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Grupo de Pesquisa José Maria Neves do Conservatório Brasileiro de Música/CEU - Método de Guitarra: A Escola de Zé Menezes
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Partituras de José Menezes França1
Seleção de peças de Zé Menezes aplicadas à guitarra elétrica. Este material foi produzido através dos manuscritos
do Autor. As digitações foram retiradas de vídeos e de orientações do Autor. Visa à execução na guitarra elétrica,
porém podem ser tocadas em outros instrumentos.
Forró Forrado 1
Contrapontando 2
Gafieira Carioca Nº 2 5
Gafieirando 6
Dani no Frevo 8
Encabulado 10
Uma Noite na Lapa 12
Nunca Mais 14
Reco no Choro 17
Fantasia Sertaneja 18
Seresteiro 22
Entre sem bater 25
Divertimento 26
Terra Quente 28
Nosso Jardim 30
Canção Amiga 32
Guitarra no Jazz 33
Guitarra no Choro 34
Abertura de Os Trapalhões 36
Três Amigos 38
1 Edições musicais produzidas Por Rogério Borda, Bruno Scantamburlo e Pedro Autran para a conclusão no Grupo de Pesquisa
José Maria Neves do Conservatório Brasileiro de Música / Centro Universitário - Método de Guitarra: A Escola de Zé Menezes.
Todos os direitos do Autor estão reservados.
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Abertura de “Os Trapalhões”
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Quem assistiu televisão até os anos 80 conhece bem esta música que consagrou Zé Menezes como
compositor e arranjador na rede globo. Porém o que pouca gente sabe é que está música foi composta na guitarra
elétrica.
“A história da abertura de “Os Trapalhões” foi o seguinte, é que na Globo antigamente cada
abertura era feita para um determinado programa, quer dizer, novelas ou show tinha uma
abertura e era para aquele programa, hoje não, as novelas fazem a mesma coisa, só muda a cena,
mas, o fundo é aquilo que estamos escutando a mil anos, naquele tempo não, tinha 20 maestros,
produtores da Globo, para exatamente uns trabalharem na linha de novela, e outros na linha de
show, e eu era guitarrista, trabalhei com todo esses maestros que vinham de fora, do Japão, da
China, da Inglaterra, da França, então agente trabalhava com a orquestra da Globo, só que quando
foi para fazer “Os Trapalhões” era na Tupi, e o Vanucci era muito meu amigo, Augusto Cesar
Vanucci, então ele chegou e disse: Faz a abertura de “Os Trapalhões” pra Globo, aí eu falei: Mas
eles não tem a abertura deles, mas eles queriam uma abertura nova, aí se tratando de “Os
Trapalhões” tinha que fazer alguma coisa de engraçada, algo satirizado, mas aí ele disse: Não, faz
uma abertura pomposa, faz de conta que você vai fazer algo para um musical nos Estados Unidos,
com grande orquestra, aí era a minha vez de fazer alguma coisa para deixar de ser só um
guitarrista, eu não tinha pretensão não, mas sempre temos uma pretensãozinha de querer
melhorar as coisas né, e eu não tinha esperança, pois só tinha maestro tipo, o Radamés, Guio de
Moraes, só tinha gente grandes arranjadores, foram buscar nos Estados Unidos oferecendo uma
nota preta para fazer a abertura de “Os Trapalhões”, e eu corri por fora, sem pretensão nenhuma,
mas, aí eu fiz a minha abertura, cheguei em casa, liguei um gravadorzinho e de cara saiu a abertura
de “Os Trapalhões”, do jeito que eu fiz na guitarra, eu fiz para grande orquestra da Radio Nacional,
distribuí, eu fiz dois arranjos, um em Sol maior e o outro em Ré maior que é o original, e a minha
abertura no meio desse pessoal todinho foi aprovada, resultado, depois me chamaram para
assinar contrato, aí como arranjador, aí eu fiquei meio apreensivo, por que, é verdade que fui
arranjador na RCA entre 60 e 70, naquele tempo na reunião de produção eles acertavam algo com
agente, e se desse errado elem falavam, “passei para o Menezes o negocio certo”, ou seja, o
produtor nunca estava errado, então chegava na minha casa, sábado todinho ou domingo todinho
para fazer o arranjo do programa, por que segunda tinha que rolar, então passei para produtor,
para trabalhar só em um programa, passei muito tempo trabalhando no viva o gordo, como
produtor e arranjador, depois fiz a abertura do Chico City também, varias aberturas de programa,
Levanta Poeira, um bocado de programa daquele tempo, mas foi a abertura de “Os Trapalhões”
que me fez subir para a posição de maestro, arranjador e produtor”. Eu fiz um arranjo bem
funqueado, beirando o samba, eu queria bastante percussão”.
