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Desenvolvimento do Sistema de Gesto da Manuteno da CIPAN
Rute Filipa Duarte Caetano
Dissertao para obteno do Grau de Mestre em
Engenharia Qumica
Jri
Presidente: Professor Sebastio Manuel Tavares da Silva Alves
Orientador: Professor Joo Alexandre de Miranda da Silva Reis
Engenheiro Paulo Aleixo
Vogais: Professora Maria de Lourdes dos Santos Serrano
Junho de 2009
Agradecimentos
A elaborao da minha tese de mestrado s foi possvel graas colaborao e apoio
de vrias pessoas a quem eu desde j agradeo:
Ao professor Joo Miranda Reis, orientador universitrio da tese no IST, por todo o
apoio e orientao prestada.
Ao Eng. Paulo Aleixo, orientador da CIPAN, que me proporcionou o primeiro
contacto com a indstria portuguesa e que me acompanhou durante a minha estadia na
empresa. Quero agradecer-lhe por todo o apoio prestado.
Gostaria tambm de agradecer a todos os funcionrios da CIPAN, entre eles destaco:
Eng. Ulisses Belo, Eng. Faria, Eng. Pedro Frazo, Eng. Vieira, Sr. Miguel Mourato, Sr.
Liliana Cabral, Sr. Ftima Caetano, Sr. Manuel Antnio.
E por ltimo, mas nunca menos importante, minha famlia e ao meu namorado.
Quero agradecer minha famlia por me apoiarem incondicionalmente em todos os passos da
minha vida e me por me ajudarem e aturarem nos momentos menos bons. Agradeo tambm
o facto de me terem proporcionado uma excelente formao moral e profissional. Sem eles
nada disto seria possvel.
Resumo
O objecto da realizao do presente estgio era desenvolver o sistema de gesto da
manuteno da CIPAN.
O contedo do trabalho consistia na familiarizao com os procedimentos do DES,
elaborao de um manual do Infor EAM personalizado para a CIPAN, construo de campos
personalizveis por famlia, construo de rvores de estrutura de equipamentos, criao e
actualizao das listas de equipamentos, actualizao da norma da numerao e identificao
de zonas e instrumentos da CIPAN, ajuste das manutenes preventivas, criao e
actualizao dos procedimentos de manuteno, registos de manuteno e registos de
inspeco dos sectores produtivos SQ e TNES, definio de matrizes de criticidade,
criao de utilizadores/formao operacional, definio de custos hora/homem, controlo dos
custos dos materiais, actualizao da base de dados de colaboradores, configurao de
Dataspy e identificao de relatrios e indicadores necessrios gesto da manuteno.
O controlo dos custos dos materiais no ficou implementado pois no foi recebido o
feedback por parte da Glintt, relativamente possibilidade de sincronizao e os custos
associados, at data de trmino do estgio.
Alm da realizao dos itens solicitados, foi elaborado um documento para colocar
famlias de equipamentos fora de servio ou para retir-los, criaram-se medidores fsicos e
lgicos, elaborou-se um documento denominado por Plano Anual de Manuteno,
digitalizaram-se documentos de suporte no Infor EAM, efectuou-se uma anlise relativamente
necessidade de equipamentos de reserva, realizou-se uma avaliao s avarias dos
equipamentos e construiu-se uma base de dados em Access que fornece todos os indicadores e
relatrios necessrios gesto da manuteno.
Palavras-Chave: Gesto da Manuteno, Infor EAM, Equipamentos, Procedimentos de
manuteno, Matrizes de criticidade e Base de dados.
Abstract
The purpose of the completion of this stage was to develop the maintenance
management system of CIPAN. The content of the work was in familiarity with the procedures of DES, preparing a
custom manual of Infor EAM for CIPAN, construction of customizable fields per family,
construction of tree structure of equipment, creating and updating the lists of equipment,
update of the standard numbering and identification of areas and instruments of CIPAN,
adjust the preventive maintenance, creation and updating of procedures for maintenance,
records of maintenance and records of inspection of the productive sectors SQ and
TNES, definition of the criticality matrices, creation of users/operational training,
definition of cost hour/man, control the costs of materials, update the database of employees,
setting Dataspy and identification of indicators and reports necessary for the management of
maintenance.
The control of material costs have not been implemented because the feedback was
not received by the Glintt, on the possibility of synchronization and the associated costs, until
the end of the stage.
In addition to the completion of the items requested, it was drafted a document to put
families of equipment out of service or to remove them, created measuring physical and
logical, drafted a document called Annual Plan of maintenance, scanned support documents
in Infor EAM, it was made an analysis on the need to reserve equipment, performed an
evaluation of failures of equipment and built a database in Access that provides all indicators
and reports necessary for the maintenance management.
Keywords: Maintenance Management, Infor EAM, Equipment, Maintenance procedures,
Criticality matrices and Database.
ndice
Tipos de manuteno..1
Manuteno Correctiva ..1
Manuteno Preventiva...5
Manuteno preventiva sistemtica.....9
Manuteno preventiva condicional....9
Manuteno de Melhoria...21
Sistema informtico de gesto da manuteno.....21
Colocar a manuteno em funcionamento22
Familiarizao com os procedimentos do DES ...23
Formao EAM.23
Elaborao do manual do Infor EAM da CIPAN.24
Base de dados dos equipamentos..38
Motores..40
Redutores...40
Unidades de Ar Condicionado (UAC)..41
Classes...41
Campos personalizveis por famlia.42
Construo de rvores de estrutura de equipamentos...45
Listas de equipamentos.48
Documentao para colocar equipamentos fora de servio ou retir-los..49
Actualizao da norma dos equipamentos49
Manutenes Preventivas .49
Criao de manutenes preventivas no Infor EAM da CIPAN...49
Funcionamento das manutenes preventivas no Infor EAM da CIPAN.51
Procedimentos de manuteno, registos de manuteno e registos de inspeco ..52
Plano anual de manuteno...52
Medidores..52
Digitalizao de documentos de suporte no Infor EAM da CIPAN.53
Definio de matrizes de criticidade.54
Criao de utilizadores / Formao operacional...58
Controle de custos.59
Definio de custos Hora/Homem (HH)...59
Custos materiais59
Base de dados de colaboradores60
Configurao de Dataspy..62
Relatrios..67
Indicadores de desempenho..69
Taxa de avarias de um equipamento/1000h..69
Tempo mdio entre avarias, MTBF..70
Tempo mdio de reparao, MTTR......70
Tempo mdio de espera, MWT.71
Disponibilidade.72
Atraso na manuteno preventiva.72
Atraso na inspeco.......73
Tempo de emisso.73
Rcios de Manuteno..73
Rcio de manuteno preventiva...73
Rcio de manuteno correctiva ...73
Rcio de subcontratao74
ndice primrio da manuteno.74
Custos de manuteno...74
Grficos Evolutivos...74
Base de dados75
Taxa de avarias de um equipamento/1000h..76
Tempo mdio entre avarias, MTBF..76
Tempo mdio de reparao, MTTR..77
Tempo mdio de espera, MWT.77
Atraso na manuteno preventiva.78
Atraso na Inspeco .78
Tempo de emisso.79
Nmero de avarias por posio.79
Nmero de ordens de servio por tipo..79
Nmero de ordens de servio por posio80
Histrico do Equipamento.80
Avaliao das avarias dos equipamentos..81
Concluso..81
Bibliografia...84
Anexos..85
Anexo A - Plano Anual de Manuteno 2009...85
Anexo B Documento para colocar os equipamentos fora de servio ou retir-los....96
Anexo C- Relatrios......99
Anexo D- Relatrios e Indicadores da Base de Dados106
ndice de Figuras Figura 1.1- Hierarquia dos diversos tipos de manuteno..1
Figura 1.2-Planta do piso 0 das oficinas.3
Figura 1.3-Planta do piso 1 das oficinas.4
Figura 1.4- Padres das falhas6
Figura 1.5- Padres das falhas7
Figura 1.6- Distribuio da temperatura nos equipamentos..14
Figura 1.7- Distribuio espectral de energia....15
Figura 6.1- Pirmide Hierrquica..26
Figura 6.2- Exemplo da estrutura apresentada na associao de um activo a uma posio no
Infor EAM da CIPAN..26
Figura 6.5- Central de inicializao...35
Figura 6.6- Caixa de entrada.36
Figura 7.1- Exemplo da pgina de exibio da posio no Infor EAM39
Figura 7.2- Exemplo da pgina de exibio do activo no Infor EAM..39
Figura 7.3- Exemplo da pgina de exibio de um motor com os respectivos campos
personalizados no Infor EAM...40
Figura 7.4- Exemplo da janela de exibio onde se criam/editam/eliminam classes no Infor
EAM..42
Figura 8.1- Exemplo da janela de exibio onde se criam campos personalizveis no Infor
EAM..43
Figura 8.2- Exemplo da janela de exibio onde se associam campos personalizveis s
respectivas classes no Infor EAM.43
Figura 9.1- Exemplo de uma hierarquia no Infor EAM48
Figura 13.1- Exemplo de um cdigo de manuteno preventiva..50
Figura 13.2- Etiquetas de manuteno preventiva51
Figura 16.1- Exemplo de um cdigo de medidor.53
Figura 17.1- Exemplo de um cdigo do documento.54
Figura 18.1- Diagrama de criticidade...56
Figura 20.1- Hiptese apresentadas empresa relativamente aquisio dos custos dos
materiais60
Figura 22.1- Dataspy/Filtros rpidos do Infor EAM da CIPAN...62
Figura 26.1- Exemplo da janela de exibio da base de dados.75
ndice de Tabelas
Tabela 1.1- Nvel global de vibraes..12
Tabela 1.2- Critrio de prioridades...12
Tabela 1.3- Correlao e integrao de dados dos lubrificantes e vibraes13
Tabela 1.4 Tecnologia de aplicao no controlo de condio Mecnicas..19
Tabela 1.5- Tecnologia de aplicao no controlo de condio Elctricas.20
Tabela 7.1- Designao das novas classes criadas41
Tabela 8.1-Campos personalizados correspondentes a todas as classes de equipamentos...44
Tabela 8.2- Campos personalizados correspondentes a todos os motores das bombas44
Tabela 9.1- Equipamentos pai e respectivos equipamentos filhos45
Tabela 9.2- Quantidade de equipamentos existentes na CIPAN..48
Tabela 13.1 Descrio dos tipos de manutenes preventivas existentes..50
Tabela 14.2- Indicao da quantidade de procedimentos de manuteno, registos de
manuteno e de registos de inspeco da SQ e TNES da CIPAN.52
Tabela 17.1 Descrio dos tipos de documentos...54
Tabela 18.3- Tabela de criticidade57
Tabela 21.1- Descrio dos departamentos existentes na Cipan..61
Tabela 21.2- Descrio dos nveis existentes na Cipan61
ndice de Grficos
Grfico 26.1- Valores obtidos para o MTBF na base de dados76
Grfico 26.2- Valores obtidos para o MTTR na base de dados77
Grfico 26.3- Valores obtidos para o MWT na base de dados.78
Grfico 26.3- Nmero de ordens de servio por tipo para o 4 Trimestre de 2008..79
Grfico 26.4- Nmero de ordens de servio por tipo para o 1 Trimestre de 2009..80
Lista de Abreviaes
CIPAN - Companhia Industrial Produtora de Antibiticos, S.A
DES - Departamento de Engenharia e Servios
SQ - Sntese Qumica
TNES - Transformaes No Estreis
MP - Manuteno Preventiva
INSP - Inspeco
OS - Ordens de servio
MTBF - Tempo mdio entre avarias
MTTR - Tempo mdio de reparao
MWT - Tempo mdio de espera
KFN - Compressor de frio negativo
KFP - Compressor de frio positivo
KAB - Compressor de ar baixa
KAA - Compressor de ar alta
L - Torre de refrigerao
BC - Bomba Centrfuga
TF - Tanque de Fermentao
IPDS - Indicadores principais de desempenho
1. Tipos de Manuteno
A manuteno pode ser definida como a combinao de todas as aces tcnicas,
administrativas e de gesto, durante o ciclo de vida de um bem, destinadas a mant-lo ou
rep-lo num estado em que ele pode desempenhar a funo requerida. [2]
Na Figura 1.1 apresentam-se os diversos tipos de manuteno.
