" GO 8.34), e passa a ser servo deDeus (l Co 7.22; Cl 1.10), devendo,a partir de então, ser aplicado àObra do Senhor e servo da Igreja(l Co 9.19).

l. Nosso primeiro e maiorexemplo. A vida de serviço do cris-tão deve ser espelhada em Jesus. OMestre ensinou que não veio paraser servido, mas para servir (Mt20.28), assim Jesus fez a vontade

do Pai e realizou a sua obra GO4.34; 9.5). Ele disse: "Se alguém meserve, siga-me" Qo 12.26a); logo,Cristo nos tem como servos, istoé, pessoas comprometidas com asua Obra.

2. Os crentes da igrejaprimitiva muito cedo se dedi-caram ao trabalho do Reino deDeus (At 1.8; 8.4). Dorcas é umgrande exemplo, servindo às viú-vas e outros necessitados da igreja(At 9.36-39). Paulo apresenta umagaleria de homens e mulheres quese deram ao^servico do Senhor naigreja em Roma (Rm 16). Onesíferosaiu a procurar em Roma o cárcereonde Paulo se encontrava e só assimTimóteo recebeu a sua segundacarta (2 Tm 1.16,17). Ao confiartarefas especiais ao jovem pastorTimóteo, Paulo lhe mandou ocupar-se em tarefas ministeriais práticas efuncionais (l Tm 4.1 5).

SINOPSE DO TÓPICO (3)

Quando alguém aceita ao Se-nhorjesus Cristo como seu Salvadore Senhor, deixa de ser "servo do pe-cado", e passa a ser servo de Deus.

RESPONDA

4. Em que o crente deve espelharsua vida de serviço?5. Cite três exemplos de servos daIgreja Primitiva que se dedicaram aotrabalho do Reino de Deus.

CONCLUSÃO

Quando o crente tem a cons-ciência e a disposição de buscar oseu crescimento e aperfeiçoamentoespirituais, Deus, por sua graça ofará alcançar essas bênçãos e nes-te ato o precioso nome de Jesus églorificado.

Page 71: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

VOCABULÁRIO

Tirania: Na Grécia antiga,qualquer governo constituído àmargem da legalidade. Domínioou poder de tirano.

Operoso: Que opera; que pro-duz ou causa efeito.

Concessor: Aquele que con-cede; dá.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

MENZIES, Williarn W. & HORTON,Stanley M. Doutrinas Bíblicas.KJ: CPAD, 2005.

SAIBA MAISRevista Ensinador Cristão

CPAD, n° 39, p.40.

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

1. A principal missão do Diabo éopor-se a Deus e aos seus planos.

2. Implantar no crente uma novanatureza (J o 3.5-8).

3- A oração.4. O crente deve espelhar sua vida

de serviço em Jesus.5. Dorcas, Onesífero e Timóteo.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO

Subsídio Doutrinário

"As bênçãos que acompa11 h a m a salvação.

Muitas coisas acontecem navida do homem que recebe ajesuscomo seu Salvador. Vejamos:

Ele é salvo dos seus pecados(cf. Mt 1.21; Lc 7.50), que lhe sãoperdoados (cf. Lc 7.48; Tg 5.20).

A salvação também livra da cul-pa (cf. Ef l .7; Cl l. 14) e do poder dopecado (cf. Rm 7.17,20,23,25).

Ele é salvo do juízo (cf. l Tm5.24; Rm 8.1), da ira de Deus (cf.Rm 5.9) e da morte eterna (cf. Tg5.20; Ap 20.6).

Ele entra em comunhão comDeus {cf. Ef 2.1 3,18; Lc l .74,75), rece-be entrada na sua graça (cf. Rm 5.2) etorna-se cidadão do céu (cf. At 2.40),isto é, recebeu uma nova posição emrelação ao mundo (cf. Fp 2.1 5).

Ele é salvo do poder de Sata-nás (cf. At 26.18; Cl 1.13,14,15;Hb 2.14).(BERCSTÉN, Eurico. Introduçãoà Teologia Sistemática. Rio deJaneiro: CPAD, 1999, p.192).

APLICAÇÃO PESSOALAlgumas pessoas rejeitam a ideia da vida eterna, porque

a atual é miserável. Mas a vida eterna não é uma extensão da

vida terrena, miserável e mortal; a vida eterna é a vida de Deus,

personificada em Cristo, que foi dada a todos os crentes como

uma garantia de que viverão para sempre. Na vida eterna, não

há morte, doença, inimigos, mal ou pecado. Quando não conhe-

cemos a Cristo, fazemos escolhas como se esta vida fosse tudo o

que temos, mas, na verdade, esta vida é somente uma ponte para

a eternidade.. Receba esta nova vida pela fé, e comece a avaliar

todos os acontecimentos a partir de uma perspectiva eterna!

69

Page 72: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

Lição 1 O06 de Setembro de 2009

Os FALSOS PROFETASTEXTO ÁUREO

"Acautelai-vos, porém, dos falsos pro-fetas, que vêm até vós vestidos comoovelhas, mas interiormente são lobos

devoradores" (Mt 7.1 5).

VERDADE PRÁTICA

Conhecer a Palavra de Deus e praticá-latodos os dias nos tornará aptos a iden-tificar as falsas doutrinas, bem comoidentificar os falsos profetas.

96 e 545

LEITURA DIÁRIA

Segunda- l Tm 1.3-7Advertência contra as falsas doutrinas

Terça- l Tm 6.3-10Os falsos mestres e a busca de riquezailícita

Quarta - 2 Tm 2.14-18Os falsos profetas estão desviados daverdade

Quinta-Cl 1.6-9O ensino estranho à Palavra é maldito

Sexta- Mq 3.5 11O castigo dos falsos profetas

Sábado-2 Pé 2.1-3, 12-19Ainda há falsos profetas entre nós

Page 73: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

LEITURA BÍBLICAEM CLASSE

1 João 4. l-6

1 - Amados, não creiais emtodo espírito, mas provai se osespíritos são de Deus, porquejá muitos falsos profetas setêm levantado no mundo.

2 - Nisto conhecereis o Espíri-to de Deus: todo o espírito queconfessa que Jesus Cristo veioem carne é de Deus.

3 - e todo o espírito que nãoconfessa que Jesus Cristo veioem carne não é de Deus; maseste é o espírito do anticrísto,do qual já ouvistes que háde vir, e e/5 que está já nomundo.

4 - Filhinhos, sois de Deus, ejá os tendes vencido, porquemaior é o que está em vós doque o que está no mundo.

5 - Do mundo são; por isso,falam do mundo, e o mundoos ouve.

6 - Nós somos de Deus; aqueleque conhece a Deus ouve-nos;aquele que não é de Deus nãonos ouve. Nisto conhecemosnós o espírito da verdade e oespírito do erro.

INTERAÇÃO

Caro professor, vivemos dias em queo falso mostra-se tão bem vestido deverdadeiro, que, se possível fosse, en-ganaria até mesmo os escolhidos. Sãofalsos milagres, falsos milagreiros,falsos ensinos, falsos mestres, falsasprofecias e falsos profetas. Por isso,sua responsabilidade é grande. Vocêpossui a função de fundamentar a féde seus alunos nos alicerces sólidosda Palavra de Deus, a fím de que, sobestrutura firme, suas casas espirituaisnão sejam abaladas pelos "ventos dedoutrina".

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estarapto a:

Definir os termos profeta e profecia.

Explicar como se julgam as profe-cias e os profetas.

Apontar os falsos ensinos ressalta-dos na lição.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Utilize o quadro informativo a respeito dasquatro peneiras pelas quais a profecia deve

ser avaliada para introduzir o tópico 2.

1* Peneira — O modo como a profecia éexpressa— l Co 14.29-33,39,40

2a Peneira — O propósito da profecia —l Co 14.3

3* Peneira — O conteúdo da profecia —2Tm 3.16,17

4a Peneira — O cumprimento da profe-cia - Dt 18.20-22;Jr28

LIÇÕES BÍBLICAS 71

Page 74: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

INTRODUÇÃO

Sempre houve no meio dopovo de Deus impostores, quefalavam falsamente ernnome do Senhor, istoé, aquilo que o Eternonão falara, conduzindoo povo incauto ao erro.Este assunto é tão atualcomo o foi nos temposde Jeremias Qr l 4.1 4;23.25; 28.15), de Jesus (Mt 7.15)e dos apóstolos (At l 3.6; 20.30;2 Pé 2.1; l Jo 4.1). Que o Senhor,por sua misericórdia, levante ho-mens e mulheres aptos a defender

. a Igreja contra os falsos profetasdesses últimos dias (Mt 24.11,24;2 Pé 2.1).

