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LABORATÓRIO
DE FÍSICA II
Professor: João Escalari
SÃO PAULO
2012
1º SEMESTRE
FACULDADES OSWALDO CRUZ – FOC
ESCOLA SUPERIOR DE QUÍMICA – ESQ 1º EXPERIMENTO – INSTRUMENTOS DE MEDIDAS
1. CONCEITOS TEÓRICOS
Medida de uma Grandeza É a comparação da grandeza com uma unidade padrão preestabelecida.
Precisão de um Instrumento de Medida É a menor medida que um instrumento pode realizar com certeza.
Algarismo Significativo de uma Medida São todos os algarismos que se tem certeza mais o primeiro duvidoso.
1.1- Erros de Medida de um Instrumento
Todo instrumento possui um erro de medida determinado pelo fabricante em função de
sua qualidade. Assim, toda medida corresponde a uma faixa de valores que pode ser
considerada correta, dada por:
∆M = M ± e% ou ∆M = M ± e
Onde:
e% representa o erro relativo (percentual)
e representa o erro absoluto (qualitativo)
1.2 – Erro Paralaxe
Além do erro característico do instrumento, existe o erro de leitura inerente aos
instrumentos analógicos (de ponteiro). O erro paralaxe é um erro de leitura que ocorre quando a mesma não é feita olhando –
se frontalmente o ponteiro, devido à distância entre este e a escala do instrumento.
Para evitar o erro de paralaxe, os instrumentos analógicos possuem um espelho sob a
escala, de forma que a leitura deve ser feita somente quando encobrir a sua imagem
refletida.
2. INSTRUMENTOS DE MEDIDAS
2.1 – Simbologia
Resistor
Amperímetro
Voltímetro
Fonte de Tensão Continua
2.2 – Fonte de Alimentação
Fonte de alimentação é o nome genérico dos dispositivos ou equipamentos que
fornecem tensão a um circuito elétrico.
A fonte de tensão contínua, isto é, com o valor constante, ele possui um terminal
positivo e negativo. Uma fonte de tensão contínua pode ser chamada de tensão CC ou
DC, (relativos à Corrente Contínua ou Direct Current).
A fonte de alimentação que fornece tensão alternada, isto é valor variável, seus
terminais são, ora positivo, ora negativo, alternadamente. A tensão alternada mais
importante é a solenoidal. Uma tensão alternada senoidal pode ser chamada apenas
de CA ou AC, (relativos a Corrente Alternada ou Alternate Current).
2.3 – Voltímetro
O voltímetro é o instrumento utilizado para a medida de tensão elétrica. O voltímetro
CC possui um pólo positivo e um negativo, onde para ser feita a medida da tensão
num dispositivo, as pontas de prova do voltímetro devem ser ligadas em paralelo com
seus terminais. No voltímetro CA, não há polaridade.
2.4 – Amperímetro
O amperímetro é o instrumento utilizado para a medida da corrente elétrica. Para
medir a corrente que passa através de um condutor deve ser ligado em série, isto é, o
circuito deve ser aberto no local da medida para que o amperímetro possa ser
conectado e a corrente passe por ele.
2.5 – Escala e Precisão
Chama – se escala ou fundo de escala o maior valor que o instrumento analógico
pode medir.
Precisão é a menor medida que o instrumento pode realizar com certeza numa
determinada escala. Assim, na leitura do instrumento, sempre haverá um algarismo
significativo além da precisão, uma vez que este ultimo (duvidoso) pode ser estimado.
2.6 - Multímetro
Um multímetro digital oferece a facilidade de mostrar diretamente em seu visor, que
chamamos de display de cristal líquido, ou simplesmente display, o valor numérico da
grandeza medida, sem termos que ficarmos fazendo multiplicações (como ocorre com
multímetros analógicos).
2.6.1 – Como Utilizar o Multímetro
Um multímetro digital pode ser utilizado para diversos tipos de medidas, agora iremos
citar as três mais comuns:
Tensão elétrica (medida em volts – V);
Corrente elétrica (medida em amperes – A);
Resistência elétrica (medida em Ohms – Ω - letra ômega).
Além destas ele pode ter escalas para outras medidas específicas como: temperatura,
freqüência, capacitância, continuidade (através de um apito), etc.
A seleção entre as escalas pode ser feita através de uma chave rotativa, chaves de
pressão, chaves tipo H-H ou o multímetro pode mesmo não ter chave alguma, neste
caso falamos que o multímetro digital é um equipamento de auto-range, ou seja, ele
seleciona a grandeza e a escala que esta sendo medida automaticamente. Em alguns
casos podemos encontrar multímetros que tem apenas uma escala para tensão, uma
para corrente e uma para resistência, este tipo de multímetro também é auto-range,
nele não é preciso se procurar uma escala específica para se medir um determinado
valor de tensão. Uma coisa muito importante ao se usar um multímetro digital é saber
selecionar a escala correta para a medição a ser feita. Sendo assim podemos
exemplificar algumas grandezas com seus respectivos nomes nas escalas:
Tensão contínua = VCC, DCV, VDC (ou um V com duas linhas sobre ele, uma
tracejada e a outra continua ).
Tensão alternada = VCA, ACV, VAC (ou um V com um ~ sobre ele).
Corrente contínua = DCA, ADC (ou um A com duas linhas sobre ele, uma
tracejada e uma continua).
Corrente alternada = CA (ou um A com um ~ sobre ele).
Resistência = Ohms, Ω
Para medirmos uma tensão é necessário que conectemos as pontas de prova em
paralelo com o ponto a ser medido. Ligação. Para medirmos corrente com um
multímetro digital, devemos colocar ele em série com o ponto a ser medido. Para
medirmos resistência devemos desligar todos os pontos da peça a ser medida (uma
lâmpada incandescente, por exemplo, deve estar fora do seu soquete) e encostarmos
uma ponta de prova em cada lado da peça. No caso de uma lâmpada incandescente
encostamos uma ponta de prova na rosca e outra na parte inferior e metálica do
conector da lâmpada. Todas estas medidas devem ser feitas com critério e nunca
devemos encostar as mãos em nenhuma ponta de prova durante uma medida, caso
isto aconteça corremos o risco de levarmos um choque elétrico e/ou termos uma
leitura errada. Uma coisa importante de se perceber é que a grande maioria dos
multímetros digitais tem 3 ou 4 bornes para a ligação das pontas de prova.
Normalmente um é comum e os outros servem para medição de tensão, resistência e
corrente. A indicação dos bornes sempre mostra para quais escalas eles podem ser
usados.
É bom lembrar que capacitores devem ser sempre descarregados antes da medição.
Para fazer isto coloque os seus dois terminais em curto usando uma chave de fenda
(se o capacitor tiver mais de um terminal positivo ele deverão ser colocados em curto
com o terra individualmente).
A chave de liga-desliga de um multímetro digital pode ser uma das posições da chave
rotativa como pode ser uma chave ao lado do instrumento. Deixe sempre desligado o
multímetro caso não o esteja utilizando. A maioria dos multímetros digitais que
existem a venda são chamados de multímetros digitais de 3 ½ dígitos (3 dígitos e
meio). Isto quer dizer que ele é capaz de medir grandezas de até 3 números
completos mais meio número. Vamos exemplificar para ficar mais fácil: suponha que
você vai medir uma tensão de 1250V na escala de 1500V, a leitura que aparecerá no
display será de 1250, ou seja:
Primeiro número = 1 este dígito é considerado ½ dígito pois não pode assumir
outro valor maior que 1.
Segundo número = 2 este dígito é considerado um dígito inteiro, pois pode
assumir valores entre 0 e 9.
Terceiro número = 5 este dígito é considerado um digito inteiro, pois pode
assumir valores entre 0 e 9.
Quarto número = 0 este dígito também é considerado um digito inteiro, pois
pode assumir valores entre 0 e 9.
Ao ligar um multímetro de 3 ½ dígitos apareceram no display apenas três dígitos, mas
não se assuste é assim mesmo (caso o tenha ligado em uma escala de tensão ou
corrente, nas escalas de resistência aparecerá um número 1 no lado esquerdo do
display).