O objectivo da gesto da manuteno conseguir, agregando estes tipos de
manuteno nas propores ideais, um padro de desempenho a um custo mnimo, sendo que
este custo no apenas o custo da manuteno, no sentido contabilstico, mas sim o custo da
manuteno mais a soma dos custos indirectos da manuteno e dos benefcios obtidos com
as melhorias. [1]
Figura 1.1- Hierarquia dos diversos tipos de manuteno. [1] 1.1. Manuteno Correctiva
A manuteno correctiva aquela que efectuada depois da deteco de uma avaria e
destinada a repor um bem num estado em que pode realizar uma funo requerida. [2]
Esta designada tambm por curativa, pois destina-se a reparar avarias e maus
funcionamentos ocorridos em servio.
So trabalhos de reparao de avarias que tenham surgido sem aviso prvio e cuja
oportunidade de interveno no tenha podido ser decidida pelo gestor. [1]
Se, por outro lado, a aproximao destas avarias tivesse sido precedida de um aviso
prvio que tivesse permitido programar uma reparao anterior ocorrncia da avaria,
propriamente, o trabalho deveria assumir a designao de preventivo condicional, em vez de
correctivo. [1]
Constato ento que, a distino entre os trabalhos correctivos e os preventivos
condicionais poder no ser sempre uma tarefa linear e haver que eleger, nas zonas de
fronteira, o que , em termos prticos, um pr-aviso razovel para se poder dizer que
determinado trabalho preventivo de uma avaria e no correctivo dessa avaria eminente.
Convenciona-se que qualquer trabalho que obrigue a alterar o modelo de produo de
uma instalao, isto , um trabalho no planeado, deve ser considerado correctivo e s poder
ser considerado preventivo condicional quando puder ter a sua data de realizao determinada
de forma a evitar alterar esse modelo, isto , que tenha um carcter planevel. [1]
A manuteno correctiva exige que se tenha mo alguns equipamentos mnimos,
bem como a existncia de oficinas adequadas para poder concluir rapidamente os servios
solicitados. Cada especialidade de profissional utiliza um determinado nmero de ferramentas
e mquinas, libera um variado volume de rudos ou poluentes e ocupa uma certa rea para
poder desenvolver o seu trabalho. Em pequenas indstrias esse limite de espao mnimo no
costuma ser respeitado, tendendo a haver uma certa desordem na disposio da maquinaria,
bem como em alguns casos, encontra-se uma nica oficina para todas as categorias de
profissionais. Evidentemente, isso provoca congestionamento, morosidade e situaes
perigosas, alm de influir na qualidade dos servios prestados.
No caso da empresa em estudo, CIPAN, verifica-se a existncia de trs oficinas:
mecnica, elctrica e instrumentao, apesar do espao disponvel a estas ser bastante restrito.
A Figura 1.2 e a Figura 1.3 apresentam a planta geral das oficinas.
Figura 1.2-Planta do piso 0 das oficinas. .
Figura 1.3-Planta do piso 1 das oficinas.
Uma das vantagens das oficinas se encontrarem muito prximas umas das outras o
facto de essa proximidade permitir o ganho de velocidade em recuperao de equipamentos
que envolvam essas modalidades, bem como beneficiado pela utilizao de equipamentos
de uso geral, como por exemplo as pontes rolantes.
1.2. Manuteno Preventiva
a manuteno efectuada a intervalos de tempo pr-determinados, ou de acordo com
critrios prescritos, com a finalidade de reduzir a probabilidade de avaria ou de degradao do
funcionamento de um bem. [2]
Existem dois tipos de manuteno preventiva [2]:
a) Manuteno preventiva sistemtica
b) Manuteno preventiva condicional
So ambas actividades planeadas, sob o ponto de vista da gesto a diferena que na
sistemtica o trabalho repete-se a perodos de tempo fixos pr-determinados, enquanto na
condicional actua-se apenas quando houver indcios. [1]
A manuteno preventiva tem como objectivos [1]:
Prever as datas provveis em que as avarias podero ocorrer a fim de poder
tomar, antecipadamente, as medidas tendentes a evit-las;
Diminuir os tempos de paragem do equipamento para reparao;
Eliminar/Reduzir os riscos de avaria em equipamentos crticos ou com elevado
custo de reparao;
Suprimir as causas de acidentes graves, garantindo a confiana no equipamento
em servio.
A manuteno preventiva bastante vlida para determinados equipamentos e no to
desejvel para outros, mas obrigatria nos que abrangem a segurana do pessoal da empresa.
Quando utilizada na medida adequada onde predomina o bom senso, mais segura e
econmica do que a interveno aleatria, pelas seguintes razes: pela escolha ponderada do
momento apropriado de interveno; pelo seu custo; pela reduo dos tempos de paragem nas
instalaes e por possibilitar a preparao do trabalho necessrio a uma execuo correcta.
indispensvel avaliar, atravs de um estudo econmico, em que medida eficiente
um equipamento suportar os encargos inerentes manuteno preventiva. Quando utilizada
em demasia, a manuteno preventiva torna-se tecnicamente mais prejudicial e tecnicamente
mais cara do que a manuteno correctiva. Podem fixar-se alguns limites:
1- No gastar mais do que razovel, tendo em conta que o custo da manuteno
preventiva deve ser sempre inferior ao preo de aquisio do equipamento em
causa;
2- Evitar penalizaes devidas paragem do equipamento;
3- Permitir a renovao normal do equipamento de produo considerando que ao
fim de certo tempo (durao de vida) preciso substituir a pea ou equipamento.
Em seguida apresenta-se um grfico que relaciona o tempo (em anos) com diversos
tipos de custos.
Figura 1.3- Evoluo dos diversos tipos de custos no tempo. .
Figura 1.4- Padres das falhas. Analisando a Figura 1.4, verifica-se que se pode determinar esse tempo em termos
econmicos e concluir que para alm de determinada durao de vida de um equipamento,
no se justifica a manuteno preventiva.
A Figura 1.5 apresenta as seis representaes conhecidas da probabilidade de
ocorrncia de uma falha em funo do tempo.
Figura 1.5- Padres das falhas. [1]
A curva A, exprime que no incio da vida do equipamento, existe alta probabilidade
de uma avaria (perodo de mortalidade infantil). Aps esse perodo a probabilidade decresce,
mantendo-se constante durante um perodo relativamente longo. Findo este perodo, a
probabilidade cresce novamente, definindo o chamado perodo de desgaste. Esta curva aplica-
se essencialmente nos equipamentos onde exista contacto com um produto, ou onde estejam
presentes fenmenos de fadiga do material ou corroso. Nesta situao o lgico seria vigiar e
no forar at ao ponto M e aps o ponto N reacondicionar os desgastes. Durante o perodo de
tempo T devem-se efectuar reacondicionamentos e substituies de componentes nos
equipamentos de modo a manter-se a probabilidade de ocorrncia de avarias sempre ao seu
menor nvel. S atravs do registo histrico do equipamento e da anlise estatstica se
consegue determinar o perodo T ideal.
A curva B muito semelhante curva A exceptuando o perodo de mortalidade
infantil.
Nas curvas C, D, E e F a abordagem sistemtica deixa de fazer sentido, uma
vez que no existe nenhum ponto bem definido a partir do qual a probabilidade de avaria
comea a subir. Nestes casos as intervenes tero que ser determinadas baseadas em factores
diversos do tempo de funcionamento.
O estabelecimento dos programas de manuteno preventiva realizado pelo prprio
departamento de manuteno, que tem que deter os critrios de revises e substituies.
Torna-se evidente a necessidade de ter um cadastro individual do equipamento, no
qual devem constar as caractersticas da mquina e as condies de operao e testes, alm da
listagem de peas para stock e que relacione as quantidades mnimas necessrias em
armazm.
A manuteno preventiva executada quando possvel ou necessria, num
determinado perodo previamente escolhido, e no quando a mquina fora o conserto, o
trabalho pode normalmente ser programado, sem necessidade de horas extras ou compras
apressadas, que levariam a um custo bem mais elevado.