I. CONCEITOS

1. Profeta. Na Bíblia, o ter-mo profeta designa aquele que échamado por Deus para transmitira mensagem divina ao povo Qr1.5,9; Ez 2.1-7; Dt 18.18). Emoutras palavras, os autênticosprofetas são porta-vozes de Deus;o próprio Senhor os chama "meusprofetas" (SI 105.15; Jr 7.25). Suaresponsabilidade é de grande peso(Ez 2.1-7; 3.10,1 1), uma vez queeles são, na verdade, "homens deDeus", conforme está dito onze

Í vezes em l Reis 4. Estes servos deDeus transmitem a Sua vontade eseus desígnios, além de desvendaro futuro segundo a inspiração doEspírito Santo. Todavia, a própriaPalavra de Deus nos orienta quedevemos nos acautelar dos falsosprofetas (Mt 7.15).

PALAVRA-CHAVE

ProfeciaDeclaração da men-te e do conselho de

Deus. (VINE)

2. Profecia. A profecia, tantono Antigo como no Novo Testamen-to, é primeiramente declarativa e,depois, preditiva. A profecia predi-tiva revela-nos o plano divino em

relação a Israel, a Igreja,aos gentios e a plenachegada do Reino deDeus. A maior parte dasprofecias, porém, é de-clarativa, pois é constitu-ída de exortação, admo-estação, encorajamento,promessa, advertência,

julgamento, consolo. Em o NovoTestamento, a profecia é um meiodivino de orientar, exortar e edificara igreja (l Co 14.3,4).

a) Aspectos da atividade pro-fética. A profecia pode ser vista naBíblia corno um ministério perma-nente recebido de Deus (2 Rs 17.13;Jr7.25;Lc 16.16; Hb 1.1); um domministerial na igreja (Ef 4 .11-13;3.5); e um dom espiritual na con-gregação (At 2.17,18; l Co 12.10;14.1-4). O "dom de profecia" é umacapacitação sobrenatural do EspíritoSanto concedida para transmitir amensagem divina.

b) A profecia como dom mi-nisterial em o Novo Testamento. Aprofecia como ministério proféticonão é uma pregação comum; é umamensagem vinda diretamente doEspírito Santo. A pregação habitual,no entanto, é preparada antecipada-mente (l Tm 5.17). Como precisa-mos deste dom hoje na igreja! VerProvérbios 29.1 8; Atos l 5.32.

O profeta é um arauto da san-tidade de Deus; sua missão é exporcom unção os padrões da santidadedivina para o povo. O seu espíritoferve com santo zelo para anunciar

Page 75: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

a santidade de Deus e de tudo oque é dEle! O profeta de Deus fazos santos regozijarem-se no Senhor,mas também faz o ímpio estremecere considerar o seu mau caminho. VerAtos 24.24,50.

c) O dom de profecia (l Co12.10; 14.3,31). A profecia é o prin-cipal dom espiritual porque edificaa congregação (l Co 14.4). Alémdisso, a profecia é um "sinal" para aigreja, enquanto as línguas são um"sinal" para os infiéis (l Co 14.22).

d) A natureza da profecia. De-vemos discernir a "profecia da Escri-tura", a qual é inerrante (2 Pé l .20),da profecia da Igreja; esta deve serjulgada e só então acatada (1 Co14.29). A manifestação do dom deprofecia durante o culto deve terlimite. "Falem dois ou três profetas"(l Co 14.29). Isto é, a maior partedo tempo do culto tem de ser des-tinada à exposição da Palavra deDeus, porque sendo esta soberanajamais poderá ser substituída pelodom de profecia.

SINOPSE DO TÓPICO (1)

A profecia pode ser vista naBíblia como um ministério perma-nente, um dom ministerial e umdom espiritual.

RESPONDA

/ . Defina o termo profeta.2. Qual a diferença entre profeciapreditiva e declarativa?3. Qual o propósito da profecia noNovo Testamento?.

II. A FALSA PROFECIA

Atualmente, observamos di-versas pessoas correndo de igrejaem igreja em busca de "profecias"e de "revelações". Tais "crentes",

na verdade, querem respostaspara seus problemas pessoais(2 Tm 4.3). Como já vimos em lCoríntios l 4.3, o propósito divinoda profecia é consolar, exortar eedificar. Qualquer profecia quefuja a este propósito não procedede Deus e jamais se cumprirá (Dt18.22).

1. Julgando as profeciaspela Palavra. A profecia na igrejanecessita serjulgada (l Co 14.29),mas quais os parâmetros para oseu julgamento? A resposta é aprópria Palavra de Deus, que énosso modelo áureo e referênciaplena de fé; o guia da nossa vida,do nosso culto ao Senhor, e donosso desempenho no seu tra-balho (2 Tm 3.16,17). Qualquerprofecia na igreja que entre emconflito com os ensinamentos edoutrinas bíblicas não pode virde Deus.

Os falsos mestres e profetas,como nos tempos do Antigo Testa-mento, enganam o povo, porquesão emissários do Diabo Oo 8.44).Todavia, a Bíblia declara; "Nenhu-ma mentira vem da verdade" (l Jo2.21). O crente fiel, que sempreora e lê a Palavra de Deus, com-para aquilo que ouve com o queestá escrito na Escritura, a fimde comprovar a veracidade dasprofecias enunciadas na igreja.

REFLEXÃO

"O dom de profecia,hoje, não tem a mesma

autoridade canónicadas Escrituras, que são

infalíveis."

Page 76: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

2. Julgando o falso pro-feta pelos frutos. Jesus Cristonos adverte a respeito de falsosprofetas que se infiltram no meiodo povo de Deus. Apesar da apa-rência de piedade, não passamde agentes de Satanás; sua mis-são: corromper a fé dos salvos edestruir a unidade da Igreja (Mt7.15-23). Muitos deles operamsinais e prodígios (Mt 24.24), mastudo isto fazem sob a eficácia deSatanás (2 Ts 2.9,1 0). Como iden-tificá-los? Como saber se estão emnosso meio? A resposta é: conhe-cendo a Palavra de Deus e tendo odiscernimento pelo Espírito Santo.Além disso, os seus frutos sãouma irrefutável evidência de suamentira e falsidade (Gl 5.22,23).A árvore má não pode dar frutosbons (Mt 7.16-20).

SINOPSE DO TÓPICO (2)

As profecias devem ser julga-das de acordo com as orientaçõesexpostas na Bíblia, e os profetas,pelos seus frutos.

III. ENSINOS FALSOS

Uma característica dos falsosmestres é ensinar o que as pes-soas querem ouvir independen-temente se estão erradas ou não(Jr5.31; l Rs 22.1 2-14). Deus agede forma diferente para conosco.Ele fala, não o que gostamos deouvir, mas o que precisamos ou-vir, e corrige-nos sempre quandoestamos errados porque nos ama(Hb 12.4-13).

l. A busca do ser humanopela prosperidade. Desde oprincípio, o ser humano luta paraadquirir e acumular riquezas, ge-

ralmente, de modo ilícito. Atual-mente, esta busca tornou-se umaalucinação. A crise económicamundial, o anseio por manter-sea salvo da miséria, o incentivoda mídia por um consumismocada vez mais exacerbado e asincertezas do amanhã, formamum ambiente ideal para o sur-gimento de falsas doutrinas eprofecias. O povo não se satis-faz com o que o Senhor garanteaos seus filhos (Mt 6.25-33; Pv30.8,9), mas deseja riquezasque, muitas vezes, são vistascomo bênçãos divinas. A Bíbliaadverte-nos contra essa busca

i insensata pelos bens e contraos que a encorajam mediante

j os seus ensinos (l Tm 6.6-11,] 17-19; SI 62.10).

2. O menosprezo da glóriade Cristo. Os w. l-3 da "LeituraBíblica em Classe" são, em pri-meiro plano, uma refutação aognosticismo, um falso credo quenegava a divindade de Cristo nosprimeiros séculos da Igreja. Osensinos dos gnósticos negamo sofrimento de Jesus e o valorde seu sacrifício na cruz paraexpiação dos pecados e salvaçãodos pecadores, (l Pé 2.21-24; Rm5.5-9; 2 Co 5.21).

O sofrimento de Cristo nacruz e sua morte sequencial sãodois elementos que comprovam asua humanidade. Este mesmoje-sus ressuscitou em corpo gloriosoe entrou onde estavam os discí-pulos reunidos a portas fechadas.Os discípulos que tocaram nEleapós sua ressurreição viram-noser assunto aos céus, e os anjosque ali estavam, afirmaram que oSenhor que ascendera aos céus,de lá voltará {At 1.10,1 1).

