Desenvolvimento Do Sistema de Gestão Da Manutenção Da CIPAN

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  • Desenvolvimento do Sistema de Gesto da Manuteno da CIPAN

    Rute Filipa Duarte Caetano

    Dissertao para obteno do Grau de Mestre em

    Engenharia Qumica

    Jri

    Presidente: Professor Sebastio Manuel Tavares da Silva Alves

    Orientador: Professor Joo Alexandre de Miranda da Silva Reis

    Engenheiro Paulo Aleixo

    Vogais: Professora Maria de Lourdes dos Santos Serrano

    Junho de 2009

  • Agradecimentos

    A elaborao da minha tese de mestrado s foi possvel graas colaborao e apoio

    de vrias pessoas a quem eu desde j agradeo:

    Ao professor Joo Miranda Reis, orientador universitrio da tese no IST, por todo o

    apoio e orientao prestada.

    Ao Eng. Paulo Aleixo, orientador da CIPAN, que me proporcionou o primeiro

    contacto com a indstria portuguesa e que me acompanhou durante a minha estadia na

    empresa. Quero agradecer-lhe por todo o apoio prestado.

    Gostaria tambm de agradecer a todos os funcionrios da CIPAN, entre eles destaco:

    Eng. Ulisses Belo, Eng. Faria, Eng. Pedro Frazo, Eng. Vieira, Sr. Miguel Mourato, Sr.

    Liliana Cabral, Sr. Ftima Caetano, Sr. Manuel Antnio.

    E por ltimo, mas nunca menos importante, minha famlia e ao meu namorado.

    Quero agradecer minha famlia por me apoiarem incondicionalmente em todos os passos da

    minha vida e me por me ajudarem e aturarem nos momentos menos bons. Agradeo tambm

    o facto de me terem proporcionado uma excelente formao moral e profissional. Sem eles

    nada disto seria possvel.

  • Resumo

    O objecto da realizao do presente estgio era desenvolver o sistema de gesto da

    manuteno da CIPAN.

    O contedo do trabalho consistia na familiarizao com os procedimentos do DES,

    elaborao de um manual do Infor EAM personalizado para a CIPAN, construo de campos

    personalizveis por famlia, construo de rvores de estrutura de equipamentos, criao e

    actualizao das listas de equipamentos, actualizao da norma da numerao e identificao

    de zonas e instrumentos da CIPAN, ajuste das manutenes preventivas, criao e

    actualizao dos procedimentos de manuteno, registos de manuteno e registos de

    inspeco dos sectores produtivos SQ e TNES, definio de matrizes de criticidade,

    criao de utilizadores/formao operacional, definio de custos hora/homem, controlo dos

    custos dos materiais, actualizao da base de dados de colaboradores, configurao de

    Dataspy e identificao de relatrios e indicadores necessrios gesto da manuteno.

    O controlo dos custos dos materiais no ficou implementado pois no foi recebido o

    feedback por parte da Glintt, relativamente possibilidade de sincronizao e os custos

    associados, at data de trmino do estgio.

    Alm da realizao dos itens solicitados, foi elaborado um documento para colocar

    famlias de equipamentos fora de servio ou para retir-los, criaram-se medidores fsicos e

    lgicos, elaborou-se um documento denominado por Plano Anual de Manuteno,

    digitalizaram-se documentos de suporte no Infor EAM, efectuou-se uma anlise relativamente

    necessidade de equipamentos de reserva, realizou-se uma avaliao s avarias dos

    equipamentos e construiu-se uma base de dados em Access que fornece todos os indicadores e

    relatrios necessrios gesto da manuteno.

    Palavras-Chave: Gesto da Manuteno, Infor EAM, Equipamentos, Procedimentos de

    manuteno, Matrizes de criticidade e Base de dados.

  • Abstract

    The purpose of the completion of this stage was to develop the maintenance

    management system of CIPAN. The content of the work was in familiarity with the procedures of DES, preparing a

    custom manual of Infor EAM for CIPAN, construction of customizable fields per family,

    construction of tree structure of equipment, creating and updating the lists of equipment,

    update of the standard numbering and identification of areas and instruments of CIPAN,

    adjust the preventive maintenance, creation and updating of procedures for maintenance,

    records of maintenance and records of inspection of the productive sectors SQ and

    TNES, definition of the criticality matrices, creation of users/operational training,

    definition of cost hour/man, control the costs of materials, update the database of employees,

    setting Dataspy and identification of indicators and reports necessary for the management of

    maintenance.

    The control of material costs have not been implemented because the feedback was

    not received by the Glintt, on the possibility of synchronization and the associated costs, until

    the end of the stage.

    In addition to the completion of the items requested, it was drafted a document to put

    families of equipment out of service or to remove them, created measuring physical and

    logical, drafted a document called Annual Plan of maintenance, scanned support documents

    in Infor EAM, it was made an analysis on the need to reserve equipment, performed an

    evaluation of failures of equipment and built a database in Access that provides all indicators

    and reports necessary for the maintenance management.

    Keywords: Maintenance Management, Infor EAM, Equipment, Maintenance procedures,

    Criticality matrices and Database.

  • ndice

    Tipos de manuteno..1

    Manuteno Correctiva ..1

    Manuteno Preventiva...5

    Manuteno preventiva sistemtica.....9

    Manuteno preventiva condicional....9

    Manuteno de Melhoria...21

    Sistema informtico de gesto da manuteno.....21

    Colocar a manuteno em funcionamento22

    Familiarizao com os procedimentos do DES ...23

    Formao EAM.23

    Elaborao do manual do Infor EAM da CIPAN.24

    Base de dados dos equipamentos..38

    Motores..40

    Redutores...40

    Unidades de Ar Condicionado (UAC)..41

    Classes...41

    Campos personalizveis por famlia.42

    Construo de rvores de estrutura de equipamentos...45

    Listas de equipamentos.48

    Documentao para colocar equipamentos fora de servio ou retir-los..49

    Actualizao da norma dos equipamentos49

    Manutenes Preventivas .49

    Criao de manutenes preventivas no Infor EAM da CIPAN...49

    Funcionamento das manutenes preventivas no Infor EAM da CIPAN.51

    Procedimentos de manuteno, registos de manuteno e registos de inspeco ..52

    Plano anual de manuteno...52

    Medidores..52

    Digitalizao de documentos de suporte no Infor EAM da CIPAN.53

    Definio de matrizes de criticidade.54

    Criao de utilizadores / Formao operacional...58

    Controle de custos.59

  • Definio de custos Hora/Homem (HH)...59

    Custos materiais59

    Base de dados de colaboradores60

    Configurao de Dataspy..62

    Relatrios..67

    Indicadores de desempenho..69

    Taxa de avarias de um equipamento/1000h..69

    Tempo mdio entre avarias, MTBF..70

    Tempo mdio de reparao, MTTR......70

    Tempo mdio de espera, MWT.71

    Disponibilidade.72

    Atraso na manuteno preventiva.72

    Atraso na inspeco.......73

    Tempo de emisso.73

    Rcios de Manuteno..73

    Rcio de manuteno preventiva...73

    Rcio de manuteno correctiva ...73

    Rcio de subcontratao74

    ndice primrio da manuteno.74

    Custos de manuteno...74

    Grficos Evolutivos...74

    Base de dados75

    Taxa de avarias de um equipamento/1000h..76

    Tempo mdio entre avarias, MTBF..76

    Tempo mdio de reparao, MTTR..77

    Tempo mdio de espera, MWT.77

    Atraso na manuteno preventiva.78

    Atraso na Inspeco .78

    Tempo de emisso.79

    Nmero de avarias por posio.79

    Nmero de ordens de servio por tipo..79

    Nmero de ordens de servio por posio80

    Histrico do Equipamento.80

    Avaliao das avarias dos equipamentos..81

  • Concluso..81

    Bibliografia...84

    Anexos..85

    Anexo A - Plano Anual de Manuteno 2009...85

    Anexo B Documento para colocar os equipamentos fora de servio ou retir-los....96

    Anexo C- Relatrios......99

    Anexo D- Relatrios e Indicadores da Base de Dados106

  • ndice de Figuras Figura 1.1- Hierarquia dos diversos tipos de manuteno..1

    Figura 1.2-Planta do piso 0 das oficinas.3

    Figura 1.3-Planta do piso 1 das oficinas.4

    Figura 1.4- Padres das falhas6

    Figura 1.5- Padres das falhas7

    Figura 1.6- Distribuio da temperatura nos equipamentos..14

    Figura 1.7- Distribuio espectral de energia....15

    Figura 6.1- Pirmide Hierrquica..26

    Figura 6.2- Exemplo da estrutura apresentada na associao de um activo a uma posio no

    Infor EAM da CIPAN..26

    Figura 6.5- Central de inicializao...35

    Figura 6.6- Caixa de entrada.36

    Figura 7.1- Exemplo da pgina de exibio da posio no Infor EAM39

    Figura 7.2- Exemplo da pgina de exibio do activo no Infor EAM..39

    Figura 7.3- Exemplo da pgina de exibio de um motor com os respectivos campos

    personalizados no Infor EAM...40

    Figura 7.4- Exemplo da janela de exibio onde se criam/editam/eliminam classes no Infor

    EAM..42

    Figura 8.1- Exemplo da janela de exibio onde se criam campos personalizveis no Infor

    EAM..43

    Figura 8.2- Exemplo da janela de exibio onde se associam campos personalizveis s

    respectivas classes no Infor EAM.43

    Figura 9.1- Exemplo de uma hierarquia no Infor EAM48

    Figura 13.1- Exemplo de um cdigo de manuteno preventiva..50

    Figura 13.2- Etiquetas de manuteno preventiva51

    Figura 16.1- Exemplo de um cdigo de medidor.53

    Figura 17.1- Exemplo de um cdigo do documento.54

    Figura 18.1- Diagrama de criticidade...56

    Figura 20.1- Hiptese apresentadas empresa relativamente aquisio dos custos dos

    materiais60

    Figura 22.1- Dataspy/Filtros rpidos do Infor EAM da CIPAN...62

    Figura 26.1- Exemplo da janela de exibio da base de dados.75

  • ndice de Tabelas

    Tabela 1.1- Nvel global de vibraes..12

    Tabela 1.2- Critrio de prioridades...12

    Tabela 1.3- Correlao e integrao de dados dos lubrificantes e vibraes13

    Tabela 1.4 Tecnologia de aplicao no controlo de condio Mecnicas..19

    Tabela 1.5- Tecnologia de aplicao no controlo de condio Elctricas.20

    Tabela 7.1- Designao das novas classes criadas41

    Tabela 8.1-Campos personalizados correspondentes a todas as classes de equipamentos...44

    Tabela 8.2- Campos personalizados correspondentes a todos os motores das bombas44

