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Bolívia Dois políticas e dois caminhos para a classe operária mundial Por um verdadeiro congresso internacional das Organizações Operárias de Luta Argentina Abaixo o Estado assassino! Peru Não á reconciliação com o governo e o regime, assassino de trabalhadores e camponeses Teses de Pulacayo Parte 1 Vol. 3 Setembro 2010 - Valor R$ 2,00 / Solidário R$ 5,00 As massas levantaram-se e lutaram contra o ataque dos capitalistas e seus governos, o saque do imperialismo e suas massacres contra revolucionárias RESOLUÇÕES DO SEGUNDO CONGRESSO DA FLTI Um programa revolucionário para a classe operária boliviana e para o proletariado dos países semi coloniais Internacional O Organizador Operário Internacional Porta-voz da Fração Leninista Trotskista Internacional - Nova Época

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BolíviaDois políticas e dois caminhos para a

classe operária mundialPor um verdadeiro congresso

internacional das OrganizaçõesOperárias de Luta

ArgentinaAbaixo o Estado

assassino!

PeruNão á reconciliação com o

governo e o regime, assassinode trabalhadores e

camponeses

Teses dePulacayo

Parte 1Vol. 3

Setembro 2010 - Valor R$ 2,00 / Solidário R$ 5,00

As massas levantaram-se e lutaram contra o ataque doscapitalistas e seus governos, o saque do imperialismo e

suas massacres contra revolucionárias

RESOLUÇÕES DO SEGUNDO CONGRESSO DA FLTI

Um programa revolucionário para a classeoperária boliviana e para o proletariado dospaíses semi coloniais

InternacionalO Organizador OperárioInternacionalPorta-voz da Fração Leninista Trotskista Internacional - Nova Época

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BOLÍVIA DE PÉ JUNTO AOS OPERARIOS FABRIS DE LA PAZ E A VALENTE MOÇÃO QUE FIZESSEM NO CONCLAT

DE BRASIL CONTRA O ROUBO DA REVOLUÇÃO BOLIVARIANA

Duas políticas e dois caminhos para a classe obreira mundial

Ou com os operarios fabris de La Paz enfrentando à burocracia sindical e a demagogia de“esquerda” de Morales e os governos bolivarianos expropiadores da revolução

Ou junto ao CONCLAT e ao Foro Social Mundial pendurados dos faldones da burguesia e afrente popular

Apresentação

Apresentamos neste Suplemento Especial de Democracia Obrera,editado em comum pela LTI de Bolívia e a LOI-CI de Argentina, umaproposta de documento à Federação Departamental de TrabalhadoresFabris de La Paz de Bolívia, dando-lhe continuidade à valente moçãoque os trabalhadores fabris fizessem ao congresso do CONCLAT deBrasil. Ali, chamaram a todas as organizações desse encontro aenfrentar às burocracias sindicais colaboracionistas e à demagogiade esquerda “” dos governos bolivarianos que, falando de defender

Bolivia

Cabecera da mobilização dos trabalhadores fabris da La Paz.

aos trabalhadores, não lhe deram nada à classe obreira mais do quefome, paus, repressão e mortes. Todos os dirigentes no congresso doCONCLAT votaram na contramão da moção dos fabris de La Paz,argumentando que “não é o momento”, demonstrando assim que suapolítica a nível internacional é a de submeter à classe obreira àburguesia e a seus governos.

Hoje os trotskistas da FLTI tomamos a valente moção dostrabalhadores fabris de La Paz e lhes apresentamos este documentopara que seja votado por eles e pelos mineiros revolucionários, comoontem o fizessem os mineiros com as Teses de Pulacayo, como

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Por um verdadeiro Congresso internacional dasorganizações obreiras de luta, para romper todasubordinação à burguesía e seus governos e organizarum confronto unificado contra o imperialismo e seusagentes

1. Os trabalhadores fabris do La Paz vimos de dar umaforte luta por nossas demandas, pelo salário e a jubilacióndigno. Neste caminho nossa luta se viu enfrentada

inevitavelmente com o governo de Evo Morales e seu pactocom a Média Lua fascista. Este governo se tem desenmascaradocomo um vil servente das multinacionais,que com discursos de “esquerda” desapropriou o combaterevolucionário do 2003-2005 . Este governo não lhe deu aosobreiros nem o trabalho, nem o pão, nem oshidrocarbonetos e aos camponeses pfaças não lhe deu aterra que segue em mãos da oligarquía. Pelo contrário, aquem luchamod sóo lhes deu paus, represión e mortes.

Apoiados no programa revolucionário da classe obreiraboliviana como são A Tese de Pulacayo, que declaran a guerraa morte contra a explotación, o capitalismo e o imperialismoe seus agentes ao interior de nossas organizações obreiras; aFederación Departamental de Trabalhadores Fabris de La Pazviajou a Brasil convidados ao congresso do Conclat (Comgresoda Classe Trabalhadora), em procura da unidadeinternacionalista com nossos irmãos de classe do mundo paraenfrentar ao imperialismo com os métodos da revoluciónsocialista.

Os dirigentes do “Congresso da Classe Trabalhadora”(Conclat) em Brasil recusam a moción dos trabalhadoresfabris de La Paz

2. Este congresso de CONLUTAS e a Intersindical de Brasile sua “Encontro internacional de CONCLAT” do 5 ao 7 de

programa para o movimento obreiro boliviano. Para pôr em pé umadireção verdadeiramente revolucionária e internacionalista da COB epara que a classe obreira boliviana volte a pôr em pé a heróicarevolução do 2003-2005 para conquistar o salário, o pão, o trabalho, aaposentadoria, a terra, os hidrocarbonetos e a independência nacional,e encabeçar uma única revolução proletaria em todo o continenteAmericano.

Editamos também neste suplemento as “Teses de Pulacayo” queforam apresentadas no ano 1946 pelos trotskistascuartainternacionalistas aos mineiros bolivianos. Estas teses, baseadasno Programa de Transição da IV Internacional, foram aprovadas pelaseção mineira de Llallagua e depois adotadas como Teses PolíticasCentrais no Congresso da Federação Sindical de TrabalhadoresMineiros de Bolívia (FSTMB) realizado em Pulacayo no ano 1946. Estasteses foram o programa do proletariado boliviano na heróica revoluçãode 1952, e foram adotadas imediatamente no mesmo ano pela CentralObrera Boliviana (COB), fundada ao calor mesmo da revolução. Esteprograma foi defendido e guardado como um tesouro nos desníveisdas minas por gerações e gerações de trabalhadores do subsolo. Omesmo mantém sua total vigência e segue sendo uma guia de açãonão só para a classe obreira boliviana, senão latinoamericana emundial. Os dirigentes colaboracionistas da classe obreira, bem como

também os renegados do trotskismo, falam em seu nome para pisoteá-lo, enterrá-lo e renegar dele na prática todos os dias, levando à classeobreira à impotência e a derrota.

O programa revolucionário das Teses de Pulacayo, resguardadodurante décadas no mas profundo dos desníveis dos combativosmineiros, ficou hoje em mãos dos revolucionários da Fração LeninistaTrotskista Internacional e nas mãos firmes dos combativos operariosfabris de La Paz que hoje enfrentam ao governo de frente popular deEvo Morales, seu pacto com a Média Lua fascista e às direçõessindicais colaboracionistas da COB. O programa revolucionário daclasse obreira boliviana ficou em mãos do trotskismo principista, dosoperarios fabris e a baseie mineira que aperta os dentes contra a traiçãode suas direções.

Apresentamos aqui nosso aporte político e programático àvanguarda do proletariado boliviano e internacional no combate porum reagrupamento revolucionário e internacionalista da classe obreira,para derrotar ao imperialismo e a seus governos cipayos com osmétodos da revolução proletaria.

A libertação dos trabalhadores será obra dos trabalhadoresmesmos!

FRAÇÃO LENINISTA TROTSKISTAINTERNACIONAL

WEB:www.democraciaobrera.org

BLOG:http://conscienciaeluta.blogspot.com

MAILS:[email protected]

[email protected]

PROPOSTA DA FLTI AOS COMBATIVOS TRABALHADORES FABRIS DE LA PAZ E AOS MINEIROSREVOLUCIONÁRIOS DE BOLÍVIA

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junho, contou com a presença e participación de delegaçõesde más de 20 países do mundo sob o chamado a “a unidadedos trabalhadores”. No Encontro Internacional participaramorganizações obreiras como Batay Ouvriere de Haiti, aCoordenadora Sindical de Equador, a Coordenadora pelaResistência de Honduras, a Coordinadora Sindical e dirigentesde judiciais de Colômbia, a TCC de Uruguai, a MesaCoordenadora sindical de Paraguai, a UNT de Venezuela eum representante dos sindicatos de trabalhadores públicos deGrécia; estiveram también diferentes organizaciones políticasque se reclamam do socialismo como a Une Internacional dosTrabalhadores (LIT), uniu-an Internacional de Trabalhadores(UIT), Corrente Vermelha de España, o Movimento Socialistados Trabalhadores (MST) de Argentina, o Novo PartidoAnticapitalistas francés, Socialist Action de EE.UU, o PSOLe PSTU de Brasil e Chukaku-tem de Japón.

No entanto, apesar da enorme quantidade de organizaçõese forças presentes, este congresso não foi uma alternativarevolucionária para os obreiros do mundo. Seus dirigentesvotaram na contramão do chamado dos trabalhadoresfabris de La Paz de enfrentar e desmascarar as“ d e m a g o g i a sesquerdistas” dosg o v e r n o sexploradores emasacradores daclasse obreiracomo o de EvoMorales, Chávezem Venezuela ouLula em Brasil,argumentando que“não é om o m e n t o ” .Deixaram aodescoberto quetodos eles são dirigentes como Morros da COB, quesustentam a mesma política a nível internacional desubmetimento da classe obreira à burguesía e seus governos.Comprendemos que votar na contramão da moción dos fabrisé submeter-se ao governo de Evo Morales, Chavez, Lula, etc.,liquidando assim toda independência de classes e unidade daclasse obreira. A luta contra este governo e seus “demagogiasesquerdistas” nos leva a enfrentar también a nossos inimigosao interior das organizações obreiras que são as direçõescolaboracionistas nas que o governo de Evo Morales se apóia.Por isso largamos o grito de ¡ Fora da COB Morros traidor!¡Fora de las organizações obreiras do mundo todas asdireções colaboracionistas com a burguesía!

Os fabris chamamos a todas as organizações de luta dostrabalhadores do mundo a que rompam toda subordinación aestes governos burgueses que se dizem “indigenistas”,“socialistas” e sua farsa de “revolución bolivariana”. Éimpossível conquistar nossas demandas sem enfrentar a estesgovernos que levam à derrota a luta dos trabalhadores, e

garantem a superexplotación e o saque de nossas nacionespelas multinacionais. Negar-se a votar pela propostados trabalhadores fabris de La Paz, significa renegar da lutapela revolución socialista, pelo governo obreiro ecamponês, e pelo derrocamiento destes governos e seusregimené anti obreiros e serventes do imperialismo.

Os trabalhadores fabris afirmamos ¡Abaixo os pactosantiobreros dos governos “bolivarianos” “indigenistas”com as multinacionais e o imperialismo em Bolívia,Ameirica Latina e o mundo! ¡Abaixo a farsa de a“revolución bolivariana”! ¡Viva a revolución socialistaobreira e camponesa!

Os dirigentes que votaram na contramão da proposta dosfabris de La Paz, são os mesmos que cercam a luta dosobreiros bolivianos e submeteram à burguesíà os setoresmás combativos do proletariado do continente Americano

3. A moción e nossa luta pelo salário, jubilación digno e asdemandas obreiras, que enfrentou ao traidor Morrosenquistado na COB, às direções colaboracionistas das

organizacionesobreiras, e aogoverno de EvoMorales, seuC o n s t i t u c i ó nburguês e seupacto com a MédiaLua fascista; foirecusada por essesdirigentes doConclat em Brasil.Negaram-se adesmascarar eenfrentar ademagogia das

burguesías nativas demostrando que longe de apoiar o combatedos obreiros, pretendem cercar-nos para voltar a submeter-nos ao governo de Evo Morales e seu “revolución bolivariana”como o fizessem antes desde o “Encontro Latinoamericano eCaribeñou dos trabalhadores - ELAC” realizado no 2008 ondePedro Montes foi presidente honorário. Este burócrata traidorsustentado internacionalmente pelo ELAC, subordinou à classeobreira boliviana ao governo burgués de Evo Morales e Lineraque assassinou com suas Forças Armadas aos mineiros deHuanuni nos bloqueios de Caihuasi. Ante o levantamentofascista da Média Lua que massacrou aos obreiros ecamponeses em Santa Cruz, no Plano 3000, em Beni e emPando; sustentou a Evo Morales negándose a que a classeobreira ponha em pie a milícia obreira para achatar àMédia Lua e desapropriar às multinacionais queorganizam e armam aos fascistas. Assim ficou submetidoo proletariado no Oriente sob as botas das bandas fascistas e oejército banzerista, enquanto Evo Moralhes controla compuñou de ferro aos obreiros no Planalto e reprime suasdemandas.