74 LIÇÕES BÍBLICAS

Page 77: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

Hoje, muitos falsos profetastentam afastar a Igreja do seu alvodescrito nas Escrituras, mediantea pregação de um evangelho fácil,sem renúncia, sem compromisso,sem santidade; um evangelho queapregoa apenas o apego pelosbens materiais. Assim como ummarketing empresarial, tal evan-gelho emprega a mídia audiovi-sual com o objetivo de manipularas emoções do homem.

Os ensinos falsos consistemgeralmente na busca do ser huma-no pela prosperidade e no menos-prezo da glória de Cristo.

RESPONDA

4. Cite uma característica dosfalsos mestres.5. Em que consistem os ensinosdos gnósticos?

CONCLUSÃODeus sempre advertiu seus

servos contra os falsos profetas.Portanto, devemos estar preve-nidos contra todo e qualquerensino ou profecia que não estejaem consonância com a Palavra deDeus, sabendo que o fim dessespromotores da maldade, que in-tentam desviar o povo de Deus, éperecer em sua própria corrupção(2 Pé 2.1-22).

REFLEXÃO

"Através de um misticismoexacerbado e antibíblico,

colocam-se os falsos profetasacima da Palavra de Deus.

Apresentam-se, via de regra,como portadores de uma

nova revelação. Só existe umamaneira de se combater os

falsos profetas: confrontá-loscom a Palavra de Deus".Claudionor de Andrade

75

Page 78: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO

Subsídio Doutrinário"João começa com a declaração

de que existem falsos profetas, bemcomo profetas verdadeiros, e com aordem aos cristãos para que façamuma distinção entre eles. Ao mesmotempo, ele indica qual é o pontoimportante em fazer essa distinção.Não é se o fenómeno sobrenaturalestá presente, pois o Diabo tambémpode realizar milagres. É uma questãode definir a fonte da inspiração doprofeta. Seria Deus? Nesse caso, oprofeta é verdadeiro. Se não é Deus,então ele não deve merecer créditonem ser seguido, independentementede quão grande seja a sua sabedoriaou de quanto impacto sua atividadeprovoque.

Quando João diz que muitos fal-sos profetas virão ao nosso mundo,não necessariamente está pensandoa respeito de sua época. De fato, elesaberia que sempre houve falsosprofetas e que o povo de Deus sem-pre teve a tarefa de distinguir entreaqueles que são de Deus e aquelesque falam da parte de si mesmos oupelo poder do Diabo." (BOICE, JamesMontgomery. As epístolas de João.RJ: CPAD, 2006,p.l27).

VOCABULÁRIOAcautelar: Ter cuidado.Incauto: Ignorante.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

EARLE, R. Comentário BíblicoBeacon. RJ: CPAD, 2006.ZUCKY, R. B. Teologia no NovoTestamento. RJ: CPAD, 2008.

SAIBA MAIS

Revista Ensinador CristãoCPAD, n°39, p.41.

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

1. O termo profeta designa aqueleque é chamado por Deus para trans-

mitir a mensagem divina ao povo.2. A profecia preditiva revela-nos'oplano divino em relação a Israel, àIgreja, aos gentios e a plena chegadado Reino de Deus. Já a declarativaé constituída de exortação, admo-estação, encorajamento, promessa,

advertência, julgamento, consolo.3. O propósito da profecia no NT é

orientar, exortar e edificar a igreja.4. Ensinar o que as pessoas queremouvir independentemente se estão

erradas ou não.5. Os ensinos gnósticos negam osofrimento de Jesus e o valor de seusacrifício na cruz para expiação dos

pecados e salvação dos pecadores.

LIÇÕES BÍBLICAS

Page 79: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

APLICAÇÃO PESSOAL

A Bíblia nos declara que a in-

timidade do Senhor é para aqueles

que o temem (SI 25.14). infelizmen-

te, observamos nos últimos dias

muitos homens e mulheres se auto-

proclamando íntimos e detentores

dos segredos de Deus. Entretanto,

quando atentamos para a vida

deles, constatamos uma total falta

de temor. Um dos termos gregos

traduzido como temor (gr. Phobos)

significa ter grande respeito pela

majestade e santidade de Deus.

Temer a Deus é ter a consciência de

quem Ele é, um Deus santo e justo,

que não se deixa escarnecer.

Em tempos de falsos profe-

tas, é recomendável aos profetas

temer a Deus antes de mais nada,

uma vez que falar em nome Dele

é algo profundamente sério. E aos

membros do Corpo de Cristo, é

imprescindível o discernimento.

Talvez nosso maior problema hoje

não seja a secularização da igreja,

mas a falsa "espiritualidade", uma

vez que aquela é facilmente iden-

tificada, no entanto, esta somente

por intermédio do dom de discernir

os espíritos.

Page 80: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

7 3 de Setembro de 2009(Dia Nacional de Missões)

O AMOR A DEUSE AO PRÓXIMO

TEXTO ÁUREO

"Nisto todos conhecerão que soismeus discípulos, se vos amardes uns

aos outros" Qo 13.35).

VERDADE PRATICA

A prática do amor cristão é uma orde-nança divina, e a principal evidênciada nossa salvação.

HINOS SUGERIDOS 226, 227 e 315

LEITURA DIÁRIA

Segunda- l Co 13.1—14.1O amor é perene; e é maior que qualquer domTerça-Jo 13.35O amor mútuo é a prova de quenascemos de novoQuarta- 1 Jo 2.10O amor dirigido aos nossos irmãosdemonstra que estamos na luzQuinta-Jo 3.16; 1 Jo 3.16O amor de Cristo é o padrão paraamarmos aos irmãosSexta-Ef 5.25-33O amor de Cristo pela Igreja é o padrãopara os cônjuges se amaremSábado- 1 Jo 4.16O amor é a prova de que estamos emDeus e Ele em nós

Page 81: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

LEITURA BÍBLICAEM CLASSE

1 João 4.7-16

7 - Amados, amemo-nos unsaos outros, porque a caridadeé de Deus; e qualquer que amaé nascido de Deus e conhecea Deus.8 - Aquele que não ama nãoconhece a Deus; porque Deusé caridade.9 - Nisto se manifestou a ca-ridade de Deus para cortosco:que Deus enviou seu Filhounigénito ao mundo, para quepor ele vivamos.I O - Nisto está a caridade: nãoem que nós tenhamos amado aDeus, mas em que ele nos amou,e enviou seu Filho para propicia-ção pelos nossos pecados.I1 - Amados, se Deus assimnos amou, também nós deve-mos amar uns aos outros.12- Ninguém jamais viu aDeus; se nos amamos uns aosoutros, Deus está em nós, eem nós é perfeita a sua ca-ridade.13- Nisto conhecemos que es-tamos nele, e ele em nós, poisque nos deu do seu Espírito.14 - e vimos, e testificamosque o Pai enviou seu Filho paraSalvador do mundo.1 5 - Qualquer que confes-sar que Jesus é o Filho deDeus, Deus está nele, e eleem Deus.16 - E nós conhecemos, ecremos no amor que Deusnos tem. Deus é caridade; equem está em caridade estáem Deus, e Deus nele.

INTERAÇÃO

Nesta epístola, João evidencia queé impossível desassociar fé de con-duta, uma vez que é natural que ocomportamento de alguém reflitasua crença. Portanto, caro profes-

enfatizar a importância da coerênciaentre nossa fé e prática de vida cris-tã, assinalada aqui pelo amor, a fimde que sejamos reconhecidos comodiscípulos de Cristo.

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estarapto a:

Conceituar o amor divino.

lt

Enfatizar o amor como a identidadedo cristão.

Apontar as evidências daqueles quesão filhos de Deus.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICAí

James Boice ressalta que, até o capítulo4, João apresenta os três testes para se

avaliar se alguém é, de fato, filho deDeus: o teste moral (retidão) em 2.3-6;

o teste social (amor) em 2.7-1 l; e oteste doutrinário (verdade) em 2.18-27.Entretanto, a partir de 4.7, João enfatizao amor ao próximo como algo inerenteà natureza daquele que é filho de Deus.Aproveite a divisão temática citada aquie exponha-a a sua turma na introdução

desta aula.

Page 82: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

INTRODUÇÃO

Embora já tenhamos abor-dado o terna do amor em liçãoanterior, hoje trataremos destaquestão sob outra perspectiva, afim de que possamosfazer uma auto-avalia-ção com o objetivo derefletir a respeito dasseguintes questões:Será que amo de fatoa Deus e ao próximo?Como tenho demons-trado este amor?

