Administração de medicamentos em ruminantes · Vias de administração Formas Farmacêuticas...

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Administração de medicamentos em ruminantes:

algumas considerações

Rubens Alves PereiraFarmacêutico Industrial

Mestre em BiotecnologiaDoutorando em Veterinária

Objetivo

Abordar alguns aspectos

muitas vezes ignorados

durante uma terapia

medicamentosa

Abordagens

Administração de medicamentos

Vias de administração

Formas Farmacêuticas

Escolha do fluido

Fluidoterapia

Cálculo de doses

Cálculo do volume

EventosSubclínicos

Manifestações clínicas

Casos crônicos

Grandespropriedades

Pequenaspropriedades

Linha do horizonte clínico

Fases de uma doença

Mortes

Diagnóstico feito...

E agora?Se a escolha for o tratamento medicamentoso

Diagnósticos de sucesso

Mesmo sabendo qual principio ativo usar...

Aspectos a serem considerados

(Rathbone e Gurny,, 2000)

Tipo de doença

Gravidade da doença

Espécie alvo

TERAPIAMEDICAMENTOSA

Via de adm

Posologia necessária

Medicação disponível

Forma farmacêutica

Local de aplicação

E a dose?

Bula 01

Tipo da doença

Gravidade da doença

Local do acometimento

Local ou sistêmico

Bula 02

Bula 02

Bovino de 280kg

Qual o volume a ser

administrado?

Quantos mg tem em

cada mL?

1 mL/10kg de PV

20mg/Kg de PV

200 mg/mL

28 mL

Cálculos

Recomendação antibiótico: 100mg/10kg

Disponível: frasco com 500mg/5mL

Peso Animal: 300kg

Quantos mL devemos administrar?

Exemplo 01:

1 mL = 100mg x 300 kg = 30mL

Recomendação antibiótico: 100mg/10kg

Disponível: frasco com solução 10%

Peso Animal: 300kg

Quantos mL devemos administrar?

1 mL = 100mg x 300 kg = 30mL

Exemplo 02:

Vias de administração

Oral

Intra-ruminal

Endovenosa

Intravenosa

Subcutânea

Intramuscular

Tópica Intramamária

Intravaginal

Vias de administração

Potencial duração de liberação

Implantes Intravaginais

Sincronização de cios e ovulação

Exemplo

Butafosfan

Cada 30g (um dispositivo) contém:Progesterona..........................1,00gSilicone q.s.p.........................30,00g

Cada dispositivo em forma de T contém:Progesterona ................................. 1,9 gExcipiente ... q.s.p. ....................... 30,0 g

Implantes Intravaginais

Exemplo

Implante intravaginal de único uso Progesterona Micronizada ......0,75g Veículo... q.s.p. ....................... 10,5 g

Pour On

Intra ruminais

Doses previamente definidas

Aplicação única

Única via de administração

Ação local

Bolus ruminais

Tecnologia Farmacêutica

Sistemas de Liberação Controlada de Fármacos

(Liberal, 2008)

Liberação controlada de fármacos

Biodisponibilidade

Vantagens

Redução do estresse (manejo e administração)

Menor custo (tempo e dinheiro)

Concentração conhecida de fármaco (água ou alimento)

Redução da exposição humana

Alguns exemplos...

Lipossomas

Bicamada lipídica

Fosfolipídeos

(Scheerlinck e Greenwood,, 2006)

Proteção contra ação

enzimática

Uso transdérmico

Droga Lipossomal Droga Livre

Irritação reduzida

Melhora a

penetração da droga

Tempo de residência

prolongado

Toxicidade sitêmica

reduzida

Estrato córneo

Epiderme

Derme

Sangue

ResíduoIntramamário Intravaginal Injetável

Partículas < 1 µm

Nanopartículas

Direcionamento de fármacos

Estabilidade do fármaco

(Lambert, 2003)

ResíduoIntramamário Intravaginal Injetável Transdérmico

Fluidoterapia

Quando utilizar?

Qual a solução?

Quanto administrar?

Qual a velocidade?

Qual via de administração?

Não é tão simples assim...

Grau de desidratação

Grau de desidratação Sinais visualizados

< 5% não detectável – sede

5-6% rápida perda da elasticidade da pele

6-10% Pele demora para retornar TPC aumentado (taxa de preenchimento capilar)Mucosas secasLigeiro enoftalmo (afundamento do globo)

10 -12% Pele não recupera sua posição normalTPC prolongadoMucosas secasInicio de choque

12-15% Animal em choque hipovolêmico.

Diagnóstico

Laboratório:Hematocrito - >45%

Proteínas totais

Densidade urinária

Eletrólitos

Equilíbrio acido-básico

Soluções para fluidoterapia

Indicações terapêuticas das principais soluções utilizadas

Líquido ou aditivo Kcal/L Tonicidade Uso Habitual

Ringer c/ Lactato 9 Isotônica Reposição de líquido poli-iônico alcalinizante

Solução de Ringer 0 Isotônica Reposição de líquido poli-iônico acidificante

Salina 0,9% 0 Isotônica Correção de desidratação hiponatrêmica

Glicose 5% 170 Isotônica Correção de desidratação hipernatrêmica

Glicose 10% 340 Hipertônica Diurese osmótica, correção hipoglicemia

Diarreia/acidose

Vômito/alcalose

Soluções para fluidoterapia

Indicações terapêuticas das principais soluções utilizadas

Volume de infusão

Quantidade de líquido a infundir:

= Vol. em mL = grau desidratação x kg de peso

= Manutenção diária = 65 ml/kg/dia

= Perda estimada diária (diarreia) = 100 mL/kg/dia – terneiros= 50 mL/kg/dia – adultos

Caso Clínico 1

Um bovino macho de 380 Kg foi encontrado em decúbito devido a lesão no membro pélvico. O animal não estava se alimentando nem havia tomado água há três dias devido à impossibilidade de locomoção. O grau de desidratação estimado é de 5%.

Calcule o volume de líquido e indique qual é a solução mais adequada para este paciente.

Caso Clínico 2

Um terneiro de 50 Kg encontra-se apático e desidratado em decorrência de anorexia e diarreia aquosa que já dura 2 dias. O paciente apresenta pouca elasticidade cutânea e tempo de preenchimento capilar ligeiramente prolongado. A desidratação estimada é de 10%.

Qual é o volume de líquido que o paciente necessita?Qual é a solução mais adequada?

Obrigado pela atenção!!!

rubens_ap@yahoo.com.br