Cai 20% o número de alunos em autoescolas - mp.ba.gov.br · ... de fato, para se tirar uma CNH, o...

Preview:

Citation preview

Sexta, 28/07/2017CidadeTribuna da Bahia10

Para muita gente, tirar acarteira de habilitação é si-nônimo de independência euma grande conquista. Mas,por conta da crise, muitos,justamente por falta de di-nheiro, têm deixado estesonho em segundo plano. Oresultado disso tem sido aqueda no número de alunosnas autoescolas e, por suavoz, a dificuldade de manteros estabelecimentos aber-tos por conta da queda nademanda.

De acordo com o presi-dente do Sindicato das Auto-Escolas e Centros de For-mação de Condutores doEstado (Sindauto Bahia),Francisco Araújo, houveuma queda de 20% no nú-mero de alunos nestes cen-tros levando em contas osanos de 2016 e 2017. Porconta disso, segundo ele,seis escolas solicitaram,este ano, junto ao Departa-mento Estadual de Trânsito(Detran-BA), a suspensãotemporária das atividades.Já outras duas, segundo oórgão, fecharam as portas,uma delas por conta da cri-se financeira, no interior.Tem cidade que, nos últimostrês anos, o número de au-toescolas caiu em 50%.

Atualmente, estão ca-dastradas 66 Centros deFormação de Condutores(CFCs) junto ao Detran, emSalvador, e outras 341 espa-lhadas pelo interior do esta-do. “A crise vem assolandotodos os setores e com onosso não foi diferente. Sememprego, o aluno não temcondições de tirar a carteirade habilitação, já que neces-

Cai 20% o número de alunos em autoescolasYURI ABREUREPÓRTER

FORMAÇÃOCrise econômica é o principal motivo da redução dos alunos em autoescola

sita de condição financeirapara tal. Existem interessa-dos, mas tem essa dificul-dade que é a falta de dinhei-ro”, explicou o presidente doSindauto Bahia.

Nos últimos tempos, oDepartamento Nacional deTrânsito (Denatran) e o Con-selho Nacional de Trânsito(Contran) têm realizado mu-danças que, de acordo comAraújo, tem trazido maistransparência ao processo deretirada da Carteira Nacionalde Habilitação (CNH), aexemplo de serviços comobiometria e simuladores dedireção. “Contudo, isso geroucustos para as autoescolasque precisaram repassar issoaos alunos”, salientou.

E, de fato, para se tirar

uma CNH, o custo pode che-gar a quase R$ 2.500: 48%(R$ 1.200) são para as des-pesas das autoescolas;32% (cerca de R$ 800) sãode custos com simuladoresteóricos, práticos de direçãoe licenças como o LADV (Li-cença para Aprendizagemde Direção Veicular). O res-tante, em torno de R$ 500(20%), é o gasto que o alu-no também tem com os lau-dos e os exames médicose psicológicos, isso semcontar outras taxas.

“Muitas autoescolas têmtido dificuldade para realizaras renovações por estarempassando por dificuldades fi-nanceiras. A situação não éboa, muitos CFCs tem enxu-gado os quadros e somente

uma melhora na economiapoderia reverter esse quadro.Além disso, nós somos umsetor que trabalha com cus-tos fixos altos e, por isso, nãocabem promoções”, pontuouFrancisco Araújo.

De acordo com ele, umaalternativa que pode ser im-plementada aqui na Bahia éa criação dos chamados“centrões”, que seria a uniãode um determinado númerode autoescolas para dar au-las na parte teórica, o queajudaria a reduzir os custos.Essa medida já é utilizadaem estados como o Paraná.“Isso poderia ser um facili-tador para os alunos. Va-mos, em breve, viajar até láe buscar mais detalhes so-bre o modelo”, disse.

Foto:Romildo de Jesus

Baianos que cometeraminfrações de trânsito e recor-reram da penalidade preci-sam ficar atentos ao resul-tado. O Departamento Esta-dual de Trânsito da Bahia(Detran-BA) informou ontem(27) que concluiu 1,3 mil pro-cessos e decretou para es-tes a suspensão do direitode dirigir, sem possibilidadede mais recurso.

As notificações com aspenalidades já começarama ser enviadas, e os condu-tores devem entregar a Car-teira Nacional de Habilitação(CNH) ao Detran imediata-

TRÂNSITO

RAYLLANNA LIMAREPÓRTER

Bahia tem mais de 1,3 mil habilitações suspensasmente. Com a decisão, adepender dos tipos de infra-ções cometidas, o motoris-ta fica de um mês a doisanos impedido de dirigir.