I. O AMOR DIVINO

PALAVRA-CHAVE

Amor ÁgapeAmor abnegado,

profundo econstante, como oamor de Deus pela

humanidade.

1. Deus é amor. Essa é umadas declarações mais sublimes daBíblia. O amor não é apenas um dosatributos de Deus; é a sua própriaessência e natureza. O amor divino é

( totalmente diferente do humano, umavez que é incondicional, imutável eperfeito. Ainda que o homem o amemenos ou mais, o amor de Deus nãosofrerá alteração alguma, porque é danatureza dEle amar. Em tudo o quefaz, seu amor é demonstrado. Atémesmo quando corrige, o Eterno ofaz porque ama (Hb 12.6).

A partir dessa verdade, a Bíbliadeclara que é impossível alguémconhecer a Deus e não amar (l Jo4.8). Ora, assim como um filhopossui características de seu pai,nós, como filhos de um Deus queama, naturalmente devemos amarcomo Ele amou (2 Pé l .4; Jo l 5.1 2).Do contrário, não seremos conside-rados seus filhos.

2. A manifestação do amorde Deus. Já aprendemos que Deusé amor, porém, neste tópico iremosdemonstrar que Ele apresenta provas

desse amor. Uma das mais expres-sivas provas encontra-se descritano texto áureo da Bíblia (Jo 3.16).O amor de Deus manifestou-se emCristo, Seu Filho unigénito (v.9). Aexpressão "unigénito do Pai" assinalaa singularidade de Jesus sobre todosos homens e seres celestiais. Sempre

que o autor usa o termo"unigénito" realça essecaráter singular de Cristo,levando-nos a compreen-der a grandeza do amorde Deus ao oferecerjesuspara morrer por nós Oo1.14,18; 3.16,18), a fimde que pudéssemos obtera vida eterna, quando

ainda éramos pecadores GO 3.14-16;Rm 5.8; 2 Co 5.21 ;Ef 5.1,2).

Cristo é a materialização doamor divino. Jesus é a declaração deamor de Deus ao mundo (Tt 3.4). Parao homem, é impossível imaginar agrandeza, a largura, a altura e a pro-fundidade desse amor. Em sua carta,o apóstolo faz questão de deixar claroque foi o próprio Deus quem tomou ainiciativa de nos amar e demonstrouisso enviando Jesus para perdão dosnossos pecados. Além disso, quandoJoão afirma que Cristo morreu nãosomente pelos nossos pecados, mastambém pelos de todo o mundo (lJo 2.2), enfatiza a abrangência doseu sacrifício expiatório e a grandezadeste amor (Rm 5.8).

SINOPSE DO TÓPICO (1)

O amor incondicional, imutá-vel e perfeito de Deus é manifestoem Cristo.

RESPONDA

/. Cite duas características doamor divino.

80 LIÇÕES BÍBLICAS

Page 83: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

2. Qual a maior prova do amorde Deus?

II. O AMOR COMOIDENTIDADE DO CRISTÃO

As palavras registradas porJoão Qo 3.16) são retomadas nov.l l. No entanto, aqui, o apóstoloo faz de forma bem mais aplicadae pessoal. Ele avalia a grandezado amor de Deus em dar o seuFilho para morrer em nosso lugare nos encoraja a fazer o mesmo(l Jo 3.16).

1. O dever de amar a to-dos. "Amados, se Deus assim nosamou..." (v.7a). João dirige-se àigreja com um tipo de tratamentocomum entre ele e os irmãos (2.7;3.2,21; 4. l,7,11). Contudo, a ênfaseestá no modo como Deus amou. ABíblia nos encoraja a amarmos à ma-neira dEle, que entregou seu filhoà morte por amor. Será que estaría-mos dispostos a amar assim?

De acordo com as SagradasEscrituras, não há alternativa paranós, pois está escrito que, comofilhos de Deus, temos de agircomo Ele (w.7,8). Além disso, nãoé apenas a forma de amar queJoão ensina, mas também a quemdevemos amar. Se o Pai, o DeusTodo-Poderoso, o Criador, nos amouantes de ser amado por nós, muitomais nós, seres humanos, que jáexperimentamos tão maravilhosoamor, devemos amar ao nossopróximo, conforme nos ensina aParábola do Bom Samaritano (Mc10.29-37).

2. A identidade cristã. "Equalquer que ama é nascido deDeus e conhece a Deus" (v.7b). Essaé a identidade do seguidor de CristoOo l 5.35); somos o reflexo do amordivino para o mundo. Ao mencionar

que ninguém viu a Deus, o apóstoloJoão reforça a necessidade que te-mos de amar ao próximo, para que bo mundo possa experimentar do seu |amor. A nova criatura é a luz que ilu- pmina o mundo, e suas boas obras são fmotivo de os descrentes glorificaremao Senhor (Mt 5.16).

3. Deus nos capacita aamar. "[...] Deus está em nós, eem nós é perfeito o seu amor"(v.l 2). Deus não é apenas o nossoexemplo de amor ao próximo (Jo13.15), mas também aquele quenos capacita a amar mediante oEspírito Santo que em nós habita(Rm 5.5; 8.9; 2 Co 1.22). Alémdisso, o amor de Deus é aperfei-çoado em nós, porque somos osseres nos quais Deus manifestaesse amor.

SINOPSE DO TÓPICO (2)

O amor é a identidade docristão.

RESPONDA

3. Qual deve ser a identidadecristã?

III. O AMOR E A SEGURANÇADA SALVAÇÃO

O capítulo 4 da l Epístolade João encerra-se ao apresentaralgumas evidências daqueles quesão filhos de Deus e, portanto, sãosalvos.

1. O amor ao próximo(vv.12,13). Quando somos sal-vos, transformados por Deus efeitos seus filhos, passamos a tero seu amor dentro de nós. O atode amar ao próximo é uma provada nossa nova natureza e filia-ção. Aquele que já experimentouo amor divino consequentemen-

Page 84: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

te ama o seu semelhante. É porisso que o apóstolo afirma comtanta segurança e certeza quequem não ama, não conhece aDeus!

2. A confissão de Jesuscomo Filho de Deus (v.15).Aqueles que reconhecem quejesusCristo é o Filho de Deus, podem es-tar convictos de que são a habitaçãodo Senhor. Tais pessoas só podemrealizar essa confissão a partir domomento em que experimentaramo amor divino.

3. A confiança no amor deDeus (vv.16-18). O crente, que émorada do Espírito Santo de Deus(l Co 3.1 6,1 7; 6.1 9), cumpre seusmandamentos, é santo, tem comu-nhão com Deus, permanece nEie eama o seu próximo. Enfim, confiaplenamente no amor que o Eternotem por si e na sua salvação emCristo. Por isso, está seguro emrelação à vida eterna.

SINOPSE DO TÓPICO (3)

Aqueles que são filhos deDeus amam ao próximo, confes-sam quejesus é o Filho de Deuse confiam no amor divino.

RESPONDA4. Mencione três evidências

daqueles que são filhos de Deus.5. Por que o crente fiel pode

estar seguro em relação à vidaeterna?

CONCLUSÃO

Ao finalizar a lição deste do-mingo e o capítulo 4 da epístola, éimprescindível refletirmos a respeitoda questão proposta no versículo20: "Se alguém diz: Eu amo a Deuse aborrece a seu irmão, é mentiroso.Pois quem não ama seu irmão, aoqual viu, como pode amar a Deus, aquem não viu?" Logo, se você ama aDeus, ame ao próximo (v.21).

REFLEXÃO

"Em João 3.16 o amor deDeus ao enviar o Senhor

Jesus deve ser admirado,não porque seja estendidoa algo tão grande quanto o

mundo, mas a algo tão mau;não a tantas'pessoas, mas a

pessoas tão impiedosas".D. A. Ca r só n

Page 85: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

VOCABULÁRIO

Expiatório: Ato ou efeito deexpiar ou satisfazer as exigên-cias da justiça por meio do pa-gamento de uma penalidade.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

Gilberto, A. O fruto do Espíri-to. RJ:CPAD, 2004.Lucado, M. Um amor que valea pena. RJ: CPAD, 2003.

SAIBA MAISRevista Ensinador Cristão

CPAD, n°39, p.41.