2.6.2 - Múltiplos e Submúltiplos das Grandezas
Vimos que temos escalas indicadas por diversos valores: 200mA, 2000mV, 20K, mas
o que é isto. Para explicar vamos estudar uma grandeza por vez:
Tensão elétrica – a tensão elétrica é medida em volts (V). Seus submúltiplos são
milivolts (mV) e microvolts (µV). Seu múltiplo mais usado é o kilo-volt (KV). Sempre
que façamos uma medida menor que 1 volt o multímetro poderá nos indicar assim:
0,9 ou assim: 900 ou seja se estamos medindo um valor de tensão de 0,9V, portanto
a indicação no display, dependendo da escala utilizada pode ser 0,9 ou 900. Se
estivermos em uma escala indicada por mV o valor apresentado será 900 e
corresponderá a 900mV, se estivermos numa escala indicada por volts o valor será 0,9
e corresponderá a 0,9V. Veja as comparações abaixo:
1.000V = 1KV (1 x K = 1 x 1000 = 1.000V).
500V = 0,5KV (0,5 x K = 0,5 x 1000 = 500V).
Quando colocamos a letra K depois de um valor de tensão estamos multiplicando este
valor por 1.000 (mil), é por isto que 1.000 volts é igual a 1KV.
Se você estiver usando um multímetro digital na escala de 1000V e medir 10V
aparecerá no display o seguinte: 10 Se for na escala de 200V aparecerá o seguinte:
10,0 Perceba que o ponto mudará de posição dependendo da escala mas a leitura
será sempre a mesma. Este mesmo critério, do ponto mudar de casa, é usado na
medida de qualquer grandeza.
O manipulador nunca pode começar a fazer a leitura pela escala menor pois corre o
risco de danificar o seu multímetro. Sempre se começa a medição pela escala mais
alta e, se for possível, se abaixa a escala para se ter uma leitura com mais precisão.
O sinal de (menos ou negativo) antes do número no display, representa que você
ligou a ponta de prova (+) vermelha no negativo ou vice-versa. Inverta as pontas e
este sinal sumirá.
Corrente elétrica – a corrente elétrica é medida em Amperes (A). Seu sub-multiplos
são miliamperes (mA) e microamperes (uA). Seu múltiplo mais usado é o kiloampere
(KA). É comum termos em multímetros digitais várias escalas de mA. As leituras
feitas nestas escalas podem ser lidas diretamente, ou seja, se fizermos um medição
na escala de 200mA e aparecer 45, estaremos medindo 45mA. Também é comum
em multímetros digitais termos uma escala separada para a medição de corrente na
ordem de amperes. Se numa escala de 10A obtivermos a leitura de 2,00 é que
estamos medindo 2A. Se nesta mesma escala medirmos 0,950 é que estamos
medindo 0,95A ou 950mA. Veja as comparações abaixo:
1.000A = 1KA (1 x K = 1 x 1000 = 1.000A)
500A =0,5KA (0,5 x K = 0,5 x 1000 = 500A).
Da mesma forma que na tensão o K representa o valor numérico multiplicado por
1.000 (mil). Se você for medir uma corrente continua de 50mA na escala de 10A o
valor lido será 0,05 que corresponderá a 50mA. Mas para ter mais precisão é
aconselhável se usar uma escala mais baixa como, por exemplo, a de 200mA.
Sempre se começando a medição pela escala mais alta e, se for possível, se abaixa a
escala para se ter uma leitura com mais precisão.
Resistência elétrica – a resistência elétrica é medida em Ohms (Ω ).Seus múltiplos são
kiloohms (K Ω ) e megaohms (M Ω). Seu submúltiplo mais usado é miliohms (m Ω).
1.000 Ohms = 1 K Ω
1.000.000 ohms = 1 M Ω
Quando colocamos a letra K depois de um número estamos multiplicando este número
por mil, portanto 470K Ω é igual a 470.000 ohms. Quando colocamos a letra M depois
de um número estamos multiplicando este número por 1 milhão, portanto 10M Ω é
igual a 10.000.000 ohms.
Alguns multímetros tem uma escala que apita quando sua pontas de prova são
encostadas, com esta escala somos capazes de verificar se pontos estão em curto ou
ligados apenas com o ouvido, sem a necessidade de olhar para o display. Em
elétrica, na maioria das vezes, mediremos valores baixos de resistência ou
verificaremos se dois pontos não estão em curto (estaremos então medindo valores
muito elevados de resistência e devemos usar escalas mais altas. Caso não exista
curto entre os dois pontos um número 1 aparecerá no lado esquerdo do display)
FACULDADES OSWALDO CRUZ – FOC
ESCOLA SUPERIOR DE QUÍMICA – ESQ 1º EXPERIMENTO – INSTRUMENTOS DE MEDIDAS
ESQ - FOC LABORATÓRIO DE FÍSICA DATA:
TURMA: RELATÓRIO DIRIGIDO MESA:
CURSO: INTRUMENTOS DE MEDIDAS NOTA:
NOMES RA ASSINATURA
1. OBJETIVOS
- Desenvolver habilidades com instrumentos analógicos e digitais, tais como
voltímetro, amperímetro e multímetro com suas respectivas incertezas.
- Compreender as grandezas elétricas tensão e corrente, aprendendo a diferenciar
ligações em série e paralelo.
2. IDENTIFICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS
2.1. Identifique as funções dos seguintes instrumentos:
NOME DO INSTRUMENTO
ESCALA
INCERTEZA
NOME DO INSTRUMENTO
INCERTEZA
FUNÇÃO CORRENTE ESCALAS
AMPERIMETRO CC
VOLTIMETRO CC
OHMIMETRO ---
2.2 - Faça um desenho simplificado do voltímetro e do amperímetro disponíveis no laboratório. Anote suas respectivas incertezas.
INSTRUMENTO ESCALA INCERTEZA
VOLTIMETRO
AMPERIMETRO
3. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS OBS: Durante todo o experimento o grupo irá trabalhar com 5,00 V.
3.1 – Instale o multímetro na posição do voltímetro, meça diretamente na fonte a
tensão e sua incerteza.
3.2 - Mude a escala do multímetro, anote o valor e sua incerteza.
3.3 – Realize a mesma medida com o voltímetro analógico, anote o valor e sua
incerteza.
3.4 – Instale o resistor fornecido na fonte de tensão, meça o valor da tensão e sua
incerteza.
3.5 – Coloque o multímetro na posição amperímetro. Meça e anote a corrente elétrica
e sua incerteza.
3.6 – Realize a mesma medida com amperímetro analógico , anote o valor e sua
incerteza.
3.7 – Faça um desenho do circuito montado, colocando os medidores de corrente
(amperímetro) e tensão (voltímetro) no mesmo.
3.8 – Sem aplicar nenhuma tensão meça a resistência elétrica do resistor fornecido
com multímetro na posição ohmímetro. Anote o valor e sua incerteza.
4. QUESTÕES
4.1 – Em relação a incerteza, o que o grupo pode concluir analisando os itens 3.1; 3.2
e 3.3 ?
4.2 – Após instalar o resistor houve alguma alteração nos valores encontrados na
tensão, se houve, por quê?
4.3 – Qual foi o percentual de erro encontrado no valor da resistência elétrica?
E% = / valor teórico – valor experimental / X 100
valor teórico
FACULDADES OSWALDO CRUZ – FOC
ESCOLA SUPERIOR DE QUÍMICA – ESQ 2º EXPERIMENTO – 1ª LEI DE OHM
1. CONCEITO TEÓRICO
1.1 CORRENTE ELÉTRICA
A corrente elétrica é o movimento de partículas carregadas numa direção
especificada. A partícula carregada pode ser um elétron, um íon negativo que é muitas
vezes referida como um portador de corrente. O movimento da partícula pode ser
através de um sólido, um gás, um liquido ou o vácuo. Num sólido, como um fio de
cobre, as partículas carregadas (portador de corrente) é o elétron. Os íons no fio de
cobre e em outros sólidos são mantidos rigidamente no local pela estrutura atômica
(cristalina) do material. Portanto, os íons não podem ser portadores de corrente em
materiais sólidos. Entretanto, tanto nos líquido quanto nos gases, os íons estão livres
para se movimentar pela região vizinha e tornar – se portadores de corrente. Para que
haja essas cargas nas extremidades dos fios é necessário que esteja conectado a
uma fonte de tensão de energia elétrica, uma pilha por exemplo.
Essas fontes de energia alem de promover essa diferença de carga, que pode ser
entendida também como diferencial de potencial, tem a função de recolocar o elétron
no inicio do circuito quando este chegar ao final. A energia para que a corrente flua por
unidade de carga elétrica é chamada tensão elétrica.
Desta maneira conseguimos a determinar a variação de carga elétrica ∆Q, no fio
exemplo passam n elétrons em um determinado tempo. É definida a intensidade de
corrente elétrica média desse fio por:
i = ∆Q = n.e
∆t ∆t
Onde e é a carga de cada elétron. A unidade de medida da corrente elétrica no
sistema internacional (SI) é o Coulomb / segundo que é chamado de ampére (A).