Conforme esclarece ocoordenador de Acompanha-mento de Processos de Ha-bilitação do Detran, JânioNatal Júnior, os casos julga-dos correspondem aos mo-tivados por infrações diretas,diferente de situações emque o condutor atinge 20pontos ou mais na carteira,no prazo de um ano.

“Dirigir sob efeito de ál-cool, recusar o teste do ba-fômetro, exceder em 50% olimite de velocidade e nãousar capacete são algumasdas infrações gravíssimas

que motivaram a suspensãodessas CNHs”, explica.

Se, mesmo após ser no-tificado, o condutor se recu-sar a entregar o documento einsistir em dirigir, puniçõesmais rigorosas serão aplica-das, a exemplo de prisão. “Oartigo 307 do Código de Trân-sito Brasileiro (CTB) prevêdetenção do condutor, de seismeses a um ano, e multa,além de ficar sem dirigir ape-lo mesmo período que haviasido suspenso anteriormente”,afirma o coordenador.

O infrator só poderá vol-tar a ser habilitado apóscumprir a suspensão, fazero curso de reciclagem emuma autoescola credencia-da ao Detran e ser aprovado

no teste de legislação.

PROCESSO Notificado pelo Detran

que está em processo de sus-pensão do direito de dirigir, ocondutor tem 30 dias paraapresentar a defesa prévia,por meio de carta. Se a defe-sa for deferida, o processo éarquivado. Caso contrário, omotorista pode entrar comrecurso na Junta Administra-tiva de Recursos de Infrações(Jari), no prazo também de 30dias. Se houver novo indeferi-mento, ainda resta a alterna-tiva de recorrer ao ConselhoEstadual de Trânsito (Cetran),a última instância do julga-mento. Para a decisão do co-legiado, não cabe recurso.

Com 83,4% de estu-dantes autodeclarados ne-gros e 82% oriundos de fa-mílias com renda total deaté um salário mínimo emeio, a Universidade Fede-ral do Recôncavo da Bahia(UFRB) chega ao seu 12ºaniversário neste sábado,dia 29 de julho. Fruto dapolítica pública de Reestru-turação e Expansão dasUniversidades Federais(REUNI), a UFRB comemo-ra o crescimento do núme-ro de jovens baianos, emespecial da populaçãomais negra e pobre, comacesso ao nível superiornos últimos anos.

Desde a sua criação em2005, a primeira universida-de federal do interior daBahia elevou a oferta de va-gas para além da capital doestado e vem ganhando des-taque no cenário nacionalpela sua política de inclusãosocial. Foi a primeira univer-sidade do país a ter umaPró-Reitoria de Políticas Afir-mativas e a aplicar integral-mente a Lei de Cotas em2012. Hoje, a instituição con-ta com sete centros de en-sino em seis cidades doRecôncavo, onde circulam12.345 estudantes, dosquais 91.5% são da Bahia.

Os dados fazem partedo “Perfil Socioeconômicodos Estudantes de Gradu-ação da UFRB”, publicadoneste mês e apresentadopara a imprensa pelo reitorda instituição, Silvio So-glia. As informações foramproduzidas a partir de da-dos atualizados pela pró-pria universidade e com

COMEMORAÇÃO

Universidade Federal doRecôncavo faz 12 anos

base na “IV Pesquisa doPerfil Socioeconômico eCultural dos Estudantes deGraduação das InstituiçõesFederais de Ensino Supe-rior Brasileira –2014”, rea-lizada pelo Fórum Nacionalde Pró-Reitores de Assun-tos Comunitários e Estu-dantis (FONAPRACE) emparceria com a AssociaçãoNacional dos Dirigentesdas Instituições Federaisde Ensino Superior no Bra-sil (ANDIFES).

Para o reitor, esses da-dos têm o potencial de ofe-recer uma visão ampla e in-tegrada sobre o perfil dosestudantes da UFRB, queestá bem à frente da mé-dia nacional. “Apesar de oacesso dos negros à uni-versidade ter aumentadopara 47,57% no país, emmais de uma década deexistência da UFRB essadiferença ainda é expressi-va. Em outra comparação,a maioria dos nossos es-tudantes tem renda famili-ar per capita de R$ 486,38,enquanto no Brasil a mé-dia é de R$ 916,80”, des-tacou Soglia.

