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Criminologia
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ANOTAÇÕES DE AULA
1 CRIMINOLOGIA ............................................................................................................... 2 1.1 Conceito ................................................................................................................................................. 2 1.2 OBJETOS DA CRIMINOLOGIA ................................................................................................................. 4
1.2.1 CRIME ............................................................................................................................................. 4 1.2.2 CRIMINOSO .................................................................................................................................... 4 1.2.3 VÍTIMA e vitimologia ...................................................................................................................... 4 1.2.4 Vitimização primária, secundária e terciária (MAIOR CHANCE DE CAIR NA PROVA) ..................... 5 1.2.5 CONTROLE SOCIAL ......................................................................................................................... 5
1.3 INTEGRAÇÃO DAS CIÊNCIAS CRIMINAIS ................................................................................................ 6 1.4 PRINCIPAIS TEORIAS SOCIOLÓGICAS ..................................................................................................... 7
1.4.1 ESCOLA DE CHICAGO (teoria ecológica) ......................................................................................... 7 1.4.2 TEORIA FUNCIONALISTA (DURKHEIM) ........................................................................................... 7 1.4.3 TEORIA DA ANOMIA (MERTON) ..................................................................................................... 7 1.4.4 TEORIAS SUBCULTURAIS ................................................................................................................ 7 1.4.5 TEORIA DO COLARINHO BRANCO (Sutherland) ............................................................................. 8 1.4.6 TEORIA LABELLING APPROACH (BECKER) ...................................................................................... 8 1.4.7 TEORIAS DO CONFLITO .................................................................................................................. 9 1.4.8 TEORIAS MARXISTAS (CRIMINOLOGIA CRÍTICA, RADICAL OU NOVA CRIMINOLOGIA) .................. 9
1.5 PREVENÇÃO DO CRIME .......................................................................................................................... 9 1.6 MODELOS DE REAÇÃO AO CRIME NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO ....................................... 11
Aula 1 e 2 RF – Luis Flávio Gomes (aula 028 e 032)
O crime é estudado por cinco ciências: Criminologia => empírico (estudar o crime), analisa as origens do crime (COGNITIVO) Política Criminal => reivindica – orienta Direito Penal => normativo Direito Processo Penal => intrumental (meio de concretizar o direito penal) Execução Penal => execucional, executar tudo que aconteceu a partir do momento normativo
1 CRIMINOLOGIA
1.1 CONCEITO A criminologia é uma ciência empírica e interdisciplinar, que se ocupa do estudo do crime, do criminoso, da vítima e do controle social do crime, e que trata de fornecer uma informação segura sobre a gênese, dinâmica e variáveis principais do fenômeno delitivo, assim como sobre os programas de prevenção eficaz do mesmo, sobre as técnicas de intervenção positiva no criminoso Ciência – algumas correntes consideram uma arte ou um saber, mas prevalece que é uma ciência. Empírica – método que estuda a realidade, não a norma penal. Interdisciplinar – estudo feito por várias ciências: biologia, psicologia, sociologia, psicanálise etc. Método => é uma ciência, método empírico, INDUTIVO (puxa da realidade). 4 Objetos => crime (delito), criminoso (delinquente), vítima e controle social do crime (seletivo) 4 Missões (finalidade) => gênese (estudar as causas crime), prevenção do crime (sugere medidas de prevenção), intervenção no criminoso (evitar a reincidência) e modelos de reação (estudar as formas de reação do crime) Escola clássica Criminologias PRECURSORA Séc. XVIII – XIX
Positivista Séc XIX 2º parte (positivismo criminológico) Escola Positiva Italiana Escola Lombrosiana Objetos: Estudava o crime e o criminoso
Moderna Séc. XX 2º parte Objetos: Estuda o crime, criminoso, vítima e controle social
Midiática Zaffaroni (dramatiza a violência, explora a emotividade do crime, dando uma reação violenta e a mídia explora
Crítica Marxista Anos 70 -‐ 80
É ETIOLÓGICA (causas do crime)
esse comportamento)
Autores: 1º CARRARA 2º FEUERBACH
Autores: LFG 1º LOMBROSO (criou um protótipo de criminoso, é genético) 2º FERRER (é o meio que gera o criminoso) 3º GARÓFALO conceito natural de crime, ou seja, crime é o que ofende os padrões normais de uma cultura, sobretudo as de raças superiores.