1.2 - Corrente nos Sólidos
Quando pensamos em corrente, ficam dois pontos em nossa mente. Primeiro o efeito
da corrente é quase instantâneo. Num fio a corrente se movimenta a velocidade da
luz. Segundo, um elétron individual gasta alguns minutos para percorrer poucos
metros de fio condutor.
Presuma que você possa olhar o interior de um fio de alumínio e ver os átomos e suas
partículas. O átomo de alumínio possui 13 elétrons e 13 prótons. Suponha que as
extremidades são conectadas a uma pilha. A pilha produz um campo elétrico através
do fio. O campo libera alguns elétrons de valencia dos átomos de alumínio devido à
energia adicional. No momento em que um elétron individual é liberado, ele pode estar
movimentando – se na direção oposta àquela da corrente principal. Entretanto, na
presença do campo elétrico, ele inverte sua direção de movimento. Para cada elétron
libertado é criado um íon positivo que atrai o elétron. Eventualmente elétrons livres
migrarão próximos aos íons positivo. Os elétrons serão capturados pelos íons
positivos, tornando – se assim um átomo eletricamente neutro.
1.3 - Corrente Continua e Corrente Alternada
Um elétron livre não permanece livre para se movimentar todo o comprimento do fio.
Ao contrario, ele circula a curta distancia do fio e é capturado pelos íons positivo.
Algum tempo mais tarde, este elétron particular pode novamente ganhar bastante
energia para liberar – se de seu novo átomo ele então, circula mais distante abaixo do
fio como um elétron livre. Pode – se pensar os elétrons como pulando no interior do
condutor (fio) permanece constante. A corrente continua a circular na mesma direção
é denominada corrente continua (CC). Este é o tipo de corrente nas pilhas comuns e
baterias.
A corrente alternada (CA), tipo de corrente que temos em casa, no laboratório, por
exemplo, periodicamente inverte a direção de seu movimento. A corrente em todos os
fios elétricos de sua residência inverte sua direção a cada 1 / 120 segundos. As
correntes que invertem de direção muitas vezes em relação ao tempo são mais fáceis
de visualizar se pensarmos no elétron individual “nadando” para trás e para frente
entre diversos átomos.
2. RESISTÊNCIA ELÉTRICA
A oposição que um material oferece à corrente é chamada de resistência, todos os
materiais oferecem alguma resistência à corrente. Quando a corrente circula através
da resistência, esta transforma a energia elétrica em calorífica. Desse modo, existe
extrema variação no valor das resistências oferecidas pelos diferentes materiais. É
mais difícil obter elétrons livres (portadores de corrente) em alguns materiais do que
em outros. O valor da resistência de um objeto é determinado por quatro fatores: o tipo
de material do qual o objeto é feito; o comprimento do objeto; a área da seção
transversal do objeto e a temperatura do objeto.
A unidade usada para especificar o valor da resistência é o ohm, cujo símbolo é Ω
(letra maiúscula grega omega).
2.1 - 1° Lei de Ohm
George Simon Ohm estudou a relação entre corrente, tensão e resistência, sabendo –
se que quanto maior a resistência (a passagem da corrente) menor deve ser a
corrente. Analogamente quanto maior a tensão elétrica (V) maior a velocidade dos
elétrons, aumentando também a resistência elétrica. Dessa forma definimos a relação
entre tensão, corrente e resistência elétrica (R) através da primeira Lei de Ohm.
V = R . i
São chamados de resistor todos os elementos cuja sua resistência seja constante,
onde a tensão será proporcional à corrente.
3. GRÁFICOS (ANALISES E CONSTRUÇÃO)
O gráfico serve para visualizar o comportamento das grandezas físicas envolvidas de
uma maneira fácil e rápida. Através de um gráfico podemos verificar como varia uma
grandeza (por exemplo, tensão) em função de outra (por exemplo, corrente).
3.1 - Sistema de Eixos Cartesianos Ortogonais
Para construir um gráfico, utiliza-se um sistema de eixos cartesianos ortogonais que
são dois eixos perpendiculares entre si, sendo o ponto de intersecção denominado
origem. Os valores das grandezas envolvidas são colocados utilizando uma escala
adequada para cada eixo.
O eixo na horizontal (por convenção) é denominado eixo das abscissas e nele são
colocados os valores da variável independente (por exemplo, corrente).
O eixo na vertical é denominado eixo das ordenadas e nele são colocados os valores
da variável dependente (por exemplo, tensão).
3.2 - Construções de gráficos
Para construir qualquer gráfico envolvendo grandezas físicas, deve-se observar as
seguintes regras:
• Coloque título e legenda.
• Escolha escalas adequadas para colocar os valores nos eixos.
• Coloque, de forma clara, as grandezas a serem representadas nos eixos com
as suas respectivas unidades.
• Coloque os valores das grandezas apenas com os números necessários à
leitura, não coloque valores especiais.
• Quando houver diversas séries de medidas, é conveniente distingui-las com
diferentes símbolos.
Procure traçar a melhor reta ou curva, devendo recorrer a métodos matemáticos
quando os valores encontrados não estão adequados.
FACULDADES OSWALDO CRUZ – FOC
ESCOLA SUPERIOR DE QUÍMICA – ESQ 2º EXPERIMENTO – 1ª LEI DE OHM
ESQ - FOC LABORATÓRIO DE FÍSICA DATA:
TURMA: RELATÓRIO DIRIGIDO MESA:
CURSO: 1ª LEI DE OHM NOTA:
NOMES RA ASSINATURA
1. OBJETIVOS
- Analisar a curva característica de um resistor ôhmico
- Estudar a relação entre voltagem, corrente e resistência.
- Comprovar experimentalmente a relação linear entre corrente e voltagem.
2. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
2.1 – Monte o circuito abaixo:
2.2 – Varie a fonte de tensão, a partir de um valor pequeno, até preencher a tabela a
seguir, com o valor da tensão e sua incerteza (não ultrapassar 6,00 V).
DADO ( V ± δv ) ( i ± δi ) DADO ( V ± δv ) ( i ± δi )
1 7
2 8
3 9
4 10
5 11
6 12
2.3 – Troque o resistor e repita o procedimento anterior.
DADO ( V ± δv ) ( i ± δi ) DADO ( V ± δv ) ( i ± δi )
1 7
2 8
3 9
4 10
5 11
6 12
2.4 – Construa dois gráficos da tensão em função da corrente com os dados coletados.
______________________________
______________________________
2.5 – Determine o coeficiente angular e linear de ambos.
3.0 - QUESTÕES
3.1 – Quais os valores nominais das resistências utilizadas.
3.2 – Qual o significado físico do coeficiente angular e linear.
3.3 – A resistência depende da corrente, isto é ele é ôhmico? Justifique sua reposta.
3.5 – Se fosse aplicado uma tensão de 8,0 V , qual seria o valor da corrente?
3.6 – Com base na construção dos gráficos faça um esboço de como seria um gráfico
com a resistência de 1 KΩ. Justifique sua resposta.
FACULDADES OSWALDO CRUZ – FOC
ESCOLA SUPERIOR DE QUÍMICA – ESQ 3º EXPERIMENTO – ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES E LEI DE KIRCHOFF
1.0 CONCEITO TEÓRICO
1.1 – CIRCUITOS ELÉTRICOS
Um circuito elétrico é um conjunto de aparelhos interligados eletricamente de forma
apropriada. É constituído, pelo menos, por um gerador elétrico, que fornece a energia,
por uma carga (ou receptor), que recebe energia e por condutores elétricos que
interligam os aparelhos.
1.2 - Circuito Série
Como foi discutido nas aulas anteriores o circuito em série é aquele que possui um
único sentido para a passagem da corrente elétrica. Dessa forma a corrente que flui
em cada pedaço do circuito deve ser a mesma e corresponde à corrente total do
circuito.
Quanto à tensão podemos associa – la a quantidade de energia que o sistema
consome durante a circulação da corrente, podemos considerar que cada elemento do
circuito utiliza uma parte da energia total fornecida. Com isso entre dois pontos de um
componente do circuito há uma diferença de potencial que é uma parte da tensão total
fornecida. A tensão total será a soma das ddp’s das partes do circuito.
1.2.1 - Associação Série de Resistores
Características:
Tensão: VT = V1 + V2 + V3 +...+ Vn Req = R1 + R2 + R3 + ...+Rn
Corrente: é a mesma em todo o circuito Req = V / I
1.3 - Circuito Paralelo
Num circuito em paralelo a corrente que chega a um nó se divide proporcionalmente
aos resistores sendo que uma parcela maior da corrente irá para o caminho de menor
resistência, e ao se juntarem novamente as correntes se somam formando assim a
mesma corrente total inicial. Quanto à tensão, podemos notar que todos os resistores
estão ligados à tensão da fonte. Isso é verificado quando temos o caso, em que, um
nó liga um resistor a outro.