    Tabela 9.1- Equipamentos pai e respectivos equipamentos filhos45

    Tabela 9.2- Quantidade de equipamentos existentes na CIPAN..48

    Tabela 13.1 Descrio dos tipos de manutenes preventivas existentes..50

    Tabela 14.2- Indicao da quantidade de procedimentos de manuteno, registos de

    manuteno e de registos de inspeco da SQ e TNES da CIPAN.52

    Tabela 17.1 Descrio dos tipos de documentos...54

    Tabela 18.3- Tabela de criticidade57

    Tabela 21.1- Descrio dos departamentos existentes na Cipan..61

    Tabela 21.2- Descrio dos nveis existentes na Cipan61

  • ndice de Grficos

    Grfico 26.1- Valores obtidos para o MTBF na base de dados76

    Grfico 26.2- Valores obtidos para o MTTR na base de dados77

    Grfico 26.3- Valores obtidos para o MWT na base de dados.78

    Grfico 26.3- Nmero de ordens de servio por tipo para o 4 Trimestre de 2008..79

    Grfico 26.4- Nmero de ordens de servio por tipo para o 1 Trimestre de 2009..80

  • Lista de Abreviaes

    CIPAN - Companhia Industrial Produtora de Antibiticos, S.A

    DES - Departamento de Engenharia e Servios

    SQ - Sntese Qumica

    TNES - Transformaes No Estreis

    MP - Manuteno Preventiva

    INSP - Inspeco

    OS - Ordens de servio

    MTBF - Tempo mdio entre avarias

    MTTR - Tempo mdio de reparao

    MWT - Tempo mdio de espera

    KFN - Compressor de frio negativo

    KFP - Compressor de frio positivo

    KAB - Compressor de ar baixa

    KAA - Compressor de ar alta

    L - Torre de refrigerao

    BC - Bomba Centrfuga

    TF - Tanque de Fermentao

    IPDS - Indicadores principais de desempenho

  • 1. Tipos de Manuteno

    A manuteno pode ser definida como a combinao de todas as aces tcnicas,

    administrativas e de gesto, durante o ciclo de vida de um bem, destinadas a mant-lo ou

    rep-lo num estado em que ele pode desempenhar a funo requerida. [2]

    Na Figura 1.1 apresentam-se os diversos tipos de manuteno.

    O objectivo da gesto da manuteno conseguir, agregando estes tipos de

    manuteno nas propores ideais, um padro de desempenho a um custo mnimo, sendo que

    este custo no apenas o custo da manuteno, no sentido contabilstico, mas sim o custo da

    manuteno mais a soma dos custos indirectos da manuteno e dos benefcios obtidos com

    as melhorias. [1]

    Figura 1.1- Hierarquia dos diversos tipos de manuteno. [1] 1.1. Manuteno Correctiva

    A manuteno correctiva aquela que efectuada depois da deteco de uma avaria e

    destinada a repor um bem num estado em que pode realizar uma funo requerida. [2]

    Esta designada tambm por curativa, pois destina-se a reparar avarias e maus

    funcionamentos ocorridos em servio.

  • So trabalhos de reparao de avarias que tenham surgido sem aviso prvio e cuja

    oportunidade de interveno no tenha podido ser decidida pelo gestor. [1]

    Se, por outro lado, a aproximao destas avarias tivesse sido precedida de um aviso

    prvio que tivesse permitido programar uma reparao anterior ocorrncia da avaria,

    propriamente, o trabalho deveria assumir a designao de preventivo condicional, em vez de

    correctivo. [1]

    Constato ento que, a distino entre os trabalhos correctivos e os preventivos

    condicionais poder no ser sempre uma tarefa linear e haver que eleger, nas zonas de

    fronteira, o que , em termos prticos, um pr-aviso razovel para se poder dizer que

    determinado trabalho preventivo de uma avaria e no correctivo dessa avaria eminente.

    Convenciona-se que qualquer trabalho que obrigue a alterar o modelo de produo de

    uma instalao, isto , um trabalho no planeado, deve ser considerado correctivo e s poder

    ser considerado preventivo condicional quando puder ter a sua data de realizao determinada

    de forma a evitar alterar esse modelo, isto , que tenha um carcter planevel. [1]

    A manuteno correctiva exige que se tenha mo alguns equipamentos mnimos,

    bem como a existncia de oficinas adequadas para poder concluir rapidamente os servios

    solicitados. Cada especialidade de profissional utiliza um determinado nmero de ferramentas

    e mquinas, libera um variado volume de rudos ou poluentes e ocupa uma certa rea para

    poder desenvolver o seu trabalho. Em pequenas indstrias esse limite de espao mnimo no

    costuma ser respeitado, tendendo a haver uma certa desordem na disposio da maquinaria,

    bem como em alguns casos, encontra-se uma nica oficina para todas as categorias de

    profissionais. Evidentemente, isso provoca congestionamento, morosidade e situaes

    perigosas, alm de influir na qualidade dos servios prestados.

    No caso da empresa em estudo, CIPAN, verifica-se a existncia de trs oficinas:

    mecnica, elctrica e instrumentao, apesar do espao disponvel a estas ser bastante restrito.

    A Figura 1.2 e a Figura 1.3 apresentam a planta geral das oficinas.

  • Figura 1.2-Planta do piso 0 das oficinas. .

  • Figura 1.3-Planta do piso 1 das oficinas.

    Uma das vantagens das oficinas se encontrarem muito prximas umas das outras o

    facto de essa proximidade permitir o ganho de velocidade em recuperao de equipamentos

    que envolvam essas modalidades, bem como beneficiado pela utilizao de equipamentos

    de uso geral, como por exemplo as pontes rolantes.

  • 1.2. Manuteno Preventiva

    a manuteno efectuada a intervalos de tempo pr-determinados, ou de acordo com

    critrios prescritos, com a finalidade de reduzir a probabilidade de avaria ou de degradao do

    funcionamento de um bem. [2]

    Existem dois tipos de manuteno preventiva [2]:

    a) Manuteno preventiva sistemtica

    b) Manuteno preventiva condicional

    So ambas actividades planeadas, sob o ponto de vista da gesto a diferena que na

    sistemtica o trabalho repete-se a perodos de tempo fixos pr-determinados, enquanto na

    condicional actua-se apenas quando houver indcios. [1]

    A manuteno preventiva tem como objectivos [1]:

    Prever as datas provveis em que as avarias podero ocorrer a fim de poder

    tomar, antecipadamente, as medidas tendentes a evit-las;

    Diminuir os tempos de paragem do equipamento para reparao;

    Eliminar/Reduzir os riscos de avaria em equipamentos crticos ou com elevado

    custo de reparao;

    Suprimir as causas de acidentes graves, garantindo a confiana no equipamento

    em servio.

    A manuteno preventiva bastante vlida para determinados equipamentos e no to

    desejvel para outros, mas obrigatria nos que abrangem a segurana do pessoal da empresa.

    Quando utilizada na medida adequada onde predomina o bom senso, mais segura e

    econmica do que a interveno aleatria, pelas seguintes razes: pela escolha ponderada do

    momento apropriado de interveno; pelo seu custo; pela reduo dos tempos de paragem nas

    instalaes e por possibilitar a preparao do trabalho necessrio a uma execuo correcta.

    indispensvel avaliar, atravs de um estudo econmico, em que medida eficiente

    um equipamento suportar os encargos inerentes manuteno preventiva. Quando utilizada

    em demasia, a manuteno preventiva torna-se tecnicamente mais prejudicial e tecnicamente

    mais cara do que a manuteno correctiva. Podem fixar-se alguns limites:

  • 1- No gastar mais do que razovel, tendo em conta que o custo da manuteno

    preventiva deve ser sempre inferior ao preo de aquisio do equipamento em

    causa;

    2- Evitar penalizaes devidas paragem do equipamento;

    3- Permitir a renovao normal do equipamento de produo considerando que ao

    fim de certo tempo (durao de vida) preciso substituir a pea ou equipamento.

    Em seguida apresenta-se um grfico que relaciona o tempo (em anos) com diversos

    tipos de custos.

    Figura 1.3- Evoluo dos diversos tipos de custos no tempo. .

    Figura 1.4- Padres das falhas. Analisando a Figura 1.4, verifica-se que se pode determinar esse tempo em termos

    econmicos e concluir que para alm de determinada durao de vida de um equipamento,

    no se justifica a manuteno preventiva.

    A Figura 1.5 apresenta as seis representaes conhecidas da probabilidade de

    ocorrncia de uma falha em funo do tempo.

  • Figura 1.5- Padres das falhas. [1]

    A curva A, exprime que no incio da vida do equipamento, existe alta probabilidade

    de uma avaria (perodo de mortalidade infantil). Aps esse perodo a probabilidade decresce,

    mantendo-se constante durante um perodo relativamente longo. Findo este perodo, a

    probabilidade cresce novamente, definindo o chamado perodo de desgaste. Esta curva aplica-

    se essencialmente nos equipamentos onde exista contacto com um produto, ou onde estejam

    presentes fenmenos de fadiga do material ou corroso. Nesta situao o lgico seria vigiar e

    no forar at ao ponto M e aps o ponto N reacondicionar os desgastes. Durante o perodo de

    tempo T devem-se efectuar reacondicionamentos e substituies de componentes nos

    equipamentos de modo a manter-se a probabilidade de ocorrncia de avarias sempre ao seu

    menor nvel. S atravs do registo histrico do equipamento e da anlise estatstica se

    consegue determinar o perodo T ideal.

    A curva B muito semelhante curva A exceptuando o perodo de mortalidade

    infantil.

    Nas curvas C, D, E e F a abordagem sistemtica deixa de fazer sentido, uma

    vez que no existe nenhum ponto bem definido a partir do qual a probabilidade de avaria

    comea a subir. Nestes casos as intervenes tero que ser determinadas baseadas em factores

    diversos do tempo de funcionamento.

    O estabelecimento dos programas de manuteno preventiva realizado pelo prprio

    departamento de manuteno, que tem que deter os critrios de revises e substituies.

  • Torna-se evidente a necessidade de ter um cadastro individual do equipamento, no

    qual devem constar as caractersticas da mquina e as condies de operao e testes, alm da

    listagem de peas para stock e que relacione as quantidades mnimas necessrias em

    armazm.

    A manuteno preventiva executada quando possvel ou necessria, num

    determinado perodo previamente escolhido, e no quando a mquina fora o conserto, o

    trabalho pode normalmente ser programado, sem necessidade de horas extras ou compras

    apressadas, que levariam a um custo bem mais elevado.