Mesa da dereção do ELAC em 2008

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Assim, os fabris cremos que o Conclat se pôs na barricadaoposta à revolución boliviano e seu grito de “ ¡Fora Gringos!”,já que para “jogar aos gringos” devemos derrotar a seusserventes disfarçados de “indigenistas” e “bolivarianos”. Estesseñores do Conclat desde o luxuoso palco do congresso deSantos em Brasil, nada compreenderam do combate dosobreiros bolivianos. Ante a tentativa da burguesía encabeçadapor Evo Morales de desviar os embates revolucionários do2003 e 2005 com a demanda demagógica de subir as regalíasdo 30% ao 50%, os obreiros respondemos com o grito de “¡Nem 30 nem 50%, Nacionalización!” “¡Expropiación dastransnacionales!”, cobrándonos a cabeça do governo deCarlos Mesa em 2005. Os obreiros do Alto revolucionário ede La Paz, na revolución, aprendemos a enfrentar asdemagogias da burguesía.

4. O Congresso do CONCLAT-ELAC, ao votar nacontramão de emfrentar a “demagogia das burguesías”,votaram a favor do submetimento da classe obreiranorteamericana ao demagogo açougueiro Obama; como fez aburocracia da central obreira AFL-CIO em EE.UU., que lhesignificou ao proletariado pagar com hambre, milhões ded e m i s s õ e s ,m i s é r i a ,desocupación eruína, o salvatajedos bancos emcrises. Foram AlanBenjamin eClarence Thomas,dirigentes dosportuários deOakland deEstados Unidosparticipes desteCongresso doELAC junto aPedro Montes,quem chamaram àclasse obreira aapoiar a Obama e puseram aos pés de sua própria burguesíaimperialista ao más avançado da classe obreiranorteamericana, que convocando a duas greves gerais contraBush no próprio corazón da besta imperialista había tomadoem suas mãos a luta contra a guerra de Iraque e pelos direitosdos imigrantes.

Por isso, ante o golpe militar em Honduras organizadopor Obama faz já um añou, estes dirigentes se negaram abloquear os portos para paralizar o envíou de armas à basemilitar ianque nesse país e garantir que éstas cheguem a mãosda heróica resistência hondureña, unindo à classe obreira docontinente americano para enfrentar com os métodos darevolución proletaria o ataque contra as massas emCentroamérica.

Estas direções reformistas se subordinaram ao “frentedemocrático” do imperialismo e as burguesías bolivarianas,que como o covarde derrocado Zelaya em Honduras, à hora

de enfrentar conseqüentemente ao imperialismou, terminoulegitimando a “democracia” dos golpistas, deixando isoladose livrados a sua sorte aos obreiros hondureñvos que aún seguemsendo massacrados pelos golpistas.

Ante a ocupación militar de Haiti, negaram-se a lutarpor pôr em pé serviço militarcias obreiras e brigadas obreirasinternacionalistas de médicos, socorristas e combatentes, parair na ajuda das massas e derrotar às tropas imperialistas ianquese européias de ocupación e aos ejércitos gurkas de Lula, EvoMorales e Kirchner, para derrotá-los e expulsá-los da ilha.Negaram-se a chamar –contra a ocupación militar- adesapropriar o alimento e a propriedade dos capitalistaspara que sobrevivam as massas martirizadas e explodidasde Haiti e Dominicana. ¡Essa é a ajuda que necesitan nossosirmãos haitianos!

5. A crise mortal do capitalismo imperialista lhe tirou todosseus pontos de apoio ao reformismo, e propõe imperativamentea ruptura com a política reformista, lutando de formarevolucionária, como propõem as Tesis de Pulacayo, pelaconquista do poder e a implantación do governo obreiro ecamponês como único meio para derrotar ao capitalismo.

O congresso doConclat sustenta –ao igual queMorros desde aCOB- a política de“pressionar” e“exigir-lhe” àsb u r g u e s í a santiobreras paraque “não ataquemaos trabalhadores”.Assim, estesdirigentes emBrasil desdeConlutas e aI n t e r s i n d i c a l ,m a n t i v e r a mtodas as greves e

combates parciais da classe obreira como lutas de presiónsobre o governo, negándose a llamar a impor a greve geralderrotando à burocracia da Central Única de Trabalhadores.Realizaram marchas para exigir que a burguesía vote uma leiproibindo as demissões. Propuseram pressionar a Lula paraque nacionalize as fábricas que despedían obreiros por centose milhares, quando é Lula quem encabeça este ataque.

Com esta mesma política internacional de submetimentodo proletariado à burguesía país por país, estes dirigentesterminaram sustentando os pactos contrarrevolucionariosde las burguesías nativas com o imperialismo, com os quaisse cercou ao proletariado boliviano para estrangular nossarevolución de 2003-2005 e o combate antiimperialista daclasse obreira de todo o continente.

Shafik Handal (El Salvador), Hugo Chávez (Venezuela),Fidel Castro (Cuba) e Evo Morales (Bolívia).

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6. O voto dos dirigentes desse segundo congresso do ELACcontra a moción dos fabris de La Paz, foi um voto desubmetimento às burguesías, em primeiro lugar a Obama aoque lhe exigem que “retire aos embaixadores de Israel”quando é quem sustenta e financia esse estado gendarme egenocida contra o povo palestino. Não enfrentar às burguesíasnacionais e sua demagogia foi um voto a favor de Ao Fatah edas burguesías islámicas, que desde Egito negociam arendición das massas palestinas e que a heróica Gazareconheça ao estado sionista de Israel. É um voto a favor defortalecer o cerco contra o povo palestino –como no 2003-2005 contra os obreiros bolivianos com a Cume e Contra Cumelevada a cabo em Argentina- que lhe impuseram estasburguesías nativas, que são as encarregadas degerir os privilégios que têm por administrar oscampos de concentración onde está o martirizadopovo palestino.

7. A burguesía internacional e o imperialismomontam um cerco a nosso combate para que nãose generalize a tudoe l proletariadolatinoamericano e mundial rompendo com aburguesía .Os dirigentes reunidos no congressodo Conclat se puseram ao serviço desta política;por isso votaram em nome de “a luta e unidadedos trabalhadores” uma política de “exigencia”à burguesía “bolivariana”, isto é desubmetimento, contrária à luta queencabeçamos os trabalhadores fabris de LaPaz.

É o mesmo cerco que sofrem as massaspalestinas, o mesmo cerco que lhe impuseram ao combatedas massas em Grécia para que não se generalize a todaEuropa numa única Greve Geral continental para que a criserealmente a paguem os capitalistas. Assim, subordinando àclasse obreira à burguesía país por país, impedem um combaterevolucionário generalizado de la smassas do mundo contra abancarrota capitalista que ameaça arrastar aos explodidos àmás cruel barbárie.

Os fabris dizemos: ¡Abaixo a colaboración de classesdas organizações obreiras com a burguesía! ¡Abaixo osubmetimento da classe obrera aos governos burguesesque cercam a luta dos fabris em Bolívia, do povo palestinoe dos explodidos de Grécia!

Para que a crise mundial a paguem os capitalistas: ¡Pelotriunfo da revolución socialista internacional!¡Por um verdadero congresso obreiro internacional parapôr ao proletariado do continente americano de pé junto aseus irmãos de Grécia, Europa, EE.UU., Médio Oriente,Ásia e África para preparar uma luta unificada contra abancarrota capitalista!

8 . Concientes que a burguesía é uma única classe anível mundial que se coordena para achatar aos

trabalhadores, os obreiros fabris de La Paz nos pomos adisposición de lutar pela unidade internacionalista doproletariado chamando a organizar um verdadeirocongresso obreiro internacional de independência declasses e com democracia obreira. “¡Proletarios do mundounivos!”

9. É necessário um congresso internacional dasorganizações obreiras revolucionárias para que o grito deguerra da revolución boliviana de: ¡Fora gringos!¡Espingarda Metralla, Bolívia não se cala! e ¡O gás paraos bolivianos! ¡Nem 30% nem 50%, nacionalización!

seja o da classe obreira em China e toda Ásia, a classeobreira de Iraque e Afganistán, e os obreiros de Haiti e daclasse obreira mundial. Já que “¡Fora gringos!” significao chamado à ¡Expropiación sem pagamento e sobcontrole obreiro dos parásitos de Wall Street e os bancosdos imperialismos europeus! ¡Abaixo Obama, assassinodos povos oprimidos de Iraque, Afganistán eMed ioOriente! ¡Expropiación sem pagamento e sob controleobreiro das multinacionais e os banqueiros! ¡Esse é oprograma para EE.UU., para Europa e para dar umimpulso às massas revolucionárias de Grécia!

10. Frente à profunda crise económica mundial, oscapitalistas e seus bancos lhe declararam a guerra à classeobreira. Em España já começou o ataque contra ostrabalhadores, igual que em Inglaterra e Portugal; nos paísesdo este europeu se desenvolve uma quebra generalizadados estados condenando às massas a penúrias inacreditáveis.Em Europa, onde em grande parte se esta jogando o destinoda classe obreira mundial, os trabalhadores gregos estánrespondendo à bancarrota capitalista protagonizando já 6Greves Gerais no que vai do añou, com mobilizações emmassa e confrontos de rua contra a represión, garantidospor suas organizações de democracia direta. Os obreirosde Kirguistán já marcaram o caminho. Ante o aumento do

Mobilização nas ruas da La Paz, Bolívia

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costro de vida num 200%, em abril de este añou, ostrabalhadores e explodidos desarmaram à policía assassina,tomaram-se as comisarías, armaram-se e derrocaram aogoverno de Bakiev como o fizemos os obreiros bolivianosem 2003 e 2005 com Goni e Mesa. ¡Esse é o caminho!

11 . O combate dos obreiros fabris de Bolívia encontraa seus melhores aliados no combate do proletariadogrego contra os governos imperialistas e na heróicarevolución dos obreiros de Kirguistán. Contra estaperspectiva, encabeçados pelos “Novos PartidosAnticapitalistas”, reuniram-se a fins de maio na “ContraCume de Madri” com os mesmos dirigentes do Conclat-ELAC de Brasil, os dirigentes reformistas europeus e lhedisseram aos explodidos de Grécia e Europa que “não sepode derrocar aos gobiernvos burgueses”, tal qual nosdisseram em Brasil aos fabris. Dizem-lhes aos obreiros quesóo se pode lutar “por uma Europa forte e social”pressionando aos governos antiobreros e masacradoresda classe obreira.

A unidade internacionalista da clase obreira não podevir dos Congressos de dirigentes que pregam a “EuropaSocial” dos capitalistas. Sóo os obreiros españoles efranceses podem derrotar à Repsoly à Total, que juntassaqueiam os hidrocarbonetos bolivianos; os obreirosingleses à Britsh Petroleum que junto à Exxon ianquesustenta e financiam à Média Lua fascista para que nosmassacrem em Bolívia, combatendo por desapropriar a estasmultinacionais imperialistas sem indemnización eponiéndolas sob controle obreiro. O triunfo da luta dosobreiros bolivianos e latinoamericanos, bem como dosexplodidos de Médio Oriente e África, define-se em últimainstância no combate revolucionário da classe obreira deEE.UU., nas barricadas de Paris e Atenas, nas callé de Madrie Berlín.

Por isso nesses luxuosos congressos de Madri e Santos-Brasil não tiveram lugar as massas revolucionárias deKirguistán, que se armaram, se autoorganizaron, ederrocaram ao governo de Bakiev; e hoje tentam serachatados pela base militar ianque, as tropas russas e oexercito da “burguesía democrática” de Rosa Otunbayeva,que já massacraram a milhares de explodidos.

¡Somos uma só classe, uma mesma luta doproletariado internacional! ¡Abaixo todos os governoscapitalistas que comandam o ataque contra a classeobreira! ¡Por uma greve geral continental no caminhode demolir à Europa imperialista de Maastricht eavançar para os Estados Unidos Socialistas de Europa!

12.No congresso do Conclat de Brasil esteve presenteuna delegación de sindicatos de Japón, mas esse congressonão lançou ningún programa revolucionário para osexplodidos de Ásia e o Extremo Oriente que se encontramnuma dura luta contra as multinacionais, o imperialismo,as maquilas e suas gobiernvos.

O látigo do capital está unindo a toda a classe obreira deÁsia sob terríveis condições de miséria e escravatura. Éhora de que a unam os obreiros concientes e suasorganizações revolucionárias.

Vemos as revoltas de Tailândia, na península deIndochina, onde centenas de maquiladoras japonesas lhepagam 3 dólares diários aos camponeses desposeídois desuas terras, como o fazem em Coréia do Norte ou em China.

Não deixam de suceder-se enormes revoltas da classeobreira norcoreana contra o robo em massa das poupançasdo povo, impulsionado pela burocracia restauracionista ounova burguesía de esse país que afundou ao povo na fomegeneralizada.

A luta por salário, contra as demissões e a precarizacióntrabalhista no Japón dos macacopolios imperialistas, poderátriunfar se a classe obreira japonesa ata seu destino aotriunfo dos combates que os obreiros já están dando emChina, Coréia do Norte, Vietnã e Tailândia, todos explodidospor estes mesmos monopólios.

¡A igual trabalho, igual salário para os trabalhadoresde Japón e de toda Ásia!, é de primeiro ordem para aunidade internacionalista da classe obreira em todo oExtremo Oriente, para enfrentar o ataque dos monopóliosimperialistas.

O grito dos obreiros japoneses deve ser: “¡O inimigoestá em casa!”. Votemos em todas as organizações obreirasde Japón unir o combate contra o governo imperialista àluta de nossos irmãos de classe asiáticos que enfrentam osgovernos e regimenes das burguesías serventes doimperialismo yanky e japonés. ¡Abaixo o régemem dascorporações e o governo do DPJ - Novo Partido do Povo-Rengo, sustentado pela socialdemocracia e o estalinismo!¡Abaixo Hu Jintao e os mandarines “vermelhos” chineses!¡Abaixo a burocracia esclavista de Coréia do Norte! ¡Abaixoo governo burgués restaurador de Vietnã! ¡Abaixo amonarquía e a ditadura militar de Tailândia! ¡Uma só classe,uma só luta! ¡Uma só revolución em todo o ExtremoOriente!