1.3.1 - Associação Paralela de Resistores
Características:
Tensão: é a mesma em todo o circuito
i
VR eq =
Corrente: I = I1 + I2 + I3 +... + In
neq RRRRR
1...
1111
321
+++=
Com apenas dois resistores, tem – se: Req = _R1 . R2__
R1 + R2
1. 4 – Lei de Kirchoff
Se substituirmos toda uma associação de resistores por um único resistor com o qual
a corrente total permaneça a mesma, esse resistor é chamado de resistor equivalente.
Para comprovarmos essa lei, temos por definição que:
Em um circuito em série a corrente será sempre a mesma, para cada elemento
elétrico, e a tensão se divide proporcionalmente em cada um desses componentes.
Em um circuito em paralelo a tensão é a mesma em cada elemento e a corrente se
divide proporcionalmente em cada um desses elementos.
FACULDADES OSWALDO CRUZ – FOC
ESCOLA SUPERIOR DE QUÍMICA – ESQ 3º EXPERIMENTO – ASSOCIAÇÃO DE RESSISTORES E LEI DE KIRCHOFF
ESQ - FOC LABORATÓRIO DE FÍSICA DATA:
TURMA: RELATÓRIO DIRIGIDO MESA:
CURSO: ASSOCIAÇÃO E KIRCHOFF NOTA:
NOMES RA ASSINATURA
1. OBJETIVOS
• Verificar experimentalmente o comportamento da corrente e da tensão em circuitos
de resistores em série e paralelo
• Comprovar experimentalmente as expressões para a determinação da resistência
equivalente, comprovando as Leis de Kirchoff para circuitos em série e paralelo.
2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAIS
Roteiro
Parte 1 - Circuito em Série
1° Monte o circuito em série;
2° Meça a tensão em cada resistor do circuito;
3° Meça a tensão total na associação dos resistores;
4° Meça a corrente fornecida pela fonte de alimentação ao circuito e a corrente que
passa por cada resistor;
5° Desligar a fonte de tensão e medir a resistência equivalente no circuito.
Parte 2 - Circuito em Paralelo
1° Monte o circuito em paralelo
2° Meça a tensão em cada resistor do circuito;
3° Meça a tensão total na associação dos resistores;
4° Meça a corrente fornecida pela fonte de alimentação ao circuito e a corrente que
passa por cada resistor;
5° Desligar a fonte de tensão e medir a resistência equivalente no circuito.
2.1 - Resistores em Série:
• Medindo – se a tensão em cada resistor foram encontrados os seguintes valores:
V1 = _______ V2 = _______ V3= _______ VT = _______
Qual é a relação entre o VT e os valores de V1, V2 e V3 ? O que ocorre com a tensão total
fornecida?
• Medindo – se a corrente em cada resistor foram encontrados os seguintes
valores:
I1 = _______ I2 =_____________ I3 = _______ I = _______
O que você pode concluir em relação a corrente encontrada na associação em
série?
Resistência equivalente encontrada é ___________
Sabendo – se a equação para achar a resistência equivalente. Qual é o erro
percentual que você pode observar?
E= Valor Experimental – Valor Teórico/ X 100
Valor Teórico
2.2 - Resistores em paralelo
• Medindo – se a tensão em cada resistor foram encontrados os seguintes valores:
V1 = _______ V2 = _______ V3= _______ VT = _______
Comparando – se a tensão total VT com o valor da fonte de tensão, pode - se
concluir o que?
• Medindo – se a corrente em cada resistor foi encontrado os seguintes valores:
I1 = _______ I2 =_____________ I3 = _______ I = _______
O que você pode concluir em relação a corrente encontrada na associação em
paralelo? Qual a relação entre I e I1 , I2 e I3
Resistência equivalente encontrada é ___________
Sabendo – se a equação para achar a resistência equivalente. Qual é o percentual de
erro que você pode observar?
E= /Valor Teórico – Valor Experimental/ X 100
Valor Teórico
FACULDADES OSWALDO CRUZ – FOC
ESCOLA SUPERIOR DE QUÍMICA – ESQ 4º EXPERIMENTO – 2ª LEI DE OHM
1. CONCEITO TEÓRICO
1.1 - 2° Lei de ohm
A segunda Lei de Ohm mostra que as características físicas de um material
(resistividade, comprimento e área da seção transversal) estão relacionadas com a
sua resistência elétrica da seguinte forma:
R = ρ . L
A
A Resistividade do material esta relacionada a sua natureza química, isto é, com os
tipos de átomos e com sua estrutura atômica.
A tabela a seguir, mostra alguns materiais e sua respectiva resistividade (valores
médios a 20 º C):
Classificação Material Resistividade ρ[Ω. m]
Materiais Cobre 1,7. 10-8
Alumínio 2,8. 10-8
Ligas Níquel-Cromo 110.10-8
Grafite 4000 a 8000.10-8
Isolantes Porcelana 3,0. 1012
Borracha 1015 a 1016
FACULDADES OSWALDO CRUZ – FOC
ESCOLA SUPERIOR DE QUÍMICA – ESQ 4º EXPERIMENTO – 2ª LEI DE OHM
ESQ - FOC LABORATÓRIO DE FÍSICA DATA:
TURMA: RELATÓRIO DIRIGIDO MESA:
CURSO: 2ª LEI DE OHM NOTA:
NOMES RA ASSINATURA
1. OBJETIVO
- Comprovar experimentalmente a Segunda Lei de Ohm;
- Determinar experimentalmente a resistividade elétrica de um material.
2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
1º - Montar o seguinte sistema experimental
2º - Medir com o multímetro a resistência dos fios 1 e 2, considerando os seguintes
comprimentos: L / 4, L/2 e L.
3º - Calcular as seguintes relações: R1C / R1B ; R1C / R1A; R2C / R2B e R2C / R2A.
4º - Analisar a relação entre a resistência e o comprimento dos fios.
5º - Calcular a área da secção transversal de cada fio ( em m2 ).
6º - Calcular as seguintes relações: R1C / R2C e A1 / A2.
7º - Analisar a relação entre a resistência e área da secção transversal dos fios.
8º - Determinar as resistividades dos dois fios.
9º - Comparar as resistividades dos fios entre si.
10º - Comparar as resistividades dos dois fios com o valor médio previsto para liga de
níquel – cromo dada na tabela de resistividade.
Fio 1 Fio 2
L1 = _______ m L2 = _______ m
D1 = _______ m D2 = _______ m
A1 = _______ m2 A2 = _______ m2
Fio 1 Fio 2
Ponto Comprimento Resistência Ponto Comprimento Resistência
A L1 / 4 = R1A = A L2 / 4 = R2A =
B L1 / 2 = R1B = B L2 / 2 = R2B =
C L1 = R1C = C L2 = R2C =
3. QUESTÕES
3.1 - Após calcular as relações : R1C / R1B ; R1C / R1A; R2C / R2B e R2C / R2A, quais as
observações você pode notar?
3.2 - Pode se dizer que a área da secção transversal e diretamente proporcional a
resistência? Por quê?
3.3 - Quais os valores da resistividade dos fios analisados? Comparado o se pode
observar?
3.4 - Qual o erro percentual encontrado na resistividade dos fios analisados? Quais os
fatores para o valor encontrado não coincidir com o teórico?
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ESCOLA SUPERIOR DE QUÍMICA – ESQ 4º EXPERIMENTO – RESISTÊNCIA (INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA)
1. CONCEITO TEÓRICO
1.1 - Coeficiente de Temperatura
A variação da resistência corresponde a uma variação da temperatura é conhecida
como coeficiente de temperatura da resistência e cada material tem seu próprio
coeficiente de temperatura. O coeficiente de temperatura representado, geralmente
pela letra α (alfa) e é expresso em ohm por grau centígrado (Ω/Ω/°C).
Com o aumento da temperatura ira aumentar o movimento desordenado dos elétrons,
diminuindo assim o intervalo de um choque com o outro, aumentando o numero de
choques. Dessa forma conclui – se quanto maior o aumento da temperatura maior a
dificuldade da passagem desses elétrons aumentando a resistência.
Para variações de temperatura não excessivas pode-se admitir como linear a
variação.
R = Ro . [1 + α . ∆t ] para T – To
Onde α é o coeficiente de temperatura especifico em °C-1 de cada material.