    A elaborao de um programa de manuteno preventiva depende de muitos factores,

    no sendo fcil encontrar um modo para defini-la. Existem contudo algumas regras a

    respeitar:

    1) necessrio estabelecer quais so os pontos-chave, as mquinas ou conjuntos mais

    importantes para a produo e que apresentam alto custo de manuteno ou alta

    soma de inactividade forada, ou repetidas paragens devido a defeitos de

    funcionamento;

    2) Conhecer a frequncia com a qual cada unidade ou conjunto deve ser examinada

    em seu contexto;

    3) Estabelecer a frequncia com a qual cada unidade deve ser verificada, para

    localizar pontos de maior desgaste. Mtodos estatsticos, grficos de controlo e

    curvas de probabilidade so extremamente teis para a determinao de

    frequncia, falhas, etc;

    4) Organizar o trabalho de modo racional (mnimo tempo, mnimo custo, mxima

    eficincia) aproveitando a mo-de-obra disponvel e verificando a saturao da

    mesma;

    5) Elaborar registos de paragem do equipamento, manutenes, custos e frequncias

    dos mesmos com vista ao possvel controlo ou substituio da mquina.

    6) Somente proceder execuo da manuteno preventiva necessria. fcil passar

    de uma manuteno insuficiente excessiva, ou vice-versa.

  • 1.2.1. Manuteno preventiva sistemtica

    a manuteno preventiva efectuada a intervalos de tempo preestabelecidos ou

    segundo um nmero definido de unidades de utilizao mas sem controlo prvio do estado do

    bem. [2]

    O sucesso desta depende do rigor com que for possvel, quando o for, prever o perodo

    durante o qual o componente trabalhar sem falhar. [1] Como, na dvida, temos a tendncia de

    ser mais conservadores, os intervalos normalmente so menores do que o necessrio o que

    implica paragens e trocas de peas desnecessrias.

    Na CIPAN a manuteno preventiva sistemtica dos equipamentos efectuada atravs

    das manutenes e das inspeces.

    Factores que afectam a rentabilidade da manuteno preventiva sistemtica:

    M concepo ou definio dos trabalhos;

    M preparao do trabalho;

    Maus mtodos operacionais que afectam o rendimento e/ou qualidade da

    execuo;

    Erros na gesto de stock;

    M organizao geral;

    Um oramento insuficiente;

    Deficientes meios materiais e/ou humanos.

    1.2.2. Manuteno preventiva condicional

    a manuteno preventiva baseada na vigilncia do funcionamento do bem e/ou dos

    parmetros significativos desse funcionamento, integrando as aces da decorrentes. [2] Se ele

    funcionar bem no se intervm, s quando houver indcios de mau funcionamento ou

    aproximao de avaria. O sucesso desta depende da eficcia dos recursos e da metodologia

    para vigiar o estado do equipamento. [1]

    Os objectivos da manuteno preventiva condicional so:

    Minimizar os trabalhos no planeados;

    Determinar antecipadamente quando ser necessrio realizar servios de

    manuteno numa pea especfica de um equipamento. Permitindo assim,

  • melhorar as relaes com os clientes devido reduo de paragens de

    produo imprevistas;

    Aumentar o tempo de disponibilidade dos equipamentos, originando uma

    maior produo a partir do capital investido;

    Impedir a propagao dos danos;

    Aumento da segurana do operador da mquina;

    Possibilidade de melhorar a especificao e o projecto de futuras

    instalaes atravs do histrico obtido a partir das inspeces;

    Ganhos por reduo dos custos da manuteno;

    Ganhos por reduo das perdas de produo.

    Tcnicas mais usuais de inspeco condicionada [1]:

    Anlise de vibraes;

    Anlise de lubrificantes em servio;

    Termografia;

    Anlise aos parmetros de rendimento;

    Inspeco visual;

    Medies ultra-snicas.

    Anlise de vibraes

    Uma vibrao pode ser definida como uma oscilao peridica volta de um ponto em

    equilbrio. A frequncia o nmero de ciclos por segundo e sua unidade o hertz (Hz).

    Em termos de manuteno preventiva condicionada, a nfase dada s vibraes

    mecnicas, as quais aparecem em estruturas metlicas e material construtivo, empregados em

    engenharia.

    A CIPAN utiliza a anlise de vibraes como mtodo de manuteno preventiva

    condicional. A anlise de vibraes realizada por uma empresa externa, a SPECMAN.

    Para o efeito foi seleccionado um conjunto de equipamentos cujo critrio foi o facto de

    desempenharem uma funo crtica para o normal funcionamento da fbrica, e serem um

    activo de elevado valor patrimonial:

  • Central de servios:

    KFN2451; KFN2452; KFP2401; KFP2402; KFP2406;

    KAB2301; KAB2310; KAB2311;

    KAA2351 ;

    L2153; L2155; L2156;

    BC2153; BC2154; BC2155; BC2156;

    BC2401; BC2402; BC2403; BC2404;

    Fermentao:

    TF901; TF902; TF903; TF904; TF905; TF906; TF907; TF908; TF909; TF910;

    TF911.

    O sistema de monitorizao utilizado apoiado por um colector de dados e por um

    programa informtico dedicado, o qual mantm em bases de dados toda a informao

    recolhida durante as aces de inspeco e monitorizao, nomeadamente: nveis globais de

    vibraes; sinal em tempo e espectros com bandas de frequncia de acordo com o rgo a

    analisar; e notas de inspeco relativos inspeco sensorial desenvolvida. Os procedimentos

    de medida caracterizam-se pela recolha, diferenciada por cada rgo, do nvel global de

    vibrao, espectros de frequncia, anlise de PeakVue e/ou Modelao em frequncia de

    acordo com diversos filtros e formas de onda (sinal em tempo). [3]

    O desenvolvimento dos ensaios consiste na recolha de sinais vibratrios em diversos

    pontos, diferenciados por cada rgo, obtidos a partir de acelermetros com amplificao

    interna e uma sensibilidade de 100 mV.g-1 e 500 mV.g-1. [3]

    Os parmetros de medida utilizados pela SPECMAN so a velocidade e a acelerao

    de vibrao, expressos em mm.s-1 RMS e gs RMS, respectivamente. [3] Contudo, podia-se

    considerar ainda um outro parmetro de medida: o deslocamento. Observando a vibrao de

    um componente simples como uma lmina fina, considera-se a amplitude da onda como

    sendo o deslocamento fsico da extremidade da lmina, para ambos os lados da posio de

    repouso.

    Para o desenvolvimento das aces so utilizados os seguintes equipamentos de

    medida e anlise: [3]

    Analisador FFT, CSI 2120-2

    Software de arquivo e anlise, Rbmware

  • Acelermetros, CSI

    Lmpada estroboscpica, SMS-200B

    Computador, Porttil

    Para critrio de aceitao em termos de severidade vibratria para os equipamentos,

    foi adoptada a norma ISO 10816-1. Os valores encontram-se representados na Tabela 1.1 e na

    Tabela 1.2.

    Tabela 1.1- Nvel global de vibraes.

    mm.s-1 RMS Classe I Classe II Classe III

    0,18 .

    0,7 BOM

    BOM BOM .

    1,12 ACEITVEL . 1,8 ACEITVEL . 2,8 SEVERO ACEITVEL . 4,5 SEVERO . 7,1

    CRTICO SEVERO .

    11,2 CRTICO . 45 CRTICO

    Tabela 1.2- Critrio de prioridades.

    NVEL DESCRIO

    1 Interveno de Emergncia

    (monitorizar continuamente)

    2 Interveno logo que possvel

    (monitorizar com mais frequncia)

    3 Interveno quando oportuno

    (monitorizar)

    4 Sem necessidade de interveno

  • Anlise de lubrificantes em servio

    Uma anlise a um lubrificante inclui a determinao de vrios parmetros fsico-

    qumicos e uma anlise dos metais de desgaste. [1]

    Os ensaios fsico-qumicos efectuados variam consoante o tipo e aplicao do

    lubrificante havendo, no entanto, um conjunto de testes standard do qual fazem parte a

    viscosidade a 40C, partculas insolveis superiores a 5, presena de gua, ndice de acidez

    (T.A.N. Toatal Acid Number e S.A.N. Strong Acid Number) e produtos de oxidao. [1]

    Em determinados casos mais eficiente efectuar-se a anlise de lubrificantes em

    servios em conjunto com a anlise de vibraes. Na Tabela 1.3, apresentam-se, alguns dos

    exemplos da complementaridade das duas abordagens:

    Tabela 1.3- Correlao e integrao de dados dos lubrificantes e vibraes [5]

    Condio Anlise de

    Lubrificantes

    Anlise de

    vibraes Correlao

    Chumaceiras de

    rolamentos lubrificadas a

    leo

    Forte Forte

    A anlise de lubrificantes detecta a condio de

    falha inicial. As vibraes fornecem mais

    informaes nas fases mais avanadas.

    Chumaceiras de metal

    anti-frico lubrificadas a

    leo

    Forte Mista Vo ser geradas partculas de desgaste no

    lubrificante antes de ocorrerem toques ou folgas.

    Desequilbrio No aplicvel Forte

    A gua pode levar a uma falha rpida.

    improvvel que uma medio de vibraes

    mensal possa detectar esta anomalia.

    Chumaceiras lubrificadas

    com massa Misto Forte

    Faz sentido confiar nas vibraes para anlise de

    rotina do estado de rolamentos. Somente alguns

    laboratrios de anlise de lubrificantes tm

    experincia suficiente com chumaceiras a massa

    para fornecerem informao fivel.

    Fendas nos veios No aplicvel Forte A anlise de vibraes pode ser muito eficaz a

    detectar uma fenda num veio.

    Desgaste de engrenagens Forte Forte

    As vibraes podem detectar qual a engrenagem.

    A anlise ao lubrificante em servio pode

    determinar o modo de falha.

    Alinhamento No aplicvel Forte As vibraes detectam o desalinhamento. A

    anlise de lubrificantes eventualmente detectar o

  • efeito do aumento de carga na chumaceira.

    Controlo de condies do

    lubrificante Forte No aplicvel

    O lubrificante pode ser uma causa de falhas

    significativa.

    Ressonncia No aplicvel Forte

    As vibraes detectam a ressonncia. A anlise de

    lubrificantes eventualmente detectar o efeito do

    aumento de carga na chumaceira.

    Anlise de causa raiz das

    avarias Forte Forte

    Melhor quando as duas abordagens trabalham em

    conjunto.

    Termografia

    A termografia uma tcnica de inspeco no destrutiva e no invasiva que tem como

    base a deteco da radiao infravermelha. Atravs desta tcnica possvel identificar

    regies, ou pontos, onde a temperatura se encontra alterada em relao a um padro pr-

    estabelecido. Permitindo assim a identificao e localizao de alteraes ou problemas na

    instalao.

    Na realidade quando se utiliza um equipamento de termografia para medir temperatura

    estamos a medir a intensidade de radiao electromagntica na banda dos infravermelhos.

    Figura 1.6- Distribuio da temperatura nos equipamentos. [4]

    A relao entre a temperatura superficial de um corpo e a radiao emitida definida

    pelas leis de Planck e Stefan-Boltzman. A lei de Planck estabelece a distribuio espectral de

  • energia em temperaturas distintas. A sua representao grfica pode ser observada na Figura

    1.7.