LABELLING APPROCH (teoria sociológica) o crime não existe como realidade, pois o crime é fruto de um etiquetamento (rotulação). O crime é o que a lei define como crime.
Incorporou a teoria sociologica do Labelling Approch e agregou outros dados. O criminoso é vítima do sistema capitalista.
Princípios: Livre arbítrio Jusnaturalismo Ex.: Princípio da Legalidade
Descobriu que o controle social é extremamente seletivo e discriminatório. Mas o criminoso é etiquetado. Muitos deles, apesar de não serem criminosos, quando são mandados para a cadeia assumem a etiqueta e desenvolvem uma carreira criminal.
Não estudaram a realidade do crime (dados, números, onde ocorre, quando e etc), apenas o crime como um ente jurídico, então utilizavam o MÉTODO ABSTRATO (DETUTIVO)
A população reclusa é uma amostra da criminalidade do país.
A população penitenciária é retrato de uma discriminação. Pesquisa do professor: 55% dos presos não cometeram crimes violentos, enquanto 45% cometeram crimes violentos.
1.2 OBJETOS DA CRIMINOLOGIA CRIME CRIMINOSO VÍTIMA CONDUTA SOCIAL
1.2.1 CRIME É algo capaz de provocar dor e aflição no ser humano. Tem uma persistência no espaço/tempo.
1.2.2 CRIMINOSO Para a Escola Clássica: é um homem normal, comum que tem livre arbítrio e delibera cometer o delito. Para a Escola Positivista: é um animal selvagem e perigoso que necessita de tratamento através de medida de segurança. O criminoso é determinado pela natureza, já vem de fábrica, genética, DNA criminoso. Para a Filosofia Correcionalista: o criminoso é uma pessoa carente que precisa de tratamento corretivo. Para o Marxismo: criminoso é um ser vítima do capitalismo, marginalizado pelo mercado e por isso vem a delinquir. (fruto das desigualdades sociais) Para a Criminologia Moderna: é um ser normal. Alguns são anormais, os loucos, mas 99.9 são pessoas normais. Não confundir com a teoria da ubiquidade, pois esta afirma que todas as classes sociais delinquem (o crime está em todo lugar).
1.2.3 VÍTIMA E VITIMOLOGIA Protagonismo da vítima – idade de ouro, época da justiça privada (antes da Idade Média). Veio a Lei do Talião que estabeleceu proporcionalidade. Neutralização da vítima – o segundo período é quando o Estado assume o lugar da vítima, evitando a vingança privada. O Estado Moderno reivindica o monopólio da violência. Direito penal voltado para o infrator, esquecendo a vítima. Redescobrimento da vítima – nasce a vitimologia (parte da criminologia que estuda a vítima), surge na 2º metade do século XX, logo após a Segunda Guerra Mundial. Respeita os direitos da vítima, papel respeitoso para a vítima.
1.2.4 VITIMIZAÇÃO PRIMÁRIA, SECUNDÁRIA E TERCIÁRIA (MAIOR CHANCE DE CAIR NA PROVA)
PRIMÁRIA SECUNDÁRIA (cai muito) TERCIÁRIA O criminoso ofende a vítima com a sua conduta, e o processo pelo qual uma pessoa sofre, de modo direto ou indireto, os efeitos nocivos derivados do crime ou fato traumático, sejam estes materiais (prejuízo econômico de um roubo) ou psíquicos (ex. Transtorno por estresse pós-‐traumático).
Acontece quando a vítima entra em contato com o sistema legal (ex. Polícia, MP, Justiça no Fórum). Todos os danos gerados para a vítima pelo sistema legal que paradoxalmente, incrementam os padecimentos da vítima. Ex: a dor que causa a ela reviver a cena do crime ao declará-‐lo ante o juiz; o sentimento de humilhação que experimenta quando os advogados do acusado culpam-‐na argumentando que foi ela própria que com sua conduta provocou o delito; o impacto traumatizante que podem causar na vítima os interrogatórios policiais, o exame médico-‐forense ou o reencontro com o agressor em juízo etc.
O réu vitimizado pelo sistema legal, ele passa a ser vítima. Ex. Réu torturado ou condenado injustamente por um erro judiciário. Basta também o réu entrar em qualquer cadeia pública no Brasil, pois as condições são precárias, tortura diária em presídios. Outra corrente: A vítima sofrendo outras consequências fora do sistema legal. Ex. Vítima maltratada pela sociedade.