α (°C-1)
Alumínio
Cobre
Tungstênio
Níquel-cromo
Carbono
silício
3,9 x 10-3
3,9 x 10-3
4,5 x 10-3
2,0 x 10-4
-5,0 x 10-4
-7,5 x 10-2
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ESCOLA SUPERIOR DE QUÍMICA – ESQ 4º EXPERIMENTO – RESISTÊNCIA (INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA)
ESQ - FOC LABORATÓRIO DE FÍSICA DATA:
TURMA: RELATÓRIO DIRIGIDO MESA:
CURSO: TEMPERATURA X RESISTÊNCIA NOTA:
NOMES RA ASSINATURA
1. OBJETIVO
- Estudar a curva característica de elemento não ôhmico;
2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Monte o circuito abaixo:
2.1 – Varie a fonte de tensão, a partir de um valor pequeno, até preencher a tabela a
seguir, com o valor da tensão e sua incerteza (não ultrapassar 6,00 V).
DADO ( V ± δv ) ( i ± δi ) DADO ( V ± δv ) ( i ± δi )
1 7
2 8
3 9
4 10
5 11
6 12
2.2 – Construa dois gráficos da tensão em função da corrente com os dados coletados.
______________________________
2.3 – Qual a inclinação do gráfico, em baixa e alta tensão?
2.4 – Calcule a temperatura do filamento da lâmpada na tensão mais alta, supondo que na tensão mais baixa sua temperatura é de 20° C e o material é de tungstênio.
2.5 – Elabore uma conclusão sucinta, discutindo a curva características e os possíveis erros experimentais.
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ESCOLA SUPERIOR DE QUÍMICA – ESQ 5º EXPERIMENTO – CAPACITORES
1. CONCEITOS TEÓRICOS
1.1 CAPACITORES
O capacitor é um dispositivo que armazena carga elétrica e energia. Um capacitor
típico consiste de duas placas condutoras paralelas com uma grande área superficial
separadas por uma pequena distância.
Quando as placas são submetidas a uma tensão “V”, cargas são acumuladas nas
placas até que a tensão gerada por estas cargas se iguale à tensão aplicada “V”. A
quantidade de cargas (“Q”) separadas e acumuladas nas placas depende da
geometria e de propriedades elétricas do capacitor .Adicionalmente, a quantidade de
carga Q acumulada pelo capacitor é diretamente proporcional à tensão “V”, onde a
constante de proporcionalidade é chamada de capacitância. Assim, podemos
escrever:
Q = C . V
onde C é a capacitância.
No S.I. a capacitância (C = Q/V) é expressa em coulomb/volt que é denominado por
farad (F): 1 farad = 1 coulomb/volt. Contudo, como 1 F é um valor muito alto de
capacitância, utiliza-se mais comumente os submúltiplos do farad, tais como: (micro
farad; 10-6 F); (nano farad; 10- 9F) e (pico farad; 10-12F).
Experimentalmente medimos a tensão e não a carga, e como são proporcionais, a
tensão varia com o tempo da forma :
V = Vo . e –t/R.C
Podemos definir a vida média ou o tempo característico da descarga, como o intervalo
de tempo necessário para reduzir a carga a uma fração ½ da original. Porém utiliza –
se com muito mais freqüência a chamada meia vida (T1/2) que é o tempo para que a
carga se reduza a metade. Assim a meia vida para descarga do capacitor é dada :
T1/2 = 1/α. α. α. α. ln 2 = R.C.ln 2
Sendo:
α = 1/ R.C
1.2 Aspectos Práticos
O número de famílias de capacitores é atualmente bastante elevado. Cada qual
possuindo vantagens inerentes aos materiais e processos de fabricação empregados.
Essas vantagens determinam quais aplicações serão preenchidas por determinada
família. A seguir relacionaremos as principais famílias de capacitores, suas aplicações
e parâmetros mais significativos.
1.2.1 - Capacitores Eletrolíticos de Alumínio
Aplicados normalmente em fontes de corrente contínua com reguladores série ou
fontes chaveadas, “by-pass” de baixa freqüência, acoplamento de baixa freqüência,
etc. São utilizados em freqüência de até 30 kHz. O capacitor eletrolítico, ao contrário
dos demais, tem polaridade determinada, não podendo ser ligado invertido, sob pena
de não funcionamento, ou até mesmo, em alguns casos, inutilização do componente.
1.2.2 - Capacitores de Poliéster e Policarbonato
São regularmente aplicados em circuitos de atraso, acoplamento entre estágios de baixa
freqüência, filtros RC para freqüências de até 1 MHz, “timers” e “by-pass” de baixa
freqüência. Dependendo da capacitância e do tipo de construção, podem ser utilizados
em freqüências de até 10 MHz.
1.2.3 - Capacitores Styroflex (dielétrico de poliestireno)
São utilizados principalmente em circuitos onde são exigidas baixas perdas. Além
disso, possuem coeficiente de temperatura negativo e constante, sendo adequados
para circuitos ressonantes utilizando bobinas com núcleo de ferro. Nesses circuitos,
devido aos núcleos de ferrite terem coeficiente de temperatura positivo, consegue-se
uma grande estabilidade da frequência de ressonância com a temperatura. São
empregados também no acoplamento entre estágios de alta frequência e filtros RC.
1.2.4 - Capacitores de Tântalo
Utilizados normalmente como “by-pass” em circuitos digitais, “timers” e circuitos onde
exijam grande estabilidade de capacitância com o tempo e temperatura. São
geralmente menores que os equivalentes eletrolíticos de alumínio. O limite de tensão
nominal situa-se aproximadamente nos 125 V, enquanto existem capacitores
eletrolíticos de alumínio para tensões de até 700 V. Como os capacitores eletrolíticos,
os capacitores de tântalo possuem polaridade.
1.2.5 – Capacitores Cerâmicos
São divididos em duas classes a saber:
Classe 1: apresenta baixa constante dielétrica, capacitância independente da
frequência, baixo fator de perdas, coeficiente de temperatura controlado e com
variação praticamente linear. Utilizados normalmente em circuitos ressonantes.
Classe 2: apresenta alta constante dielétrica e portanto possibilidade de se obter
elevada capacitância por unidade de volume. Nessa classe permitem-se maiores
perdas dielétricas e maior instabilidade da capacitância com a temperatura. Utilizados
normalmente em filtragem, acoplamento e aplicações gerais.
A identificação dos capacitores se faz, normalmente, pelos números impressos
diretamente em seu corpo. Além destes números, existem outros acoplados a letras,
que indicam a tolerância e a variação da capacitância em função da temperatura.
Os capacitores podem ser associados em série e paralelo. A capacitância equivalente
na associação em paralelo é dada por:
Ceq= C1+ C2+ C3+.......+ Cn
Na associação em série, a capacitância equivalente é dada por:
1/Ceq= 1/C1+ 1/C2+ 1/C3+.......+ 1/Cn
Quando um capacitor “C” é carregado por uma fonte de tensão “V”através de um
resistor “R” (figura 3, parte prática), a tensão em seus terminais aumenta
exponencialmente até o valor “V”.
De maneira oposta, quando um capacitor “C” está carregado (tensão“V”) e seus
terminais são ligados a um resistor “R”, esta tensão decai exponencialmente até zero.
Este aumento (carga) ou diminuição (descarga) da tensão no capacitor depende do
produto de sua capacitância (“C”) e da resistência (“R”).
Se aplicarmos uma tensão “V” diretamente ao capacitor, ele manterá em seus
terminais este valor de tensão, mesmo após retirarmos a fonte externa, ou seja, o
capacitor ficará carregado. Este tipo de procedimento é denominado de carga rápida
do capacitor.
Se, após carregado, colocarmos os terminais do capacitor em curto- circuito, este se
descarregará rapidamente. Este tipo de procedimento é denominado de descarga
rápida do capacitor. Na parte prática iremos avaliar o comportamento não linear da
carga e a descarga de um capacitor.
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ESCOLA SUPERIOR DE QUÍMICA – ESQ 5º EXPERIMENTO – CAPACITORES
ESQ - FOC LABORATÓRIO DE FÍSICA DATA:
TURMA: RELATÓRIO DIRIGIDO MESA:
CURSO: CAPACITORES NOTA:
NOMES RA ASSINATURA
1. OBJETIVOS
- Estudar o elemento elétrico capacitivo (capacitor);
- Estudar o comportamento de carga e descarga assim como, suas funções
exponenciais.
- Estudar os aspectos práticos, tais como ligações em série e paralelo.
2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
2.1 - Analise as ilustrações abaixo e faça as observações que o grupo achar
necessário.