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

1. O amor de Deus é imutável eperfeito.

2. O oferecimento de seu filho unigé-nito para morrer pelos pecadores.

3. O amor ao próximo.4. Aqueles que são filhos de Deusamam ao próximo, confessam queJesus é o Filho de Deus e confiam

no amor divino.5. Porque cumpre os mandamentosde Deus, tem comunhão com Ele e

ama o seu próximo.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO

Subsídio Devocional"A natureza do Amor ÁgapeA pessoa que tem amor é sofre-

dora. Este é o amor passivo, o amorpaciente, o amor que espera, suporta,sofre, na quietude. A pessoa que temamor é benigna. Certo escritor chamaa benignidade de amor ativo. A pessoaque tem amor não é invejosa. A pessoaamorosa não tem inveja ou ciúmes dosucesso dos outros. A pessoa que temamor ágape não trata com leviandade,não se ensoberbece. Ela não é orgulho-sa. A pessoa que tem amor semelhantea Cristo não se porta com indecência.Ela não é rude. É natural a pessoa amo-rosa ser cortês, mostrar consideraçãopelos outros. A pessoa que tem amornão busca os seus interesses. Ela éaltruísta. A pessoa que manifesta amornão se irrita. Ela não fica zangada facil-mente. A pessoa que ama não suspeitamal. Ela não guarda rancor, não mantémum registro dos erros. A pessoa quetem o verdadeiro amor não folga coma injustiça, mas folga com a verdade."(GILBERTO, A. O fruto do Espírito. RJ:CPAD, 2004, p.40-42).

APLICAÇÃO PESSOAL

Conforme Bolce, mediante a epístola de João, podemos reconhe-cer que é possível haver pessoas na igreja extremamente moralistasno comportamento e ortodoxo na doutrina e, ainda assim, poucopraticantes do amor ao próximo.

É interessante que, não obstante a importância da observaçãodestes, Jesus não coloca a conduta moral nem a ortodoxia doutriná-ria como as marcas identificadoras do cristão. Taís elementos sãofundamentais, mas não a essência do cristianismo, que é o amor.

O amor é o assunto principal da Bíblia e a razão de existir do cristia-nismo. Portanto, este deveria balizar todos os cultos, eventos, reuniõese relações da igreja de Cristo. Tudo que é feito na e pela igreja deve tero amor como alicerce. Se somos discípulos de Cristo, obrigatoriamenterefletimos o amor de Deus ao cantar, pregar, ensinar, presidir, exortar,ofertar, repartir, exercitar misericórdia ou qualquer outra coisa.

LiçõtísBíni i< A: 83

Page 86: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

Lição l 220 de Setembro de 2009

, .... _ _ .

O TESTEMUNHO INTERIORDO CRENTE

TEXTO ÁUREO

JJ "Porque lodo o que é nascido de Deus1 vence o mundo', e esta é a vitória quevence o mundo: a nossa fé"(l Jo 5.4)5

VERDADE PRÁ

eremos vencer o mundo sermos passado pela experiência do•o nascimento em Cristo através do

»Santo.

S SUGERIDOS 08, 33, 6

LEITURA DIÁRIA

Segunda- l Jo 5.12 **Quem crê no Filho de Deus tem a vidaeterna

Terça- l Jo 5.13Temos a vida eterna e podemos nosaproximar de Deus com a certeza deque Ele nos ouve

à.Quarta- l Jo 3.23O amor fraternal é resultado do novonascimento

Quinta- l Jo 3.10Quem não ama o seu irmão não Q de Deus

Sexta- l Jo 2.15Quem experimenta o novo nascimentoabandona aquilo que é vil

Sábado - l Jo 5.6tríplice testemunho

Page 87: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

LEITURA BÍBLICAEM CLASSE

l João 5. 1-10

- Todo aquele que crê queJesus é o Cristo é nascido deDeus; e todo aquele que amaao que o gerou também amaao que dele é nascido,

- Nisto conhecemos que ama-mos os filhos de Deus: quandoamamos a Deus e guardamosos seus mandamentos.-> - Porque esta é a caridade deDeus: que guardemos os seusmandamentos; e os seus man-damentos não são pesados.4 - Porque todo o que é nas-cido de Deus vence o mundo;e esta é a vitória que vence omundo: a nossa fé.5 - Quem é que vence o mun-do, senão aquele que crê queJesus é o Filho de Deus?6 - Este é aquele que veio porágua e sangue, isto é, JesusCristo; não só por água, maspor água e por sangue. E o Es-pírito é o que testifica, porqueo Espírito é a verdade

- Porque três são os quetestificam no céu: o Pai, aPalavra, e o Espírito Santo; eestes três são um.8 - £ três são os que testificam naterra: o Espírito, e a água e o san-gue; e estes três concordam num.

- Se recebemos o testemu-nho dos homens, o testemu-nho de Deus é maior; porque0 testemunho de Deus é este,que de seu Filho testificou.1 O - Quem crê no Filho deDeus, em si mesmo tem o tes-temunho; quem em Deus nãocrê mentiroso o fez, porquantonão creu no testemunho queDeus de seu Filho deu.

INTERAÇÃO

,e acordo com a lição de hoje, o filho

as. Baseado nisso,s a realizarem as

seguintes reflexões: Amamos a Deus defato? Obedecemos aos mandamentosdEle? Cremos em Jesus CristoFilho de Deus?

4OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estarapto a:

Explicar o novo nascimento.

Relacionar os filhos de Deus aoamor.

Descrever p perfil dos filhos de,Deus. \

" f\1\W»> ,

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Utilize a seguinte tabela sintética a res-peito do Novo Nascimento para introdu-

zir a lição de hoje.

NOVO NASCIMENTORazão Tornar-se filho de Deus para ter

acesso ao Reino dEle. GO 3.3)Base A experiência espiritual, a origemcelestial e a obra expiatória de Cristo.

GO 3.11-15)Meios Lavagem da regeneração e reno-

vação do Espírito. (Tt 3.5)

Adaptado do livro João, o Evangelho doFilho de Deus, Myer Pearlman.

LIÇÕES RÍBLICA.S 85

Page 88: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

INTRODUÇÃO

' Nesta lição veremos que so-mente aqueles que sãonascidos de Deus, istoé, crêem quejesus éCristo, têm condiçõesde amar a seus irmãos,cumprires mandamen-tos divinos e vencer omundo. Será que, defato, temos experimen-tado uma nova vida em Cristo?

do pecado e passa a ter o desejoe a disposição espiritual de obe-decer ao Senhor e andar sob adireção do Espírito Santo (y.2).

PALAVRA-CHAVE

Testemunho InteriorÍ a declaração doEspírito Santo no

íntimo crente de queele é filho de Deus.

SINOPSE DOTÓPICO (1)

O novo nascimentopossibilita ao homemter um relacionamentode filho com Deus.

RESPONDA

JASCIDOS DE DEUS

Por intermédio do texto bíbli-co que vamos estudar nesta lição,aprendemos que "todo aquele quecrê quejesus é o Cristo, é nascidode Deus" (v.l). *

(jp Nascer de Deus. É me-diante a fé no sacrifício de Jesusque experimentamos uma novavida. Somente o novo nascimentonos faz entrar numa nova relaçãocom o Senhor, tornando-nos, ver-dadeiramente, filhos de Deus (j J o3.1,2). A natureza espiritual destanova relação vem de semente in-corruptível, isto é, pela Palavra deDeus; é obra do Espírito Santo (cf.Jo_3JH5), mediante as verdadesvivas e eternas do evangelho deCristo (l~£p_4J_5).

Natureza humana só podeproduzir natureza humana; e ne-nhuma criatura poderá elevar-seacirna de sua própria natureza. Avida espiritual não passa de paipara filho de modo natural; ela

Iprocede de Deus: "O que é nascidoda carne é carne, e o que é nascidodo Espírito é espírito" (JoJL6,7).

Aquele que realmente nasceude Deus está liberto da escravidão

/. Quem são os nascidos deDeus?2. Como podemos nascer deDeus?3. A nova vida é obra de quem?

(Tl) OS FILHOS DE DEUSE O AMOR

Como resultado da nova vidarecebida de Deus, mediante a fé,o crente passa a viver em retidão,procurando obedecer aos precei-tos divinos; sobretudo ao princí-pio do amor ao próximo.

(T^ O amor cristão. A essên-cia do Cristianismo é o amor (£m13.8-10; 1_Co 13). Isto foi decla-rado pelo próprio Senhor Jesus aoser inquirido por um doutor da lei(LcJJLJj Z), e ao dar as últimasinstruções aos seus discípulos ([pISJJ ,). O apóstolojoão afirmoucategoricamente: "Aquele que nãoama não conhece a Deus, porqueDeus é amor" (Uo_4J$). Todavia,todo o que ama é nascido de Deuse o conhece.