    Figura 1.7- Distribuio espectral de energia. [4]

    A partir da Figura 1.7 podemos verificar que, a maior parte da radiao, s

    temperaturas habituais sobre a superfcie da terra, est distribuda na regio do espectro

    compreendida entre 1m e 14m, na zona conhecida como infravermelho mdio.

    A lei de Stefan-Boltzman estabelece a proporcionalidade existente entre a radiao

    total emitida e a temperatura do objecto real observado [4]:

    (1.1)

    Onde:

    W Radiao total emitida (W/m2)

    Constante de Stefan-Boltzman (5,67x10-8 W/m2K4)

    - Emissividade do corpo real (0<

  • A capacidade real de emisso de radiao electromagntica para os corpos reais

    define-se por um parmetro denominado coeficiente de emissividade, que depende das

    caractersticas superficiais do objecto, da temperatura, do comprimento de onda e do ngulo

    de observao. O valor exacto para este parmetro de mxima importncia na realizao de

    medidas termogrficas, uma vez que caso no seja corrigido tornar impossvel a obteno de

    medidas correctas de temperatura.

    O factor seguinte a ter em conta o efeito produzido pela radiao ambiental reflectida

    sobre a superficie do corpo. Este efeito determinado pela temperatura existente nas

    vizinhanas do objecto a medir e pelo coeficiente de refleco deste (). Na prtica, a maior

    parte dos objectos a medir so opacos radiao, pelo que pode considerar-se que os

    coeficientes de emisso e reflexo so complementares ( +=1). Desta afirmao depreende-

    se que as superfcies com aspecto reflector tm, em geral, uma baixa emissividade. Por outro

    lado, a radiao trmica procedente de uma superfcie com baixa emissividade ter uma alta

    componente de radiao exterior reflectida.

    Assim, para a realizao de medies termogrficas precisas em superfcies pouco

    emissivas no s ser necessrio ajustar a emissividade ao valor adequado, como considerar a

    temperatura ambientel reflectida.

    O ltimo factor externo que afecta a medida a absoro da radiao produzida pela

    atmosfera existente entre o objecto a medir e a cmara termogrfica. Ainda que esta absoro

    seja prticamente desprezvel a curtas distncias, a sua influncia pode ser importante em

    grandes distncias, especialmente em atmosferas hmidas e quentes e o seu efeito de

    atenuao deve ser considerado caso se desejem obter medies de temperatura precisas.

    Os sistemas de termografia corrigem todos estes factores para proporcionar uma

    medio correcta da temperatura a partir de uns valores, denominados parmetros do

    objecto, que devem ser introduzidos pelo utilizador. Estes parmetros so: a emissividade, a

    temperatura ambiente reflectida, a distncia, a humidade relativa e a temperatura

    atmosfrica.[4]

    Entre as aplicaes correntes da termografia contam-se: [1], [4]

    Sector Elctrico para alta, mdia, ou baixa tenso, ou mesmo, correntes fracas, para

    deteco de desapertos, oxidao dos contactos, envelhecimento do material e

    sobrecarga, que so todas anomalias susceptveis de ocasionarem aumentos de

    temperatura. um mtodo de inspeco eficaz para subestaes, postos de

  • transformao, postos de seccionamento, quadros de distribuio, etc. A realizao de

    inspeces termogrficas peridicas de elementos crticos de uma instalao elctrica

    permite conhecer exactamente a evoluo e o estado dos dispositivos, permitindo

    planificar de forma adequada as tarefas de manuteno. Para poder estabelecer

    adequadamente os critrios de temperatura que permitam conhecer o estado dos

    elementos sob controlo, as operaes de inspeco devem ser realizadas sempre sob as

    mesmas condies; no entanto, na maior parte das ocasies isto no possvel. Desta

    forma, nas inspeces termogrficas de instalaes elctricas devem considerar-se os

    seguintes aspectos: temperatura ambiente, nvel de carga, velocidade do vento e

    reflexos solares.

    Isolamentos trmicos Os isolamentos trmicos tm elevada importncia na

    termografia uma vez que todas as melhorias que se conseguirem no desempenho dos

    isolamentos trmicos tero impacto positivo na reduo dos custos energticos e,

    consequentemente, nos custos de produo. usado para verificar a qualidade da

    montagem em isolamentos novos, detectar o estado de envelhecimento dos

    isolamentos antigos, detectar a existncia de pontes trmicas e, em edifcios, para

    verificar a qualidade isolante de placas, paredes, tectos e ainda, por vezes, a deteco

    de fissuras ao nvel do prprio beto.

    Refractrios revestem interiormente diversos equipamentos industriais, tais como

    caldeiras, fornos e chamins. A realizao de uma inspeco termogrfica nas paredes

    de fornos permite ver directamente as zonas onde se esto produzindo fugas de calor e,

    mais importante ainda, aquelas zonas onde o refractrio est diminuindo de espessura

    perigosamente.

    As vantagens obtidas no uso da termografia so: [1]

    Ausncia de contacto fsico com o equipamento inspeccionado;

    No interferncia com a operao normal do equipamento inspeccionado;

    Anlise de grandes reas em tempos reduzidos;

    Grande sensibilidade a pequenas variaes trmicas;

    Possibilidade de obteno de registo visual da distribuio de temperaturas;

    Sistema porttil e autnomo.

  • Anlise aos parmetros de rendimento

    So obtidos os parmetros necessrios para o clculo do rendimento do equipamento

    ou linha de produo de modo a proceder-se verificao da sua boa operacionalidade.

    Inspeco visual

    O exame visual constitui um auxiliar poderoso em todas as actividades industriais,

    tornando possvel em muitos casos evitar acidentes cujas consequncias podem ser altamente

    dispendiosas. Este mtodo o mais antigo, e ainda o mtodo utilizado com mais frequncia

    nas tcnicas de inspeco e manuteno. Este permite-nos identificar fugas, fissuras, lascas,

    distores fsicas e geomtricas, etc..

    Medies ultra-snicas

    Esta tcnica adequada para a medio de espessuras de chaparia, tubos e

    reservatrios e, tambm para a deteco de fugas de gases ou lquidos em tubos, vlvulas e

    acessrios de montagem. [1]

    Nas Tabelas 1.4 e 1.5 indicam-se as tecnologias de aplicao mais comuns no controlo

    de condio na manuteno industrial.

  • Tabela 1.4 Tecnologia de aplicao no controlo de condio Mecnicas. [1]

    T

    i

    p

    o

    Rotativas

    Motores, Geradores, Bombas, Compressores, Ventiladores

    Estticas

    Purgadores de vapor, Isolamento, Estruturas, Tubagem, Vlvulas, Permutadores, Caldeiras

    C

    a

    r

    a

    c

    t

    e

    r

    s

    t

    i

    c

    a

    s

    Lubrificao:

    Ensaio dielctrico

    Anlise espectrogrfica

    Ferrografia

    Viscosidade

    Cromatografia gasosa

    Foras:

    Vibrao

    Deformao

    Tenso

    Espessura e Condio:

    Corroso

    Eroso

    Abraso

    Fendas

    Padres de desgaste

    Picadas

    Calor:

    Temperatura

    Conduo

    Perdas trmicas

    Foras:

    Rudo

    Deformao

    Tenso

    Impacto

    T

    e

    s

    t

    e

    s

    Qualidade do leo

    Espectrografia do leo

    Ferrografia de leitura

    directa

    Viscosmetro

    Cromatgrafo de gs

    Analisador de vibraes

    Estroboscpio

    Extensmetro

    Medidor de tenses em

    correias

    Apalpa folgas

    Alinhamento de veios

    Mquina de equilibragem

    Estetoscpio

    Medidor de espessuras de

    ultra-sons

    Halografia

    Lquidos penetrantes

    Emisso acstica

    Radiografia

    Fluxo magntico

    Medidor de espessuras de

    tinta

    Termmetro

    Pirmetro

    Materiais sensveis

    temperatura

    Termografia de

    infravermelhos

    Ultra-sons em

    purgadores de vapor

    Analisador de

    vibraes

    Extensmetro

    Ensaio de presso

    Vernizes frgeis

    Ensaio hidrulico

    Ensaio de vcuo

  • Tabela 1.5- Tecnologia de aplicao no controlo de condio Elctricas. [1] T

    i

    p

    o

    Distribuio

    Transformadores, Geradores, Capacitores, Motores, Alimentadores, Barramentos

    Controlo

    Interruptores, Sistemas de corte, Rels, Sistemas de arranque de motores

    C

    a

    r

    a

    c

    t

    e

    r

    s

    t

    i

    c

    a

    s

    Calor

    Temperatura

    Energia:

    Tenso

    Corrente

    Resistncia

    Capacitncia

    Foras:

    Electro-magntica

    Vibrao

    Energia de corte

    Calor:

    Temperatura

    Energia:

    Tenso

    Corrente

    Resistncia

    Capacitncia

    Condio:

    Condio

    Corroso

    Picadas

    T

    e

    s

    t

    e

    s

    Termmetro

    Pirmetro

    Materiais sensveis

    temperatura

    Termografia de

    infravermelhos

    Megaommetro

    Anomalia de proteco

    de terra

    Ensaio de sobrepotencial

    DC

    Ensaio Doble

    Medidor de terra

    Ensaio de caractersticas

    dielctricas do leo

    Cromatgrafo de gs

    Registador

    Tenso/Corrente

    Analisador de

    vibraes

    Termografia de

    infravermelhos

    Pirmetro

    Megaommetro

    Ensaio Doble

    Micrommetro

    Ensaio de carga

    elevada

    Calibrao de rels

    Inspeco visual

    Limpeza

    Substituio

  • 1.3. Manuteno de Melhoria

    A manuteno de melhoria inclui as modificaes ou alteraes destinadas a melhorar

    o desempenho do equipamento, ajust-lo a novas condies de funcionamento, melhorar ou

    reabilitar as suas caractersticas operacionais. [1]

    2. Sistema informtico de gesto da manuteno

    A utilizao de um sistema de gesto da manuteno no apenas um implemento

    tecnolgico, essencialmente uma postura de gesto.

    Um software de gesto da manuteno , antes de mais, uma ferramenta para ajudar o

    gestor da manuteno, a gerir melhor. Este no substitui os tcnicos. Liberta-os, apenas, de

    algumas tarefas essenciais, pesadas e consumidoras de tempo, disponibilizando-os para se

    concentrarem em tarefas mais inteligentes e mais produtivas. [1]

    Todos os benefcios que um sistema traz manuteno esto relacionados com a

    melhoria da gesto dos processos envolvidos na manuteno, com a consequente reduo dos

    custos e aumento da disponibilidade dos equipamentos e instalaes.