13.Os trabalhadores fabris de La Paz que lutamos pelaunidade da classe obreira internacional afirmamos que: duaspontas de uma mesma soga da crise mundial estánestrangulando aos explodidos do mundo. Em nome da“estabilización monetário” atiram o craque sobre osexplodidos para qoue paguem a crise como vemos emEuropa, e por outro lado em setores do planeta atacam àsmassas com inflación, carestía de a vida e superexplotacióncomo em China, Argentina, Bolívia etc. Frente a isto, oprograma da classe obreira mundial deve ser impor a¡Escala móvil de salários e horas de trabalho!¡Expropiación sem pagamento e sob controle obreirode toda fábrica que fechamento ou despeça!

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14. ¡Há que voltar a pôr em pé a revoluciónlatinoamericano! para que volte a escutar-se o grito dosobrervos argentinos e suas jornadas revolucionárias de 2001“Que se vão todos e não fique nem um só” dos padrões eseus políticos; ¡Espingarda, Metralla, Bolívia não secala!; ¡Que voltem os trabalhadores portuários deEE.UU. em Oakland a bloquear os portos para que osianques não podem enviar pertrechos a suas tropas emIraque e Afganistán! ¡Que volte a comuna obreira ecamponesa emOaxaca-México!; paraassim poder derrotar aoimperialismo, suasbases militares emnosso continente e aseus governos cipayos.Para que morra aEuropa dosimperialistas e viva au n i d a d erevolucionária esocialista da Europados trabalhadores.Para que nos unamosaos obreiros chinesesque lutam contra as multinacionais imperialistas comoHonda com greves em todas suas plantas, como nas fábricasde Tonghua e Lingzou ajusticiando a seus padrões negreirose contra a brutal explotación que sofrem no norte de Chinaem mãos do selvagem capitalismo que hoje dirige o PartidoComunista desse país. Um congresso de unidade da classeobreira mundial para romper a subordinación da classeobreira de Médio Oriente às burguesías islámicas; queem África rompa o cerco à revolución de Madagáscar esuas milícias obreiras, rompendo a subordinación doproletariado à burguesía negra como começam a fazê-loos obreiros têxteis em luta de Zimbabué e os obreirosferroviários, da construcción e setores da base de soldadosem Sudáfrica. ¡Nesta unidade internacionalista, osobreiros latinoamericanos e os trabalhadores fabrilhesde La Paz encontraremos as forças para triunfar!

15. ¡De pé junto ao povo palestino! ¡Brigadasinternacionalistas das organizações obreiras para atirarabaixo o muro do oprobio de Rafah e o cerco contra aluta do povo palestino! ¡Pela destrucción do estadosionista fascista de Israel! Precisamos um congressoobreiro internacional para chamar a todas as organizaçõesobreiras do mundo a romper o cerco que lhe impuseramtodas as *burguesías nativas “islámicas” de Médio Orientecom o imperialismo. Não se pode combater o genocídiodo imperialismo com proclamas vacías de “solidariedade com o povo palestino” e “boicote contraIsrael” como propõe o congresso de Brasil e o de Madri. Énecessário pôr em pé uma Assembléia nacional obreiro ecamponesa Palestina e brigadas obreiras internacionais

para centralizar o combate e destruir ao estado sionistafascista de Israel. Estes dirigentes da conferência de Brasil-Santos novamente se negam a combater contra o fascismoe o ataque do imperialismo ao povo Palestino, como ontemse negaram a fazê-lo em Bolívia ante o ataque da MédiaLua fascista.

Há que marchar desde Egito a derrubar o muro deRafah e coordenar e centralizar à resistência Palestina.

A classe obreiracanetaviana develevantar a demanda de¡ Espingarda,metralla, Palestinanão se cala! ¡Peladestrucción do estadosionista fascista deIsrael! ¡Pela derrotamilitar de todas astropas imperialistasem Afganistán eIraque! ¡MeioOriente deve ser atumba doimperialismo!

¡Pela derrota das tropas imperialistas que ocupamHaiti! ¡Pela derrota das tropas dos governos de Bolívia,Argentina, Brasil e Venezuela que sustentam o massacrecontra o povo haitiano! ¡Pela derrota do golpe militarproimperialista em Honduras! ¡Fora as tropasimperialistas de toda Ameirica Latina e o mundo!

16.¡Os trabalhadores do mundo devemos defender aCuba contra o bloqueio imperialista, mas también devemosdefender as conquistas da revolución do próprio gobiernoudos Castro e suas medidas procapitalistas que entregam ahotelería e o níquel às multinacionais e hoje ameaçam comjogar de seus trabalhos a um millón de obreiros!

17.Um verdadeiro congresso internacional para lutarcomo um só puñou por ¡ Liberdade a todos os presospolíticos do mundo! ¡Desprocesamiento de todos oslutadores obreiros e populares! ¡Por tribunais obreirose populares para julgar e castigar a todos os responsáveisdos massacres contra os explodidos!

18 . Precisamos um congreso obreiro internacionalque lute realmente pela independência de classe, aindependência dos sindicatos do estado burgués e pelamás amplo democracia obreira nas organizações de luta.A unidade das filas obreiras que clama a base trabalhaiorano congresso de CONLUTAS-Intersindical não virá denegociados entre os dirigentes; estamos por pôr em pécomitês de fábrica, empresa por empresa, com delegadosremovibles pela base, sejam da central sindical que sejam.Esta é a experiência dos obreiros brasileros nos 70 ‘com

Marcha dos professores na La Paz, Bolívia

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sua coordenadora nacional de fábricas, e da COB em 1952e sua democracia revolucionária; é a democracia obreiraque devemos voltar a conquistar em nossas organizaçõesobreiras.

¡Abaixo os métodos das patotas de burócratas queutilizam a violência física para dirimir diferençaspolíticas!

Os obreiros fabris estamos por derrotar os métodosinficionados pelas direções colaboracionistas e burocráticase dos partidos reformistas: de apalear opositores paraliquidar a democracia obreira e a liberdade de expresión epensamento ao interior das organizações obreiras. Asorganizações obreiras de Bolívia deram uma conseqüenteluta contra os métodos dos burócratas; pronunciaram-secondenamdou a agresión do Grupo Quilombo Urbano(aliado ao PSTU) contra os jóvenes do Comitê pelo VotoNulo – FT do Norte de Brasil. Estes métodos nefastos,envenenaram ao movimento obreiro internacional.

19 . ¡Abaixo as arbitragens e as conciliações obligatorias!¡Fora as mãos do estado patronal das organizações obreiras!¡Abaixo todas as leis burguesas que regulamentam cómotêm que se organizar os trabalhadores: os obreiros nosorganizamos como nós queremos!

¡Abaixo a burocracia e a aristocracia obreira! ¡Abaixo odesconto compulsivo das quotas sindicais! ¡Basta dedirigentes vitalícios e milionários nos sindicatos: pordirigentes revogáveis em qualquer momento pelasassembléias de base, que ganhem o salário de um obreiromédio e que después de elogio um mandato, voltem atrabalhar! ¡Por direções revolucionárias e internacionalistasnos sindicatos e as organizações obreiras do mundo!

20 . Desde a Federación Departamental deTrabalhadores Fabris de La Paz, chamamos em primeirolugar às bases das organizações obreiras reunidas emSantos-Brasil, e a todas as organizações de luta dostrabalhadores do mundo a conquistar este CongressoObreiro Internacional para preparar, em base a esteprograma, uma luta ounificada da classe obreira contra abarbárie imperialista. ¡Para que a classe obreira mundialviva, o imperialismo deve morrer!

¡Há que retomar o caminho das jornadas de Outubro de2003 e Maio Junho de 2005!¡Por um Bloco Obreiro Internacionalista!

Desde a FDTFLP chamamos à dirección e aoscombativos trabalhadores do Magistério Urbano de LaPaz, O Alto e Oruro a que lutemos juntos por este apelointernacional, e a que coordenemos já mesmo efetivamentenossa luta, poniendo em pé um Bloco ObreiroInternacionalista para lutar pelo programa que aquiapresentamos. Desta maneira convocar aos mineiros de base

de todo o país, principalmente aos de Huanuni, a que rompamcom suas direções e conformemos juntos esse Bloco ObreiroInternacionalista para conquistar uma dirección revolucionárioda COB que é a única que pode levar adiante este programapara triunfar.

¡Congresso de base da COB JÁ! ¡Por uma direcciónrevolucionário internacionalista da COB!

Devemos conquistar desde as bases um verdadeirocongresso democrático da COB de delegados votados emassembléia de todas as organizações que compomos nossoente matriz. ¡Abaixo Morros traidor, fora da COB!

¡Salário básico vital e escala móvil de salários! ¡Por aumentogeral de salários em base ao custo da canastra familiar!¡Trabalho para todos! ¡Pela escala móvil de horas de trabalho!¡Passe a planta permanente de todos os trabalhadoreseventuais, contratados e precarizados! ¡Jubilación digno JÁ!

Comtra o saque das trasnacionales: ¡Fora gringos!¡Expropiación sem pagamento de todas as multinacionais sobcontrole obreiro para garantir a verdadeira nacionalizacióndos hidrocarbonetos! ¡Nacionalización sob controle obreiro esem indemnización de toda sas minas, oleodutos e gasoductos!¡Nacionalización sem pagamento e sob controle obreiro docerro Mutún!

¡Abaixo os ministros “obreiros” do governo burgués deEvo Morales! ¡Abaixo as arbitragens patronais obrigatórios!

¡Há que derrotar aos fascistas da Média Lua! ¡Abaixo opacto do governo de Evo Morales com a Média Lua fascista!¡A COB e todas suas organizações devem preparar-se paraderrotar ao fascismo pondo em pé a milícia obreira ecamponesa como em 1952! ¡Por comitês de soldados em lousquartéis que desconheçam à oficialidade assassina do ejércitoBanzerista e se unam com suas armas ao povo!

As direções colaboracionistas destruíram a aliança obreirae camponesa que habíamoos conquistado nas ruas noscombates de 2003 e 2005, e lhe permitiram ao governo deEvo Morales controlar as organizações dos camponesespobres. ¡Há que voltar a conquistar a aliança revolucionáriaobreira e camponesa! ¡Expropiación dos grandesterratenientes! ¡A terra para os camponeses! ¡Expropiaciónda banca! ¡Banca estatal única sob controle dos trabalhadorespara outorgar-lhe crédito barato aos camponeses arruinadospara que tenham semente, tratores e fertilizantes!

¡Por um governo obreiro e camponês!

¡Por um congresso obreiro internacional de ruptura dasorganizações obreiras com a burguesía para enfrentar e derrotarao imperialismo! ¡Para que a crise a paguem os capitalistas: pelotriunfo da revolución socialista internacional!

SECRETARIADO DE COORDINACIÓN INTERNACIONAL

DA FRACCIÓN LENINISTA TROTSKISTA INTERNACIONAL

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TESES DO PULACAYO

1.- FUNDAMENTOS

1.- O proletariado, ainda na Bolívia,constitui a classe social revolucionária porexcelência. Os trabalhadores das minas, osetor mais avançado e combativo doproletariado nacional, definem o sentido deluta da FSTMB.

2.- Bolívia é país capitalistaatrasado, dentro da amálgama dosmais diversos estágios de evoluçãoeconômica, predominaqualitativamente a exploraçãocapitalista, e as outras formaçõeseconômico-sociais constituemherança de nosso passado histórico.Desta evidência inicia o predomíniodo proletariado na política nacional.

3.- Bolívia pese tem ser paísatrasado só é um elo da correntecapitalista mundial. Asparticularidades nacionaisrepresentam em si uma combinaçãodos traços fundamentais da economiamundial.

4.- A particularidade bolivianaconsiste em que não se apresentouno palco político uma burguesia capaz deliquidar o latifúndio e as outras formaseconômicas pré-capitalistas, de realizar aunificação nacional e a libertação do jugoimperialista. Tais tarefas burguesas nãocumpridas são os objetivos democrático-burgueses que inadiavelmente devemrealizar-se. Os problemas centrais dospaíses semicoloniais são: a revolução agráriae a independência nacional, isto é, alibertação do jugo imperialista, tarefas queestão estreitamente unidas as umas àsoutras.

5.- “As características definitivas daeconomia nacional, por grandes que sejam,fazem parte integrante, e em proporção cadavez maior, de uma realidade superior que sechama economia mundial; neste fato tem seufundamento no internacionalismo operário.”O desenvolvimento capitalista se caracterizapor uma crescente tonificação das relaçõesinternacionais, que encontram seu índice deexpressão no volume do comércio exterior.

6.- Os países atrasados se movem sobo signo da pressão imperialista, seudesenvolvimento tem um caráter combinado:reúnem ao mesmo tempo as formaseconômicas mais primitivas e a últimapalavra da técnica e da civilizaçãocapitalistas. O proletariado dos paísesatrasados está obrigado a combinar a lutapelas tarefas democrático-burguesas com aluta pelas reivindicações socialistas. Ambastampas - a democrática e a socialista - “nãoestão separadas na luta por etapas históricas

senão que surgem imediatamente as unasdas outras”.