V2) O amor de Deus. Paulonos diz que Deus nos amou quan-do éramos por natureza filhos daira (RjTL6.8-1Q). Ele nos amou tantoque enviou seu Filho para morrerem nosso lugar Qo3JJ>). Quem é

86 LIÇÕES BÍBLICAS

Page 89: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

nascido de Deus precisa aprendercom o Pai a amar de verdade.

/37) O amor ao próximo.Quanoo interrogado sobre quemé o nosso próximo, Jesus proferiua parábola do Bom Samaritano,esclarecendo que o próximo podeser qualquer pessoa que necessitedo nosso amor (Lc 1 0.25-37). Aordenança do Mestre vai além doslimites de apenas ajudar nossosamigos; devemos amar também osque nos maftratam e nos maldizem(Mt5j43-4£). Somente assim pode-remos demonstrar que, realmente,somos filhos de Deus (Mt 5.45).

(3) O amor que procededo Espírito. A Bíblia afirma queantes de conhecermos a Cristo,éramos "odiosos, odiando-nos unsaos outros" (Tt_Í3).

Sem Cristo, ninguém é capazde amar ao próximo, muito menosse este for um inimigo contumaz.Mas, como nova criatura (2 Co_5J_7), "o amor de Deus está der-ramado em nosso coração peloEspírito Santo que nos foi dado"(Rm 5Ji). O fruto do Espírito leva-nos a amar até mesmo aos quenos odeiam. Além disso, Jesusafirmou que seus discípulos se-riam conhecidos pelo amor: "Nistotodos conhecerão que sois meusdiscípulos, se vos amardes uns aosoutros" Qg 1335).

SINOPSE DO TÓPICO (2)

O amor é a essência do cris-tianismo.

RESPONDA

4. Por que o amor é a essência doCristianismo?5. Por que é importante para ocrente amar o inimigo?

OS FILHOS DE DEUSE A OBEDIÊNCIA

C,J. Os filhos de Deus sãoobedientes. A todos que recebema Jesus como Salvador pessoal, oEterno concede o poder de seremfeitos seus filhos: "Mas a todosquanto o receberam deu-lhes o po-der de serem feitos filhos de Deus:aos que crêem no seu nome" (Jo.JJ.2 Dentre os muitos aspectos docrente como filho de Deus, destaca-mos a obediência. A essência de serfilho de Deus é o amor, e o cerne doamor é a obediência (Jo H.22). Serfilho de Deus é viver em constanteobediência. Os nascidos de Deusnão vivem em rebeldia, mas se-guem os preceitos divinos em amor(y.3). O verdadeiro crente participada natureza divina que o move aser um filho que obedece a Deus,exatamente o inverso do homemnatural, adâmico, que por naturezaé obstinado e rebelde (RmJLZ).

(2y Os filhos de Deus ven-cem o mundo (v._5). Os filhosde Deus não se conformam comas obras deste mundo, a saber, "asconcupiscências" que em vossaignorância praticavam (1_Pe 1.14).Esses desejos intensos de gozosmateriais estão associados à faltade conhecimento legítimo do que éverdadeiramente útil, real, e neces-sário para se ter uma vida que agra-de a Deus. Só cai diante dos apelosmundanos aquele que perdeu avisão do Reino de Deus, e fixouseu olhar nas ilusões passageirasdeste mundo. Há uma separaçãoentre o nosso passado sem Deus ea nossa posição de filhos de Deus,santificados em Cristo.

A nova vida em Cristo de-pende de o crente separar-se

LIÇÕES BÍBLICAS 37

Page 90: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

voluntariamente, passando a sercontrolado pelo Espírito Santode Deus; não mais vivendo sobo domínio do pecado, nem sob bcontrole da carne, mas dominadopelo Espírito do Senhor.

X3> Os filhos de Deus O co-nhecem. Pela fé em nosso SenhorJesus Cristo, conhecemos a Deus.Conhecer a Deus é algo progressi-vo, que continuará na eternidade.Observemos, pois, o que afirmao profeta Oséias: "Conheçamose prossigamos em conhecer aoSenhor" (Os 6.3). Deus não desejaque você esteja inseguro em seurelacionamento com Ele. O Pai nosassevera: "se você crê no filho deDeus, tem a vida eterna" Qo_JL3-6_).Não tema, e nem duvide!

Quem conhece a Deus sabeque Ele ouve o clamor dos seusfilhos, por isso, oram segundo avontade do Pai: "E esta é a confiançaque temos nele: que se pedirmosalguma coisa, segundo a sua von-tade, ele nos ouve" (v. 14). A oraçãodos filhos de Deus é atendida, poistodo aquele que é nascido de Deusnão vive em pecado: "Sabemos quetodo aquele que é nascido de Deusnão peca" (vjj3). Você vive umavida santa? Então, comece a orarcom confiança! Creia que o Pai ou-virá e responderá o seu clamor.

SINOPSE DO TÓPICO (3)

Os filhos de Deus são obe-dientes, vencem o mundo e co-nhecem o seu Pai.

@> O TRÍPLICE TESTEMUNHO

Segundo James Montgomery,na obra As Epístolas de João, o tex-to de 1 João ^LÍL3-é a passagemmais impressionante do livro. De

acordo com o Comentário Bíblicode Mattew Henry, há três testemu-nhas das doutrinas da Pessoa deCristo e da sua salvação:^kj) O Espírito Santo. O Es-

pírito Santo é quem convence ohomem do pecado, e da justiça, edo juízo (Jo 16.8). É o Espírito Santoquem revela, através da Palavra,toda a verdade a respeito de Jesus(JoJAJ.6, 6). Ele nos fez membrosdo Corpo de Cristo (LCoJJLJ3). Elenos santifica e liberta do pecado(Rm 8.2-4; GI_^16J7). É Ele quemnos ensina a obedecer a Cristo.

( 2) A água. Estabelece a purezae o poder purificador do Salvador. Aágua também é símbolo do EspíritoSanto. Por intermédio da TerceiraPessoa da Trindade, fomos lavadospela Palavra de Deus (HbJ_Q.??).

>^3) O sangue - Fomos res-gatados do pecado por meio dosacrifício de Cristo. Jesus seloue pôs fim aos sacrifícios do AntigoTestamento. Os benefícios alcança-dos por seu sangue provam queEle é o Salvador do mundo. Cristoé a nossa salvação (SI 65.5). Não hásalvação fora dEie (At 4.1 D

SINOPSE DO TÓPICO (4)

Há t rês testemunhas dasdoutrinas da Pessoa de Cristo eda sua salvação: o Espírito Santo,a água e o sangue.

CONCLUSÃO

É requerido dos filhos deDeus amar o próximo. Quem amaa Deus e ao próximo tem prazerem seguir os mandamentos divi-nos, demonstrando ser um verda-deiro cristão. Não se esqueça: overdadeiro crente vence o mundomediante a fé em Cristo. /

Page 91: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

VOCABULÁRIOAdam iço: Proveniente de Adão e,por isso, carnal.

Cerne: Essência, âmago.

Contumaz: Teimoso, obstinado.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

PEARLMAN, M. João, o Evan-gelho do Filho de Deus. RJ:CPAD, 1995.ZUCK, R. B. Teologia do NovoTestamento. RJ: CPAD, 2008.

SAIBA MAISRevista Ensinador Cristão

CPAD, n° 39, p.42.

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

' São aqueles que crêem em Jesuscomo o Cristo, o Filho de Deus.

2. Mediante a fé no sacrifício de Jesus.3. Do Espírito Santo.

4. Porque Deus é amor.5. Porque somos conhecidos comodiscípulos pelo amor que demonstra-

mos ao próximo.

AUXILIO BIBLIOGRÁFICO"Quatro passagens de J__JLoãp

mencionam o Espírito Santo. Duasdelas lidam com a confirmação paraos crentes de que Deus reside neles.J.João_3.24 afirma: 'E nisto conhecemosque ele está em nós: pelo Espírito quenos tem dado.' De forma semelhante^João 4.13 invoca a presença do EspíritoriáVida dos crentes como garantia dorelacionamento deles com Deus. Essalinguagem é semelhante à de JoãoJJLLLZ. em que Jesus discute o 'estar1

nos discípulos (NVI, 'permanecer1; emgrego, menô). Essa passagem vemdepois da promessa que Jesus fezaos discípulos de 'outro Consolador'(o Espírito Santo, J_4J_§) e precede aargumentação dejesus sobre a obra doEspírito Santo em relação aos discípulose ao mundo (1&5-JÍ>). Primeira João5.6, da mesma forma que o Evangelhode João, afirma o papel de testemunhado Espírito: 'E o Espírito é o que testifica,porque o Espírito é a verdade' (cf. JoJJL26; 16.13-15).Oversículo seguinte,jjoão 5.7, reitera de forma clara, embo-fãcJiticil, o papel do Espírito, junto coma água e o sangue, como testemunhaporjesus Cristo (cf. 5.6,10). (ZUCK, R.B.Teologia do Novo Testamento. RJ:CPAD, 2008, p.225).