2.2 - Carregue o capacitor conforme ilustrado na figura 1B. Não se esqueça de ajustar
a fonte DC para 10V antes de carregar o capacitor. Observe como a tensão no
capacitor aumenta lentamente até seu valor máximo 10V e ajuste a fonte de tensão
para que a tensão no capacitor seja de 10V após ter sido carregado.
2.3 - Descarregue o capacitor conforme ilustrado na figura 3C. Meça o tempo que a
tensão leva para decair (10.0, 8.0, 5.0, 2.0,1,0 e 0,5) V do seu valor a partir do início
do descarregamento do capacitor. Faça 4 medições em cada valor de decaimento da
tensão, calcule a média aritmética e monte uma tabela Tensão X tempo. A partir da
tabela faça o gráfico Tensão X tempo.
2.4 - Através do gráfico calcule Vo.
2.5 - Associe um capacitor em paralelo e série e analise seu comportamento se esta
de acordo com as equações.
2.6 - Calcule a meia vida através da equação.
2º SEMESTRE
FACULDADES OSWALDO CRUZ – FOC
ESCOLA SUPERIOR DE QUÍMICA – ESQ 6º EXPERIMENTO – ELETRIZAÇÃO E MAGNETISMO
1. CONCEITOS TEÓRICOS
1.1 1.1 1.1 1.1 EEEEletrização letrização letrização letrização
Normalmente, um corpo condutor ou isolante, apresenta números de prótons e
elétrons iguais, dizemos então que este corpo está eletricamente neutro.
Corpo eletrizado é aquele no qual existe excesso ou falta de elétrons. Quando ele
apresenta excesso de elétrons dizemos que ele está eletrizado negativamente,
quando porém, este tem falta de elétrons dizemos que este encontra-se eletricamente
positivo.
1.1.1 Eletricação por atrito
Atritando dois corpos de material diferente um corpo cede elétrons e o outro recebe, o
corpo que cedeu ficou positivamente eletrizado, o corpo que recebeu ficou
negativamente eletrizado.
1.1.2 Eletrização por contato
É o método que funciona muito bem em materiais condutores nos quais as cargas
elétricas se espalham pela superfície. Colocando-se dois corpos A e B em contato, se
o corpo A estiver neutro, e o corpo B estiver carregado após o contato o corpo A
receberá carga de mesmo sinal do corpo B.
1.1.3 Eletrização por indução
Chamamos de indução eletrostática a um processo de “separação”de cargas elétricas
em um condutor, sem que ele tenha contato com outro corpo eletrizado.
2. PROPRIEDADES GERAIS DOS IMÃS
Há muito tempo atrás na já se observavam que alguns materiais tinham
a propriedade de atrair materiais ferrosos. Esses corpos foram chamados de
imãs. As propriedades desse material (textróxido de triferro) foi observado pela
primeira vez numa região da Ásia.
2.1 2.1 2.1 2.1 TTTTipos de imãsipos de imãsipos de imãsipos de imãs
Imãs naturais:Imãs naturais:Imãs naturais:Imãs naturais: são os minérios encontrados na natureza com as
características de atrair materiais ferrosos (propriedades magnéticas).
Imãs artificiais:Imãs artificiais:Imãs artificiais:Imãs artificiais: Quando tornamos um material que não possui
propriedades magnéticas num imã. Para que isso seja possível utilizamos três
métodos:
• Indução:Indução:Indução:Indução: é o fenômeno pelo qual uma barra de ferro se imanta quando
fica próximo de um imã.
• Atrito:Atrito:Atrito:Atrito: quando uma barra de ferro é atritada pro um imã.
• Corrente elétrica: Corrente elétrica: Corrente elétrica: Corrente elétrica: quando um material condutor de eletricidade é
percorrido por ela, gera-se campo magnético, tornando assim o condutor
um imã.
2.2 2.2 2.2 2.2 PPPPropropropropriedades magnéticasriedades magnéticasriedades magnéticasriedades magnéticas
BiBiBiBi----pólo: pólo: pólo: pólo: um imã tem a propriedade de sempre ter dois pólos chamados
pólo norte e pólo sul, porém, essa propriedade é somente observada nas
extremidades, um exemplo. Quando um imã tem formato de barra às regiões
polares estão nas extremidades da barra; no centro temos uma região neutra.
Atração e repulsão:Atração e repulsão:Atração e repulsão:Atração e repulsão: como já foi dito anteriormente, todo imã possui duas
regiões polares (norte e sul), essas regiões se repelem quando são de mesmo
nome, e se atraem quando são de sinais diferentes.
Inseparabilidade dos pólos:Inseparabilidade dos pólos:Inseparabilidade dos pólos:Inseparabilidade dos pólos: não existe um imã que tenha apenas um
pólo, mesmo se pudéssemos cortar o imã em pedaços da ordem microscópico
ainda sim existiria nesse pedaço dois pólos um norte e outro sul.
Campo magnético:Campo magnético:Campo magnético:Campo magnético: a região do especo onde se pode perceber a
presença da força magnética do imã chamamos de campo magnético.
Linhas de força:Linhas de força:Linhas de força:Linhas de força: chama-se linhas de força de campo magnético a linha
que em cada ponto é tangente ao campo magnético B desse ponto.
As características das linhas de forças são as seAs características das linhas de forças são as seAs características das linhas de forças são as seAs características das linhas de forças são as seguintes:guintes:guintes:guintes:
• duas linhas de forças ou mais nunca se cruzam
• as linhas de força dos campos magnéticos são curvas
• por convençãoconvençãoconvençãoconvenção, , , , dizemos que o sentido das linhas de campo são sempre
do norte para o sul
FACULDADES OSWALDO CRUZ – FOC
ESCOLA SUPERIOR DE QUÍMICA – ESQ 6º EXPERIMENTO – ELETRIZAÇÃO E MAGNETÍSMO
ESQ - FOC LABORATÓRIO DE FÍSICA DATA:
TURMA: RELATÓRIO DIRIGIDO MESA:
CURSO: ELETRIZAÇÃO E MAGNETISMO NOTA:
NOMES RA ASSINATURA
1. 1. 1. 1. ObjetivoObjetivoObjetivoObjetivo • Observar qualitativamente as linhas de forças • Comprovar empiricamente as propriedades das linhas de forças • Observar o comportamento das linhas de forças para mais de um imã • Estudar o comportamento das linhas de forças dentro de uma bobina
2. 2. 2. 2. MaterialMaterialMaterialMaterial
• Imãs em barra retos • Imã ferradura • Eletroímã • Anel de ferro
3. 3. 3. 3. Procedimento ExperimentalProcedimento ExperimentalProcedimento ExperimentalProcedimento Experimental 1. Coloque sobre um imã de barra reto, uma chapa de vidro e aos poucos jogue limalha de ferro. Desenhe as linhas representadas.
2. Coloque sobre a mesa dois imãs de barra retos, como mostra a figura A e desenhe na folha de relatório as linhas de forças representadas. Repita o procedimento para o esquema da figura B.
Figura A
Figura B 3. Coloque sobre um imã ferradura uma chapa de vidro, jogue a limalha de ferro de desenhe as linhas representadas. 4. Coloque em frente a um imã ferradura um anel de ferro e coloque sobre eles uma chapa de vidro, desenhe as linhas de forças representadas.
5. Coloque sobre o eletroímã a chapa de vidro e desenhe o comportamento das linhas de forças. RespondaRespondaRespondaResponda 1. Existe alguma semelhança entre as linhas de forças produzidas por um imã em barra reto permanente e um eletroímã? 2. Como é possível explicar o comportamentos das linhas de campo no item 2?
3. Como é possível explicar o comportamento das linhas de forças no item 3? 4. Como é possível explicar o comportamento das linhas de força no item 4 ?
FACULDADES OSWALDO CRUZ – FOC
ESCOLA SUPERIOR DE QUÍMICA – ESQ 7º EXPERIMENTO – EXPERIMENTO DE OERSTED
1. CONCEITOS TEÓRICOS
1.1 1.1 1.1 1.1 EletromagnetismoEletromagnetismoEletromagnetismoEletromagnetismo
Antes de 1819 a ciência já tinha conhecimento sobre as propriedades
magnéticas de alguns materiais, e já se conhecia também a eletricidade,
porém, ambas as ciências eram tratadas separadamente.