7.- Os senhores feudais têmamalgamado seus interesses com os doimperialismo internacional, do que seconverteram em seus serventesincondicionais. Daí que a classe dominanteseja uma verdadeira feudal-burguesia. Dadoo primitivismo técnico seria inconcebível aexploração do latifúndio se o imperialismo

não fomenta artificialmente sua existênciaarrojando-lhe migalhas. A dominaçãoimperialista não se a pode imaginar isoladados governantes crioulos. A concentração docapitalismo se apresenta em Bolívia num altograu: três empresas controlam a produçãomineira, isto é, o eixo econômico da produçãonacional. A classe dominante é mesquinhana mesma medida em que é incapaz derealizar seus próprios objetivos históricos ese encontra unida tanto aos interesses dolatifúndio como os do imperialismo, O estadofeudal-burguês se justifica como umorganismo de violência para manter os

TESE CENTRAL DA FEDERAÇÃO SINDICAL DE TRABALHADORES MINEIROS DE BOLÍVIA(Aprovada sobre a base do projeto apresentado pela delegação de Llallagua)

Bolívia - Novembro de 1946.

Milícia operária na revolução boliviana de 1952

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privilégios do latifundiário e do capitalista. OEstado é um poderoso instrumento quepossui a classe dominante para achatar asua adversária. Somente os traidores e osimbecis que o estado tem a possibilidade deelevar-se acima das classes sociais e dedecidir paternalmente a parte quecorresponde a cada uma delas.

8.- A classe média ou pequenaburguesia é a mais numerosa e, no entanto,seu peso na economia é insignificante. Ospequenos comerciantes e proprietários, ostécnicos, os burocratas, os artesãos e oscamponeses, não puderam até agoradesenvolver uma política de classeindependente e menos o poderão no futuro.O campo segue à cidade e nesta o caudilhoé o proletariado. A pequena burguesia segueaos capitalistas em etapas de “tranqüilidadesocial” e quando prospera a atividadeparlamentar. Vai por trás do proletariado emmomentos de extrema agudização da lutade classes (exemplo: a revolução) e quandotem a certeza de que será o único que lheassinale o caminho de sua emancipação.Nos dois extremos a independência declasse da pequena burguesia é um mito.Evidentemente, são enormes aspossibilidades revolucionárias de amplascapas da classe média, basta recordar osobjetivos da revolução democrático-burguesa, mas também é verdadeiro que nãopodem realizar por se sós tais objetivos.

9.- O proletariado se caracteriza por tera suficiente força para realizar seus própriosobjetivos e inclusive os alheios. Seu enormepeso específico na política está determinadopelo lugar que ocupa no processo daprodução e não por seu escasso número. Oeixo econômico da vida nacional serátambém o eixo político da futura revolução.

O movimento mineiro boliviano é um dosmais avançados de América Latina. Oreformismo argumenta que não pode dar-seno país um movimento social mais adiantadoque o dos países tecnicamente maisevoluídos. Tal concepção mecanicista darelação entre a perfeição das máquinas e aconsciência política das massas foidesmentida inumeráveis vezes pela história.

O proletariado boliviano, por sua extremajuventude e incomparável vigor, por terpermanecido quase virgem no aspectopolítico por não ter tradições deparlamentarismo e colaboracionismoclassista e, em fim, por atuar num país noque a luta de classes adquire extremabeligerância, dizemos que por tudo isto oproletariado pôde converter-se num dos maisradicais. Respondemos aos reformistas eaos vendidos à rosca que um proletariadode tal qualidade exige reivindicaçõesrevolucionárias e uma temerária audácia naluta.

II.- O TIPO DE REVOLUÇÃO QUEDEVE REALIZAR-SE

1.- Os trabalhadores do subsolo nãoinsinuamos que devem passar-se por altoas tarefas democrático-burguesas: luta porelementares garantias democráticas e pelarevolução agrária imperialista. Também nãonegamos a existência da pequena burguesia,sobretudo dos camponeses e dos artesãos.Assinalamos que a revolução democrático-burguesa, se não se a quer estrangular, deveconverter-se só numa fase da revoluçãoproletária.

Enquanto aqueles que nos assinalamcomo propugnadores de uma imediatarevolução socialista em Bolívia, bemsabemos que para isso não existemcondições objetivas. Deixamos claramentesentado que a revolução será democrático-burguesa por seus objetivos e unicamenteum episódio da revolução proletária pelaclasse social que a acaudilhará.

A revolução proletária na Bolívia não querdizer excluir às outras capas explodidas danação senão a aliança revolucionária doproletariado com os camponeses, osartesãos e outros setores da pequenaburguesia cidadã.

2.- a ditadura do proletariado é umaprojeção estatal de dita aliança. A consignade revolução ditadura proletária põe em claroo fato de que será a classe operária o núcleodiretor de dita transformação e de ditoEstado. O contrário, sustentar que a

revolução democrático-burguesa, por ser tal,será realizada pelos setores “progressistas”da burguesia e que o futuro estado encarnaráa formula de governo de unidade e concórdianacionais, põe de manifesto a intenção firmede estrangular ao movimento revolucionáriono marco da democracia burguesa. Ostrabalhadores uma vez no poder não poderãodeter-se indefinidamente nos limitesdemocrático-burgueses e se verãoobrigados, cada dia em maior medida, a darcortes sempre mais profundos no regime dapropriedade privada, deste modo a revoluçãoadquirirá caráter permanente.

Os trabalhadores mineiros denunciamosante os explorados a quem pretendemsubstituir a revolução proletária com reuniõespalacianas fomentadas pelos diversossetores da feudal-burguesia.

III. LUTA CONTRA OCOLABORACIONISMO CLASSISTA

1.- A luta de classes é, em último termoa luta pela apropriação da mais-valia. Osproletários que vendem sua força de trabalholutam em fazê-lo em melhores condições eos donos dos meios de produção(capitalistas) lutam por seguir usurpando oproduto do trabalho não pago, ambosperseguem objetivos contrários, resultandoestes interesses irreconciliáveis. Nãopodemos fechar os olhos ante a evidênciade que a luta contra os patronos é uma lutaa morte, por que nessa luta se joga o destinoda propriedade privada. Não reconhecemos,contrariamente a nossos inimigos, trégua naluta de classes. A presente etapa histórica,que é uma etapa de vergonha para ahumanidade, só poderá ser superada quandodesapareçam as classes sociais, quando jánão existam explorados e exploradores.Sofisma estúpido dos colaboracionistas quesustentam que não deve ir-se à destruiçãodos ricos, senão a converter aos pobres emricos. Nosso objetivo é a expropriação dosexpropriadores.

2.- Todo tentativa de colaboração comnossos verdugos, todo tentativa deconcessão ao inimigo em nossa luta, é nadamenos que uma entrega dos trabalhadores

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à burguesia. A colaboração de classes querdizer renunciar de nossos objetivos. Todaconquista operária, ainda a menor, foiconseguida depois de cruenta luta contra osistema capitalista. Não podemos pensarnum entendimento com os subjugadores porque o problema das reivindicaçõestransitórias osubordinamos àrevolução proletária.

Não somosreformistas, ainda queentregamos aostrabalhadores aplataforma maisavançada dereivindicações, somos,s o b r e t u d o ,revolucionários, porque nos dirigimos atransformar a estruturamesma da sociedade.

3.- Recusamos ailusão pequeno-burguesa de solucionar oproblema operário deixando em mãos doEstado ou de outras Instituições que têm aesperança de passar por organismoseqüidistantes entre as classes sociais emluta. Tal solução, ensina a história domovimento operário nacional e tambéminternacional, significou sempre uma soluçãode acordo aos interesses do capitalismo e acosta da fome e da opressão do proletariado.A arbitragem obrigatória e a regulamentaçãodos meios de luta dos trabalhadores é, nageneralidade dos casos, o começo daderrota.

No possível trabalhamos por destroçar aarbitragem obrigatória. Que os conflitossociais sejam resolvidos sob a direção dostrabalhadores e por eles mesmos!.

4.- A realização de nosso programa dereivindicações transitórias, que deve levar-nos à revolução proletária, está subordinadasempre à luta de classes. Estamosorgulhosos de ser os mais intransigentesquando se fala de compromissos com ospadrões. Por isto é uma tarefa central lutar edestroçar aos reformistas que pregam acolaboração classista, aos que aconselhamapertar-se os cintos em aras da chamada

salvação nacional. Quando existe fome eopressão dos operários, não pode tergrandeza nacional; isso se chama miséria edecrepitude nacionais. Nós aboliremos aexploração capitalista.

Guerra de morte contra o capitalismo!Guerra de morte contra o colaboracionismo

reformista! Pelo caminho da luta de classespara a destruição da sociedade capitalista!

IV. LUTA CONTRA O IMPERIALISMO

1.- Para os trabalhadores mineiros lutade classes quer dizer, sobretudo, luta contraos grandes mineiros, isto é, contra um setordo imperialismo ianque que nos oprime. Alibertação dos explorados está subordinadaà luta contra o capitalismo internacional.

Por que lutamos contra o capitalismointernacional representamos os interesses detoda a sociedade e temos objetivos comunscom os explorados de todo mundo. Adestruição do imperialismo é questão préviaà tecnificação da agricultura e à criação dapequena e pesada indústria.

Ocupamos a mesmo posição que oproletariado internacional por que estamosempenhados em destruir uma força tambéminternacional: o imperialismo.

2.- Denunciamos como inimigodeclarados do proletariado aos“esquerdistas” alugados ao imperialismoianque que nos fala da grandeza da

“democracia” do Norte e de sua prepotênciamundial. Não se pode falar de democraciaquando são sessenta famílias as quedominam os Estados Unidos da América equando essas sessenta famílias chupam osangue dos países semicoloniais, como onosso. À prepotência ianque corresponde

uma descomunalacumulação e agudizaçãodos antagonismos econtradições do sistemacapitalista. Estados Unidosé a pólvora que espera ocontato de uma só faíscapara explodir. Declaramo-nos solidários com oproletariado norte-americano e inimigoirreconciliável de suaburguesia que vive darapina, de incessantetransformação do Estadonum dócil instrumento emmãos dos exploradores. As

posturas de “boa vizinhança”, “pan-americanismo”, etc., não são senão disfarcesque utiliza o imperialismo ianque e a feudalburguesia crioula para enganar aos povosda América Latina. O sistema da consultadiplomática recíproca; a criação deinstituições bancárias internacionais comdinheiro dos países oprimidos; a concessãode bases militares estratégicas para osianques; os contratos leoninos sobre a vendade matérias primas, etc., são diversas formasda descarada entrega dos países sul-americanos por seus governantes aoimperialismo voraz. Lutar contra esteentreguismo e denunciar toda vez que oimperialismo mostre a garra, é um deverelementar do proletariado.

Os ianques não se conformam comassinalar o destino das composiçõesministeriais, vão mais longe: tomaram parasi a tarefa de orientar a atividade policial dospaíses semicoloniais, não outra coisasignifica a anunciada luta contra osrevolucionários anti-imperialistas.

Trabalhadores de Bolívia: Fortificaivossos quadros para lutar contra o rapazimperialismo ianque!

Os fabris da La Paz atacam aoMinistério do Trabalho

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V. LUTA CONTRA O FASCISMO

1.- Nossa luta contra o imperialismo temque ser paralela a nossa luta contra a feudal-burguesia entreguista. O antifascismo seconverte, na prática, num aspecto de tal luta:a defesa e consecução de garantiasdemocráticas e a destruição das bandasarmadas e mantidas pela burguesia.

2.- O fascismo é produto do capitalismointernacional. O fascismo é a última etapade decomposição do imperialismo, mas, comtudo, não deixa de ser uma fase imperialista.Quando se organiza a violência desde oEstado para defender os privilégioscapitalistas e destruir fisicamente aomovimento operário, encontramo-nos numregime de corte fascista. A democraciaburguesa é um luxo demasiado caro, quesomente países que acumularam muitagordura a costa da fome mundial podem dar-se. Em países pobres, como o nosso, porexemplo, os operários num momentodeterminado estão condenados a enfrentar-se com a boca das espingardas.

Pouco importa o partido político quetenha que recorrer a medidas fascistizantespara viver melhor os interesses imperialistas.Se se persiste em manter a opressãocapitalista, o destino dos governantes estájá escrito: a violência contra os operários.

3.- A luta contra os grupelhosfascistizantes está subordinada à luta contrao imperialismo e a feudal-burguesia. Os que,pretextando lutar contra o fascismo,entregam-se ao imperialismo “democrático”e à feudal-burguesia também “democrática”,não fazem outra coisa que preparar ocaminho para a chegada inevitável de umregime fascistizante.

Para destruir definitivamente o perigofascista temos que destruir o capitalismocomo sistema.

Para lutar contra o fascismo, longe deatenuar artificialmente as contradiçõesclassistas, temos que avivar a luta declasses.

Operários e explorados em geral:Destruamos o capitalismo para destruir

definitivamente o perigo fascista e osgrupelhos fascistizantes! Somente com osmétodos da revolução proletária e no marcoda luta de classes poderemos derrocar ofascismo.

VI. A FSTMB E A SITUAÇÃO ATUAL

1.- A situação revolucionária do 21 dejulho, criada pela irrupção à rua dosexplorados privados de pão e de liberdade ea ação defensiva beligerante dos mineiros,imposta pela necessidade de defender asconquistas sociais conseguidas e conseguiroutras mais avançadas, permitiu aosrepresentantes da grande mineração montarsua maquinaria estatal, graças à traição ecumplicidade dos reformistas que pactuaramcom a feudal-burguesia. O sangue do povoserviu para que seus verdugosconsolidassem sua posição no poder. O fatode que a Junta de Governo seja umainstituição provisória não modifica em nadaa situação criada.