A elaborao de um programa de manuteno preventiva depende de muitos factores,
no sendo fcil encontrar um modo para defini-la. Existem contudo algumas regras a
respeitar:
1) necessrio estabelecer quais so os pontos-chave, as mquinas ou conjuntos mais
importantes para a produo e que apresentam alto custo de manuteno ou alta
soma de inactividade forada, ou repetidas paragens devido a defeitos de
funcionamento;
2) Conhecer a frequncia com a qual cada unidade ou conjunto deve ser examinada
em seu contexto;
3) Estabelecer a frequncia com a qual cada unidade deve ser verificada, para
localizar pontos de maior desgaste. Mtodos estatsticos, grficos de controlo e
curvas de probabilidade so extremamente teis para a determinao de
frequncia, falhas, etc;
4) Organizar o trabalho de modo racional (mnimo tempo, mnimo custo, mxima
eficincia) aproveitando a mo-de-obra disponvel e verificando a saturao da
mesma;
5) Elaborar registos de paragem do equipamento, manutenes, custos e frequncias
dos mesmos com vista ao possvel controlo ou substituio da mquina.
6) Somente proceder execuo da manuteno preventiva necessria. fcil passar
de uma manuteno insuficiente excessiva, ou vice-versa.
1.2.1. Manuteno preventiva sistemtica
a manuteno preventiva efectuada a intervalos de tempo preestabelecidos ou
segundo um nmero definido de unidades de utilizao mas sem controlo prvio do estado do
bem. [2]
O sucesso desta depende do rigor com que for possvel, quando o for, prever o perodo
durante o qual o componente trabalhar sem falhar. [1] Como, na dvida, temos a tendncia de
ser mais conservadores, os intervalos normalmente so menores do que o necessrio o que
implica paragens e trocas de peas desnecessrias.
Na CIPAN a manuteno preventiva sistemtica dos equipamentos efectuada atravs
das manutenes e das inspeces.
Factores que afectam a rentabilidade da manuteno preventiva sistemtica:
M concepo ou definio dos trabalhos;
M preparao do trabalho;
Maus mtodos operacionais que afectam o rendimento e/ou qualidade da
execuo;
Erros na gesto de stock;
M organizao geral;
Um oramento insuficiente;
Deficientes meios materiais e/ou humanos.
1.2.2. Manuteno preventiva condicional
a manuteno preventiva baseada na vigilncia do funcionamento do bem e/ou dos
parmetros significativos desse funcionamento, integrando as aces da decorrentes. [2] Se ele
funcionar bem no se intervm, s quando houver indcios de mau funcionamento ou
aproximao de avaria. O sucesso desta depende da eficcia dos recursos e da metodologia
para vigiar o estado do equipamento. [1]
Os objectivos da manuteno preventiva condicional so:
Minimizar os trabalhos no planeados;
Determinar antecipadamente quando ser necessrio realizar servios de
manuteno numa pea especfica de um equipamento. Permitindo assim,
melhorar as relaes com os clientes devido reduo de paragens de
produo imprevistas;
Aumentar o tempo de disponibilidade dos equipamentos, originando uma
maior produo a partir do capital investido;
Impedir a propagao dos danos;
Aumento da segurana do operador da mquina;
Possibilidade de melhorar a especificao e o projecto de futuras
instalaes atravs do histrico obtido a partir das inspeces;
Ganhos por reduo dos custos da manuteno;
Ganhos por reduo das perdas de produo.
Tcnicas mais usuais de inspeco condicionada [1]:
Anlise de vibraes;
Anlise de lubrificantes em servio;
Termografia;
Anlise aos parmetros de rendimento;
Inspeco visual;
Medies ultra-snicas.
Anlise de vibraes
Uma vibrao pode ser definida como uma oscilao peridica volta de um ponto em
equilbrio. A frequncia o nmero de ciclos por segundo e sua unidade o hertz (Hz).
Em termos de manuteno preventiva condicionada, a nfase dada s vibraes
mecnicas, as quais aparecem em estruturas metlicas e material construtivo, empregados em
engenharia.
A CIPAN utiliza a anlise de vibraes como mtodo de manuteno preventiva
condicional. A anlise de vibraes realizada por uma empresa externa, a SPECMAN.
Para o efeito foi seleccionado um conjunto de equipamentos cujo critrio foi o facto de
desempenharem uma funo crtica para o normal funcionamento da fbrica, e serem um
activo de elevado valor patrimonial:
Central de servios:
KFN2451; KFN2452; KFP2401; KFP2402; KFP2406;
KAB2301; KAB2310; KAB2311;
KAA2351 ;
L2153; L2155; L2156;
BC2153; BC2154; BC2155; BC2156;
BC2401; BC2402; BC2403; BC2404;
Fermentao:
TF901; TF902; TF903; TF904; TF905; TF906; TF907; TF908; TF909; TF910;
TF911.
O sistema de monitorizao utilizado apoiado por um colector de dados e por um
programa informtico dedicado, o qual mantm em bases de dados toda a informao
recolhida durante as aces de inspeco e monitorizao, nomeadamente: nveis globais de
vibraes; sinal em tempo e espectros com bandas de frequncia de acordo com o rgo a
analisar; e notas de inspeco relativos inspeco sensorial desenvolvida. Os procedimentos
de medida caracterizam-se pela recolha, diferenciada por cada rgo, do nvel global de
vibrao, espectros de frequncia, anlise de PeakVue e/ou Modelao em frequncia de
acordo com diversos filtros e formas de onda (sinal em tempo). [3]
O desenvolvimento dos ensaios consiste na recolha de sinais vibratrios em diversos
pontos, diferenciados por cada rgo, obtidos a partir de acelermetros com amplificao
interna e uma sensibilidade de 100 mV.g-1 e 500 mV.g-1. [3]
Os parmetros de medida utilizados pela SPECMAN so a velocidade e a acelerao
de vibrao, expressos em mm.s-1 RMS e gs RMS, respectivamente. [3] Contudo, podia-se
considerar ainda um outro parmetro de medida: o deslocamento. Observando a vibrao de
um componente simples como uma lmina fina, considera-se a amplitude da onda como
sendo o deslocamento fsico da extremidade da lmina, para ambos os lados da posio de
repouso.
Para o desenvolvimento das aces so utilizados os seguintes equipamentos de
medida e anlise: [3]
Analisador FFT, CSI 2120-2
Software de arquivo e anlise, Rbmware
Acelermetros, CSI
Lmpada estroboscpica, SMS-200B
Computador, Porttil
Para critrio de aceitao em termos de severidade vibratria para os equipamentos,
foi adoptada a norma ISO 10816-1. Os valores encontram-se representados na Tabela 1.1 e na
Tabela 1.2.
Tabela 1.1- Nvel global de vibraes.
mm.s-1 RMS Classe I Classe II Classe III
0,18 .
0,7 BOM
BOM BOM .
1,12 ACEITVEL . 1,8 ACEITVEL . 2,8 SEVERO ACEITVEL . 4,5 SEVERO . 7,1
CRTICO SEVERO .
11,2 CRTICO . 45 CRTICO
Tabela 1.2- Critrio de prioridades.
NVEL DESCRIO
1 Interveno de Emergncia
(monitorizar continuamente)
2 Interveno logo que possvel
(monitorizar com mais frequncia)
3 Interveno quando oportuno
(monitorizar)
4 Sem necessidade de interveno
Anlise de lubrificantes em servio
Uma anlise a um lubrificante inclui a determinao de vrios parmetros fsico-
qumicos e uma anlise dos metais de desgaste. [1]
Os ensaios fsico-qumicos efectuados variam consoante o tipo e aplicao do
lubrificante havendo, no entanto, um conjunto de testes standard do qual fazem parte a
viscosidade a 40C, partculas insolveis superiores a 5, presena de gua, ndice de acidez
(T.A.N. Toatal Acid Number e S.A.N. Strong Acid Number) e produtos de oxidao. [1]
Em determinados casos mais eficiente efectuar-se a anlise de lubrificantes em
servios em conjunto com a anlise de vibraes. Na Tabela 1.3, apresentam-se, alguns dos
exemplos da complementaridade das duas abordagens:
Tabela 1.3- Correlao e integrao de dados dos lubrificantes e vibraes [5]
Condio Anlise de
Lubrificantes
Anlise de
vibraes Correlao
Chumaceiras de
rolamentos lubrificadas a
leo
Forte Forte
A anlise de lubrificantes detecta a condio de
falha inicial. As vibraes fornecem mais
informaes nas fases mais avanadas.
Chumaceiras de metal
anti-frico lubrificadas a
leo
Forte Mista Vo ser geradas partculas de desgaste no
lubrificante antes de ocorrerem toques ou folgas.
Desequilbrio No aplicvel Forte
A gua pode levar a uma falha rpida.
improvvel que uma medio de vibraes
mensal possa detectar esta anomalia.
Chumaceiras lubrificadas
com massa Misto Forte
Faz sentido confiar nas vibraes para anlise de
rotina do estado de rolamentos. Somente alguns
laboratrios de anlise de lubrificantes tm
experincia suficiente com chumaceiras a massa
para fornecerem informao fivel.
Fendas nos veios No aplicvel Forte A anlise de vibraes pode ser muito eficaz a
detectar uma fenda num veio.
Desgaste de engrenagens Forte Forte
As vibraes podem detectar qual a engrenagem.
A anlise ao lubrificante em servio pode
determinar o modo de falha.
Alinhamento No aplicvel Forte As vibraes detectam o desalinhamento. A
anlise de lubrificantes eventualmente detectar o
efeito do aumento de carga na chumaceira.
Controlo de condies do
lubrificante Forte No aplicvel
O lubrificante pode ser uma causa de falhas
significativa.
Ressonncia No aplicvel Forte
As vibraes detectam a ressonncia. A anlise de
lubrificantes eventualmente detectar o efeito do
aumento de carga na chumaceira.
Anlise de causa raiz das
avarias Forte Forte
Melhor quando as duas abordagens trabalham em
conjunto.
Termografia
A termografia uma tcnica de inspeco no destrutiva e no invasiva que tem como
base a deteco da radiao infravermelha. Atravs desta tcnica possvel identificar
regies, ou pontos, onde a temperatura se encontra alterada em relao a um padro pr-
estabelecido. Permitindo assim a identificao e localizao de alteraes ou problemas na
instalao.
Na realidade quando se utiliza um equipamento de termografia para medir temperatura
estamos a medir a intensidade de radiao electromagntica na banda dos infravermelhos.
Figura 1.6- Distribuio da temperatura nos equipamentos. [4]
A relao entre a temperatura superficial de um corpo e a radiao emitida definida
pelas leis de Planck e Stefan-Boltzman. A lei de Planck estabelece a distribuio espectral de
energia em temperaturas distintas. A sua representao grfica pode ser observada na Figura
1.7.