Foi no inverno de 1819-1820 (no hemisfério norte) que Hans Christian
Oersted (1777-1851) descobriu que existia relação entre eletricidade e
magnetismo. Certo dia Oersted, estava dando aula em seu laboratório de
elétrica, quando ao ligar um circuito elétrico ao lado de uma bússola percebeu
que a mesma se movimentava, orientando-se de forma diferente de quando o
circuito estava desligado. Oersted sabia que a ponta da agulha era imantada e
ela só poderia ser movida se existisse um campo magnético próximo e forte
suficiente para fazer com que a bússola deixasse de ser orientada pelo campo
magnético terrestre. Foi então que o Físico deduziu que a corrente elétrica que
percorria o fio condutor poderia de alguma forma gerar um campo magnético, a
partir dessa data nasceu o que hoje conhecemos por eletromagnetismo.
O experimento de Oersted demonstrou que cargas elétricas em
movimento podem produzir efeitos magnéticos. Ampére e outros demonstraram
mais tarde que correntes elétricas-que é o que resultará das cargas elétricas
em movimento-atrem limalhas de ferro. E também que corretes em fios
paralelos podem atrair ou repelir esses fios, dependendo o sentido dessas
correntes.
2. 2. 2. 2. Regra da mão direitaRegra da mão direitaRegra da mão direitaRegra da mão direita
Apontando-se o polegar da mão direita no sentido de deslocamento da
corrente e os outros dedos fechados sobre o condutor, temos que o sentido do
campo magnético é o dos dedos fechados.
2.1 2.1 2.1 2.1 Regra da mão direita para bobinas:Regra da mão direita para bobinas:Regra da mão direita para bobinas:Regra da mão direita para bobinas: fecha-se a mão direita sobre a bobina,
com os dedos apontados para o sentido da corrente, que agora passa pelo fio
curvado, e o polegar estará indicando o pólo norte do campo magnético.
3. 3. 3. 3. Campo magnético no interior de um solenóideCampo magnético no interior de um solenóideCampo magnético no interior de um solenóideCampo magnético no interior de um solenóide
Quando um fio uniforme e condutor é enrolado em formato de mola
helicoidal e por ele passa-se corrente elétrica temos um solenóide.
Suponhamos que o fio seja compacto e uniforme enrolado de modo que
o número de voltas no enrolamento, por unidade de comprimento do cilindro ,
seja constante γ . Podemos considerar o solenóide como equivalente a uma
pilha de anéis de corrente.
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ESCOLA SUPERIOR DE QUÍMICA – ESQ 7º EXPERIMENTO – EXPERIMENTO DE OERSTED
ESQ - FOC LABORATÓRIO DE FÍSICA DATA:
TURMA: RELATÓRIO DIRIGIDO MESA:
CURSO: ELETRIZAÇÃO E MAGNETISMO NOTA:
NOMES RA ASSINATURA
1. 1. 1. 1. ObjetivoObjetivoObjetivoObjetivo Estudar o comportamento das linhas de campo magnético produzidas por uma corrente elétrica que passa por um condutor. 2. Material
• Fio condutor • Fonte de tensão contínua • Bússola • Bobina
3. 3. 3. 3. ProcedimentoProcedimentoProcedimentoProcedimento PARTE A PARTE A PARTE A PARTE A 1. Estique um fio entre dois isoladores e conecte á fonte de tensão aos mesmos terminais 2. Coloque a bússola sob o fio de forma que esta fique perpendicular ao fio 3. Ligue a fonte por um curto intervalo de tempo (3 segundos), repare que estamos causando um curto-circuito.
4. Verifique o que acontece com a agulha 5. Faça o esquema da montagem que você acabou de observar. 6. Inverta o sentido da corrente, observa o que acontece com a agulha e anote. 7. Aplique a regra da mão direita para determinar o sentido do campo magnético em cada caso. Anote e procure relacionar o sentido do campo magnético observado com os fenômenos observados.
8. Coloque agora o fio de tal forma que fique paralelo à bussola. Faça a correte Passar pelo condutor novamente pelos dois sentidos anotando em cada caso o que aconteceu. 9. Repita o experimento novamente agora com a agulha da bússola paralela ao fio, porém, com a bússola colocada à cima deste fio. PARTE B 1. Conecte os terminais da bobina na fonte 2. Coloque na frente da bobina uma bússola 3. Regule a fonte de tensão para 1volt e ligue-a por pouco tempo, observe e anote o que aconteceu 4. Inverta os plugues na fonte e repita o experimento, observe e anote o que aconteceu.
5. Faça um esquema de cada um dos experimentos, e determine por meio da regra da mão direita a polaridade que deveriam ter as extremidades da bobina. Esquema 1 Esquema 2
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ESCOLA SUPERIOR DE QUÍMICA – ESQ 8º EXPERIMENTO – LEI DE JOULE
1. CONCEITOS TEÓRICOS
Quando a corrente elétrica passa por um condutor, os elétrons cedem parte de sua
energia aos átomos do condutor, produzindo nestes aumentos das vibrações e
conseqüentemente elevação de sua energia térmica. É chamado efeito Joule.
Encontramos exemplos do efeito Joule nos aquecedores, chuveiros elétricos, ferro
elétrico, torradeira e etc.
A potência elétrica é determinada facilmente pelo produto da tensão em volts pela
corrente em amperes. Como utilizamos o sistema internacional de unidades, a
potência deve ser medida em W (watt), que parece tão familiar ao tratar de potência
elétrica. A potência é definida como energia gasta num certo intervalo de tempo. Para
determinar a energia elétrica consumida por qualquer aparelho elétrico basta
multiplicar sua potência pelo tempo, o que implica em energia medida em joule (J).
Portanto a energia, em joules, de um equipamento elétrico é escrita da forma:
tiVE ∆= ..
Onde V é a tensão em volts, i é a corrente em amperes e ∆t o tempo de uso medido
em segundos.
A quantidade de calor necessária para modificar a temperatura de um corpo é
chamada de calor sensível e é dado pela expressão:
TcmQ ∆= ..
Onde m é a massa do corpo, c é o calor específico do material do qual o corpo é feito,
e ∆T a variação de temperatura sofrida pelo corpo. No caso da água o valor do calor
específico é dado por c = 1,0 cal/g.oC o que implica na quantidade de calor Q medida
em calorias (cal), a massa em gramas (g) e a temperatura em oC. A unidade de
medida de calor em calorias é conveniente por fazer o calor específico da água ser um
valor tão exato.
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ESCOLA SUPERIOR DE QUÍMICA – ESQ 8º EXPERIMENTO – LEI DE JOULE
ESQ - FOC LABORATÓRIO DE FÍSICA
DATA:
TURMA: RELATÓRIO DIRIGIDO MESA: CURSO: LEI DE JOULE NOTA:
NOMES RA ASSINATURA
1. Objetivo
Estudar transformação de energia elétrica em energia térmica, medindo cada
uma delas. Rever unidades de medida de energia e incertezas associadas a
medidas diversas.
2. Procedimento
Num equipamento onde ocorre transferência de calor através de resistores, a
primeira suposição a ser feita é que toda a energia elétrica se transforme em
calor. Um resistor dentro de um calorímetro com água sob certas condições
tem tal aproximação válida. Se medirmos a quantidade de calor transferida
para água em calorias e a energia elétrica gasta em joules, a razão dessas
duas grandezas deverá ser igual ao equivalente térmico, ou seja, a relação de
quantos joules equivale a uma caloria, que é dado por 4,18J/cal. Quanto mais
próximo desse valor estivermos, melhor será a aproximação de que toda a
energia elétrica se transforma em calor.
Siga os passos descritos abaixo, anotando na tabela 1 as medidas realizadas e
suas respectivas incertezas. Não esqueça das unidades de medida. Justifique
todas as escolhas das estimativas de incertezas. Com essas medidas calcule
as grandezas pedidas anotando valores dos cálculos na tabela 2.
1. Coloque 80ml de água da torneira no calorímetro. Qual a massa dessa
quantidade de água?
2. Com o termômetro fornecido meça a temperatura desse líquido, deixando-o
na água de 1 a 2 minutos. Anote essa temperatura como sendo a temperatura
inicial da água.
3. Ligue a resistência à fonte de tensão. Não se esqueça de deixar também o
termômetro dentro do calorímetro. Para as medidas de tensão e corrente no
circuito vamos inserir um voltímetro e um amperímetro ligados conforme a
figura.
4. Coloque o valor de tensão entre 5 e 10 volts na fonte e deixe o sistema
ligado por 10 minutos. É muito importante que o calorímetro esteja ligado
quando o tempo começar a ser contado.
5. Anote na tabela abixo as medidas realizadas e suas respectivas incertezas.
Não se esqueça das unidades de medida. Justifique todas as estimativas de
incertezas.