Os trabalhadores mineiros fazem bemem colocar-se à expectativa frente aosgovernantes e exigir que obriguem àsempresas cumprir as leis que regem o país.Não podemos nem devemos solidarizar-noscom nenhum governo que não seja nossopróprio, isto é, operário. Não podemos daresse passo por que sabemos que o Estadorepresenta os interesses da classe socialdominante.

2.- Os ministros “operários” não mudama natureza dos governos burgueses.Enquanto o Estado defende à sociedadecapitalista, os ministros “operários” seconvertem em vulgares proxenetas daburguesia. O operário que tem a debilidadede mudar seu posto de luta nas filasrevolucionárias por uma carteira ministerialburguesa, passa às filas dos traidores. Aburguesia cria aos ministros “operários” parapoder enganar melhor e mais facilmente aostrabalhadores, para conseguir que osexplorados abandonem seus própriosmétodos de luta e se entreguem em corpo ealma à tutela do ministro “operário”.

A FSTMB nunca irá fazer parte dosgovernos burgueses, pois isso significaria a

mais franca traição aos explorados eesquecer do que nossa linha é a linharevolucionária da luta de classes.

3.- As próximas eleições darão comoresultado um governo ao serviço dos grandesmineiros, por algo será o produto de eleiçõesque não têm nada de democráticas. A maioriada população, os indígenas e uma enormepercentagem do proletariado, pelosobstáculos que põe a Lei Eleitoral e por seranalfabetos, está impossibilitado de coincidiràs urnas eleitorais. Setores da pequenaburguesia, corrompidos por obra da classedominante, determinam o resultado daseleições. Não nos fazemos nenhuma ilusãocom respeito à luta eleitoral.

Os operários não chegaremos ao poderpor obra da papeleta eleitoral, chegaremospor obra da revolução social. Por isto,devemos afirmar que nossa conduta frenteao futuro governo será a mesma que frenteà atual Junta de Governo. Se se cumpremas leis, felicitações, para isso estão postosos governantes. Se não chegam a cumprirenfrentarão nossa mais enérgico protesto.

VII. REIVINDICAÇÕESTRANSITÓRIAS

Cada sindicato, cada região mineira, têmseus problemas peculiares e os sindicalistasdevem ajustar sua luta diária a essaspeculiaridades. Mas existem problemas que,por si sós, sacodem e unificam aos quadrosoperários de toda a nação: a misériacrescente e o boicote patronal que se fazemcada dia mais ameaçantes. Contra essesperigos a FSTMB propugna medidasradicais.

1.- Salário básico vital e escala celularde salários.- A supressão do sistema demercado barato e a excessiva desproporçãoexistente entre padrão de vida e os saláriosreais, exige a fixação de um salário básicovital.

Nota.- O Primeiro Congresso Extraordinário daFSTMB, complementando este ponto, lembroulutar pela implantação da semana de trabalhode trinta e seis horas para mulheres e meninos.

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O estudo científico das necessidades dafamília operária deve servir de base para afixação do salário básico vital, isto é, dosalário que permita a essas famílias levaruma existência que possa chamar-sehumana.

Como sustentou o Terceiro CongressoMineiro (Catavi-Llallagua, março de 1946),esse salário vital deve ser complementadocom o sistema da escala celular de salários.Evitemos que a curva do alça dos preçosnão possa nunca ser atingida pelosreajustes periódicos de salários.

Ponhamos fim à eterna manobrade anular os reajustes de saláriosmediante a depreciação do signomonetário e pela elevação quasesempre artificial, dos preços dosmeios de subsistência.

Os sindicatos devem encarregar-se de controlar o custo da vida eexigir às empresas o aumentoautomático de salários de acordo adito custo. O salário básico, longe deser estático, deve seguir à curva doaumento dos preços dos artigos deprimeira necessidade.

2.- Semana de 40 horas detrabalho e escala celular de horas detrabalho.- A tecnificação das minasacelera o ritmo do trabalho dooperário. A própria natureza dotrabalho no subsolo converte ajornada de 8 horas em excessiva e queaniquila em forma desumana a vitalidade dotrabalhador. A luta mesma por um mundomelhor exige do que em alguma medida selibere ao homem da escravatura da mina.

Por isto, a FSTMB lutará pelaconsecução da semana de quarenta horas,jornada que deve ser complementada coma implantação da escala celular de horas detrabalho. A única maneira de lutareficazmente contra o perigo permanente doboicote patronal contra os operários, está emconseguir a implantação da escala celularde horas de trabalho na mesma proporçãoem que aumenta o número de desocupados.Tal diminuição não deve significar umadiminuição do salário, já que este éconsiderado vital necessário.

Somente estas medidas nos permitirãoevitar que os quadros operários sejamdestroçados pela miséria e que o boicotepatronal aumente artificialmente o exercitode desocupados.

3.- Ocupação de minas.- Os capitalistaspretendem conter o ascendente movimentooperário com o argumento de que estãoobrigados a fechar suas minas em caso deter perdas. Pretende-se pôr uma corda no

pescoço dos sindicatos apresentando-lheso espectro dos funcionários públicosdemitidos. Ademais, a paralisaçãotemporária das explorações, demonstra-o aexperiência, só serviu para procurar osverdadeiros alcances das leis sociais e parare-contratar os operários, sob a pressão dafome, em condições verdadeiramentevergonhosas.

As grandes empresas têm o sistema dedupla contabilidade. Uma para exibí-la anteos operários e pagar os impostos ao Estadoe outra para estabelecer a quantia dedividendos. Não podemos ceder em nossasaspirações ante os algarismos dos livros decontabilidade.

Os operários que sacrificaram suas vidasem aras da prosperidade das empresas têmo direito de exigir não se lhes negue trabalhar,

ainda em épocas que não sejam suaves paraos capitalistas.

O direito ao trabalho não é umareivindicação dirigida a tal ou qual capitalistaem particular, senão ao sistema em seuconjunto, por isto não pode interessar-nos olamento de alguns pequenos empresáriosquebrados.

Se os patronos se encontramincapacitados de outorgarem a seusescravos um pedaço mais de pão; se o

capitalismo para subsistir se vêobrigado a atacar o salário e asconquistas atingidas, se oscapitalistas respondem a todatentativa reivindicativa com aameaça do fechamento de suasinstalações, não lhes fica aostrabalhadores mais recurso do queocupar as minas e tomar por suaconta o manejo da produção.

A ocupação das minas por semesma ultrapassa o marco docapitalismo, já que propõe a questãode saber quem é o verdadeiro donodas minas: os capitalistas ou ostrabalhadores. A ocupação não sedeve confundir com a socializaçãodas minas, trata-se somente deevitar que o boicote patronalprospere, que os trabalhadoressejam condenados a morrer-se defome. A greve com ocupação dasminas se converte num dos objetivoscentrais da FSTMB.

Por tais projeções, é evidente que aocupação das minas adquire categoria demedida ilegal. Não podia ser de outro modo.

Um passo que desde todo ponto de vistasupera os limites do capitalismo não podeencontrar uma legislação preestabelecida.Sabemos que ao ocupar as minasrompemos o direito burguês e nosencaminhamos a criar uma nova situação,que depois os legisladores ao serviço dosexplorados se encarregarão de introduzí-lanos códigos e tentarão estrangulá-lamediante regulamentações.

O decreto supremo da Junta de Governoproibindo a apreensão das minas pelosoperários não afeta nossa posição.Sabíamos que não é possível contar em taiscasos com a colaboração governamental e

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tendo a evidência de não fazer sob o amparodas leis, não nos fica mais recurso do queocupar as minas sem direito a indenizaçãoalguma em favor dos capitalistas.

A ocupação das minas deve fazer surgiros Comitês de Minas, que devem formar-secom a participação de todos ostrabalhadores, inclusive dos nãosindicalizados. Os Comitês de Minas devemdecidir os destinos da minas e dos operáriosque intervêm na produção.

Trabalhadores mineiros: ¡para recusar oboicote patronal OCUPAI As MINAS!

4.- Contrato coletivo de trabalho.- emnossa legislação o padrão pode escolherlivremente entre o contrato individual ecoletivo. Até a data e por que às empresasassim lhes interessa não foi possível levar àprática o contrato coletivo. Temos que lutarpor que se estabeleça uma só forma decontrato de trabalho: o coletivo.

Não se pode permitir que a prepotênciado capitalista enrole o trabalhador individual,incapaz de dar um livre consentimento alionde a miséria do lar obriga a aceitar o maisignominioso contrato de trabalho.

Aos capitalistas organizados, que fazemem comum acordo para extorquir ao operáriomediante o contrato individual oponhamoso contrato coletivo dos trabalhadoresorganizados nos sindicatos.

a) O contrato coletivo de trabalho deveser sobretudo, revogável em qualquermomento pela só vontade dos sindicatos; b)de adesão, isto é, obrigatório ainda para osnão sindicalizados, o operário que vácontratar-se encontrará preestabelecida ascondições pertinentes; c) não deve excluiras condições mais favoráveis que se tivesseconseguido mediante contratos individuais;d) sua execução e o contrato mesmo devemestar controlados pelos sindicatos.

O contrato coletivo deve tomar comoponto de partida nossa plataforma dereivindicações transitórias.

Contra a extorsão do capitalismo:CONTRATO COLETIVO DE TRABALHO!

5.- Independência sindical.- A realizaçãode nossas aspirações será possível sesomos capazes de liberar-nos da influência

de todos os setores da burguesia e de seusagentes de “esquerda”. A sífilis do movimentooperário constitui o sindicalismo dirigido. Ossindicatos quando se convertem emapêndices governamentais perdem sualiberdade de ação e arrastam às massas pelocaminho da derrota.

Denunciamos à Confederação Sindicalde Trabalhadores de Bolívia (CSTB) como aagência governamental no campo operário.Não podemos confiar em organizações quetêm sua secretaria permanente no Ministériode Trabalho e enviam a seus membros temrealizar propaganda governamental.

A FSTMB tem absoluta independênciaem relação com os setores burgueses, aoreformismo de esquerda e ao governo.Realiza uma política sindical revolucionáriae denúncia como traição toda componendacom a burguesia ou com o governo.

Guerra de morte contra o sindicalismodirigido!

6.- Controle operário nas minas.- AFSTMB apóia toda medida que tomem ossindicatos em sentido de realizar um efetivocontrole dos operários em todos os aspectosdo funcionamento das minas.

Temos que romper os segredos patronaisde exploração, de contabilidade, de técnica,de transformação de minerais, etc., paraestabelecer a direta intervenção dostrabalhadores como tais em ditos “secretos”.Já que nosso objetivo é a ocupação dasminas, temos que nos interessar em sacaràs claras os segredos patronais.

Os operários devem controlar a direçãotécnica da exploração, da contabilidade,intervir na designação de empregados decategoria e, sobretudo, devem interessar-seem publicar os benefícios que recebem osgrandes mineiros e as fraudes que realizamquando se trata de pagar impostos ao Estadoe de contribuir à Caixa de Seguro e poupançaoperária.

Aos reformistas que falam dos sagradosdireitos do padrão, oponhamos a consignade CONTROLE OPERÁRIO NAS MINAS.

7.- Armamento dos trabalhadores.-Dissemos que enquanto exista o capitalismoa repressão violenta do movimento operárioé um perigo latente. Se queremos evitar que

o massacre de Catavi se repita temos quearmar aos trabalhadores. Para recusar àsbandas fascistas e aos fura-greves,formemos piquetes operários devidamentearmados.

De onde sacamos armas? Ofundamental é ensinar aos trabalhadores debase que devem armar-se contra a burguesiaarmada até os dentes; os meios já seencontrarão. Esquecemos talvez quediariamente trabalhamos com poderososexplosivos?.

Toda greve é o começo potencial daguerra civil e a ela devemos ir devidamentearmados. Nosso objetivo é vencer e para issonão devemos esquecer que a burguesiaconta com exércitos, polícias e bandasfascistas. Corresponde-nos, pois, organizaras primeiras células do exército proletário.Todos os sindicatos estão obrigados a formarpiquetes armados com os elementos jovense combativos.

Os piquetes sindicais devem organizar-se militarmente e à brevidade possível.

8.- Bolsa pró-greve.- As empresas têmuma arma de controle dos mercados e nosmiseráveis salários que obrigam os operáriosa não ter mais recursos do que asremunerações diárias. A greve tem seu piorinimigo na fome que sofrem os grevistas.Para que a greve chegue a feliz termo setem que eliminar a adversa pressão familiar.Os sindicatos estão obrigados a destinar umaparte de seus rendimentos a engrossar abolsa pró-greve, para poder, se for o casooutorgar, aos operários o socorro necessário.

¡Destruamos o controle patronal dasgreves mediante a fome, organizado deimediato bolsas pró-greve!

9.- Regulamentação da supressão domercado barato.- Já dissemos que o sistemade mercado barato permitia aos patronos umenriquecimento indevido a costa do saláriodo trabalhador. A simples supressão domercado barato não faz senão agravar asituação dos trabalhadores e se convertenuma medida contrária a seus interesses.

Para que a supressão de mercado baratocumpra sua função deve exigir-se que oregulamento respectivo complemente dita

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medida com a escala celular de salários e oestabelecimento do salário básico vital.