APLICAÇÃO PESSOALVivemos num momento eclesiástico em que nunca ouvimos

tanto a palavra "vitória" ser pronunciada. "Quem não deseja ser umvencedor?" A epístola de João nos apresenta o segredo da vitóriasobre o mundo: a fé em Jesus como o Filho de Deus. (5. / ,4).

Esta fé é essencial não somente para que o crente vença omundo, mas também para que o homem nasça de novo, guarde osmandamentos divinos, ame a Deus e ao próximo. Na verdade, crerem Jesus como o Filho de Deus implica amá-lo, obedecer-Lhe e amarao próximo. Por isso, João enfatiza tanto essa fé em seus escritos. Naverdade, sob a perspectiva joanina, se o crente, que não tem vencido omundo, fizer uma investigação profunda em sua vida, descobrirá quea raiz do seu problema ou dificuldade encontra-se neste simples, masindispensável, fundamento: a fé em Jesus como o Filho de Deus.

Page 92: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

27 de Setembro de 2009

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- EM CRISTO s

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"Estas coisas vos escrevi, para que saibaistendes a vida eterna e para que creiais

no nome do Filho de Deus"(\o 5.13). /

VERDADE PRÁTICA

través de sua maravilhosa graça,Deus, mediante Nosso Senhor JesusCristo, concedeu-nos a vida eterna ea segurança de um viver pleno porintermédio da fé.

RIDOS 37.245.369

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Jo 6.40Quem crê no filho tem a vida eterna

Terça- 1 Tm 1.1Cristo, nossa esperança

Quarta - Cl 3.4Cristo, nossa vida

JT7Quinta -Jr 33.3 Deus ouve e responde as nossas orações

Sexta- l Ts 4.3Deus requer a santificação de seus filhos

Sábado- 1 Co 10.14Os filhos de Deus devem fugir da idolatria

Page 93: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

LEITURA BÍBLICAEM CLASSE1 João 5.13-21

INTERAÇÃO

l 3 - Estas coisas vos escrevi,para que saibais que tendes avida eterna e para que creiaisno nome do Filho de Deus.

14 - E esta é a confiança quetemos nele: que, se pedirmosalguma coisa, segundo a suavontade, ele nos ouve.

l 5 - E, se sabemos que nosouve em tudo o que pedimos,sabemos que alcançamos aspetições que lhe fizemos.

16 - Se alguém vir seu irmãocometer pecado que não é paramorte, orará, e Deus dará a vidaàqueles que não pecarem paramorte. Há pecado para morte, epor esse não digo que ore.

l 7 - Toda iniquidade é pecado,e há pecado que não é paramorte.

18 - Sabemos que todo aqueleque é nascido de Deus nãopeca; mas o que de Deus é ge-rado conserva-se a si mesmo,e o maligno não lhe toca,

19 - Sabemos que somos deDeus e que todo o mundo estáno maligno.

20 - E sabemos que já o Filhode Deus é vindo e nos deu en-tendimento para conhecermoso que é verdadeiro; e no queé verdadeiro estamos, isto é,em seu Filho Jesus Cristo. Esteé o verdadeiro Deus e a vidaeterna.

21 - Fílhinhos, guardai-vosdos ídolos. Amém!

Um dos tópicos da lição de hoje tratade orações respondidas. Peça aos alu-nos para refíetirem a respeito de suasorações a Deus e verificarem se estãosendo ouvidas. Se não estiverem, so-licite que eles a submetam ao crivode João: o pedinte está em Cristo? Opedido está de acordo com a vontadedivina? Aproveite para incentivarseus alunos a cultivarem uma videde oração.

_ OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estarapto a:

Conceituar o termo vida eterna.

Identificar o perfil daqueles que têmsuas orações ouvidas por Deus.

Apresentar as evidências do novonascimento.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Aproveite a aula de hoje para discutircom seus alunos a Doutrina da Seguran-ça do crente. De acordo com o TeologiaSistemática de Stanley Horton, biblica-mente, perseverança não significa que

todo aquele que professar a fé em Cristoe se tornar parte de uma comunidade

de crentes tem a segurança eterna, masrefere-se à operação contínua do EspíritoSanto, mediante a qual a obra que Deuscomeçou em nosso coração será levada

a bom termo (Fp l .6). S.

91

Page 94: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

INTRODUÇÃO

Chegamos ao final do estudoda Primeira Epístola de João. Naspalavras derradeiras desta carta,o apóstolo ensina-nosacerca da confiança queos filhos de Deus de-vem ter na vida eternaem Cristo Jesus. Joãoconclui fazendo umapelo aos crentes paraque não permaneçamna prática do pecadoe admoestem os queassim vivem (vv.l 6,1 7).

Como filhos e herdeiros deDeus, temos a certeza da vidaeterna (yjj3; GH^J). Esta garantiaé para todos aqueles que um diafirmaram, por meio da fé, umcompromisso com Cristo, isto é,creram em Jesus como Senhor eSalvador de suas vidas.

João encerra sua epístolaressaltando que os que colocamsua fé inteiramente em Cristo res-suscitarão para a vida eterna, porocasião de sua Segunda Vinda. AsEscrituras afirmam que "todo aque-le que vê o Filho e crê nele tenhaa vida eterna; e eu o ressuscitareino último Dia"

De acordo com o ComentárioBíblico de Mattew Henry, os ju-deus consideravam que somenteeles possuíam a vida eterna, umavez que haviam recebido esta re-velação de Deus por meio de suasEscrituras. Todavia, o apóstoloJoão ressalta que a vida eterna épara aqueles que crêem piamenteno Filho de Deus.

Q] Vida eterna. A vidaeterna a que se refere João éa vida divina de alegria, paz,santidade e de transformação àimagem de Cristo pelo EspíritoSanto (2 Co_3J_8)- Além disso,glória ainda maior seguir-se-á no

porvir, quando formosapresentados incorrup-tíveis diante do tronode Deus; semelhantesa Cristo, e sem falta denada, segundo a suapromessa.

(2^ Viva esperan-ça. A Bíblia afirma queos filhos de Deus têm

"uma viva esperança, pela res-surreição de Jesus Cristo dentreos mortos" (y31 Isto é, uma es-perança que jamais pode ser ex-tinta. Não é como as esperançasfugazes e desapontadoras destemundo. Esta viva esperança, nosentido bíblico, é sempre reno-vada pela confiança que temosno poder e na fidelidade do DeusEterno, que a originou.

/3y Glória eterna. A glóriaeterna que esperamos de Deusconsiste em habitarmos parasempre com Ele, livres definiti-vamente da ruidosa presença dopecado. A glória de Deus, então,inundará a todos e a tudo ali(A£_21 JJ.23; ÇLÍ4). Esta é averdadeira esperança do crente(Tt 1.2), mediante a qual somossalvos (Sm 8.24).

SINOPSE DO TÓPICO (1)

Aqueles que são filhos deDeus, nascidos de novo, têm acerteza da vida eterna, possuemuma viva esperança e esperamdesfrutar da glória eterna.

Page 95: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

RESPONDA

/ . Como obtemos a certeza davida eterna?2. A que vida eterna João serefere?3. Qual o significado da expres-são "viva esperança"?4. Em que consiste a glória eter-na do crente?

(íj) DEUS OUVE ASORAÇÕES

Por meio do sacrifício de Cris-to, temos comunicação direta com oPai. Quando o Senhor entregou suavida por nós, na cruz do Calvário,o véu do templo foi rasgado dealto a baixo (MO7.JQ; Lc 23.4.5).simbolizando o rompimento dabarreira que havia entre Deus e ahumanidade (Hb 10.19-22). Daíem diante, passamos a ter acessoirrestrito ao Todo-Poderoso.

João deixa claro que "se pe-dirmos alguma coisa, segundo asua vontade, ele nos ouve" (v. 14).Quando falamos com Deus emoração, não podemos exigir nadadEle, porque Ele é Soberano, e suavontade sempre prevalece sobrea nossa. Todavia, se oramos emconsonância com o seu querer,certamente seremos ouvidos. Naverdade, Deus não apenas nosouvirá, mas nos dará uma respos-ta definitiva. Portanto, clame aoSenhor com confiança!