Figura 1.7- Distribuio espectral de energia. [4]
A partir da Figura 1.7 podemos verificar que, a maior parte da radiao, s
temperaturas habituais sobre a superfcie da terra, est distribuda na regio do espectro
compreendida entre 1m e 14m, na zona conhecida como infravermelho mdio.
A lei de Stefan-Boltzman estabelece a proporcionalidade existente entre a radiao
total emitida e a temperatura do objecto real observado [4]:
(1.1)
Onde:
W Radiao total emitida (W/m2)
Constante de Stefan-Boltzman (5,67x10-8 W/m2K4)
- Emissividade do corpo real (0<
A capacidade real de emisso de radiao electromagntica para os corpos reais
define-se por um parmetro denominado coeficiente de emissividade, que depende das
caractersticas superficiais do objecto, da temperatura, do comprimento de onda e do ngulo
de observao. O valor exacto para este parmetro de mxima importncia na realizao de
medidas termogrficas, uma vez que caso no seja corrigido tornar impossvel a obteno de
medidas correctas de temperatura.
O factor seguinte a ter em conta o efeito produzido pela radiao ambiental reflectida
sobre a superficie do corpo. Este efeito determinado pela temperatura existente nas
vizinhanas do objecto a medir e pelo coeficiente de refleco deste (). Na prtica, a maior
parte dos objectos a medir so opacos radiao, pelo que pode considerar-se que os
coeficientes de emisso e reflexo so complementares ( +=1). Desta afirmao depreende-
se que as superfcies com aspecto reflector tm, em geral, uma baixa emissividade. Por outro
lado, a radiao trmica procedente de uma superfcie com baixa emissividade ter uma alta
componente de radiao exterior reflectida.
Assim, para a realizao de medies termogrficas precisas em superfcies pouco
emissivas no s ser necessrio ajustar a emissividade ao valor adequado, como considerar a
temperatura ambientel reflectida.
O ltimo factor externo que afecta a medida a absoro da radiao produzida pela
atmosfera existente entre o objecto a medir e a cmara termogrfica. Ainda que esta absoro
seja prticamente desprezvel a curtas distncias, a sua influncia pode ser importante em
grandes distncias, especialmente em atmosferas hmidas e quentes e o seu efeito de
atenuao deve ser considerado caso se desejem obter medies de temperatura precisas.
Os sistemas de termografia corrigem todos estes factores para proporcionar uma
medio correcta da temperatura a partir de uns valores, denominados parmetros do
objecto, que devem ser introduzidos pelo utilizador. Estes parmetros so: a emissividade, a
temperatura ambiente reflectida, a distncia, a humidade relativa e a temperatura
atmosfrica.[4]
Entre as aplicaes correntes da termografia contam-se: [1], [4]
Sector Elctrico para alta, mdia, ou baixa tenso, ou mesmo, correntes fracas, para
deteco de desapertos, oxidao dos contactos, envelhecimento do material e
sobrecarga, que so todas anomalias susceptveis de ocasionarem aumentos de
temperatura. um mtodo de inspeco eficaz para subestaes, postos de
transformao, postos de seccionamento, quadros de distribuio, etc. A realizao de
inspeces termogrficas peridicas de elementos crticos de uma instalao elctrica
permite conhecer exactamente a evoluo e o estado dos dispositivos, permitindo
planificar de forma adequada as tarefas de manuteno. Para poder estabelecer
adequadamente os critrios de temperatura que permitam conhecer o estado dos
elementos sob controlo, as operaes de inspeco devem ser realizadas sempre sob as
mesmas condies; no entanto, na maior parte das ocasies isto no possvel. Desta
forma, nas inspeces termogrficas de instalaes elctricas devem considerar-se os
seguintes aspectos: temperatura ambiente, nvel de carga, velocidade do vento e
reflexos solares.
Isolamentos trmicos Os isolamentos trmicos tm elevada importncia na
termografia uma vez que todas as melhorias que se conseguirem no desempenho dos
isolamentos trmicos tero impacto positivo na reduo dos custos energticos e,
consequentemente, nos custos de produo. usado para verificar a qualidade da
montagem em isolamentos novos, detectar o estado de envelhecimento dos
isolamentos antigos, detectar a existncia de pontes trmicas e, em edifcios, para
verificar a qualidade isolante de placas, paredes, tectos e ainda, por vezes, a deteco
de fissuras ao nvel do prprio beto.
Refractrios revestem interiormente diversos equipamentos industriais, tais como
caldeiras, fornos e chamins. A realizao de uma inspeco termogrfica nas paredes
de fornos permite ver directamente as zonas onde se esto produzindo fugas de calor e,
mais importante ainda, aquelas zonas onde o refractrio est diminuindo de espessura
perigosamente.
As vantagens obtidas no uso da termografia so: [1]
Ausncia de contacto fsico com o equipamento inspeccionado;
No interferncia com a operao normal do equipamento inspeccionado;
Anlise de grandes reas em tempos reduzidos;
Grande sensibilidade a pequenas variaes trmicas;
Possibilidade de obteno de registo visual da distribuio de temperaturas;
Sistema porttil e autnomo.
Anlise aos parmetros de rendimento
So obtidos os parmetros necessrios para o clculo do rendimento do equipamento
ou linha de produo de modo a proceder-se verificao da sua boa operacionalidade.
Inspeco visual
O exame visual constitui um auxiliar poderoso em todas as actividades industriais,
tornando possvel em muitos casos evitar acidentes cujas consequncias podem ser altamente
dispendiosas. Este mtodo o mais antigo, e ainda o mtodo utilizado com mais frequncia
nas tcnicas de inspeco e manuteno. Este permite-nos identificar fugas, fissuras, lascas,
distores fsicas e geomtricas, etc..
Medies ultra-snicas
Esta tcnica adequada para a medio de espessuras de chaparia, tubos e
reservatrios e, tambm para a deteco de fugas de gases ou lquidos em tubos, vlvulas e
acessrios de montagem. [1]
Nas Tabelas 1.4 e 1.5 indicam-se as tecnologias de aplicao mais comuns no controlo
de condio na manuteno industrial.
Tabela 1.4 Tecnologia de aplicao no controlo de condio Mecnicas. [1]
T
i
p
o
Rotativas
Motores, Geradores, Bombas, Compressores, Ventiladores
Estticas
Purgadores de vapor, Isolamento, Estruturas, Tubagem, Vlvulas, Permutadores, Caldeiras
C
a
r
a
c
t
e
r
s
t
i
c
a
s
Lubrificao:
Ensaio dielctrico
Anlise espectrogrfica
Ferrografia
Viscosidade
Cromatografia gasosa
Foras:
Vibrao
Deformao
Tenso
Espessura e Condio:
Corroso
Eroso
Abraso
Fendas
Padres de desgaste
Picadas
Calor:
Temperatura
Conduo
Perdas trmicas
Foras:
Rudo
Deformao
Tenso
Impacto
T
e
s
t
e
s
Qualidade do leo
Espectrografia do leo
Ferrografia de leitura
directa
Viscosmetro
Cromatgrafo de gs
Analisador de vibraes
Estroboscpio
Extensmetro
Medidor de tenses em
correias
Apalpa folgas
Alinhamento de veios
Mquina de equilibragem
Estetoscpio
Medidor de espessuras de
ultra-sons
Halografia
Lquidos penetrantes
Emisso acstica
Radiografia
Fluxo magntico
Medidor de espessuras de
tinta
Termmetro
Pirmetro
Materiais sensveis
temperatura
Termografia de
infravermelhos
Ultra-sons em
purgadores de vapor
Analisador de
vibraes
Extensmetro
Ensaio de presso
Vernizes frgeis
Ensaio hidrulico
Ensaio de vcuo
Tabela 1.5- Tecnologia de aplicao no controlo de condio Elctricas. [1] T
i
p
o
Distribuio
Transformadores, Geradores, Capacitores, Motores, Alimentadores, Barramentos
Controlo
Interruptores, Sistemas de corte, Rels, Sistemas de arranque de motores
C
a
r
a
c
t
e
r
s
t
i
c
a
s
Calor
Temperatura
Energia:
Tenso
Corrente
Resistncia
Capacitncia
Foras:
Electro-magntica
Vibrao
Energia de corte
Calor:
Temperatura
Energia:
Tenso
Corrente
Resistncia
Capacitncia
Condio:
Condio
Corroso
Picadas
T
e
s
t
e
s
Termmetro
Pirmetro
Materiais sensveis
temperatura
Termografia de
infravermelhos
Megaommetro
Anomalia de proteco
de terra
Ensaio de sobrepotencial
DC
Ensaio Doble
Medidor de terra
Ensaio de caractersticas
dielctricas do leo
Cromatgrafo de gs
Registador
Tenso/Corrente
Analisador de
vibraes
Termografia de
infravermelhos
Pirmetro
Megaommetro
Ensaio Doble
Micrommetro
Ensaio de carga
elevada
Calibrao de rels
Inspeco visual
Limpeza
Substituio
1.3. Manuteno de Melhoria
A manuteno de melhoria inclui as modificaes ou alteraes destinadas a melhorar
o desempenho do equipamento, ajust-lo a novas condies de funcionamento, melhorar ou
reabilitar as suas caractersticas operacionais. [1]
2. Sistema informtico de gesto da manuteno
A utilizao de um sistema de gesto da manuteno no apenas um implemento
tecnolgico, essencialmente uma postura de gesto.
Um software de gesto da manuteno , antes de mais, uma ferramenta para ajudar o
gestor da manuteno, a gerir melhor. Este no substitui os tcnicos. Liberta-os, apenas, de
algumas tarefas essenciais, pesadas e consumidoras de tempo, disponibilizando-os para se
concentrarem em tarefas mais inteligentes e mais produtivas. [1]
Todos os benefcios que um sistema traz manuteno esto relacionados com a
melhoria da gesto dos processos envolvidos na manuteno, com a consequente reduo dos
custos e aumento da disponibilidade dos equipamentos e instalaes.
A falta de compromisso a razo mais comum pela qual as empresas que adquirem
sistemas de gesto de manuteno no alcanam as suas expectativas.