    A falta de compromisso a razo mais comum pela qual as empresas que adquirem

    sistemas de gesto de manuteno no alcanam as suas expectativas.

    Os gestores, antes de iniciarem o processo de seleco do software, devem procurar

    avaliar as suas necessidades e identificar os pontos mais importantes a serem exigidos s

    empresas que iro oferecer os seus produtos de gesto.

    O software deve atender ao modelo de gesto da empresa e s caractersticas

    operacionais da manuteno. Devem ser analisados os recursos humanos, qualitativos e

    quantitativos necessrios para atender s etapas do processo de implementao. No tem

    sentido a empresa possuir um software que oferea todos os recursos de gesto que, em

    consequncia seja muito caro, para uma empresa onde no existam recursos humanos ou

    materiais para usufruir do seu potencial. Os supervisores e o pessoal envolvido devem receber

    formao adequada em gesto da manuteno, planeamento, informtica e participar nos

    eventos de manuteno, feiras e congressos antes do processo de seleco e implementao.

    Para se definir qual o software mais adequado a ser utilizado devem ser considerados

    alguns factores, tais como: nmero de usurios simultneos, funes disponveis, ambiente de

    gesto da base de dados utilizado, melhor relao custo/benefcio, relatrios disponveis,

  • recursos para modificao e/ou criao de novos relatrios, possibilidade de transferncia de

    dados dos relatrios para outros aplicativos (Word, Excel, etc.), facilidade para criao de

    novos relatrios e grficos e possibilidade de personalizao.

    3. Colocar a manuteno em funcionamento Para colocar-se a manuteno em funcionamento numa empresa que j tenha a estrutura

    de pessoal tem que se: [1]

    a) Seleccionar um sistema de gesto/aplicao informtica;

    Inicialmente, deve-se elaborar uma anlise e diagnstico da empresa no que

    respeita actuao da manuteno tendo em mente as necessidades dos utilizadores,

    critrios para a recolha de dados, os relatrios desejados e os ndices de desempenho a

    serem controlados. Em funo disto, devem ser analisados os produtos voltados

    especificamente para a gesto da manuteno.

    A CIPAN, companhia industrial produtora de antibiticos, adquiriu o Infor

    EAM. Verificou-se uma falha na execuo deste primeiro ponto, pois na aquisio do

    software no tiveram em ateno a personalizao deste para a empresa, o que levou

    falha do Infor EAM em termos de relatrios e indicadores de desempenho, uma

    condio muito importante para que se possa realizar uma boa gesto da manuteno.

    b) Construir a informao de manuteno base;

    Este um processo longo, a que alguns chamam a caminhada no deserto,

    porque se faz muito trabalho e vem-se poucos resultados: organiza-se, pesquisa-se,

    registam-se elementos, ajustam-se, fazem-se planos de manuteno, mas tudo se

    mantm esttico. [1]

    c) Implementar a gesto e os respectivos procedimentos.

    Os pontos b) e c) foram efectuados no decorrer do presente trabalho.

  • O ponto b) foi concretizado na sua totalidade, mas o ltimo ponto no o foi.

    Tal deveu-se ao facto dos indicadores de desempenho e relatrios no terem ficado

    implementados no Infor EAM devido a questes financeiras. No entanto, de modo a

    contornar o problema, criou-se uma base de dados auxiliar, que fornece todos os

    indicadores e relatrios necessrios.

    Cumpridas estas fases o sistema de gesto entrar em fase de cruzeiro e poder,

    ento, ir sendo melhorado em qualquer das suas vertentes, em funo dos resultados

    e da sua anlise crtica.

    Trata-se de um processo com um horizonte de concretizao nunca inferior a 6

    meses, que exige planeamento, trabalho persistente e dedicado, motivao e apoio do

    nvel superior da gesto. [1]

    Nos captulos seguintes descrito todo trabalho que foi realizado no estgio efectuado

    na CIPAN.

    4. Familiarizao com os procedimentos do DES

    Tendo com principal objectivo a familiarizao com os procedimentos e o

    funcionamento do Departamento de Engenharia e Servios analisaram-se diversos

    documentos, tais como: procedimento de gesto de manuteno mecnica da CIPAN, GAMP,

    procedimentos de manuteno usados pelo DES, apresentao do DES (PowerPoint), norma

    da numerao e identificao de zonas e instrumentos da CIPAN, documento n 102NR049-0

    f, norma de identificao de fluidos e de tubagem da CIPAN e norma de estruturao,

    numerao e fluxo de documentos da CIPAN.

    5. Formao EAM

    Foi efectuada uma anlise aprofundada aos manuais do Infor EAM fornecidos pela

    empresa Glintt, de modo a existir uma inteirao das funcionalidades do programa.

  • 6. Elaborao do manual do Infor EAM da CIPAN

    Verificou-se a necessidade da criao de um manual personalizado para a CIPAN,

    visto os manuais fornecidos, manual do utilizador e manual do administrador, serem de difcil

    leitura e abrangerem diversos tipos de indstria.

    Teve-se ento como objectivo a criao de um manual de fcil leitura e personalizado

    para a CIPAN. De acordo com o objectivo imposto, construiu-se um manual baseado em

    fluxogramas, pois estes so bastante explcitos em termos de passos a executar de modo a

    realizar uma determinada tarefa. Todos os fluxogramas tm como referncia imagens e

    definies apresentadas no anexo do manual. O Manual do Infor EAM da CIPAN foi dividido em 4 grandes captulos: Conceitos

    bsicos, Equipamentos, Trabalhos e Administrao.

    No captulo Conceitos bsicos foquei os seguintes temas: janela do Infor EAM da

    Cipan, barra de ferramentas, link do Infor EAM da Cipan e do servidor de anexo de

    documentos, Dataspy (filtros), filtros rpidos, construo/personalizao de filtros, descrio

    dos filtros e personalizao (somente para administradores do sistema).

    O captulo Equipamentos divide-se nos seguintes subcaptulos:

    Categorias de equipamentos

    Entende-se por categoria o subconjunto de uma classe.

    As categorias permitem identificar caractersticas que fazem a distino

    entre o subconjunto e os membros gerais de uma classe. Por exemplo, um

    reservatrio (R) seria uma classe e um reservatrio agitado pressurizado (RAP)

    seria uma categoria. A empresa em questo no definiu categorias no programa,

    somente definiu classes.

    Neste subcaptulo apresenta-se um fluxograma com o procedimento a

    realizar para inserir categorias no Infor EAM.

    Equipamentos

    Os equipamentos so entidades nas quais se armazenam dados e para as

    quais se criam ordens de servio. Os quatro tipos principais de equipamentos so as

    posies, os activos, os sistemas e as localizaes.

  • As posies so as funes desempenhadas por um tipo genrico de activo.

    Os activos so a unidade bsica das informaes de equipamentos e tambm

    a menor unidade de controlo dos investimentos de capital. Os activos podem ser

    entendidos como o BI do equipamento. O objecto adquire uma identidade nica

    que o acompanha durante toda a vida, permitindo acumular o seu histrico.

    Os sistemas so o conjunto de posies e/ou activos que funcionam em

    conjunto. No necessitam de ser componentes integrados.

    As localizaes identificam o local fsico de activos e sistemas.

    Existem quatro tipos de status para os equipamentos:

    Instalado: deve-se atribuir este status quando o equipamento est

    instalado e em operao na organizao;

    Retirado: deve-se atribuir este status quando o equipamento retirado de forma permanente;

    espera de compra: deve-se atribuir este status quando definimos um activo que se encontra espera de compra. necessrio que se

    defina o activo para que se possa concluir o processo de compra;

    Em almoxarifado (armazm): deve-se atribuir este status quando um equipamento transferido para um armazm.

    Neste subcaptulo apresentam-se os fluxogramas com os procedimentos a

    realizar no Infor EAM para inserir posies, activos, sistemas e localizaes.

    Procedimento a seguir para criar um novo equipamento no Infor EAM

    Criei um fluxograma onde se indicam todos os passos a realizar de modo a

    criar um novo equipamento, desde a criao de uma classe at etiquetagem do

    novo equipamento.

    Estruturas de equipamentos/Hierarquia

    A estrutura dos equipamentos refere-se s relaes existentes entre os vrios

    equipamentos.

    na pirmide hierrquica que se fundamentam as regras do relacionamento

    principal/secundrio (Figura 6.1).

  • Figura 6.1- Pirmide Hierrquica.

    Apenas um entre os vrios tipos de equipamentos qualificados pode ser o

    elemento principal de um equipamento. Os sistemas, no entanto, so a excepo a

    essa regra; por exemplo, os activos podem ter apenas um nico elemento principal

    de activo, um nico elemento principal de localizao e vrios elementos principais

    de sistema.

    Na Figura 6.2 apresenta-se um exemplo da estrutura usada no Infor EAM

    para a associao de um activo a uma posio.

    Figura 6.2- Exemplo da estrutura apresentada na associao de um activo a uma

    posio no Infor EAM da CIPAN.

    Neste subcaptulo apresentam-se os fluxogramas com os procedimentos a

    realizar no Infor EAM para associar activos a posies, associar uma posio a

    outra posio, definir um sistema como elemento principal de um activo e

    desvincular equipamentos.

    As localizaes podem ser elementos principais de outras localizaes, de sistemas ou de activos

    Os sistemas s podem ser elementos principais de outros sistemas ou de activos

    Os activos s podem ser elementos principais de outros activos

  • Medidores

    Encontram-se definidos no captulo 16.

    Neste subcaptulo apresentam-se os fluxogramas com os procedimentos a

    realizar no Infor EAM para criar um medidor fsico e para criar um medidor lgico.

    Transferncia de equipamentos

    Esta funo permite-nos transferir equipamentos entre organizaes caso

    existam vrias organizaes na empresa. O equipamento transferido ir aparecer

    automticamente como retirado na organizao de origem. O sistema transfere os

    registos secundrios do equipamento e retm a hierarquia de equipamentos na nova

    organizao.

    No possvel transferir equipamentos caso:

    Este esteja marcado como fora de servio; O equipamento ou o elemento secundrio tenha um elemento principal associado a ele;

    Contenha ordens de servio com status de sistema solicitao de servio ou emitido;

    Existam ordens de servio com status suprimido ou espera de emisso e, alm disso existam ordens de compra abertas, requisies de

    compras ou itens mantidos em armazm;

    O equipamento tenha um registo secundrio que pertena a uma organizao diferente ou j exista na nova organizao;

    O equipamento j existe na nova organizao, contudo, os respectivos elementos secundrios ainda no;

    O equipamento j existe na nova organizao, com status de sistema espera da compra, instalado ou em armazm;

    O equipamento tenha ordens de servio de manuteno preventiva no substitudas e o controle de reviso de manuteno preventiva esteja definido

    como activo.