“Privilegiamos a descri-ção de variáveis-chave paraa assistência estudantil emtoda a instituição, mas tam-bém de forma segmentadapelos campi/centros quecompõem a estrutura mul-ticampi da universidade”,explicou o professor Ever-son Meireles, chefe do Nú-cleo de Estudos, Forma-ção e Pesquisa em AçõesAfirmativas e AssuntosEstudantis (NUFOPE), res-ponsável pela pesquisa.

UFRBFoi a primeira universidade do interior da Bahia

INOVAÇÃO

Animais trazem adaptaçõespara projetos de arquitetura

Seguindo o caminho depaíses desenvolvidos, comoJapão e Estados Unidos, oBrasil conta, hoje, em seuslares, com mais animais deestimação do que crianças.Dados do IBGE de 2013,mas divulgados há doisanos, revelam que, de 100famílias, 44 criam pets con-tra 36 com crianças de até12 anos de idade. Não é dese espantar, portanto, que,cada vez mais, ambientesdomésticos sofram mudan-ças a fim de que o estilo devida da família se adapte àpresença dos pequenos ani-mais. “Planejar o local e pen-sar ainda na fase de proje-tos facilita a vida dos adep-tos à criação de pets. Hoje,os clientes, cada vez mais,definem os espaços permiti-dos e proibidos para seus bi-chos de estimação e solici-tam espaços adaptados paraque eles fiquem mais bemacomodados. Com as mora-dias cada vez menores, teralgo planejado torna maisfuncional e viável ter um bi-chinho em casa”, revela oarquiteto Christiano Ruvenal.

Segundo o profissional,algumas questões devemser levadas em considera-ção antes mesmo da com-pra de alguns móveis. “Atéque sejam adestrados, o cãoou o gato vai saciar suas ne-cessidades em qualquer lo-cal, o que pode significar ogato afiando as unhas naestante ou o cachorro roen-do o pé da cadeira. Então, épreciso que se tenha emmente que escolher acaba-mentos com maior resistên-cia vai ajudar no processode adaptação”, lembra.

Para Ruvenal, sofás, pol-tronas e cadeiras emcouro são mais adequados

devido à resistência e fácil lim-peza, já que não será estra-nho encontrar seu animalzinhodeitado no sofá ao chegar dotrabalho. “Dê preferencia a pi-sos claros e não porosos.Com eles, ficará mais difícilesconder a sujeira e evita-seo risco de uma possível man-cha de xixi”, sugere o arquite-to. “Adaptar a marcenaria, de-finindo o cantinho do pet, tam-bém é uma possibilidade muitoprocurada. Normalmente, sefaz uma cama, um cantinhopara banho, tudo planejado epensado de acordo com ta-manho e porte do animal”.

Christiano lembra da im-portância de se instalar, an-tes da mudança, as telas deproteção. “É normal o clienteacabar deixando alguns de-talhes, como um papel deparede, para depois da entre-ga do projeto, principalmenteem função do orçamento.Mas, as telas de proteção emjanelas, varandas e terraçosdevem ser prioridade se setem animais”, diz, reforçandoque filhotes podem passarpelo vão do parapeito e ga-tos, naturais exploradores,podem subestimar a altura.

ARQUITETOChristiano Ruvenal

OBITUÁRIOCampo Santo1- Maria Raquel QueirozPassos, 97 anos, natural deSalvador, morreu no HospitalTereza de Lisieux2- Dalva Maria Almeida deJesus, 76 anos, natural deJequié, morreu no HospitalPortuguês3-Cleonice Ramos Ferreira,64 anos, natural de SimãoDias-SE, morreu na residência4-Deraldo Maia de Jesus, 80anos, natural de Itaparica,morreu no Hospital SantaIzabel5- Vandete de OliveiraBarreto, 86 anos, natural deSalvador, morreu naresidência

Bosque da Paz1- José Vieira da Rocha, 53anos, natural de Santa Cruzda Vitória, morreu no HospitalEládio Lassere2- Tereza Francisco dosSantos, 64 anos, natural dePoço Verde, morreu noHospital Tereza de Lisieux3- José Nonato dos SantosRibeiro, 90 anos, natural deSanto Amaro, morreu emdomicílio4- Maria da Gloria Santos,63 anos, natural de Muritiba,morreu no Hospital AristidesMaltez5- Jose Domingos Dantas,77 anos, natural de Salvador,morreu no Hospital São Rafael