Os gestores, antes de iniciarem o processo de seleco do software, devem procurar
avaliar as suas necessidades e identificar os pontos mais importantes a serem exigidos s
empresas que iro oferecer os seus produtos de gesto.
O software deve atender ao modelo de gesto da empresa e s caractersticas
operacionais da manuteno. Devem ser analisados os recursos humanos, qualitativos e
quantitativos necessrios para atender s etapas do processo de implementao. No tem
sentido a empresa possuir um software que oferea todos os recursos de gesto que, em
consequncia seja muito caro, para uma empresa onde no existam recursos humanos ou
materiais para usufruir do seu potencial. Os supervisores e o pessoal envolvido devem receber
formao adequada em gesto da manuteno, planeamento, informtica e participar nos
eventos de manuteno, feiras e congressos antes do processo de seleco e implementao.
Para se definir qual o software mais adequado a ser utilizado devem ser considerados
alguns factores, tais como: nmero de usurios simultneos, funes disponveis, ambiente de
gesto da base de dados utilizado, melhor relao custo/benefcio, relatrios disponveis,
recursos para modificao e/ou criao de novos relatrios, possibilidade de transferncia de
dados dos relatrios para outros aplicativos (Word, Excel, etc.), facilidade para criao de
novos relatrios e grficos e possibilidade de personalizao.
3. Colocar a manuteno em funcionamento Para colocar-se a manuteno em funcionamento numa empresa que j tenha a estrutura
de pessoal tem que se: [1]
a) Seleccionar um sistema de gesto/aplicao informtica;
Inicialmente, deve-se elaborar uma anlise e diagnstico da empresa no que
respeita actuao da manuteno tendo em mente as necessidades dos utilizadores,
critrios para a recolha de dados, os relatrios desejados e os ndices de desempenho a
serem controlados. Em funo disto, devem ser analisados os produtos voltados
especificamente para a gesto da manuteno.
A CIPAN, companhia industrial produtora de antibiticos, adquiriu o Infor
EAM. Verificou-se uma falha na execuo deste primeiro ponto, pois na aquisio do
software no tiveram em ateno a personalizao deste para a empresa, o que levou
falha do Infor EAM em termos de relatrios e indicadores de desempenho, uma
condio muito importante para que se possa realizar uma boa gesto da manuteno.
b) Construir a informao de manuteno base;
Este um processo longo, a que alguns chamam a caminhada no deserto,
porque se faz muito trabalho e vem-se poucos resultados: organiza-se, pesquisa-se,
registam-se elementos, ajustam-se, fazem-se planos de manuteno, mas tudo se
mantm esttico. [1]
c) Implementar a gesto e os respectivos procedimentos.
Os pontos b) e c) foram efectuados no decorrer do presente trabalho.
O ponto b) foi concretizado na sua totalidade, mas o ltimo ponto no o foi.
Tal deveu-se ao facto dos indicadores de desempenho e relatrios no terem ficado
implementados no Infor EAM devido a questes financeiras. No entanto, de modo a
contornar o problema, criou-se uma base de dados auxiliar, que fornece todos os
indicadores e relatrios necessrios.
Cumpridas estas fases o sistema de gesto entrar em fase de cruzeiro e poder,
ento, ir sendo melhorado em qualquer das suas vertentes, em funo dos resultados
e da sua anlise crtica.
Trata-se de um processo com um horizonte de concretizao nunca inferior a 6
meses, que exige planeamento, trabalho persistente e dedicado, motivao e apoio do
nvel superior da gesto. [1]
Nos captulos seguintes descrito todo trabalho que foi realizado no estgio efectuado
na CIPAN.
4. Familiarizao com os procedimentos do DES
Tendo com principal objectivo a familiarizao com os procedimentos e o
funcionamento do Departamento de Engenharia e Servios analisaram-se diversos
documentos, tais como: procedimento de gesto de manuteno mecnica da CIPAN, GAMP,
procedimentos de manuteno usados pelo DES, apresentao do DES (PowerPoint), norma
da numerao e identificao de zonas e instrumentos da CIPAN, documento n 102NR049-0
f, norma de identificao de fluidos e de tubagem da CIPAN e norma de estruturao,
numerao e fluxo de documentos da CIPAN.
5. Formao EAM
Foi efectuada uma anlise aprofundada aos manuais do Infor EAM fornecidos pela
empresa Glintt, de modo a existir uma inteirao das funcionalidades do programa.
6. Elaborao do manual do Infor EAM da CIPAN
Verificou-se a necessidade da criao de um manual personalizado para a CIPAN,
visto os manuais fornecidos, manual do utilizador e manual do administrador, serem de difcil
leitura e abrangerem diversos tipos de indstria.
Teve-se ento como objectivo a criao de um manual de fcil leitura e personalizado
para a CIPAN. De acordo com o objectivo imposto, construiu-se um manual baseado em
fluxogramas, pois estes so bastante explcitos em termos de passos a executar de modo a
realizar uma determinada tarefa. Todos os fluxogramas tm como referncia imagens e
definies apresentadas no anexo do manual. O Manual do Infor EAM da CIPAN foi dividido em 4 grandes captulos: Conceitos
bsicos, Equipamentos, Trabalhos e Administrao.
No captulo Conceitos bsicos foquei os seguintes temas: janela do Infor EAM da
Cipan, barra de ferramentas, link do Infor EAM da Cipan e do servidor de anexo de
documentos, Dataspy (filtros), filtros rpidos, construo/personalizao de filtros, descrio
dos filtros e personalizao (somente para administradores do sistema).
O captulo Equipamentos divide-se nos seguintes subcaptulos:
Categorias de equipamentos
Entende-se por categoria o subconjunto de uma classe.
As categorias permitem identificar caractersticas que fazem a distino
entre o subconjunto e os membros gerais de uma classe. Por exemplo, um
reservatrio (R) seria uma classe e um reservatrio agitado pressurizado (RAP)
seria uma categoria. A empresa em questo no definiu categorias no programa,
somente definiu classes.
Neste subcaptulo apresenta-se um fluxograma com o procedimento a
realizar para inserir categorias no Infor EAM.
Equipamentos
Os equipamentos so entidades nas quais se armazenam dados e para as
quais se criam ordens de servio. Os quatro tipos principais de equipamentos so as
posies, os activos, os sistemas e as localizaes.
As posies so as funes desempenhadas por um tipo genrico de activo.
Os activos so a unidade bsica das informaes de equipamentos e tambm
a menor unidade de controlo dos investimentos de capital. Os activos podem ser
entendidos como o BI do equipamento. O objecto adquire uma identidade nica
que o acompanha durante toda a vida, permitindo acumular o seu histrico.
Os sistemas so o conjunto de posies e/ou activos que funcionam em
conjunto. No necessitam de ser componentes integrados.
As localizaes identificam o local fsico de activos e sistemas.
Existem quatro tipos de status para os equipamentos:
Instalado: deve-se atribuir este status quando o equipamento est
instalado e em operao na organizao;
Retirado: deve-se atribuir este status quando o equipamento retirado de forma permanente;
espera de compra: deve-se atribuir este status quando definimos um activo que se encontra espera de compra. necessrio que se
defina o activo para que se possa concluir o processo de compra;
Em almoxarifado (armazm): deve-se atribuir este status quando um equipamento transferido para um armazm.
Neste subcaptulo apresentam-se os fluxogramas com os procedimentos a
realizar no Infor EAM para inserir posies, activos, sistemas e localizaes.
Procedimento a seguir para criar um novo equipamento no Infor EAM
Criei um fluxograma onde se indicam todos os passos a realizar de modo a
criar um novo equipamento, desde a criao de uma classe at etiquetagem do
novo equipamento.
Estruturas de equipamentos/Hierarquia
A estrutura dos equipamentos refere-se s relaes existentes entre os vrios
equipamentos.
na pirmide hierrquica que se fundamentam as regras do relacionamento
principal/secundrio (Figura 6.1).
Figura 6.1- Pirmide Hierrquica.
Apenas um entre os vrios tipos de equipamentos qualificados pode ser o
elemento principal de um equipamento. Os sistemas, no entanto, so a excepo a
essa regra; por exemplo, os activos podem ter apenas um nico elemento principal
de activo, um nico elemento principal de localizao e vrios elementos principais
de sistema.
Na Figura 6.2 apresenta-se um exemplo da estrutura usada no Infor EAM
para a associao de um activo a uma posio.
Figura 6.2- Exemplo da estrutura apresentada na associao de um activo a uma
posio no Infor EAM da CIPAN.
Neste subcaptulo apresentam-se os fluxogramas com os procedimentos a
realizar no Infor EAM para associar activos a posies, associar uma posio a
outra posio, definir um sistema como elemento principal de um activo e
desvincular equipamentos.
As localizaes podem ser elementos principais de outras localizaes, de sistemas ou de activos
Os sistemas s podem ser elementos principais de outros sistemas ou de activos
Os activos s podem ser elementos principais de outros activos
Medidores
Encontram-se definidos no captulo 16.
Neste subcaptulo apresentam-se os fluxogramas com os procedimentos a
realizar no Infor EAM para criar um medidor fsico e para criar um medidor lgico.
Transferncia de equipamentos
Esta funo permite-nos transferir equipamentos entre organizaes caso
existam vrias organizaes na empresa. O equipamento transferido ir aparecer
automticamente como retirado na organizao de origem. O sistema transfere os
registos secundrios do equipamento e retm a hierarquia de equipamentos na nova
organizao.
No possvel transferir equipamentos caso:
Este esteja marcado como fora de servio; O equipamento ou o elemento secundrio tenha um elemento principal associado a ele;
Contenha ordens de servio com status de sistema solicitao de servio ou emitido;
Existam ordens de servio com status suprimido ou espera de emisso e, alm disso existam ordens de compra abertas, requisies de
compras ou itens mantidos em armazm;
O equipamento tenha um registo secundrio que pertena a uma organizao diferente ou j exista na nova organizao;
O equipamento j existe na nova organizao, contudo, os respectivos elementos secundrios ainda no;
O equipamento j existe na nova organizao, com status de sistema espera da compra, instalado ou em armazm;
O equipamento tenha ordens de servio de manuteno preventiva no substitudas e o controle de reviso de manuteno preventiva esteja definido
como activo.
Neste subcaptulo apresenta-se um fluxograma com os procedimentos a
realizar no Infor EAM para transferir um equipamento.