1.2.5 CONTROLE SOCIAL É o conjunto de instituições, estratégia e sanções sociais que pretendem promover um molde do indivíduo, ou seja, submete o indivíduo aos modelos e as normas comunitárias. Controle Informal Controle Formal Agentes: família, escola, religião, sociedade, mídia, fábrica, sindicatos, entidades sociais.
Agentes: polícia, justiça, MP, agente penitenciário, etc, ou seja, agentes estatais.
Forma: não tem procedimento, não tem devido processo.
Forma: existe procedimento, existe regras, e se não forem seguidas gera a nulidade. Tem lei disciplinando.
Sanções informais: castigos, reprimenda e etc Coercitivo (violento) e todo regado pela lei. O PCC é um agente de controle social, pois impõe toque de recolher e controla alguns presídios. O PCC chegou ao ponto de investigar o crime de furto de 3 mil projéteis de uma base o exército, porque trouxe 600 soldados para a cidade de Ipiratininga para buscar os projéteis e
atrapalhou o tráfico na região, então o PCC encontrou os três que furtaram, fez os mesmos entregarem o produto do furto e depois matou os três. CIFRA NEGRA – índice de crime não notificado para autoridade, e assim a polícia não tem conhecimento. FURTO – 2/3 não noticia ROUBO – metade não notifica A cifra negra não mede o índice de impunidade, mas a não notificação do crime. FILTROS DE PILGRAN – do notificado não é investigado, do investigado não gera inquérito, do que gera inquérito não é denunciado, do denunciado não é condenado, dos condenados não são executados. CIFRA DOURADA – mais intensa e mais extensa do que a cifre negra, pois são CRIMES DE COLARINHO BRANCO (criminalidade de rico) não notificada.
1.3 INTEGRAÇÃO DAS CIÊNCIAS CRIMINAIS CRIMINOLOGIA POLÍTICA CRIMINAL DIREITO PENAL Fornece uma valiosa informação científica sobre o criminoso, o crime, a vítima e o controle social, dá respaldo empírico à Política Criminal e evita a arbitrariedade, o mero decisionismo sem fundamento.
Serve de ponte entre o Direito Penal e a Criminologia. Com base nos estudos da criminologia, sugere os caminhos possíveis para a solução do problema (prevenção, descriminalização e etc). Confere legitimação ao Direito Penal, evitando que fique desacreditado
Deveria concretizar a oferta político-‐criminal de base criminológica em forma de norma ou proposições jurídicas gerais e obrigatórias.
Exemplo: TEMA Criminologia Política Criminal Direito Penal Prisão de curta duração Criticada
Estudou o tema e concluiu que é perniciosa (não dá tempo de recuperar), as desvantagens são superiores às vantagens.
Com base nestes estudos sugeriu caminhos: Despenalizadora (evitar ou suavisar pena de prisão) Descriminalização (deixa de ser crime)
Institutos do DP para evitar a pena de prisão de curta duração:
• Sursis • Penas
alternativas • Regime aberto • Juizados
criminais Suspensão Condicional do Pro
Porte de drogas para uso pessoal
Prisão é um desastre (pois ela não vai melhorar, corrigir)
EUA = criminalizar Despenalizar Descriminalizar Legalizar
Lei 6368/76 Lei 11343/06 Reforma do CP Uruguai
Von Liszz séc XIX Roxin 70 -‐ XX Política Criminal # DP (separa) “O DP é a barreira intransponível da Política Criminal”.
Política Criminal + DP (integra) Ex. Princípio da insignificância, que é um princ. de Política Criminal aceito dentro do DP para restringir a incidência do tipo do direito penal.
1.4 PRINCIPAIS TEORIAS SOCIOLÓGICAS
1.4.1 ESCOLA DE CHICAGO (TEORIA ECOLÓGICA) Berço da moderna Sociologia americana (começo do séc. XX) explosão demográfica. O crime é produto da “desorganização” própria da grande cidade, na qual se enfraquece o controle social e se deterioram as relações humanas, propagando-‐se um clima de vício e corrupção contagioso. As gangs crescem por falta de controle social. Zonas mais periféricas, mais miseráveis, implica mais gangs.