    Neste subcaptulo apresenta-se um fluxograma com os procedimentos a

    realizar no Infor EAM para transferir um equipamento.

  • Depreciao de activos

    Esta permite-nos calcular as despesas de depreciao do equipamento. Valor

    este correspondente ao desgaste e deteriorao do equipamento, com base num

    perodo contvel e na vida til do equipamento.

    O sistema no transfere os custos de depreciao numa hierarquia de

    equipamentos. Logo devem-se manter registos individuais de depreciao para

    todos os activos ou sistemas para os quais sejam necessrios dados de depreciao.

    O sistema pode calcular os dados de depreciao com base em meses ou

    exerccios fiscais da organizao do activo. O sistema comea a calcular a

    depreciao de um equipamento na data de incio da operao e d continuidade

    aos clculos de depreciao at que o equipamento atinja a data de sucata ou at a

    data de fim da vida til do equipamento (Equao 6.1).

    (6.1)

    O sistema apresenta os dados com base nas seguintes equaes:

    (6.2)

    (6.3)

    (6.4)

    Neste subcaptulo apresentam-se os fluxogramas com os procedimentos a

    realizar no Infor EAM para inserir depreciaes e para exibir os detalhes de uma

    depreciao.

    Garantias e reclamaes

    Devem-se definir garantias para configurar informaes sobre fornecedores

    e/ou fabricantes, referentes s garantias, e inserir as informaes gerais sobre as

    garantias. As garantias devem ser associadas ao equipamento para assegurar que,

    actualdataaeoperaodediriainiciodedataaentrediasdeNodepreciadeTaxadatanaoDeprecia )( =

    )1( diaestimadatilvidaoperaodeiniciodeDatavidadefimData +=

    actualdataaeactualperiodododiriadataatperododiaprimeirooentrediasdeNodepreciadeTaxaoDeprecia

    )(=

    )()( datanaoDepreciaoriginalValordatanaLquidoValor =

  • caso necessite de reparos, a garantia cubra. O sistema dispe de dois tipos de

    garantias, as garantias baseadas em calendrios (exigem um valor de durao

    expresso em dias) e as garantias baseadas na utilizao (exigem um valor de

    durao expresso em utilizao, esta medida deve ser definida como um medidor

    lgico do equipamento).

    As reclamaes de garantia permitem-nos documentar as ordens de servio

    emitidas para o equipamento sob garantia e recuperar a mo-de-obra e os materiais

    utilizados no servio de reparo.

    As garantias podem ser associadas a activos e a sistemas.

    Neste subcaptulo apresentam-se os fluxogramas com os procedimentos a

    realizar no Infor EAM para definir garantias, associar garantias ao equipamento e

    criar reclamaes de garantias.

    Listas de equipamentos

    Este tema foi mencionado no captulo 10.

    Todo o procedimento a realizar para criar/actualizar uma lista de

    equipamentos encontra-se descrito no manual.

    Cdigos de fechamentos

    Quando a empresa encontra problemas de manuteno nos equipamentos,

    til registar as informaes relacionadas com esses problemas. A recolha dessas

    informaes permite analisar as falhas referentes aos processos empresariais,

    projecto do sistema e utilizao operacional.

    Os cdigos de fechamento ajudam a anlise das falhas. Os cdigos de

    fechamento disponibilizados pelo sistema so os seguintes:

    Cdigos de problema: identificam as falhas observadas nos equipamentos (exemplo: super aquecimento de uma bomba);

    Cdigos de falha: identificam o motivo da falha do equipamento; Cdigos de motivo: identificam o motivo da solicitao de servio; Cdigo de aco: descrevem as etapas necessrias para corrigir o problema (exemplo: colocar lubrificantes na bomba).

  • Neste subcaptulo apresenta-se um fluxograma com os procedimentos a

    realizar no Infor EAM para criar cdigos de fechamento.

    O captulo Trabalhos divide-se nos seguintes subcaptulos:

    Ordens de servio padro

    Ordem de servio padro um conjunto predefinido de detalhes e

    actividades. A OS padro pode ter referncia com uma ordem de servio para

    facilitar a entrada de trabalhos de reparo que so executados repetidamente ao

    longo do tempo, mas que no esto previstos numa programao definvel, como

    o caso das manutenes preventivas peridicas. A ordem de servio padro bsica

    define um trabalho simples de reparo, que consiste em uma ou mais actividades.

    Neste subcaptulo apresentam-se os fluxogramas com os procedimentos a

    realizar no Infor EAM para definir cabealhos de ordens de servio padro, para

    definir actividades de ordens de servio padro e para adicionar ordens de servio

    secundrias a ordens de servio padro.

    Ordens de servio regulares

    Criam-se ordens de servio regulares para reparar equipamentos com

    defeito, modificar equipamentos de modo a estarem de acordo com as normas

    ambientais e de segurana, executar ordens de servio durante um dia normal e

    registar informaes relacionadas com problemas com os equipamentos.

    Neste subcaptulo apresentam-se os fluxogramas com os procedimentos a

    realizar no Infor EAM para definir cabealhos de ordens de servio regulares, para

    definir actividades de ordens de servio regulares, para adicionar ordens de servio

    padro a ordens de servio regulares e para associar qualificaes a ordens de

    servio regulares.

    Tarefas

    Define-se tarefa como um conjunto predefinido de detalhes das actividades

    de ordens de servio. As tarefas podem ser associadas a uma actividade de ordem

  • de servio, de programao de manutenes preventivas ou a ordens de servio

    padro, a fim de minimizar a entrada de dados e assegurar o planeamento

    consistente de trabalhos.

    Associam-se qualificaes a tarefas para se estabelecer as qualificaes

    mnimas que um funcionrio deve ter para executar as tarefas associadas ao

    trabalho. Ao selecciona-se uma tarefa qual se associou qualificaes para uma

    actividade de ordem de servio, s se poder atribuir/programar funcionrios que

    tenham, no registo pessoal, um registo activo das qualificaes requeridas pela

    tarefa para execuo da actividade da ordem de servio. As qualificaes do

    funcionrio estaro activas se ele tiver concludo as formaes e se preencher os

    requisitos necessrios, alm disso, a formao dever estar em vigor, conforme

    indicado pela data de incio e pela data de validade da qualificao no registo

    pessoal do funcionrio. Os funcionrios tambm podem ter, no registo pessoal, o

    status temporariamente desqualificado para as qualificaes, se necessrio.

    Neste subcaptulo apresentam-se os fluxogramas com os procedimentos a

    realizar no Infor EAM para criar tarefas, adicionar instrues s tarefas, eliminar

    instrues s tarefas, modificar instrues s tarefas, definir preos dos

    fornecedores para as tarefas, definir preos para as tarefas e para definir

    qualificaes para as tarefas.

    Funcionrios

    As taxas dos funcionrios podem ser definidas com base no nvel de

    experincia, formao, etc. Logo, os funcionrios que pertenam a um determinado

    nvel podem ter taxas de pagamento diferentes das de outros funcionrios

    pertencentes ao mesmo nvel.

    Ao programarem-se trabalhos, tem-se a opo de atribu-los a um

    funcionrio e/ou a um nvel. Quando se registam horas para o trabalho, o sistema

    calcula o custo da mo-de-obra da ordem de servio, do activo ou do projecto

    adequado com base na taxa de pagamento por hora definida para o funcionrio ou

    nvel. Portanto, ao registar horas, o custo de mo-de-obra para executar o trabalho

    poder basear-se na taxa definida para o funcionrio ou para o nvel.

    Sempre que se saiba previamente que o funcionrio estar ausente em

    determinada data esta dever ser colocada no sistema, pois o sistema usa os registos

  • de disponibilidade de mo-de-obra para calcular as horas em que os funcionrios se

    encontraram disponveis.

    Podem-se criar excepes de disponibilidade de mo-de-obra para um grupo

    de funcionrios, por exemplo para o dia de natal.

    Podem associar-se qualificaes a cdigos de funcionrios para estabelecer

    qualificaes de pessoal. Ao associar qualificaes a um funcionrio, poder

    estabelecer os critrios para determinar se o funcionrio est qualificado para

    executar o trabalho.

    Neste subcaptulo apresentam-se os fluxogramas com os procedimentos a

    realizar no Infor EAM para adicionar funcionrios, adicionar taxas a funcionrios,

    adicionar excepes de disponibilidade de mo-de-obra a funcionrios, adicionar

    excepes de disponibilidade de mo-de-obra a grupos de funcionrios, associar

    qualificaes a funcionrios, associar tipos a funcionrios e associar funcionrios a

    turnos.

    Qualificaes

    As qualificaes devem ser definidas de modo a estabelecer-se um conjunto

    de padres ocupacionais e/ou de formao relacionados com o trabalho pessoal,

    tarefas, nveis e/ou actividades de ordens de servio.

    Todo o procedimento a realizar para criar qualificaes encontra-se descrito

    no manual.

    Turnos

    Dependendo do tipo de negcio, a empresa pode ter somente um perodo de

    trabalho ou pode ter vrios turnos e trabalhos durante 24 horas.

    No presente subcaptulo apresentam-se os fluxogramas com os

    procedimentos a realizar no Infor EAM para criar turnos e para definir dias para

    turnos.

    Supervisores

    Os supervisores devem ser entendidos como uma forma de auxlio para a

    separao de actividades.

  • O procedimento a realizar para definir supervisores encontra-se descrito no

    manual.

    Nveis

    O sistema lana a dbito o custo do nvel com base na taxa por hora, na

    ordem de servio adequada, no activo ou no projecto, assegurando a correcta

    contabilizao dos custos. Um nico nvel pode ter vrias taxas, com base no tipo

    de trabalho executado ou no departamento associado ao nvel, para uma ordem de

    servio especfica.

    Poder ainda associar qualificaes a nveis para estabelecer as

    qualificaes mnimas que um funcionrio pertencente ao nvel deve ter para

    executar o trabalho para o qual o nvel foi seleccionado.

    Neste subcaptulo apresentam-se os fluxogramas com os procedimentos a

    realizar no Infor EAM para definir nveis, definir taxas comerciais, definir taxas

    comerciais de fornecedores e associar qualificaes aos nveis.

    Manuteno preventiva

    Encontra-se descrito no captulo 13.

    No subcaptulo Manuteno Preventiva apresentam-se os fluxogramas

    com os procedimentos a realizar no Infor EAM para criar uma manuteno

    preventiva, associar uma actividade a uma manuteno preventiva e para gerar os

    calendrios de manuteno preventiva.

    O captulo Administrao divide-se nos seguintes subcaptulos:

    Cdigos de custo

    Os cdigos de custo permitem-no controlar custos de ordem de servio e

    compras de armazm. Funciona, assim, como um elemento de interface entre a

    gesto da manuteno e a gesto financeira da empresa: o gestor da manuteno

    organiza, sua maneira, o parque de equipamentos e pode obter custos segundo um

    vasto conjunto de vertentes que lhe sero teis para as suas anlises tcnicas e a

  • obteno de indicadores, mas ter que incluir uma terceira vertente que o habilite a

    reportar os custos da forma pretendida pela direco financeira da empresa. A regra

    que tem que ser observada que os custos de manuteno de um objecto de

    manuteno sero imputados a um, e s um, centro de custo.