Depreciao de activos
Esta permite-nos calcular as despesas de depreciao do equipamento. Valor
este correspondente ao desgaste e deteriorao do equipamento, com base num
perodo contvel e na vida til do equipamento.
O sistema no transfere os custos de depreciao numa hierarquia de
equipamentos. Logo devem-se manter registos individuais de depreciao para
todos os activos ou sistemas para os quais sejam necessrios dados de depreciao.
O sistema pode calcular os dados de depreciao com base em meses ou
exerccios fiscais da organizao do activo. O sistema comea a calcular a
depreciao de um equipamento na data de incio da operao e d continuidade
aos clculos de depreciao at que o equipamento atinja a data de sucata ou at a
data de fim da vida til do equipamento (Equao 6.1).
(6.1)
O sistema apresenta os dados com base nas seguintes equaes:
(6.2)
(6.3)
(6.4)
Neste subcaptulo apresentam-se os fluxogramas com os procedimentos a
realizar no Infor EAM para inserir depreciaes e para exibir os detalhes de uma
depreciao.
Garantias e reclamaes
Devem-se definir garantias para configurar informaes sobre fornecedores
e/ou fabricantes, referentes s garantias, e inserir as informaes gerais sobre as
garantias. As garantias devem ser associadas ao equipamento para assegurar que,
actualdataaeoperaodediriainiciodedataaentrediasdeNodepreciadeTaxadatanaoDeprecia )( =
)1( diaestimadatilvidaoperaodeiniciodeDatavidadefimData +=
actualdataaeactualperiodododiriadataatperododiaprimeirooentrediasdeNodepreciadeTaxaoDeprecia
)(=
)()( datanaoDepreciaoriginalValordatanaLquidoValor =
caso necessite de reparos, a garantia cubra. O sistema dispe de dois tipos de
garantias, as garantias baseadas em calendrios (exigem um valor de durao
expresso em dias) e as garantias baseadas na utilizao (exigem um valor de
durao expresso em utilizao, esta medida deve ser definida como um medidor
lgico do equipamento).
As reclamaes de garantia permitem-nos documentar as ordens de servio
emitidas para o equipamento sob garantia e recuperar a mo-de-obra e os materiais
utilizados no servio de reparo.
As garantias podem ser associadas a activos e a sistemas.
Neste subcaptulo apresentam-se os fluxogramas com os procedimentos a
realizar no Infor EAM para definir garantias, associar garantias ao equipamento e
criar reclamaes de garantias.
Listas de equipamentos
Este tema foi mencionado no captulo 10.
Todo o procedimento a realizar para criar/actualizar uma lista de
equipamentos encontra-se descrito no manual.
Cdigos de fechamentos
Quando a empresa encontra problemas de manuteno nos equipamentos,
til registar as informaes relacionadas com esses problemas. A recolha dessas
informaes permite analisar as falhas referentes aos processos empresariais,
projecto do sistema e utilizao operacional.
Os cdigos de fechamento ajudam a anlise das falhas. Os cdigos de
fechamento disponibilizados pelo sistema so os seguintes:
Cdigos de problema: identificam as falhas observadas nos equipamentos (exemplo: super aquecimento de uma bomba);
Cdigos de falha: identificam o motivo da falha do equipamento; Cdigos de motivo: identificam o motivo da solicitao de servio; Cdigo de aco: descrevem as etapas necessrias para corrigir o problema (exemplo: colocar lubrificantes na bomba).
Neste subcaptulo apresenta-se um fluxograma com os procedimentos a
realizar no Infor EAM para criar cdigos de fechamento.
O captulo Trabalhos divide-se nos seguintes subcaptulos:
Ordens de servio padro
Ordem de servio padro um conjunto predefinido de detalhes e
actividades. A OS padro pode ter referncia com uma ordem de servio para
facilitar a entrada de trabalhos de reparo que so executados repetidamente ao
longo do tempo, mas que no esto previstos numa programao definvel, como
o caso das manutenes preventivas peridicas. A ordem de servio padro bsica
define um trabalho simples de reparo, que consiste em uma ou mais actividades.
Neste subcaptulo apresentam-se os fluxogramas com os procedimentos a
realizar no Infor EAM para definir cabealhos de ordens de servio padro, para
definir actividades de ordens de servio padro e para adicionar ordens de servio
secundrias a ordens de servio padro.
Ordens de servio regulares
Criam-se ordens de servio regulares para reparar equipamentos com
defeito, modificar equipamentos de modo a estarem de acordo com as normas
ambientais e de segurana, executar ordens de servio durante um dia normal e
registar informaes relacionadas com problemas com os equipamentos.
Neste subcaptulo apresentam-se os fluxogramas com os procedimentos a
realizar no Infor EAM para definir cabealhos de ordens de servio regulares, para
definir actividades de ordens de servio regulares, para adicionar ordens de servio
padro a ordens de servio regulares e para associar qualificaes a ordens de
servio regulares.
Tarefas
Define-se tarefa como um conjunto predefinido de detalhes das actividades
de ordens de servio. As tarefas podem ser associadas a uma actividade de ordem
de servio, de programao de manutenes preventivas ou a ordens de servio
padro, a fim de minimizar a entrada de dados e assegurar o planeamento
consistente de trabalhos.
Associam-se qualificaes a tarefas para se estabelecer as qualificaes
mnimas que um funcionrio deve ter para executar as tarefas associadas ao
trabalho. Ao selecciona-se uma tarefa qual se associou qualificaes para uma
actividade de ordem de servio, s se poder atribuir/programar funcionrios que
tenham, no registo pessoal, um registo activo das qualificaes requeridas pela
tarefa para execuo da actividade da ordem de servio. As qualificaes do
funcionrio estaro activas se ele tiver concludo as formaes e se preencher os
requisitos necessrios, alm disso, a formao dever estar em vigor, conforme
indicado pela data de incio e pela data de validade da qualificao no registo
pessoal do funcionrio. Os funcionrios tambm podem ter, no registo pessoal, o
status temporariamente desqualificado para as qualificaes, se necessrio.
Neste subcaptulo apresentam-se os fluxogramas com os procedimentos a
realizar no Infor EAM para criar tarefas, adicionar instrues s tarefas, eliminar
instrues s tarefas, modificar instrues s tarefas, definir preos dos
fornecedores para as tarefas, definir preos para as tarefas e para definir
qualificaes para as tarefas.
Funcionrios
As taxas dos funcionrios podem ser definidas com base no nvel de
experincia, formao, etc. Logo, os funcionrios que pertenam a um determinado
nvel podem ter taxas de pagamento diferentes das de outros funcionrios
pertencentes ao mesmo nvel.
Ao programarem-se trabalhos, tem-se a opo de atribu-los a um
funcionrio e/ou a um nvel. Quando se registam horas para o trabalho, o sistema
calcula o custo da mo-de-obra da ordem de servio, do activo ou do projecto
adequado com base na taxa de pagamento por hora definida para o funcionrio ou
nvel. Portanto, ao registar horas, o custo de mo-de-obra para executar o trabalho
poder basear-se na taxa definida para o funcionrio ou para o nvel.
Sempre que se saiba previamente que o funcionrio estar ausente em
determinada data esta dever ser colocada no sistema, pois o sistema usa os registos
de disponibilidade de mo-de-obra para calcular as horas em que os funcionrios se
encontraram disponveis.
Podem-se criar excepes de disponibilidade de mo-de-obra para um grupo
de funcionrios, por exemplo para o dia de natal.
Podem associar-se qualificaes a cdigos de funcionrios para estabelecer
qualificaes de pessoal. Ao associar qualificaes a um funcionrio, poder
estabelecer os critrios para determinar se o funcionrio est qualificado para
executar o trabalho.
Neste subcaptulo apresentam-se os fluxogramas com os procedimentos a
realizar no Infor EAM para adicionar funcionrios, adicionar taxas a funcionrios,
adicionar excepes de disponibilidade de mo-de-obra a funcionrios, adicionar
excepes de disponibilidade de mo-de-obra a grupos de funcionrios, associar
qualificaes a funcionrios, associar tipos a funcionrios e associar funcionrios a
turnos.
Qualificaes
As qualificaes devem ser definidas de modo a estabelecer-se um conjunto
de padres ocupacionais e/ou de formao relacionados com o trabalho pessoal,
tarefas, nveis e/ou actividades de ordens de servio.
Todo o procedimento a realizar para criar qualificaes encontra-se descrito
no manual.
Turnos
Dependendo do tipo de negcio, a empresa pode ter somente um perodo de
trabalho ou pode ter vrios turnos e trabalhos durante 24 horas.
No presente subcaptulo apresentam-se os fluxogramas com os
procedimentos a realizar no Infor EAM para criar turnos e para definir dias para
turnos.
Supervisores
Os supervisores devem ser entendidos como uma forma de auxlio para a
separao de actividades.
O procedimento a realizar para definir supervisores encontra-se descrito no
manual.
Nveis
O sistema lana a dbito o custo do nvel com base na taxa por hora, na
ordem de servio adequada, no activo ou no projecto, assegurando a correcta
contabilizao dos custos. Um nico nvel pode ter vrias taxas, com base no tipo
de trabalho executado ou no departamento associado ao nvel, para uma ordem de
servio especfica.
Poder ainda associar qualificaes a nveis para estabelecer as
qualificaes mnimas que um funcionrio pertencente ao nvel deve ter para
executar o trabalho para o qual o nvel foi seleccionado.
Neste subcaptulo apresentam-se os fluxogramas com os procedimentos a
realizar no Infor EAM para definir nveis, definir taxas comerciais, definir taxas
comerciais de fornecedores e associar qualificaes aos nveis.
Manuteno preventiva
Encontra-se descrito no captulo 13.
No subcaptulo Manuteno Preventiva apresentam-se os fluxogramas
com os procedimentos a realizar no Infor EAM para criar uma manuteno
preventiva, associar uma actividade a uma manuteno preventiva e para gerar os
calendrios de manuteno preventiva.
O captulo Administrao divide-se nos seguintes subcaptulos:
Cdigos de custo
Os cdigos de custo permitem-no controlar custos de ordem de servio e
compras de armazm. Funciona, assim, como um elemento de interface entre a
gesto da manuteno e a gesto financeira da empresa: o gestor da manuteno
organiza, sua maneira, o parque de equipamentos e pode obter custos segundo um
vasto conjunto de vertentes que lhe sero teis para as suas anlises tcnicas e a
obteno de indicadores, mas ter que incluir uma terceira vertente que o habilite a
reportar os custos da forma pretendida pela direco financeira da empresa. A regra
que tem que ser observada que os custos de manuteno de um objecto de
manuteno sero imputados a um, e s um, centro de custo.