(Y,1 Dos que estão em Cristo.João tinha sempre em mente aspalavras do Mestre sobre a oraçãodos que "estão em Cristo". "Se vósestiverdes em mim, e as minhaspalavras estiverem em vós, pedireistudo o que quiserdes, e vos seráfeito" (J.2J_^Z). Por isso, o apóstolopôde assegurar-nos de que seremosouvidos. Estar em Cristo significa

crer que Ele é o Filho de Deus (IJg4JJ) e, por conseguinte, cumprirosseus mandamentos (l Jo

(Z) Dos que se achegam aEle. O profeta Isaías já proclama-va da parte do Altíssimo: "Vinde amim; ouvi, e a vossa alma viverá"(Is 55.3). O mesmo fez o próprioSenhor Jesus: "vinde a mim" (MtJ_LZ£X A Palavra de Deus nosencoraja a nos aproximarmos dotrono do Senhor com confiajiça,porquanto aquEle que prometeué fiel para cumprir todas as suaspromessas (Hb 1 0.1 9-23).

(3J Dos que amam o próxi-mo. Quando amamos nossos ir-mãos, intercedemos por eles. Deusabençoou ricamente o patriarcaJó, "quando este orava por seusamigos" (Io 42.1 Q). Os apóstolosJoão, Paulo e Tiago são unânimesao afirmarem que os filhos de Deusdevem orar uns pelos outros (v. 16;l Tm2.1,8;Ef6.18;Tg5.16).Jesuse o nosso maior exemplo. Na cruz,em meio a dor e ao sofrimento, oFilho de Deus encontrou forçasfísicas e espirituais para interce-der por seus algozesSeu amor por eles sobrepujou aaflição que sentja em seu corpo ea angústia de sua alma. Quantosconseguem esquecer-se de seuspróprios problemas para batalharem favor dos alheios? Quantosestão dispostos a abrir mão do seu"eu" para investir um pouco do seutempo orando pelos irmãos? Siga-mos os passos de Cristo, pois éisso que se espera de um genuínodiscípulo.

SINOPSE DO TÓPICO (2)

Deus ouve as orações dosque estão em Cristo, se achegama Ele e amam ao próximo.

93

Page 96: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

(Tipo CRENTE E O NOVONASCIMENTO

Os filhos de Deus não sãodominados pelo pecado (Rm 6.14):quando pecam, o fazem aciden-talmente e não por hábito (1 jo.3.9JJ3). O pecado na vida do crenteé um triste e lamentável episódioque pode e deve ser evitado pormeio da vigilância, da oração, dasujeição a Deus e da resistência aoDiabo (Mc 9.29; l_EfiA7; Tg 4.7).

\j) Vida santa. Os filhos deDeus devem buscar a santifica-

que, segundo as Escrituras, édecorrente de uma nova natureza:'Eleitos segundo a presciência deDeus Pai, em santificac.ão do Espíri-

_to, para a obediência e aspersão dosangue de Jesus Cristo: graça e pazvos sejam multiplicadas" (1 Pé 1.2).O crente foi resgatado para umavida santa (]_Cg 6.19.20). Jesusnão veio apenas livrar o homemdo Inferno; mas torná-lo santo £Ttj.J.4). O objetivo de Deus é que ocrente participe da "herança dossantos na luz" (ÇLLL2). Segundoa Palavra de Deus, é mentirosoaquele que afirma ter comunhãocom Deus e não muda o seu modo

l de viver 0_jp_K5; 2.4). porque osalvo deve ser luz no meio de ummundo perverso (Fp 2.15).

2. "Guardar-se, dos ídolos'*.João conclui sua epístola alertandoos crentes dos perigos dos ido-

y. /. i ít f - T.? ffc-f.

los: "Filhinhos, guardai-vos dosídolos" (yJL]_). Vale ressaltar queídolo é tudo aquilo que, em nossocoração, tira o lugar do Único eVerdadeiro Deus. A idolatria é obrada carne (Cl 5.20) e, portanto,uma prática abominável diante doTodo-Poderoso (Pt 7.25). Os após-tolos, em suas diversas epístolas,condenaram de modo veementeo envolvimento dos cristãos coma idolatria (1 Co 1 OJ_4; 1 Pé 4.3).Estejamos alertas! Somente Cristodeve reinar em nossos corações.

Os nascidos de novo demons-tram uma vida santa e guardam-sedos ídolos.

RESPONDA

5. Apresente uma evidência donovo nascimento do crente

CONCLUSÃO

Mediante a fé em Cristo, nostornamos filhos de Deus. Agora,o pecado não tem mais domíniosobre nós e, conseqúentemente,podemos viver uma vida santa e en-trar na presença de Deus com plenaconfiança de que seremos ouvidos.Não existe maior privilégio do queeste: tornar-se filho de Deus. Vocêé filho do Altíssimo! Portanto, vivade modo que O agrade.

Page 97: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

VOCABULÁRIO

Fugaz: Que passa rapidamente;de pouca duração; transitório,efémero.

Presciência: Qualidade de sabercom antecipação o futuro.

Sobrepujar: Ultrapassar, exceder,superar.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

HORTON, S. Teologia Siste-mática. RJ: CPAD, 1996.BERCSTÉN, E. Teologia Siste-mática. RJ: CPAD, 2004.

SAIBA MAIS

Revista Ensinador CristãoCPAD, n° 39, p.42.

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

1. Ao crermos em Jesus como Senhor eSalvador de nossa vida.

2. Vida divina de alegria, paz, santidadee de transformação à imagem de Cristo

pelo Espírito Santo.3. Uma esperança que jamais pode serextinta, pois é sempre renovada pelaconfiança que temos no poder e na

fidelidade de Deus.4. Em habitarmos para sempre comEle, livres definitivamente da presença

do pecado.5. Uma vida santa.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO

Subsídio Teológico

"10.5.1. Graça de Deus e res-ponsabilidade do crente

A Bíblia ensina que a preser-vação depende tanto do poder deDeus como da atitude do crentepermanecer em Jesus! Vejamos quetanto o Senhor Jesus Cristo comoos apóstolos falaram sobre esteassunto.

É necessário ter um equilíbriobíblico na doutrina da preservação.

Se houver ênfase somente nopoder de Deus como a força queguarda o crente, omitindo a própriaresponsabilidade pessoal de guardar-se do mal, abre-se a porta para umavida espiritual de descuido. Se, poroutro lado, houver ênfase somenteno esforço do crente de guardar-se,omitindo-se a gloriosa manifestaçãodo poder de Deus como o principalfator da proteção, abre-se caminhopara um verdadeiro fracasso espi-ritual. A Bíblia fala e a experiênciaconfirma: 'Não por força, nem porviolência, mas pelo meu Espírito,diz o Senhor dos Exércitos' (Zc 4.6).O caminho certo para preservar ocrente na salvação é mediante a fé,guardada na virtude de Deus paraa salvação já a se revelar no últimotempo (cf. l Pé 1.5). Assim chega-remos lá!(BERGSTÉN, Eurico. Teologia Sis-temática. RJ: CPAD, 2004, pp.243-245).

Page 98: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

C

ú

APLICAÇÃO PESSOAL

"A doutrina da segurança não é

uma desculpa para o pecado, e sim um

encorajamento para não pecarmos. O

fato de eu saber que sou casado e que

tenho documentos para provar isso

ajuda-me a não me sentir tentado a me

envolverem outro relacionamento. Eu e

minha esposa estamos seguros do amor

que sentimos um pelo outro. Quando

imagino a inestimável graça que Deus

derramou sobre mim, desejo me acer-

car ainda mais dEle, e compartilhar

mais ainda o seu amor.

Saber que Ele orou por nós quando

estava aqui na terra e que ainda ora por

nós, na glória, deve nos fortalecer em

nossa luta. Tudo o que Deus é, e tudo

o que Cristo fez e ainda está fazendo,

combinam-se para produzir em nossos

corações o tipo de segurança que con-

duz a um viver santo."

(WARREN. W.W. A oração interces-

sória de Jesus. RJ: CPAD, p. J 4 5).

Page 99: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

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Page 100: 1ª EPÍSTOLA DE JOÃO - LIÇÕES BÍBLICAS PARA ESCOLA DOMINICAL

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Comentário do Novo Testamento — Aplicação Pessoal - 2 volum

Feito para quem deseja estudar a Palavra de Deus mais a fundo. Este comentário, desenvolvido pela mesma equipe queelaborou a Bíblia de Aplicação pessoal, busca não só ajudar o leitor a entender as Escrituras, mas também a praticá-la e levar acompreensão do que Ela significa em sua vida.

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Volume 1: 752 páginas / Volume 2: 941 páginas

NAS MELHORES L I V R A R I A S OU PELOS FONES

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