10.- Supressão do trabalho a“contrato”.- As empresas, para burlar ajornada máxima legal e explodir em maiormedida ao trabalhador, criaram as diversasmodalidades de trabalho que se chamam“contratos”. Estamos obrigados a romperesta nova manobra capitalista que se utilizacom fins de rapina. Que se estabeleça oúnico sistema de salário por jornada diária.

VIII. ACÇÃO DIRETA DE MASSAS ELUTA PARLAMENTAR

1 . -Reivindicamos o lugarde preeminência quecorresponde, entre osmétodos de lutaproletária, à açãodireta de massas.S a b e m o ssobradamente quenossa libertação seráobra de nós mesmose que para conseguirdita libertação nãopodemos esperarcolaboração alheias àsnossas. Por isto, nestaetapa de ascensão domovimento operário, nosso método preferidode luta constitui a ação direta de massas edentro desta a greve e a ocupação de minas.No possível evitemos as greves por motivosinsignificantes, a fim de não debilitar nossasforças num só ponto. Toda greve deve nascercom a intenção de converter-se em general.Algo mais, uma greve de mineiros deveestender-se a outros setores proletários e àclasse média. As greves com ocupação deminas estão à ordem do dia. Os grevistasdesde o primeiro momento devem controlaros pontos finques da mina e sobretudo osdepósitos de explosivos.

Declaramos que ao colocar em primeiroplano a ação direta de massas, não negamosa importância de outros métodos de luta.

Os revolucionários devem encontrar-seem todas partes onde a vida social coloqueàs classes em situação de luta.

2.- A luta parlamentar é importante, masnas etapas de ascensão do movimentorevolucionário adquire um carátersecundário.

O parlamentarismo para jogar um papeltranscendental deve subordinar-se à açãodireta das massas nos momentos de refluxo,quando as massas abandonam a luta e aburguesia se apropria dos postos queaquelas deixaram, pode o parlamentarismocolocar-se num primeiro plano. De um modogeral, o parlamento burguês não resolve oproblema fundamental de nossa época: o

destino da propriedade privada. Tal destinoserá assinalado pelos trabalhadores nasruas. Conquanto não negamos a lutaparlamentar, submetemo-la a determinadascondições. Devemos levar ao parlamento aelementos revolucionários provados, que seidentifiquem com nossa conduta sindical. Oparlamento deve ser convertido em tribunarevolucionária. Sabemos que nossosrepresentantes serão uma minoria, mastambém que se encarregarão dedesmascarar, desde o seio mesmo dascâmaras, as manobras da burguesia. E,sobretudo, luta-a parlamentar deve estardiretamente unida à ação direta de massas.Deputados operários e trabalhadoresmineiros devem atuar sob uma só direção:os princípios da presente Tese Central.

3.- Na próxima luta eleitoral, nossatarefa consistirá em levar um bloco operário,o mais forte possível, ao parlamento.Recalcamos que sendo antiparlamentaristasnão podemos deixar livre este campo anossos inimigos de classe. Nossa voz seescutará também no recinto parlamentar.

¡Ante as manobras eleitorais dostraidores de esquerda, oponhamos aformação do BLOCO PARLAMENTARMINEIRO!

IX. À CONSIGNA BURGUESA DEUNIDADE NACIONAL,OPONHAMOS A FRENTE UNICOPROLETARIO.

1.- Somossoldados da luta declasses. Dissemos quea guerra contra osexploradores é umaguerra a morte. Por istodestroçaremos todat e n t a t i v acolaboracionista nasfilas operárias. Ocaminho da traição seabriu com as famosasfrentes populares, istoé, as frentes que,esquecendo a luta declasses, unem os

proletários, pequeno burgueses e algunssetores da mesma burguesia. A frentepopular custou muitas derrotas aoproletariado internacional. A expressão maiscínica da negação da luta de classes, daentrega dos oprimidos a seus verdugos, doponto culminante da degeneração dasfrentes populares é a chamada “unidadenacional”. Esta consigna burguesa foilançada pela boca dos reformistas. “Unidadenacional” significa unidade dos burguesescom seus serventes para poder maniatar aostrabalhadores. “Unidade nacional” significaderrota dos explorados e vitória da rosca.Não podemos falar de “unidade nacional”quando a nação está dividida em classessociais empenhadas numa guerra morte.Enquanto existe o regime da propriedadeprivada só os traidores e os agentes a salário

Leon Trotsky, dirigente da revolução russa de 1917, comandante doExército Vermelho revolucinário e fundador da IV Internacional

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do imperialismo, podem atrever-se a falar de“unidade nacional”.

2.- À consigna burguesa de “unidadenacional” oponhamos a Frente ÚnicaProletária (FUP). A unificação num blocogranítico dos explorados e dos elementosrevolucionários é uma imperiosanecessidade para destroçar ao capitalismoque está unificado num só bloco.

Por que utilizamos os métodos darevolução proletária e porque não nos saímosdo marco da luta de classes é que forjaremoso FUP.

3.- Para evitar as influências burguesas.Para converter em realidade nossasaspirações, para mobilizar as massas paraa revolução proletária, precisamos a frenteúnica proletária. Os elementosrevolucionários que se identifiquem comnossas declarações fundamentais e asorganizações proletárias (ferroviários, fabris,gráficos, motoristas, etc., serão muito bemrecebidos na frente única proletário. Nosúltimos dias a CSTB agita a consigna dafrente de esquerdas. Até agora não se sabecom que fins se pretende formar essa frente.Se só se trata de uma manobra pré-eleitorale se quer impor uma direção pequenoburguesa - é a CSTB- declaramos que nadatemos que ver com tal frente de esquerdas.Mas, se se permitisse impor o pensamentoproletário e seus objetivos fossem os quecontempla esta tese. Iríamos com todasnossas forças a dita frente, que, em últimocaso, não seria senão mais do que umafrente com pequenas variações e diferentedenominação.

Contra a rosca coligada numa só frente,contra as frentes que a diário vem criando oreformismo pequeno burguês, forjemos aFRENTE ÚNICA PROLETÁRIA!

X. CENTRAL OPERÁRIA.

A luta do proletariado precisa umcomando único. Precisamos forjar umapoderosa CENTRAL OPERÁRIA. A históriada CSTB ensina a forma em que devemosproceder para conseguir nossa tentativa.Quando as federações se converteram em

instrumentos dóceis ao serviço dos partidospolíticos da pequena burguesia, quandopactuaram com a burguesia, deixaram deser representantes dos explorados. É nossamissão evitar as manobras dos burocratassindicais e das capas artesanais corrompidaspela burguesia. Sobre uma baseverdadeiramente democrática deveorganizar-se a central dos trabalhadoresbolivianos. Estamos cansados das pequenasfraudes para conseguir maiorias. Não vamospermitir que uma organização de umacentena de artesãos possa pesar na balançaplebiscitária igual que a Federação deMineiros que conta com cerca de sessentamil operários. O pensamento dasorganizações majoritárias não deve seranulado com o voto de organismos quaseinexistentes. A percentagem de influênciadas diferentes federações deve serdeterminada pelo número de filiados.

Deve ser o pensamento proletário e nãoo pequeno burguês o que prime na CentralOperária.

Ademais, é nossa tarefa entregar a elaum programa verdadeiramenterevolucionário que deve inspirar-se no queneste documento expomos.

XI. PACTOS E COMPROMISSOS.

1.- Com a burguesia não temos querealizar nenhum bloco, nenhumcompromisso.

2.- Com a pequena burguesia comoclasse e não com seus partidos políticos,podemos forjar blocos e assinarcompromissos. A frente de esquerda, aCentral Operária, são exemplo de tais blocos,mas tendo cuidado de lutar porque oproletariado seja o diretor do bloco. Se sepretende que vamos a reboque da pequenaburguesia devemos recusar e romper osblocos.

3.- Muitos pactos e compromissos comdiferentes setores podem não ser cumpridos,mas, mesmo assim, são um poderosoinstrumento em nossas mãos. Essescompromissos, se se os contrai com espírito

revolucionário, permitem-nos desmascararas traições dos caudilhos da pequenaburguesia, permitem-nos arrastar às basesa nossas posições. O pacto operário-universitário de julho é um exemplo de comoum pacto não elogio pode converter-se emarma destruidora de nossos inimigos.Quando alguns universitários desqualificadosultrajaram a nossa organização em Oruro,os trabalhadores e setores revolucionáriosda universidade atacaram aos autores doatentado e orientaram aos estudantes. Emtodo pacto deve colocar-se como ponto departida as declarações contidas no presentedocumento.

O cumprimento de um pacto dependede que os mineiros iniciem o ataque àburguesia, não podemos esperar que talpasso o dêem os setores pequenoburgueses. O caudilho da revolução será oproletariado.

A colaboração revolucionária de mineirose camponeses é uma tarefa fundamental daFSTMB, tal colaboração é a chave darevolução futura. Os operários devemorganizar sindicatos camponeses e trabalharem forma conjunta com as comunidadesindígenas Para isto é necessário que osmineiros apóiem a luta dos camponesescontra o latifúndio e secundem sua atividaderevolucionária.

Com os outros setores proletáriosestamos obrigados a unificar-nos, a talunificação devemos levar também aossetores explorados do ateliê artesanal:oficiais e aprendizes.

PULACAYO, 8 DE NOVEMBRO DE 1946.

Nota.- O primeiro congresso extraordinário daFSTMB ratificou o pacto mineiro-universitárioassinado em Oruro - Bolívia o 29 de julho de1946.O programa proposto pelos mineiros esubscrito pelos universitários se baseou nolembrado no congresso mineiro de Catavi,que se realizou durante o governo de Villaroele que ingressou à história como o terceiro desua série.

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PeruDeclaração da Liga Trotskista Internacionalista do Peru

O Peru profundo Operário e Camponês selevantou contra os planos de fome, entrega emiséria do imperialismo, do regime fujimorista,e o governo assassino Alan García

A um ano do massacre a mais de 200 trabalhadores e camponeses a mãos da polícia assassina de Alan García e oregime fujimorista do TLC (Tratado de Livre Comercio, NdT)A 9 meses do cárcere de Pedro Condori e os lutadores da mina CasapalcaA 3 meses do massacre de cinco mineiros artesanais em ChalaA direção de Aidesep, da mão dos dirigentes da CGTP (Confederação General de Trabalhadores do Peru, NdT) e aesquerda reformista procura submeter às massas mediante a “reconciliação”, chorando como próprios aos políciasassassinos executados pelas massas em luta.Nenhuma reconciliação com o governo e o regime assassinos de operários e camponeses!Pela Libertação do Pedro Condori, Claudio Boza, os dirigentes mineiros da Casapalca, dos lutadores da Bagua!Fim da perseguição judicial de Alberto Pizango e os mais de 1000 lutadores ajuizados!Pelo direito inalienável dos operários e os camponeses pobres a defender-se do ataque do governo e o estadoburguês! Os polícias assassinos justiçados pelas massas exploradas em luta, não são nossos mártires!Por tribunais operários e populares para julgar e condenar aos responsáveis do massacre a mais de uma centenade camponeses na Bagua!

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O massacre da Bagua

O 5 de junho de 2009, a polícia peruana armada até os dentesirrompeu na Curva “do Diabo” e na Estação 6 de Petroperú, nodepartamento da Amazonas tomadas pelos trabalhadores ecamponeses pobres amazônicos desde março desse ano. Umdesses destacamentos de assassinos foi desarmado por umpiquete de camponeses que com essas armas defenderam obloqueio, numa ação heróica e audaz que marca o caminho atodos os trabalhadores e o povo explorado peruano.

Enfrentando a entrega da selva às multinacionais, no marcodo TLC entre o regime fujimorista e o imperialismo norte-americano, que ata à nação oprimida aos ditados do imperialismoestadunidense, os trabalhadores e camponeses pobres da Baguanuma aliança revolucionária com a classe operária soldada naluta, enfrentavam-se à entrega dosrecursos da nação ao imperialismo,com bloqueios de carreteiras e atomada de poços petroleiros,golpeando os interesses daburguesia peruana e seus sóciosmaiores, os imperialistas ianques,ingleses, espanhóis e franceses daHunt Oil, Repsol e Totalfina.

Depois do 5 de junho, o exércitoentrou à região, atuando como naépoca da guerra suja. Durante 5dias o exército atuou como uma“zona político-militar”. E isto foiassim, já que a luta dos operários ecamponeses da Bagua ameaçoucom estender-se a tudo Peru echegar à mesma capital: Lima.Bagua abriu uma verdadeira fasede guerra civil. Esta guerra civil seestendia para outros departamentos e outros setores operáriosem luta e ameaçou com golpear diretamente à capital,aprofundar-se e converter-se numa ação independente dasmassas que abrisse a revolução peruana. Este golpe dos operáriose camponeses pobres da Bagua tinha deixado em crises aoregime e ao governo Alan García quem foi por isso a blindar-secom as forças armadas.

O confronto entre os camponeses pobres da Bagua e a Políciaassassina do regime fujimorista deixou um saldo de mais decem camponeses assassinados e 23 dos assassinos executadospelos camponeses que exerceram seu legítimo direito a defender-se do ataque dos cães de presa do estado burguês peruano.