1.4.2 TEORIA FUNCIONALISTA (DURKHEIM) Criticou a teoria de Chicago, dizendo que o crime é inevitável, existe em qualquer tipo de sociedade e em qualquer momento histórico. Teoria da ubiquidade (todas as classes sociais delinquem) e o crime não deriva de anomalias individuais.
1.4.3 TEORIA DA ANOMIA (MERTON) As pessoas perderam seus valores a pessoa vira um criminoso.
1.4.4 TEORIAS SUBCULTURAIS Década de 50 EUA Estudou as minorias marginalizadas, grupos minoritários, especialmente a delinquência juvenil, gangues juvenis.
Cada grupo tem seus valores, e esses valores sustentados pelas minorias não coincidem com os valores majoritários (respeito a família, aos mais velhos, aos direitos humanos, à constituição). Não é a desorganização da sociedade que gera crime, mas os valores de cada grupo que reputa correto é que geram o crime. Ex. Um grupo de assaltantes que tem como subcultura, valores de nunca matar, apenas roubar para comprar roupas caras, beber e fazer festa. O juiz vai julgar com base nos valores de qual grupo? Por exemplo, os índios, as regras deles ou do homem branco? No Amazonas havia uma tribo indígena que tinha como tradição a menina quando menstruar um menino membro do grupo tem que ter relações sexuais com a menina para ela ser aceita como mulher do grupo. Acontece que a menina com 13 anos caracteriza o estupro de vulnerável, mas o juiz julgou com base nos valores da subcultura do índio e absolveu o menino.
1.4.5 TEORIA DO COLARINHO BRANCO (SUTHERLAND) Sutherland – explica que o crime se aprende, assim como aprendemos condutas sadias. Se aprende na interação entre pessoas. Os criminosos aprendem os crimes como os processos de justificação (tem todo um discurso pronto). O crime não decorre de desorganização, principalmente o do colarinho branco que é um criminoso instruido, que fala várias línguas, formado inclusive com pós graduação e com acesso a tecnologia.
1.4.6 TEORIA LABELLING APPROACH (BECKER) ALTA PROBABILIDADE DE CAIR NA PROVA Antes dela se estudava apenas o crime e o criminoso, mas quando veio esta teoria começou a ser estudado também o legislador, delegado, promotor, juíz e como funciona o sistema da polícia ou o sistema legal. Algumas constatações da teoria do Labelling Approach, como que o sistema penal (justiça) é seletivo e só pega poucos criminosos, por causa da CIFRA NEGRA (delito que não é notificado, nem sequer chega para a polícia). Funciona muito mal frente aos poderosos. Outra tese é que o crime não existe, mas é fruto de um ETIQUETAMENTO ou ROTULAÇÃO, tem natureza definitorial, pois não é que exista, mas ele é definido. Esse é o ponto mais frágil dessa teoria. Sustenta a teoria da UBIQUIDADE: Afirma que todas as classes sociais delinquem (o crime está em todo lugar).
1.4.7 TEORIAS DO CONFLITO A sociedade não é consensual, ela é conflitiva, pois é uma sociedade de classes, e o conflito está presente em todos os seguimentos sociais, como na família por exemplo entre o homem e a mulher quando esta é assassinada pelo marido, também pelo racismo ou homofobia. A sociedade é patológica e o crime é uma reação à desigualdade, à distribuição do poder e da riqueza, os quais estão divididos de forma desigual. Tentam explicar os crimes através desses conflitos contínuos e permanentes, como o movimento sem terra.
1.4.8 TEORIAS MARXISTAS (CRIMINOLOGIA CRÍTICA, RADICAL OU NOVA CRIMINOLOGIA)
Estudam a criminalização, quem criminaliza, porque criminaliza e como criminaliza. Qual é o vínculo entre a teoria marxista e labelling approach? A teoria marxista assume as orientações do labelling approach e agrega um dado novo, qual seja, o método dialético que explica a contradição capital/trabalho. Quem tem capital explora o trabalho. O crime é produto do capitalismo, ele é que gera o delito. O direito penal é usado pela classe capitalista para massacrar os trabalhadores. Trabalhador e marginal tem que ser tudo absolvido e quem tem que ser condenado são só os poderosos, NÃO USE O PENAL para a classe de baixo, pois o penal só é utilizado para eles, deve USAR O PENAL para a classe de cima. É o que a Polícia Federal faz, só pega os poderosos, os da classe de cima.