MEDIDAS VALOR ± incerteza JUSTIFICATIVA
Massa da água
Temperatura inicial
Tensão da fonte
Corrente no resistor
Tempo de aquecimento
Temperatura final
6. Calcule o valor da energia elétrica e térmica, em joules e calorias
respectivamente. Finalmente preencha a tabela com o equivalente térmico.
CÁLCULOS
Energia elétrica fornecida
Energia térmica absorvida
Equivalente Térmico
7. O valor tabelado para o equivalente térmico é de 4,18 J/cal. Quanto
percentual você se distanciou desse valor?
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ESCOLA SUPERIOR DE QUÍMICA – ESQ 9º EXPERIMENTO – CALORIMETRIA I
1. CONCEITOS TEÓRICOS
CALORIMETRIACALORIMETRIACALORIMETRIACALORIMETRIA Calor:Calor:Calor:Calor: energia térmica em trânsito que um corpo ou um sistema passa para o outro decorrente apenas da existência de uma diferença de temperatura entre eles; Temperatura:Temperatura:Temperatura:Temperatura: é uma grandeza física que mede o estado de agitação das partículas; Calor específico:Calor específico:Calor específico:Calor específico: é a quantidade de calor necessária para que 1g de uma substância sofra variação de 1°C.
Com as definições acima, podemos introduzir duas equações fundamentais no estudo da calorimetria. Quando um determinado corpo A troca energia na forma de calor (Q) com um corpo B, esta energia trocada pode provocar uma variação na temperatura de A .Relacionamos assim a variação da temperatura com a energia trocada através da expressão:
Q = m c Q = m c Q = m c Q = m c ΔΔΔΔTTTT Onde: ΔT é a variação de temperatura, m é a massa do corpo e c é o seu calor específico. Para os corpos que recebem calor Q> 0 e para os que cedem Q< 0.
Para a completa compreensão do nosso estudo, o conceito de sistema fechado também é extremamente importante. Entende-se por sistema fechado aquele que não troca energia com o ambiente. Cabe citar como exemplo a garrafa térmica, que inibe a propagação de calor por convecção, por condução e por irradiação. De acordo com a “Lei Zero da Termodinâmica”, quando dois ou mais corpos com diferentes temperaturas estão em um sistema fechado, ambos trocam calor até que atinjam a mesma temperatura, ou seja, até que o equilíbrio térmico se estabeleça. Para n corpos em um sistema fechado, a condição de equilíbrio térmico pode ser expressa na forma:
Q1 + Q2 + Q3 + . . . + QN = 0Q1 + Q2 + Q3 + . . . + QN = 0Q1 + Q2 + Q3 + . . . + QN = 0Q1 + Q2 + Q3 + . . . + QN = 0
Na equação acima, a soma dos calores trocados é nula devido à conservação de energia. Sendo assim, o módulo da quantidade total de calor cedido, é igual ao relativo a quantidade total de calor recebido.
FACULDADES OSWALDO CRUZ – FOC
ESCOLA SUPERIOR DE QUÍMICA – ESQ 9º EXPERIMENTO – CALORIMETRIA I
ESQ - FOC LABORATÓRIO DE FÍSICA
DATA:
TURMA: RELATÓRIO DIRIGIDO MESA: CURSO: CALORIMETRIA I NOTA:
NOMES RA ASSINATURA
1. Objetivo Objetivo Objetivo Objetivo Determinar os calores específicos dos materiais (latão, alumínio) e comparar com os valores teóricos já conhecidos. 2. 2. 2. 2. Material Utilizado Material Utilizado Material Utilizado Material Utilizado
• Calorímetro • Água • Béquer • Massores de metais
3. Procedimento 3. Procedimento 3. Procedimento 3. Procedimento Determinação do calor especíDeterminação do calor especíDeterminação do calor especíDeterminação do calor específico de metaisfico de metaisfico de metaisfico de metais Nesta parte, o corpo de prova (cilindro de latão ou alumínio) é aquecido e depois mergulhado em água gelada, dentro do calorímetro, seguindo o procedimento descrito abaixo:
• Meça a massa do calorímetro (mc). • Coloque água gelada no calorímetro. Com o auxílio de uma balança,
determine a massa do calorímetro com água (mc').
• Tampe o calorímetro e introduza no orifício, situado na tampa, o termômetro. Aguarde alguns instantes até que a temperatura do termômetro se estabilize e leia o seu valor.
• Meça o valor da temperatura do cilindro mergulhado no recipiente com água quente. Transfira o cilindro para o calorímetro rapidamente, para que a troca de calor com o ambiente seja a menor possível.
• Agite cuidadosamente o calorímetro, aguarde alguns instantes, e então faça a leitura da temperatura final, ou seja, a temperatura do equilíbrio térmico.
• Retire o cilindro do calorímetro e meça sua massa (mcilindro), tomando o cuidado de remover o excesso de água com papel toalha.
O procedimento acima deverá ser repetido para três cilindros 1 (Tabela 1) e três cilindros 2 (Tabela 2). Note que a massa da água (mágua) é obtida a partir de mc e mc'. O calor específico do cilindro será calculado, utilizando as massas do cilindro e da água, a temperatura inicial da água (Tiágua ), a temperatura inicial do cilindro (Ticilindro) e a temperatura final do sistema (Tfinal ) a partir da equação (2). Os valores encontrados deverão ser anotados na Tabela 3:
QQQQcedidocedidocedidocedido + Q+ Q+ Q+ Qabsorvidoabsorvidoabsorvidoabsorvido = 0= 0= 0= 0
Tabela 1: Medidas do cilindro 1
Tabela 2: Medidas do cilindro 2
Tabela 3 Resultados dos calores específicos do cilindro 1 e do cilindro 2.
Compare os valores médios dos calores específicos experimentais com os valores tabelados para cada material, através do erro relativo E%.
FACULDADES OSWALDO CRUZ – FOC
ESCOLA SUPERIOR DE QUÍMICA – ESQ 10º EXPERIMENTO – CALORIMETRIA II
ESQ - FOC LABORATÓRIO DE FÍSICA
DATA:
TURMA: RELATÓRIO DIRIGIDO MESA: CURSO: CALORIMETRIA II NOTA:
NOMES RA ASSINATURA
1. 1. 1. 1. Objetivo Objetivo Objetivo Objetivo Determinar a temperatura de equilíbrio de um sistema térmico isolado. 2. 2. 2. 2. Material Utilizado Material Utilizado Material Utilizado Material Utilizado
• Calorímetro • Água • Béquer • Massores de metais
3. Procedimento 3. Procedimento 3. Procedimento 3. Procedimento Nesta parte, o cilindro 2 é mergulhado em um recipiente com água e gelo e o cilindro 1 é mergulhado em água quente. Depois, os dois corpos de prova serão colocados dentro do calorímetro com água à temperatura ambiente, conforme o procedimento abaixo:
• Lave bem o calorímetro, para deixá-lo à temperatura ambiente. • Introduza água à temperatura ambiente e, em seguida, meça sua massa
e sua temperatura.
• Meça as temperaturas dos cilindros de latão (mergulhado em água quente) e de alumínio (mergulhado em água com gelo).
• Transfira, simultaneamente, os dois cilindros para o calorímetro, misturando os com a água que lá se encontra. Logo em seguida, feche o calorímetro.
• Agite a mistura e meça a sua temperatura. Esta será a temperatura TEXP de equilíbrio térmico do sistema.
• Retire, cuidadosamente, os dois cilindros do calorímetro e meça suas respectivas massas (malumínio e mlatão), tomando o cuidado de remover o excesso de água com papel toalha.
• Calcule o valor teórico da temperatura de equilíbrio a partir das equações 1 e 2, usando para o calor específico os valores calculados na 1 a parte.
• Compare através do erro percentual, os valores teóricos e experimentais da temperatura de equilíbrio térmico.
BIBLIOGRAFIA
CRUZ, Eduardo C. Alves, Praticando Eletricidade, 1º Edição, São Paulo, Editora Érica,
1997.
FOWLER, Richard J., Eletricidade: Princípios e Aplicações, Editora Makron books, 3°
Edição, São Paulo, 1992.
PARANÁ, Djalma N., Física Eletricidade, 1° Edição, São Paulo, Editora Ática, 1994.
RAMALHO Jr., F., Ferraro, Os Fundamentos da Física, 5° Edição, São Paulo, Editora
Moderna, 1988.
SERWAY, Raymond A. Princípios de Física, São Paulo, Editora Cengage Laearning,
2008.
TRAMONTANO, R., Laboratório de Física, Publicação Interna, Faculdades Oswaldo
Cruz, 2003.
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