Encarceramentos e perseguição dos mineiros daCasapalca

Em outubro de 2008 enquanto bloqueavam a carreteiracentral, os trabalhadores da mina Casapalca se enfrentaram àpolícia que tinha ido reprimi-los. No confronto morreu umcapitão de polícia, devido ao desprendimento de uma pedra,enquanto eram perseguidos os mineiros entre os morros. Por

isso o secretário geral do sindicato mineiro, Pedro Condori, odirigente Claudio Boza, estão presos no cárcere da Aucallama,desde setembro de 2009, ou seja faz quase 9 meses. Eles foramintervindos na rua, sem ser-lhes avisado que se lhes tinhadenunciado penalmente, depois de que se lhes tivesse citado noministério de trabalho. Em março deste ano foi encarcerado osub secretário geral do sindicato da Casapalca, Antonio Quispe.Afastados de seus familiares, pela lonjura do cárcere, isoladosdo apoio da Federação Mineira por obra de sua direção serventedo regime, tal como denuncia o mesmo colega Condori, oscolegas presos estão adoecendo-se devido aos maltratos e asituação desumana que vivem na prisão do regime fujimoristado TLC.

O massacre da Chala

Em abril deste ano os mineirosartesanais agrupados naFenamurpe saíram a combater pordefender seus postos de trabalho,ameaçados pelo governo. Ficaramisolados pela direção nacional daFederação Mineira, e da CGTP,quem se negaram a apoiá-los, pesea que a ameaça de ser reprimidossanguentamente estava clara desdeque dias antes o governomilitarizara a zona enviandomilhares de polícias e decretandoo estado de emergência. O 4 deabril foram cercados pela políciaassassina, sendo massacrados naChala, departamento da Arequipa,no momento que bloqueavampacificamente a carreteira pan-

americana. Cinco mineiros foram assassinados e 80 ficaramferidos, a só 10 meses do massacre da Bagua.

Os novos decretos repressivos e anti-operários dogoverno e o regime

Agora o governo agora sacou o fantasma de SenderoLuminoso para descarregar sobre os trabalhadores e o povouma série de decretos bonapartistas. O primeiro que vão proporé anular de fato a autonomia universitária permitindo que oexército e a polícia entrem nas universidades por ordem dogoverno, e modificar a eleição e funcionamento do governouniversitário, para gerenciar a privatização das universidadespúblicas. Sem dúvida o seguinte será endurecer ainda mais alegislação penal para reprimir aos trabalhadores e dar-lhe maiorliberdade de ação às forças armadas e policiais, para conseguiro sonho dourado dos patrões, qualificar como “terrorismo” oque hoje é “motim”, e poder julgar como “terroristas” aoslutadores de novas “Baguas e Ilaves”, e encerrá-los em prisãode por vida. Aproveitam este momento em que graças ao águajogada em cima das lutas, o governo se salvou de uma greve

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geral. O água jogada em cima se chama a “reconciliação” que adireção de Aidesep, da mão da direção da CGTP e a esquerdareformista, lanço a princípios de junho.

Uma “reconciliação” com os verdugos para jogar águaao fogo da luta contra a exploração do gás

O 5 de junho deste ano, a um ano do massacre da Bagua, adireção de Aidesep (Associação Interétnica de Desenvolvimentoda Selva Peruana) que agrupa às organizações de etniasamazônicas, organizou uma cerimônia na que declararam“Mártires pela defesa da Vida na Amazônia do Peru” tanto aosnativos como aos polícias que perderam a vida aquele dia.

O governo Alan García e todas asinstituições do regime fujimorista doTLC, assentado nos pactos contrarevolucionários imposto no continenteentre o imperialismo e as burguesiasbolivarianas à cabeça de Castro, Cháveze Morales junto ao stalinismo esustentados por esquerda pelos renegadosdo trotskismo, procuram impor aoscamponeses pobres e aos operários daAmazônia peruana a reconciliação com apolícia assassina, reconhecendo como“seus mártires” aos assassinos executadospelas massas em luta. Tinha o papel dejogar-lhe água à luta dos trabalhadores ecamponeses pobres do sul que sedispunham a entrar em luta contra o saqueimperialista do gás da Camisea (Cusco).

Com esse fim, o presidente de Aidesep, Alberto Pizango,que depois do 5 de junho de 2009 deveu asilar-se em Nicaráguadurante onze meses, acusado pelo regime fujimorista peruanopor “apologia da sedição”, fora a Bagua, proclamando que“lamento profundamente a perda de cada uma das vidas de meusirmãos polícias e nativos”.

Duas pontas duma mesma corda para enforcar aostrabalhadores

É um fato que a burguesia peruana, como o faz toda aburguesia, aguçando sua visão, quer estrangular a luta dostrabalhadores e o povo explorado contra a burguesia e oimperialismo. Para isso usa dois agentes, por um lado o semi-bonapartismo com rasgos semi-fascistas que é o regime e ogoverno atual, que massacra como na Bagua e na Chala,encarcera dirigentes e lutadores e faz perseguição judicial, edecreta novas leis anti-operárias de repressão.

De outro lado usa ao setor bolivariano, conciliador, que lhediz aos trabalhadores que o caminho para liberar aos presos eperseguidos, conseguir justiça pelos massacres e genocídios dos‘80 e ‘90, passa por submeter-se à justiça burguesa, à Defensoriado povo, às comissões de negociação com os ministros e o

parlamento, e por suposto, em eleger presidente a Humala, poisdizem que “solucionará tudo”.

É o mesmo método que desprega em Palestina: subordinandoà classe operária e os explorados aos pacifistas, e às burguesiasárabes dirigidas por Egito, os quais lhes dizem às massas quese submetam e aceitem a legitimidade do estado sionista-fascista, porque senão virá uma ofensiva fascista, desarma-se aresistência, mantém-se a espoliação do território palestino pelousurpador sionista-fascista. Da mesma maneira atuam ante arebelião dos trabalhadores e juventude operária do Bariloche,levantando uma “multi-setorial” (uma “frente regional”) comadvogados, a igreja e setores patronais, dizendo que não setomem nem queimem mais delegacias, senão que se façam tudoà via legal.

Contra a posição de “reconciliação”, que fazer?

O estado não é um árbitro imparcial, como querem mostrá-lo os reformistas, senão é um instrumento da classe dominante.Enquanto reúne em suas mãos todo o poder, a burguesia temmecanismos como o parlamento, a justiça, as forças armadas,com o fim de defender seus interesses e achatar a seus inimigos.Isso se viu na Bagua, no momento de ação, o estado burguêsentrou a massacrar aos lutadores, instituiu um terror de classe,desaparecendo a 200 lutadores.

A vingança dos lutadores é justa, sagrada; a defesa de nossosirmãos de classe está acima de qualquer ilusão na “justiça” e o“equilíbrio” do estado e o regime ao serviço dos explorados.Os socialistas revolucionários defendemos incondicionalmenteo direito sagrado das massas exploradas a defender-se do estadoburguês assassino; defendemos sem nenhuma vacilação o direitoirrestrito das massas à rebelião.

Contra a política de conciliação de classes dos reformistasque falam em nome da classe operária e as massas exploradas;contra os ex trotskistas que inficionam a consciência da classeoperária com a fraseologia traidora de companheiro “polícia”,“trabalhadores em uniforme”, etc., os trotskistas, ao mesmotempo lutamos pela libertação e o fim da perseguição de AlbertoPizango e de todos os dirigentes e lutadores amazônicos, de

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Pedro Condori e os dirigentes da Casapalca e todos os lutadoresoperários e populares de Peru, defendemos incondicionalmenteo direito inalienável dos trabalhadores e camponeses em lutade defender-se do estado burguês assassino.

Para conquistar a liberdade de Condori e Boza, e o fim daperseguição judicial de milhares de lutadores como AlbertoPizango, líder do Aidesep, pelo regime fujimorista do TLC,deve-se fazer a mais ampla unidade de ação com as organizaçõesoperárias e populares. É por isso que cremos que a campanhaque impulsionam a Conlutas e a Intersindical do Brasil, a UNTvenezuelana, os Fabris da La Paz-Bolívia, Batay Ouvrie do Haiti,a Coordenadora daresistência da Honduras,sindicatos do Uruguai,Equador, Colômbia,França, Grécia,agrupados noCONCLAT e seuEncontro Internacionalde trabalhadores, emjunho deste ano, pese àsboas intenções dedelegados de base nessecongresso, temimportância pelo apoioque recebeu den u m e r o s o srepresentantes deorganizações vivas daclasse operária, maisnão é conseqüente.Porque esse congressose opôs do encaminhamento proposta pelos fabrisrevolucionários da La Paz (Bolivia), que exigiram votar adenúncia e o combate contra os governos “bolivarianos”. Istoé, nega-se a combater aos dois agentes com os que os patrões eo imperialismo querem enforcar nossas lutas, para apoiar aosetor bolivariano.

Chamamos a todos os sindicatos de bases que enviaramdelegados a esse encontro a tomar como suas o grito de guerrados Fabris da La Paz: desmascarar e combater aos governosbolivarianos, governos que não são outros que os Evo Morales,Chávez, Lula, Kirchner, e seus congêneres do Oriente Médio,Ahmadinejad, Hamas, Hezbollah, Al Fatah, a burguesiairaquiana que se converteu toda em colaboracionista, que é aúnica maneira por lutar por liberar aos presos do Guantánamo,Abu Graib, as prisões do estado de Israel, as prisões segredasda CIA, a milhares de lutadores antiimperialistas do OrienteMédio, aos milhares de lutadores que são perseguidos eassassinados pelos bolivarianos, como acaba de fazer a“progressista” Cristina Kirchner no Bariloche (Argentina).

Não impede nada a estas organizações a convocar ações demassas a nível continental e inclusive inter continental, pelaliberdade dos presos e perseguidos por lutar contra o putrefatocapitalismo, sob a bandeira dos fabris da La Paz: Combateraos governos “bolivarianos”!

Mais uma ação no Peru decidida, que golpeie no podercentral, será necessária para poder ver livres e sem acusaçõesjudiciais a nossos irmãos de classe. Só um combate encarniçadoe sem quartel contra o regime fujimorista do TLC e seu quartogoverno, Garcia, abrirá as portas das cárceres para PedroCondori, os lutadores da Bagua, parará a ofensiva anti operáriacom decretos repressivos, privatizações, entrega do gás daCamisea ao imperialismo, e as fechasse para os verdugos García,Toledo, Fujimori, a alta oficialidade e seus colaboradores. Essaação de massas esta ainda sobre o centro de mesa, é a GREVEGERAL DE MASSAS.

Abaixo a legislaçãorepressiva do regime!Nenhuma reconciliaçãonacional com o governoAlan García, seu políciae sua casta de oficiaisassassinos de operáriose camponeses pobres!Abaixo o governoassassino Alan García eo regime fujimorista doTLC, que ata à naçãoperuana aoimperialismo!

Pelo direitoinalienável dostrabalhadores e osexplorados em luta adefender-se do ataquepor parte do aparelho

repressivo do estado burguês! Por um comitê de autodefesanacional, chamando aos soldados rasos a unir-se com suas armasa seus irmãos de classe, para derrotar à casta de oficiaisassassinos! Dissolução da polícia repressora e assassina!

Abaixo a direção traidora da Federação Mineira, da CGTP,fora de nossas organizações de luta! Por um Congresso nacionalde delegados operários, camponeses pobres, estudantes, queunifique a todos os setores em luta, que organize e centralize asforças para uma greve geral!

Pela imediata libertação e fim da perseguição dos lutadoresoperários e populares! Por tribunais operários e populares parajulgar e condenar os responsáveis do assassinato a mais de 200trabalhadores e camponeses na Bagua!

Por um governo operário e camponês baseado nasorganizações de luta da classe operária e camponesa, que, sobreas ruínas do estado burguês semi-colonial, servente doimperialismo, garanta trabalho, salários dignos, saúde, educaçãopara a classe operária, e a terra para o camponês pobre! Este éo único governo que pode garantir a ruptura com o imperialismoe a revolução agrária.

LIGA TROTSKISTA INTERNACIONALISTA DO PERUINTEGRANTE DA FLTI

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O passado 16/6 o estado assassino se cobrou uma nova vida dajuventude operária, a de Diego Bonefoi de 15 anos, fuzilado pelapolícia do Rio Negro no bairro Boris Furman no Alto do Barilocheoperário. A resposta de todo o bairro não se fez esperar. Centos dejovens e trabalhadores ganhamos as ruas para repudiar semelhantecrime e defender-nos da polícia do “gatilho fácil”, com quem nosenfrentamos numa verdadeira batalha campal com nossos piquetese barricadas. Inclusive os explorados do Alto prenderam fogo emdefesa própria esse bunker de assassinos da delegacia 28, desdeonde saíam às rajadas de balas de chumbo.

Ante isto a polícia e os assassinos do grupo especial BORAdesataram uma superior e brutal repressão onde assassinaramcovardemente a Nicolás Carrasco de 16 anos e a Sergio Cárdenasde 29 anos, deixando mais de umadúzia de feridos, muitos jovensdetentos e a todo o Altoaterrorizado. Basta de mortesoperárias! Abaixo o estadoassassino!

Semelhante massacrecomandada pela cúpula policial, ointendente Cascón e o governadorgorila Saiz (UCR), apoiados desdeo governo Kirchner, redobrou nossoódio de classe. Ao outro diavoltamos a protagonizar umaenorme revolta, esta vez no centroda cidade contra o poder político.Novamente sofremos a repressão desses cães de presa, guardiõesdos interesses dos monopólios petroleiros e o turismo internacional,que eram aplaudidos por toda a burguesia e seus políticos, pelaCâmara de Comércio e setores das classes meias do Bariloche,que abriam seus lojas para que a polícia continue atirando contraos jovens e operários.