    Na norma de numerao e identificao de zonas, equipamentos e

    instrumentos da CIPAN, documento n 102NR049-0 f, identificam-se os cdigos de

    custos existentes.

    Todo o procedimento a realizar para criar cdigos de custo encontra-se

    descrito no manual.

    Classes

    Uma classe um grupo de componentes com caractersticas semelhantes.

    Usualmente as classes so estabelecidas de acordo com a funo do equipamento.

    No presente subcaptulo apresenta-se um fluxograma com os procedimentos

    a realizar no Infor EAM para criar ou editar classes.

    Indicadores principais de desempenho (IPDS)

    Os IPDS so parmetros definidos pelos utilizadores que medem a

    produtividade ou a eficincia associada a processos e/ou actividades relacionadas a

    ordens de servio. Os IPDS podem ser pblicos ou especficos de grupos de

    utilizadores.

    A Central de Inicializao exibe os indicadores principais de desempenho

    (IPDS) e a respectiva pontuao (Figura 6.5). O sistema exibe um cone na central

    de inicializao para cada IPD, o que permite aos utilizadores visualizarem o status

    do ambiente de trabalho em relao aos IPDS especficos dos seus trabalhos, alm

    da pontuao actual de cada IPD.

    Definem-se estruturas de IPD para criar relaes principal/secundrio entre

    os IPDS. As pontuaes de IPDS secundrios so transferidas para todos os

    respectivos elementos principais. Cada um dos IPDS secundrios deve receber um

    peso de acordo com a sua importncia. A soma de todos os IPDS secundrios

    atribudos a um IPD principal deve ser igual a 100. O sistema usa o valor atribudo

  • como peso a cada IPD secundrio para converter a pontuao normal de um IPD

    secundrio ao transferi-la para um IPD principal.

    Figura 6.5- Central de inicializao.

    Neste subcaptulo apresentam-se os fluxogramas com os procedimentos a

    realizar no Infor EAM para configurar IPDS, definir intervalos de IPDS, associar

    IPDS a grupos de usurios, associar um grupo de usurios a um usurio, adicionar

    IPDS central de inicializao e definir estruturas de IPDS.

    Campos personalizados

    Pode definir-se um nmero ilimitado de campos personalizados e anexar

    uma seleco desses campos a qualquer classe da entidade (exemplo: classe do

    equipamento) ou entidade (exemplo: todos os equipamentos).

    Os campos associados a uma classe somente sero exibidos quando a classe

    estiver especificada no campo Classe. Campos associados a uma entidade so

    sempre exibidos nas telas da respectiva entidade, independentemente de a classe ter

    sido especificada ou no.

    No presente subcaptulo apresentam-se os fluxogramas com os

    procedimentos a realizar no Infor EAM para inserir campos personalizados e

    associar campos personalizados.

  • Caixa de entrada

    A caixa de entrada (Figura 6.6) exibe notificaes de alteraes no banco de

    dados do sistema, na central de inicializao. Os utilizadores podem aceder s telas

    necessrias para concluir aces ou actividades relacionadas com as entradas da

    caixa de entrada, clicando duas vezes na entrada da caixa de entrada. As entradas de

    caixa podem ser atribudas a grupos especficos de utilizadores ou definidas como

    entradas pblicas, sendo exibidas para todos os utilizadores.

    Neste subcaptulo apresentam-se os fluxogramas com os procedimentos a

    realizar no Infor EAM para configurar entradas da caixa de entrada e associar

    entradas da caixa de entrada a grupos de usurios.

    Figura 6.6- Caixa de entrada.

    Nvel do equipamento

    Os cdigos de nvel crtico definem a importncia de um equipamento para

    os processos empresariais.

    Todo o procedimento a realizar para adicionar/remover cdigos de nvel

    crtico encontra-se descrito no manual.

  • Status dos equipamentos

    Alm dos status dos equipamentos predefinidos possvel personaliz-los

    para necessidades especficas. A criao de um novo status do equipamento deve

    ser feita com base nos status existentes. Aps a criao de um novo status do

    equipamento, tem que se conceder uma autorizao de status para este, de modo a

    que os utilizadores tenham permisso para aceder a esse status.

    Todo o procedimento a realizar para adicionar status dos equipamentos

    encontra-se descrito no manual.

    Autorizaes de status

    Atravs deste menu poder criar ou retirar permisses de status aos

    utilizadores do sistema.

    No presente subcaptulo apresenta-se um fluxograma com os procedimentos

    a realizar no Infor EAM para adicionar/remover autorizaes de status.

    Cdigos do sistema

    Definem-se cdigos de sistema para ajustar o sistema entidade. Por

    exemplo, adicione/remova cdigos de prioridades de ordens de servio (alta, baixa,

    mdia, urgente e paragem de Agosto).

    Neste subcaptulo apresenta-se um fluxograma com os procedimentos a

    realizar no Infor EAM para adicionar/remover cdigos de sistema.

    Grupos de utilizadores

    Definem-se grupos de utilizadores para que as pessoas que executem tarefas

    similares na organizao tenham os mesmos privilgios. No sistema, pode-se copiar

    o cabealho e as informaes secundrias de um grupo de utilizadores para outro. O

    sistema d-nos tambm a liberdade para editar grupos de utilizadores, sempre que

    necessrio.

    As permisses de interface servem para especificar as funes s quais os

    grupos de utilizadores tero acesso e definir os nveis de permisso de cada funo.

  • Neste subcaptulo apresentam-se os fluxogramas com os procedimentos a

    realizar no Infor EAM para criar grupos de usurios, visualizar grupos de usurios,

    configurar as permisses de tela, configurar as permisses de interface, criar

    autorizaes de ordens de servio e para eliminar autorizaes de ordens de servio.

    Documentos

    No manual deu-se um exemplo do procedimento a realizar para criar um

    documento e para anexar um documento a uma programao de manuteno

    preventiva.

    Este tema foi mencionado no captulo 17.

    Envio de e-mails

    Deu-se um exemplo do procedimento a realizar para personalizar o envio de

    e-mails quando uma ordem de servio cancelada, isto , quando o seu status passa

    de emitido (R) a cancelado (CANC).

    Todo o procedimento a realizar para criar um modelo de e-mail, criar uma

    configurao de notificao de e-mail e para abrir o visualizador de e-mails

    encontra-se descrito no manual.

    7. Base de dados dos equipamentos

    Os equipamentos so entidades nas quais se armazenam dados e para as quais se criam

    ordens de servio. Os quatro tipos principais de equipamentos so as posies, os activos, os

    sistemas e as localizaes.

    No Infor EAM da CIPAN os equipamentos so criados atravs de posies (Figura

    7.1), de activos (Figura 7.2) e de localizaes.

    No incio do estgio a base de dados de equipamentos encontrava-se extremamente

    incompleta. Para cada equipamento foi criado um activo e uma posio correspondente.

    Criaram-se praticamente todos os activos e posies existentes de momento na base de dados.

  • A numerao das posies dos equipamentos efectuada segundo a norma de

    numerao e identificao de zonas, equipamentos e instrumentos da Cipan, documento n

    102NR049-0 f. A numerao de activos realizada de forma sequencial (exemplo: E.000048).

    O sistema fornece vrios status predefinidos para equipamentos (instalado, retirado,

    espera de compra ou em armazm definidos no Captulo 6).

    Sempre que um equipamento saia do sector este colocado com status retirado, a

    menos que exista um outro equipamento para colocar nessa posio. Nesse caso a posio

    mantida com status instalado e o activo do equipamento que sai com status retirado.

    Sempre que se colocar um equipamento como retirado coloca-se tambm como

    fora de servio.

    Figura 7.1- Exemplo da pgina de exibio da posio no Infor EAM.

    Figura 7.2- Exemplo da pgina de exibio do activo no Infor EAM.

  • 7.1. Motores

    Efectuou-se uma pesquisa no campo por todos os motores existentes na empresa e

    suas caractersticas. Aps essa pesquisa actualizou-se a base de dados, inserindo-se os

    motores que no existiam (atravs da criao de activos e de posies) e colocando-se alguns

    dos motores com o status fora de servio e retirado.

    Criaram-se os campos personalizados para os motores (Captulo 8), de acordo com os

    dados tcnicos disponveis para estes e associaram-se esses campos personalizados

    respectiva classe. Todos esses dados foram inseridos na base de dados.

    Associaram-se os motores aos respectivos equipamentos pai (Captulo 9) criando-se

    assim as rvores de estrutura.

    Na Figura 7.3 apresenta-se a pgina de exibio de um motor com os respectivos

    campos personalizados no Infor EAM

    Figura 7.3- Exemplo da pgina de exibio de um motor com os respectivos campos personalizados no Infor

    EAM.

    7.2. Redutores Criou-se o mtodo de numerao dos redutores, que consta actualmente na norma de

    numerao e identificao de zonas, equipamentos e instrumentos da Cipan, documento n

    102NR049-0 f.

  • Efectuou-se uma pesquisa no campo de modo identificar os equipamentos que

    continham redutores. Aps a realizao dessa pesquisa procedeu-se criao de novas classe,

    identificativas dos redutores. Criou-se uma posio e um activo para cada redutor e fez-se a

    associao entre estes. Aps a criao dos activos e posies efectuou-se a respectiva rvore

    de estrutura (hierarquia), associando-os aos respectivos equipamentos pai (ver captulo 9).

    7.3. Unidades de Ar Condicionado (UAC)

    Efectuou-se uma pesquisa no campo, tendo em considerao uma listagem efectuada

    em meados de 2005, por todas as unidades de ar condicionado existentes e suas

    caractersticas.

    Criaram-se os campos personalizados para as unidades de ar condicionado (Captulo

    8), de acordo com os dados tcnicos disponveis para estes. Associaram-se os campos

    personalizados s respectivas classes e inseriram-se todos os dados disponveis na base de

    dados, atravs dos campos personalizados criados.

    7.4. Classes Tal como foi mencionado no captulo 6, uma classe um grupo de componentes com

    caractersticas semelhantes. Usualmente as classes so estabelecidas de acordo com a funo

    do equipamento.

    Na Figura 7.4 apresenta-se aparncia da janela onde se criam/editam/eliminam classes

    no Infor EAM.

    Atravs da entidade OBJ (entidade dos equipamentos) procedi criao de novas

    classes de equipamentos, apresentadas na Tabela 7.1.

    Tabela 7.1- Designao das novas classes criadas.