Na norma de numerao e identificao de zonas, equipamentos e
instrumentos da CIPAN, documento n 102NR049-0 f, identificam-se os cdigos de
custos existentes.
Todo o procedimento a realizar para criar cdigos de custo encontra-se
descrito no manual.
Classes
Uma classe um grupo de componentes com caractersticas semelhantes.
Usualmente as classes so estabelecidas de acordo com a funo do equipamento.
No presente subcaptulo apresenta-se um fluxograma com os procedimentos
a realizar no Infor EAM para criar ou editar classes.
Indicadores principais de desempenho (IPDS)
Os IPDS so parmetros definidos pelos utilizadores que medem a
produtividade ou a eficincia associada a processos e/ou actividades relacionadas a
ordens de servio. Os IPDS podem ser pblicos ou especficos de grupos de
utilizadores.
A Central de Inicializao exibe os indicadores principais de desempenho
(IPDS) e a respectiva pontuao (Figura 6.5). O sistema exibe um cone na central
de inicializao para cada IPD, o que permite aos utilizadores visualizarem o status
do ambiente de trabalho em relao aos IPDS especficos dos seus trabalhos, alm
da pontuao actual de cada IPD.
Definem-se estruturas de IPD para criar relaes principal/secundrio entre
os IPDS. As pontuaes de IPDS secundrios so transferidas para todos os
respectivos elementos principais. Cada um dos IPDS secundrios deve receber um
peso de acordo com a sua importncia. A soma de todos os IPDS secundrios
atribudos a um IPD principal deve ser igual a 100. O sistema usa o valor atribudo
como peso a cada IPD secundrio para converter a pontuao normal de um IPD
secundrio ao transferi-la para um IPD principal.
Figura 6.5- Central de inicializao.
Neste subcaptulo apresentam-se os fluxogramas com os procedimentos a
realizar no Infor EAM para configurar IPDS, definir intervalos de IPDS, associar
IPDS a grupos de usurios, associar um grupo de usurios a um usurio, adicionar
IPDS central de inicializao e definir estruturas de IPDS.
Campos personalizados
Pode definir-se um nmero ilimitado de campos personalizados e anexar
uma seleco desses campos a qualquer classe da entidade (exemplo: classe do
equipamento) ou entidade (exemplo: todos os equipamentos).
Os campos associados a uma classe somente sero exibidos quando a classe
estiver especificada no campo Classe. Campos associados a uma entidade so
sempre exibidos nas telas da respectiva entidade, independentemente de a classe ter
sido especificada ou no.
No presente subcaptulo apresentam-se os fluxogramas com os
procedimentos a realizar no Infor EAM para inserir campos personalizados e
associar campos personalizados.
Caixa de entrada
A caixa de entrada (Figura 6.6) exibe notificaes de alteraes no banco de
dados do sistema, na central de inicializao. Os utilizadores podem aceder s telas
necessrias para concluir aces ou actividades relacionadas com as entradas da
caixa de entrada, clicando duas vezes na entrada da caixa de entrada. As entradas de
caixa podem ser atribudas a grupos especficos de utilizadores ou definidas como
entradas pblicas, sendo exibidas para todos os utilizadores.
Neste subcaptulo apresentam-se os fluxogramas com os procedimentos a
realizar no Infor EAM para configurar entradas da caixa de entrada e associar
entradas da caixa de entrada a grupos de usurios.
Figura 6.6- Caixa de entrada.
Nvel do equipamento
Os cdigos de nvel crtico definem a importncia de um equipamento para
os processos empresariais.
Todo o procedimento a realizar para adicionar/remover cdigos de nvel
crtico encontra-se descrito no manual.
Status dos equipamentos
Alm dos status dos equipamentos predefinidos possvel personaliz-los
para necessidades especficas. A criao de um novo status do equipamento deve
ser feita com base nos status existentes. Aps a criao de um novo status do
equipamento, tem que se conceder uma autorizao de status para este, de modo a
que os utilizadores tenham permisso para aceder a esse status.
Todo o procedimento a realizar para adicionar status dos equipamentos
encontra-se descrito no manual.
Autorizaes de status
Atravs deste menu poder criar ou retirar permisses de status aos
utilizadores do sistema.
No presente subcaptulo apresenta-se um fluxograma com os procedimentos
a realizar no Infor EAM para adicionar/remover autorizaes de status.
Cdigos do sistema
Definem-se cdigos de sistema para ajustar o sistema entidade. Por
exemplo, adicione/remova cdigos de prioridades de ordens de servio (alta, baixa,
mdia, urgente e paragem de Agosto).
Neste subcaptulo apresenta-se um fluxograma com os procedimentos a
realizar no Infor EAM para adicionar/remover cdigos de sistema.
Grupos de utilizadores
Definem-se grupos de utilizadores para que as pessoas que executem tarefas
similares na organizao tenham os mesmos privilgios. No sistema, pode-se copiar
o cabealho e as informaes secundrias de um grupo de utilizadores para outro. O
sistema d-nos tambm a liberdade para editar grupos de utilizadores, sempre que
necessrio.
As permisses de interface servem para especificar as funes s quais os
grupos de utilizadores tero acesso e definir os nveis de permisso de cada funo.
Neste subcaptulo apresentam-se os fluxogramas com os procedimentos a
realizar no Infor EAM para criar grupos de usurios, visualizar grupos de usurios,
configurar as permisses de tela, configurar as permisses de interface, criar
autorizaes de ordens de servio e para eliminar autorizaes de ordens de servio.
Documentos
No manual deu-se um exemplo do procedimento a realizar para criar um
documento e para anexar um documento a uma programao de manuteno
preventiva.
Este tema foi mencionado no captulo 17.
Envio de e-mails
Deu-se um exemplo do procedimento a realizar para personalizar o envio de
e-mails quando uma ordem de servio cancelada, isto , quando o seu status passa
de emitido (R) a cancelado (CANC).
Todo o procedimento a realizar para criar um modelo de e-mail, criar uma
configurao de notificao de e-mail e para abrir o visualizador de e-mails
encontra-se descrito no manual.
7. Base de dados dos equipamentos
Os equipamentos so entidades nas quais se armazenam dados e para as quais se criam
ordens de servio. Os quatro tipos principais de equipamentos so as posies, os activos, os
sistemas e as localizaes.
No Infor EAM da CIPAN os equipamentos so criados atravs de posies (Figura
7.1), de activos (Figura 7.2) e de localizaes.
No incio do estgio a base de dados de equipamentos encontrava-se extremamente
incompleta. Para cada equipamento foi criado um activo e uma posio correspondente.
Criaram-se praticamente todos os activos e posies existentes de momento na base de dados.
A numerao das posies dos equipamentos efectuada segundo a norma de
numerao e identificao de zonas, equipamentos e instrumentos da Cipan, documento n
102NR049-0 f. A numerao de activos realizada de forma sequencial (exemplo: E.000048).
O sistema fornece vrios status predefinidos para equipamentos (instalado, retirado,
espera de compra ou em armazm definidos no Captulo 6).
Sempre que um equipamento saia do sector este colocado com status retirado, a
menos que exista um outro equipamento para colocar nessa posio. Nesse caso a posio
mantida com status instalado e o activo do equipamento que sai com status retirado.
Sempre que se colocar um equipamento como retirado coloca-se tambm como
fora de servio.
Figura 7.1- Exemplo da pgina de exibio da posio no Infor EAM.
Figura 7.2- Exemplo da pgina de exibio do activo no Infor EAM.
7.1. Motores
Efectuou-se uma pesquisa no campo por todos os motores existentes na empresa e
suas caractersticas. Aps essa pesquisa actualizou-se a base de dados, inserindo-se os
motores que no existiam (atravs da criao de activos e de posies) e colocando-se alguns
dos motores com o status fora de servio e retirado.
Criaram-se os campos personalizados para os motores (Captulo 8), de acordo com os
dados tcnicos disponveis para estes e associaram-se esses campos personalizados
respectiva classe. Todos esses dados foram inseridos na base de dados.
Associaram-se os motores aos respectivos equipamentos pai (Captulo 9) criando-se
assim as rvores de estrutura.
Na Figura 7.3 apresenta-se a pgina de exibio de um motor com os respectivos
campos personalizados no Infor EAM
Figura 7.3- Exemplo da pgina de exibio de um motor com os respectivos campos personalizados no Infor
EAM.
7.2. Redutores Criou-se o mtodo de numerao dos redutores, que consta actualmente na norma de
numerao e identificao de zonas, equipamentos e instrumentos da Cipan, documento n
102NR049-0 f.
Efectuou-se uma pesquisa no campo de modo identificar os equipamentos que
continham redutores. Aps a realizao dessa pesquisa procedeu-se criao de novas classe,
identificativas dos redutores. Criou-se uma posio e um activo para cada redutor e fez-se a
associao entre estes. Aps a criao dos activos e posies efectuou-se a respectiva rvore
de estrutura (hierarquia), associando-os aos respectivos equipamentos pai (ver captulo 9).
7.3. Unidades de Ar Condicionado (UAC)
Efectuou-se uma pesquisa no campo, tendo em considerao uma listagem efectuada
em meados de 2005, por todas as unidades de ar condicionado existentes e suas
caractersticas.
Criaram-se os campos personalizados para as unidades de ar condicionado (Captulo
8), de acordo com os dados tcnicos disponveis para estes. Associaram-se os campos
personalizados s respectivas classes e inseriram-se todos os dados disponveis na base de
dados, atravs dos campos personalizados criados.
7.4. Classes Tal como foi mencionado no captulo 6, uma classe um grupo de componentes com
caractersticas semelhantes. Usualmente as classes so estabelecidas de acordo com a funo
do equipamento.
Na Figura 7.4 apresenta-se aparncia da janela onde se criam/editam/eliminam classes
no Infor EAM.
Atravs da entidade OBJ (entidade dos equipamentos) procedi criao de novas
classes de equipamentos, apresentadas na Tabela 7.1.
Tabela 7.1- Designao das novas classes criadas.