Desta maneira, com um grande instinto de classe, os exploradosdo Alto nos defendemos do plano de extermínio do estado burguês,a patronal, o governo, os políticos da “oposição” e seu malditoregime do Pacto Social. Numa magnífica revolta com os métodosoperários de luta respondemos contra os exploradores quecontinuam massacrando com o “gatilho fácil” à juventudetrabalhadora de todo o país e também metendo “o paco” (craque,NdT) nos bairros operários, com o objetivo de descompor e eliminarsetores inteiros da juventude que sobram como mão de obra noprocesso produtivo, e para que os jovens operários não nosrebelemos contra a miséria e a fome aos que nos condena a patronal.

A pérfida política de colaboração de classes da Multi-sectorial.Basta de conciliar aos explorados com seus verdugos!

A valente resposta dos explorados do Bariloche ante estaofensiva patronal contra todo o movimento operário, é continuidadeda luta que vêm de protagonizar os operários da alimentação, osdocentes do Neuquén e os piqueteiros do Norte de Salta por trabalhodigno e contra o Pacto Social e seus negociações salariais“enganosas”, e é também parte do combate dos operários fabrisbolivianos da La Paz, contra a burocracia da COB e o governoassassino do Evo Morales. É por isso que milhares e milhares de

jovens e operários de todo o paíssentiram como próprio o combateque livramos desde Alto e ansiavamentrar à luta junto conosco.

A grande patronal era muitoconsciente disto e por isso, enquantodesde a prefeitura e o ConselhoDeliberante comandavam arepressão, pôs em pé a “Multi-sectorial contra a repressão” comvereadores do ARI e a FrenteGrande… os mesmos queassinaram a solicitada com oprefeito e o resto do ConselhoDeliberante exigindo-lhe ao

governo estadual e aos Kirchner que enviem a gendarmería (PolíciaMilitar, NdT) para restabelecer “o ordem e a paz social”!

A política desta Multi-sectorial, onde também se reuniramsetores da Igreja o kirchnerismo, a CTA, ATE, PCR-CCC, MST,PO, MST, IS e PTS, foi num primeiro momento “exigir-lhe” aogoverno que freie a repressão -ao mesmo governo que comandouo massacre contra os explorados- e na hora volcar-se sobre osfamiliares e jovens do Alto para convencê-los que o castigo paraos assassinos de nosso mártires viria da mão da justiça patronalcorrupta e sua casta de juízes videlista-peronista-radicais, que é aque tem preso a Martino e a mais de 5.000 lutadores operários epopulares processados.

Lamentavelmente, todas as organizações operárias sesubordinaram à política da Multi-sectorial em todo o país. Enquantoos pelegos da CGT apoiavam e sustentavam ao Intendente e aosexploradores da Câmara de Comércio, a burocracia da CTA recémdepois de uma semana da massacre, e ante a bronca crescente da

MASSACRE OPERÁRIA NO BARILOCHE…

ABAIXO O ESTADO ASSASSINO E SEU PLANO DE EXTERMÍNIOCONTRA A JUVENTUDE OPERÁRIA!Viva o direito da juventude e os trabalhadores a revelar-se contra o massacre patronal!

Argentina

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InternacionalInternacionalInternacionalInternacionalInternacional •23 •

base, chamou à greve estaduale a uma mobilização noBariloche onde entregaramum abaixo assinado nostribunais burgueses para“exigir justiça”. Estesburocratas da CTA voltaram aatuar ao igual que na lutadocente de 2007 onde teve quecair morto (o docente)Fuentealba, para que sedignem a chamar à grevenacional. Esta vez teve que ter3 jovens mortos e osexplorados ganhar as ruas paraque estes burocratas saiam desuas cômodas e luxuosos escritórios e chamem a alguma medidade luta.

Também foi o caso da esquerda reformista que ao subordinar-se à política de colaboração de classes da Multi-sectorial, impediramque surja um organismo de independência de classe, umacoordenadora de todas as organizações operárias e de estudantescombativos do Rio Negro para romper o isolamento, pôr em pécomitês de autodefesa para que os explorados se defendam darepressão do estado e impor a Greve Geral estadual, que era aúnica maneira de parar a ofensiva patronal. A esquerda reformistaimpediu esta perspectiva e foi parte da política de subordinar aosexplorados aos pés das instituições burguesas. Desgraçadamente,reeditaram uma vez mais apolítica que aplicaram em 2007 naluta docente do Neuquén. Ali, aoigual que agora, propuseram que“tinha que continuar na justiça” aluta por que o assassinato deFuentealba não fique impune echamavam aos trabalhadores aunir-se “contra Sobisch”(Governador do Neuquén durantea Greve docente de 2007 dondefoi assassinado Fuentealba, NdT)com os políticos patronais“opositores”.

Estas organizações senegaram a pôr todo o peso dasdezenas de organizações operáriasarrancadas à burocracia, movimentos piqueteiros e centros efederações estudantis que dirigem e influenciam, quando estavaproposto que todas estas organizações enviem seus delegados aBariloche para romper o isolamento imposto aos explorados doAlto, centralizar a nível nacional o combate contra os exploradorese assim começar a criar as condições para organizar a Greve geralnacional, contra a repressão, a carestia da vida, a burocracia e suasnegociações salariais, o desemprego e por todas as demandas domovimento operário. Esta foi a nova oportunidade que perdemos opassado 26/06 no ato pelo aniversário da massacre do Avellaneda,onde milhares de trabalhadores desempregados batalhavam porlutar juntos com os explorados do Alto, mais uma vez estasorganizações se negaram a desenvolver esta perspectiva.

Rompamos oisolamento dosjovens do Alto!

A imposiçãoda política decolaboração declasses da Multi-sectorial impedeque os exploradosdo Altorespondamos àofensiva burguesacom os métodosda classe operária

e rompamos nosso isolamento. Isto é o que da força à polícia, quecontinua torturando seletivamente aos jovens dos bairros operárias,como a Marcos Huechullan que foi seqüestrado pela polícia durantevárias horas. E é o que fortalece aos setores proto fascistas quelevantam cabeça no Bariloche, com suas marchas pelo centro dacidade a favor da polícia e contra a “insegurança”. E a nível nacionallhe aplana o caminho à patronal, o governo, a oposição e o estadopara que aprofundem seu ataque anti-operário.

Assim enquanto os proto fascistas reforçam o campo da reação,os pacifistas da Multi-sectorial se encarregam de impedir umaresposta independente da classe operária para obrigá-la a que serenda ante seus verdugos.

Basta! Os jovens etrabalhadores do Alto nãopodemos seguir isolados a graçada repressão policial. O primeiropasso é que todas asorganizações operárias rompamsua subordinação à burguesia eponham todas suas forças contraos gorilas da UCR e os Kirchner,assassinos de Rodríguez, Verón,Choque, Kostequi, Santillán, os40 assassinados do 20 dedezembro de 2001 e centos demártires operários. A morte dosjovens Bonefoi, Carrasco eCárdenas não pode ficar impune!

Que todas as organizaçõesque se reclamam da classe operária rompam com a política daMulti-sectorial e marchem já a coordenar-se com os exploradosdo Alto. Todas as forças a pôr em pé a III Assembléia NacionalPiqueteira de trabalhadores empregados e desempregados paraorganizar a greve geral! Por Comitês de Autodefesa de todas asorganizações operárias! Tribunais operários e populares para julgare castigar a todos os assassinos de nossos jovens, à polícia, Cascón,Saiz e os Kirchner que os apóiam e encobrem! Dissolução de todasas forças repressivas do estado e sua substituição por comitês devigilância operários!

Nico Carrasco e Sergio Cárdenas,assassinados pela polícia

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No Bariloche a polícia assassina de Rio Negro fuzilou a sangue frio deum tiro na cabeça ao jovem Diego Bonefoi de tão só 15 anos. Milhares deestudantes e jovens operários ganharam as ruas enfrentando, em defesaprópria, a esse bunker de assassinos da delegacia 28, numa verdadeirarevolta e batalha campal contra a polícia assassina do “gatilho fácil”, querespondeu com uma sangrenta repressão, assassinando a Nicolás Carrasco(16 anos) e Sergio José Cárdenas (29 anos), deixando quatorze feridos eum número indeterminado de jovens desaparecidos e detentos.

Os cães de guarda da patronal correram com armas na mão e aostiros aos trabalhadores e jovens, é que estão para custodiar ao turismointernacional e aos gerentes daspetroleiras predatórias as mesmasque reprimiram aos piqueteiros deMosconi, torturaram e encarceraramaos operários da Las Heras emassacram às massas de OrienteMédio e do mundo inteiro com suasguerras do petróleo.

Assim, com tiros, massacres,repressão, desocupação e “o paco”(craque), o governo dos Kirchner, aoposição gorila e seu regime infamedo “Pacto Social”, ataca à juventudeexplorada para que não se rebelecontra a fome e a miséria. Hámilhares de operários processadosem todo o país e dezenas de presospolíticos. Enquanto, os expresidentes como Duhalde e Menemdo PJ (Partido Justicialista) e DaRua da UCR (União Cívica Radical), assassinos de dezenas de operárioscombativos como os 40 mártires do 20 de dezembro de 2001, ou ospiqueteiros massacrados nas rotas como Teresa Rodríguez, Aníbal Verón,Víctor Choque, Kostequi e Santillán, como também o assassino do mestreFuentealba, Sobisch, gozam de liberdade e impunidade absoluta. Tal comoa casta de oficiais genocida da ditadura militar que desapareceram a 30.000jovens operários e estudantes, quem foram salvados pela justiça patronalmandando a um punhado de milicos já idosos a countries (Bairros Privados)e cárceres vip.

Cúmplices deste massacre patronal são as burocracias da CGT e aCTA e suas bandas de matones e pistoleiros –ao melhor estilo da Triple A(Aliança Anticomunista Argentina) de Perón, Isabelita e López Rega- quedepois de impor as demissões e suspensões a centos de milhares detrabalhadores junto à burocracia piquetera dividem as filas operárias,enquanto entregam o salário com suas paritárias (acordos salariais) defome e garantem que tenha milhões de desempregados. Este é oBicentenário de Cristina Kirchner e a oposição gorila da burguesia agráriados Macri, Carrio, Cobos, etc., verdadeiros entregadores da nação aoimperialismo e assassinos de operários!

Esta é a “democracia” dos patrões escravistas e seus partidos como oPJ e a UCR, continuadores dos massacradores da classe operária comoos Varela, Falcón, Camps e Videla! Esta é a “democracia” que homenageouao assassino de Alfonsín, massacrador de operários nos levantamentosda fome! Abaixo a arqui-reacionaria Constituição de 1853/1994! Abaixo oregime infame do Pacto Social! Basta! A classe operária deve pôr-se de

pé! Viva a legítima defesa dos operários e a juventude ante a sangrentarepressão do Estado assassino! Viva a revolta valente da juventudeoperária! Fora a polícia comandada pelo governador de Rio Negro Saiz, ointendente Cascón e a patronal escravista, e a gendarmería (Polícia Militar)enviada pelo governo anti-operário dos Kirchner! Desmantelamento de todasas forças repressivas do Estado e sua substituição por comitês de vigilânciaoperários, populares e estudantis!

Expropriação sem pagamento e sob controle operário de todos osmonopólios imperialistas saqueadores da nação, suas propriedades, terras,bancos e empresas de turismo! 4 horas de estudo e 4 horas de trabalho

pagadas pela patronal e o Estadopara toda a juventude trabalhadora!Basta! Há que deter a repressão!Os trabalhadores e jovens doBarrio Boris Furman e de todo ElAlto não podem ficar isolados!Por uma coordenadora dasorganizações operárias eestudantis combativas de RioNegro para impor a Greve Geralestadual!

Chamamos a todas asorganizações operárias e deestudantes combativos a organizarmobilizações, cortes de ruas,paralisações, piquetes, assembléias,etc., e todo tipo de ações desolidariedade que permitam frear arepressão. Esta é uma tarefa de todoo movimento operário, dos

trabalhadores empregados e desempregados! Que todos os setores emluta, as organizações operárias combativas de todo o país, as comissõesinternas, os corpos de delegados e seccionais arrancadas das mãos daburocracia, o movimento piquetiero e as organizações de estudantescombativos e secundários em luta, enviem delegações aos bairros operáriasdo El Alto no Bariloche para organizar a autodefesa operária e unificar aslutas por salário, trabalho, contra o saque imperialista e a repressão numsó reclamo! Uma só classe, uma só luta! Há que pôr em pé comitês deautodefesa das organizações operárias e combativas, e preparar eorganizar a Greve Geral, para achatar a repressão da reação e dogoverno assassino dos Kirchner!

Convoquemos já mesmo à III Assembléia Nacional Piqueteira detrabalhadores empregados e desempregados! Basta de perseguir aosque lutam! Liberdade imediata a “Tyson Fernández de Tartagal,Roberto Martino do FAR-MTR, José Villalba e restantes presospolíticos! Liberdade aos lutadores presos de Andalgalá! Abaixo osfalsos juízos contra Beica, Saubolard, Villalba, Berta González,Esteche, Gómez, etc.! Anulação dos processos de todos os lutadoresoperários e populares! Aparição com vida de Julio López e LucianoArruga! Nenhuma confiança na justiça patronal! Fora as mãos da Igrejae todas as mediações! Por tribunais operários e populares paracastigar e julgar aos assassinos de ontem e de hoje!

LOI-QI / DEMOCRACIA OBRERA19-06-2010

ABAIXO O ESTADO ASSASSINO!Argentina

E seu plano de extermínio contra a juventude operáriaViva o direito dos trabalhadores e da juventude explorada a

sublevar-se contra o massacre do Estado e a patronal!