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Três Amigos - Essa peça é muito significativa na obra de Zé Menezes porque é uma homenagem a dois de
seus grandes amigos, mestres e incentivadores: Radámés Gnatalli e Garoto. Tem três partes as quais representam
Zé Menezes, Radamés e Garoto. Cada parte contém elementos musicais representativos dos estilos de tocar e
compor de cada um. A 1ª parte representa Zé Menezes, contém harmonias recorrentes da sua maneira de
harmonizar como, por exemplo, o acorde A7(b9)(13) do terceiro tempo do compasso 10 e o acorde D69 do
compasso 11. Passagens de vozes internas como as do compasso 15 e 16, e também nos compassos 33 e 34. A 2ª
parte que começa no compasso 49 representa Radamés Gnatalli que Zé Menezes tinha grande admiração e dizia
que ele possuía um estilo técnico ao piano, representando este estilo estão as escalas do compasso 53 que
encaminham a harmonia de D6 (tônica) para o Gm7 C7 (IIm7 V7 de Fá), do compasso 55 (bIII – Fá, relativo do
homônimo menor), a do compasso 59 (tônica) para o C#m7(b5) F#7(#9) (II v para o relativo menor), e a escala dos
compassos 63 e 64 que encaminham uma cadência de ponte para a 3ª parte. As marchas harmônicas rápidas dos
compassos 57 e 58, e a dos compassos 60 a 62 também são características do estilo de tocar, arranjar e compor de
Radamés que Zé Menezes representa nesta parte da peça. A 3ª parte começa no compasso 66 retrata Garoto e
seu estilo no violão, que Zé Menezes conhecia muito bem. Já no compasso 67 inicia com um acorde idiomático do
estilo de Garoto que aproveitava o dedo indicador para fazer um determinado baixo e com o mesmo dedo tocar
uma nota na 1ª corda em um traste anterior ao que tocava o baixo. Acordes m7M, m7(9) seguidos de escalas
como os dos compassos 68, 72 e 78 também eram característicos de Garoto, segundo Zé Menezes, muito
interessante é a passagem do compasso 81 ao 83 onde Zé Menezes utiliza na marcha harmônica Am7(b5) D7, G7
C7, F7 Bb7, motivos melódicos característicos de Garoto.
(...) “Eu fiz uma musica (...) fazendo uma homenagem ao meu velho amigo Radamés e ao grande
amigo Garoto. (...) É, o Três Amigos (...) essa primeira foi o Zé Menezes (...) essa que eu acabei de
tocar é Radamés, é uma coisa mais técnica, é diferente (...), acabou Radamés, agora Garoto (...) a
intenção foi exatamente isso, uma homenagem ao velho amigo Radamés e ao Garoto. Pra quem
conheceu o Garoto, as músicas do Garoto, estão vendo (...) é bonito né? Isso aqui é Garoto. (...)
Garoto nasceu em 1915, e eu em 1921. Daí ele e eu fazíamos os programas juntos, fazíamos os
programas grandes. Depois eu passei a fazer parte das grandes orquestras da rádio. A Nacional
possuía três orquestras, três big bands e uma orquestra sinfônica completa com mais ou menos
oitenta músicos, (...) eu passei a fazer parte da orquestra da noite, a orquestra melhor, que era
regida pelo Radamés, pelo Léo Perachi, e o Nilo Panicalho. (...) Radamés quis fazer a Orquestra
Brasileira de Shows. Radamés era muito chegado ao regional, na cabeça dele ele queria formar o
regional dentro da grande orquestra. Ele no piano, eu, Garoto e Bola Sete (...) Radamés fazia
sempre com uns arranjos maravilhosos. De forma que tem várias gravações que foram feitas
pelo Garoto com orquestra. O Radamés escrevia muito pro Garoto, e escrevia pra mim também,
depois, acabou escrevendo mais para mim. (...) De repente o Garoto saiu da Rádio Nacional, foi
fazer uma temporada em São Paulo eu fiquei sozinho. Foi aí que eu comecei a pegar a carga
maior. Radamés inventou o quarteto continental que acompanhava todos os cantores da época
como Araci de Almeida, entre outras. Nós Gravamos com aquele pessoal todo. O Quarteto
Continental passou a ser chamado de Quinteto Radamés com a chegada do Chiquinho e depois
passou a ser Sexteto com a inclusão da Aida Gnatalli, fizemos uma temporada na Europa de
sucesso” (...) (Menezes, 2003).
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