Classe Designao
AH Agitador do hidrogenador
ATF Agitador do tanque de fermentao
BHM Bomba hidrulica manual
MQ Motor do queimador
MRMD Redutor mecnico do secador
MRMG Redutor mecnico do granulador
MRMH Redutor mecnico do hidrogenador
MRMN Redutor mecnico do misturador bicnico
MRMR Redutor mecnico do reservatrio
MRRG Redutor de regulao de velocidade manual do granulador
MRRR Redutor de regulao de velocidade manual do reservatrio
UEA Unidade de extraco de ar
UIA Unidade de insuflao de ar
URF Unidade de tratamento por radiofrequncia
Figura 7.4- Exemplo da janela de exibio onde se criam/editam/eliminam classes no Infor EAM.
8. Campos personalizveis por famlia
Uma vez identificados todos os equipamentos que compem a instalao industrial,
efectuei uma pesquisa, essencialmente nas folhas de especificao dos equipamentos, por
caractersticas de especificao, fabricao, instalao e operao dos equipamentos. Esse
conjunto de informaes denomina-se por campos personalizveis.
Aps efectuada a pesquisa por campos personalizveis, procedeu-se criao destes
no Infor EAM (Figura 8.1).
Figura 8.1- Exemplo da janela de exibio onde se criam campos personalizveis no Infor EAM.
Seguidamente criao dos campos personalizveis procedeu-se associao s
respectivas classes de equipamentos (Figura 8.2).
Figura 8.2- Exemplo da janela de exibio onde se associam campos personalizveis s respectivas classes no
Infor EAM.
Constatou-se a necessidade de criao de seis campos personalizados comuns a todas
as classes de equipamentos (Tabela 8.1). Os campos personalizados Log Book e
Documento da Manuteno foram criados para se poder evidenciar no Infor EAM,
respectivamente, os equipamentos que possuem log book e o n do documento da manuteno
associado.
Na Tabela 8.2 apresentam-se os campos personalizados criados para uma determinada
classe (exemplo: motores das bombas).
Tabela 8.1-Campos personalizados correspondentes a todas as classes de equipamentos.
Campo personalizado Descrio SERVIO Servio TAG ANT Tag-number antigo CARACT Caracterstica
MAT CONS Material DOCMAN Documento da Manuteno
LOG BOOK Log Book
Tabela 8.2- Campos personalizados correspondentes a todos os motores das bombas.
Campo personalizado Descrio POT Potncia elctrica (kW) RPM RPM
IP ndice de Proteco CL. ATEX Classificao ATEX
UN Un [V] F [HZ] F [Hz] LN [A] ln[A] COS cos TER Termistor TIPO Tipo de arranque
F. SERVI Factor Servio R. ANTER Rolamentos anterior R. POST Rolamentos posterior
PESO[KG] Peso [kg] ANO FABR Ano Fabrico T. MONTA Tipo de Montagem
Constatou-se ainda a necessidade de criao do campo personalizado piquete
comum a todas as ordens de servio. Atravs deste campo, podemos verificar quais as ordens
de servio realizadas por um piquete.
9. Construo de rvores de estrutura de equipamentos
Construram-se rvores de estrutura de equipamentos para todos os cdigos de custo.
Nas rvores de estrutura evidencia-se o equipamento pai e seus equipamentos filhos
(Figura 9.1). Um equipamento pai um equipamento principal, por exemplo um reservatrio
agitado pressurizado (RAP) e um exemplo de um equipamento filho, seria o agitador (A) do
reservatrio.
Como regra geral, deve procurar eleger-se o equipamento pai como o objecto da
gesto, devendo as suas ordens de servio incorporar, simultaneamente: trabalhos no agitador
e trabalhos no motor.
A estrutura hierrquica dos equipamentos alm de nos proporcionar um fcil acesso
descendncia em termos hierrquicos dos equipamentos, tem tambm como funo reduzir a
populao dos objectos de gesto (equipamentos) e a respectiva burocracia. Diluem-se os
detalhes do histrico da manuteno da descendncia, mas ganha-se em termos de eficincia
de gesto. [1] Competiu-me a mim e ao gestor da manuteno (o Eng. Paulo Aleixo) encontrar
o ponto de equilbrio entre estes interesses. Tendo em conta a dimenso da empresa e o tipo
de equipamentos instalados, optou-se por considerar como equipamentos pai apenas os
referidos na Tabela 9.1.
Tabela 9.1- Equipamentos pai e respectivos equipamentos filhos.
Equipamentos Pai Equipamentos Filhos
Bombas Motor
Colunas (Coluna de destilao e Coluna de lavagem)
Bomba Ebulidor
Condensador Separador de fases
Desumificador
Filtro de manta Compressor de frio positivo
Ventilador centrfugo Motor
Secador de leito fluidizado
Agitador Filtro de mangas Filtro de manta
Motor Redutor
Permutador de alhetas Ventilador centrfugo Separador ciclnico
Secador rotativo de vcuo Bomba Motor
Estufa de vcuo Bomba Permutador de placas
Evaporador de camada fina
Bomba Permutador de placas
Filtro de linha Motor
Permutador espiral Reservatrio
Filtro centrfugo Motor
Filtro de cartucho/linha Motor
Filtro de mangas Filtro de manta Permutador de tubos alhetados
Filtro de manta Permutador de tubos alhetados Ventilador
Filtro nutsch Agitador
Centralina Motor
Filtro de prensa Motor Gerador hidrulico Filtro rotativo de vcuo Motor
Unidade de osmose inversa Motor
Skid de ultrafiltrao Bomba Permutador de caixa e tubos
Despoeirador
Agitador Motor
Redutor Ventilador Centrfugo
Granulador Motor Redutor Micronizador Motor
Moinho Motor
Peneiro Motor
Hidrogenador Motor Redutor
Gerador hidrulico
Reservatrio Bomba hidrulica de pistes
Filtro de linha Motor
Compressor de ar alta Motor
Compressor de ar baixa Motor Bomba
Compressor de frio negativo
Bomba Filtro de cesto
Motor Permutador de tubos Permutador de placas
Reservatrio pressurizado Filtro de Linha
Torre de refrigerao
Compressor de frio positivo Bomba
Torre de refrigerao Motor
Torre de refrigerao Motor Bomba
Ventilador centrfugo
Permutador de serpentina Reservatrio
Misturador bicnico Motor Redutor Queimador da caldeira Motor
Reservatrio Bomba
Reservatrio agitado
Agitador Motor
Redutor Bomba
Reservatrio agitado pressurizado
Agitador Motor
Redutor Bomba
Reservatrio Reservatrio pressurizado Bomba
Separador ciclnico Filtro de mangas
Tanque de fermentao
Agitador Filtro estril
Pr-filtro estril Motor
Reservatrio Pressurizado
Tanque de fermentao inoculo
Agitador Filtro estril
Pr-filtro estril Motor
Reservatrio pressurizado Tanque de lamas activadas Bomba
Unidade de extraco de ar Filtro de mangas Ventilador centrfugo
Unidade de tratamento de ar
Desumificador Filtro Hepa
Filtro de mangas Filtro de manta
Permutador de alhetas Ventilador centrfugo
Motor Ventilador axial Motor
Ventilador centrfugo Motor
Diferencial elctrico Motor
Monta-Cargas Motor
Gerador Hidrulico Diferencial elctrico
Caldeira a gs natural
Bomba Permutador de tubos alhetados
Permutador de serpentina Reservatrio
Ventilador Centrfugo
Caldeira a nafta
Bomba Permutador de serpentina
Permutador em U Reservatrio
Ventilador Centrfugo Filtro de Linha
Figura 9.1- Exemplo de uma hierarquia no Infor EAM.
Na Tabela 9.2 menciona-se a quantidade de equipamentos existentes na CIPAN, quer
em termos de equipamentos pai, quer em termos globais.
Tabela 9.2- Quantidade de equipamentos existentes na CIPAN
Incluindo os fora de servio Excluindo os fora de servio
Equipamentos pai 1095 939
Equipamentos 2112 1805
10. Listas de equipamentos
Criou-se a lista de equipamentos para a sntese qumica e para as transformaes no
estreis e procedeu-se actualizao das seguintes: engenharia e servios, bombagem e
tratamento de guas residuais, destilaria e parque de solventes, produo de gua purificada,
fermentao e isolamento de KCA.
As listas de equipamentos foram construdas atravs do Infor EAM da CIPAN, com a
base de dados dos equipamentos j completa.
Criou-se um filtro personalizado no Infor EAM para a criao/actualizao das listas
de equipamentos denominado por Listas de Equipamentos. Este inclui todos os
equipamentos da CIPAN instalados que no se encontram fora de servio. Contm somente
trs colunas: posio, descrio e servio, sendo estes os campos usados nas listas de
equipamentos.
11. Documentao para colocar equipamentos fora de servio ou retir-los
Verificou-se a necessidade de criao de um documento para colocar todo um sector
ou famlia de equipamentos fora de servio ou para retir-los. A CIPAN j dispunha de um
documento para colocar um s equipamento e seus filhos fora de servio ou para retir-los,
contudo revelou-se de extrema importncia a existncia de um documento mais abrangente,
principalmente para sectores que trabalham por campanhas.
Este documento veio reduzir significativamente o volume de papel, em termos
burocrticos.
O documento apresenta-se no anexo B.
12. Actualizao da norma dos equipamentos A norma de numerao e identificao de zonas, equipamentos e instrumentos da
Cipan, documento n 102NR049-0 f, foi actualizada com as novas famlias e classes dos
equipamentos criadas. Redigiu-se na norma o mtodo de numerao dos redutores. E
actualizou-se ainda a relao entre a numerao de zonas/equipamentos.
13. Manutenes Preventivas 13.1. Criao de manutenes preventivas no Infor EAM da CIPAN
Manuteno preventiva a manuteno que efectuada a intervalos de tempo
predeterminados ou de acordo com critrios prescritos com a finalidade de reduzir a
probabilidade de avaria ou de degradao do funcionamento de um bem. A manuteno
preventiva , sob o ponto de vista de gesto, o objectivo da poltica de manuteno.
Na CIPAN a manuteno preventiva dos equipamentos efectuada atravs das
manutenes e das inspeces.
Entende-se por inspeco a identificao de problemas ou indcios que possam
determinar um problema a prazo. No envolve qualquer interveno no equipamento, nem
limita ou inibe o seu normal funcionamento.
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