1.5 PREVENÇÃO DO CRIME Modelo 1 da Escola Clássica no séc. XVIII => a prevenção se faz pela ameaça do castigo, ou seja, basta estar na lei que implica um castigo, e as pessoas deixam de cometer o crime. A pena por si só cominada na lei estatisticamente está comprovado que muita gente deixa de cometer o crime com medo de ser punido, mas até certa altura, pois quando um criminoso já tem muitos crimes nas costas não se importa mais com a punição. A pena é dissuasória, serve para previnir o crime. Modelo 2 da Criminologia Moderna => não acredita cegamente na intimidação da pena (dissuasória), pois a prevenção do crime é muito mais complexa, exige muito mais do que editar uma lei.
Então divide a prevenção em primária, secundária e terciária. PRIMÁRIA SECUNDÁRIA TERCIÁRIA CARACTERÍSTICA PRINCIPAL
Combate a raiz, as causas, etiológica, vai na origem, na base do problema. Postula melhor distribuição de renda, pois havendo justiça social haverá menos crimes. Ex. Bolsa Família
Estratégias de prevenção de natureza mais situacional que etiológica (não combate a raiz do crime, mas o impede de se manifestar em determinadas situações)
Prevenção especial do delito (ressocialização do criminoso)
MOMENTO Atua antes de o crime ser gerado
Não atua quando nem onde a vontade de praticar um crime se produz, senão quando e onde se manifesta ou se exterioriza
A mais distante das raízes do crime. Opera no âmbito penitenciário.
DESTINATÁRIO Todos os cidadãos Se orienta seletivamente aos grupos que ostentam maior risco de sofrer ou protagonizar o crime
O recluso (população presa)
INSTRUMENTOS UTILIZADOS
Política de educação (casa, trabalho, bem-‐estar social e qualidade de vida)
Política legislativa penal, ação policial. Instrumentos não penais, que alteram o cenário criminal modificando alguns dos elementos do mesmo (espaço físico (ofendículos), desenho
Programas reabilitadores, ressocializadores.
arquitetônico e urbanístico (câmeras), atitudes das vítimas, efetividade policial, etc.)
FIM PERSEGUIDO Neutralizar as causas da criminalidade
Efeito dissuasório indireto. Pretende-‐se colocar obstáculos de todo tipo ao criminoso no processo de execução do plano criminal, mediante uma intervenção seletiva no cenário do crime que encarece os custos deste para o criminoso (ex: incremento do risco, diminuição dos benefícios etc.)
Evitar a reincidência.
1.6 MODELOS DE REAÇÃO AO CRIME NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO
ESTUDAR O ESQUEMA 10 DO MATERIAL IMPRESSO Modelo dissuasório (é o mais antigo) trabalha por meio da intimidação através da pena, prioriza o castigo, a pena, o bom funcionamento do sistema criminal. Funciona mediante a edição de leis, quanto mais dura a lei, menos crimes. Penas rápidas. Modelo ressocializador (humanista) e pretende a reintegração social do condenado (criminoso). Hoje está desacreditado, pois o Estado não gasta dinheiro para ressocializar o preso. Pretendem evitar o efeito estigmatizante da condenação e da prisão. Se encontra em um determinado momento com a prevenção terciária que pretende ressocializar o preso. Parte do princípio de que a prisão é a faculdade do crime. Modelo Integrador tem como objetivo a reparação dos danos, portanto ele se destina à vítima, pois o que importa é recuperar os danos. Utiliza a conciliação ou consenso, e tem como exemplo os Juizados Especiais Criminais, onde só existe pena alternativa e reparar os danos é prioridade número um. Ainda não temos no Brasil o modelo integrador através da mediação (mediador de conflitos).
Modelo de Segurança Cidadã é o modelo em voga hoje na América Latina que tem tudo do Populismo Penal Vingativo e que diz que o crime só se vence com maior repressão. Penas duras resolvem o problema, política da mão dura (mano durismo), quanto mais dureza, mais solução, mais resolve o problema. Os países da América Latina utilizam, fora a Nicarágua. Ele é populista, pois atende as demandas vingativas da sociedade. A mídia é o epcentro deste terremoto, só fazem discurso que atendam a massa. Problema é que este modelo não cuida da prevenção e essa política dura não é contra os poderosos, pois a mídia raramente se posiciona contra eles. Esse é um modelo de reação midiática.
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