    Classe Designao

    AH Agitador do hidrogenador

    ATF Agitador do tanque de fermentao

    BHM Bomba hidrulica manual

    MQ Motor do queimador

    MRMD Redutor mecnico do secador

  • MRMG Redutor mecnico do granulador

    MRMH Redutor mecnico do hidrogenador

    MRMN Redutor mecnico do misturador bicnico

    MRMR Redutor mecnico do reservatrio

    MRRG Redutor de regulao de velocidade manual do granulador

    MRRR Redutor de regulao de velocidade manual do reservatrio

    UEA Unidade de extraco de ar

    UIA Unidade de insuflao de ar

    URF Unidade de tratamento por radiofrequncia

    Figura 7.4- Exemplo da janela de exibio onde se criam/editam/eliminam classes no Infor EAM.

    8. Campos personalizveis por famlia

    Uma vez identificados todos os equipamentos que compem a instalao industrial,

    efectuei uma pesquisa, essencialmente nas folhas de especificao dos equipamentos, por

    caractersticas de especificao, fabricao, instalao e operao dos equipamentos. Esse

    conjunto de informaes denomina-se por campos personalizveis.

    Aps efectuada a pesquisa por campos personalizveis, procedeu-se criao destes

    no Infor EAM (Figura 8.1).

  • Figura 8.1- Exemplo da janela de exibio onde se criam campos personalizveis no Infor EAM.

    Seguidamente criao dos campos personalizveis procedeu-se associao s

    respectivas classes de equipamentos (Figura 8.2).

    Figura 8.2- Exemplo da janela de exibio onde se associam campos personalizveis s respectivas classes no

    Infor EAM.

    Constatou-se a necessidade de criao de seis campos personalizados comuns a todas

    as classes de equipamentos (Tabela 8.1). Os campos personalizados Log Book e

    Documento da Manuteno foram criados para se poder evidenciar no Infor EAM,

  • respectivamente, os equipamentos que possuem log book e o n do documento da manuteno

    associado.

    Na Tabela 8.2 apresentam-se os campos personalizados criados para uma determinada

    classe (exemplo: motores das bombas).

    Tabela 8.1-Campos personalizados correspondentes a todas as classes de equipamentos.

    Campo personalizado Descrio SERVIO Servio TAG ANT Tag-number antigo CARACT Caracterstica

    MAT CONS Material DOCMAN Documento da Manuteno

    LOG BOOK Log Book

    Tabela 8.2- Campos personalizados correspondentes a todos os motores das bombas.

    Campo personalizado Descrio POT Potncia elctrica (kW) RPM RPM

    IP ndice de Proteco CL. ATEX Classificao ATEX

    UN Un [V] F [HZ] F [Hz] LN [A] ln[A] COS cos TER Termistor TIPO Tipo de arranque

    F. SERVI Factor Servio R. ANTER Rolamentos anterior R. POST Rolamentos posterior

    PESO[KG] Peso [kg] ANO FABR Ano Fabrico T. MONTA Tipo de Montagem

    Constatou-se ainda a necessidade de criao do campo personalizado piquete

    comum a todas as ordens de servio. Atravs deste campo, podemos verificar quais as ordens

    de servio realizadas por um piquete.

  • 9. Construo de rvores de estrutura de equipamentos

    Construram-se rvores de estrutura de equipamentos para todos os cdigos de custo.

    Nas rvores de estrutura evidencia-se o equipamento pai e seus equipamentos filhos

    (Figura 9.1). Um equipamento pai um equipamento principal, por exemplo um reservatrio

    agitado pressurizado (RAP) e um exemplo de um equipamento filho, seria o agitador (A) do

    reservatrio.

    Como regra geral, deve procurar eleger-se o equipamento pai como o objecto da

    gesto, devendo as suas ordens de servio incorporar, simultaneamente: trabalhos no agitador

    e trabalhos no motor.

    A estrutura hierrquica dos equipamentos alm de nos proporcionar um fcil acesso

    descendncia em termos hierrquicos dos equipamentos, tem tambm como funo reduzir a

    populao dos objectos de gesto (equipamentos) e a respectiva burocracia. Diluem-se os

    detalhes do histrico da manuteno da descendncia, mas ganha-se em termos de eficincia

    de gesto. [1] Competiu-me a mim e ao gestor da manuteno (o Eng. Paulo Aleixo) encontrar

    o ponto de equilbrio entre estes interesses. Tendo em conta a dimenso da empresa e o tipo

    de equipamentos instalados, optou-se por considerar como equipamentos pai apenas os

    referidos na Tabela 9.1.

    Tabela 9.1- Equipamentos pai e respectivos equipamentos filhos.

    Equipamentos Pai Equipamentos Filhos

    Bombas Motor

    Colunas (Coluna de destilao e Coluna de lavagem)

    Bomba Ebulidor

    Condensador Separador de fases

    Desumificador

    Filtro de manta Compressor de frio positivo

    Ventilador centrfugo Motor

    Secador de leito fluidizado

    Agitador Filtro de mangas Filtro de manta

    Motor Redutor

    Permutador de alhetas Ventilador centrfugo Separador ciclnico

    Secador rotativo de vcuo Bomba Motor

  • Estufa de vcuo Bomba Permutador de placas

    Evaporador de camada fina

    Bomba Permutador de placas

    Filtro de linha Motor

    Permutador espiral Reservatrio

    Filtro centrfugo Motor

    Filtro de cartucho/linha Motor

    Filtro de mangas Filtro de manta Permutador de tubos alhetados

    Filtro de manta Permutador de tubos alhetados Ventilador

    Filtro nutsch Agitador

    Centralina Motor

    Filtro de prensa Motor Gerador hidrulico Filtro rotativo de vcuo Motor

    Unidade de osmose inversa Motor

    Skid de ultrafiltrao Bomba Permutador de caixa e tubos

    Despoeirador

    Agitador Motor

    Redutor Ventilador Centrfugo

    Granulador Motor Redutor Micronizador Motor

    Moinho Motor

    Peneiro Motor

    Hidrogenador Motor Redutor

    Gerador hidrulico

    Reservatrio Bomba hidrulica de pistes

    Filtro de linha Motor

    Compressor de ar alta Motor

    Compressor de ar baixa Motor Bomba

    Compressor de frio negativo

    Bomba Filtro de cesto

    Motor Permutador de tubos Permutador de placas

    Reservatrio pressurizado Filtro de Linha

    Torre de refrigerao

    Compressor de frio positivo Bomba

    Torre de refrigerao Motor

    Torre de refrigerao Motor Bomba

    Ventilador centrfugo

  • Permutador de serpentina Reservatrio

    Misturador bicnico Motor Redutor Queimador da caldeira Motor

    Reservatrio Bomba

    Reservatrio agitado

    Agitador Motor

    Redutor Bomba

    Reservatrio agitado pressurizado

    Agitador Motor

    Redutor Bomba

    Reservatrio Reservatrio pressurizado Bomba

    Separador ciclnico Filtro de mangas

    Tanque de fermentao

    Agitador Filtro estril

    Pr-filtro estril Motor

    Reservatrio Pressurizado

    Tanque de fermentao inoculo

    Agitador Filtro estril

    Pr-filtro estril Motor

    Reservatrio pressurizado Tanque de lamas activadas Bomba

    Unidade de extraco de ar Filtro de mangas Ventilador centrfugo

    Unidade de tratamento de ar

    Desumificador Filtro Hepa

    Filtro de mangas Filtro de manta

    Permutador de alhetas Ventilador centrfugo

    Motor Ventilador axial Motor

    Ventilador centrfugo Motor

    Diferencial elctrico Motor

    Monta-Cargas Motor

    Gerador Hidrulico Diferencial elctrico

    Caldeira a gs natural

    Bomba Permutador de tubos alhetados

    Permutador de serpentina Reservatrio

    Ventilador Centrfugo

    Caldeira a nafta

    Bomba Permutador de serpentina

    Permutador em U Reservatrio

    Ventilador Centrfugo Filtro de Linha

  • Figura 9.1- Exemplo de uma hierarquia no Infor EAM.

    Na Tabela 9.2 menciona-se a quantidade de equipamentos existentes na CIPAN, quer

    em termos de equipamentos pai, quer em termos globais.

    Tabela 9.2- Quantidade de equipamentos existentes na CIPAN

    Incluindo os fora de servio Excluindo os fora de servio

    Equipamentos pai 1095 939

    Equipamentos 2112 1805

    10. Listas de equipamentos

    Criou-se a lista de equipamentos para a sntese qumica e para as transformaes no

    estreis e procedeu-se actualizao das seguintes: engenharia e servios, bombagem e

    tratamento de guas residuais, destilaria e parque de solventes, produo de gua purificada,

    fermentao e isolamento de KCA.

    As listas de equipamentos foram construdas atravs do Infor EAM da CIPAN, com a

    base de dados dos equipamentos j completa.

    Criou-se um filtro personalizado no Infor EAM para a criao/actualizao das listas

    de equipamentos denominado por Listas de Equipamentos. Este inclui todos os

    equipamentos da CIPAN instalados que no se encontram fora de servio. Contm somente

  • trs colunas: posio, descrio e servio, sendo estes os campos usados nas listas de

    equipamentos.

    11. Documentao para colocar equipamentos fora de servio ou retir-los

    Verificou-se a necessidade de criao de um documento para colocar todo um sector

    ou famlia de equipamentos fora de servio ou para retir-los. A CIPAN j dispunha de um

    documento para colocar um s equipamento e seus filhos fora de servio ou para retir-los,

    contudo revelou-se de extrema importncia a existncia de um documento mais abrangente,

    principalmente para sectores que trabalham por campanhas.

    Este documento veio reduzir significativamente o volume de papel, em termos

    burocrticos.

    O documento apresenta-se no anexo B.

    12. Actualizao da norma dos equipamentos A norma de numerao e identificao de zonas, equipamentos e instrumentos da

    Cipan, documento n 102NR049-0 f, foi actualizada com as novas famlias e classes dos

    equipamentos criadas. Redigiu-se na norma o mtodo de numerao dos redutores. E

    actualizou-se ainda a relao entre a numerao de zonas/equipamentos.

    13. Manutenes Preventivas 13.1. Criao de manutenes preventivas no Infor EAM da CIPAN

    Manuteno preventiva a manuteno que efectuada a intervalos de tempo

    predeterminados ou de acordo com critrios prescritos com a finalidade de reduzir a

    probabilidade de avaria ou de degradao do funcionamento de um bem. A manuteno

    preventiva , sob o ponto de vista de gesto, o objectivo da poltica de manuteno.

    Na CIPAN a manuteno preventiva dos equipamentos efectuada atravs das

    manutenes e das inspeces.

  • Entende-se por inspeco a identificao de problemas ou indcios que possam

    determinar um problema a prazo. No envolve qualquer interveno no equipamento, nem

    limita ou inibe o seu normal funcionamento.